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VIGILÂNCIA EM

SAÚDE AMBIENTAL

Profa. Adriana Sathler


A VIGILÂNCIA EM SAÚDE É CONSTITUIDA
• Componentes:
POR
EPIDEMIOLÓGICA

VIGILÂNCIA AMBIENTAL
SANITÁRIA EM SAÚDE

SAÚDE DO
TRABALHADOR
VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL - CONCEITO
Política Nacional de Vigilância em Saúde - BRASIL, 2018

• Conjunto de ações e serviços que Como as pessoas adoecem?


propiciam o conhecimento e a detecção de O que interfere na saúde?
mudanças nos fatores determinantes e
condicionantes do meio ambiente que
interferem na saúde humana

• Finalidade de recomendar e adotar


Como controlar (ou eliminar)
medidas de promoção à saúde, prevenção
e monitoramento dos fatores de riscos os elementos que causam
relacionados às doenças ou agravos à doenças?
saúde
ambientais

Como as pessoas adoecem?


• Condições gerais como as pessoas vivem
e trabalham
Biológico culturais

econômicos
sociais

Como as pessoas adoecem?

O que interfere na saúde?


Identificação de problemas
Como controlar (ou eliminar) os elementos que causam doenças?

• “Na identificação de problemas de saúde relacionados a fatores ambientais, é


necessário investigar trajetórias sociais, contextos e interações entre fluxos
(fatores econômicos, políticos e culturais) e fixos (prédios, rios, avenidas, por
exemplo) assim como as várias maneiras de atuação e de relação dos indivíduos e
dos grupos no território (SANCHEZ, 2007). “
• Avaliação e monitoramento (indicadores predefinidos)
• Definir intervenções que objetivem diminuir a frequência e a gravidade dos riscos
ambientais que pode impactar a saúde individual e populacional
• A estrutura de causa-efeito (Força Motriz, Pressão, Situação, Exposição, Efeito, Ações) é o modelo através
do qual as forças motrizes geram pressões que modificam a situação do ambiente e, em última análise,
a saúde humana, por meio das diversas formas de exposição, onde as pessoas entram em contato com o
meio ambiente, causando os efeitos na saúde. Várias ações podem ser desenvolvidas em diferentes
pontos da cadeia, assumindo diversas formas
Maciel Filho et al,
Conceitos-chave
FORÇA MOTRIZ
• São os fatores que influenciam, em escala ampla e macro, os vários processos ambientais
que podem afetar a saúde humana. Esses fatores estabelecem vínculos fracos e menos
diretos entre os riscos ambientais e efeitos reais de saúde.

• Exemplos de forças motrizes:


crescimento da população,
desenvolvimento econômico e tecnológico,
Pobreza
Industrialização
Urbanização

Maciel Filho et al,


Conceitos-chave
PRESSÕES
• As pressões são conseqüências das diversas forças motrizes e são fatores que
influenciam em uma escala ampla e que apresentam vínculos indiretos entre os riscos
ambientais e efeitos reais de saúde das populações. Essas pressões são geradas pelas
diferentes atividades econômicas como: indústria, agricultura, transporte e energia. Em
todas as atividades humanas podem surgir pressões sobre o meio ambiente e a saúde.

• Exemplos de pressões:
Produção
Consumo
Disposição de resíduos

Maciel Filho et al,


Conceitos-chave
SITUAÇÃO
As mudanças do meio ambiente podem ser complexas e amplas e podem ter conseqüências em
escala local, regional, estadual e nacional. São decorrentes das pressões e podem representar um
aumento na freqüência e magnitude do risco natural. Os recursos naturais podem ser
negativamente afetados, seja a qualidade do ar, da água e do solo, por causa da poluição. Podem
ocorrer modificações secundárias: uma mudança pode afetar outras áreas. Cada instância pode gerar
novos riscos para a saúde, porém, nem todos os aspectos do ambiente podem influenciar a saúde,
nem se conhecer com clareza a relação com a saúde.

• Exemplos de Situação:
Riscos naturais
Disponibilidade de recursos
Níveis de poluição

Maciel Filho et al,


Conceitos-chave
EXPOSIÇÃO
A exposição é a condição indispensável para que a saúde individual ou coletiva sejam afetadas
pelas causas adversas do meio ambiente. Muitos fatores determinam se um indivíduo será
exposto, como: a poluição do meio, quantidade de poluentes, tempo de permanência em
ambientes contaminados, bem como a forma de contato. Estes fatores estabelecem vínculos
fortes e diretos entre os riscos ambientais e os efeitos reais de novos riscos para a saúde. C
omo exemplo, podemos citar: exposição externa, dose de absorção, dose orgânica.

• Exemplos de Exposição:
Exposição externa
Dose de absorção
Dose orgânica

Maciel Filho et al,


Conceitos-chave
EFEITOS
Os efeitos sobre a saúde podem se manifestar quando alguém se submete a uma exposição. Os efeitos podem
variar em função do tipo, magnitude e intensidade, dependendo do nível de risco, do nível de exposição, da
situação de saúde da pessoa, idade e formação genética, etc. Também podem ser agudos ou crônicos. Podem
ocorrer diferentes relações de efeito/exposição para diferentes subconjuntos da população; podem ser pequenos
e devem ser diferenciados dos efeitos de outros fatores.
Exemplos de efeitos: intoxicação, envenenamento, prejuízo ao bem-estar, morbidade, mortalidade.

