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Aspectos psicossociais do diabetes tipos 1 e 2

• É RECOMENDADO aos profissionais de saúde que façam um


acolhimento colaborativo, com empatia e isenção de julgamento,
centrado na pessoa com DM, para que esta possa desempenhar papel
ativo no planejamento, no monitoramento e na avaliação das
dificuldades e nos cuidados com sua condição metabólica.
Transtornos alimentares na pessoa com diabetes
• Transtornos alimentares (TA) caracterizam-se por alterações severas
no hábito ou no comportamento alimentar que ocorrem em razão de
um distúrbio psíquico ou metabólico.

• Os principais transtornos alimentares são a bulimia nervosa (BN), a


anorexia nervosa (AN), o transtorno de compulsão alimentar (TCA) e
o transtorno alimentar não-especificado (TANE).

• Fatores associados: IMC elevado e mau controle glicêmico


Características clínicas dos
principais transtornos
alimentares e seus critérios
diagnósticos
Plano alimentar
DM + TA
• Deve ser individualizado, com mudanças graduais em relação à
ingestão alimentar atual do indivíduo;
• Deve ser focado em atender às necessidades de energia
(macronutrientes e micronutrientes);
• Deve ser organizado em refeições como café da manhã, almoço,
jantar e pequenos lanches;
• Deve ser flexível;
• Deve estabelecer maior variedade de alimentos selecionados.
Questão
(Autoral) Os transtornos alimentares (TA) caracterizam-se por alterações severas no hábito ou no
comportamento alimentar que ocorrem em razão de um distúrbio psíquico ou metabólico. A natureza crônica
do diabetes também é apontada como um dos fatores predisponentes para o desenvolvimento de distúrbios
alimentares, especialmente na adolescência. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, Diretriz –
2022, analise as alternativas abaixo:
A) Na anorexia, existe um medo intenso de ganhar peso, mesmo estando com o peso abaixo do normal. Tem
maior prevalência em indivíduos com DM 2, tendo como principal complicação a hipoglicemia.
B) A bulimia é caracterizado pela compulsão alimentar associado a comportamento compensatório, podendo
alterar níveis de HbA1c em pacientes diabéticos.
C) O transtorno de compulsão alimentar é comumente diagnosticado em pacientes com DM 2, com quadro de
sobrepeso ou obesidade. Geralmente apresentam alterações glicêmicas, como hiperglicemia e cetoacidose.
D) É recomendado a realização de diagnóstico e tratamento dos transtornos alimentares associados ao
diabetes pela equipe de saúde multidisciplinar capacitada, composta por psiquiatra, psicólogo,
endocrinologista, diabetologista e nutricionista.
Está correto as alternativas:

A) V – F – V – F
B) F – F – V – V
C) V – V – F – F
D) F – V – F – V

Gabarito: D
Complicações da DM
• Hipoglicemia

- Complicação aguda mais frequente em indivíduos com DM1,


podendo, entretanto, ser observada também naqueles com DM2
tratados com insulina e, menos comumente, em tratados com
hipoglicemiantes orais;

- Sintomas podem variar de leves e moderados (tremor, palpitação e


fome) a graves (mudanças de comportamento, confusão mental,
convulsões e coma).
Complicações da DM
Complicações da DM
• Tratamento

- Nível 1: 15 g de carboidrato (monossacarídeos), que equivale a 150


mL de suco comum/refrigerante comum ou 1 colher de sopa de
açúcar.
- Alimentos que contenham gordura retardam a resposta glicêmica
aguda.
- Se a próxima refeição não acontecer dentro do período de 1 hora, um
pequeno lanche deve ser feito imediatamente após o episódio da
hipoglicemia
Complicações da DM
• Tratamento

- Nível 2: se o paciente estiver consciente, 30 g de carboidratos devem


ser oferecidos → Mel, açúcar ou carboidrato em gel;
- Se estiver inconsciente, deve-se evitar qualquer tipo de líquido,
devido ao perigo de aspiração → Utilizar glucagon
Complicações da DM
• Tratamento

