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VLAUDIA COSTA
PARASITOS DO TRATO GASTRO INTESTINAL HUMANO
PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS
Introdução
Os tipos de relacionamento entre os diversos tipos de seres vivos são
extremamente amplos e variáveis com a formação de interações e interdependências
dinâmicas. Pode-se afirmar que nenhum ser vivo é capaz de sobreviver
independentemente de outro. No meio ambiente, os seres vivos estão em contínuo
processo de adaptação mútua, ou seja, de co-evolução.
O relacionamento entre seres vivos visa dois aspectos fundamentais:
abrigo e obtenção de nutrientes. Os níveis de relacionamento variam do benefício mútuo
a desenvolvimento de uma patologia..
Entende-se por parasitas intestinais organismos que têm como habitat o
trato gastrintestinal humano provocando ou não doença.
Os organismos parasitas intestinais obrigatórios são classificados em dois
grandes grupos:
Os Protozoários, que compreendem organismos unicelulares
eucariontes.
Os Metazoários (helmintos), que compreendem organismos
pluricelulares.
AMEBÍASE
CICLO BIOLÓGICO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Formas sintomáticas:
Colites não disentéricas: É uma das formas clínicas mais freqüentes no
nosso meio. A colite não disentérica se manifesta por evacuação diarréica ou não, com 2
(duas) a 4 (quatro) evacuações por dia, com fezes moles ou pastosas. Pode apresentar
desconforto abdominal ou cólicas, raramente há manifestação febril. O que caracteriza
esta forma no nosso meio é a alternância entre as manifestações clínicas e períodos
silenciosos, com funcionamento normal do intestino.
Forma disentérica: A disenteria amebiana aparece mais freqüentemente
de modo agudo, acompanhada de cólicas intestinais e diarréia, com evacuações
mucosanguinolentas e febre moderada, acompanhada de cólicas intensas; pode haver
oito, dez ou mais evacuações por dia. Casos agudos e fulminantes podem ser
encontrados acometendo todo o cólon e são classificados como disenteria amebiana
aguda, o paciente apresenta grave disenteria, freqüentemente com perfurações do
intestino.
Complicações e seqüelas da amebíase intestinal: As complicações da
amebíase intestinal são muito variadas e podem atingir até 4% dos casos, interferindo na
morbidade e mortalidade. As mais comuns são: perfurações e peritonite, hemorragia,
colite pós-disentérica e mais raramente apendicite e ameboma.
Amebíase extra-intestinal: O abcesso amebiano do fígado é a forma
mais comum da amebíase extra-intestinal. Pode ser encontrada em qualquer faixa etária,
com predominância em adultos com 20 a 60 anos.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
EXAME COPROPARASITOLÓGICO
1.identifica trofozoítos e cistos - não diferencia E. histolytica/ E. dispar
2.não caracteriza a patogenicidade, exceto trofozoíto contendo hemácias (característico
da amebíase invasiva)
3.depende a competência do microscopista - confusões de cistos com leucócitos
polimorfonucleares e trofozoítos com macrófagos em fezes líquidas
COPROPARASITOLÓGICO
exame à fresco - 20’ To Ambiente ou 4oC até 4 horas
•COLORAÇÃO - Tricromo
•MÉTODOS DE CONCENTRAÇÃO
1.centrífugo flutuação no sulfato de zinco (Faust)
2.centrifugação em éter - Ritchie
3.sedimentação espontânea
•SUBSTÂNCIAS QUE PODEM INTERFERIR NO EXAME:
–laxantes c/ óleo mineral
–antibióticos
EXAMES SOROLÓGICOS
•Importante na distinção de espécies
•positividade superior a 95% em pacientes com colite amebiana e abscessos hepáticos
••TESTES UTILIZADOS
•ELISA
•HEMAGLUTINAÇÃO INDIRETA
•IMUNODIFUSÃO EM GEL
•IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA
antígenos provenientes de culturas axênicas
DESVANTAGENS
•Dificuldade no preparo e obtenção do antígeno
•persistência dos títulos após a cura
TESTES PARA DETECÇÃO DE ANTÍGENOS NAS FEZES
PADRÕES ELETROFORÉTICOS DE IZOENZIMAS (ZIMODEMOS)
PCR (POLYMERASE CHAIN REACTION)
•Amplificação de fragmentos de DNA (1milhão)
•DNA proveniente de trofozoítos ou cistos
•Há diferença de 5% na sequência de nucleotídeos nas cepas patogênicas e não
patogênicas
GIARDÍASE
MORFOLOGIA
PATOGENIA
CICLO BIOLÓGICO
O ciclo biológico dos coccídios é do tipo monoxênico (único hospedeiro)
e inclui um processo de multiplicação assexuada (merogonia) com ocorrência de duas
gerações de merontes e outro de multiplicação sexuada (gametogonia) com formação de
macro e microgametas que, após a fecundação resultam na formação de oocistos.
