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Imporatancia dos fungos

Os fungos são organismos extremamente importantes. Eles são utilizados na produção de alimentos
como os produtos fermentados e bebidas alcoólicas, contribuem na indústria farmacêutica, estão
presentes no processo de biodegradação e tratamento biológico de efluentes, atuam na atividade
enzimática, ou seja, na produção de enzimas de interesse industrial e na biotransformação. Eles também
são de grande importância agrícola e ecológica, pois mantém o equilíbrio do ambiente, decompondo
restos vegetais, degradando substâncias tóxicas, auxiliando as plantas a crescerem e se protegerem
contra inimigos, como outros microrganismos patogênicos. Enfim, os fungos são microrganismos de
grande interesse biotecnológico.

O Reino Fungi é formado por seres que possuem suas células formando
filamentos emaranhados chamados hifas; o conjunto de hifas forma o micélio, que
é propiamente o corpo do fungo. Todos são seres eucariontes, uns de vida livre e
outros parasitas causadores de doenças.
Os seres desse reino são todos heterótrofos saprófagos e apresentam a maior
diversidade de enzimas digestivas.

São, ao lado das bactérias, os principais decompositores, importantíssimos na


reciclagem de matéria no ecossistema. São aclorofilados (sem clorofila) e, portanto,
não podem realizar fotossíntese. Podem apresntar células especias de reprodução,
chamadas esporos e apresentam parede celular formada pela substância quitina
(na maioria dos casos) e por celulose (poucos casos). Esses seres tem como seu
carboidrato de reserva o glocogênio (como nos animais) e crescem sob matéria
orgânica em decoposição, e locais úmidos e sombrios.

Reino Fungi
Reino Fungi

Filo Mixomycota

São fungos gelatinosos, conocíticos, que possuem membranas flexíveis que lhes
permitem o deslizamento amebóide. Existem centenas de espécies vivendo nas
matas úmidas, sobre folhas caíds e troncos apodrecidos. Apresentam reprodução
sexuada, formando esporângios. Alguns biólogos incluem esse filo no reino protista
pelas caravterísticas amebóides de seus representantes.

Filo Mycofita

São fungos que possuem hifas, sendo, por isso denominados verdadeiros.
Apresentam dezenas de milhares de espécies distribuídas nas seguintes
classes:
Ficomicetos
Esse fungos não apresentam corpo de frutificação, são unicelulares ou
filamentosos, a reprodução se faz por zoósporos. Os ficomicetos geralmente são
encontrados como espécies microscópicas, parasitas de plantas e animais
inferiores. Com núcleos haplóides, apresentam em seus ciclos de vida tanto
reprodução sexuada com fusão de gametângios e subseqüente formação de
zigósporos, como assexuada com formação de esporo assexuado.

Rhizopus stolonifer
O Rhyzopus stolonifer (pão embolorado), é um exemplo, os esporo deste fungo
germina na superfície do pão, e hifas ramificadas (como rizóides) se desenvolvem.
Estes rizóides eliminam enzimas digestivas para a digestão extracorpórea. O
aspecto do mofo negro no pão se dá devido aos esporângios nas extremidades das
hifas eriçadas para cima, que vão amadurecer e se romper, liberando esporos e
desenvolvendo novas hifas.
Ascomicetos
São fungos cujo o corpo de frutificação tem o formato de um saco – o asco (do
grego asko). No interior do asco, dois núcleos se fundem formando um núcleo
diplóide que, sofrendo meiose, origina quatro núcleos haplóides. Cada um desses
núcleos é envolvido por uma parede celular, originando os esporos, aqui
denominado ascósporos. A reprodução sexuada nos ascomicetos pode ocorrer por
uma grande variedade de mecanismos. A reprodução assexuada pode ocorrer por
brotamento nos ascomicetos unicelulares, ou por esporos assexuados,
principalmente do tipo conidiósporos, nos demais.

Entre os exemplos de ascomicetos destacamos:


Saccharomyces cerevisiae: usado na fabricação do álcool, bebidas alccólicas e
pão, É comercializado com o nome de fermento Fleischmann.
Penicillium roquefortii: responsável pelo odor e sabor característico do queijo
roquefort.
Penicillium natatum: do qual era extraída a penicilina.
Claviceps purpurea: fungo que produz o LSD.
Morchella esculenta e Tuber tubera (trufa): fungos comestíveis.
Deuteromicetos
Com milhares de espécies, são fungos filamentosos encontrados em grande
diversidade de ambientes. Os deuteromicetos são também conhecidos como
fungos imperfeitos, reúnem todas as espécies que aparentemente não possuem
fase sexuada nos seus ciclos de vida e não formam zoósporos. Acredita-se, no
entanto, que a maior parte dos deuteromicetos corresponda à fase assexuada de
ascomicetos ou, raramente, de basidiomicetos. Isto porque freqüentemente, o
estágio sexul é mais difícil de ser detectado, o que ocorre, em geral, depois da
descoberta da fase assexuada. É possível que muitas espécies não tenham mesmo
a fase sexuada de reprodução nos seus ciclos de vida, mas também é possível que
essa fase sexuada não tenha sido descoberta. Diversos fungos desse grupo são
parasitas de animais e vegetais, provocando inclusive as micoses humanas. Um
bom exemplo é a Candida albicans, que causa micose nos pés e na mucosa bucal
(sapinho).

Basidiomicetos
São fungos filamentosos com hifas septadas; o corpo de frutificação, o
basidiocarpo, apresenta células especiais em forma de clava, denominadas
basídios, nas quais ocorre a produção de esporos denominados basidiosporo. A
reprodução sexuada nos basisiomicetos envolve sempre a fusão de hifas; não há
gametas nem gametângios. A reprodução assexuada é observada com menor
freqüência que a verificada em outros grupos de fungos sendo a formação de
conidiósporos um dos modos mais comuns. São conhecidos popularmente como
cogumelos, alguns são comestíveis (como o champinhom) e outros venenosos
(como o orelha-de-pau).

Fonte: www.roxportal.com

Reino Fungi

O Reino Fungi inclui alguns dos organismos mais importantes, tanto em termos de
suas funções ecológicas e econômicas.
Ao quebrar material orgânico morto, eles continuam o ciclo de nutrientes através
dos ecossistemas.

Além disso, a maioria vasculares plantas não poderiam crescer sem os fungos
simbióticos, ou micorrizas, que habitam as suas raízes e fornecem nutrientes
essenciais. Outros fungos oferecem inúmeras drogas (como a penicilina e outros
antibióticos), alimentos como cogumelos, trufas e cogumelos, e as bolhas no pão,
champanhe e cerveja.

Fungos também causar um certo número de doenças de plantas e de


animais: nos seres humanos, micose, pé de atleta, e várias doenças mais graves
são causadas por fungos. Porque os fungos são quimicamente mais e
geneticamente semelhantes aos animais do que os outros organismos, o que torna
as doenças fúngicas muito difíceis de tratar.
Doenças de plantas causadas por fungos incluem ferrugens, sujeiras e folhas,
raízes e apodrece-tronco, e pode causar sérios danos às culturas. No entanto, um
número de fungos, em especial, as leveduras, são importantes “organismos”
modelo para o estudo de problemas em genética e biologia molecular.

O que é o Reino Fungi?

Estes são organismos sem clorofila, tem modo heterotrófico de nutrição. Eles são
formadoras de esporos, e avascular organismo eucariota. A sua parede celular é
constituída por quitina. Eles armazenam seu alimento na forma de glicogênio. Eles
estão presentes em quase toda parte. Micologia é o ramo da biologia que trata
do estudo dos fungos.
Como eles não têm clorofila eles não são capazes de fazer sua própria comida. Eles
também podem atuar como parasitas ou saprófitas. Têm ampla variedade de
organismos que vão desde leveduras, fungos e cogumelos.

Reino Fungi Características

Características gerais dos fungos são os seguintes:


Os fungos são organismos eucarióticos.
Eles são organismos não-vasculares.
Elas se reproduzem por meio de esporos.
Dependendo das espécies e condições tanto sexuais e esporos assexuada pode ser
produzido.
Eles são geralmente não-móveis.
Os fungos apresentam o fenômeno da alteração de geração.
O corpo vegetativo dos fungos pode ser unicelular ou composto de fios
microscópicos chamados hifas.
A estrutura da parede celular é semelhante à das plantas, mas quimicamente a
parede celular de fungos são compostas de quitina.
Os fungos são organismos heterotróficos.
Eles fungos digerir a comida e depois ingerir o alimento, para alcançar este objetivo
os fungos produzem exoenzimas.
Fungos armazenar os alimentos como o amido.
Biossíntese de quitina ocorre em fungos.
Os núcleos dos fungos é muito pequena.
Durante a mitose, o envelope nuclear não se dissolveu.
Nutrição em fungos – são saprófitas ou parasitas ou simbiontes.
Reprodução em fungos é tanto por meio sexuada e assexuada. Estado sexual é
referido como teleomorfo, estado assexuada é referido como anamorfo.
Cogumelos

Fungos

Na natureza há diferentes tipos de fungos. Podemos dizer que eles são uma forma
de vida bastante simples.

Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e, somente a


partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte.

Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem


sua diferenciação das plantas: não sintetizam clorofila, não tem celulose na sua
parede celular, exceto alguns fungos aquáticos e não armazenam amido como
substância de reserva.
Os fungos são seres vivos unicelulares eucariontes, como as leveduras, ou
pluricelulares, como se observa entre os fungos filamentosos, bolores, cogumelos
ou orelhas de pau. Os fungos constituídos de filamentos (hifas) formam o micélio.
O micélio se desenvolve no interior do substrato, funcionando como elemento de
sustentação e de absorção de nutrientes.
Fungos microscópicos

Fungos macroscópicos

Nutrição

São microrganismos heterotróficos , para poderem absorver a matéria


orgânica de que necessitam, os fungos mantêm três tipos de relacionamentos
com outros seres vivos: saprofitismo (nutrem-se de restos de seres vivos que eles
mesmos decompõem), mutualismo (associação com outro ser onde os dois se
beneficiam) e parasitismo (nutre-se de substâncias orgânicas do corpo de animais
ou plantas vivos). Respiração Os fungos são microrganismos em sua maioria,
aeróbios obrigatórios. No entanto, certas leveduras fermentadoras são aeróbias
facultativas, se desenvolvem em ambientes com pouco oxigênio ou mesmo na
ausência deste elemento.

Habitat
Os fungos, como todos os seres vivos, necessitam de água para o seu
desenvolvimento. Podem ser encontrados nos mais diversos ambientes. Ambiente
com umidade, pouca ventilação e luz favorecem o desenvolvimento de algumas
espécies de fungos. Muitas espécies fúngicas exigem luz para seu desenvolvimento;
outras são por ela inibidos e outras ainda mostram-se indiferentes a este agente.
Em geral, a luz solar direta, devido à radiação ultravioleta, é elemento fungicida.

Importância dos fungos

Com relação às diferenças, existem aqueles que são extremamente prejudicais


para a saúde do homem, causando inúmeras enfermidades e até intoxicação.

Encontramos também os que parasitam vegetais mortos e cadáveres de animais


em decomposição. Temos também os que são utilizados para alimento e até
aqueles dos quais se pode extrair substâncias para a elaboração de medicamentos,
como, por exemplo, a penicilina. Algumas leveduras, como o Saccharomyces
cerevisiae utilizada como fermento biológico fazem o processo de fermentação
alcoólica é utilizada como base para muitas indústrias como a de panificação e na
fabricação de bebidas.

Reprodução

Os fungos se reproduzem assexuadamente ou sexuadamente.

Reprodução assexuada
A maioria das leveduras se reproduzem assexuadamente, por brotamento divisão
binária. No processo de brotamento, a célula-mãe origina um broto que cresce.

Na divisão binária, a célula-mãe se divide em duas células de tamanhos iguais, de


forma semelhante a que ocorre com as. bactérias. Algumas espécies podem formar
o esporângio que amadurece e libera os esporos de seu interior.
Esporângio

Reprodução assexuada
Reprodução sexuada
Um ótimo exemplo de fungo que se reproduz sexuadamente é o champignon,
muito utilizada na culinária de alguns países. Ele é um cogumelo (corpo de
frutificação) que produz esporângios. Dentro dos esporângios ocorre multiplicação
celular formando esporos. Eles são liberados no ambiente e se desenvolverão
originando um micélio. O micélio irá crescer e se tornar um cogumelo,
completando o ciclo.

Os fungos podem germinar, ainda que lentamente, em atmosfera de reduzida


quantidade de oxigênio. O crescimento e a reprodução assexuada ocorrem nessas
condições, enquanto a reprodução sexuada se efetua apenas em atmosfera rica
em oxigênio.

Líquens
Os líquens são uma associação entre bactérias (cianobactérias) ou algas (clorófitas)
e as hifas de fungos simbiontes. Nestas associações, uma hifa especializada
penetra na célula da alga, se for o caso, e retira nutrientes, enquanto fornece
proteção e sais minerais. No caso das cianobactérias, o fungo utiliza o gás
atmosférico criado por aquelas. Esta associação de organismo é sensível à a
poluição atmosférica, logo é provável encontrar estes organismos em local não
poluido.

Fotografia de um liquen muito comum, encontrado sobre troncos de árvores


e telhados.

Doenças transmitidas por fungos

Micoses superficiais (“tínea” cutânea, do couro cabeludo, das unhas),


Micoses profundas (micetomas, infecções pulmonares, meningeanas),
Micose ocular,
Reações alérgicas,
Candidíases (oral, genital, retal, nádegas, axilas, mamas, etc).
Fungos do gênero Aspergillus provocam doenças conhecidas como aspergilose.
Podem causar reações alérgicas (estão presentes na poeira), infecções no aparelho
respiratório (nos pulmões provocam quadro semelhante à tuberculose) e auditivo.
Fonte: www.ucmp.berkeley.edu/biology.tutorvista.com

Reino Fungi

Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas, mas atualmente


sabe-se que eles são tão diferentes das plantas como dos animais, merecendo, por
isso, o seu próprio reino – Reino Fungi.
Os fungos são um importante grupo de organismos, conhecendo-se mais de 77000
espécies, a maioria das quais terrestres. Pensa-se que deverão existir tantas
espécies de fungos como de plantas, mas a maioria não terá sido ainda descrita. A
origem destes organismos não é bem conhecida, assumindo-se que existem
ancestrais do tipo protista, embora atualmente estes não sejam reconhecíveis.
Os primeiros fungos devem ter sido eucariontes unicelulares, que terão originado
organismos cenocíticos (com numerosos núcleos).O fóssil mais antigo de um
organismo semelhante a um fungo data de 900 M.A. mas apenas há 500 M.A. se
pôde identificar com toda a certeza um fungo no registro fóssil. Os fungos, tal
como as bactérias, são os decompositores da biosfera, sendo a sua função tão
primordial como a dos produtores. A decomposição liberta dióxido de carbono
para a atmosfera, bem compostos azotados ao solo, onde podem ser novamente
utilizados pelas plantas e, eventualmente, pelos animais.Estima-se que os 20 cm
superiores do solo fértil contêm mais de 5 toneladas de fungos e bactérias, por
hectare. Existem cerca de 500 espécies de fungos marinhos, onde realizam a
mesma função que os seus congêneres terrestres. Tal como para os reinos
anteriormente estudados, a caracterização dos organismos pertencentes ao reino
Fungi será feita com base na sua estrutura corporal, nutrição, reprodução
eimportância ecológica.

Características Gerais

Unicelular ou Pluricelular
Eucariontes

Habitat

Lugares úmidos e ricos em matéria orgânica; ambiente aquático

Parede celular

Quitinosa
Raramente celulósica

Substância de reserva

Glicogênio
Todos são heterótrofos
Reprodução por esporos

Assexuados e não meióticos: Zoósporos (aquático), Aplanósporos (terrestre) e


Conidiósporos (forma conídica)
Sexuados e surgem de uma meiose: Ascósporos e Basidiósporos

Nos pluricelulares surgem Hifas e Micélio

Não possuem tecidos


Nutrição por absorção
Digestão extra corpórea e extra celular

Tipos de Hifas

As hifas septadas têm paredes – septos – a separar os compartimentos celulares


entre si. Os septos não são, no entanto, completos, existem porosque permitem a
comunicação, e mesmo o movimento de organitos, entre os citoplasmas
adjacentes. Este tipo de hifa pode apresentar um único núcleo por compartimento
– monocariótica – ou dois núcleos por compartimento –dicariótica.

As hifas asseptadas são sempre multinucleadas, encontrando-se osnúcleos,


centenas ou mesmo milhares, dispersos numa estrutura cenocítica ou sincicial.
Esta estrutura resulta da divisão contínua do núcleo, sem citocinese. Todos os
fungos apresentam parede celular no seu ciclo de vida. Esta parede, outro
argumento a favor da sua anterior inclusão no reino das plantas, tem, geralmente,
características bem diferentes das vegetais, poisapresenta quitina, polissacarídeo
presente na carapaça de muitosanimais(artrópodes), o que lhe confere elevada
rigidez e maior resistência à degradação microbiana

A presença da parede impede-os de realizar fagocitose, logo alimentam-se


porabsorção, libertando enzimas hidrolíticas para o exterior do corpo e
absorvendo os nutrientes sob a forma já digerida.Esta situação permite entender
melhor porque motivo os fungosapresentam corpo sob a forma de micélio, pois
sem esta estrutura nãoteriam uma relação área/volume suficientemente elevada
para se alimentar eficazmente. Os fungos são altamente tolerantes a ambientes
hostis, sendo alguns mais resistentes a ambiente hipertônicos que as bactérias
(fungos são capazes de crescer num frasco de doce no frigorífico, onde não
cresceriam bactérias). Resistem igualmente a grandes amplitudes térmicas,
tolerando temperaturas de –6ºC a 50ºC ou mais, dependendo da espécie.
Micélio Reprodutor: Reprodução
Micélio Vegetativo: Nutrição e fixação
A estrutura em micélio confere aos fungos uma elevada relação área/volume,
facilitando a aquisição de alimento, pois esta estrutura rapidamente se estende em
todas as direções sobre o alimento, podendo crescer mais de um quilometro por
dia, no total, e afastar-se mais de 30 metros do local de inicio do crescimento.

Por este motivo, um fungo tem um importante efeito no meio, nomeadamente na


degradação de substrato e na acumulação de partículas. O crescimento das hifas
ocorre apenas nas extremidades, podendo as zonas mais antigas estar livres de
conteúdo citoplasmático.

Importância dos Fungos

Ecológica: Decomposição da matéria orgânica


Associações ecológicas: Simbiose: Mutualistica (Líquens{algas} e micorrizas
{raízes}) e Parasitismo (micoses);

Na Alimentação

Engenharia genética
Neurospora crassa

O modo de alimentação dos fungos permite separá-los em quatro grupos


principais: Fungos saprófitos – fungos que vivem sobre matéria orgânica morta,
criando estruturas reprodutoras a partir do micélio.
São de grande importância nos ecossistemas pois são decompositores, reciclando
os elementos químicos vitais, como por exemplo carbono, azoto, fósforo, entre
outros. No entanto, esta capacidade de decomposição dos fungos pode ser um
problema para o Homem, pois existem fungos capazes de destruir as culturas, os
alimentos, roupas, navios e mesmo certos tipos de plástico. A melhor maneira de
proteger de fungos qualquer material é mantê-lo num meio o mais seco possível;

NUTRIÇÃO DOS FUNGOS

Fungos mutualísticos
Fungos que estabelecem relações mutualísticas com seres autotróficos, tornando-
os mais eficientes na colonização de habitats pouco hospitaleiros. São disso
exemplo os líquens. Neste caso, as células autotróficas (de clorófitas ou de
cianobactérias) ficam protegidas por uma camada de hifas, que forma quase uma
epiderme. Dado que a alga não se pode deslocar, o fungo fornece-lhe os nutrientes
minerais de que necessita para a fotossíntese e protege-a das alterações
ambientais, recebendo em troca compostos orgânicos.

