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O que são fungos?

Os fungos são um grupo diverso e importante de organismos


eucarióticos que possuem uma ampla distribuição na natureza. Eles
são caracterizados por sua capacidade heterotrófica, absorvendo
nutrientes de outros seres vivos ou de compostos orgânicos mortos, e
por sua habilidade de crescer em ambientes úmidos e sombreados.

Os fungos apresentam um papel ecológico fundamental como


decompositores, além de desempenharem importantes papéis em
simbioses e mutualismos com outras espécies. Por outro lado, alguns
fungos também podem ser patogênicos para seres humanos, animais
e plantas, causando doenças e prejuízos econômicos.

O estudo da diversidade e biologia dos fungos é crucial para


compreender sua importância e potencialidades, tanto do ponto de
vista ecológico quanto econômico, bem como para desenvolver
estratégias de controle de doenças fúngicas em diversas áreas da
agricultura, medicina e biotecnologia.

Classificações

Os fungos são classificados em diversas categorias taxonômicas, de


acordo com suas características morfológicas, bioquímicas e
reprodutivas. Aqui estão algumas das principais classificações dos
fungos:

1. Filo: Ascomycota - são fungos que produzem esporos sexuais


dentro de estruturas chamadas ascos, como os cogumelos
comestíveis e algumas espécies de leveduras.
2. Filo: Basidiomycota - são fungos que produzem esporos sexuais em
estruturas chamadas basídios, como os cogumelos, fungos de
decomposição e algumas espécies de leveduras.
3. Filo: Zygomycota - são fungos que produzem esporos sexuais em
estruturas chamadas zigósporos, como alguns tipos de mofo.
4. Filo: Chytridiomycota - são fungos aquáticos que possuem uma
única flagela em sua fase de esporo, como alguns tipos de algas.

Essas são apenas algumas das classificações dos fungos, existem


muitas outras categorias, como os fungos liquenizados, micorrízicos,
dermatófitos e outros. É importante lembrar que a taxonomia dos
fungos ainda é um campo em constante evolução e que novas
descobertas podem levar a mudanças na classificação dos fungos.

Doenças

As doenças causadas por fungos, também conhecidas como micoses,


são infecções que podem afetar diversos tecidos do corpo humano e
de animais. Essas infecções podem ser superficiais, como a micose de
pele, ou sistêmicas, como a histoplasmose.

As micoses superficiais são as mais comuns e geralmente afetam a


pele, as unhas e os cabelos. Um exemplo é a tinea pedis,
popularmente conhecida como "pé de atleta", que causa coceira,
vermelhidão e descamação nos pés. Já a tinea corporis, ou "micose de
pele", pode afetar qualquer parte do corpo e causa manchas
vermelhas e escamosas na pele.

As micoses sistêmicas são mais graves e podem afetar órgãos


internos, como os pulmões. A histoplasmose é um exemplo de
micoses sistêmicas e é causada pelo fungo Histoplasma capsulatum,
que é encontrado em solos com fezes de pássaros ou morcegos. Essa
infecção pode ser assintomática em pessoas com sistema imunológico
saudável, mas em indivíduos com sistema imunológico comprometido,
como pacientes com HIV/AIDS, pode levar a complicações graves.

Importância

Os fungos são importantes em diversas áreas da sociedade, como


agricultura, medicina, alimentação, biotecnologia e ecologia.

1. Na agricultura, auxiliam na decomposição de matéria orgânica e


formação de micorrizas.

2. Na medicina, são utilizados para a produção de medicamentos como


antibióticos e antifúngicos.

3. Na alimentação, são fontes de proteínas e nutrientes, como leveduras


em pães e cogumelos comestíveis.
4. Na biotecnologia, são utilizados para a produção de compostos
comerciais e como fontes de biocombustíveis e biomateriais.

5. Na ecologia, desempenham papel importante na decomposição e


ciclagem de nutrientes, além de serem indicadores de qualidade
ambiental.

Como se reproduzem?

Os fungos são organismos uni ou multicelulares, heterotróficos e que


se reproduzem de forma sexuada ou assexuada, principalmente por
meio da produção de esporos.

Esporos

Os esporos são células que, por mitose, originam novos indivíduos.


Em geral, são imóveis, com exceção dos encontrados em quitrídios, e
produzidos por estruturas que se elevam acima do micélio (massa
enovelada formada por um conjunto de hifas), denominadas de
esporângios, ou em células de hifas (filamentos de células), sendo
denominados de conídios.

Os esporos consistem em um método bastante eficaz de propagação,


pois podem ser carregados pelo vento, água e animais a grandes
distâncias. Quando eles caem em um local propício, com água e
nutrientes, desenvolvem-se. Essa facilidade de propagação ajuda a
explicar a ampla distribuição de muitas espécies.

Reprodução assexuada

A reprodução assexuada pode ocorrer de diversas formas. Uma forma


comum de reprodução apresentada por organismos unicelulares, como
as leveduras, é o brotamento, no qual ocorre o crescimento de um
broto a partir da célula-mãe. Leveduras também podem reproduzir-se
por divisão celular simples.

Os mofos, ou bolores, bastante encontrados em alimentos em


decomposição, produzem esporos assexuadamente, o que origina
novos fungos. No entanto, muitas espécies também podem reproduzir-
se sexuadamente.

Reprodução sexuada

A reprodução sexuada ocorre em três etapas: plasmogamia,


cariogamia e meiose.

1. Plasmogamia: nessa etapa, ocorre a fusão do citoplasma de dois


micélios. Como em muitas espécies os núcleos não se fundem
imediatamente, os dois núcleos haploides permanecem aos pares
na célula. Esse micélio é denominado de dicariótico. Com o passar
do tempo, esses núcleos passam a dividir-se sem que haja a fusão;
2. Cariogamia: essa fase pode demorar horas e até mesmo anos. Aqui
ocorre a fusão dos núcleos haploides, o que forma células diploides.
No ciclo de vida dos fungos, apenas o zigoto é uma fase diploide;
3. Meiose: essa etapa é de extrema importância, pois restabelece a
forma haploide e origina esporos com maior variabilidade genética.

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