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Diabetes Mellitus

Saúde do Adulto
O que é Diabetes?

Diabetes é uma doença crônica caracterizada pela elevação da quantidade


de glicose no sangue, também chamada hiperglicemia, isso porque o
corpo fica com deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou até
mesmo nos dois mecanismos.
O que é Insulina?
Hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por
“pegar” a glicose do sangue e transformá-lo em
energia para o nosso corpo

Quando a insulina produzida pelas células beta


pancreáticas torna-se insuficiente, a glicose é
impedida de ser absorvida pelas células, o que
ocasiona elevação da mesma na corrente sanguínea.
PRINCIPAIS TIPOS DE DIABETES:
O diabetes se manifesta quando o corpo não
produz a quantidade essencial de insulina para que o
açúcar do corpo mantenha normal.

São dois tipos de Diabetes, mais a diabetes


gestacional e outros tipos:

Tipo 1 Tipo 2
Caracterizado pela não produção de insulina
devido à destruição de partes do pâncreas
(células beta-pancreáticas). Comumente surge
Tipo 1 durante a infância e/ou adolescência e se estende
por toda a vida. É sempre tratado com insulina,
ou insulina associada a outros medicamentos.
Esse tipo é caracterizado pela resistência do
corpo ao uso da insulina que ele produz, ou
quando a produção de insulina é insuficiente
Tipo 2 para controlar os níveis de açúcar no sangue. É
mais comumente diagnosticado em adultos e
idosos, apesar de acometer crianças e
adolescentes também
Diabetes Mellitus tipo 1

Indica destruição da célula beta que eventualmente


leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina,
quando a administração de insulina é necessária para
prevenir a Cetoacidose, É uma complicação aguda grave, potencialmente mortal.
No diabetes M1., ela pode ser a 1° manifestação da
doença ou resultar o aumento das necessidades de
Coma e morte. insulina por causa de infecções, traumas, infartos e
cirurgias. Já nos portadores do tipo 2, pode ocorrer sob
condições graves como a septicemia por exemplo.
Diabetes Mellitus tipo 2
É chamado de diabetes não INSULINODEPENDENTE ou diabetes do adulto o que
corresponde 90% dos casos de diabetes, ou seja, ocorre geralmente em pessoas obesas,
com mais de 40 anos de idade. Embora na atualidade se vê com maior frequência em
jovens em virtudes de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana.
OBS: Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina “porém” sua ação é
dificultada pela obesidade, o que é conhecido como RESISTÊNCIA INSULÍNICA, uma das
causas de HIPERGILICEMIA.
DM tipo 1 DM tipo 2
- Doença auto-imune/idiopática - Resistência insulínica
- Deficiência absoluta de Insulina - Deficiência relativa de insulina
- Aparecimento na 1a e 2a décadas de vida - Mais frequente após 40 anos
- Indivíduo magro - Indivíduo geralmente obeso, sedentário e
- Sintomas: polidipsia, poliúria, polifagia e com HA
cansaço, perda de peso. - Início com poliúria e nictúria (as vezes já
- Risco de cetoacidose com complicações crônicas)
- Compl. Crônicas: Neuropatia, angiopatia, - Descompensação aguda tipo coma
nefropatia e retinopatia. hiperosmolar
- Ambos os sexos - Compl. Crônicas: Neuropatia, angiopatia,
nefropatia, DC, AVC
- Ambos os sexos
Diabetes Mellitus Gestacional

Intolerância à glicose na gravidez

A diabetes Gestacional é o alto risco de açúcar no sangue que começa ou é diagnosticado durante a gestação.

Várias são as mudanças metabólicas e hormonais que ocorrem na gestação. Uma delas é o aumento da produção de

hormônios, principalmente o hormônio lactogênio placentário, que pode prejudicar - ou até mesmo bloquear - a ação

da insulina materna. Para a maioria das gestantes isso não chega a ser um problema, pois o próprio corpo compensa

o desequilíbrio, aumentando a fabricação de insulina. Entretanto, nem todas as mulheres reagem desta maneira e

algumas delas desenvolvem as elevações glicêmicas características do diabetes gestacional. Por isso, é tão

importante detectar o distúrbio, o mais cedo possível, para preservar a saúde da mãe e do bebê.
Outros tipos de Diabetes Mellitus

Os tipos de diabetes Mellitus menos frequentes é <5% de todos os casos


diagnosticados pode resultar:
1. Defeitos genéticos nas células beta;
2. Resistência a insulina determinada geneticamente;
3. Doenças no Pâncreas causada por efeito hormonais e causadas por composto
químicos ou fármacos;
4. Infecções (rubéola congênita, cetamegalovirus e outros);
5. Formas incomuns de diabetes imune (síndrome do homem rígido, anticorpos,
anti insulina e outros);
6. Outros síndromes genéticas, algumas vezes com diabetes (síndrome de Dow,
síndrome de tunner, etc.).
SÍNDROME METABÓLICA
RESISTÊNCIA À INSULINA
Obesidade Acidente
(abdominal) Vascular Cerebral

Intolerância
à Glicose Doença Coronariana

Hipertensão
Aneurismas
Arterial

HDL e
Insuficiência
Triglicérides 
Vascular Periférica
Complicações Diabetes M.

