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Escola Secundária Samora Moisés Machel-Beira, textos de apoio-Biologia-11ªClasse-2ºTrimestre - 2021

*Lição nº 21
Tema: Reino Fungi
Caracteristicas gerais

Os representantes do Reino dos Fungos são Eucariontes; podem ser unicelulares, mas a maioria é multicelular. O
estudo dos fungos chama-se Micologia.
Muitas vezes as células dos Fungos possuem uma parede celular, pelo menos em alguns estádios do seu ciclo de
vida. No entanto, essa parede tem composição quimica diferente da constituição da parede celular das células das
plantas.
Na parede celular da maioria dos fungos encontra-sequitina, o mesmo polissacarideo presente no exoesqueleto de
artrópodes (um filo do reino animal). Contráriamente ás plantas, os Fungos não possuem pigmentos fotossintéticos
nem cloroplastos. Alguns fungos, além da quitina apresenta a celulose na parede das hifas.
Os fungos multicelulares são constituidos por uma rede de filamentos ramificados chamados hifas. O conjunto de
hifas forma o micélio.
O aspecto filamentoso do micélio confere-lhe uma grande surperficie, através da qual se realiza a absorção dos
nutrientes. Além disso, o micélio estende-se rapidamente em todas as direções através da fonte de alimento.
Enquanto houverem condições favoraveis e nutrientes disponiveis.Em certos fungos, o micélio pode atingir mais de
30 metros de diâmentro sob a superficie do solo.Por vezes as hifas organizam-se, formando corpos compactos, como,
por exemplo, nos cogumelos.Esses corpos compactos são chamados corpos de frutificação, onde se formam os
esporos.
O crescimento da hifas ocorre somente nas estremidades. Nas regiões mais antigas das hifas, o conteúdo
citoplasmático pode até mesmo desaparecer. E como se a massa citoplasmática do fungo construisse uma rede de
galerias quitinosas, abandonando as mais antigas e sempre fluindo para as extremidades das galerias em construção.

Nutrição dos fungos


Os fungos são seres heterotróficos que obtêm o alimento por absorção.
Os diferentes processos de obtenção das substâncias orgânicas permitem considerar diferentes tipos de fungos:
 Os fungos saprófitos - vivem sobre a matéria orgânica, onde parte do micélio cresce por cima da fonte de
alimento, originando estruturas reprodutoras. O resto do micélio desenvolve-se no interior do substrato,
provocando a sua decomposição. As hifas segregamenzimas hidrolíticas que lançam sobre o alimento,
ocorrendo uma digestáo extracorporal, em que as moléculas complexas são decompostas em moléculas
simples que, posteriormente, são absorvidas. Após a absorção, os nutrientes passam através das hifas para
todo o organismo. Os fungos saprófitos são conhecidos como decompositores.

1 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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 Os fungos simbiontes- estabelecem uma relação de simbiose com outros organismos. Recebem o alimento
desses organismos, tendo o organismo com que se associam vantagem na associação.
Nas associações de fungos com outros organismos destacam-se os liquenes e micorrizes.Os micorrizes são
associações simbióticas de fungos com as raizes de plantas. Cerca de 90% das grandes arvores têm
micorrizes, bem como a maioria das plantas vasculares mais pequenas. Em algumas destas associações
certas hifas do fungo penetram nas células das raizes mais delicadas, ficando o resto do micélio no solo
circundante. Noutros casos as hifas formam um invólucro em torno dos pelos radiculares, não penetrando
nos tecidos da raiz. Em qualquer dos casos as hifas do fungo aumentam a superficie de absorção de água e
de sais minerais pela raiz.
 Os fungos parasitas recebem o alimento do corpo dos hospedeiros, prejudicando-os e causando-lhes, por
vezes, doenças. São doenças humanas bastantes comuns as micoses de pele, unhas e pêlos e a
candidíase. Todas as plantas são aparentemente susceptíveis de contrair alguma infecção causada por
fungos. Por vezes a doença localiza-se em alguns tecidos ou orgãos, outras vezes afecta a planta inteira,
provocando a sua morte. Em muitos casos os fungos parasitas possuem hifas especializadas, chamadas
haustórios, que penetram nas células do hospedeiro, de onde captam o alimento.

Lição nº 22
Tema : Reprodução dos fungos
A reprodução dos fungos pode ser assexuada ou sexuada. A reprodução assexuada ocorre por fragmentação,
gemiparidade (brotamento) ou esporulação. Na fragmentação o micélio pode dividir-se, originando cada fragmento
um novo fungo.
A gemiparidade verifica-se em fungos unicelulares, como as leveduras. Após a divisão do núcleo, forma-se uma
pequena gema, onde se localiza um dos núcleos. Separa-se depois duas células de dimensões muito diferentes: Uma
muito pequena e outra englobando a maior parte do citoplasma.
Na esporulação são produzidos esporos que são células reprodutoras especializadas. Os esporos formam se a partir
de estruturas do fungo, que podem ser esporângios ou então hifas especializadas. Existe uma grande diversidade de
esporos que podem originar-se por processos variados. Os esporos são levados pelo vento, pela agua ou pelos
animais e germinam se cairem num meio em que existe alimento.
A reprodução sexuada geralmente dá-se quando as condições do meio se tornam pouco favoraveis. Ela é muito
importante porque favorece a recombinação genética, contribuindo assim para a diversidade dos fungos.
Na reprodução sexuada dos fungos, é comum a plasmogamia: após o encontro de hifas sexualmente compatíveis
(denominadas hifas + e hifas -, por não existirem diferenças morfologicas entre eles) fundem-se e passam a exibir
dois núcleos haplóides, que se unem em um único núcleo diploide; depois do desenvolvimento do corpo de
frutificação. Ocorrida a meiose, formam-se quatro esporos haplóides.