Esta parceria invulgar permite aos líquenes sobreviver em locais inóspitos,


constituindo a primeira comunidade a aí se fixar, abrindo caminho para seres mais
exigentes. Líquens com cianobactérias teriam sido os primeiros organismos
multicelulares a colonizar o meio terrestre, incluindo no solo compostos azotados.

Outra importante associação simbiótica (protocooperação ou mutualismo) dos


fungos são as micorrizas, associações entre as hifas e as raízes de árvores.

Calcula-se que cerca de 90% das árvores de grande porte tenham micorrizas, sendo
inclusive encontradas no registro fóssil. Este fato leva os cientistas a concluírem
que as micorrizas podem ter tido um importante papel na colonização do meio
terrestre pelas plantas. O fungo recebe da planta nutrientes orgânicos e fornece
nutrientes minerais como o fósforo, cobre, zinco, água, etc.

As micorrizastambém ajudam na proteção das raízes contra infecções por parte de


outros microrganismos do solo.

As micorrizas podem ser de dois tipos principais:


Endomicorrizas: De longe as mais comuns, ocorrem em cerca de 80% das plantas
vasculares, principalmente nos trópicos, onde os solos pobres e carregados
positivamente impedem uma fácil absorção de fosfatos pelas raízes das plantas. As
hifas penetram na raiz e mesmo nas células vegetais, facilitando a absorção de
nutrientes minerais. Estas associações não são específicas, existindo mais de 200
espécies de fungos em todo o mundo que formam endomicorrizas com os mais
variados organismos vegetais;
Ectomicorrizas: Características de certos grupos específicos de árvores ou
arbustos de zonas temperadas, como as faias, carvalhos, eucaliptos epinheiros. As
hifas formam um invólucro em torno das células das raízes, nunca as penetrando,
mas aumentando enormemente a área de absorção, o que, aparentemente, as
torna mais resistentes ás rigorosas condições de seca e baixas temperaturas e
prolonga a vida das raízes. As ectomicorrizasdesempenham o papel dos pelos
radiculares, ausentes nestas circunstâncias. Neste caso, parece existir um elevado
grau de especificidade nestasrelações protocooperativistas, estando mais de 5000
espécies de fungos, principalmente cogumelos, envolvidas na formação de
ectomicorrizas

Fungos parasitas

Fungos que retiram o alimento do corpo dos hospedeiros, prejudicando-os e


causando-lhes doenças. Alguns são parasitas de protozoários, plantas e animais.
Os fungos parasitas geralmente não matam o hospedeiro mas limitam
grandemente o seu crescimento. No caso de fungos parasitas de plantas, o esporo
desenvolve-se á superfície da folha, penetrando pelo estômato e formando
expansões designadas haustórios, através dos quais retira o alimento de que
necessita dos citoplasmas vegetais;

Fungos predadores

Estes estranhos fungos capturam e alimentam-se de pequenos animais vivos


(nemátodos) que vivem no solo. As hifas destes fungos segregam substâncias
anestésicas que imobilizam estes animais, após o que envolvem o seu corpo com o
micélio e o digerem. Outras espécies de fungos predadores capturam os
nemátodos com o auxílio de verdadeiras armadilhas formadas por argolas de hifas,
que, quando estimuladas pela passagem do animal, aumentam de tamanho em
cerca de 0,1 segundos, aprisionando-o, sendo de seguida digerido.

Reprodução em fungos

Os processos nucleares, mitose e meiose, que estão por trás dos dois tipos de
reprodução apresentam importantes diferenças nos fungos: membrana
nuclear permanece durante todo o processo de divisão nuclear, sofrendo uma
constrição mediana na separação dos núcleos-filhos;fuso acromático forma-se no
interior da membrana nuclear; centríolos não estão presentes, embora existam
organizadores de fibrilas, sem no entanto, a estrutura (9×2)+2 típica dos
eucariontes.
Todos estes mecanismos nucleares estranhos confirmam o fato que os fungos não
têm relação direta com nenhum outro tipo de eucarionte atual, merecendo o seu
próprio reino.

A grande maioria dos fungos apresenta dois tipos de reprodução:


Reprodução assexuada: Este tipo de reprodução ocorre através de fenômenos
mitóticos de fragmentação do micélio, gemiparidade em fungos unicelulares, como
as leveduras, ou esporulação, o método mais usual em fungos multicelulares. A
esporulação implica a existência deestruturas especializadas na produção de
esporos, formadas por hifas verticais, mais ou menos compactadas e separadas
por septos do restante micélio – esporângióforos ou conidióforos. Os esporos
imóveis, células de parede espessa especializadas na dispersão, são produzidos
aos milhões e transportados pelo vento, até atingirem um substrato favorável,
onde se desenvolvem num novo micélio. Estes esporos são geralmente libertados
“explosivamente” e podem permanecer viáveis durante longos períodos de tempo.
Existem, igualmente, esporos mucilaginosos, de parede fina e envoltos por
umasubstância pegajosa que lhes permite aderir ao corpo de outros organismos,
que os espalham meio;
Reprodução sexuada: Tal como sempre acontece, este tipo de reprodução, devido
ao elevado investimento que exige dos organismos, ocorre em condições
desfavoráveis, apenas quando se pretende aumentar a variabilidade através da
meiose.Nos fungos predomina a haplofase, apenas existindo núcleos diplóides em
etapas da reprodução sexuada. A reprodução sexuada designa-se conjugação, e
ocorre entre dois micélios diferentes, estirpe + e estirpe -. Duas hifas crescem em
direção uma á outra, transportando um núcleo na sua extremidade. Quando estas
se tocam, as paredes são dissolvidas por enzimas e formam-se septos, que isolam
os núcleos nas extremidades, originando gametângios. A fusão dos núcleos –
gâmetas – origina uma célula diplóide – zigoto -, que irá desenvolver uma espessa
parede de proteção –zigósporo. Em condições favoráveis, este esporo sexuado sofre
meiose e origina um novo micélio haplóide. Deste modo, os fungos apresentam um
ciclo de vida haplonte, com meiose pós-zigótica.

Taxonomia do Reino Fungi

A classificação dos fungos é feita principalmente á base das estruturas


reprodutoras, que são as mais diferenciadas do seu ciclo de vida, e no tipo de hifas.

Deste modo, tem-se os seguintes filos:


Filo Oomycota
Contendo cerca de 580 espécies, inclui os chamados fungos aquáticos, na sua
maioria saprófitos. Estes fungos são filamentosos, com hifas multinucleadas.

Apresentam celulose na parede celular, não quitina, ao contrário do que seria de


esperar. A reprodução destes fungos difere bastante da dos restantes grupos,
aproximando-os mais dos restantes eucariontes (principalmente algas), pelo que
muitas vezes se tem questionado a sua relação filogenética com os restantes
grupos do reino. Segundo esses autores deveriam ser incluídos no Reino Protista.
Produzem esporos assexuados biflagelados, que os verdadeiros fungos nunca
produzem. A reprodução sexuada inclui a produção de oogónios com oosferas e
anterídeos com núcleos masculinos. Da fecundação resulta o oósporo, um esporo
de parede resistente, que dá nome ao táxon. Pertencem a este filo os chamados
míldios, bem como os fungos que causam doenças em peixes e nos seus ovos;

Filo Zygomycota
Com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou
parasita. Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução
sexuada origina zigosporos no interior de um zigosporângio (que dá o nome ao
táxon e pode permanecer dormente longos períodos), de estrutura muito
semelhante a um esporângioforo. Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da
fruta, uma séria ameaça a qualquer material armazenado úmido e rico em glicídos.
Outros grupos destes fungos de importância ecológica são a
ordemEntomophthorales, parasita de insetos e por isso cada vez mais utilizada no
combate a pragas da agricultura, e o géneroGlomus, participante na formação de
micorrizas;

Filo Ascomycota
Com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos familiares e com
importância econômica, como as trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e
vermelhos. O gênero Neurosporafoi fundamental no desenvolvimento da genética,
como organismo de estudo. Apresentam hifas septadas dicarióticas ou
parcialmente septadas. Parede celular com quitina. Produzem assexuadamente
conídios ou exósporos em conidióforos. A designação do filo deriva da estrutura
produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em forma de saco. Pertencem a
este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não filamentosos;

Filo Basidiomycota
São incluídos neste filo mais de 16000 espécies, a maioria bem conhecida, como
todos os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas. Muito
importantes na decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3 da biomassa
não animal dos solos. São fungos filamentosos, com hifas septadasperfuradas e
dicarióticas e com parede quitinosa. A estrutura produtora de esporos sexuados, o
basidiocarpo, é vulgarmente conhecido por cogumelo. Este resulta da fusão de dois
micélios diferentes e irá produzir basídios, células em forma de clava e separadas
do restante micélio por septos. Deles, formam-se os basidiósporos, grupos de 4 e
presos por pequenos pedúnculos;

Filo Deuteromycota
Este filo inclui todos os fungos em que não seja conhecida, ou esta seja ignorada
para motivos taxonômicos, a reprodução sexuada, como por exemplo os fungos
pertencentes ao géneroPenicillium. Este gênero é um dos casos em que a fase
sexuada é conhecida mas não é considerada na sua classificação devido a sua
elevada semelhança com outros organismos deste filo. Por este motivo este filo
também é designado por Fungi Imperfecti. Inclui mais de 17000 espécies, a maioria
das quais parece ser de ascomicetos.