Alguns oocistos são responsáveis pelos casos de auto-infecção em Cryptosporidium. No
caso do Isospora, esta auto-infecção não ocorre, pois o processo de maturação do
oocisto é realizado no meio ambiente.
Ciclo biológico do Cryptosporidium
DIAGNÓSTICO:
Pesquisa de oocisto nas fezes (métodos de concentração como formol-acetato ou ritchie
+ coloração por kynioun, ziehl-nielsen, Safranina
DIAGNÓSTICO: cryptosporidiose
Sorologia: IMF, ELISA
HEMOGRAMA: sem leucocitose ou eosinofilia
Quadro esteatorréico - alt. Absorção de D-xilose, vit. B, intolerância a lactose
Pacientes HIV positivos : isolamento no escarro, lavado brônquico
Doença biliar, colecistite. Dor no hipocôndrio direito, febre, náuseas, vômitos
Aumento das dosagens de fosfatase alcalina, Gama glutamil transpeptidase,
TGO, TGP, Bilirrubina
RX: afinamento da mucosa, dilatação do delgado
AIDS : LINFÓCITOS CD4+ < 140 –não respondem aos tratamentos, mantendo
a infecção até restabelecimento dos níveis de CD4+ acima de 140 REPOSIÇÃO DE
LÍQUIDOS, MEDICAMENTOS (Espiramicina, )
HELMÍNTÍASES
Ascaris lumbricoides
MORFOLOGIA
OVOS: cor castanho, grandes, ovais, 50 µm, membrana
externa mamilonada, citoplasma granuloso
TRANSMISSÃO
Ingestão de ovos contendo L3
CICLO BIOLÓGICO
PATOGENIA
LARVAS : lesões pulmonares, hepáticas, sídrome de Löeffler (edema, infiltrado
eosinofílico, manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia)
VERMES ADULTOS:
Ação tóxica - reação de hipersensibilidade
Ação espoliadora- consumo de proteínas, carboidratos, lipídios, vit A e C
Ação mecânica - enovelamento e obstrução na luz intestinal
Localizações ectópicas -apêndice cecal; canal colédoco, canal de Wirsung (pancreatite);
eliminação pela boca e narinas; etc.
DIAGNÓSTICO
Método de Hoffman, Pons Janer ou Lutz - pesquisa de ovos
Kato Katz - < 5000 ovos / g de fezes ( 1-4 vermes)
5000 -10000 ovos/ g (5 - 10 vermes)
10000 ( mais de 10 vermes)
CICLO BIOLÓGICO
PATOLOGIA
Por vezes a penetração das larvas na pele pode provocar reações "alérgicas" como
eritema e prurido. A passagem pelos pulmões, principalmente se por muitas larvas, pode
levar à irritação com tosse e hemoptise. O período de incubação é de duas ou três
semanas.
Na fase intestinal, muitos são assintomáticos, mas pode haver dor, diarreia ou
esteatorreia, flatulência, e se o número de parasitas é elevado, necrose e edema com má
absorção dos nutrientes. Em individuos subnutridos pode levar à perda de peso e
sindromes por deficiência de vitaminas lipofílicas.
Um problema específico desta parasitose é a autoinfecção, já que ao contrário de quase
todos os outros parasitas, que excretam ovos nas fezes, nesta condição são excretadas
larvas. Estas podem penetrar na mucosa antes de saírem com as fezes. Em indivíduos
com sistema imunitário saudável, a autoinfecção é eficientemente combatida, mas em
imunodeprimidos como na SIDA/AIDS e outros, pode causar problemas muito graves
devido à multiplicação e constante invasão das larvas. Nestes casos há por essa razão
disseminação das larvas causando danos nos órgãos como no pulmão, fígado ou canais
biliares.
A infecção pode se eternizar devido à auto-infecção, mesmo em indivíduos com sistema
imunitário competente
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO : sugestivo -diarréia, dor abdominal e urticária, eosinofilia
Laboratorial:
Baermann-Moraes, Rugai - 3-5 amostras em dias alternados
Coprocultura - Harada -Mori
Obs.: presença de cristais de Charcot-Leyden nas fezes
Amostras diarréicas não podem ser utilizadas para estes métodos
ELISA
Endoscopia digestiva
Biopsia intestinal
Hemograma _ eosinofilia é um achado comum na estrongiloidíase, no entanto, outras
parasitoses ou processos alérgicos também levam a esta alteração
Raio X, ultrasonografia - alteração no relevo mucoso duodenojejunal
ANCYLOSTOMIDAE – ANCILOSTOMÍASE
Ancilostomose é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo Ancylostoma
duodenale como pelo Necator americanus. Ambos são vermes nematelminthes, de
pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. A doença pode também ser conhecida
popularmente como "amarelão", "doença do jeca-tatu", "mal-da-terra", "anemia-dos-
mineiros, "opilação", etc.
