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DIÁRIO DE CAMPO

IESC – Programa de Integração Ensino-Serviço-Comunidade

Nome: Arian Francisco Marella Cremasco


RA.: 225256

Unidade de Saúde: UBF – Centenário/ UBS Centro-Oeste, Mogi- Guaçu

Docente: Thainá Dotti


Data: 22/02/2024
Encontro IESC 1: Conhecendo a preceptora e Caso clínico de discussão I.

No dia 22 de fevereiro de 2024, realizamos o nosso primeiro encontro das aulas de


IESC, supervisionado pela docente Thainá, onde nos reunimos pela primeira vez na UBS
Centro-Oeste, Mogi-Guaçu, para realizarmos nossas atividades curriculares de
aprendizado.
Primeiramente nas atividades fomos recepcionados pela nova preceptora, onde
nos cumprimentamos e ela deu uma breve introdução de como seria o nosso IESC, com
foco na parte clínica, acompanhando as consultas, e posteriormente realizando um
relatório com um caso clínico apresentando, com um levantamento bibliográfico sobre o
quadro apresentado.
Os grupos são divididos em dois, de três alunos, que realizam um revezamento nas
consultas.

Caso Clínico I:

Paciente do sexo masculino, 72 anos, comparece a unidade de saúde para retorno


médico após controle glicêmico realizado diariamente, com índices glicêmicos muito
acima do esperado, fazendo uso de insulina diariamente, 1x ao dia. O Paciente também
refere ser hipertenso, com uso contínuo de Losartana, onde o paciente tem pressão
controlada devido ao uso correto do medicamento. O paciente relata que ao final do dia,
os dados coletados no controle estavam sempre acima do normal. O paciente apresenta
as receitas da insulina, onde notamos que o paciente tomava 1 dose de insulina a menos
do que a indicada. O paciente deveria tomar 1 insulina depois do café da manhã, e 1 dose
depois do almoço. A preceptora Thainá, como conduta, orientou o uso correto da insulina,
mostrando para o paciente e para nós alunos, a maneira correta de se aplicar a insuluna,
e reforçando a regularidade dos horários, alertou também sobre melhorar os hábitos
alimentares e a realização de exercícios físicos, para auxiliar no controle glicêmico, como
também orientou sobre as possíveis complicações da Diabetes, e a importância do seu
controle.

Dados da literatura

DIABETES
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina, ou não
consegue empregar adequadamente a insulina que produz.
Existem dois tipos de diabetes, diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2.
A diabetes de tipo 1 concentram-se entre 5 e 10% do total de pessoas com
diabetes, enquanto a diabete tipo 2, abrange 90% dos casos de diabetes.

Diabetes Tipo 1:

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células


beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo.
Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia.
Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do
total de pessoas com a doença.
O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser
diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina,
medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível
de glicose no sangue.

Diabetes Tipo 2:

A Diabetes Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar


adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a
taxa de glicemia.
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais
frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da
gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em
outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
A causa da Diabetes Tipo 2 está diretamente relacionada ao sobrepeso,
sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados.

Pré-Diabetes:

Pré-diabetes é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o


normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um Diabetes Tipo
1 ou Tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos,
hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios.
Esse alerta do corpo é importante por ser a única etapa do diabetes que ainda
pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de complicações,
incluindo o infarto.
No entanto, 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes, mesmo com
as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença.
A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores
de sucesso para o controle.

Sintomas:

Sintomas do diabetes tipo 1:


Fome frequente;
Sede constante;
Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
Perda de peso;
Fraqueza;
Fadiga;
Mudanças de humor;
Náusea e vômito.

Sintomas do diabetes tipo 2:


Fome frequente;
Sede constante;
Formigamento nos pés e mãos;
Vontade de urinar diversas vezes;
Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
Feridas que demoram para cicatrizar;
Visão embaçada.
Complicações da Diabetes:
Neuropatia Diabética;
Problemas arteriais e amputações;
Doença renal;
Pé Diabético;
Problema nos olhos;
Glaucoma;
Catarata;
Retinopatia;
Pele mais sensível;
Alteração de humor;
Ansiedade;
Depressão;
Problemas sexuais.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) afeta mais de 30% da população adulta, ou


seja, mais de um bilhão de pessoas e se apresenta como a principal causa de morte
prematura em todo o mundo. Aproximadamente metade das pessoas que vivem com
hipertensão arterial desconhecem sua condição, o que as coloca em risco de
complicações médicas evitáveis e morte
Considera-se a hipertensão arterial sistêmica uma doença crônica não
transmissível (DCNT), sendo uma condição multifatorial, que depende de fatores
genéticos e epigenéticos, ambientais e sociais e seu ponto de corte é definido por pressão
arterial sistólica (PAS) ≥ 140 e pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90 mm Hg. Dentre os
fatores de riscos para o desenvolvimento da HAS, de acordo com as Diretrizes Brasileiras
de Hipertensão Arterial – 2020, destacam-se a genética, idade avançada, sexo, etnia,
sobrepeso e/ou obesidade, ingestão elevada de sódio, sedentarismo, ingestão de álcool,
além de fatores socioeconômicos, incluindo menor escolaridade, condições de habitação
inadequadas e baixa renda familiar.

Análise Reflexiva

Durante o primeiro encontro do IESC, tivemos uma primeira ideia de como é a


nossa USF, e tivemos a oportunidade de acompanhar as consultas . Acreditamos que as
atividades de IESC realizadas nesse período serão muito proveitosas e interessantes.
Tivemos nosso primeiro contato com o caso em destaque do paciente desta USF,
um senhor muito educado e alegre, com hipertensão e uma diabetes descontrolada,
lúcido, que estava fazendo uso inadequado da insulina, no tratamento da Diabetes. A
hipertensão e a diabetes são doenças muito sérias que afetam grande parte da população
brasileira, e necessita-se de orientações e cuidados redobrados quando falamos delas.
Referências Bibliográficas

1. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a


Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2017.
2. PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.:
Capítulo 47 - Exame Clínico. Pag.: 411
3. Sociedade Brasileira de Diabetes – Diabetes. Disponível em:
https://diabetes.org.br/; Acesso em 10/04/2022.
4. Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Paraná – Diabetes (diabetes
mellitus). Disponível em https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Diabetes-diabetes-mellitus;
Acesso em 10/04/2022.
5. Revista de Saúde Pública (RSP) USP. Hipertensão arterial sistêmica como
fator de risco para a forma grave de covid-19: revisão de escopo. Disponível em:
https://scielosp.org/pdf/rsp/2022.v56/20/pt; Acesso em: 21/08/2022.

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