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• São quimiorganoheterotróficos.
Microsporum gypseum
Fungos filamentosos ou bolores
Mucor
http://www.ual.es/GruposInv/myco-ual/galeria02/image11.htm
http://www.cientic.com/tema_fungo_img2.html
Leveduras
A B
Pseudohifas
Fungos dimórficos patogénicos para o Homem
Fungo Doença
Candida albicans Candidíase
Blastomyces dermatitidis Blastomicose
Wang L, Lin X (2012) Morphogenesis in Fungal Pathogenicity: Shape, Size, and Surface. PLoS Pathog 8(12): e1003027.
doi:10.1371/journal.ppat.1003027
http://www.plospathogens.org/article/info:doi/10.1371/journal.ppat.1003027
Figure 2. The transition between morphotype and virulence in fungi.
Wang L, Lin X (2012) Morphogenesis in Fungal Pathogenicity: Shape, Size, and Surface. PLoS Pathog 8(12): e1003027.
doi:10.1371/journal.ppat.1003027
http://www.plospathogens.org/article/info:doi/10.1371/journal.ppat.1003027
Características da célula fúngica
• O citosol da célula fúngica é complexo. Contém microvesículas,
microtúbulos, ribossomas, mitocôndrias, aparelho de Golgi,
núcleo, retículo endoplasmático e outras estruturas.
Cápsula
Reprodução assexuada dos fungos
• Pode ser feita de três maneiras:
– Fissão binária - uma célula mãe divide-se em duas células filhas por divisão
transversal e formação de uma nova parede celular
– Gemulação - Células vegetativas somáticas podem gemular para produzir
novos organismos. Acontece frequentemente em leveduras.
– Produção de esporos assexuados - A sua produção ocorre por mitose e
divisão celular subsequente. Existem cinco tipos diferentes de esporos
assexuados:
• Artrosporos - resultam da fragmentação das hifas (ex. Geotrichum sp. e
Coccidioides immitis)
• Clamidosporos - esporos rodeados por uma parede celular grossa antes da
fragmentação. São esporos de resistência, semelhantes neste aspecto aos
endosporos bacterianos. Existem, por exemplo, na Candida albicans.
• Esporangiosporos - esporos que se desenvolvem em esporângios, estruturas
existentes na extremidade das hifas (ex. Rhizopus sp.).
• Conidiosporos - esporos produzidos nas extremidades de hifas designadas de
conidióforos (ex. Aspergillus sp.) ou a partir de ramificações laterais dos
conidióforos (ex. Penicillum sp.).
• Blastósporos - esporos produzidos por gemulação de uma célula mãe vegetativa.
Esporos de reprodução assexuada
Artrosporos de Geothrichum candidum Conidiosporos de Penicillium sp.
Classe: Zygomycetes
Ordem: Mucorales Rhizopus, Mucor, Rhizomucor, Absidia, Cunninghamella, Zigomicose; doença oportunista em
Saksenaea pacientes com diabetes, leucemia,
queimaduras severas, ou má nutrição;
infecções rinocerebrais
Ordem: Entomophthorales Basidiobolus, Conidiobolus Zigomicose; infecções subcutâneas
Subdivisão: Ascomycotina
Classe: Ascomycetes
Subclasse: Hemiascomycetidae
Ordem: Endomycetales Saccharomyces, Pichia (teleomorfos1 de algumas Candida sp.) Numerosas micoses
Subclasse: Plectomycetidae
Esporângio esporangiosporo
Hifas aéreas
Hifas rizoidais
http://www.vscht.cz/kch/galerie/houby1.htm
Reprodução sexuada nos zigomicetes
• Requer estirpes compatíveis de características sexuais
opostas (estirpes + e -).
• Quando as duas estirpes estão próximas, são produzidas
hormonas que induzem a formação de progametângios e
depois gametângios. A fusão dos gametângios origina a
fusão dos gâmetas e, assim, a produção de um zigoto
diploide.
• O zigoto é revestido por uma camada preta, grossa e
rugosa designando-se então de zigosporo, que permanece
dormente.
• Quando o zigosporo germina, ocorre a meiose e o
zigosporo abre-se e produz um esporângio assexual que
vai começar novo ciclo de reprodução assexuada.
Reprodução sexuada e assexuada dos
Zigomicetes
Reprodução
asexuada
Reprodução
progametângio progametângio sexuada
gametângio
Rhizopus stolonifer
• É um exemplo de zigomicete.
• Cresce à superfície do pão, fruta, e vegetais.
• Outros zigomicetes podem ser utilizados na preparação comercial
de anestésicos, agentes de controlo da natalidade, álcoois
industriais e corantes.