● As complicações da diabetes são muito menos comuns e severas nas pessoas que possuem os níveis

glicêmicos (de açúcar no sangue) bem controlados, mantendo-os entre 70 e 100 mg/dl em jejum.
● As complicações causadas pela diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no sangue,

sendo assim, existe a possibilidade de glicosilar as proteínas além de retenção de água na corrente

sanguínea, e retirada da mesma do espaço intercelular.


● Caso não limpe, cuide bem e esteja atento para ferimentos nos pés, os danos podem levar a

necessidade de amputação.
Fatores de risco para o Diabetes Mellitus tipo 2
1. IMC (Índice de massa corporal);
2. Sedentarismo;
3. Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes;
4. Anormalidade das frações do colesterol: HDL(colesterol bom),
abaixo de 35 mg/dL e triglicerídeos maior que 250 mg/dL.
5. Pressão Arterial >= a 140x90 mmHg;
6. Antecedente de diabetes M. Gestacional ou parto de Bebê c/
mais de 4kg;
7. Síndrome dos ovários policísticos;
8. História de doença cardiovascular.
Fatores de risco para o Diabetes Mellitus tipo 2
1. IMC (Índice de massa corporal);
2. Sedentarismo;
3. Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes;
4. Anormalidade das frações do colesterol: HDL(colesterol bom),
abaixo de 35 mg/dL e triglicerídeos maior que 250 mg/dL.
5. Pressão Arterial >= a 140x90 mmHg;
6. Antecedente de diabetes M. Gestacional ou parto de Bebê c/
mais de 4kg;
7. Síndrome dos ovários policísticos;
8. História de doença cardiovascular.
Diabetes Mellitus 2
É a mais frequente tipo da doença, respondendo por 90% dos casos,
diferentemente do tipo 1, o Diabetes Mellitus 2, decorre de defeitos na ação e na
secreção da insulina que costuma-se instalar de maneira mais gradual, o que
permite o rastreamento de estados de intolerância à glicose e formas
assintomáticas, as quais estão presente em metade desses pacientes. Por isso é
importante da utilização de métodos diagnósticos que possibilitem sua detecção
precoce.
Prevenção de Diabetes M. Tipo 2

Está bem demonstrado hoje que indivíduos em alto risco (com tolerância à glicose
diminuída) podem prevenir, ou ao menos retardar o aparecimento do diabetes
tipo 2 podendo evitar:
a) Fazendo uma boa alimentação adequada:
● Pouca gordura;
● Muitas fibras;
● Poucas calorias.
b) Emagrecendo sempre que necessário, de preferência no âmbito de uma
programação de controle de peso;
c) Aumentando o exercício físico;
d) Fazendo analise regulares dos níveis de glicose no sangue, especialmente as pessoas
com maior risco de vir a ter a doença como acontece:

1.Pessoas com excesso de peso;


2.Pessoas com má alimentação ou falta de exercício;
3.Pessoas com idade superior a 45 anos;
4.Pessoas com história familiar de diabetes;
5.Idosos;
6.Pessoas que tomam determinados medicamentos.
Diagnóstico de Diabetes M.
São os textos laboratoriais mais centralizados para suspeita de diabetes ou regulação glicêmica. Tipos de
exames laboratoriais:
Glicemia em jejum: Nível de glicose sanguínea após um jejum de 8 a 12 horas.
Testes oral de tolerância à glicose(TTG-75g): O paciente recebe uma carga de 75g de glicose em jejum, e a
glicemia é medida antes de 120 minutos após a ingestão.
Glicemia Casual: Tomada sem padronização do tempo desde a última refeição.
Na consulta inicial é necessário classificar o tipo de diabetes, o que é feito, via de regra pela história clínica.
Para classificar o diabetes 1, o traço clínico mais relevante é a tendência à hiperglicemia grave e a cetoacidose.
Casos suspeitos devem ser monitoradores de perto ou encaminhados prontamente ao especialistas.
Resultados após medir glicose plasmática:

 Glicemia casual acima de 200 mg/dL


 Glicemia de jejum  126mg/dL
 Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dL
Avaliação clínico inicial do paciente Diabético

Avaliação inicial: visa definir o tipo de diabetes, o estado atual do paciente, seu controle
metabólico, seu risco cardiovascular e as complicações vigentes. É importante que o paciente seja
acompanhado por uma equipe multiprofissional, trabalhando de uma forma integrada e colaborativa.
Anamnese: Idade e características do inicio da diabetes, hábitos alimentares, estado nutricional,
peso, crescimento e desenvolvimento em crianças e adolescentes. Tratamento atual medicamentosa
e modificações do estilo de vida; episódios de descompensação: RITMO, NEFRO E NEUROPATIAS
(incluindo disfunção sexual, lesões nos pés e gastroparisia). Complicações macrovasculares já
ocorrido.
Avaliação clínica inicial de pacientes com Diabetes

História:
 Resultado de exames relacionados ao diagnósticos de diabetes ou do controle metabólico;

 Sintomas de diabetes (apresentação inicial, evolução, estado atual);

 Frequência, gravidade e causa de cetose e cetoacidose;

 História ponderal, padrões alimentares, estado nutricional atual (em crianças e adolescente); crescimento e

desenvolvimento.
 Tratamentos prévios, incluindo dieta e auto-medicação e tratamento atual;