Fonte: www.cei.santacruz.g12.br

Reino Fungi

Os fungos são organismos eucariontes heterotróficos por absorção, uni ou


pluricelulares e que agrupam cerca de 78 mil espécies. A ausência de clorofila e de
celulose justifica a separação desses organismos do reino vegetal, onde, no
passado, eram estudados. Por outro lado, o tipo de reprodução e a estrutura do
corpo diferem das características dos animais, dos protistas e dos moneras. Por
isso, resolveu-se criar um reino exclusivo para esses seres vivos, o reino Fungi.
O ramo da biologia que estuda os fungos chama-se micologia (mico = fungo).

De todos os seres vivos, os fungos são, sem dúvida, os que possuem a mais rica
coleção de enzimas digestivas. Este fato faz dos fungos – ao lado das bactérias – os
principais decompositores do planeta. Conseqüentemente, eles são importantes na
reciclagem da matéria do ecossistema. A variedade de enzimas permite que eles
ataquem praticamente qualquer tipo de material, como madeira, papel, legumes,
frutas, cereais, carnes, causando, nestes casos, prejuízos ao homem.

Diversos fungos são parasitas, atacando plantações e animais, inclusive o homem,


e causando doenças chamadas micoses (pé-de-atleta, tinha, etc.).

Certos fungos estabelecem associações com as algas e as cianobactérias (formando


os liquens) e com as raízes das plantas (formando as micorrizas). Alguns são
comestíveis – os cogumelos -, enquanto outros são usados para a produção de
alimentos (bebidas alcoólicas, queijos, pão) e de uma grande variedade de
produtos químicos – inclusive medicamentos importantes, como os antibióticos.
Essa variedade extraída dos fungos pode ser explicada pelo fato de que, sendo
imóveis, uma de suas defesas contra predadores consiste na produção de
substâncias químicas (tais substâncias matam ou inibem o crescimento de
bactérias e outros seres vivos que se nutrem ou disputam alimentos com os
fungos).

Características Gerais

Como já dissemos, os fungos são eucariontes e, embora existam algumas formas


unicelulares, como o levedo, a maioria é formada por um emaranhado de
filamentos, as hifas, cujo conjunto chama-se micélio. Nos grupos mais simples, a
rufa é formada por uma massa de citoplasma plurinucleada, denominada hifa
cenocítica (ceno = comum; cito = célula).

Os fungos mais complexos apresentam septos entre as células. Esses septos, no


entanto, são perfurados, de modo que haja um constante fluxo de citoplasma na
hifa. Isto facilita a distribuição de substâncias pelo fungo.

Alguns fungos possuem estruturas reprodutoras, os corpos frutíferos ou de


frutificação, que são a parte dos fungos visível acima do solo, chamada cogumelo.

A parede das células é formada por quitina, um polissacarídeo nitrogenado que


aparece também no esqueleto dos artrópodes (insetos, crustáceos e outros), não
havendo celulose (exceto em alguns casos), como nos vegetais.

Nutrição e respiração

A nutrição é sapróbia, ou seja, hetetrotrófica por absorção de moléculas


orgânicas simples, que podem ser originadas de uma digestão extracorpórea
realizada pelo próprio fungo: o fungo lança no ambiente enzimas digestivas, que
desdobram moléculas orgânicas complexas (macromoléculas) em moléculas
menores e que são, então, absorvidas.
O fungo é formado por um conjunto de hifas (micélio), capazes de absorver
substâncias orgânicas simples do solo ou de outros seres vivos.

Na respiração, o glicídio usado como reserva de energia é o glicogênio, encontrado


nas células animais, e não o amido, típico dos vegetais. Os fungos podem ser
aeróbios ou anaeróbios facultativos, como as leveduras. O transporte de
substâncias é facilitado por uma corrente citoplasmática que percorre as hifas.
Reprodução e dispersão

A reprodução assexuada pode ser feita de várias maneiras: por brotamento,


nas formas unicelulares; por fragmentação do micélio, da qual resultam vários
indivíduos: pela produção de esporos, que são células capazes de se desenvolver
por mitose, produzindo indivíduos adultos.
Os esporos, na sua maioria, são imóveis, resistentes a ambientes desfavoráveis e
capazes de serem levados pelo vento. São produzidos por estruturas que se
elevam acima do micélio, os esporângios, facilitando a dispersão do esporo. A
grande capacidade de dispersão – aliada à velocidade de multiplicação do esporo e
ao rápido crescimento do fungo – compensa a sua imobilidade.

A reprodução sexuada é freqüentemente resultado da fusão de duas hifas


haplóides. Uma das hifas é designada como positiva (+) e outra como negativa (-).

Prefere-se essa designação pelo fato de não haver, entre os fungos, diferenças que
permitam a classificação em macho e fêmea. Às vezes, os núcleos das duas hifas
não se fundem, o que origina hifas com núcleos geneticamente diferentes, os
dicários.

Classificação

As espécies mais comuns de fungos podem ser agrupadas em seis


divisões: Zygomycota (zigomicetos), Ascomycota (ascomicetos), Basidiomycota
(basidiomicetos), Deuteromycota (deuteromicetos), Oomycota (oomicetos) e
Mixomycota (mixomicetos).
Zigomiceto: o bolor negro do pão
Também chamados ficomicetos em outras classificações, os zigomicetos vivem, em
geral, no solo, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição.

Mas há alguns representantes aquáticos, que formam esporos com flagelos,


semelhantes aos de certas algas vindo daí o nome ficomiceto: (fico = alga;
miceto = fungo).
O bolor negro do pão (Rhizopus) é um zigomiceto que se desenvolve a partir de
esporos que crescem, formando hifas cenocíticas haplóides. Tais hifas se ramificam
e formam um micélio. Na ponta das hifas aparecem os esporângios. Estes
produzem esporos que se espalham e, atingindo um local adequado com matéria
orgânica que possa ser decomposta, sofrem mitoses, originando novos fungos.
Esta reprodução assexuada constitui a principal forma de reprodução desses
fungos. A reprodução sexuada, menos freqüente, ocorre quando duas hifas, uma
positiva e outra negativa, estão próximas. Cada hifa forma uma ramificação que
cresce em direção à ramificação da hifa oposta. Na região onde elas se tocam,
formam-se duas células especializadas, os gametângios, com núcleos positivos e
negativos.

Os citoplasmas dos gametângios fundem-se, formando um corpúsculo com vários


núcleos haplóides. Esses núcleos, por sua vez, também se fundem, originando
núcleos diplóides. O corpúsculo forma uma parede espessa, escura e rugosa,
transformando-se em uma estrutura chamada zigósporo. Os núcleos diplóides
sofrem meiose e, quando o zigósporo germina, elimina esporos haplóides. Os
esporos se espalham e, em substrato adequado, formam um novo micélio (com
hifas positivas ou negativas), reiniciando-se então uma fase assexuada.

Alguns zigomicetos são usados comercialmente para a produção de molho de soja


(o shoyu, da cozinha japonesa), de hormônios anticoncepcionais e medicamentos
antiinflamatórios.

Ascomicetos: levedo, trufas, bolores e parasitas de plantas


São caracterizados pela presença de uma estrutura produtora de esporos, o asco
(asco = saco).

Entre os ascomicetos encontram – se: o levedo — a principal espécie é o


Saccharomyces cerevisiae, usado na fabricação de bebidas alcoólicas, álcool e pão, e
comercializado na forma de tabletes (o fermento Fleischmann, por exemplo); a
trufa (gênero Tuber), muito apreciada na culinária; a Neurospora, um bolor do pão
usado em pesquisas genéticas; algumas espécies de Penicillium, um gênero de
fungo produtor da penicilina e de certos queijos; além de diversos parasitas de
plantas, como o Claviceps purpúrea, que atacam cereais. Caso o homem ingira esse
cereal contaminado pelo fungo, ele poderá ter alucinações e vir a morrer.
A principal forma de reprodução dos ascomicetos é a assexuada, servindo também
para a dispersão do fungo. Nas formas unicelulares, como o levedo, a reprodução
assexuada ocorre por brotamento. Nas formas pluricelulares, como os bolores,
formam-se, nas extremidades das hifas, estruturas chamadas conidióforos, que
produzem esporos muito finos, os conídios (conídio = pó fino). Os esporos se
espalham e, em local adequado, originam novas hifas.

A reprodução sexuada ocorre quando duas hifas — uma positiva e outra negativa
— se fundem, dando hifas com dois núcleos (hifas dicarióticas.
Posteriormente, os núcleos das hifas dicarióticas também se fundem e originam
uma célula diplóide que, por meiose, produz quatro núcleos haplóides. Os núcleos
haplóides sofrem mitose e originam oito esporos, os ascósporos.

O nome dos esporos deve-se à célula onde eles se originam, que crescem
formando o asco. Em alguns ascomicetos, os ascos ocorrem em hifas isoladas, mas
na maioria dos casos eles estão agrupados em corpos de frutificação chamados
ascocarpos (carpo = fruto). Os esporos se espalham e, em substrato adequado,
germinam produzindo um novo micélio vegetativo.

Fonte: www.portalimpacto.com.br

Reino Fungi

Reino Fungi compreende os fungos, como os cogumelos, bolores e leveduras,


heterotróficos eucarióticas que digerem alimentos fora de seus corpos.
A maioria dos fungos são multicelulares, mas alguns, as leveduras, são organismos
unicelulares simples, provavelmente, evoluíram a partir de ancestrais
multicelulares.

