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+Caso Clínico – Diabetes Mellitus

2. O DM Tipo I é caracterizado pela destruição das células beta do pâncreas (responsáveis pela
produção de insulina) com essa destruição leva a uma deficiência de insulina, resultando a
altos níveis de glicose no sangue. Já o DM Tipo II caracteriza-se a resistência à insulina (baixa
sensibilidade tecidual periférica à insulina) e a função relativamente prejudicada das células
beta do pâncreas (liberação de insulina retardada ou inadequada)

3. quadro no caderno

4. quadro no caderno

5. Os sintomas clássicos de DM Tipo 1 são a poliúria (necessidade frequente de urinar) e a


polidipsia (sede excessiva), fome excessiva (polifagia), perda de peso sem intenção, visão
turva, fadiga, feridas com cicatrização lenta, infecções frequentes e formigamento. Pode
acontecer cetoacidose diabética (náuseas, vômitos, hálito com cheiro de acetona, respiração
rápida e profunda). No DM Tipo 2, os pacientes podem apresentar sintomas que são
relacionados a doenças cardiovasculares, como dor no peito e falta de ar, incluindo também
problemas digestivos.

6.
A glicose alta no sangue faz com que os rins excretem mais açúcar na urina, levando a perda de
líquidos e à desidratação, resultando em polidipsia.

Quando o corpo não consegue utilizar a glicose como fonte de energia, começa a quebrar
reservas de gordura e proteína, levando a perda de peso.

A grande quantidade de glicose no sangue é filtrada pelos rins, porém o corpo não é capaz de
reabsorvê-lo, fazendo com que aumente a quantidade de urina produzida.

O alto nível de glicose no sangue enfraquece o sistema imunológico, tornando o paciente mais
suscetível a infecções.

Em DM TIPO 1, se não tratado, a falta de insulina leva ao uso de gordura como fonte de
energia, produzindo cetonas ácidas, causando náuseas e vômitos.

7. Cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda grave que acomete paciente do DM
Tipo 1, pode ser desencadeada por fatores como omissão de doses de insulina ou situações de
estresse agudo como infecções, traumas ou emergências cardiovasculares. A CAD é decorrente
da deficiência absoluta ou relativa de insulina com consequente hiperglicemia, associada ao
aumento de hormônios contrarreguladores como glucagon, catecolaminas, cortisol e
hormônio do crescimento. Como consequência, ocorre aumento da lipólise, com liberação de
ácidos graxos livres que, no fígado, são oxidados em corpos cetônicos. Caracterizada pelo
cheiro de acetona na respiração do paciente, respiração Kussmaul (uma respiração rápida e
profunda), poliúria, náusea, vômito, dor abdominal e qualquer um dos vários estados de
consciência alterados (confusão, letargia, hostilidade, mania, etc.).

O tratamento da CAD é direcionado para os três problemas principais: desidratação, perda de


eletrólitos e acidose e, desta forma, a conduta geralmente escolhida é: a reidratação do
paciente por meio de infusões intravenosas; a reposição de potássio diluído em solução
fisiológica e a administração intravenosa de insulina.

8. * O acumulo de gordura na região abdominal (IMC > 25 kg/m²) é um dos principais fatores
de risco para DM Tipo 2, isso interfere na capacidade das células responderem á insulina,
levando a resistência.

* A falta de atividade física também esta a associada a essa doença, o exercício ajuda a
melhorar a sensibilidade a insulina, permitindo que as células absorvam glicose com mais
eficácia.

* Uma dieta rica em açucares e gorduras saturadas, podem contribuir para a DM Tipo 2 ,
levando a picos dos níveis de glicose no sangue.

*O risco para DM Tipo 2 aumenta com a idade , podendo estar relacionado a mudanças da
composição corporal e redução de prática de atividade física.

*O histórico na família está inteiramente ligada ao desenvolvimento de DM Tipo 2, levando ao


aparecimento dessa doença por fatores genéticos.