 História familiar de diabetes (pais e irmãos);

 Infecções previas e atuais, atenção especial aos à pele, pés, dentes e tratamento atual;
Avaliação clínica inicial de pacientes com Diabetes
 Uso de medicamentos que aumentam a glicemia;
Fármacos que promovem “HIPERGLICEMIA”

Glicocorticídes Pentamidina
Tiazídicos Interferon
Estrógenos Agentes Simpaticomimético:
Beta - Bloqueadores Ácido nicotínico
Diazóxido
Estreptozocina
 História de atividades físicas;

 Fatores de risco para aterosclerose,

 Estilo de vida e outros aspectos que podem afetar o manejo de diabetes;

 História obstétrica;

 Presença de complicações crônicas do diabetes.


Exame Físico
 Peso, altura e cintura;
 Maturação sexual (Diabetes Mellitus) Tipo 1;
 Pressão Arterial;
 Fundo de olho (Diabetes Mellitus tipo 2)
 Tireóide; Acantose nigricans é uma
 Coração; condição caracterizada por
pele escura, pele grossa,
 Pulsos periféricos; aveludada nas dobras do
corpo e pregas. Na maioria
 Pés (DM. Tipo 2); das vezes, acantose afeta
 Pele (acantose nigricans). axilas, virilhas e pescoço.
Avaliação laboratorial de pacientes com
diabetes recém-diagnosticados
1. Glicemia de jejum;
2. Hemoglobina glicada. ( A1C)
3. Colesterol total, HDL – C e (para avaliar risco Framingham) triglicerídeos;
4. Creatinina sérica em adultos;
5. Exames de urina:
Infecção Urinária
Proteinúria
Corpos Setônicos
Sedimentos
6. Microalbuminúrica (diabetes tipo 2, se proteinúria negativa);
7. TSH (Diabetes tipo 1);
8. ECG em adultos.
Hemoglobina glicada
• Reflete o controle glicêmico no
período de 2-3 meses
• Deve ser feita 2 vezes por ano
em pessoas com diabetes
controlado
• 3 em 3 meses em diabetes
descontrolados
Hemoglobina glicada
Tipo de indivíduo Valores de Referência

Não diabéticos 6,0 a 8,0%

Diabéticos bem 7,5 a 8,9%


controlados
Diabéticos com controle 9,0 a 10,0%
limítrofe
Diabéticos mal controlados > 10,0%
Frutosamina
• Reflete o controle glicêmico das últimas
4 a 6 semanas
• Útil para controle em intervalos
menores (gestantes)
• Em casos de hemoglobinopatias e
anemias
• Os valores normais de referência são
205 a 285 micromol/L
Cetonas na urina
• Importante em casos de diabetes
descontrolada
• Glicemia de 350-900 mg/dL
(cetoacidose ácida)
• Náusea, vômitos e dores abdominais
• Sede e pele avermelhada
• Cansaço, dificuldade na respiração
• Hálito com odor de fruta
Plano Terapêutico do Diabetes Mellitus

Diabetes tipo 1:
Pela maior complexidade do cuidado, esses pacientes são em geral acompanhados por especialistas
endocrinologistas. O caminhamento deve ser imediato, com o cuidado de evitar demora no atendimento, pois eles
apresentam risco elevado de descompensação metabólica.
Hiperglicemia intermediária: Glicemia de
Hiperglicemia Intermediária: jejum = 90-130mg.dl
Glicemia pos-prandial = <180
Pacientes classificados como portadores de
mg.dl
hiperglicemia intermediária devem ser Hemoglobina glicosilada= <7%
SBD
informados sobre seu maior risco para o seu Glicemia de jejum=ideal < 110.
desenvolvimento de diabetes e doenças Aceitavel <126
Glicemia 2 h pp=ideal<140.
aterosclerótica e orientados sobre hábitos Aceitavel<160
saudáveis para sua prevenção.
Diabetes M. tipo 2:
A figura ilustra os dois planos básicos dos tratamento do paciente
com Diabetes M. tipo 2. Plano terapêutico
para o diabetes 2
Prevenção de
complicações
crônicas:
Intervenções
preventivas e
cardiovasculares e
Detecção e
tratamento de
complicações
Controle Glicêmico: crônicas do
Mudança de estilo de vida e diabetes
Farmacoterapia
Sintomas da Diabetes Mellitus

Principais Sintomas: Clássicos (4 “Ps”):


Poliúria; Polidipsia;
Polifagia; Perda involuntária de peso;
Outros sintomas:
Fraqueza; Nictúria;
Astenia; Letargia;
Prurido vulvar; Balanopostite;
Redução acuidade visual; Boca seca.
Complicação Agudas de D. M
Hipoglicemia: Hipoglicemia é um distúrbio provocado pela
baixa concentração de glicose no sangue, que pode afetar pessoas portadoras
ou não de diabetes com ou sem sintomas, para valores abaixo de 60 a 70 mg/dl.

