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Escola Técnica Alvorada

Curso de Técnico em Enfermagem

Prof. Enf. Edivaldo Pinheiro

Matheus da Silva Amorim

Diabetes, DPOC, Gastrite, Hipertensão e Patologia: Seus Conceitos, Causas,


Sintomas e Tratamentos.

Imperatriz – Maranhão

12/12/2017
1. Diabetes.

Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose


no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na
ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas
células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose
para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as
diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação
resulta, portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de
hiperglicemia.

A Diabetes Mellitus se ramifica em vários tipos:

Diabetes tipo Um: No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de


produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico,
fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem a
esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos
pacientes com diabetes.

Pré-diabetes: A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o


paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se fosse um
estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 - pois no caso
do tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma
predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir
insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.

Diabetes tipo Dois: No diabetes tipo 2 existe uma combinação de dois


fatores - a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação,
conhecido como resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2
pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o
passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes
tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.

Diabetes Gestacional: É o aumento da resistência à ação da insulina na


gestação, levando aos aumentos nos níveis de glicose no sangue
diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir
após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é
conhecida, mas envolve mecanismos relacionados à resistência à
insulina.

Outros tipos de diabetes: Esses tipos de diabetes são decorrentes de


defeitos genéticos associados a outras doenças ou ao uso de
medicamentos. Podem ser: Diabetes por defeitos genéticos da função da
célula beta; Por defeitos genéticos na ação da insulina; Diabetes por
doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose,
fibrose cística etc.); Diabetes por defeitos induzidos por drogas ou
produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores,
contraceptivos etc.).

Os principais sintomas do diabetes são vontade frequente de urinar,


fome e sede excessiva e emagrecimento. Esses sintomas acontecem em
decorrência da produção insuficiente de insulina ou da incapacidade de a
insulina exercer adequadamente sua ação, causando assim um aumento da
glicose no sangue. Segue abaixo os sintomas de acordo com o tipo de
Diabetes:

Sintomas da Diabetes tipo 2: Pessoas com diabetes tipos 2 não


apresentam sintomas iniciais e podem manter a doença assintomática por
muitos anos. No entanto, devido a uma resistência à insulina causada pela
condição de saúde é possível manifestar os seguintes sintomas: Fome
excessiva, sede excessiva, infecções frequentes. Alguns exemplos são bexiga,
rins e pele, feridas que demoram para cicatriza, alteração visual (visão
embaçada), formigamento nos pés e furúnculos. Qualquer indivíduo pode
manifestar diabetes tipo 2. No entanto ter idade acima de 45 anos, apresentar
obesidade ou sobrepeso e ter histórico familiar de diabetes tipo dois podem
aumentar o risco de ter a doença.

Sintomas da Diabetes tipo 1: pessoas com diabetes tipo 1 podem


apresentar os seguintes sintomas: vontade frequente de urinar, fome excessiva,
sede excessiva, emagrecimento, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de
humor, náusea e vômito. o diabetes tipo 1 pode ocorrer por uma herança
genética em conjunto com infecções virais. a doença pode se manifestar em
qualquer idade, mas é mais comum ser diagnosticados em crianças,
adolescentes, adultos e jovens.

Sintomas do diabetes gestacional: O diabetes gestacional, na maioria das


vezes, não causa sintomas e o quadro é descoberto durante os exames
periódicos. no entanto, devido ao aumento da glicemia durante a gravidez é
possível manifestar os seguintes sintomas: sede excessiva, fome excessiva,
vontade constante de urinar, visão turva. Qualquer mulher pode manifestar o
diabetes gestacional. No entanto, ter histórico familiar de diabetes, excesso de
peso antes da gravidez e ganho de peso durante a gestação podem favorecer o
quadro.