9. Quando os níveis glicêmicos ultrapassam os limites de transporte dos túbulos renais, ocorre
glicosúria, que exerce efeito osmótico aumentado e consequente perda hídrica (poliúria –
quantidade excessiva de urina). Uma vez instalada, a poliúria ativará mecanismos de
compensação, levando à polidipsia (sede excessiva).

10. As três principais complicações agudas do DM é cetoacidose diabética, que se trata de uma
complicação que pode ser desencadeada por fatores como omissão de doses de insulina ou
situações de estresse agudo como infecções, traumas ou emergências cardiovasculares.

Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica (SHH) é a complicação aguda mais frequente do DM2,


especialmente em pacientes idosos, caracterizada por hiperglicemia acentuada, desidratação e
hiperosmolaridade plasmática. Podem ser desencadeadas por infecções, condições agudas
como AVE, IAM, trauma, queimaduras, intoxicação exógena, entre outras. A extrema
hiperglicemia que é típica nesta síndrome (glicose plasmática acima de 600 mg/dL) decorre da
presença de desidratação e consequente perda de função renal, com diminuição da excreção
urinária de glicose.

Hipoglicemia laboratorialmente é definida como glicemia plasmática < 50 mg/dL, sendo os


principais fatores desencadeantes: uso de doses excessivas de insulina, atraso ou omissão de
refeições, exercícios físicos exaustivos, condições agudas que reduzam a ingestão alimentar,
por exemplo, náuseas, vômitos, insuficiência renal ou adrenal e disfunção tireoidiana. A
terapia inicial baseia-se na correção da hipoglicemia e na manutenção de níveis glicêmicos
adequados, através da administração de glicose por via oral ou endovenosa. Pode ser
assintomática ou ser acompanhada de sensação de fome, cefaleia, confusão mental,
taquicardia, tremores, sudorese, alterações visuais e, nos casos mais graves, convulsões, coma
e óbito. Se prolongada, pode causar lesões cerebrais irreversíveis.

11. As complicações crônicas do diabetes são decorrentes principalmente do controle


inadequado, do tempo de evolução e de fatores genéticos da doença. As complicações
crônicas decorrem de alterações em pequenos e grandes vasos sanguíneos (lesões micro e
macrovasculares) as quais podem em sua grande maioria, serem evitadas através de um bom
controle dos níveis de glicose no sangue e dos fatores de risco que comumente estão
associados, como a hipertensão e a dislipidemia.
As complicações crônicas macrovasculares do DM, são resultantes de alterações nos grandes
vasos e também são chamadas de doenças cardiovasculares, atingindo o coração, o cérebro e
os membros inferiores.

Complicações microvasculares:

Retinopatia diabética (RD) é mais comum no DM1 e sua incidência está fortemente
relacionada à duração do diabetes, são danos aos vasos sanguíneos da retina, resultando em
problemas de visão, incluindo cegueira.

Nefropatia Diabética surge pela glicose sanguínea mal controlada e pressão arterial elevada,
são danos nos pequenos vasos sanguíneos dos rins, levando à perda progressiva da função
renal.

Neuropatia diabética (NeD) acontece pelo controle pobre da glicose, pressão alta e tabagismo,
são danos nos nervos, frequentemente devido a níveis elevados de glicose no sangue ao longo
do tempo, abrange um grupo de alterações relacionadas ao envolvimento estrutural e
funcional de fibras nervosas sensitivas, motoras e autonômicas, que podem ser reversíveis ou
permanentes.

12. O tratamento do DM Tipo 1 consiste em: Os pacientes precisam receber insulina exógena
para regular os níveis de glicose no sangue. Existem diferentes tipos de insulina, incluindo
insulina de ação rápida, de ação intermediária e de ação longa, o médico determinará o mais
apropriado para cada caso. Os pacientes precisam monitorar regularmente seus níveis de
glicose no sangue (antes das refeições). A contagem de carboidratos é uma técnica importante
para pacientes com DM Tipo 1, tem o intuito de estimar a quantidade de carboidratos em suas
refeições para ajustar as doses de insulina de acordo. Umas dietas saudáveis equilibradas
juntamente com a prática de exercícios físicos contribuem para uma melhora dessa patologia.
Por fim, é importante ter acompanhamento médico regular com um endocrinologista ou
especialista em diabetes para ajustar o tratamento, revisar os objetivos de controle glicêmico e
monitorar a saúde geral.

