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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

Profº Me. Paulo Víctor de Lima Sousa


Nutricionista
Mestre em Alimentos e Nutrição (UFPI/PPGAN)
Doutorando em Alimentos e Nutrição (UFPI/PPGAN)
paulovictor.lima@hotmail.com
INTRODUÇÃO

Após anos de luta na saúde pública brasileira, tivemos a criação jurídica do


Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição de 1988

Assim, a saúde passou a ser reconhecida como um direito de todo


cidadão, tendo o Estado o dever de estabelecer estratégias e políticas
para garanti-la.
INTRODUÇÃO

Os principais fundamentos do SUS foram decididos durante a VIII


Conferência Nacional de Saúde e seu estabelecimento se deu por meio
da Constituição Federal da República de 1988.

A sua implementação é considerada a maior


ação de inclusão social da história brasileira

Um símbolo da política positiva de


engajamento do governo para com os
direitos da população
INTRODUÇÃO
Com o SUS, a saúde passou a ser um direito de todos e uma obrigação do
Estado, algo até então inédito, visto que os programas anteriores possuíam
um caráter centralizador, restrito e excludente.

Internacionalmente, o SUS é considerado um dos maiores e mais complexo


sistema de saúde do mundo, no que tange à sua cobertura e população
atendida.

OBJETIVO
Criado para oferecer atendimento igualitário, cuidar e
promover a saúde de toda população
INTRODUÇÃO

Constituição Federal de 1988

• Estabeleceu o SUS

Lei Orgânica da Saúde n° 8.080/90 e a Lei n°8.142

• Regulamentou o SUS

Normas Operacionais Básicas (NOB)

• Contribuir para a normatização do serviço público de saúde


CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

Os artigos 196 a 200 da Constituição afirmam sobre a saúde

Artigo 196

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante


políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”

Promoção = estimular com ações ligadas à qualidade de vida (alimentação


saudável, lazer, educação).

Proteção = buscar eliminar os riscos.

Recuperação = a assistência médica em si.


CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

Artigo 197

“São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder


Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e
controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado”

Artigo 198

“As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e


hierarquizada e constituem um sistema único”

Artigo 199

“A assistência à saúde é livre à iniciativa privada” (participar de forma


complementar do sistema único de saúde)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Artigo 200

Ao SUS compete: controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e


substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de
medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos; executar as ações de vigilância sanitária
epidemiológica, da saúde do trabalhador; ordenar a formação de
recursos humanos na área de saúde; participar da formulação da
política e da execução das ações de saneamento básico; incrementar
em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu
teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda
e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos; colaborar na proteção do meio ambiente, nele
compreendido o do trabalho”
LEIS ORGÂNICAS

Lei n° 8.080

• A organização e a gestão;
• As competências e atribuições das 3 esferas de governo
• Funcionamento e participação complementar do setor privado
• Política de recursos humanos
• Recursos financeiros, planejamento e orçamentos

Lei n° 8.142

• Define a participação social


• Transferências intergovernamentais de recursos de financiamento
PRINCÍPIOS DO SUS

Todos os programas sociais precisam de normas para que se assegure o seu


bom desempenho e com o SUS não poderia ser diferente.

O Sistema Único de Saúde possui uma série de princípios e diretrizes que o


acompanham desde sua criação e sua essência

É tudo o que o programa garante à sociedade, direcionando o seu


funcionamento e gestão.
PRINCÍPIOS DO SUS

DOUTRINÁRIOS OU
ORGANIZACIONAIS
IDEOLÓGICOS

Descentralização
Universalidade
Regionalização

Hierarquização
Integralidade
Participação social

Resolubilidade
Equidade
Complementariedade do
setor privado
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
UNIVERSALIDADE

Estabelece o acesso à saúde por meio do SUS a todos os cidadãos, sem


restrições e condicionantes. (“A saúde é um direito de todos”)

EQUIDADE

Leva em consideração as diferenças individuais e regionais, oferecendo


mais para aqueles que mais precisam.

EQUIDADE IGUALDADE

Propiciar condições para que todos


tenham as mesmas oportunidades

Canalizar mais atenção a


determinado grupo de pessoas
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
INTEGRALIDADE

Considera o paciente como um todo, indivisível e todas as suas


necessidades devem ser atendidas por ações de saúde (tanto os meios
curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os
coletivos).
PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS
HIERARQUIZAÇÃO

Organiza em níveis os serviços que têm como objetivo atender as


diferentes necessidades de saúde da população

Os serviços devem funcionar em níveis de complexidade crescente e o


acesso inicial ao sistema deve ser através do nível primário de atenção

Primário ou básico

• Baixa complexidade, generalista, foco na promoção e prevenção

Secundário

• Média complexidade, mais especialidades, maior nível tecnológico

Terciário

• Alta complexidade, muito mais especializado, alto nível tecnológico


PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS
PARTICIPAÇÃO POPULAR/SOCIAL

Democratização das decisões a respeito da saúde pública, principalmente


através da participação da sociedade no SUS (conselhos de saúde). É a
garantia de que o povo estará envolvido na formulação das políticas de
saúde.

DESCENTRALIZAÇÃO

Distribuição das responsabilidades e poder sobre a saúde nas três


esferas do governo, visando assim um trabalho mais efetivo e com maior
controle e fiscalização por parte da população (municípios gestores e
administradores da oferta de saúde).

REGIONALIZAÇÃO

Os serviços de saúde devem funcionar dentro de um território bem


delimitado e com a definição da população a ser assistida
PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS
RESOLUBILIDADE

Os serviços de saúde precisam estar capacitados para enfrentar e


resolver situações até o nível de sua competência.

COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO

Declara que quando a saúde pública não for suficiente, é permitida e


necessária a contratação de serviços privados.
FINANCIAMENTO DO SUS
FINANCIAMENTO DO SUS

O financiamento do SUS é tripartite

Atribuído a três âmbitos do governo:

Federal Municipal
Estadual
FINANCIAMENTO DO SUS

A Lei Complementar nº 141 de 2012

Responsável por definir os percentuais de investimento financeiro no


SUS por cada setor

Municípios 15% da sua arrecadação anual de impostos

Estados 12% da sua arrecadação anual de impostos

União Contribuição é variável

Corresponde ao valor empenhado no exercício financeiro anterior,


acrescido do percentual relativo à variação do Produto Interno Bruto
(PIB) do ano antecedente ao da lei orçamentária anual.
FINANCIAMENTO DO SUS

A transferência dos recursos financeiros entre as esferas: fundos nacionais


de saúde (realizam a gestão e estabelecem o patrimônio da saúde em
unidades orçamentárias e administradoras)
FINANCIAMENTO DO SUS

Os destinos das verbas da saúde são inúmeros

Vigilância em saúde

Gestão do SUS

Atenção Básica

Atenção de média e alta complexidade

Redes de serviços à saúde

Assistência farmacêutica

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