Sintomas do Pré-diabetes: O pré-diabetes é a situação clínica que


precede o diagnóstico do diabetes tipo 2. Geralmente o pré-diabetes não é
acompanhado de sintomas. Por isso é uma condição de saúde que muitas vezes
não é diagnosticada. No entanto, se o indivíduo apresentar ganho de peso,
tiver casos de diabetes na família, ingerir uma dieta rica em alimentos
hipercalóricos e for sedentário, é importante procurar orientação médica para
investigar como estão os níveis de glicose no sangue.

O tratamento de diabetes tem como objetivo controlar a glicose presente


no sangue do paciente evitando que apresenta picos ou quedas ao longo do
dia. Os pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina
para manterem a glicose no sangue em valores normais. Para fazer essa
medida é necessário ter em casa um glicômetro, dispositivo capaz de medir a
concentração exata de glicose no sangue. Além de prescrever injeções de
insulina para baixar o açúcar no sangue, alguns médicos solicitam que o
paciente inclua também medicamentos via oral em seu tratamento. Os
medicamentos mais usados para tratar o diabetes tipo 1 são: Glifage, Glifage Xr
e Metformina.

O tratamento para mulheres que apresentam diabetes gestacional visa


diminuir os níveis de açúcar na corrente sanguínea da mãe, a fim de evitar que
também prejudique o desenvolvimento do bebê. Veja a seguir como é o
tratamento para o diabetes gestacional.

No geral, o diabetes tipo 2 vem acompanhados de outros problemas,


como obesidade e sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e
hipertensão. Entre os medicamentos que podem ser usados para controlar o
diabetes tipo 2 estão: Inibidores da alfaglicosidase: são medicamentos que
impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino; Sulfonilureias:
Estimulam a produção pancreática de insulina pelas células beta do pâncreas,
tem alto potencial de redução de A1C (até 2% em média), mas podem causar
hipoglicemia; Glinidas: nateglinida e repaglinida, via oral. Agem também
estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.

Na maior parte dos casos o tratamento do pré-diabetes vai se iniciar com


as orientações para modificação de hábitos de vida: dieta com redução de
calorias, gorduras saturadas e carboidratos, principalmente os simples, além do
estímulo à atividade física.Em alguns casos, o médico responsável poderá optar,
junto com o paciente, por iniciar tratamento com medicação para prevenir a
evolução para o diabetes.Nos pacientes com pré-diabetes, se estão em
sobrepeso ou obesidade, a perda de cerca de 5% a 7% do peso corporal já
leva a uma melhora metabólica importante.
2. DPOC.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um conjunto de


doenças que levam à disfunção pulmonar, caracterizada pela dificuldade de
respirar. Sua principal causa é o cigarro, seguido de inalação de poluição e
substâncias químicas. A DPOC é, geralmente, constituída por bronquite crônica
e enfisema pulmonar. Trata-se de uma doença progressiva que atinge,
principalmente, pessoas acima dos 35 anos, fumantes, ex-fumantes,
trabalhadores de carvoarias, olarias, pizzarias, entre outros. Raramente, a
doença tem causa genética e atinge pessoas mais novas.

A DPOC é, normalmente, composta por duas doenças: bronquite crônica


e enfisema pulmonar. Bronquite crônica: Inflamação dos brônquios
caracterizada por tosse frequente com catarro, além da produção excessiva de
muco. É crônica pois acomete o paciente com frequência. Enfisema pulmonar:
Caracterizado pela inflamação e destruição dos alvéolos, além de alteração no
funcionamento dos alvéolos restantes, deixando o pulmão cheio de buracos que
retém o ar. Assim, a troca de gases é prejudicada, o que contribui para a
diminuição da concentração de oxigênio no sangue, ao passo em que o gás
carbônico permanece inalterado.

Outras doenças que também estão no espectro da DPOC são: asma


crônica não reversível e alguns tipos de bronquiectasia. A doença é
caracterizada, também, por exacerbações ou agudizações, ou seja, períodos de
crise nos quais há piora repentina dos sintomas, como aumento da tosse, da
quantidade de escarro e piora da falta de ar habitual. Essas crises, muitas
vezes, contribuem para o desenvolvimento mais rápido da doença. Quando a
doença não é tratada ou até mesmo diagnosticada, o paciente passa a ter falta
de ar ao realizar tarefas simples do dia a dia, como caminhar, subir escadas,
tomar banho em pé, entre outros. Em casos extremos, a falta de ar acontece
até mesmo quando se está em repouso.