Condições de risco:

1. Pacientes em uso de insulina; 2. Pacientes idosos em uso de sulfoniluréias;


3. Insuficiência Renal; 4. Omissão Alimentar;
5. Atraso no horários das refeições; 6. Realização de exercício não usual;
7. Educação em diabetes deficientes; 8. Vômitos, diarreias;
9. Baixa idade; 10. Insulinoterapia recentemente iniciada;
11. Glicemia normal baixa à noite; 12. Troca de insulina;
13. Neuropatia autonômica.
Sinais e Sintomas
A. Descarga Adrenérgica:
Tremores; Sudorese Intensa(suor frio);
Palidez; Palpitações;
Fome intensa.

B. Neuroglicopenia:
Visão borrada; Diplopia;
Tonturas; Cefaleias;
Ataxia; Distúrbio do comportamento;
Convulsão; Perda de consciência e coma.

Achados Laboratoriais
Glicemia < 50 mg/dl.
Cetoacidose
É uma complicação aguda grave, potencialmente mortal.  No diabetes tipo 1, ela pode ser a primeira
manifestação da doença ou resultar do aumento das necessidades de insulina por causa de infecções,
traumas, infartos e cirurgias. Já nos portadores do tipo 2, pode ocorrer sob  condições graves como a
septicemia, por exemplo.

Condições de risco:
Doença febril aguda; suspensão de insulinoterapia;
Uso concomitante de agentes hiperglicemiantes;
Diabetes + distúrbios psicológicos graves;
Educação em diabetes deficientes.
Sinais e Sintomas
Poliúria – Polidipsia
Desidratação;
Dor abdominal;
Rubor facial;
Halito cetônico;
Hiperventilação;
Náuseas;
Vômitos;
Sonolência.

Achados Laboratoriais:
Hiperglicemia (> 300 mg/dl);
Glicosúria acentuada;
Cetonúria;
Acidose – PH < 7,3;
Leucocitose e alterações eletrolíticos.
SINTOMAS HIPERGLICEMIA HIPOGLICEMIA
Inicio Lento Súbito(min.)
Sede Muita Inalterada
Urina Aumentada Inalterada
Fome Muita Normal/ aumentada
Perda de peso Frequente Não
Pele Seca Normal/úmida
Mucosa da boca Seca Normal
Suores Ausentes Freqüentes/frio
Tremores Ausentes Freqüentes
Fraqueza Presente Sim ou não
Glicose sanguínea >200 mg% 40-60mg% ou <
Hálito cetônico Presente ou não Ausente
Coma Hiperosmolar

Mais comum no diabetes tipo II quando o portador utiliza-se de excessos alimentares ou por uma doença
intercorrente. É um processo mais lento que a cetoacidose, pois os pacientes tem uma certa reserva de
insulina, então eles não desenvolvem a Cetose, sendo que os sintomas variam,com alterações de sistema
nervoso,conforme a gravidade do quadro, de um simples torpor a coma profundo. É um quadro de bastante
gravidade e risco de vida se não for devidamente tratado.
Condições de risco:
● Diabetes tipo 2 com doenças intercorrentes (infecções grave, infarto cerebral ou do miocárdio,
estresse intenso, etc.)ou uso de medicamentos hiperglicemiantes;
● Pode ser forma de apresentação de diabetes tipo 2;
● Má aderência ao tratamento.
Sinais e Sintomas:
 Poliúria intensa evoluindo para oligúria;
 Polidipsia;
 Desidratação intensa;
 Hipertemia;
 Sonolência;
 Coma.

Achados Laboratoriais:
 Glicosúria intensa;
 Hiperglicemia extrema (geralmente > 700 mg/dl).
Complicações Microvasculares:

Retinopatia Diabética
A Retinopatia Diabética é a principal causa de cegueira adquirida na população. A retinopatia pode ocorrer em qualquer
tipo de DM sendo a elevação permanente da glicemia (açúcar no sangue) o principal fator responsável por esta
complicação.  Assim, quanto melhor o controle glicêmico, menores as chances de comprometimento dos pequenos vasos
da retina e perda da visão. Para reduzir a incidência desta grave complicação recomenda-se, portanto, que além de um
adequado controle da glicemia, todos os pacientes portadores de DM2 e aqueles portadores de DM1 com mais de 5 anos
de doença devam ser submetidos anualmente ao exame de fundo de olho (fundoscopia), a fim de que a alteração nos
vasos da retina possa ser identificado e tratado precocemente.
Nefropatia Diabética
É uma complicação associada à importante aumento da mortalidade sendo a principal causa
de insuficiência renal crônica e hemodiálise em nosso país. Esta alteração também está
relacionada à lesão de pequenos vasos sanguíneos decorrente da elevação crônica dos níveis
de glicose no sangue. O diagnóstico da nefropatia diabética é tradicionalmente definido pelos
níveis de proteína presentes na urina, porém, nas fases iniciais, a nefropatia já pode ser
identificada pelo aumento dos níveis de albumina na urina. A pesquisa anual de
microalbuminúria (eliminação discretamente elevada de albumina na urina) é, portanto, o exame
indicado para o diagnóstico precoce desta complicação.
Neuropatia Diabética

É uma complicação frequente do DM podendo manifestar-se de várias formas, de acordo

com o tipo de fibra nervosa acometida. Mais comumente a neuropatia diabética manifesta-se

pela redução da sensibilidade superficial ou sensação de formigamento, envolvendo

particularmente as regiões mais distais do corpo (mãos e pés). A diminuição de sensibilidade na

pele aumenta o risco de lesões nas regiões afetadas, pois, os traumatismos locais podem

passar despercebidos. Essas lesões, observadas principalmente nos pés, estão sujeitas a

infecções que são facilitadas por deficiências circulatórias associadas e por deficiências no

sistema imune, comuns nos pacientes diabéticos.


Neuropatia Diabética

Além disso, a alteração nos nervos pode gerar uma condição conhecida como dor

neuropática, a qual muitas vezes pode ser intensa, incapacitante e de difícil tratamento.

Embora a eletroneuromiografia seja o exame capaz de identificar mais precocemente as

alterações características da neuropatia, na prática clínica o mais importante é que os pacientes

obtenham um bom controle glicêmico, protejam-se de traumatismos e tenham o hábito de

examinar seus pés diariamente, identificando pequenas lesões de pele que possam ser sítios de

infecção.
Complicações Macrovasculares

Complicações Macrovasculares

As complicações macrovasculares estão relacionadas à obstrução dos grandes vasos sanguíneos e são responsáveis por

mais de 75% das internações hospitalares e por cerca de 80 % da mortalidade em pacientes diabéticos.  Tais obstruções

decorrem de um processo de aterosclerose o qual está diretamente vinculado às elevações dos níveis de glicose no sangue, da

pressão arterial e dos lipídios (colesterol e triglicerídeos) sendo agravado pelo tabagismo, excesso de peso e sedentarismo.

Doença Arterial Periférica

A Doença Arterial Periférica representa a principal causa de amputação não-traumática na população adulta. Um controle

glicêmico ruim e o hábito do tabagismo parecem ser os principais fatores no desenvolvimento desta grave complicação.
Doença Arterial Coronariana

A Doença Arterial Coronariana pode manifestar-se por episódios de angina e por infarto
agudo do miocárdio constituindo-se a principal causa de morte nos pacientes diabéticos. É
importante ressaltar que no paciente diabético, devido à neuropatia, o infarto pode ocorrer sem
a característica “dor no peito”, sendo diagnosticado retrospectivamente. Portanto, é de suma
importância que todos os pacientes diabéticos sejam avaliados regularmente por seu
endocrinologista e cardiologista que, analisando a história clínica, exame físico e exames
especializados tais como o eletrocardiograma, ecocardiograma, cintilografia miocárdica,
poderão identificar a existência de comprometimento da circulação coronariana.
Doença Carotídea

A Doença Carotídea é a obstrução das artérias carótidas por placas


ateroscleróticas que podem ocasionar a interrupção do fluxo de sangue para o cérebro
desencadeando um Acidente Vascular Encefálico conhecido como isquemia cerebral. 
O impacto desta complicação sobre a vida dos pacientes, assim como o seu custo
no sistema de saúde é enorme, de modo que o controle do DM e dos demais fatores
de risco se torna imprescindível.
Atribuições dos membros da equipe da Estratégia Saúde da
Família com pacientes diabéticos

Saúde da família é a estratégia priorizada pelo Ministério da Saúde para organizar a

Atenção Básica e tem como principal desafio promover a reorientação das práticas e ações

de saúde de forma integral e contínua, levando-as para mais perto da família e com isso,

melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Incorporando e reafirmando os princípios

básicos do SUS: “UNIVERSALIDADE, DESCENTRALIZAÇÃO, INTEGRALIDADE” e

participação da comunidade – mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários.


Equipe Multiprofissional

Enfermeiros
Auxiliares e
Médicos técnicos de
enfermagem
Agentes Auxiliares de
comunitários de Dentistas consultório
saúde dentário
Equipe Multiprofissional

A inserção de outros profissionais, especialmente nutricionistas, professores de


educação física, assistentes sociais, psicológicos, odontológicos, e até portadores dos
diabetes mais experientes dispostos a colaborar em atividades educacionais, é vista como
bastante enriquecedora, destacando-se a importância da ação interdisciplinar para a
prevenção de diabetes Mellitus e suas complicações.
Atribuições do Enfermeiro
1)Desenvolver atividades educativas, por meio de ações individuais e/ou coletivas, de

promoção de saúde com todas as pessoas da comunidade; desenvolver atividades

educativas individuais ou em grupo com os pacientes diabéticos.

2)Capacitar os auxiliares de enfermagem e os agentes comunitários e supervisionar, deforma permanente, suas

atividades.

3) Realizar consulta de enfermagem com pessoas com maior risco para diabetes tipo 2

identificadas pelos agentes comunitários, definindo claramente a presença do risco e

encaminhado ao médico da unidade quando necessário.

4) Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, estratificando risco

cardiovascular, orientando mudanças no estilo de vida e tratamento não medicamentoso,

verificando adesão e possíveis intecorrências ao tratamento, encaminhando o individuo

ao médico, quando necessário.


5) Estabelecer, junto a equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos de

pacientes diabéticos).

6) Programar, junto a equipe, estratégias para a educação do paciente.

7) Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames de rotina definidos como necessários pelo médico da

equipe ou de acordo com protocolos ou normas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal.

8) Orientar pacientes sobre automonitorizaçao (glicemia capilar) e técnica de aplicação de insulina.

9) Renovar a prescrição de indivíduos controlados e sem intercorrências, conforme protocolo.

