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DIABETES MELLITUS
Curso: Medicina
Disciplina: Bioquímica
NOVO HAMBURGO
2020
DIABETES MELLITUS TIPO 1
CONCEITO
PREVALÊNCIA
DIAGNÓSTICO
COMPLICAÇÕES
TRATAMENTO
CASO CLÍNICO
CONCEITO
A diabete mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença causada pela produção insuficiente ou má
absorção de insulina, hormónio que regula a glicose no sangue e garante energia ao
organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a
complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais
graves, o diabetes pode levar à morte.
O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina
produzida. A causa do diabetes tipo 2 está diretamente relacionado
ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares
inadequados.
PREVALÊNCIA
DIAGNÓSTICO
COMPLICAÇÕES
O diabetes, quando não tratado corretamente, pode evoluir para formas mais
graves e apresentar diversas complicações tais como:
→ Neuropatia Diabética: A neuropatia costuma vir acompanhada da diminuição da
energia, da mobilidade, da satisfação com a vida e do envolvimento com as atividades
sociais.
Tanto as alterações nos vasos sanguíneos quanto as alterações no metabolismo podem
causar danos aos nervos periféricos. A glicemia alta reduz a capacidade de eliminar
radicais livres e compromete o metabolismo de várias células, principalmente as dos
neurônios).
→ Problemas arteriais e amputações: Muitas pessoas com diabetes têm a doença arterial
periférica, que reduz o fluxo de sangue para os pés. Além disso, pode haver redução de
sensibilidade devido aos danos que a falta de controle da glicose causa aos nervos.
Essas duas condições fazem com que seja mais fácil sofrer com úlceras e infecções, que
podem levar à amputação.
→ Doença renal: Diabetes pode trazer danos aos rins, afetando sua capacidade de
filtragem. O processo de digestão dos alimentos gera resíduos. Essas substâncias que o
corpo não vai utilizar geralmente têm moléculas bem pequenas, que passam pelos
capilares e vão compor a urina. As substâncias úteis, por sua vez, a exemplo das
proteínas, têm moléculas maiores e continuam circulando no sangue.
→ Problemas nos olhos: Pessoas com diabetes têm 60% mais chance de desenvolver a
catarata, que acontece quando a lente clara do olho, o cristalino, fica opaca, bloqueando a
luz. Pessoas com diabetes têm 40% mais chance de desenvolver glaucoma, que é a
pressão elevada nos olhos.
TRATAMENTO
CASO CLÍNICO
Paciente JMJ, 85 anos, sexo feminino, peso 65 Kg, altura 1,50m, casada (esposo
com Doença de Alzheimer diagnosticado há 7 anos), analfabeta, aposentada, possui 3
filhas casadas (2 moram fora de São Paulo e 1 mora próximo, porém possui vínculo
familiar fragilizado). Diagnósticos: DM2 descompensada, Depressão, HAS controlada,
Doença de Adson (usuária crônica de corticoide oral), Osteoatrose, Obesidade,
Insuficiência Renal Crônica, Diminuição da acuidade visual em tratamento no
departamento de oftalmologia.
Medicamentos em uso:
• Losartana 50 mg 1 comp., Via Oral, 2 X dia;
• Metformina 850 mg 1 comp., Via Oral, 3 X dia;
• Gliclazida 80 mg 1 comp., Via Oral, 2 X dia;
• Prednisona 5 mg 2 comp., Via Oral, 1 X dia;
• Sertralina 50mg 1 comp., Via Oral, 1 X dia;
• Insulina NPH 100UI/mL, 15 UI SC pela manhã, em jejum, e 12UI SC à noite, após
jantar;
• Cetoprofeno 100mg 1 comp., Via Oral, 2 X dia.
Queixa atual: Paciente com DM2 a 25 anos, encaminhada ao ambulatório de
geriatria por DM2 descompensado com picos episódicos de hipoglicemia de jejum
(glicemia abaixo de 70 mg/dL) e 280 mg/dL pósprandial. Queixa-se de desconforto
abdominal com frequentes episódios de diarreia e vômito. Mostra exame atual de
Hemoglobina glicada (A1C) com valor de 15,5%. Sedentária há 10 anos. Nesse período
houve perda importante de AIVDs (atividades instrumentais de vida diária) com ABVDs
(atividades básicas de vida diária) preservadas com exceção do caminhar com dispositivo
de bengala, refere pontadas nos pés. Refere fazer uso de Pata de Vaca (cápsulas)
indicado pela vizinha, sem orientação médica. Relata também que mudou de médico que
a acompanhava em relação à osteoartrose e ele mandou tomar um medicamento para a
dor. Ao ser questionada sobre alimentação, ela informa que normalmente no jantar toma
uma sopa rala de legumes. Refere perda de peso de 7 Kg nos últimos 2 meses e fraqueza
nas pernas com dificuldade de sentar e levantar da cadeira sem apoio.