2 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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Lição nº 23
Tema: Classificação dos fungos.

Existem dois filos no reino dos Fungos: Eumycota (fungos verdadeiros) e


Mixomycota (fungos gelatinosos).
O filo Eumycota - apresenta maior variedade de espécies, distribuidas em quatro classes: zigomycetes,
Basidiomycetes, Ascomycetes e Deuteromycetes.
O principal critério para separar os fungos nessas quatro classes é o tipo de processo sexual e de estruturas
reprodutiva que apresenta.
 Classe zigomycetes- são os fungos mais simples, de hifas que crescem sobre matéria organica húmida.
O nome do grupo (zigo=par, união de dois e miceto=fungo) refere-se à existência de processo sexual, pela
fusão de hifas, que no ponto de contacto formam grandes zigotos esféricos, multinucleados.
Nesta classe a reprodução assexuada é muito mais frequente do que a reprodução sexuada. Os esporos
assexuados são formados em esporângios na estremidade de hifas especializadas. Os esporos são libertados e
podem ser dispersos pelo vento.

3 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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 Classebasidiomycetes- Formam estruturas reprodutivas denominadas basídeos.


O nome deriva do facto de basídios terem a base presa ao corpo de frutificação e a extremidade livre, onde se
alojam quatro esporos, chamados basidióesporos.
A maioria dos basidiomycetes formam corpos de frutificação denominados basidiocarpos, popularmente
conhecido por cogumelos.

 Classe ascomycetes- formam estruturas reprodutivas em forma de saco denominadas ascos. Dentro desses
ascos formam-se esporos chamados ascoesporos. Em certos ascomycetes, os ascos ficam abrigados num
corpo de frutificação denominado ascocorpo.

 Classedeuteromycetes- constitui uma classe menos importante, criada para abrigar fungos em que ainda não
se observaram fenómenos sexuais de reprodução. Muitos representantes deste grupo são parasitas e causam
doenças em plantas e animais.

Lição nº 24
Tema: Importância dos fungos
Os fungos são ecologicamente muito úteis e desempenham diversos papéis:
 Os fungos saprófitos decompõem matéria orgânica, sendo indispensáveis no ciclo de troca de nutriemtes
no solo.
 Alguns fungos são utilizados como alimento muito apreciado em quase todo o mundo.
 Existem fungos venenosos ou tóxicos, que produzem componentes bioactivos chamados micotoxinas, tais
como alcalóides que convém conhecer bem, pois podem ser fatais.
 Os fabricantes de bolos e bebidas baseadas na fermentação (cerveja, vinho, bebidas tradicionais feitas
de frutas) usam as propriedades das leveduras para fermentar os diferentes substratos.

 Na culinária conhece-se também o molho de soja, um produto da acção dos fungos bastante apreciado
no tempero de alimentos.

 O fungo do género Saccharomycese muitas das suas variedades são utilizados no fabrico de pão,
cerveja, vinho e álcool etílico comercial.

 O fungo Penicillium roquefortti e o Penicillium camembertiisão usados na produção de queijos.

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 Do ponto de vista médico e farmacêutico, muitos fungos estão na base de antibióticos (penicilina e
cefalosporina) utilizados na medicina e de muitas enzimas, tal como celulases, pectinases e protéases,
importantes no domínio industrial ou como ingredientes activos de detergentes.

 Outros fungos são utilizados na medicina tradicional como substâncias psicotrópicas (substâncias que
alteram o funcionamento normal do sistema nervoso central).

 Alguns fungos são agentes patogénicos, causando doenças para plantas e animais, incluindo o
Homem. Quando são patogénicos de culturas vegetais, podem causar danos agrícolas e socioeconómicosn
incalculáveis.

T.P.C
1. Doenças humanas causadas por fungos: Causas, manifestações ou sintomas, modos de transmissão e prevenção.

Lição nº 26
Tema: Liquenes

Os liquenes são associações simbióticas entre um fungo e uma alga unicelular ou uma cianobactéria. O fungo,
geralmente um ascomycete, é o chamado micobionte, Heterotrófico, que predomina na associação. O organismo
fotossintetizante, chamado ficobionte, é uma alga verde ou uma cianobactéria (alga azul).

As hifas do fungo estão fortementeagregados às células fotossinteticas ou, em certos casos, algumas hifas
especializadas penetram nas células da alga ou da cianobactéria, captando nutrientes. O fungo cria e mantém
condições favoraveis à vida das células fotossinteticas, quanto ao fornecimento de agua e sais minerais, e protecção
contra a luz de elevada intensidade. As células fotossinteticas por sua vez, produzem compostos orgânicos que o
fungo não pode produzir. As caracteristicas desta simbiose possibilita aos liquenes conquistar habitats em que não
viveriam quando em situação de vida independente.

O corpo vegetativo do líquen é morfológica e fisiologicamente distinto daquele de cada um dos parceiros da
simbiose, quando vivem separadamente. A maioria dos fungos encontrados nos líquenes não são capazes de viverem
independentes.

5 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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A reprodução dos líquenes é uma combinação dos processos de reprodução sexuada do fungo e assexuada das algas
ou cianobactérias. Alternativamente os líquenes podem reproduzir-se de estruturas especializadas, como os sorédios
(pequenos conjuntos de algas envolvidas de hifas). Os dois componentes do líquen podem ainda, em condições
favoráveis, associar-se de novo e formar uma nova liquenização.

Lição nº40
Tema: Introdução ao estudo do reino plantae
- Caracteristicas gerais do reino das plantas.

Fazem parte do reino Plantae, os organismos multicelulares e fotossinteticos capazes de capturar a energia luminosa
e de a transformar em energia química.
Há evidências de que as plantas terrestres têm origem de plantas aquáticas (algas verdes). A conquista do ambiente
terrestre foi um grande desafio para as plantas, em relação a relativa escassez da água, tanto no solo como na
atmosfera. A adaptação das plantas ao ambiente terrestre exigiu o aparecimento de diversas características adaptivas
directamente relacionadas a obtenção e economia da àgua. De entre essas, podem-se citar:
a) O desenvolvimento de rizóides e raízes capazes de penetrar no solo, fixando a planta e absorvendo água e
sais minerais.
b) O desenvolvimento de tecidos de revestimento, que diminuem a perda de água por evaporação e que são
responsáveis por trocas gasosas.
c) O desenvolvimento de sistemas condutores de seiva (bruta e elaborada), especializados no transporte de água
e de saís minerais absorvidos por rizóides ou raízes a todas as partes da plantas.
d) O desenvolvimento de novos tipos de reprodução sexuada , em que não houvesse a necessidade de os
gâmetas masculinos nadarem em direção ao gâmeta feminino.
e) O surgimento da parte aérea (caule e folhas), em que ocorre a captação de energia luminosa, utilizada na
produção de substâncias orgânicas.
f ) O aparecimento de tecidos de sustentação, que mantêm a planta erecta.

O reino das plantas divide - se em cinco (5) filos: Filo Phaeophyta, Rhodophyta, Chlorophyta, Bryophyta e filo
Traqueophyta.

6 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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Lição nº 41
Tema: Caracteristicas gerais e exemplos dos filos Phaeophyta e Rhodophyta

Fazem parte do filo Phaeophyta as Feoficeas ou algas castanhas ou castanho-esverdeadas que têm tamanhos muito
variados, desde formas microscópicas a formas que podem atingir 60 metros de comprimento. Podendo encontrar-se
presas às rochas ou flutuando à superficie dos mares. A cor castanha é lhes dada pela fucoxantina. Mas além deste
pigmento têm também as clorofilas “a” e “c”. Um género bem conhecido nesta divisão é S argassum, que é
particularmente abundante na região do Oceano Atlântíco, o Mar dos Sargaços,que fica entre os Açores e as
Bahamas.
A alga do género Laminaria é constituida por um talo formado por um apreensório de fixação semelhante a uma
raiz e por lâminas achatadas que lembram folhas.

O filo Rhodophyta é representado por rodoficeas ou algas vermelhas. A cor das algas vermelhas é devida á
ficoeritrina,pigmento que pertence ao grupo das ficobilinas. Estes pigmentos permitem-lhes viver em grandes
profundidades onde não é encontrado nenhum outro organismo fotossintético. As ficobilinas retêm as radiações
azuis, que são as radiações que penetram mais profundamente na água.

Lição nº 42
Tema: Caracteristicas gerais e exemplos do filo Cloroficeas.

O filo chlorophyta é extremamente variado. Sendo a maior parte das plantas deste filo aquáticas, podem viver
também em ambientes terrestres húmidos, como troncos de árvores ou no solo. Entre as algas verdes encontram-se as
do género Ulva, conhecidas como alfaces-do mar, as do género Acetabularia, unicelulares, mas com alguns
centímetros de comprimento e semelhantes a uma guarda-chuva, e as do género Volvox,microscópicas e que se
organizam em colónias.
As Chlorophyta têm especial interesse porque as suas características indicam que elas devem ter sido ancestrais das
plantas superiores. Assim, por exemplo, tal como outras plantas:
 Apresentam clorofilas “a” e “b”.
 A substância de reserva é o amido.
 A maioria apresenta celulose nas paredes celulares.

7 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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Tabela 1: Comparação de filos Phaeophyta,Rhodophytae Chlorophyta

Pigmentos Natureza da Parede celular Habitat


Divisões ou fotossintéticos substância de
filos reserva

Clorofila a e c; Laminarina Matriz de celulose e Mares


Phaeophyta carotenóides, incluindo (polissacarídeo) algina
fucoxantina (polissacarídeo)
Clorofila a e d; Amido florídeo Celulose; Frequentemente nos
Rhodophyta carotenóides; ficobilina; (semelhante ao materiaspépticos mares, alguns de àgua
ficoeritrina; ficocianina glicogénio) doce.
Clorofila a e b; Amido celulose Frequentemente em
Chlorophyta carotenóides águas doces; algumas
marinhas.

Lição nº 43
Tema: Importancia das algas Feoficeas, Rodoficeas e Cloroficeas.

Feoficeas: A alga do género Laminaria é comestível e conhecida na colinária japonesa.


As algas castanhas constituem a base da alimentação de muitos animais marinhos. Algumas são procuradas para a
extracção de algina, substância muito usada na indústria de doces e sorvetes. A algina tem a capacidade única de
regular o comportamento da água numa grande variedade de produtos.