As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele amarelada, pois os
vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam as
paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia.
MORFOLOGIA
Ancylostoma duodenale : capsula bucal c/ 2
pares de dentes , cor róseo, macho - 8-11
mm , bolsa copuladora; Fêmea - 10 -18
mm, ext. posterior afilada c/ processo
espiniforme
CICLO EVOLUTIVO
a) ovo recém-eliminado com as fezes; b)
ovo com larva de primeiro estádio;
c)eclosão de larva de primeiro estádio; d)
larva de primeiro estádio, com tamanho
original de 300um; e) formação da larva de
segundo estádio,
: - 'amanho original de 400um; f) larva de
terceiro estádio ou infectante, com
tamanho. As linhas tracejadas e setas
indicam- as vias de penetração da larva
infectante: 1) transcutânea: circulação,
cava, coração, pulmão, traquéia, faringe,
laringe (ingestão), esôfago: estômago e
intestino delgado; 2) oral: ingestão,
esôfago, estômago e intestino delgado.
PATOLOGIA
Pele: hiperemia, prurido, edema
Pulmão - tosse
Intestinal_ hematofagismo; lesões na mucosa intestinal - dor epigástrica, diminuição do
apetite, flatulências
Espoliação sanguínea: 100 -1000 vermes - 10 -30 mL sangue ( 5-15mg Fe)
1000 ovos/g de fezes - 2 -3 mL sangue perdido
Anemia microcítica e hipocrômica, leucocitose, eosinofilia, hipoalbuminemia, apetite
depravado
A ancilostomose está diretamente relacionada com o estado nutricional do paciente.
Indivíduos com uma alimentação rica em ferro dificilmente desenvolvem
sintomatologia embora possa estar infectado com o parasito.
DIAGNÓSTICO
Hoffmann, Pons e Janer
Willis
Harada Mori : permite diferenciar a espécie de ancilostomídeo pela observação das
larvas.
ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA
TRANSMISSÃO :
Penetração ativa de cercárias na pele ou mucosas.
PATOLOGIA
A patogenia está ligada a cepa do parasito, carga parasitária, idade, estado nutricional e
resposta imune do hospedeiro.
Dermatite cercariana: pode ocorrer no local de penetração da cercária, como uma reação
de hipersensibilidade imediata.
FASE AGUDA
Ocorre em torno de 50 dias e dura até 120 dias após infecção., urticárias, reações de
hipersensibilidade, eosinofilia, hepatoesplenomegalia, diarréia, etc.
Hipertrofia ganglionar; granulomas
FASE CRÔNICA
Intestino: granulomas, fibrose da alça retossigmóide, constipação
Fígado: hepatomegalia, granulomas, fibrose de Symmers , fibrose periportal, obstrução
dos ramos intra-hepáticos, hipertensão portal
Baço: Esplenomegalia (hiperplasia do Sistema Monocítico Fagocitário)
Varizes - anastomoses plexo hemorroidário, umbigo, região inguinal e esôfago
Ascite: extravasamento de líquido para cavidade peritoneal em decorrência da
hipertensão portal
Pulmão: Granulomas pulmonares - insuficiência pulmonar
A circulação colateral formada faz com que os ovos alcancem vários órgãos
Localizações ectópicas - pâncreas, testículos, ovários, baço
Neuroesquistossomose: os ovos podem alcançar a medula ou SNC através das
anastomoses do plexo venoso. Este quadro é grave podendo levar o paciente à
paraplegia.
DIAGNÓSTICO
O controle de cura deve ser feito após 3 meses do tratamento
Uma fêmea acasalada libera 200 ovos pelas fezes por dia, logo a chance de encontrar
positividade pelo método de Kato-katz é de 1/24
Hoffman, Pons Janer
Kato-katz
Biópsia ou raspagem da mucosa retal
Imunológicos :
Reação Fixação de Complemento, Hemaglutinação indireta, Reação de
imunofluorescência indireta – técnicas “ obsoletas” ,
ELISA – mais utilizada atualmente
PCR – em fase de padronização
CONTROLE
TENÍASE
A teníase é uma alteração provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou
Taenia saginata no intestino delgado humano. A cisticercose é uma alteração provocada
pela presença da larva (cisticerco) nos tecidos dos seus hospedeiros intermediários
respectivamente, suinos e bovinos. A cisticercose humana ocorre pela presença da larva
de T. solium nos tecidos.
MORFOLOGIA
OVOS: esférico, 30µM, CASCA protetora chamada
de embrióforo, dentro a oncossfera ou embrião
hexacanto com 3 pares de acúleos.