CONCEITO
PREVALÊNCIA
DIAGNÓSTICO
1. Diagnóstico efectuado antes dos 25 anos de idade em, pelo menos, um membro da
família
COMPLICAÇÕES
CASO CLÍNICO
CONCEITO
PREVALÊNCIA
DIAGNÓSTICO
COMPLICAÇÕES
Em comum com o diabetes tipo 2, o tratamento do LADA também tem início com
medicamentos orais, mas a necessidade de passar para insulina pode ocorrer mais
rapidamente do que no tipo 2. O perfil das pessoas que desenvolvem o diabetes tipo
LADA também é diferente das que desenvolvem o tipo 2: são adultos jovens entre 25 e 40
anos, não apresentam sobrepeso nem hipertensão arterial.
CASO CLÍNICO
Uma paciente do sexo feminino, caucasiana, de 44 anos de idade, com história familiar
paterna de DM2 e história pessoal de diabetes gestacional há 20 anos, sem tratamento na
ocasião, com histórico de hipotireoidismo, diagnosticado na adolescência, o qual se
manteve controlado com levotiroxina sódica (Puran T4®) 100mg 1x/dia, relatou ter
procurado o ambulatório de endocrinologia pela primeira vez em 1998, aos 26 anos,
frente a um quadro de perda ponderal, diplopia e polidipsia, sendo diagnosticada com
DM1. Naquela primeira consulta, foi instituído tratamento com insulina regular e insulina
NPH (Neutral Protamine Hagedorn). Este esquema terapêutico foi mantido por 17 anos
sem adequado controle, devido à pouca assiduidade da paciente às consultas
ambulatoriais. Em agosto de 2015, quando a paciente retornou às consultas rotineiras, foi
identificada dislipidemia e iniciado o tratamento com sinvastatina (20mg/dia).
Os exames laboratoriais daquele período revelaram também: hemoglobina glicada
(HbA1c) 10,2% e glicemia de jejum de 246 mg/dl, indicando descontrole glicêmico,
optando-se pela troca do esquema insulínico anterior por insulina glargina (Lantus®), com
intuito de manter uma liberação basal de insulina, associado à insulina aspart
(Novorapid®), 15 minutos antes das principais refeições. Além disso, foi solicitado que a
paciente fizesse monitoração glicêmica capilar domiciliar de quatro em quatro horas,
visando guiar as intervenções subsequentes. O quadro clínico vinha em adequado
controle até novembro de 2015, quando a paciente apresentou picos de hiperglicemia
frequentes e episódios sintomáticos de hipoglicemia esporadicamente durante a semana.
Negava períodos de jejum prolongados. Nesta época, foram solicitados novos exames
laboratoriais (HbA1c, glicemia de jejum e anti-GAD), tendo sido adicionado ao esquema
terapêutico a metformina (1500 mg/ dia) e a contagem de carboidratos com intuito de
guiar com melhor precisão a dosagem insulínica. Em março de 2016, a paciente trazia
consigo os seguintes resultados de exames laboratoriais, solicitados na consulta anterior:
HbA1c de 7.6%; glicemia de jejum de 177 mg/dl e anti-GAD (positivo) de 159,6 U/ml. Ao
exame físico verificou-se índice de massa corporal (IMC) de 26,7, demonstrando
sobrepeso, e ausência de acanthosis nigricans. A paciente apresentava síndrome
metabólica de acordo com os critérios da International Diabetes Federation (IDF) (6)
evidenciados através da observação de obesidade central (circunferência abdominal de
88 cm), dislipidemia em tratamento com sinvastatina e glicemia de jejum de 177 mg/dl.
Nesta mesma consulta, foi solicitada nova dosagem de HbA1c, cujo resultado foi 6,7%.
De acordo com a evolução clínica, fica clara a melhora da paciente com as intervenções
adotadas e, portanto, seu diagnostico foi revisto e enquadrado como diabetes
imunomediado associado à fatores de resistência insulínica, sendo os dois principais
diagnósticos diferenciais para o caso LADA e DD.
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
CONCEITO
PREVALÊNCIA
DIAGNÓSTICO
COMPLICAÇÕES
TRATAMENTO
CASO CLÍNICO
PRS, feminino, 32 anos, chegou a Policlínica de sua região para uma consulta com
Endocrinologista, encaminhada do pré-natal de alto risco. É portadora de Síndrome dos
Ovários Policísticos (SOP) e desenvolveu Diabetes Gestacional na 29ª semana de
gestação. Respondeu inicialmente ao tratamento não medicamentoso, que incluiu
orientação alimentar e mudança do estilo de vida. Entretanto, após 4 semanas, as
glicemias de jejum estavam > 115 mg/dL e as pós-prandiais > 145 mg/dL. O Índice de
Massa Corpórea (IMC) era 24 kg/m2 . O tratamento recomendado foi a insulinoterapia,
pois, conforme as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), recomenda-se a
insulinização caso, após 3 semanas de dieta, a paciente com diabetes gestacional
apresente glicemia de jejum > 95 mg/dL ou pós-prandial 1 hora após a alimentação > 140
mg/dL. Reduzir o valor calórico da dieta não seria interessante, pois a paciente apresenta
IMC < 25 kg/m2 . Pioglitazona é contraindicado para gestante.
REFERÊNCIAS:
https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/diagnostico-e-tratamento
https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/diabetes-tipo-1-artigo/
https://slideplayer.com.br/slide/3420471/
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/SBD-
_Dados_Epidemiologicos_do_Diabetes_-_High_Fidelity.pdf
https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes