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VISÃO SISTÊMICA DA

SAÚDE
SAÚDE
 De acordo com a Organização Mundial de
Saúde, a “Saúde é um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não a
mera ausência de moléstia ou
enfermidades”.

 Também, porque os níveis de bem-estar


dependem de inúmeras variáveis existentes
no ambiente físico, mental e social do
individuo.
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SAÚDE
 De forma errada, tenta-se definir saúde como
sendo a não-doença, pois os sistemas de
saúde, em sua maioria, baseiam-se no conceito
de que se obtém saúde erradicando-se as
doenças.

 A saúde é resultante da influência de vários


fatores sócio-econômico-culturais, como:
alimentação, habitação, educação, renda, meio
ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
liberdade e acesso aos serviços de saúde.
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Saúde Comunitária
 É a saúde pública em seus aspectos da promoção,
prevenção e reabilitação, de acordo com a
evolução da sociedade e do homem;
 Visa o estudo à solução dos problemas que
condicionam a saúde dos indivíduos
integrados em seu meio ambiente, segundo
planos e programas coordenados em diversos
níveis:
 Organização Mundial de Saúde – OMS
 Ministério da Saúde – Federal
 Secretaria Estadual da Saúde – Estadual
 Secretaria Municipal da Saúde - Municipal
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SAÚDE PÚBLICA
 CONCEITO:
 “É a arte de evitar a doença, prolongar a vida e
promover a saúde física e mental, e a eficiência,
através de esforços organizados da comunidade”
(Winslow, 1920).
 Saúde “é o estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não apenas ausência de afecção
ou doença” (OMS).
 Doença “é a alteração ou desvio do estado de
equilibrio de um individuo com o meio” (MS).
 A saúde não é um processo estático e, sim,
dinâmico.
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História Natural da Doença
 É um conjunto de processos interativos,
compreendendo as inter-relações entre o
agente etiológico, o suscetível (homem)
e o meio ambiente.

 O homem responde a esse estímulo


patológico, que resultará em sua
recuperação, cronicidade da doença,
invalides ou morte.
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História Natural da Doença
Meio Ambiente

Agente Causal Especifico

Reservatório

Porta de Saída

Modo de transmissão do agente

Porta de entrada do novo hospedeiro

Suscetibilidade 7
História Natural da Doença
 Período de Pré-patogênese – É a fase que
antecede a doença e envolve as relações entre os
agentes etiológicos, o homem suscetível e os
fatores predisponentes (ambientais, econômicos,
culturais, psicossociais e genéticos) que estimulam
o desenvolvimento da doença.
- Interações de fatores;
- Alterações precoces;
- Primeiros sintomas;
- Promoção da saúde;
- Proteção especifica;
- Prevenção primária.
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História Natural da Doença
 Período de Patogênese – é a fase com implantação e
evolução da doença no homem, provocando:

- Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas: período


de incubação, no qual não se percebem alterações clínicas ou
em exames laboratoriais;

- Sinais e sintomas: estágio denominado clínico, com


alterações funcionais no organismo, cujo final pode ser, nas
moléstias agudas, cura, cura com sequelas ou morte.

- e nas moléstias crônicas, um prolongamento dessa etapa,


inicialmente com alterações irreversíveis no morfologia. Pode
evoluir para cura com sequelas ou morte.
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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
 Deve estar baseada no conhecimento da história
natural da doença, com o objetivo de interromper
ou anular-se sua evolução.

 Cabe às estruturas políticas e econômicas a


responsabilidade pela programação, e ao
profissional da saúde, a prevenção a partir da
conscientização da comunidade em que atua,
agindo como educador.

 A prevenção deve acontecer nos três níveis:


primária, secundária e terciária.
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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
 Primária: age na fase pré-patogênica da doença
e inclui:
- Promoção da Saúde – medidas amplas que
visam ao aumento do bem-estar geral e da
qualidade de vida.

- As medidas preconizadas não se dirigem a


determinada doença ou desordem, mas
objetivam aumentar a saúde e o bem-estar
gerais.

- Ex: moradia adequada, escolas, áreas de lazer,


alimentação adequada, educação sanitária,
conservação da natureza.
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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
 Primária: age na fase pré-patogênica da doença e
inclui:
- Proteção Especifica: é a prevenção no seu sentido
convencional, é quase sempre uma intervenção
medica.

- Ao empregar medidas dirigidas a uma doença ou


grupo de doenças especificas, iremos interromper as
causas das mesmas, antes que atinjam o homem.

- Ex:imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal,


proteção contra acidentes, saneamento ambiental,
tratamento da água e do esgoto e do lixo, controle de
roedores e vetores, vacinação de animais.

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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
 Secundária: realizada no individuo sob ação do
agente causador da doença, e compreende:

- Diagnóstico e tratamento precoces – tem como


objetivo evitar a propagação de doenças
contagiosas, curar ou estacionar o processo
evolutivo das moléstias, evitar complicações ou
seqüelas e encurtar o período de invalidez.

- Ex: Procura de casos na comunidade, exames


periódicos individuais, isolamento para evitar a
propagação da doença e tratamento para evitar
sua propagação.
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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
 Secundária: realizada no individuo sob ação
do agente causador da doença, e
compreende:

- Limitação da Incapacidade – nesta fase as


ações são para controlar a doença instalada
e evitar futuras complicações e seqüelas.

- Ex: tratamento adequado para interromper o


processo mórbido, provisão de meios para
limitar a incapacidade e evitar a morte.
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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
 Terciária: realizada através da reabilitação (impedir
a incapacidade total).

- Reabilitação: é a interrupção do processo


patológico e da prevenção da incapacidade total
apos a estabilização das alterações anatômicas e
fisiológicas.

- tem como objetivo principal recolocar a pessoa


afetada em uma posição útil na sociedade, com a
utilização máxima da sua capacidade restante.

- Ex: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Ocupação


para o reabilitado. 15
Ações de Enfermagem
 Motivar e conduzir a comunidade para a utilização das
medidas de promoção de saúde e proteção
especifica;
 Divulgar os serviços de saúde e os programas
desenvolvidos;
 Educar para a saúde quanto aos aspectos da saúde e
doença, higiene pessoal, aleitamento materno,
planejamento familiar, nutrição, crescimento e
desenvolvimento, DSTs, saúde mental e bucal,
saneamento;
 Participar na execução de exames de saúde
periódicos; 16
Ações de Enfermagem
 Participar das imunizações de rotina, seletivas
e nas campanhas;
 Participar nos programas de saúde
ocupacional, visando a proteção contra os
riscos ocupacionais e acidentes de trabalho;
 Promover e supervisionar a limpeza,
desinfecção e esterilização de materiais e/ou
ambientes;
 Participar no rastreamento dos casos de
notificação compulsória e aplicar as medidas
preventivas especificas;
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Ações de Enfermagem
 Colaborar no desenvolvimento de programas para
detectar precocemente os distúrbios e as doenças;
 Prestar assistência de enfermagem de acordo com
as condutas terapêuticas imediatas e de limitação
de incapacidade, no recurso de saúde (hospitais,
pronto-socorro, unidades de saúde), ou no domicilio,
através de visitas domiciliares;
 Orientar e supervisionar os cuidados ao doente ou
deficiente;
 Participar no processo de reabilitação do individuo
com algum tipo de incapacidade.
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Referências Bibliográficas

 KAWAMOTO, Emilia Emi. Enfermagem


Comunitária. São Paulo: EPU, 2005.

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