MORFOLOGIA
CICLO EVOLUTIVO
TRANSMISSÃO
A teníase ocorre pela ingestão de carnes de bovino ou suíno crua ou mal cozido
contendo cisticercos de T. saginata e T. solium respectivamente. A cisticercose humana
ocorre por ingestão acidental de ovos de T. solium por auto-infecção externa (ingestão
de ovos através das mãos contaminadas), auto-infecção interna (vômitos ou movimentos
peristálticos do intestino com rompimento das proglotes), hetero-infecção (ingestão de
alimentos contaminados com ovos)
PATOGENIA
Embora sejam chamadas de solitária, na verdade a infecção pode ocorrer com mais de
uma Taenia da mesma espécie.
Teníase: tonturas astenia, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do
abdomem.
Cisticercose: depende da localização, número de parasitos e de seu estáio de
desenvolvimento.
• Neurocisticercose: as localizações mais frequentes são: leptominges e córtex ,
seguido da medula espinhal e cerebelo. As manifestações clínicas surgem
quando os cisticercos morrem, devido ao processo inflamatório que se instala.
• Manifestações: delírio, prostação, alucinações, hipertensão intracraniana,
ataques epileptiformes.
• Cisticercose cardíaca : palpitação, dispnéia
• Cisticercose ocular: deslocamento de retina, opacificação do humor vítreo,
uveítes ou até pantoftalmias. Perda da visão em estágio extremo.
DIAGNÓSTICO
Teníase
pesquisa de proglotes ou ovos nas fezes, pelos métodos de rotina ou fita gomada
(Graham)
Para diferenciar as espécies deve-se fazer a tamização do bolo fecal e identificar as
proglotes.
Cisticercose
O diagnóstico é sorológico: Reação de fixação de complemento, hemaglutinação,ELISA
CONTROLE:
Controle dos abatedoudoros de suínos e bovinos
Saneamento básico
Tratamento dos humanos
Evitar carnes mal cozidas
Melhoria no sistema de criação dos animais
Enterobius vermicularis - ENTEROBIOSE
MORFOLOGIA
VERME ADULTO : presença de asas cefálicas na extremidade anterior. Fêmea – 1cm,
cauda pontiaguda e longa, e úteros repletos de ovos. Macho- 5mm , cauda recurvada
ventralmente com um espículo.
OVOS: 50µm, aspecto de D, lado achatado e outro convexo, membrana dupla, lisa e
transparente. Apresenta larva no interior
CICLO BIOLÓGICO
A infecção começa com a ingestão de ovos, no intestino delgado as larvas eclodem e
sofrem duas mudas até chegar ao ceco. Transforma-se em vermes adultos. Os vermes
copulam, os machos são eliminados junto com as fezes e morrem. As fêmeas migram
para o ânus (principalmente a noite). Na região perianal fazem a postura dos ovos ou
são rompidas por traumatismos ou ressecamento.
TRANSMISSÃO
Hetero-infecção: ovos presentes na poeira ou alimentos
Auto-infecção externa (ovos levados pelas mãos contaminadas do hospedeiro infectado)
Auto infecção interna (eclosão dos ovos no reto)
Retroinfecção (larvas eclodem na região perianal, penetram pelo anus e migram pelo
intestino grosso até o ceco, evoluido a verme adulto)
PATOGENIA
Prurido anal ( levando a perda do sono, nervosismo, pode levar a masturbação e
erotismo)
Nos órgãos enitais femininos podem causar vaginite, metrite, ovarite.
DIAGNÓSTICO
CONTROLE:
Não sacudir as roupas de dormir na cama do hospedeiro infectado
Tratamento de toda família qdo há um infectado.
Corte rente das unhas, aplicação de pomada mercurial na região perianal ao deitar-se,
banho ao levantar, limpeza doméstica com aspirador.
VERME ADULTO
1 2 Boca sem lábios, esôfago longo, porção
anterior fina e posterior (1/3 final) alargado
onde localiza-se o aparelho reprodutor
1.Fêmea: maior que o macho, extremidade
posterior romba
2.Macho: extremidade posterior recurvada
ventralmente apresentando espículo
protegido por bainha
CICLO BIOLÓGICO
PATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
A filariose linfática atinge 120 milhões de infectados, sendo 90% por W. bancrofti e
10% Brugia malayi e Brugia timori (minoria). no Brasil encontramos apenas W.
bancrofti. Pernambuco é altamente endêmico destacando-se Olinda e Jaboatão com- 2 -
15 % de prevalência. Não tem animais reservatórios
MORFOLOGIA
VERME ADULTO
macho: corpo delgado branco leitoso; 3,5 -
4 cm; extremidade anterior afilada e
posterior recurvada;
fêmea: delgada branco leitoso, 7 - 10 cm
órgãos genitais duplos,exceto a vagina
CICLO BIOLÓGICO
humanos
PERIODICIDADE
As microfilárias são encontradas no sangue periférico durante a noite com pico à meia
noite, decrescendo no final da madrugada.