Pêssego
Papaia
Mucor, outro Zigomicete, num pêssego
http://www.agf.gov.bc.ca/cropprot/tfipm/mucor.htm
Mucormicose, doença causada por
Mucor spp.
http://www.scielo.br/scielo.php
Ascomicetes
• O micélio dos Ascomicetes é constituído por hifas septadas.
• Reproduzem-se assexuadamente por intermédio de conidiosporos.
• Podem apresentar reprodução sexuada no decurso da qual o zigoto
resultante da conjugação de gâmetas maculinos e femininos,
encerrado num saco designado asco sofre meiose e dá origem a
quatro esporos haploides designados ascosporos.
• Milhares de ascos formam um ascocarpo.
Asco contendo
Ascocarpo
4 ascosporos
Ascos com ascosporos
http://www.lima.ohio-state.edu/academics/biology/images/peziza1.jpg
Ascomicetes
• Podem ser utilizados como modelos em
estudos bioquímicos e genéticos.
– Neurospora crassa;
– Saccharomyces cerevisae
• Podem ser patogénicos para o Homem,
animais e plantas:
– Aspergillus flavus;
– Claviceps purpurea
Aspergillus sp.
Aspergillus flavus Aspergillus nidulans
Aspergillus niger
Ascomicetes com impacto em
Medicina humana
• Aspergillus spp.
• Histoplasma capsulatum
• Trichophyton spp.
• Dermatófitos (família Arthrodermataceae)
• Demaciáceos (ordem Pleosporales)
• Claviceps purpurea
Claviceps purpurea: patogénico para homens,
animais e plantas
• O Claviceps purpurea é o agente da doença do centeio designada
cravagem. Esta doença afecta também o trigo, o milho e a aveia.
http://leda.lycaeum.org
http://micro.magnet.fsu.edu/
Claviceps purpurea: causa o ergotismo no homem
http://www.apsnet.org http://www.lima.ohio-state.edu/academics/biology/images/corpinus.jpg
Basidiomicetes
• Incluem os cogumelos, alguns dos quais são utilizados na
alimentação humana (ex. Agaricus campestris).
• Alguns cogumelos produzem alcalóides que actuam como
venenos ou alucinogéneos.
– É o caso da Amanita phalloides que produz duas toxinas: α-amanitina e a
faloidina.
• A faloidina liga-se às membranas das células hepáticas causando a sua ruptura.
• A α - amanitina ataca as células do estômago e do intestino delgado e é responsável
pelos sintomas gastrointestinais associados com o envenenamento por cogumelos.
Exemplos de
basidiomicetes patogénicos
• O Cryptococcus neoformans é um importante
patogénio humano.
• Origina a criptococose, uma infecção sistémica
envolvendo primariamente os pulmões e o
sistema nervoso central.
Cápsula
Malassezia furfur (teleomorfo: Pityrosporum)
Causa micose superficial da pele : pitiríasis (tinha) versicolor
Epidermophyton floccosum
Pé de atleta
Hifas septadas com (Tinea pedis)
macroconídios
Características de algumas micoses superficiais e dos seus agentes
Organismo Doença Tecido afectado Características clínicas
Lesões maculares hiper ou
hipopigmentadas que alastram
Malassezia furfur Pitiríasis (tinha) rapidamente; ocorre mais
Pele
(fungo dimórfico) versicolor frequentemente no torso superior
do corpo
Fungo
dimórfico:
leveduras a 37oC
e formas
filamentosas a
25oC
Características de algumas micoses superficiais e dos seus agentes
Organismo Doença Tecido afectado Características clínicas
Lesões maculares hiper ou
hipopigmentadas que alastram
Malassezia furfur rapidamente; ocorre mais
Pitiríasis versicolor Pele
(fungo dimórfico) frequentemente no torso superior
do corpo
Protuberâncias endurecidas
pretas-castanhas que se
Piedraia hortae Piedra negra Cabelo desenvolvem no fio de cabelo
Leveduras (37oC)
Forma filamentosa
http://www.medmicro.wisc.edu/resources/
Esporotricose
http://www.mycolog.com
Micoses sistémicas
• São infecções dos órgãos internos e que se podem
disseminar por todo o hospedeiro.
• São normalmente provocadas por fungos saprófitas do
solo que infectam o hospedeiro por inalação de esporos
ou por implantação traumática.
• São extremamente difíceis de tratar.
• Exemplos de micoses sistémicas:
– histoplasmose (Histoplasma capsulatum)
– candidíase (Candida sp.)
