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Técnico em

Enfermagem
Módulo I
NOÇÕES DE
FARMACOLOGIA
Ementa

Administração de medicamentos, apresentando conceitos


essenciais de farmacologia aplicada à enfermagem, numa
abordagem ética. Identificando a origem, classificação,
utilização, apresentação, ação dos fármacos, prescrição médica,
doses, vias de administração e cálculo de dosagens. Preparo e
administração de medicamentos em todas as vias utilizadas na
pratica da enfermagem, e abordagens das responsabilidades na
minimização de falhas.
Objetivos principais

 Reconhecer a importância da farmacologia, seus princípios e resultados nas


ações de saúde.
 Conhecer os diferentes tipos de medicamentos, suas indicações, efeitos
colaterais e adversos e interações medicamentos.
 Utilizações de enfermagem que envolva aplicação de vacinas em
campanhas epidemiológicas, a nível regional e nacional 
 Identificar a importância no desenvolvimento de habilidades na
administração de medicamentos, em todas as vias utilizadas nos
procedimentos da assistência de Enfermagem.
 Reconhecer as responsabilidades éticas e legais da enfermagem referente
ao preparo das diversas vias de administração de medicamentos.
O que é farmacologia?
O QUE É FARMACOLOGIA?
Palavra de origem grega (Farmakon = drogas e
logos = estudo).

A farmacologia é a ciência que estuda


como as substâncias químicas interagem
com os sistemas biológicos.

Abrange a composição de
medicamentos, propriedades, interações,
toxicologia e efeitos desejáveis que
podem ser usados no tratamento de
doenças.
PERÍODOS HISTÓRICOS

EMPIRICO CIENTIFICO

NÃO TINHA EMBASAMENTO A FARMACOLOGIA TORNOU-SE


CIENTIFICO; CIENCIA NO SECULO XIX;

A DOENÇA ERA CONSIDERADA COMO AS PESQUISAS PASSARAM A SER


UM CASTIGO; DIVULGADAS EM ARTIGOS
CIENTIFICOS E EM LIVROS DIDATICOS.
AS CURAS ERAM REALIZADAS POR
FEITICEIROS OU SACERDOTES COM
SUBSTANCIAS A BASE DE PLANTAS.
História

 O primeiro registro histórico que menciona os fármacos foi o


Papiro de Smith egípcio, datado de 1600 a.C.

 Existe também o Papiro de Ebers de 1550 a.C que relata a


forma de preparo e uso cerca de 700 remédios.
Fármaco X Medicamento
Conceitos básicos

 Fármaco – São substancias químicas denominadas como


principio ativos.

 Medicamento – São as preparações químicas que são


realidadas co um ou mais fármacos
Divisões da farmacologia

 Farmacologia Geral;
 Farmacologia Especial;
 Farmacognosia;
 Farmacotécnica;
 Farmacodinâmica;
 Farmacocinética;
 Toxicologia;
Farmacocinética

Farmacocinética é o caminho que o


medicamento faz no organismo. as etapas que a
droga sofre desde a administração até a
excreção,
Farmacocinética

 As fases da farmacocinética são:


• Absorção;
• Distribuição;
• Biotransformação;
• Excreção;
Absorção
É a etapa que vai desde a escolha da via de
administração até a chegada da droga à corrente
sanguínea.
Vias de administração como intravenosa e intra-arterial
pulam essa etapa, já que caem direto na circulação.
Alguns fatores interferem nessa etapa como pH do
meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por
exemplo).
Distribuição
• Etapa em que a droga é distribuída no corpo
através da circulação. Ela chega primeiro nos
órgãos mais vascularizados (como sistema
nervoso central, pulmão, coração) e depois sofre
redistribuição aos tecidos menos irrigados
(tecido adiposo por exemplo).
• É nessa etapa que a droga vai chegar ao local
onde vai atuar.
Metabolismo
• Fase onde a droga é transformada em um
composto mais hidrossolúvel para a posterior
excreção.
Excreção
• Pela excreção, os compostos são removidos do
organismo para o meio externo., na forma
ativa.
Farmacodinâmica

A Farmacodinâmica é o campo da farmacologia que estuda os


efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos, seus
mecanismos de ação e a relação entre concentração do fármaco
e efeito.

De forma simplificada, podemos considerar farmacodinâmica


como o estudo do efeito da droga nos tecidos.
Farmacodinâmica

 Receptores
• A maioria das células possui muitos receptores de
superfície, o que permite que a atividade celular seja
influenciada por substâncias químicas como os
medicamentos ou hormônios localizados fora da célula.

• O receptor tem uma configuração específica, permitindo


que somente uma droga que se encaixe perfeitamente
possa ligar-se a ele – como uma chave que se encaixa em
uma fechadura.
Farmacodinâmica

 Enzimas
• As enzimas auxiliam o transporte de substâncias químicas
vitais, regulam a velocidade das reações químicas ou se
prestam a outras funções de transporte, reguladoras ou
estruturais.

• As drogas direcionadas para as enzimas são classificadas


como inibidoras ou ativadoras (indutoras).

• Quase todas as interações entre drogas e receptores ou


entre drogas e enzimas são reversíveis. Numa interação
irreversível, o efeito da droga persiste até que o corpo
produza mais enzimas.
Farmacodinâmica

 Potência e Eficácia
• A potência refere-se à quantidade de medicamento
(comumente expressa em miligramas) necessária para
produzir um efeito, como o alívio da dor ou a redução da
pressão sanguínea.