TRANSMISSÃO
Picada do Culex quinquesfasciatus de deposição das larvas L3 na pele lesada, apele
estando úmida permite a penetração das larvas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PATOGENIA
AÇÃO MECÂNICA
Estase linfática com linfagiectasia
Derramamento linfático (edema, ascite, linfocele, linfotórax, quilúria)
AÇÃO IRRITATIVA
Linfangite
Linfadenite
EOSINOFILIA PULMONAR TROPICAL: o paciente pode apresentar hiper resposta a
antígenos filariais, levando ao aparecimento de abscessos eosinofílicos nos pulmões.
Pacientes com alteração pulmonar, elevada IgE total no soro e eosinofilia em área
endêmica leva a suspeita de EPT.
ELEFANTÍASE - fibrose, hipertrofia do tecido conjuntivo, dilatação dos vasos, edema
Linfangite - linfadenite - linfangiectasia - linforragia - linfedema - esclerose da derme -
hipertrofia da epiderme - aumento do volume do órgão
DIAGNÓSTICO
Pesquisa de microfilárias no sangue:
esfregaços sanguíneos;
filtração,
Knott,
ultrassonografia : localização de vermes adultos nos vasos linfáticos
Imunológico:
pesquisa de anticorpos: tem problema com reações cruzadas e indivíduos curados ou
expostos aos antígenos filariais apresentam sorologia positiva
pesquisa de antígeno circulante: usa anticorpo monoclonal Og4C3. pode ser feito tanto
técnicas de ELISA quanto imunocromatografia em cartão.
DOENÇA DE CHAGAS
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
• Transmissão vetorial: o triatomíneo deposita fezes e urina contendo
tripomastigotas metacíclicos no local onde realiza repasto sanguíneo. A
penetração ocorre em solução de continuidade da pele ou mucosa íntegra
• Transfusão sanguínea
• Transmissão congênita: ocorre quando se forma ninhos de amastigotas na
placenta
• Acidentes de laboratório
• Transmissão oral: ingestão de alimentos contaminados com fezes ou urina de
barbeiros. A penetração do parasito ocorre através da mucosa íntegra ou lesada.
• Transplante de órgãos
MORFOLOGIA:
AMASTIGOTA
Intracelular, forma ovóide, núcleo grande, cinetoplasto
anterior ao núcleo. Não apresenta flagelo livre. Habita
células nucleadas do hospedeiro vertebrado.
TRIPOMASTIGOTA
Forma extracelular, núcleo central, cinetoplasto na
extremidade posterior do corpo. O flagelo forma uma
extensa membrana ondulante e torna-se livre na porção
anterior do parasita. É a forma infectante. No triatomíneo
chama-se tripomastigota metacíclica; Nos hospedeiros
vertebrados: tripomastigota sanguíneo
EPIMASTIGOTA
Forma alongada com cinetoplasto justanuclear e anterior
ao núcleo; possui pequena membrana ondulante
lateralmente disposta. Habita o tubo digestivo do
triatomíneo, onde se divide por divisão binária.
CICLO EVOLUTIVO
Ciclo do T. cruzi. 1) penetração
tripomastigota metacíclica (ou
tripomastigota sangüíneo) em uma célula;
2) transformação do tripomastigota em
amastigota; 3) essa forma multiplica-se
intensamente por divisão binária dentro da
célula; 4) rompimento da célula parasitada
liberando tripomastigota; 5) forma
tripomastigota no sangue circulante que
pode penetrar em outra célula (1) ou ser
ingerida pelo triatomíneo (6); 6) forma
tripomastigota no estômago do triatomíneo;
7) transformação da forma tripomastigota
em epimastigota no intestino posterior do
inseto; 8) forma epimastigota em
multiplicação por divisão binária; 9) forma
epimastigota transforma-se em forma
tripomastigota metacíclica no reto do
inseto; 10) forma tripomastigota
metacíclica nas fezes do triatomíneo, apta a
penetrar em
células do hospedeiro mamífero.
PATOLOGIA
Formas da doença e sintomas: Descrevem-se na literatura três fases da doença de
Chagas, produzida por Trypanosoma cruzi: aguda, indeterminada e crônica.
FASE AGUDA:
caracterizada por febre, linfadenopatia e hépato-esplenomegalia. Quando a porta de
entrada dos tripanosomas é a conjuntiva ocular, pode ocorrer um edema bipalpebral,
unilateral, denominado, em homenagem aos pesquisadores que o identificaram
inicialmente, "sinal de Romaña-Mazza". Quando o parasita penetra por outros locais da
superfície corporal, a lesão produzida recebe o nome de "chagoma de inoculação". Com
freqüência, a fase aguda passa despercebida, pois seus sintomas podem confundir-se
com os de diversas outras infecções. Entretanto, em alguns pacientes, principalmente
crianças ou indivíduos imunodeficientes, quadros meníngeos graves e de insuficiência
cardíaca podem estar associados e ocorrer óbito.