10) Encaminhar os pacientes portadores de diabetes, seguindo a periodicidade descrita neste manual, de acordo com

a especificidade de cada caso (com maior frequência para indivíduos não aderentes, de difícil controle, portadores de

lesões em órgãos alvo ou com co-morbidades) para consultas com o médico da equipe.
11)Acrescentar, na consulta de enfermagem, o exame dos membros inferiores para identificação do

pé em risco. Realizar, também, cuidados específicos nos pés acometidos e nos pés em risco.

12) Perseguir, de acordo com o plano individualizado de cuidado estabelecido junto ao portador de

diabetes, os objetivos e metas do tratamento (estilo de vida saudável, níveis pressóricos, hemoglobina

glicada e peso).

13)Organizar junto ao médico, e com a participação de toda a equipe de saúde, a distribuição das

tarefas necessárias para o cuidado integral dos pacientes portadores de diabetes.

14) Usar os dados dos cadastros e das consultas de revisão dos pacientes para avaliar a qualidade

do cuidado prestado em sua unidade e para planejar ou reformular as ações em saúde.

15) Demais atribuições presentes nas políticas nacionais e estaduais de atenção básica.
 
Pé Diabético

É uma série de alterações anatomopatológicas e neurológicas periféricas que


ocorrem nos pés de pessoas acometidas pelo diabetes mellitus. Essas alterações
constituem-se de neuropatia diabética, problemas circulatórios, infecção e menor
circulação sanguínea no local.
Locais de risco
● Dedos: podem ser formadas deformidades, que por pressão formam calosidades ulceráveis.
● Sulcos interdigitais: local com facilidade para fissuras e cortes, além da presença de fungos.
● Região distal do pé: metatarsos ulcerados podem levar a osteomielite.
● Região medial do pé: é um local de apoio, sujeito a calosidades.
Cuidado com os pés
● Os pacientes com diabetes devem ter um
cuidado muito especial com seus pés.

● A hiperglicemia prolongada pode levar à perda


de sensibilidade e prejuízo à circulação dos pés.

● Alguém com menos sensibilidade pode, por


exemplo, calçar um sapato com uma pedra e
não sentir dor, gerando uma ferida.
Caso haja qualquer alteração nos seus pés,
procure o seu médico ou a enfermeira do local
onde você faz acompanhamento do diabetes.
Solicite ao profissional que examine seus pés a
cada consulta.
● Benefícios da Prática de Exercícios ao Diabético

A prática regular de exercício físico, em especial os aeróbicos,


trás os seguintes benefício ao diabético:

* Estimula a produção de insulina.


* Aumenta a sensibilidade celular à insulina.
* Eleva a capacidade de captação de glicose pelos
músculos.
* Diminui a gordura corporal, a qual está relacionada à
diabetes tipo II.
COMO AGIR EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA:
HIPERGLICEMIA
HIPOGLICEMIA
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Tratamento do Diabetes Mellitus 1
O tratamento se dá pela injeção com aplicação de insulina diretamente no sangue, no intuito de diminuir as
altas taxas de glicose. Para diminuir essas taxas de glicose, o indivíduo também precisa seguir uma dieta
rigorosa com baixo valor calórico e de açúcar, em vista de não alterar suas taxas metabólicas normais.

Tratamento do Diabetes Mellitus 2


O tratamento do tipo 2 da diabetes é feita através de reeducação alimentar, com dietas específicas controlando
sempre a glicose, e através também da prática de exercícios físicos, sempre para manter o organismo
funcionando muito bem com relação a excreção de glicose. Também é administrado medicamentos para
controlar a taxa de açúcar no sangue.
Tratamento Farmacológico da DM. Tipo 2

O tratamento medicamentoso do diabetes tipo 2 deve ser


iniciado quando as recomendações nutricionais e de atividade
física não forem eficazes para manter os níveis de HbA1c inferiores
a 7,0, mesmo em pacientes sem queixas, com boa qualidade
de vida, e aderentes às orientações nutricionais e de atividade física.
Insulina
É a hormona responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o
ingresso de glicose nas células. Esta é também essencial no consumo de carboidratos, na síntese de
proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras). Quando a produção de insulina é deficiente, a
glicose acumula-se no sangue e na urina, destruindo as células por falta de abastecimento:DIABETES
MELLITUS.

Aplicação de Insulina:

Desde que foi decidido pelo médico o tratamento com insulina, você deve prestar muita atenção no

tipo de insulina prescrita, nas doses recomendadas, não podendo o paciente mudar nem o tipo nem a

dose, sem a devida orientação médica.