Rodoficeas: As rhodopytas são utilizadas para a extracção do ágar, tendo grande importância económica. Este
polissacarídeo é usado para fazer cápsulas gelatinosas, sendo também utilizados como base de cosmetícos e de vários
meios de cultura para o crescimento de células.

Cloroficeas: As Chlorophytas têm especial interesse no processo de evolução das plantas. Porque as suas
características indicam que elas devem ter sido ancestrais das plantas.
A alga Chlorella, que também faz parte das Chlorophytas, é muito investigada como fonte de alimento humano e de
outros animais.Exceptuando a vitamina C, a Chlorella contém a maioria das vitaminas necessárias à alimentação
humana. Alguns países, como Estados Unidos, Alemanha e Japão, cultivam essa alga.

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Lição nº 44
Tema: Reprodução dos seres vivos: Conceitos de isogamia, anisogamia e hermafrodita.

Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de originar novos seres. Existem dois tipos principais de
reprodução nas plantas: Sexuada e assexuada.
A reprodução é sexuada quando no ciclo reprodutor de um ser vivo, há formação de uma célula especial (ovo ou
zigoto), que resulta da união de células sexuais ou (gâmetas).

Há vários tipos de reprodução sexuada nas plantas:Isogamia e anisogamia.

Quando as duas células sexuais são morfologicamente semelhantes, a reprodução é isogâmica.


Quando as duas células sexuais são diferentes a reprodução é anisogâmica. Oogamia é um caso especial de
anisogamia, em que o gâmeta feminino é imóvel e o gâmeta masculino é móvel .

Uma planta denomina-se monóica ou hermafrodita, quando apresenta os dois sexos (masculino e feminino) no
mesmo corpo. E diz-se planta dióca quando apresenta sexos separados.

Lição nº 45
Tema: Alternancias de gerações.

Em Botânica,chama-se alternâncias de gerações, ao ciclo de vida de muitas plantas que apresentam duas formas
multicelulares diferentes.
A reprodução sexuadainclui sempre alternância de duas fases nucleares: A haplofase ou geração gametófita e a
diplofase ou geração esporófita . Nas plantas estas fases são ambas multicelulares e os seres que apresentam essas
duas fases nucleares alternantes são denominadosseres haplodiplointes.
Geração gametófita, constituida por estruturas cujas células têm núcleo haploíde; inicia no esporo e termina com a
formação de gâmetas.
Geração espórofita, constituida por estruturas cujas células têm núcleo diplóide; inica no ovo e termina com a
formação de células-mãe de esporos.

Diferentes características, nomeadamente as relativas à reprodução, são muito importantes para a sistemática dos
seres vivos pertencentes ao reino Plantae. Nestes seres, embora a reprodução assexuada seja frequente são as
características ligadas à reprodução sexuada as mais usadas na classificação.

O esquema abaixo representa a reprodução sexuada nas plantas.

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Lição nº 46
Tema: Filo Briófitas
- Caracteristicas gerais e exemplos.

As bryophytas (briófitas) são plantas não vasculares (não possuem tecidos ou vasos condutores). A maioria dessas
plantas são terrestres que se desenvolvem, geralmente, em sitios húmidos e sombrios. Não possuem raízes, caule e
folhas; não produzem frutos nem sementes.
Como as briófitas não possuem vasos condutores de seiva, o trasporte de substâncias entre as células ocorre por
difusão. O trasporte por difusão é lento e limita o tamanho dessas plantas.
As briófitas têm dificuldades em ocupar ambientes secos, já que não conseguem repor com suficiente rapidez a água
perdida na transpiração.
No entanto, com a adaptação ao meio terrestre, os seus orgãos reprodutores apresentam uma camada de células
protectoras (epiderme).
Os musgos, com aproximadamente 12 mil espécies, constituem o maior e mais familiar grupo ou classe de briófitas.
As plantas que pertencem aos musgos apresentam-se diferenciadas em rizóides, caulóides e filóides, os quais são
estruturalmente diferentes das raízes, caules e folhas das plantas vasculares.
Os rizóides fixam a planta ao substrato, mas não desempenha grande actividade na absorção da água e sais minerais.
A estrutura simples que estas plantas apresentam permite que assubstâncias sejam absorvidas directamente por
difusão através dos caulóides e filóides.

10 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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A figura ao lado representa a constituição de um musgo-


funária

Lição nº 47
Tema: Ciclo de vida da funária (musgo)
- Importancia dos musgos para a natureza.

O ciclo de vida das briófitas é diplobionte. A planta desenvolvida é o gametófito haplóide, avascular e clorofilado.
No seu ápice possui gametângios que produzem gâmetas. O gametângio feminino chama-se arquegónio, em que se
encontra apenas um gâmeta feminino, aoosfera. A oosfera é , em relação ao gâmeta masculino, grande, imovél e
com reserva nutritiva. O gametângio masculino é o anterídeo com muitos anterezoídes pequenos flagelados.
A fecundação (fusão do anterozóide com a oosfera) ocorre apenas em meio liquido e resulta num zigoto diplóide
(2n), que, por mitose dá origem a um embrião (2n) no interior do arquegónio. O embrião desenvolve-se e forma um
esporófito jovem.
O esporófito (2n) é uma planta aclorofilada, que se desenvolve sobre o gametófito feminino, do qual obtém alimento
durante toda a vida. No ápice do esporofito, encontra-se o esporângio (2n). Nele, por meiose, formam-se esporos
haplóides, células que podem desenvolver-se sobre um substrato húmido, originando novos gametófitos.

Importância dos musgos para a natureza.


Apesar do aspecto modesto ou simples, os musgos têm grande importância para os ecossistemas. Juntamente com os
líquenes, os musgos foram as primeiras plantas a crescer sobre rochas, as quais desgastam por meio de substâncias
produzidas pela sua actividade biológica. Desse modo, permitem que, depois deles, outros vegetais possam crescer

11 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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sobre essas rochas. Dai o seu importante papel nas primeiras etapas de formação de solo e da sua colonização por
organismo mais complexo. Sendo assim, são considerados óptimos agentes contra infiltrações e erosão.
Os musgos que habitam normalmente em ambientes terrestres húmidos e sombreados, absorvem água e sais minerais
pelo corpo vegetativo, conseguindo assim resistir ao longo periodo de seca. Algumas espécies absorvem acima de 20
vezes do seu peso.

Ciclo reprodutivo de um musgo – funária.

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Lição nº 48
Tema:Filo Traqueophyta

Traqueophyta são plantas vasculares portadores de tecidos condutores (xilema ou lenho e floema ou liber) que
apareceram há cerca de 430 milhões de anos.

Xilema é um tecido condutor que trasposta a seiva bruta (água e sais minerais ) das raizes até as folhas.

Floema - é um tecido condutor que trasposta a seiva elaborada ou substâncias orgânicas das folhas até as raizes.

Ao contrário das plantas avasculares traqueófitas são caracterizadas por:


1. Formação de um esporófito independente e dominante no ciclo de vida da planta.

2. Presença de um sistema vascularde transporte ao longo da planta (de onde resulta a designação de plantas
vasculares).

3. Presença de orgãos especializados. Folhas, caules e raizes,.

4. Presença de cuticula e estoma (de modo a impedir a dessecação, mas permitir as trocas gasosas).

5. Formação de semente na maioria dos casos.

O filo traqueófita divide-se em dois subfilos: Pteridófitas e espermatófitas.


As pteridófitas são plantas vasculares menos evoluidas que não formam sementes e são denominadas criptogamicas.

De entre elas salientam-se os fetos, que constitui grupo mais numeroso de plantas sem sementes. São chamadas
pteridófitas por apresentarem folhas recortadas,que lembram penas ou asas (do grego pteras= asas). O representante
mais conhecido é o polipódio que pertece a classe das filicinias.
As plantas pteridofitas têm grande importância ecológica, evolutiva e até económica. Como realizam fotossintese,
pode servir de alimento para muito animais sendo essenciais inclusive nas sucessões ecológicas.
Elas podem ter sido as primeiras plantas terrestres, tendo aberto o caminho para a evolução de outras plantas.
Reinaram sobre a terra por mais de 100 milhões de anos e foram a origem dos depositos de carvão, um importante
combústivel fóssil, datados do periódo carbonífero (há mais de 350 milhões de anos).

13 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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As filicinias representadas por polipódio apresentam raiz, caule e folhas. A raiz é aparte do corpo da planta
responsável pela absorção de água e sais minerais do solo. O caule cresce junto a superficie ou localiza-se alguns
centimetros sob a terra. Esse tipo de caule,que cresce paralelamente ao solo, é chamado rizoma.O caule é responsável
pelo transporte de substâncias tanto da raiz para as folhas quanto no sentido inverso. Existem vasos condutoresque
se estendem das raizes até as folhas.

Os vasos lenhosos ou xilemáticos conduzem água e sais minerais da raiz até as folhas. Um outro sistema de vasos
conduz soluções de açucares e outras substâncias orgânicas das folhas até ao caule e as raizes - vasos liberianos ou
floemáticos.

Ao rizoma ligam-se grandes folhas, divididas em folíolos. As folhas têm aspecto recurvado, mais pronunciado nas
folhas jovens, denominadas báculos. Na face inferior do folíolos, pode ser encontradas estruturas denominadas
soros, onde se agrupam os esporângios em que são gerados os esporos. Algumas pteridófitas apresentam reprodução
assexuada por um processo de brotamento.

Lição nº 49

Tema: Ciclo de vida de polipódio

Na reprodução sexuada, as peridófitas apresentam alternâncias de gerações. A geração duradoura, ao contrário das
briófitas, é a diploíde, que é esporófitica .A maoria das espécies de filicínias, ao atingir a maturidade sexual,
desenvolvem estruturas chamadas soros.

Nos soros ficam abrigados os esporângios,dentro dos quais há células que sofrem meiose e originam os esporos. Ao
cair sobre um local húmido, umesporo desenvolve para uma plantinha haploíde, achatada e em forma de coração
denominada protálo. O protálo é um gametófito hermafroditaque apresenta estruturas reprodutivas masculinas,
chamados anterídios, e femininas, conhecidos por arquegónios.

Nos anterídios forma-se os anterozóides, e em cada arquegónio forma-se uma oosfera.Quando maduros os anterídeos
libertam os anterozóides. Após uma chuva por exemplo, eles nadam sobre a superfície humedecida do prótalo até o
arquegónio, onde um deles fecunda a oosfera.

O zigoto desenvolve-se no interior do arquegónio, originando uma plantinha diploide, o esporófito, que dará origem
uma pteridófita (polipódio) adulta. Esta formará esporos haplóides, repetindo o ciclo.

14 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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Ciclo reprodutivo de um feto – polipódio

Lição nº 52 e 53

Tema: Subfilo espermatophytina (espermatófitas)

- Características gerais

As espermatófitas também são denominadas plantas fanerógamas porque apresentam orgãos reprodutores evidentes.
Grande maioria das plantas pertencem ao subfilo espermatófitas.

Ao contrário do que ocorre naspterodófitas ou plantas criptogámas (sem sementes),as fanerógamas ou espermatófitas
(do grego espermatos= sementese phyton=planta), são plantas que formam semente.

As fanerógamas compreende duas classes ou dois grupos: Classe gimnospérmicas ou gimnoespermas(do grego
gymnos = nú e sperma= semente) e classe angiospérmicas ou angioespermas (do grego aggeion= vaso). As primeiras
apresentam sementes expostas ou nuas, enquanto as segundas tem sementes alojadas dentro de frutos.

15 Elaborado por docente: dr. Paulo Ganiua Benjamim


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Classe das Gimnospérmicas: Características gerais e exemplos

O documentário fóssilindica que as primeiras plantas com sementes foram gimnospérmicas primitivas, que viveram
há cerca de 360 milhões de anos.

Ciclo de vida de gimnospérmícas - pinheiro

As gimnospérmicas como o pinheiro e casuarina são organismos diploides e representam, portanto a fase esporofítica
do ciclo de vida alternante. Ao atingir a maturidade sexuala gimnosperma produz ramos especiais denominados
estróbilos.

No interior dos esporângios são produzidos os esporos. Os esporos femininos acumulam substâncias nutritivas e
crescem muito sendo por isso denominados megaesporos.

Os megaesporos estão contidos em megaesporâgios, que por sua vez formam-se sobre magaesporófilos. Portanto,
megaesporófilos é uma folha feminina que forma geralmente dois megaesporângios. Cada umdeles é revestido por
um tecido proctetor resistente, o tegumento no qual há um orificio, a micrópila. No interor do megaesporângiouma
célula diplóide acumula substância nutritiva e cresce muito, sofrendo meiose em seguida. Das quatro células
resultantes três degeneram, restando apenas uma denominada megaesporo. O megaesporo divide-se centenas de
vezespor mitose, originando um conjunto de células haplóides que ocupa o interior de megaesporângio e gametófito
feminino é o que se denomina óvulo. Determinadas células do gametofito diferenciam formando duas ou mais
estruturas alongadas chamadas arquegónio. Dentro de cada arquegónio forma-se um gâmeta feminino, a oosfera.

Os esporos masculinos, bem menores que os femininos são os microesporo. Os microesporos por sua vez, estão
contidos em microesporángios, que seforma sobre os microesporófilos. Portanto, um microesporófilo éuma folha
fertil que forma duas estruturas reprodutivas chamadas microesporângios . No interior destes, centenas de células
sofrem meiose e originam microesporos haplóides.

Cada microesporo sofre então uma divisão mitótica, originando duas células haplóides: A célula do tubo e a célula
geradora.Estas duas células permanecem juntas, envolvidas uma parede proctetora, constituindo o grau do pólen.

O grão do pólen dará origem a um microprótalo ougametófito masculino, em forma de tubo (tubo polinico) que
contém duas minúsculas células espermáticas ou espérmicas(gâmetas masculinos).

O crescimento do tubo polínico para dentro do óvulo, passando pela micrópila, até alcançar a oosfera, resulta a
fecundação, que é independente da água.

Um núcleo gamético (n) une-se à oosfera (n), originando o zigoto (2n), a partir do qual, por mitose, se forma o
embrião (2n). Enquanto isso, o outro núcleo gamético degenera. O óvulo ou oosfera fecundado (zigoto) que se

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desenvolveu em embrião, então, converte-se em semente. Esta semente em condições favoráveis germina originando
uma nova planta gimnospérmicaque ao atingir a maturidade sexual, produz ramos especiais denominados
estróbilosrepetindo o ciclo.

Desenhar o ciclo reprodutivo de uma gimnospérmica–pinheiro (fig. 54,página 53, B11).

Lição nº 54
Tema:Classificação das gimnospérmicas

As gimnospermicas classificam se em:


Ginkgoatae, Cicadineas e Coniferas .
Ginkgoatae é constituida na sua maioria por plantas fosseis, com apenas uma especie viva (Ginkgo biloba). O seu
único representante apresenta folhas de nervação dicotomica e flores primitivas. As plantas ginkgoatae apresenta
folhas caducas com formato de leque. A fecundação ocorre um mês apos a polinização. E dioica e originaria da
China.

Cicadineas tambem englobam plantas gimnospermicas que desapareceram ao longo da evolução. São plantas
espermatofitas mais primitivas, conhecidas desde a era jurassica.As plantas tropicais e subtropicais, que se
assemelham muito as palmeiras incluem duas importantes familias das cicadinias existentes até hoje: Cycadaceae

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(Cycas sp.) e Zamiaceae (Encephalartus sp.)Welwitschia mirabilis uma planta pertecente a cicadinias,
caracteristicas do deserto do sudoeste africano (Namibia). E dioca especializada na vida do deserto. A outra planta
cicadinia é a Ephedra distachya, cujo o nome deriva do alcaloide efedrina, muito usada na medicina para o
tratamento da asma e no melhoramento da condição fisica atletica.