A gravidade da infecção depende também de outros fatores, entre os quais a virulência
do parasita, o tamanho do inóculo e a suscetibilidade do paciente afetado.
FASE INDETERMINADA
Caracteriza-se pela ausência de sintomas e pode durar vários anos.
É aceita a idéia de que a maior parte dos chagásicos persiste nessa fase pelo resto de
suas vidas. Estes apresentam ninhos de amastigotas nos tecidos e anticorpos específicos.
FASE CRÔNICA SINTOMÁTICA
Sintomas de comprometimento cardíaco (miocardite grave), com aumento do volume
do coração (cardiomegalia) . insuficiência cardíaca congestiva (ICC). O bloqueio do
ramo direito do feixe de His é considerado patognomônica da doença de Chagas.
A forma digestiva caracteriza-se pelo aumento do diâmetro de regiões do trato
digestivo, os "megas": megaesôfago, megacólon, etc.
Há, nesta fase, gradativa redução da qualidade de vida e da capacidade de trabalho dos
doentes, que passam a necessitar de atenção médica constante.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
: Ao indicar técnicas de diagnóstico laboratorial, devemos levar em consideração, além
de suas características de sensibilidade e especificidade, sua adequação a diferentes
fases da doença.
FASE AGUDA
• métodos diretos de esfregaços e gotas espessas de sangues convenientemente
corados por meio da técnica de Giemsa ou Leishman.
• Cultura de sangue ou material de biópsia em meios como LIT ou NNN
• Inoculação do sangue em camundongos jovens
• Métodos de concentração: Método de Strout - deixa-se o sangue coagular e
retrair o coágulo. Os parasitos concentram-se no soro após retração do coágulo.
• Xenodiagnóstico e hemocultura. Este método é altamente sensível, no entanto,
pela demora no resultado não é o mais indicado na fase aguda
Atualmente, a identificação morfológica dos parasitas por meio de observação visual
tende a ser substituída por técnicas moleculares, que permitem revelar a presença de
agentes infecciosos (inclusive os da doença de Chagas) mesmo quando presentes no
organismo em quantidades extremamente reduzidas. Por exemplo, a reação em cadeia
da enzima polimerase (Polymerase Chain Reaction - PCR), permite ampliar frações de
moléculas de DNA do parasita, que lhe dão identidade.
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Pesquisa de anticorpos IgM
• REAÇÃO DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA – RIFI
• REAÇÃO DE ELISA
Reavaliar
LEISHMANIOSES
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
AGENTES ETIOLÓGICOS NO BRASIL :
Leishmania (V) braziliensis
L. (V) guyanensis
L. (V) lainsoni
L. (V) shawi
L. (V) naiffi
L. (L) amazonensis
MORFOLOGIA
AMASTIGOTA
Intracelular, forma ovóide, núcleo grande, cinetoplasto
anterior ao núcleo. Não apresenta flagelo livre. Habita
células do sistema monocítico fagocitário
PROMASTIGOTA
Corpo alongado, núcleo central e cinetoplasto anterior ao
núcleo, presença de flagelo livre que se exterioriza na
porção anterior do parasito. Habita o tubo digestivo do
flebotomíneo. É a forma infectante envolvida na
transmissão da leishmaniose pelo vetor.
TRANSMISSÃO
CICLO EVOLUTIVO
PATOLOGIA
FORMAS CLÍNICAS
LEISHMANIOSE CUTÂNEA LOCALIZADA
LEISHMANIOSE CUTÂNEO MUCOSA
LEISHMANIOSE CUTÃNEO DIFUSA
LABORATORIAL:
PESQUISA DO PARASITO
• Exame direto: o material deve ser coletado sempre nas bordas das lesões. Lesões
antigas costumam ser pobres em parasitos. O material de biópsia ou curetagem
são colocados em lâminas por aposição e corados por guiemsa ou leishman
• Exame histopatológico: pesquisa de amastigotas ou análise do infiltrado
inflamatório característico da lesão.
• Cultura (NNN , LIT)
• Inóculo em animais
• Pesquisa de DNA- PCR
MÉTODOS IMUNOLÓGICOS
• Reação de Montenegro: a resposta de hipersensibilidade tardia é a mais
utilizada, exceto na forma cutâneo-difusa, na qual os pacientes são anérgicos.
Após tratamento o teste continua positivo durante anos.
• RIFI : os testes sorológicos têm sensibilidade elevada mas podem ter reações
cruzadas com outros tripanossomídeos (doença de Chagas e Calazar)
• ELISA
LEISHMANIOSE VISCERAL
AGENTE ETIOLÓGICO
Leishmania (L.)donovani (Índia)
Leishmania (L) infantum / Leishmania (L) chagasi (região do Mar Mediterrâneo;
Europa, áfrica, China / América Latina)
DISSEMINAÇÃO
C) Metastatização- Langerhans → LN regionais→ multiplicação →células
mononucleares fagocitárias infectadas na linfa → sangue →disseminação sistêmica
para o fígado, baço e outros orgãos.