O pulmão depende da elasticidade dos brônquios para expulsar o ar do


organismo. A perda dessa elasticidade faz com que o ar fique preso nos
pulmões, ao invés de serem eliminados naturalmente. Essa perda pode ocorrer
por conta das seguintes condições: Cigarro, fumaça e substâncias químicas;
Deficiência de alfa-1-antitripsina. Além do tabagismo, alguns fatores de risco
relacionados à DPOC são: Exposição passiva à fumaça do cigarro; histórico de
tuberculose; asma crônica; exposição à fumaça de carros, chaminés, etc.; uso
frequente de fogo para cozinhar sem a ventilação adequada; recorrência de
infecções nas vias aéreas inferiores quando criança.

São sintomas da DPOC: Falta de ar ao realizar tarefas simples do dia a


dia, como caminhar ou fazer as tarefas domésticas; tosse crônica, que dura por
muito tempo ou vai e vem frequentemente; maior produção de muco (catarro),
que é expelido pela tosse. em alguns casos, a tosse pode vir acompanhada de
sangue; fadiga; facilidade para contração de infecções respiratórias; pieira
(chiado) em temperaturas frias.

A intensidade dos sintomas depende do tamanho do dano ao pulmão.


Caso o paciente continue fumando ou se expondo às substâncias nocivas, o
dano aumenta e os sintomas passam a ser mais intensos. Isso acontece na
maioria dos casos, e os sintomas que vem e vão acabam voltando mais fortes
do que a última vez que esteve presente.

Infelizmente, a DPOC é uma doença que causa danos irreversíveis ao


pulmão e, por isso, não possui cura. O tratamento busca aumentar a sobrevida
dos pacientes, além de garantir qualidade de vida mesmo com os obstáculos
proporcionados pela doença. Parar de fumar, oxigenoterapia, fisioterapia de
reabilitação respiratória, vacinas, transplante de pulmão.

3. Gastrite.

Gastrite é a inflamação, infecção ou erosão do revestimento do


estômago. Ela pode durar por pouco tempo, na chamada gastrite aguda, ou
pode durar meses e até mesmo anos (gastrite crônica).

A causa mais provável da gastrite é a fraqueza da barreira mucosa que


protege a parede estomacal, permitindo que os sucos digestivos produzidos
pelo estômago causem danos ao tecido que reveste o órgão.Essa fraqueza
pode ser causada pela bactéria Helicobacter pylori, que vive justamente no
revestimento do estômago e que, se não for tratada, pode levar ao surgimento
de úlceras e até mesmo ao câncer de estômago. Outras bactérias e vírus
também podem causar infecções que levam à gastrite. Especialistas apontam
também o refluxo da bile para dentro do estômago como uma causa para a
gastrite.

Gastrite às vezes pode passar despercebida, mas também pode


manifestar alguns sinais. Conheça os principais sintomas de gastrite:
Indigestão, queimação e azia, náuseas, vômitos, perda de apetite, dores
abdominais. Em caso de sangramento da parede do estômago: Fezes escuras e
vômito de sangue ou material semelhante à borra do café.

Você pode precisar parar de tomar certos medicamentos que possam


causar gastrite, mas primeiro converse com seu médico. Você pode usar outro
medicamento de venda livre ou controlada que diminua a quantidade de ácido
no estômago, como: Antiácidos, antagonistas h2, inibidores da bomba de
prótons (ibp), como omeprazol, esomeprazol, iansoprazol, rabeprazol e
pantoprazol, Antibióticos. Os antiácidos também podem ser usados para tratar
a gastrite crônica causada pela infecção pela bactéria Helicobacter pylori.