– blastomicose (Blastomyces dermatitidis)
– Coccidioidomicose (Coccidioides immitis)
Histoplasmose: doença causada por Histoplasma
capsulatum
Levedura no interior dos linfócitosForma filamentosa. Micélio com macro e microconídios
Histoplasmose
http://medecinetropicale.free.fr/histoplasmose.html
Blastomicose: doença causada
por Blastomyces dermatitidis
Forma levedura
filamentosa
Blastomicose
http://www.mycolog.com/chapter23.htm
Coccidioidomicose: doença causada por Coccidioides
immitis
Tratamento com
fluconazole durante 1
ano resolveu a situação
Doença causada por Coccidioides immitis
Micélio e artrosporos/ Esferula com leveduras no pulmão de um doente
http://www.devonian.ualberta.ca/ http://botit.botany.wisc.edu/
Coccidioidomicose
http://www.mycolog.com/chapter23.htm
Paracoccidioidomicose: doença causada por Paracoccidioides
brasiliensis
Micélio e conídios Levedura in vivo
Paracoccidioidomicose
http://botit.botany.wisc.edu/toms_fungi/jan2005.html
Micoses oportunistas
• São infecções provocadas por fungos
oportunistas ou seja, fungos que só causam
infecções em indivíduos com imunodeficiência.
• As micoses oportunistas podem também ocorrer
em indivíduos alcoólicos, indivíduos com
leucemias e indivíduos em quimioterapia para o
cancro.
• Podem ser infecções cutâneas ou sistémicas.
• São frequentemente fatais.
Micoses oportunistas
• Exemplos de micoses oportunistas:
1) Infecção sistémica disseminada causada por
Talaromyces marneffei (anteriormente
Penicillium marneffei), um fungo dimórfico;
2) Infecções pulmonares por Rhizopus sp. e
Mucor sp., em diabéticos;
3) Candidíase a Candida albicans em doentes
com SIDA;
4) Aspergiloses em indivíduos com
imunodeficiência
Talaromyces marneffei
Forma de levedura a 37oC
1. Infecção cutânea
Aspergillus
2. Otomicose
3. Sinusite
4. Aspergilose saprofítica broncopulmonar
sp.
5. Traqueobronquite
D. Infecção invasiva
1. Um só orgão
2. Múltiplos orgãos (disseminada)
II. Infecções associadas com lesões tecidulares ou corpo estranho
A. Queratite e endoftalmite
B. Infecções de feridas de queimaduras
C. Osteomielite
D. Endocardite da válvula prostética
E. Infecção de transplantes vasculares
F. Aspergiloma (bola de fungos)
G. Enfizema e aspergilose pleural
H. Peritonite
III. Infecções no hospedeiro imunocomprometido
A. Aspergilose cutânea primária
B. Infecção sino-orbital
C. Aspergilose pulmonar
1. Traqueobronquite invasiva
2. Aspergilose pulmonar necrosante crónica
3. Aspergilose pulmonar invasiva aguda
D. Aspergilose do sistema nervoso central
E. Aspergilose invasiva (disseminada)
2012
• Agente
causal:
Exserohilum
rostratum
Outras doenças causadas por C. albicans
Intertigo Vulvovaginite
http://www.mycolog.com/chapter23.htm
Quimioterapia das infecções
fúngicas
• As micoses superficiais são facilmente tratadas
recorrendo à aplicação tópica de agentes antifúngicos
em combinação com uma boa higiene individual.
• Nas micoses cutâneas, para além do tratamento tópico,
pode ter que se efectuar tratamento sistémico.
Antifúngicos usados no tratamento de
dermatofitoses (micoses cutâneas)
• Griseofulvina - É produzido pelo Penicillium griseofulvum. A
griseofulvina interage especificamente com a tubulina e actua
como um veneno mitótico em fungos susceptíveis. É utilizado por
via oral para a terapia de infecções por dermatófitos.
• Alilaminas - Inibem a biosíntese do ergosterol ao nível da
esqualeno epoxidase. Têm bastante actividade contra fungos
dimórficos e filamentosos, mas são pouco activos contra leveduras.
Exs: naftifina (de uso tópico) e terbinafina (uso por via oral).
• Tolnaftato e tolciclato - são tiocarbamatos com um mecanismo de
acção semelhante ao das alilaminas, ou seja, inibem a biossíntese
do ergosterol ao nível da esqualeno epoxidase. São activos
contra dermatófitos mas pouco activos contra leveduras. São
usados topicamente.
• Amorolfina - É um derivado da morfolina altamente activo contra
dermatófitos. Actua também ao nível da biossíntese do ergosterol.
Quimioterapia das infecções
fúngicas
• As micoses superficiais são facilmente tratadas
recorrendo à aplicação tópica de agentes antifúngicos
em combinação com uma boa higiene individual.