HABITAT:
SMF –(sistema monocítico fagocitário ) de ÓRGÃOS LINFÓIDES (Medula óssea
.;baço; linfonodos)
Fígado, Rins, Intestino
CICLO BIOLÓGICO: o mesmo ciclo das tegumentares, exceto que a infecção não fica
confinada à derme, visceraliza
HOSPEDEIRO INVERTEBRADO: Lutzomyia longipalpis
HOSPEDEIRO VERTEBRADO: cães, raposas e homem; alguns roedores
TRANSMISSÃO: inoculação de promastigotas por Lutzomyia longipalpis fêmeas
SUSCETIBILIDADE À LEISHMANIOSE VISCERAL
70 % RESISTENTES
•Imunidade celular estimulada
•Reação de Montenegro positiva
Produção de IFN-γ NORMAL
Produção de IL-2 NORMAL
PATOGENIA:
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 2-7 MESES
ALTERAÇÕES ESPLÊNICAS ; ESPLENOMEGALIA- hiperplasia e hipertrofia do
SMF;
ALTERAÇÕES HEPÁTICAS: HEPATOMEGALIA – hiperplasia das células do SMF,
infiltrado intraparenquimal de plasmócito, linfócitos; fibrose moderada
DIAGNÓSTICO
PESQUISA DO PARASITO
• Punção de medula óssea , baço, ou fígado, preparação de esfregaços sanguíneos
e coloração por Guiemsa ou Leishman
• Semeadura em meio de cultura NNN
• PCR
MÉTODOS IMUNOLÓGICOS
• REAÇÃO DE FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO. Reação cruzada com a
doença de Chagas, sífilis e blastomicoses.
• REAÇÃO DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA
• ELISA
MÉTODOS AUXILIARES
• ELETROFORESE DAS PROTEÍNAS SÉRICAS: inversão da relação
Albumina/Globulina→ aumento das globulinas e diminuição de albumina
• SUMÁRIO DE URINA: pode-se observar em pacientes com comprometimento
renal pela infecção o aparecimento de albuminúria
• HEMOGRAMA: anemia normocítica normocrômica; leucopenia, linfocitose
relativa, plaquetopenia; plasmocitose; neutropenia
CICLO EVOLUTIVO
PATOGENIA
• DESTRUIÇÃO DE ERITRÓCITOS PARASITADOS
ANEMIA - destruição de eritrócitos não parasitados, auto-anticorpos e
diminuição de produção de eritrócitos pela M.O.
• SEQUESTRO DOS ERITRÓCITOS PARASITADOS NA REDE CAPILAR
Citoaderência endotelial e formação de rosetas - obstrução da microcirculação - redução
do fluxo de oxigênio - acidose láctica (órgãos-alvo:cérebro, rins e fígado)
• LESÃO CAPILAR POR DEPOSIÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS
• TOXICIDADE RESULTANTE DA LIBERAÇÃO DE CITOCINAS
FEBRE: resultado da liberação de pirogênio endógeno pelos monócitos e
macrófagos.Indução de citocinas inflamatórias (IL-1, IL6, IL-8 e TNFα) estão
associadas aos sintomas de mal estar e febre.
TNF - Lesão endoltelial (extravasamento de líquido p/ espaço intersticial dos alvéolos
e glomérulos); inibição da gliconeogênese (hipoglicemia); elevação de NO.
QUADRO CLÍNICO
12 dias P. falciparum
13-17 dias P. vivax
28-30 dias P. malariae
Mal estar, cefaléia, cansaço, mialgia
Acesso malárico: - calfrio e sudorese, febre
Malária grave : adultos não imunes, crianças e gestantes podem apresentar infecções
graves ou mesmo fatal no caso de P. falciparum. Formas clínicas: malária cerebral,
insuficiência renal aguda, edema pulmonar, hipoglicemia, icterícia, hemoglobinúria
DIAGNÓSTICO
Gota espessa ou esfregaço sanguíneo corado por Giemsa, azul de metileno
+ = 1 parasito/campo
++ = 2-20 /campo
+++ = 21-200/campo
++++ = Mais de 200 / campo
Trofozoítos e gametócitos - P. falciparum
Todos os estágios - P. malariae e P. vivax
QBC ( quantitative buffy coat) – concentação e coloração do DNA e RNA do parasito
por laranja de acridina
ParaSight-F e ICT Malaria Pf - fita de nitrocelulose com anticorpo anti-PfHRP2
(proteína 2 rica em histidina P. falciparum) + gota de sangue lisado com detergente →
anticorpo anti-HRP2 conjugado hipossomas e corante suforodamine B
ParaSight-F+V e ICT Malaria Pf/Pv - P. falciparum + P. vivax
CONTROLE
Proteção individual;Quimioprofilaxia ?;Combate ao vetor;Saneamento
Básico;Vacinação;
TOXOPLASMOSE
TAQUIZOÍTO
Forma de banana ou meia-lua, extremidade
afilada e a outra arredondada, mede 2 x 6
µm, núcleo central. Forma móvel de
multiplicação rápida. Presente na fase ativa
da infecção
OOCISTO
Forma de resistência
CICLO EVOLUTIVO
PATOLOGIA
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Alterações conforme o período gestacional
1° trimestre de gestação - aborto
2º trimestre de gestação - aborto / nascimento prematuro. Síndrome ou ´Tétrade de
Sabin
3° trimestre de gestação - “nascimento normal”. a criança pode apresentar sintomas
após o nascimento, como comprometimento ganglionar generalizado,
hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, trombocitopenia e lesões oculares
(patognomônicas). Algumas vezes a doença só se instala na fase adulta como
toxoplasmose ocular.