4. Hipertensão.

A hipertensão arterial, também conhecida popularmente como pressão


alta, é considerada como uma doença silenciosa por, muitas vezes, não
manifestar os sintomas e atrasar, assim, o diagnóstico por parte do médico. A
doença se dá quando a pressão arterial do paciente, maior de 18 anos, é
superior a 140 x 90 mmHg (milímetro por mercúrio) – ou 14 por 9. Segundo a
Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBS), estima-se que 25% da população
brasileira sofra de hipertensão, sendo que em pessoas com mais de 60 anos de
idade a porcentagem sobe para mais de 50%.

A hipertensão possui uma classificação que varia de acordo com a sua


gravidade, conforme a tabela abaixo:

Pressões menores ou iguais a 12 por


Normotensos
8

Pré-hipertensos Pressões entre 12 por 8 – 13 por 9

Hipertensos Grau I Pressões entre 14 por 9 – 15 por 9

Pressões maiores ou iguais a 16 por


Hipertensos Grau II
10

A pressão arterial se eleva por vários motivos, mas principalmente


porque os vasos em que o sangue passa se contraem. Além disso, diversos
fatores podem influenciar no desenvolvimento da hipertensão, tais como:
Histórico de hipertensão na família; Obesidade; Diabetes; Dieta rica em sódio;
Tabagismo; Excesso de gordura no sangue; Excesso de bebida alcoolica;
Sedentarismo; Estresse.

Além do check-up que deve ser feito constantemente, é importante


prestar atenção aos sintomas da hipertensão: Dor na região da nuca; Visão
embaçada; Cansaço; Tontura; Sangramento no nariz; Náusea e vômito – esses
normalmente aparecem em casos mais avançados.
Se você já é hipertenso, ou tem tendência a ser, os itens abaixo servem
tanto como prevenção contra a doença quanto como tratamento para
estabilizar a pressão arterial: Reduzir o sal de cozinha e os alimentos que
contenham muito sal; Reduzir o consumo de álcool; Abandonar o tabagismo,
caso seja fumante; Exercitar-se regularmente; Controlar as alterações das
gorduras sanguíneas.

5. Patologia.

O termo Patologia, cujo sentido é “estudo das doenças”, deriva do grego


pathos, que significa doença, e logos, que significa estudo. Apesar do
significado, a Patologia não estuda todos os aspectos das doenças, pois está
mais voltada para a análise das alterações que elas provocam em células,
tecidos e órgãos. Dessa forma, a Patologia é considerada a base científica da
Medicina e tem por finalidade explicar os mecanismos que levam ao
desenvolvimento de sinais e sintomas de uma enfermidade.

A Patologia pode ser dividida em duas áreas: Patologia Geral e Patologia


Especial.

Patologia Geral: Essa área volta-se para o estudo das reações presentes
em células e tecidos em decorrência de uma doença. Nesse caso, o estudo
analisa as reações básicas, portanto, não realiza a análise das reações
específicas.

Patologia Especial ou Patologia Sistêmica: Essa área é voltada para as


respostas específicas que ocorrem em órgãos e tecidos em decorrência de uma
determinada doença.

A Patologia Clínica, também chamada de Medicina Laboratorial, é uma


especialidade médica que se baseia na análise de exames de laboratório clínico,
como exames de sangue, urina, fezes e outros materiais biológicos. Nessa
análise, visa-se quantificar a presença de algumas substâncias, moléculas ou
mesmo células que se encontram de maneira anormal no material analisado.

Essa especialidade permite identificar modificações no funcionamento do


corpo, o que pode ajudar na prevenção, no diagnóstico e até no tratamento de
uma determinada doença. Entretanto, isso só é conseguido se os exames
apresentarem resultados confiáveis e a análise de dados for feita de maneira
criteriosa. O médico especialista em Medicina Laboratorial é chamado de
patologista clínico.
A Anatomia Patológica é uma especialidade médica que analisa as
alterações causadas pelas doenças em amostras de células e tecidos. Assim
como na Patologia Clínica, o estudo adequado das alterações permite identificar
doenças como o câncer e garante um tratamento adequado.

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