• A eficácia refere-se à resposta terapêutica máxima


potencial que um medicamento pode produzir.
Farmacodinâmica

 Tolerância
• Tolerância ocorre quando o corpo adapta-se à contínua
presença da droga, devido a administração repetida ou
prolongada de medicamentos.

• Comumente, são dois os mecanismos responsáveis pela


tolerância:
1 - o metabolismo da droga é acelerado; e
2 - diminui o número de receptores ou sua afinidade pelo
medicamento.
Vias de administração de medicações
• A via de administração é a maneira como o
medicamento entra em contato com o
organismo; é sua porta de entrada.

• Cada via é indicada para uma situação


específica; cada uma apresenta vantagens e
desvantagens.
Classificação das vias de administração
de medicamentos
 As vias de administração de fármacos podem ser
classificadas em tópica, enteral e parenteral:
• Tópica - efeito local; a substância é aplicada
diretamente onde se deseja a ação.
• Enteral - efeito sistêmico (não-local); recebe-se a
substância via trato digestivo.
• Parenteral - efeito sistêmico; recebe-se a substância por
outra forma que não pelo trato digestivo.
Classificação das vias de administração
de medicamentos
 Tópica ou Cutanea:
Tem efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se
deseja a ação.

Epidérmica: sendo absorvida pela camada epidérmica para


dentro da derme, aplicação sobre a pele
Intranasal: absorvia pela mucosa nasal, pode ter
uma ação local geral.

Colírios: absorvido pela mucosa ocular, sobre a


conjuntiva.
Classificação das vias de administração
de medicamentos
 Enteral
Oral :os medicamentos são absorvidos pela mucosa do trato
gastrointestinal

Sublingual: os medicamentos são absorvidos pela mucosa


oral.

Vaginal: os medicamentos são absorvido pela mucosa vaginal.

Retal :os medicamentos são absorvidos pela mucosa retal


Classificação das vias de administração
de medicamentos
 Parenteral

Intramuscular (IM): os medicamentos são absorvidos pelo


endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.

Intravenoso (IV) ou Endovenoso ( EV): os medicamentos são


aplicados diretamente na corrente sanguínea.

Subcutâneo (SC): os medicamentos são absorvidos pelo


endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.

Intradérmico (ID): são aplicada rente a pele, entre a derme e


epiderme.
Classificação das vias de administração
de medicamentos
Intraóssea (na medula óssea) é um acesso intravenoso indireto
porque a medula óssea acaba no sistema circulatório. Esta via é usada
ocasionalmente para drogas e fluidos na medicina de emergência e na
pediatria, quando o acesso intravenoso é difícil;

Intraperitoneal, (no peritônio) é predominantemente usada na


medicina veterinária e no teste de animais para a administração de
drogas sistêmicas e fluidos, devido à facilidade de administração
comparada com outros métodos parenterais.
Classificação das vias de administração
de medicamentos
 Para escolher a via de administração deve-se considerar:
• O melhor efeito útil do medicamento;
• A condição do paciente;
• Comodidade (qual a via mais cômoda para o paciente);
• Via mais segura;
• Custo;
• A existência do medicamento em diferentes formas
farmacêuticas.
TANTO O SORO COMO A VACINA AGEM COMO IMUNIZADORES. SÃO PRODUTOS DE
ORIGEM BIOLOGICA CHAMADO DE IMUNOBIOLOGICOS, E SÃO USADOS EM DIFERENTES
SITUAÇÕES.

VACINA
SORO
É USADO PARA PREVINIR. AGENTES
INFECCIOSOS INCAPAZ DE
É USADO PARA CURAR.
PROVOCAR A DOENÇA MAS QUE
ANTICORPOS NECESSARIOS
INDUZEM AO SISTEMA
PARA COMBATER UMA
IMUNOLOGICO A PRODUZIR
DETERMINADA DOENÇA OU
ANTICORPOS ATRAVES DA
INTOXICAÇÃO.
MEMORIA CELULAR.
Conceito e diferenças entre
soro e vacina
 Soro

• Os mais conhecidos soros são os antiofídicos.

• Existem soros para o tratamento de diversos doenças.

• A produção do soro é feita geralmente através da


hiperimunização de cavalos.

• O Instituto Butantan é responsável por cerca de 80% dos soros e


vacinas utilizados hoje no Brasil.

• Veja abaixo alguns soros produzidos pelo Instituto e distribuídos


pelo Ministério da Saúde a todo o país.
Conceito e diferenças entre
soro e vacina
 Alguns soros produzidos pelo Instituto e distribuídos pelo
Ministério da Saúde a todo o país:

• Anticrotálico - para acidentes com cascavel.


• Antilaquético - para acidentes com surucucu.
• Anilonomia - para acidentes com taturanas do gênero
Lonomia.
• Antitetânico - para o tratamento do tétano.
• Anfirrábico - para o tratamento da raiva.
• Antifidiftérico - para tratamento da difteria.
Vamos testar?
Estuda o movimento da droga no organismo, ou seja,
é o caminho que o medicamento faz no organismo:
Farmacotécnica
Farmacodinâmica
Farmacognosia
Farmacologia
Farmacocinética
A sequência correta das etapas que a droga sofre
desde a administração até a excreção são:

Absorção, distribuição, metabolismo e excreção.


Absorção, distribuição, excreção e metabolismo.
Distribuição, metabolismo, excreção e absorção.
Metabolismo, excreção, absorção e distribuição,
Excreção, metabolismo, distribuição e absorção.
É uma via parenteral onde se tem a mais rápida ação do
fármaco administrado e não passa pela primeira etapa da
farmacocinética (absorção):

Oral
Endovenosa
Subcutânea
Intradérmica
Intramuscular

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