Síndrome ou Tétrade de Sabin:
Corrioretinite 90% dos casos;
Calcificações cerebrais 69% dos casos;
Perturbações neurológicas 60% dos casos;
Alterações do volume craniano 50% dos casos;
TOXOPLASMOSE NO ADULTO
• Ganglionar ou febril aguda: comprometimento ganglionar, generalizado ou não
com febre alta, curso crônico e benigno.
• Ocular: responsável por cerca de 60% dos casos de retinocoroidite, podendo
levar o paciente a cegueira total ou parcial
• Cutânea ou exantemática: lesões generalizadas na pele, raramente encontrada.
• Cerebral ou meningoencefálica: rara, freqüente em indivíduos imunodeprimidos.
DIAGNÓSTICO
DEMONSTRAÇÃO DO PARASITO
Pesquisa do Parasito: possível na fase aguda em exsudato, licor, sangue, leite, saliva.
Pode-se fazer biópsia de gânglios, pele, fígado, baço. O material é corado por guiemsa;
hematoxilina-eosina
Cultura do Parasito;
PCR
Inoculação em camundongos
Sorológicos:
1. Reação de Sabin Feldman; Teste do corante ou Reação de Sabin-
Feldman (1948)
Suspensão de parasitas vivos (exsudato peritoneal de camundongos)+Soro humano
normal (livre de toxoplasma)+Corante azul-de-metileno
Soro do paciente (diluições seriadas em solução salina 0,85%)
Incuba-se em tubo de ensaio a amostra + exsudato--soro humano
Adiciona-se o corante e deposita-se uma gota de cada tubo em lâmina e observa-se
a presença de parasitos corados e não-corados
Alta sensibilidade
Necessidade do parasito vivo
Consumo de tempo
2. Reação de fixação do complemento;
3. Reação intradérmica ou toxoplasmina;
4. Reação de Imunofluorescência indireta;
5. Hemaglutinação; Não identifica o isótipo IgM ou IgG
Competição pelos determinantes antigêncios; Não detecta IgG de baixa avidez, com
pouco poder aglutinante.
6. ELISA;
7. Imunoblot
8. Avidez Teste ELISA modificado (ELISA-Uréia)
Avaliação da maior ou menor facilidade de dissociação da ligação antígeno-anticorpo
Teste ELISA-IgG
Etapa de ligação antígeno-anticorpo
Lavagem com solução caotrópica de Uréia 6M
Prossegue-se a reação pela adição do anticorpo conjugado à enzima e o substrato
Baixa avidez: Acentuada diminuição do título em relação ao título original sem
tratamento com Uréia
Título após uréia / Título original X 100
Na fase aguda há formação de anticorpos IgG de baixa avidez, portanto este constitui
importante critério para diferenciação de infecção passada ou recente.
Toxoplasmose no Adulto
Imunocompetente:
• Sorologia: IgG, IgM e IgA, + AVIDEZ
• Avidez. → IgG de alta avidez – infecção passada
→ IgG de baixa avidez – infecção recente
Imunodeprimido:
• PCR,
• “sorologia”,: os níveis de anticorpos nos imunodeprimidos são baixos, logo nem
sempre é possível a sorologia destes pacientes
• “radiologia
TOXOPLASMOSE OCULAR
A sorologia é feita com o humor aquoso e no soro do paciente. Se a alteração ocular for
pelo Toxoplasma há mais de 30 dias, a concentração de anticorpos no humor ocular
deve ser maior.
Imunocompetente
e Gestantes
Recém-nascido
Elevação do título
em testes sucessivos
Reação positiva
após cinco meses
NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 11a ed. São Paulo: Atheneu,
2004.
• FIGURAS
NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 11a ed. São Paulo: Atheneu,
2004.