Tipos de Insulina

● Insulinas Início Pico Duração


● Ultra-rápida 5-15 m 1-2 h 4-6 h
● Regular 30-60 m 2-4 h 6-8 h
● NPH 1-2 h 5-7 h 13-18 h
● Lenta 1-3 h 4-8 h 13-20 h
● Ultra-lenta 2-4 h 8-10 h 18-30 h
● Plana 1-2 h Plana 24 h
Tratamento- Insulina

● O início da terapia deve ser feito com 0,2-0,4


U/Kg/dia
● A dose média adequada a um diabético tipo 1 adulto
em geral oscila entre 0,5-l,0U/Kg/dia
● Esquema 1: Duas aplicações
● Esquema 2. Múltiplas aplicações (três ou quatro)
● Esquema 3: Infusão contínua
Esquema 1: Duas Aplicações

● Faz-se 2/3 da dose diária na primeira tomada (manhã), 1/3 na segunda tomada (noite).
● A proporção NPH/regular deve ser de 70%/30% na primeira tomada de e de
50%/50%, na segunda tomada.
● A regular deve ser aplicada no subcutâneo da barriga (absorção mais rápida) e a NPH
na coxa ou nádegas (absorção mais lenta).
● A insulina regular deve ser aplicada cerca de 30-45min antes da refeição, um
intervalo que poderá ser mal administrado por alguns pacientes.
● A troca da insulina regular pela insulina lispro ou aspart (ultra-rápida) permite a
aplicação na hora da refeição
Esquema 2: Múltiplas Aplicações (3 ou 4)
● Administra-se 2/3 da dose total pela manhã, com a
mistura NPH + Regular ou Lispro (70%/30%), e o 1/3
restante dividido (50%/ 50%) numa aplicação de Regular
ou Lispro antes do jantar e mais uma insulina NPH antes
de dormir.
● Insulina glargina pela manhã e uma insulina Regular
ou Lispro antes de cada uma das três refeições (café,
almoço e jantar). Este é um dos esquemas mais aceitos
atualmente para o tratamento do DM tipo 1.
Esquema 2: Múltiplas Aplicações
● De acordo com a glicemia capilar l h antes das
refeições, pode-se ajustar a dose da insulina regular ou
lispro, conforme a tabela:
● <70mg/dL: -2U’
● 71-140mg/dL:manter a dose
● 141-160mg/dL: +1U’
● 161-200mg/dL: +2U'
● 201-240mg/dL: +3U’
● > 240mg/dL: +4U’
Esquema 3: Infusão Contínua

● Um dispositivo bombeia continuamente a insulina através de uma agulha instalada no


subcutâneo. Isto garante 60% da reposição insulínica. Os 40% restantes são providos
sob a forma de insulina Regular ou Lispro antes de cada refeição.
Locais de Aplicação

Nos últimos anos, houve grande progresso no desenvolvimento de sistemas de aplicação, desde
as tradicionais seringas e agulhas, cada vez mais finas, o que tornou a aplicação de insulina mais
confortável e quase indolor. As canetas de aplicação e as bombas de infusão foram desenvolvidas e
aprimoradas. É importante alternar periodicamente o local de cada aplicação de insulina, fazendo
rodízio, uma vez que, quando uma área é utilizada muitas vezes para injetar-se, pode haver
problemas degenerativos locais, até mesmo, prejudicando absorção e consequentemente
prejudicando o bom controle do Diabetes .
Áreas de aplicação são:
Aplicação com Seringa

Estão disponíveis no mercado brasileiro :

Seringas para aplicação de insulina com agulhas fixas (embutidas) de


●12,7 mm x 29 G

●2 8 mm x 31G.
Aplicação com Seringa

Agulhas para canetas de aplicação de insulina de:


●12,7 mm x 29 G

●8 mm x 31 G

●6 mm x 30 G

●5 mm x 31 G

●4 mm x 32G.

Obs: Os milímetros (mm) referem-se ao comprimento e o G refere-se ao diâmetro das agulhas, sendo que,

quanto menor o número maior será o diâmetro da agulha. ( mais grossa).


Procedimentos adequados para a devida aplicação de insulina

● Lave bem as mãos e o local de aplicação com um algodão embebido com álcool.

● Verifique se a seringa é correta, pois há seringas que são graduadas de 1 em 1 unidade e há

aquelas de 2 em 2 unidades.
● Retire a insulina da geladeira para atingir a temperatura ambiente.

● Se usar insulina de ação intermediaria de aspecto leitoso ( NPH ou Pré-mistura) , agite suavemente

o frasco até que o líquido fique homogêneo.


● Introduza uma quantidade de ar na seringa, que corresponda à dose de insulina a ser aplicada, e

injete lentamente dentro do frasco, mantendo-o na posição vertical, diante dos olhos.
Procedimentos adequados para a devida aplicação de insulina

●Vire o frasco de cabeça para baixo, bata na seringa com os dedos, suavemente, para retirar as bolhas de ar.

●Injete o excesso de insulina do frasco e retire a agulha.

●Faça ou não a prega cutânea e introduza a agulha em ângulo de 90 graus no tecido subcutâneo. Em

crianças e pessoas magras, introduza a agulha com um ângulo de 45 graus. A prega deve ser solta antes da

aplicação.
●Injete a insulina lentamente, retire a agulha suavemente e passe o algodão embebido com álcool sobre o

local.
●Jogue a seringa descartável fora, tomando o cuidado de recolocar a tampa na agulha.
Aplicação com Canetas

A opção mais segura, prática e confortável para aplicar-se insulina está disponível

através das canetas de aplicação. O refil das canetas, após iniciado o seu uso, pode

(deve) ser mantido em temperatura ambiente. As agulhas utilizadas nas canetas são

também bastante finas e pequenas. Também existem atualmente as canetas de aplicação

já prontas para o uso, o paciente não precisa trocar o refil, uma vez que elas já vêm

prontas para a utilização.