- Nível 3: nível 3, com evento grave caracterizado por estados mentais


e/ou físicos alterados, indica-se a intervenção da emergência médica.
Complicações da DM
• Hiperglicemia
1) Cetoacidose
- Mais comumente em pacientes com diabetes tipo 1;
- Caracterizada por hiperglicemia (>250), hipercetonemia e acidose
metabólica;
- Sintomas: hiperglicemia, fadiga elevada, alta respiração, dor no
abdômen, vômito e náusea, hálito com cheiro de acetona e confusão
mental.
Complicações da DM
• Terapia Nutricional

- Calorias: 25 a 35kcal/kg
- Proteína: 1 e 1,2g/kg
- CHO: 45 a 50 g a cada 3 a 4 horas para evitar cetoacidose;
- A hiperglicemia causa perdas urinárias de água e eletrólitos (sódio,
potássio, cloreto) → ingestão adequada de líquidos e calorias deve
ser assegurada.
Complicações da DM
• Hiperglicemia
2) Hiperglicêmica hiperosmolar

- Mais comumente em pacientes com diabetes tipo 2;


- hiperglicemia severa (>600), hiperosmolaridade e desidratação na
ausência de cetoacidose
- Sintomas: desidratação, poliúria, polidipsia, fraqueza, turvação visual
e declínio progressivo do nível de consciência.
Questões
Q1890847
(UFMT - 2021 - UFMT – Nutricionista) Sobre a cetoacidose diabética, analise as afirmativas.
I- Consiste em aumento da concentração sérica de insulina e redução nas concentrações de
glucagon, catecolaminas e cortisol.
II- Consiste na redução efetiva da concentração de insulina circulante associada a uma excessiva
liberação de hormônios contrarreguladores, provocando lipólise.
III- Os ácidos graxos livres liberados do tecido adiposo são oxidados em corpos cetônicos no fígado
por estímulo do glucagon.
IV- Observa-se aumento na produção hepática e renal de glicose e redução em sua captação pelos
tecidos sensíveis à insulina, provocando hiperglicemia e hiperosmolalidade.
Estão corretas as afirmativas
A II e IV, apenas.
B I e IV, apenas.
C I, II e III, apenas.
D II, III e IV, apenas.
Gabarito: D
Questões
Q2141110 (CONSCAM - Prefeitura de Adamantina - Nutricionista – 2018) A
cetoacidose diabética é considerada:
A) Complicação crônica do diabetes mellitus.
B) Uma disfunção metabólica grave que acomete principalmente os portadores de
diabetes mellitus tipo I, sendo potencialmente letal, com índice de mortalidade de
até 15%.
C) Uma disfunção que se cronifica com o tempo pelas altas taxas de glicemia.
D) Uma complicação do diabetes tipo II, que mantém uma reserva pancreática de
insulina, mas pode desenvolver este quadro com certa frequência.
E) N.D.A.
Gabarito: B
Questões
Q1756551 (INSTITUTO AOCP - 2021 - Prefeitura de João Pessoa - PB – Nutricionista) A
hiperglicemia pode causar Cetoacidose Diabética (CAD) ou Estado Hiperglicêmico
Hiperosmolar (EHH), que são duas complicações potencialmente fatais. Ao compararmos,
existe especificidade para cada uma das condições. A respeito do exposto, assinale a
alternativa correta.
A) A CAD é mais comum nos pacientes com diabetes melito tipo 2.
B) O EHH é mais comum nos pacientes com diabetes melito tipo 1.
C) Poliúria, polidipsia, hiperventilação, desidratação, odor de cetonas (odor de frutas),
fadiga, visão turva, fraqueza, dor abdominal, náuseas e vômitos, desorientação e confusão
mental são os principais sinais e sintomas da CAD.
D) Fadiga, visão turva, boca seca, alterações do estado mental e coma são os principais
sinais e sintomas da CAD.
E) Deficiência absoluta ou relativa de insulina, geralmente causada por infecção
coexistente, interrupção do tratamento com insulina ou diabetes melito de início recente
são causas do EHH.
Gabarito: C
Obrigada!

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