Ginkgoatae assemelham-se das cicadinias por apresenterem microesporângios e os ovulos em individuos


diferentes.pós a fecundação formam-se sementes com um involucro carnoso. Os anterozoides nadam até as oosferas
dentro do gametofito feminino.

Lição nº 55
Tema: Classificação das plantas gimnospermicas – continuação

As coniferas ou pinatae tem cerca de 600 especies e é composta por arvores quase sempre de grande porte, de folhas
persistentes, alternas e aciculares. As mais importante familias das coniferas sao: Pinaceae, Cupessaceae e
Araucariaceae.
O sucesso destas plantas nos seus habitats com condições extremas, deve se em parte, as adaptações sofridas pelas
folhas. Nos pinheiros (Pinaceae), por exempo as folhas são aciculares em feixes de uma a oito folhas,dependendo da
especie. Na folha, uma cuticula espessa cobre a epiderme sob a qual existe uma ou mais camadas de celulas de
parede espessa e arranjadas de forma compacta (a hipoderme). Os estomas localizam-se em depressões por baixo da
superficie da folha.
As coniferas incluem arvores de maior longevidade e porte. Na sua maioria o tronco é unico, central e com
ramificações simples, diferenciadas em macro e braquiblastos.
De modo geral as coniferas podem ser monoicas ou dioicas. Os estrobilos são sempre unissexuais e os cones
femininos são maiores e lenhosos. A planta mais conhecida das coniferas é o pinheiro (Pinus sp.)

Lição nº 56
Tema: Classe das Angiospermicas: Caracteristicas gerais e exemplos
- Estrutura da flor de uma angiospérmica.

A Classe das angiospermicas inclui plantas diploides que constitui a fase esporofita do ciclo de vida. Ao atingir a
maturidade sexual, as angiospermicas produzem estruturas chamadas flores.
Uma flor apresenta geralmente quatro conjutno de folhas especializadas, dispostas em torno de um ramo muito curto
denominado receptaculo. As folhas mais externas são as sepalas, geralmente de cor verde que em conjunto
constituem o calice. Situadas em posição mais interna encontram-se as petalas que em conjumto constituem a corola.

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Sepalas e petalas são folhas estereis, isto é, que não formam elementos reprodutivos. As suas funções são
respectivamente, proteger o botão floral ( calice) e atrair animais polinizadores (corola).
O terceiro conjunto de folhas especializadas é o androceu que é a parte masculina da flor, sendo constituido pelos
estames, folhas ferteis formadoras de microesporângios (anteras). No interior do microesporângios formam-se os
grãos de polen. Na porção mais interna da flor localiza-seo gineceu que é a parte feminina da flor, sendo constituido
pelas folhas carpelares. Essas folhas formam megaesporângios que se dobram e se fundem entre si originando
estrutura em forma de vaso, no interior da qual ficam abrigados os ovulos. A base do vaso é ovario. A ele segue um
tubo denominado estilete. O apice do estilete forma o estigma que segrega substâncias pegajosas nas quais os grãos
dos polen aderem, iniciando o desenvolvomento do tubo polinico.
Um ovulo de angiospermica é revestido externamente por tegumentos, que envolvem e protegem o megaesporângio.
Esses tegumentos apresentam um orificio denominado micropila por onde penetrará o tubo polinico. No interior do
megaesporângio cresce uma celula diploide que sofre meiose, originando quatro celulas aploides. Dessas três
degeneram e uma origina o megaesporo.
O megaesporo cresce e ocupa todo o espaço interior do megaesporângio. O seu nucleo sofre três mitoses sucessivas,
originando oito nucleos haploides. Esse conjunto de oito celulas corresponde ao megaprotalo ou gametofito feminino
(saco embrionário), muito reduzido em tamanho e em numero de celulas, queirá abrigar futuramente o embrião.Dos
oito nucleos haploides, três migram para a região basal do ovulo onde originam três celulas chamadas antipodas.
Outros dois nucleos migram para a região central do ovulo, constituindo as celulas polares. Os três nucleos restantes
vão se localizar proximo a micropila, onde originam três celulas: duas laterais denominadas sinergides e uma central
chamada oosfera.

Estrutura da flor

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Lição nº 57
Tema:Ciclo de vida de uma angiospérmica.

Quando a flor amaducece, os sacos polinicos deniminados microesporângios presentes nas anteras abrem se,
libertando os grãos e pólen. No inicio do seu desenvolvimento, o grão de pólen é constituido pela célula do tubo e
pela célula geradora. Pouco antes de ser libertado da antera, a célula geradora divide se mitoticamente e origina duas
células espermáticas, que são gâmetas masculinos propriamente ditos.
Ao cair sobre o estigma duma flor da sua espécie, o grão de pólen germina: O tubo polinico cresce, perfura o estigma
e penetra pelo estilete, até atingir a micropila de um dos óvulos do ovário. A oosfera funde – se com uma célula
espermática (fecundação) originando o zigoto diploide. O desenvolvimento do zigoto dá origem ao embrião. A outra
célula espermática funde-se com os dois nucleos polares do óvulo, originando uma célula triplóide (3n), que se
divide muitas vezes e origina um tecido chamado endosperma secundário. Por isso afirma-se que as angioespérmicas
apresentam uma fecundação dupla. O endoesperma secundário absorve substâncias nutritivas da planta-mãe e
armazena-as para nutrir futuramente o embrião.
Enquanto o endosperma está acumular substâncias nutritivas, o zigoto multiplica-se formando o embrião, que é
constituido por três partes básicas: a radícula, o caulículo e um ou dois cotiledones. Todas estas estruturas
constituem a semente, que quando lançada numa terra favorável pode germinar formando uma nova planta
angioespérmica, que se desenvolve até produzir a flor, repetindo-se o ciclo.
Os cotiledones são estruturas especiais, cuja a função é de absorver as reservas alimentares armazenadas no
endosperma, transferindo-as para embrião.
Quando a semente apresenta apenas um cotiledone, a planta chama-se monocotiledónea e quando a semente possui
dois cotiledones, a planta chama-se dicotiledóneas.