13.

14. O objetivo primário da dietoterapia no diabetes mellito é garantir o controle glicêmico,


evitando a hipoglicemia. Além disso, a dieta visa proporcionar o estado nutricional adequado,
a saúde e a qualidade de vida do indivíduo, além de atender às necessidades nutricionais a fim
de permitir o crescimento, o desenvolvimento ponderal e o peso saudável, adequar o controle
glicêmico, controlar o perfil lipídico, manter os níveis pressóricos dentro dos parâmetros de
normalidade e prevenir as complicações agudas e crônicas do DM.

15. Os carboidratos têm o maior impacto nos níveis de glicose no sangue, uma vez que são
convertidos em glicose após a digestão. Alimentos ricos em carboidratos aumentam os níveis
de glicose após as refeições. Os carboidratos simples (açúcares) têm um impacto rápido,
elevando a glicose rapidamente, já os carboidratos complexos (amidos) têm um efeito mais
gradual.

As proteínas têm um efeito mínimo direto nos níveis de glicose no sangue, mas podem afetar
indiretamente. Alguns aminoácidos, componentes das proteínas, podem ser convertidos em
glicose (gliconeogênese), mas esse processo é regulado e ocorre de forma mais lenta.

As gorduras têm um efeito mínimo direto na glicose sanguínea, porém dietas ricas em
gorduras saturadas podem levar à resistência à insulina, o que pode aumentar os níveis de
glicose a longo prazo, gorduras saudáveis, como as encontradas em azeite de oliva, são
benéficas para a saúde e podem ajudar a estabilizar os níveis de glicose.

16. É o método que leva em consideração a quantidade em gramas dos carboidratos


consumidos em cada uma das refeições (desjejum, almoço, jantar e lanches), ajustando a dose
de insulina de ação ultra-rápida ou rápida que será administrada em cada refeição e no total
do dia. A utilização desta conduta está diretamente relacionada à insulinização intensiva que
preconiza várias aplicações de insulina diária, otimizando o controle porque permite que as
glicemias permaneçam mais estáveis nas 24 horas do dia.

17. A recomendação atual de energia para indivíduos com diabetes mellito deve ser
individualizada. No diabetes tipo 2 associado à obesidade, em particular, os indivíduos podem
se beneficiar da redução da ingestão calórica e, consequentemente, perder peso. A prescrição
nutricional com valores de 1.200 a 1.500 kcal/dia para mulheres e de 1.500 a 1.800 kcal/dia
para homens é considerada suficiente para obter redução do peso. Destaca-se que a perda de
5 a 10% do peso corporal já melhora o controle glicêmico, a sensibilidade à insulina e reduz o
risco cardiovascular.

Recomenda-se que o consumo desse nutriente esteja compreendido na faixa de 45 a 60% do


valor energético total, respeitando as recomendações das ingestões diárias de referência (DRI).
Na elaboração do plano alimentar para indivíduos com diabetes mellito, é preciso considerar a
quantidade de carboidratos e insulina, fatores a se monitorar ao longo do dia e uma das
possíveis estratégias para isso é a contagem de carboidratos.

As recomendações para ingestão de gorduras são as mesmas feitas para a população geral, de
20 a 35% do valor energético total. A ingestão de gorduras saturadas não deve ultrapassar 5 a
6% do valor energético total, sendo recomendável a substituição de gorduras saturadas e trans
por mono e poli-insaturadas.

A recomendação para ingestão de proteína pela população diabética, segundo a American


Diabetes Association,1 é de 1 a 1,5 g/kg de peso ou 15 a 20% do total de calorias.

18. Os tipos de insulina podem ser diferenciados a partir do tempo de ação e duração. Existe a
insulina ultrarrápidas, rápida, intermediária e longa

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