Os fungos estão presentes em todo o mundo, na água do mar, bem como


ambientes terrestres. Muitos fungos têm relações simbióticas com plantas
conhecidas como micorrizas; na verdade, era como parceiros micorrízicos de
plantas que fungos, provavelmente, se mudou para a terra.

A maioria dos fungos são decompositores, quebrando-se em organismos mortos


detritos e devolvendo os nutrientes inorgânicos para o ecossistema.

Como tal, os fungos também são extremamente adaptável e pode quebrar muitas
substâncias, incluindo alguns poluentes tóxicos.

Esta adaptação também é responsável pela presença de fungos em diversos


ambientes muito diferentes em todo o mundo.

Um organismo de fungos consiste em uma massa de filamentos chamados hifas


filamentosas, que se combinam para tornar-se o micélio do fungo. Cada hifa é
composto por uma cadeia de células fúngicas, ou, em alguns organismos, um
citoplasma contínuo com vários núcleos. A hifa é rodeado por uma membrana
plasmática e a parede celular, a qual é feita de quitina polissacarídeo, em contraste
com a plantar paredes celulares feitas de celulose. As hifas de fungos ramo fora um
do outro para formar o micélio, e está em última análise, ligado à hifa originais.
Embora células fúngicas e hifas são motilidade, e nunca flagelado células de
qualquer tipo, um micélio do fungo pode se expandir rapidamente através do
crescimento mitótico muito rápido, somando a um quilômetro de novo hifas por
dia. Para grandes micélio subterrâneos, os corpos de frutificação crescer acima do
solo, como o cogumelo, que é apenas uma extensão de um micélio subterrâneo.
Estes corpos de frutificação são as estruturas reprodutivas do micélio.

Devido à estrutura das hifas, o micélio tem uma área superficial muito elevada em
relação à massa, apesar de seu grande tamanho. Isto permite que o fungo de
absorver grandes quantidades de nutrientes do seu ambiente, depois que
segregam enzimas digestivas e digerindo sua comida fora do seu corpo. Esta
capacidade para as grandes quantidades de ingestão de nutrientes, apesar de o
tamanho de crescimento é uma das razões principais para a rapidez do
crescimento micelial.

Diferentes tipos de fungos têm diferentes métodos de reprodução. As leveduras


unicelulares reproduzir apenas mitoticamente, enquanto outros fungos, tais como
cogumelos, tem muito mais ciclos de vida complexos envolvendo três fases
distintas.

Estes incluem diplóides e haplóides fases, tais como plantas, mas também
uma fase completamente diferente: a fase dicariótico, em que dois núcleos
haplóides diferentes tipos estão presentes em cada célula. Um micélio maduro,
incluindo os corpos de frutificação, está em fase de dicariótico.
Cogumelos, as estruturas reprodutivas de uma micélio subterrâneo, contêm células
no lado inferior da tampa que produzem zigotos diplóides através da fusão dos
dois núcleos haplóides em cada célula especializada; esses zigotos são a única fase
diplóide do ciclo de vida.

Imediatamente, cada zigoto sofre meiose para prouzir esporos haplóides quatro
que são então liberados do cogumelo.

Cada um dos esporos em um cogumelo vai ter um de dois tipos de acasalamento,


porque no micélio inicial, cada célula continha um núcleo de cada tipo.

Os esporos são transportados, pelo vento, água ou animais, longe do micélio


originais, e alguns vão pousar em fontes de alimentos húmidos, onde podem
germinar e começar a dividir por mitose em micélio haplóide de um tipo de
acasalamento discreta. Eventualmente, dois micélio vizinhas de diferentes tipos de
acasalamento vai conhecer uns aos outros e unir-se, com as suas células de fusão,
mas o núcleo restante discreta. Este é o início da fase dicariótico; o micélio em
breve crescer estruturas reprodutivas e do ciclo de vida começa novamente.

Um terço de todas as espécies de fungos são mutualistas, seja como micorrizas ou


líquens.

Fungos micorrízicos vivem nas raízes das plantas e fornecer nutrientes inorgânicos,
e muitas vezes a resistência a alguns patógenos, as plantas em troca de açúcares
orgânicos. A primeira colonização da terra por plantas foi facilitada, se não for
possível por, a capacidade de micorrizas a absorção de nutrientes do solo hostil.

Os líquenes são fungos que vivem em relações simbióticas com algas ou


cianobactérias. Eles consistem de algas ou de bactérias aprisionadas nas hifas do
fungo.

Embora os detalhes dessa relação não estão completamente esclarecidos, o fungo


normalmente fornece água e sais minerais para as algas e bactérias, em troca de
alimentos orgânicos a partir da fotossíntese. As espécies fotossintéticas em
líquenes são realmente capazes de viver por si mesmos, mas as espécies de fungos
dependem de seus parceiros para a sobrevivência. Líquenes pode se reproduzir
assexuadamente quando pequenas unidades reprodutivas, que consistem em
ambos os fungos e algas ou bactérias, de quebra do líquen e são levadas pelo
vento para outros locais; eles também podem se reproduzir sexualmente através
da reprodução sexual independente de ambas as partes e uma religação. Devido à
eficácia da relação mutualista nos líquenes, eles podem crescer no mais inóspito de
habitats terrestres, e muitas vezes servem como organismos-chave na sucessão
primária de um habitat.

Os fungos são frequentemente envolvido diretamente em nossas vidas. Alguns


fungos são parasitas, e causar infecções de plantas devastadores, embora apenas
cerca de 50 espécies são conhecidas por prejudicar os animais. Graves pragas
agrícolas, fungos parasitas, como as ferrugens e as sujeiras podem arruinar
colheitas inteiras, afetando especialmente os cereais, como trigo e milho. Os
fungos também são importantes na agricultura e na produção de alimentos;
micorrizas tornar o aumento da resistência a doença para algumas plantas,
leveduras são necessárias para cozer pão, e comer muitos fungos, tais como os
cogumelos.
Muitas aplicações médicas de fungos foram descobertos recentemente,
especialmente os antibióticos produzidos por fungos. A primeira delas é a
penicilina, possivelmente o avanço da medicina não-genético mais importante do
século.

Fonte: classic.sidwell.edu

Reino Fungi

Características

MICOLOGIA estudo dos fungos (= mikas ; myketos).


Os fungos são organismos eucariontes não vasculares, heterótrofos que se
alimentam digerindo, através de exoenzimas, e depois ingerindo, ao contrário dos
animais que ingerem para posteriormente digerirem.
Nas classificações antigas eram agrupados no reino Metaphyta (Vegetal),
juntamente com as plantas, posteriormente, foram agrupados no reino Protozoa
(Protista), com algas e protozoários.

Porém, a tendência atual é classificar os fungos num reino a parte, o reino Fungii
(Fungi), em virtude de suas características peculiares.

Características Gerais
Os fungos ou seus esporos são encontrados praticamente em todos os
ambientes: água, terra, ar e nos organismos (como parasitas ou mutualísticos).
Suas células eucarióticas possuem membrana esquelética de quitina
(polissacarídeo que aparece no exoesqueleto de artrópodes). Apresentam também
outras características de animais, como glicogênio (reserva de açúcar) e centríolos.

Os fungos ou seus esporos são encontrados praticamente em todos os


ambientes: água, terra, ar e nos organismos (como parasitas ou mutualísticos).
Suas células eucarióticas possuem membrana esquelética de quitina
(polissacarídeo que aparece no exoesqueleto de artrópodes). Apresentam também
outras características de animais, como glicogênio (reserva de açúcar) e centríolos.

Estrutura

Os fungos são compostos por células especiais chamadas hifas, e o emaranhado


destas constituem o micélio. Podemos diferenciar os fungos de acordo com suas
hifas.
Septadas
Hifas separadas umas das outras através de um septo.

Podem ser:
Uninucleada Hifas que possuem apenas 01 núcleo
Multinucleada Hifas que possuem 01 ou mais núcleos
Cenocíticas
Hifas que não possuem septos que separam umas das outras

Estrutura Corporal
Os fungos podem ser divididos em Mixomicetos e Eumicetos.

I. Mixomicetos: Fungos primitivos, saprófitos e constituem grandes massas


citoplasmáticas pluricelulares. Locomovem-se através de pseudópodos.
II. Eumicetos: São os fungos verdadeiros. O corpo dos fungos é formado por
numerosos filamentos denominados hifas. A hifas formam um emaranhado que se
chama micélio.

Reprodução

Os fungos apresentam reprodução assexuada e reprodução sexuada.


Reprodução Assexuada
Fragmentação: A reprodução assexuada por fragmentação é a mais simples
observada nos fungos. Um micélio fragmenta-se (quebra-se) e origina dois novos
micélios.
Brotamento ou Gemulação: Algumas leveduras como Saccharomyces cerevisae
(que causa a fermentação da cerveja) reproduz-se através de brotamento, ou seja,
a formação de um broto, que geralmente se separam do genitor, mas podem
permanecer unidos, formando cadeias de células.
Esporulação: Reprodução através da formação de esporos, células dotadas de
paredes resistentes, que ao germinar, produzem hifas.