Ciclo de vida de uma planta angioespérmica

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Lição nº 58
Tema:Classificação da classe das Angiospérmicas
- Comparação entre plantas monocotiledoneas e dicotiledoneas

As plantas angiospermicas classificam-se em duas subclasses: monocotiledoneas e dicotiledoneas. Estas subclasses


distinguem-se por certas caracteristicas observadas na raiz, caule, folhas, flor e semente (nº de cotiledones), como
indica as tabelas abaixo:

Tabela 2: Caracteristicas das plantas monocotiledóneas. Ex. Milho, arroz, mapira, trigo, coqueiro, cana-de-
açucar, bambú,aveiro, palmeiras, etc.
Caracteristicas
Raíz Caule Folha Flor Semente (nº de
Plantas
cotiledones)
Apresenta - Não
sistema radicular ramificado, isto -São -A quantidade de
fasciculada ( raiz é, nãoapresenta paralelinérveas, cada peça floral é
fascicuda), ramos. isto é, possuem um multiplo de Semente com
numerosas raizes -Os feixes nervuras três (flores uma cotiledone
que partem do vasculares têm dispostas lado a trímeras)
caule, todas disposição lado. -
praticamente difusa, isto é,
Monocotiledoneas com mesmo disperso pelo
comprimento e caulel.
espessura. -Não se
- Apresenta distinguem
apenas estrutura córtex e medula
primária. - Não têm
câmbio
vascular.

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Tabela 3: Caracteristicas das plantas dicotiledóneas. Ex: Feijoeiro, mangueira, cajueiro, aboboreira, ervilheira,
laranjeira, goiabeira, massaniqueira, mafureira, tomateiro, batateira, bananeira, abacateira, massaleira, etc.
Características
Semente (nº
Plantas Raíz Caule Folha Flor de
cotiledones)
-Ramificado, isto é,
apresenta ramos.
- Constituida -Os feixes
externamente por vasculares tem -A quantidade
uma raiz principal disposição regular, de cada peça
desenvolvida, onde se formando um anel. floral é um
ligam muitas raizes - Distingue-se - São multiplo de
Dicotiledoneas lateraisou secundarias parênquima interno reticulinérveas, cinco (flores
menores. que se chama ou seja, pentámeras),
medula e apresentam uma isto é, têm cinco
-Apresenta estrutura externodenominado nervura central e sépalas, cinco
primária e depois cortex. ramificações pétalas e dez Semente com
secundária em que se - Entre xilema e evidentes. estames. duas
observa: formação de floema e floema há Raramente cotiledones
um cilindro central uma faixa de câmbio podem ter flores
interno, delimitado formador de vasos tetrámeras
pelo periciclo, com condutores secun
perda da disposição dários.
alternada dos vasos - A estrutura
do xilema e floema; primária é
substituição da substituida pela
epiderme pela secundária.
periderme.

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Lição nº 59
Tema:Polinização, fecundação e frutificação (Conceitos).

Polinização: Polinizaçãoé o transporte de grãos de pólen das anteras e a sua chegada ao estigma e óvulo.
Os tipos de polinização são: Polinização directa e polinização cruzada.Chama-se polinização directa quando os grãos
de pólen caem directamente ao estigma da mesma flor. Enquanto denomina-se polinização cruzada quando os grãos
de pólen caem no estigma de outras flores de plantas da mesma espécie..
Geralmente a polinização cruzada é efectuada por agentes de polinização (facilitadores da polinização), como por
exemplo o vento e animais (insectos-abelhas, aves).
Os grãos de polen, ao chegarem ao estigma, aderem facilmente uma vez que este produz um liquido doce e viscoso.
Cada grão de polen germina, desenvolvendo o tubo polinico por onde passarão as celulas reprodutoras masculinas
(células espermáticas) que una vai unir-se com a oosfera para formar o ovo ou zigoto e a outra vai se unir com dois
núcleos polares do óvulo formando uma célula triplóide (3n) que se desenvolve em endoesperma secundário.
Fecundação: Fecundaçãoé a união de uma célula reprodutora masculina (célula espermática) com célula reprodutora
feminina (oosfera ou óvulo), originando o ovo ou zigoto.
Frutificação: Frutificação é o processo de formação de fruto. Este processo é exclusivo nas plantas angioespérmicas.
O fruto resulta das transformações dos carpelos da flor (Conjunto de orgãos femininos) que de fora para dentro
originam epicarpo, mesocarpo e endocarpo. O conjunto de epicarpo, mesocarpo e endocarpo chama-se pericarpo.
O epicarpo é a casca de fruto, pode ser fina os espessa. O mesocarpo é em geral carnoso, suculento, acumulando
substâncias de reserva. E o endocarpo é geralmente bem fino.

Constituição do fruto.

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