• Nas micoses cutâneas, para além do tratamento tópico,
pode ter que se efectuar tratamento sistémico.
• Nas micoses subcutâneas a terapia depende do
organismo em causa e do grau de envolvimento
tecidular. Assim, por exemplo, no caso da esporotricose
linfocutânea recorre-se ao iodeto de potássio em
solução saturada. Outras infecções podem ser
refractárias aos antifúngicos e podem requerer
amputação ou excisão cirúrgia da área envolvida.
Tratamento das micoses sistémicas
Butts A, Krysan DJ (2012) Antifungal Drug Discovery: Something Old and Something New. PLoS Pathog 8(9): e1002870.
doi:10.1371/journal.ppat.1002870
Butts A, Krysan DJ (2012) Antifungal Drug Discovery: Something Old and Something New. PLoS Pathog 8(9): e1002870.
doi:10.1371/journal.ppat.1002870
Terapêutica medicamentosa das
micoses sistémicas
– Mecanismos de acção:
• Insere-se na membrana citoplasmática das células susceptíveis formando
canais cilíndricos (poros) que aumentam a permeabilidade da membrana
levando à saída de iões essenciais a partir do citosol e à destruição da
célula.
• Ligação directa ao ergosterol da membrana citoplasmática.
Mecanismos de acção da anfotericina B
Polienos
• São metabolitos secundários produzidos por várias espécies de Streptomyces. Quimicamente são
lactonas de macrólidos cíclicos.
• O seu mecanismo de acção baseia-se primariamente na sua capacidade para se ligarem aos esteroides
das membranas citosólicas de células susceptíveis. A sua acção é pouco específica actuando sobre
células animais (colesterol), plantas (sitoesterol), protozoários e fungos (ergosterol).
– Esta inespecificidade é responsável pela sua elevada toxicidade.
• Exemplos de imidazois:
– clotrimazol, miconazol, quetoconazol e netoconazol.
• Exemplos de triazois:
– fluconazol, itraconazol, terconazol e voriconazol.
Análogos dos nucleótidos:
5-fluorocitosina
• É uma pirimidina polar fluoretada que tem um
espectro de actividade estreito.
N-[(3S,6S,9S,11R,15S,18S,20R,21R,24S,25S)- 3-[(1R)-3-amino-1-
hydroxypropyl]- 21-[(2-aminoethyl)amino]- 6-[(1S,2S)-1,2-dihydroxy- 2-(4-
hydroxyphenyl)ethyl]- 11,20,25-trihydroxy- 15-[(1R)-1-hydroxyethyl]-
2,5,8,14,17,23-hexaoxo- 1,4,7,13,16,22-hexaazatricyclo [22.3.0.09,13] heptacosan-
18-yl]- 10,12-dimethyltetradecanamide
Características da parede celular fúngica
Estomatite dentária mostrando a mucosa palatal eritematosa e Estomatite dentária mostrando hiperplasia papilar do palato
edematosa (inflamada) (Newton’s type 2 lesion). (Newton’s type 3 lesion).
Candidíase oral eritematosa crónica
• É mais comum entre as pessoas que não removem a dentadura durante a
noite e os que usam dentaduras velhas
• O diagnóstico pode ser confirmado por esfregaços obtidos do palato e do
dorso da língua ou feitos a partir da superfície da dentadura que contacta
com a mucosa
• É importante efectuar uma investigação hematológica das causas desta
doença como, por exemplo, o teor de ferro, vit. B12, deficiência em folato,
diabetes por diagnosticar ou diabetes mal controlada.
• Para além do tratamento com antifúngicos, o doente deve ser educado a
remover a dentadura à noite e, após a lavar, a mergulhar a dentadura durante
a noite em solução de gluconato de clorhexidina a 2% ou de hipoclorito
de sódio a 1%.
• Se a dentadura for velha, instável, ou não retentiva, o doente deve ser
encorajado a adquirir uma nova dentadura
Tratamento da candidíase
eritematosa com antifúngicos
• Usa-se pastilhas contendo os polienos
nistatina e anfotericina ou outras formas
farmacêuticas semelhantes.
Secção
histopatológica de
uma lesão de uma
candidíase
hiperplástica
crónica mostrando
numerosas hifas de
Candida
infiltrando as
camadas
superficiais
do epitélio oral
Candidíase crónica hiperplástica na
retrocomissura da boca.
Tratamento
• Administrar terapêutica antifúngica tópica contendo os
polienos nistatina e anfotericina por exemplo na forma
de pastilhas ou outras formas farmacêuticas
semelhantes.