Aplicação com Bomba de Infusão

A bomba de infusão de insulina é um aparelho pequeno, do tamanho de um Pager, ligado ao corpo por um cateter

com agulha flexível na ponta. A agulha é inserida na região subcutânea do abdômen ou da coxa e deve ser

substituída, a cada dois ou três dias, para evitar obstruções.

Não é uma bomba inteligente, isto é, ela não mede a glicemia ou indica a quantidade de insulina a ser

administrada. A dosagem da glicemia permanece sendo realizada através do glicosimetro e não pela bomba. O

funcionamento é simples, liberando quantidade de insulina basal, programada pelo médico, 24 horas por dia, tenta

imitar o funcionamento do pâncreas de uma pessoa normal. No entanto, a cada refeição é preciso calcular a

quantidade de carboidratos que será ingerida e programar o aparelho para lançar quantidade de insulina de ação

rápida ou ultra-rápida ( análogo ) no organismo.


Candidato ideal para usar a bomba de insulina é o diabético que :

● Consegue medir a glicemia capilar, no mínimo 4 vezes ao dia. Na fase de ajuste de doses
de insulina a serem usadas na bomba, passe a medir a glicemia no mínimo 6 vezes por dia.
● Segue as recomendações médicas e mantém contato com a equipe responsável pela
bomba, seguindo a dieta recomendada..
● Tem condições financeiras para arcar com os custos.
● Está disposto a usar o aparelho 24 horas por dia junto ao corpo.
● Manter a pratica da atividade física.
Vantagens do uso:

●Maior flexibilidade no horário das refeições;


●Reduz o risco de hipoglicemias, e a longo prazo as complicações decorrentes do diabetes
assumindo o uso da bomba de maneira adequada;
●Melhora o controle glicêmico e níveis da Hemoglobina glicada;
●Melhor controle do chamado fenômeno do amanhecer, responsável pela elevação da
glicemia entre as 4 e 8 horas da manhã, que causa hiperglicemia, se o diabético não tiver
calculado a dose de insulina na noite anterior, ou não se levantar de madrugada para administrá-
la. Com o uso da bomba, esse problema está resolvido.
Vantagens do uso:
Armazenagem e Transporte

Os seguintes cuidados devem ser observados quanto ao armazenamento e

transporte da insulina.
●A estocagem de insulina deve ser feita em geladeira,na temperatura entre 2 a

8 graus. Deve-se evitar estocar a insulina na porta, onde há maior variação de

temperatura. Siga sempre as orientações escritas na bula do medicamento;


●Não exponha a insulina ao sol e evite calor excessivo, como o porta-luvas do

carro, em cima de estufa, fogão ou aparelhos eletrônicos;


Armazenagem e Transporte

●Não congele a insulina, nem faça seu transporte em contato com gelo seco;

●Em viagens longas, leve a insulina na bagagem de mão, usando um

recipiente ( bolsa ) isotérmico;


●Não agite vigorosamente o frasco de insulina;

●Não use insulina com data de validade vencida;

●Não use a insulina se observar mudança no seu aspecto, cor amarela


Automonitorização (autocontrole)

O autocontrole do diabetes consiste em balancear adequadamente a

alimentação, os exercícios físicos, a medicação, insulina ou hipoglimeciantes orais;


O autocontrole começa mediante medida da glicemia, que varia durante o dia, e

por essa razão deve ser medida para ser controlada;


Automonitorização (autocontrole)

Pode-se medir a glicemia de duas maneiras; diretamente do sangue ( glicemia)

ou indiretamente, através da urina ( glicosuria);


Para medir-se a glicemia, utiliza-se um equipamento denominado Glicosimetro

(um monitor), onde uma gota de sangue é colocada numa fita reagente e colocada no

aparelho que calcula a glicemia em alguns segundos. Existem diversos monitores

disponíveis no mercado.
Automonitorização (autocontrole)


Para avaliar de forma indireta, pela urina, é necessário utilizar tiras para glicosuria e cetonas. Em uma

tira,deve-se desprezar a primeira urina e depois molhe a parte reagente da fita na urina. Espere o tempo

indicado. Compare a cor com as opções que estão no tubo;

Esse controle é pouco preciso, porque o açúcar na urina somente aparece quando a glicemia estiver

acima de 180 mg/ml ,e o rim começa a filtrar a glicose;



Usando sempre o Diário do Diabético, anote os resultados das glicemias, e as doses de insulina, os horários,

glicosurias, e qualquer outro dado que possa influenciar a sua glicemia : exercícios físicos, doenças, etc.
Leve sempre o seu diário para o seu médico ver a cada consulta.
Referências
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diabetes Mellitus. Cadernos de AtençãoBásica – nº 16,
Brasília, DF, 2006. Disponível
em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.pdf> Acessoem 30 de ago.
2011.
FAEDA, Alessandra; LEON, Cassandra Genoveva Rosales Martins Ponce de.
Assistência de enfermagem a um paciente
portador de Diabetes Mellitus. Rev. Bras. Enferm. 2006, v.59, n.6, p. 818-821. ISSN 0034-7167.
Endereços eletrônicos: Google, Firefox e sites acadêmicos referente: Diabetes Mellitus.
Obrigada!

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