Reprodução Sexuada
a) Zigosporo: A reprodução sexuada por zigosporos ocorre quando hifas de sexos
opostos entram em contato e formam hifas especialidas chamadas gametângios,
que crescem uma em direção à outra e se fundem. Um ou mais núcleos se fundem
com o do sexo oposto formando zigitos diplóides. A região onde os gametângios se
fundiram diferencia-se em uma estrutura esférica onde o zigoto sofrerá meiose e
cada um dos 04 esporos haplóides formados darão origem a um novo micélio.
b) Ascósporo: Ocorre também com o encontro de hifas de sexos diferentes, neste
caso as hifas se fundem originando células com 02 núcleos. Em algumas células
esses núcleos se fundem originando um núcleo zigótico diplóide, que sofrerá
mitose e originará 08 núcleos haplóides chamados ascósporos. A hifa onde ocorreu
tudo isso é chamado de asco.
c) Basidiósporo: Com o encontro de hifas de sexos diferentes e fusão nuclear,
formam um micélio com hifas binucleadas. Essas hifas se organizam em uma
estrutura compacta chamada de basidiocarpo. No basidiocarpo, algumas hifas se
diferenciam em basídios, onde ocorre a fusão dos núcleos, resultando num núcleo
zigótico diplóide, que sofre mitose e origina 04 esporos haplóides denominados
basidiósporos.

Classificação do Reino Fungi


Os micélios desenvolvem-se geralmente dentro do substrato onde o fungo se fixa.

Os micélios dos ascomicetos e dos basidiomicetos podem desenvolver


formações que emergem do substrato, tornando-se visíveis: são os corpos de
frutificação, popularmente conhecidos por cogumelos. É no corpo de frutificação,
ou cogumelo, que se desenvolvem os ascos ou os basídios. Os ficomicetos e alguns
ascomicetos não desenvolvem corpos de frutificação.
O Reino Fungi
Esses fungos podem desenvolver dois tipos de estruturas, relacionadas com o
processo de reprodução: o asco e o basídio.
Com base na formação ou não formação dessas estruturas, podem ser
classificados em três grupos:
FICOMICETOS
Alguns bolores: possuem hifas cenocíticas (sem septos transversais).
Desenvolvem-se sobre matéria orgânica úmida, constituindo o bolor que pode ser
branco ou preto (Mucor e Rhizopus). O micélio é ramificado e desorganizado.
Saprolegnia também é ficomiceto, aquático, que decompõe animais mortos.
Pilobolus é saprófita encontrado sobre fezes recentes de herbívoros (cavalos,
capivaras, antas, etc.).

Bolor de Pão
ASCOMICETOS
Os pluricelulares formam hifas septadas. Possuem hifas haplóides e hifas
dicarióticas com dois núcleos n em cada célula. Estas hifas formam os ASCOS, onde
haverá fusão dos núcleos n (cariogamia), seguindo-se a meiose espórica e
formando 8 ascósporos; cada um destes produzirá hifa n (monocariótica) e o ciclo
reprodutivo continuará.

Neurospora = bolor róseo, muito usado em pesquisas genéticas.


Tuber e Morchella: usados na alimentação. As trufas (brancas – amadurecidas, ou
escuras – não amadurecidas) são corpos de frutificação (= ascocarpos) do gênero
Tuber.
Saccharomyces (lêvedo) ou fermento usado em fermentação alcoólica (cerveja) e
nas panificadoras.

Aspergillus e Penicillium: bolor “azul-esverdeado” em cascas de laranja. Do


Penicillium, Alexander Fleming, 1929, descobriu o antibiótico penicilina.
O fungo Penicilium notatum é um exemplo de ascomiceto que não desenvolve
corpo de frutificação. É conhecido como “fungo da penicilina”, pois é dele que se
produz a penicilina (o primeiro antibiótico descoberto) industrialmente.

A penicilina é um antibiótico poderoso e representa importante auxiliar da


medicina no combate às infecções bacterianas. Embora produzida por um fungo,
não atua sobre as micoses, doenças causadas por fungos, nem sobre infecções
causadas por vírus.

Observação
As leveduras, como é o caso de Saccharomyces cerevisae, podem-se reproduzir
assexuadamente por brotamento.Saccharomyces cerevisae é outro ascomiceto
que não desenvolve corpo de frutificação; forma o asco, no interior do qual
desenvolvem-se quatro ascósporos, e não oito, como é regra geral nos
ascomicetos.

As hifas são septadas, portanto celulares. As hifas constituem o micélio


subterrâneo que pode formar corpos de frutificação (= basidiocarpos), fora do
substrato e com forma de “guarda-chuva”, como os champignons (comestíveis !).

Cogumelo
Amanita é um cogumelo venenoso semelhante ao champignon (América do Norte,
Europa). Polyporus (orelha-de-pau) cresce no interior de troncos mortos.

Há espécies parasitas que atacam o centeio (= Claviceps purpurea),o amendoim (=


Aspergillus flavus = aflatoxinas) além de outras que produzem substâncias
alucinógenas (= Psilocybe).

Amanita Muscaria

Psilocybe Coprophila
Agaricus (champignons) – comestíveis.
A reprodução sexuada se dá por plasmogamia que é a fusão de duas hifas (n)
formando uma hifa dicariótica (com dois núcleos). Quando estas hifas formam os
basídios, ocorre a fusão dos núcleos n (cariogamia), organizando o núcleo 2n, que
sofre meiose espórica, produzindo 4 basidiósporos n. Cada um destes se
desenvolve em hifa n (monocariótica), reiniciando o ciclo.

Deuteromicetos
São os Fungos Imperfeitos causadores da candidíase, – Candida albicans (causam
doenças no homem – micoses, sapinho, frieiras)

Nos Fungos Imperfeitos existem esporos assexuais, os conídios, produzidos por


hifas férteis denominadas conidióforos. Os conidióforos podem ser livres ou
produzidos em corpos de frutificação que, se forem globosos e ostiolados,
recebem o nome de picnídio e, se achatados em forma de pires, acérvulos.

Baseando nessas características os Fungos Imperfeitos são divididos em


quatro ordens:
Conídios produzidos em picnídios: Sphaeropsidales
Conídios produzidos em acérvulos: Melanconiales
Conídios não produzidos em picnídios nem acérvulos: Moniliales
Conídios Ausente: Micelia sterilia
Em alguns Fungos Imperfeitos, além de conídios, aparece um outro tipo de esporos
de gênese diferente, os clamidosporos, células hifálicas, circundadas por uma
espessa parede celular, que ocasionalmente se separam das hifas paternas
comportando-se como esporos de resistência. O termo clamidosporo também se
aplica aos teliosporos de carvões e cáries (Ustilaginales).

Importância

Hoje, quando a ciência está tão avançada, poucas pessoas se dão conta do quanto
intimamente está ligada nossa vida com a dos fungos. Pode-se dizer que não
transcorre um só dia sem que sejamos prejudicados ou beneficiados por este
organismos.

Os fungos, em razão de sua ubiqüidade e por seu número surpreendentemente


grande, desempenham um papel muito importante nas modificações (lentas),
constantes, que tem lugar ao nosso redor. Especificamente, os fungos são agentes
responsáveis em grande parte pela decomposição das substâncias orgânicas e
como tal, nos afetam de modo direto, pela destruição dos alimentos, tecidos, couro
e outros artigos de consumo manufaturados com materiais sujeitos a seus
ataques. Causam a maior parte das enfermidades das plantas e também muita
enfermidade dos animais e dos homens constituem a base de uma quantidade de
processos industriais de fermentação, tais como a elaboração do pão, vinho,
cerveja, a fermentação da semente de cacau e a preparação de certos queijos; são
empregados na produção de muitos ácidos orgânicos e de algumas preparações
vitamínicas, e são responsáveis pela manufatura de certas drogas antibióticas entre
as quais destaca a penicilina. Os fungos são tão prejudiciais a como benéficos à
agricultura. Por uma parte prejudicam a colheita ocasionando perdas de milhões
de dólares por causa das enfermidades que produzem nas plantações, enquanto
por outra parte aumentam a fertilidade do solo por trocas que originam, que dão
como resultado a produção de alimentos que são aproveitados pelas plantas
verdes. Por último não podemos deixar de mencionar a utilidade dos fungos como
alimento.
Não só micologistas se preocupam pelos fungos, também os citologistas, os
geneticistas e os bioquímicos sabem que podem ser importantes indivíduos de
investigação no estudo dos processos biológicos fundamentais. Dada a rapidez
com que alguns grupos crescem e se reproduzem, se requer pouco tempo para um
número determinado de gerações, do que as plantas e animais superiores.

NA ECOLOGIA
Nas cadeias alimentares, atuam como decompositores, juntamente com as
bactérias promovem a reciclagem da matéria orgânica em sais minerais!
Substâncias orgânicas como substrato, umidade e ausência de luz ou luz fraca são
as condições requeridas para um bom desenvolvimento da maioria das espécies.

NA INDÚSTRIA “CURA”
Processo pelo qual microrganismos (bactérias ou fungos) agem na composição do
leite. Alteram aroma, sabor e riqueza nutritiva (produzem AA essenciais, vitaminas).

Atuam na produção de queijos: Camembert (leite de ovelha); Roquefort e


Gorgonzola. O Saccharomyces, da fermentação alcoólica, também é usado no
preparo de massas de pães e bolos.

Roquerfort
Camenbert A capa aveludada do queijo camembert e os veios azul-
esverdeados dos queijos roquefort e gorgonzola são produzidos por fungos do
gênero Penicillium.
Agaricus (Basidiomiceto – champignon – chega a 18 kg); Tuber (Ascomiceto –
trufas); Morchella (Ascomiceto – ~10 cm comprimento).

DOENÇAS
Micoses; sapinho (Candida albicans – saprófita da mucosa bucal); esporos de
Penicillium e Aspergillus provocam alergias (rinites, bronquites e asma); micoses
graves (tumores = micetomas); blastomicoses e actinomicoses (ulcerações em
partes do corpo), etc.