• Exemplos de efeitos:
Intoxicação
Envenenamento
Prejuízo ao bem-estar
Morbidade
Mortalidade

Maciel Filho et al,


Conceitos-chave

AÇÕES
A ações podem ser de curto prazo e de caráter reparador, outras a
longo prazo e preventivas. Diversas ações podem ser tomadas,
baseadas na natureza dos riscos, sua receptividade ao controle e da
percepção pública dos riscos. As ações podem ser implementadas em
diferentes níveis de gestão

Maciel Filho et al,


CAUSA - EFEITO
• Força motriz: aumento populacional =>
Ações políticas econômicas, sociais,
tecnológica
• Pressão: geração de resíduos => ações:
politicas de saneamento
• Situação: serviços de saneamento básico =>
Ações: VSA, melhora da qualidade da água
• Exposição externa: dose absorvida =>
ações: educação em saúde / Atenção básica
• Efeito: morbimortalidade => Ações:
tratamento, reabilitação, promoção da
saúde
EXEMPLOS 

Indicador Dados acompanhados


Densidade de casos, infectividade, idade dos
Malária e leishmaniose infectados

Dengue Índice de infestação

Doença de Chagas Índice de infestação domiciliar

Febre amarela Área de risco pela presença do vetor

Painel de Informações sobre Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador – PISAST(Abre em uma
nova janela)
.
A Vigilância em Saúde Ambiental (VSA)
• Tem como objeto os fatores ambientais de risco à saúde da população =>
antecipar e prever o processo de adoecimento por meio de ações de
inspeção, de controle, de monitoramento, de intervenção e de comunicação
• Articula-se com serviços e unidades de saúde da Rede de Atenção à Saúde
do SUS (RAS-SUS), em especial com a vigilância epidemiológica, a vigilância
sanitária, a vigilância em saúde do trabalhador, a rede de laboratórios e as
unidades de atenção básica
• Atua também em parceria com órgãos das secretarias (estaduais e
municipais) de meio ambiente, de educação, de defesa civil e de saneamento
Temas relacionados com
a saúde ambiental
1.Agrotóxicos
2.Água para consumo humano
3.Áreas contaminadas
4.Câncer relacionado ao trabalho e ao ambiente
5.Desastres http://
www.riocomsaud
6.Mudanças climáticas e.rj.gov.br/site/
Conteudo/
7.Poluição do ar Vigilancia.aspx?
Area=AMBIENTAL
8.Substâncias químicas

Carrapato

Febre maculosa
A vigilância dos fatores de risco é realizada por meio dos
programas nacionais, estruturados e organizados nos âmbitos
nacional, estadual e municipal:

• Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeq); -


riscos à saúde relacionados a qualidade da água, do solo, ar e biota. Reúne as áreas:
• Vigilância em Saúde Ambiental de Populações Expostas à Poluição Atmosférica (Vigiar);
• Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua);
• Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres).
• Vigilância em Saúde Ambiental associada aos Acidentes com Produtos Químicos Perigosos
(VIGIAPP )
• Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (Vigiagrotóxicos)

• Vigilância em Saúde Ambiental Associada aos Fatores Físicos(Vigifis) - proteção da saúde


da população decorrente da exposição a radiações Ionizantes (RI) e não ionizantes (RNI);
Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida
a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos
INC
A
• https:
//ww
w.gov.
br/inc
a/pt-b
r/assu
ntos/c
ausas-
e-prev
encao
-do-ca
ncer/
exposi
cao-n
o-trab
substâncias mais
detectadas nesta
situação estão
clorpirifós, acefato e
flutriafol

• https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/agrotoxicos/programa-de-analise-de-residuos-em-alimentos/arquiv
os/3770json-file-1
• https://w
ww.gov.b
r/inca/pt
-br/assun
tos/caus
as-e-prev
encao-do
-cancer/e
xposicao-
no-trabal
ho-e-no-
ambient
e/radiac
oes/radia
coes-nao
-ionizant
Indicadores
Acessar e conhecer:
https://www.gov.br/sa
ude/pt-br/composicao/
svs/saude-ambiental

O termo “indicador” vem da palavra latina “indicare” que


significa anunciar, apontar ou indicar
(VON SCHIRNDING, 1998).
https://
youtu.b
e/
TsKvsh
fDxn0
https://yo
utu.be/-h
tICuBdm
GI
ATIVIDADE EM GRUPO:
FOSSA SÉPTICA
• Com base na história apresentada no filme
“Saneamento básico” e no que estudamos hoje
sobre saúde e ambiente
• Na leitura da LEI Nº 8.080, DE 19 DE
SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e
dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
• Reflita sobre o papel do SUS na identificação dos
problemas de saúde relacionados ao ambiente
• Converse com os colegas e escreva um texto
reflexivo (máximo 1 página) sobre a opinião do
grupo a respeito das fossas sépticas em áreas
urbanas, impactos à saúde e papel do ACS . (2
pontos)
ATIVIDADE 2 de Leitura: Reflita sobre o papel do
SUS na identificação dos problemas de saúde
relacionados ao ambiente
• LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre
as condições para a promoção, proteção e recuperação da
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
Referência
• MACIEL FILHO, Albertino Alexandre et al. Indicadores de
vigilância ambiental em saúde. Informe epidemiológico do
SUS, v. 8, n. 3, p. 59-66, 1999.

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