FARMACOLOGIA
Na produção de penicilina (Penicillium);

Psilocibina (Psilocybe – alucinógeno psicodisléptico: usado em rituais religiosos


de nativos de Oaxaca – México);
Ergotamina (ergotismo – Claviceps purpurea – intoxicação entre camponeses que
trabalham com o centeio; o fungo se desenvolve nas espigas do cereal e pode
contaminar a farinha, matando pessoas que a comem);

LSD-25 (Hofmann / 1943 – sintetizado a partir da ergotamina alucinógeno) não


provoca dependência física, mas induz mutações cromossômicas com anomalias
nos fetos);

Aflatoxinas (Aspergillus flavus – esse bolor ataca sementes de leguminosas


(feijão, soja, amendoim) e gramíneas (milho, arroz, trigo): lesões hepáticas e até
“morte”!
Claviceps purpurea
Produz uma substância química chamada ergatanina, utilizada na medicina contra
insônia, tem alto poder vasoconstrictor e de contração muscular.
Líquens

Alguns fungos podem associar-se de forma muito íntima a certas algas,


constituindo uma associação denominada líquen.

Embora existam liquens nos quais a relação é de parasitismo, a relação ecológica


neste caso é o mutualismo, ou seja, uma associação em que os dois seres recebem
benefícios.

Resultam da associação entre ALGAS unicelulares (verdes ou azuis) + FUNGOS


(principalmente ascomicetos).

Esse perfeito “casamento “ (= mutualismo) permite aos liquens sobreviver em


regiões onde poucos seres vivos sobreviveriam. De fato, os liquens podem ser
encontrados, por exemplo, sob a neve nas tundras árticas, onde são importantes
fontes nutritivas para animais diversos, como a rena e o caribu.

Sobre rochas nuas, os liquens são, com freqüência, os primeiros colonizadores (=


pioneiros), desagregando o material rochoso e propiciando nas condições físicas do
ambiente uma melhoria tal que permite a instalação, naquele lugar, de futuras
comunidades de musgos e outras plantas (herbáceas, arbustos, árvores) ==>
SUCESSÃO ECOLÓGICA !

Apesar de capazes de sobreviver nos mais variados tipos de habitat, os liquens são
muito sensíveis a substâncias tóxicas, particularmente o SO2 (dióxido de enxofre).
Por isso, são utilizados como indicadores da poluição do ar atmosférico pelo SO2.
Como esse gás é um poluente muito comum nas zonas urbanas, entende-se
porque os liquens são relativamente escassos nas cidades.

Os liquens são capazes de absorver e concentrar substâncias radiativas, como o


estrôncio 90 (pode se alojar nos ossos, provocando anemia).

Constatou-se, que esquimós, no Alasca, apresentavam taxas elevadas desse


elemento no organismo: haviam-no adquirido pela ingestão de carne de rena e
caribu; os animais, por sua vez, obtiveram o elemento ao comerem liquens
contaminados.

SORÉDIOS
A reprodução dos liquens faz-se principalmente através de fragmentos vegetativos
denominados sorédios. Cada sorédio contém algumas poucas algas envolvidas por
algumas hifas dos fungos.

Shitake

Lentinus edodis

L. edodis é um fungo filamentoso, sua multiplicação pode ser conduzida através de


hifas ou esporos. Seu ciclo reprodutivo é relativamente simples quando comparado
com o de outros fungos. Os esporos, ou conídios, formam-se nos basídios das
lamelas da parte inferior dos carpóforos (chapéus) e, ao caírem em substrato
adequado, desenvolvem as hifas que formam o micélio primário. Estas últimas
podem ser ou não compatíveis entre si. No primeiro caso, fundem-se, formando os
micélios secundários, que, em situações especiais, enovelam-se e direcionam novas
hifas que vão, por sua vez, formar um novo carpóforo. No carpóforo, as hifas
sofrem divisão mitótica e meiose e, nas lamelas, formam os basídios que liberam
os esporos, completando o ciclo de vida do fungo (PRZYBYLOWICZ & DONOGHUE,
1990).

PRODUÇÃO
Comercialmente, o shiitake pode ser produzido em compostos cujo ingrediente
principal é a serragem de madeira ou em troncos de madeira. No Estado de São
Paulo, o Eucalyptus sp é o substrato mais utilizado.

Recomendam-se condições que facilitem o manuseio: diâmetro de 12 a 15 cm e


comprimento de 1,10 a 1,30 m. Nos troncos higienizados e recém colhidos, inocula-
se em perfurações da madeira, porções de “semente” desenvolvidas em condições
assépticas nos laboratórios de profissionais autônomos ou institucionais (UNESP –
Botucatu, C.A. UFSCar – Araras, ESALQ-USP). O inóculo é protegido com parafina e a
madeira é colocada na forma de pilha “igueta” (TATEZUWA, 1992) com cerca de 80
toras. Nesta etapa as madeiras são umedecidas continuamente e mantidas a 25-
30oC. Nestas condições o fungo desenvolve-se tanto ao longo das fibras como
radialmente. Após cerca de 40-50 dias pode-se, mediante compressão da madeira,
verificar o desenvolvimento do fungo. Após 6 a 8 meses a madeira está leve e
amolecida e é o momento de indução da frutificação. Para isto mergulham-se as
toras em água fria, com diferença de no mínimo 10oC de temperatura ambiente, e
nesta condição permanecem de 10 a 15 horas. A seguir, são transferidas para as
câmaras de frutificação, com umidade ao redor de 85% e temperatura de 22 a
25oC, luminosidade de 500 a 2000 lux (STAMETS, 1993).
Após 3 a 5 dias surgem os primórdios que irão gerar os cogumelos num período de
6 a 10 dias, permitindo a colheita.

As madeiras, após a primeira colheita, voltam a ser incubadas e a cada 90-120 dias
podem receber novos choques térmicos para as colheitas subseqüentes. É
evidente que as madeiras vão se empobrecendo de nutrientes e as colheitas finais
produzem menores rendimentos. Por esta razão, recomenda-se 3 a 4 reciclos.

Eventualmente, se as madeiras permanecerem em bom estado, pode-se considerar


mais choques.

O shiitake desidratado contém em média: 25,9% de proteína, 0,45-0,72% de


lipídios, 67% de carboidratos, sais minerais, vitaminas B2 e C , ainda ergosterol .
Deste fungo estão sendo intensamente estudados a lentiniana e o LEM (extrato do
micélio de L. edodis).

A lentiniana é um polissacarídeo de alta massa molecular, solúvel em água,


resistente à temperatura elevada e a ácidos e sensível a álcalis. A lentiniana tem
encontrado muitas possibilidades de aplicações farmacológicas.

A fração LEM contém como maior constituinte um heteroglicano conjugado com


proteína, vários derivados de ácidos nucleicos, componentes vitamínicos e
eritadenina. Muitos pesquisadores têm trabalhado no sentido de esclarecer as
potencialidades medicinais das frações do shiitake. A medicina popular indica que,
em humanos, o shiitake é um alimento com funções de fortificar e restaurar os
organismos. Atualmente é recomendado para todas as doenças que envolvam
diminuição das funções imunológicas.

REAÇÕES
Embora o shiitake venha sendo consumido desde a antiguidade, não se tem
registro de problemas quanto ao seu consumo. Entretanto, dada a existência de
cultivos extensivos têm surgido pessoas com sensibilidade ao seu manuseio.

NAKAMURA (1992), descreveu a incidência de dermatite em 51 pessoas que


tiveram contato com L. edodis. A dermatite foi mais freqüente nas extremidades,
tórax, pescoço e face, tanto em homens como em mulheres. Os pacientes não
manifestaram sintomas digestivos, no sistema nervoso ou em mucosas. A
incidência da dermatite ocorreu principalmente nos meses de março, abril e
maio.Outros sintomas foram descritos por VAN LOON et al (1992) em pessoas
atingidas no aparelho respiratório, após 6 a 8 horas de contato com o shiitake.

GOES (1998) comunicou a incidência de 8 pessoas com problemas de alergia


respiratória quando entravam em áreas de cultivo e de embalagens de shiitake.

Comercialmente, o shiitake pode ser produzido em compostos cujo ingrediente


principal é a serragem de madeira ou em troncos de madeira. No Estado de São
Paulo, o Eucalyptus sp é o substrato mais utilizado.

Recomendam-se condições que facilitem o manuseio: diâmetro de 12 a 15 cm e


comprimento de 1,10 a 1,30 m. Nos troncos higienizados e recém colhidos, inocula-
se em perfurações da madeira, porções de “semente” desenvolvidas em condições
assépticas nos laboratórios de profissionais autônomos ou institucionais (UNESP –
Botucatu, C.A. UFSCar – Araras, ESALQ-USP). O inóculo é protegido com parafina e a
madeira é colocada na forma de pilha “igueta” (TATEZUWA, 1992) com cerca de 80
toras. Nesta etapa as madeiras são umedecidas continuamente e mantidas a 25-
30oC. Nestas condições o fungo desenvolve-se tanto ao longo das fibras como
radialmente. Após cerca de 40-50 dias pode-se, mediante compressão da madeira,
verificar o desenvolvimento do fungo. Após 6 a 8 meses a madeira está leve e
amolecida e é o momento de indução da frutificação. Para isto mergulham-se as
toras em água fria, com diferença de no mínimo 10oC de temperatura ambiente, e
nesta condição permanecem de 10 a 15 horas. A seguir, são transferidas para as
câmaras de frutificação, com umidade ao redor de 85% e temperatura de 22 a
25oC, luminosidade de 500 a 2000 lux (STAMETS, 1993).
Após 3 a 5 dias surgem os primórdios que irão gerar os cogumelos num período de
6 a 10 dias, permitindo a colheita.

As madeiras, após a primeira colheita, voltam a ser incubadas e a cada 90-120 dias
podem receber novos choques térmicos para as colheitas subseqüentes. É
evidente que as madeiras vão se empobrecendo de nutrientes e as colheitas finais
produzem menores rendimentos. Por esta razão, recomenda-se 3 a 4 reciclos.

Eventualmente, se as madeiras permanecerem em bom estado, pode-se considerar


mais choques.

O shiitake desidratado contém em média: 25,9% de proteína, 0,45-0,72% de


lipídios, 67% de carboidratos, sais minerais, vitaminas B2 e C , ainda ergosterol .
Deste fungo estão sendo intensamente estudados a lentiniana e o LEM (extrato do
micélio de L. edodis).

A lentiniana é um polissacarídeo de alta massa molecular, solúvel em água,


resistente à temperatura elevada e a ácidos e sensível a álcalis. A lentiniana tem
encontrado muitas possibilidades de aplicações farmacológicas.

A fração LEM contém como maior constituinte um heteroglicano conjugado com


proteína, vários derivados de ácidos nucleicos, componentes vitamínicos e
eritadenina. Muitos pesquisadores têm trabalhado no sentido de esclarecer as
potencialidades medicinais das frações do shiitake. A medicina popular indica que,
em humanos, o shiitake é um alimento com funções de fortificar e restaurar os
organismos. Atualmente é recomendado para todas as doenças que envolvam
diminuição das funções imunológicas.

Amanita

Amanita muscaria
Tem sido utilizado por muitos artistas e, tradicionalmente, figurado nas ilustrações
de estórias e contos infantis de autores famosos, principalmente de origem
européia. Nessas estórias o cogumelo é, via de regra, associado a figuras de fadas,
gnomos e duendes dos bosques e florestas. Entretanto, embora de aparência
inocente e aspecto apetitoso, quando ingerido pelo homem ou animais
domésticos, o cogumelo é tóxico. Dependendo da quantidade ingerida é capaz de
induzir alterações no sistema nervoso, levando a alteração da percepção da
realidade, descoordenação motora, alucinações, crises de euforia ou depressão
intensa.

Espasmos musculares, movimentos compulsivos, transpiração, salivação,


lacrimejamento, tontura e vômitos são também sintomas referidos na literatura.

Este artigo é um alerta sobre o perigo de intoxicação pelo uso, como alimento, de
cogumelos que crescem espontaneamente nos campos e nos bosques. Em junho
de 1996, a Seção de Micologia Fitopatológica do Instituto Biológico foi consultada
sobre a possibilidade de utilização, como alimento, de um cogumelo que crescia
fartamente em um bosque de Pinus sp. existente em uma propriedade situada em
Grajaú, na parte Sul do município da Cidade de São Paulo.

Tratava-se de um cogumelo de “chapéu”, com aspecto bastante atrativo, vistoso e


coloração escarlate salpicado de escamas brancas. Foi identificado como Amanita
muscaria (L.:Fr.), fungo pertencente à família Amanitaceae (Basidiomycotina,
Agaricales), que vive em associação micorrízica (ectomicorriza) com várias
coníferas, inclusive do gênero Pinus.

Esse cogumelo, originário do Hemisfério Norte, é bastante conhecido na Europa e


na América do Norte. No Brasil, foi constatado pela primeira vez na região
metropolitana em Curitiba – PR pelo botânico A. Cervi, da Universidade Federal do
Paraná, em 1982. Nessa ocasião, a introdução desse cogumelo no Brasil foi
atribuída a importação de sementes de Pinus de regiões onde ele é nativo. Os
esporos do fungo teriam sido trazidos em mistura com as sementes importadas.

Posteriormente, o cogumelo foi também encontrado no Rio Grande do Sul e, mais


recentemente (1984) em São Paulo na região de Itararé, em associação micorrízica
com Pinus pseudostrobus.

Descrição do Cogumelo A. muscaria


Morfologicamente, este fungo é um bom exemplo de Agaricales. Apresenta volva,
estipe, anel, píleo, escamas residuais do velum e lâminas bem desenvolvidas na
face inferior do píleo. Seu basidiocarpo, bem desenvolvido, pode atingir mais de 20
cm de altura e até 20 cm de diâmetro de píleo ou chapéu.

A coloração do píleo varia do vermelho escarlate ao vermelho alaranjado, podendo


apresentar, quando ainda jovem, uma fase na qual predomina a coloração verde
amarelada.

Píleo com 8 a 24 cm de diâmetro, em forma de ovo, quando jovem, e convexo,


chato, plano ou ligeiramente côncavo, quando maduro. Superfície amarela pálida a
laranja avermelhada ou mesmo escarlate. Usualmente salpicado com numerosas
verrugas ou excrescências brancas ou amarelo pálidas que, algumas vezes, ficam
dispostas em círculos concêntricos; margens pronunciadamente estriadas ou
cristadas; branco carnoso ou amarelo pálido logo abaixo da cutícula ou camada
superior vivamente colorida. Lamelas, cerca de 20 por cm linear e 8-15 mm de
largura, livres ou ligeiramente decorrentes em rugas ou cristas estreitas brancas ou
amarelo pálidas. Estipe com 10 a 20 cm de comprimento e 1 a 2 cm de espessura
ou diâmetro na extremidade superior; a parte basal do estipe é mais espessa para
formar um bulbo, envolvido por anéis irregularmente rompidos brancos ou
amarelo pálidos. Anéis no terço superior do estipe, brancos, macios, a princípio
salientes, mas depois tornando-se secos e inconspícuos. Volva algumas vezes bem
definida, mas, freqüentemente, tornando-se inconspícua ou não evidente com a
idade, aparecendo, entretanto, apenas como anéis na parte inferior bulbosa do
estipe. Frutificações solitárias ou em grupos e, freqüentemente, dispostas em
forma de anéis sob várias árvores coníferas, na Europa e Estados Unidos. No Brasil,
este cogumelo tem sido associado somente com plantas do gênero Pinus.

Algumas espécies de Amanita são comestíveis – A.cesarea (Fr.) Mlady, A. ovoidea


(Bull.:Fr.) Quil., A. valens Gilbert., A. giberti Beaus. etc. – mas o gênero é notório
pelos seus representantes venenosos, sendo alguns mortais. Entretanto, segundo
alguns autores, 90 a 95% das mortes ocorridas na Europa como resultado de
micetismo — nome dado ao envenenamento por cogumelos — foram atribuídos a
uma única espécie de Amanita, ou seja, A. phalloides (Vaill.:Fr.) Link, espécie
conhecida popularmente como “taça da morte” (death cup) ou ainda por “taça
verde da morte” (Green death cup). Esta espécie possui um píleo ou “chapéu” de
coloração verde oliva, com cerca de 12 cm de diâmetro e 10 a 15 cm de altura no
estipe. O problema de envenenamento com A. phalloides é que, por vezes, isento
de cor e volva pouco definida, este cogumelo pode ser facilmente confundido com
Amanita mappa (Batsch) Pers. ou mesmo com Agaricus campestris L. selvagens,
que são espécies saborosas que não apresentam princípios tóxicos. As espécies
venenosas de Amanita contêm compostos ciclopeptídicos conhecidos como
amatoxinas e phallotoxinas, altamente tóxicos e mortais, para os quais inexistem
antídotos eficientes. Até mesmo o emprego de hemodiálise na remoção do
envenenamento por espécies de Amanita é questionável, desde que o processo
remove substâncias com peso molecular 300 D, ou menos, enquanto as
amatoxinas e amanitinas tem um peso molecular de 900, podendo ainda
tornarem-se complexadas com moléculas ainda muito maiores, como certas
proteínas.

A maioria dos fungos Amanita não possui qualquer sabor especial que os
identifique e suas toxinas têm um período latente para manifestação bastante
longo, permitindo sua completa absorção pelo organismo antes de que qualquer
medida de tratamento ou desintoxicação tenha sido adotada. As toxinas atuam,
predominantemente, no fígado e a morte, no caso dos Amanitas contendo
princípios letais, ocorre por coma hepático, sem que haja terapêutica específica.
Além de A. phalloides, A. virosa e A. pantherina (DC.) Secr., que são tóxicos, A. verna
(Bull.) Pers. é o grande responsável nos Estados Unidos pelas mortes por
intoxicação que ocorrem no país, sendo por isso denominado vulgarmente
“Destroying Angel”, ou seja, “Anjo destruidor”. Estas espécies não foram, entretanto,
ainda encontradas no Brasil e, como não existe entre nós a tradição de coleta de
cogumelos no campo para fins de alimentação, como ocorre na Europa e algumas
outras áreas do globo, o risco de envenenamento é menor.

Toxicidade de A. muscaria
Com referência às propriedades tóxicas e alucinogênicas de A. muscaria, a
literatura é, por vezes, um tanto conflitante. Segundo GUZMAN (Hongos, México,
Limuras Balderas,1981), apesar de A. muscaria ter fama de muito venenoso, sua
toxicidade não é grave. Quando ingerido, provoca vômitos e diarréias e a pessoa
intoxicada recupera-se em poucas horas. CALANGE [Setas (Hongos) Guia Ilustrada,
Madri, Mundi Prensa, 1979] refere-se ao fato de que o cogumelo é toxico, porém
não mortal, contrariamente ao que se acreditava no passado. Seu conteúdo em
muscarina, é escasso sendo a micetoatropina seu veneno mais perigoso. Esta seria
a razão fundamental porque não é aconselhável a aplicação de sulfato de atropina
em pessoas com envenenamento por A. mascaria. Ao invés de inativar a
muscarina, o produto agrava os sintomas. Segundo esse autor, o envenenamento
deve ser combatido com purgantes salínicos e lavagem estomacal, sendo as
substâncias alucinogênicas presentes neste cogumelo o ácido ibotêmico, o
mucimol, que é um produto derivado do ácido ibotêmico por desidratação, e a
muscazona, todas psicoativas.

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