Você está na página 1de 29

PROFª THAÍS CASIMIRO

Saúde é a resultante das condições de


alimentação, educação, renda, meio ambiente,
transporte, lazer, liberdade, moradia, acesso a
serviços de saúde...

8ª Conferência Nacional de Saúde, 1986.


Definição de termos mais utilizados

Agentes infecciosos ou infectantes – São seres vivos capazes de parasitar o


homem. Ex: bactérias, fungos, vírus, entre outros.

Modo de Transmissão – Estabelece-se através da porta de saída, que é à


saída do agente infeccioso para o reservatório.

•Transmissão direta: é a passagem imediata do agente infeccioso ao


hospedeiro.
•Transmissão indireta: o agente infeccioso necessita de um elo para atingir o
hospedeiro.
Definição de termos mais utilizados

Reservatório: É o local onde o agente infeccioso vive, multiplica-se e cresce.


–Reservatório humano: o ser humano é o próprio reservatório.
–Reservatório extra humano: os animais se infectam, podendo infectar o
homem.

•Hospedeiro: É a pessoa ou animal que permite o parasitismo do agente


infeccioso.

Suscetibilidade: É o estado de qualquer pessoa ou animal que não possui


resistência contra um determinado agente.
Definição de termos mais utilizados
•Resistência: É um conjunto de mecanismo corporais que servem de defesa
contra o agente infectante.

•Portador: a pessoa ou animal que abriga o agente infeccioso, sem apresentar


sinais e sintomas da doença.

•Fonte de infecção: É o homem, animal, água, solo e alimentos, dos quais o


agente infeccioso passa imediatamente a um hospedeiro.

•Comunicante ou contato: São as pessoas ou animais que tiveram contatos


com portadores e/ou reservatórios de alguma doença.
Definição de termos mais utilizados

• Período de incubação: É o intervalo de tempo que decorre entre a exposição


e o aparecimento de sinais e sintomas da doença.

• Período de transmissibilidade: É o intervalo de tempo no qual o agente


infeccioso pode transferir-se para o hospedeiro.

• Período de convalescência - Nesta fase, acontece desaparecimento dos


sinais e sintomas e inicia-se o processo de recuperação.

• Cadeia epidemiológica - É o fluxo organizado do estudo epidemiológico das


doenças transmissíveis.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E DA
PREVENÇÃO
História natural da doença e da prevenção

O modelo criado por Leavell e Clark para o estudo das doenças, com o
objetivo de focalizar a promoção da saúde e prevenção de doenças, recebeu o
nome de “História Natural da Doença” e pode ser aplicado a qualquer tipo de
doença ou agravo à saúde, permitindo ordenar o conhecimento existente,
indicar lacunas e promover novas idéias e descobertas através da pesquisa.
História natural da doença e da prevenção

O modelo criado por Leavell e Clark para o estudo das doenças, com o
objetivo de focalizar a promoção da saúde e prevenção de doenças, recebeu o
nome de “História Natural da Doença” e pode ser aplicado a qualquer tipo de
doença ou agravo à saúde, permitindo ordenar o conhecimento existente,
indicar lacunas e promover novas idéias e descobertas através da pesquisa.

A doença é vista como um processo e sugere uma série de etapas, para


que, então venha acontecer no indivíduo. Estas etapas podem ser divididas em
períodos, pré-patogênico e patogênico.
História natural da doença e da prevenção

• Período Pré Patogênico:

Há interação entre agente, hospedeiro e fatores ambientais, sem que a


estrutura orgânica e psíquica do homem seja alternada.

Ex.: Em uma localidade existe o vírus da catapora no ar, no entanto, por uma
série de fatores, algumas crianças não aparecem infectadas.
História natural da doença e da prevenção

• Período Patogênico:

Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes


patogênicos exercem sobre o ser afetado. Iniciam-se com as alterações
bioquímicas em nível celular, logo após alterações na estrutura e função,
evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura.

É aí que se inicia a ação de um estímulo, altera a estrutura orgânica ou


psíquica do homem. A partir de então, seguem-se 4 etapas deste período.
História natural da doença e da prevenção

• Patogênese Precoce: quando não há ainda nem sinais nem sintomas e as


alterações são bioquímicas;

• Diagnosticável Precocemente: já existem sinais e/ou sintomas de início da


doença;

• Doença Avançada: quadro patológico instalado;

• Resultados Finais: recuperação, cronicidade, incapacidade ou morte.


Prevenção

–“Prevenir é prever antes que algo aconteça, ou cuidar para que não
aconteça”.

• A prevenção das doenças em saúde pública tem desenvolvimento a partir dos


conhecimentos dados pela epidemiologia e da patologia. É a partir da história
natural da doença que se desenvolvem a doutrina de prevenção, gerais ou
específicas.
Prevenção Primária

É a promoção da saúde, feita através de medidas de ordem geral. O


resultado destas medidas é o aumento da saúde e do bem – estar gerais:

• Moradia adequada;
• Saneamento básico;
• Higiene;
• Alimentação adequada;
• Prática de exercícios físicos.
Proteção Específica

• Imunização;
• Saúde ocupacional;
• Proteção contra acidentes;
• Medidas de controle dos vetores.
Prevenção Secundária

Diagnostico Precoce:

• Inquéritos para descoberta de casos na comunidade;


• Exames periódicos, individuais, para detecção de precoce dos casos;
• Isolamento para evitar a propagação de doenças;
• Tratamento para evitar a progressão da doença.

OBS: As medidas de prevenção secundárias devem ser realizadas afim de


minimizar agravos, evitar futuras complicações e evitar sequelas.
Prevenção Terciária

• Reabilitação (impedir a incapacidade total);


• Fisioterapia;
• Terapia ocupacional.
DOENÇAS CRÔNICAS

DOENÇAS AGUDAS
Doença Crônicas x Doença Agudas
➢ Doença Crônica

• Uma Doença crônica é uma doença que não é resolvida num tempo curto,
definido usualmente em três meses;

• As doenças crônicas são doenças que põem em risco a vida da pessoa a longo
prazo, portanto, não são emergências médicas e sim urgências;

• Elas podem ser extremamente sérias, se não tratadas corretamente, podendo


levar à morte.
Doença Crônicas x Doença Agudas

➢ Exemplos de doenças crônicas:

• Câncer;
• Doenças autoimunes;
• Tuberculose, hanseníase, sífilis ou gonorréia;
• AIDS;
• Diabetes melitus tipo 1 e 2;
• Hipertensão arterial.
Doença Crônicas x Doença Agudas

➢ Fatores de risco das doenças crônicas:

• Colesterol elevado;
• Obesidade;
• Tabagismo;
• Consumo de álcool;
• Alimentação pobre em frutas e vegetais;
• Vida sedentária.
Doença Crônicas x Doença Agudas

➢ Redução dos riscos para as doenças crônicas:

Através da alteração do estilo de vida pode-se, em pouco tempo, reduzir o


risco de desenvolvimento de Doenças Crônicas:

• Alterando a dieta alimentar – privilegiar frutas, vegetais, cereais integrais, carne


branca.
• Reduzir a ingesta de alimentos salgados e doces;
• Iniciando a prática de exercício físico diário;
• Mantendo um peso normal;
• Eliminando o consumo de tabaco e álcool.
Impacto das doenças crônicas no mundo

• Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 57 milhões de mortes


num ano, 59% são devido ás Doenças Crônicas, como as doenças
cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o câncer e as doenças respiratórias.

• A mudança dos hábitos alimentares e a implantação de um estilo de vida


sedentário estão a ocorrer a um ritmo muito mais rápido nos países em
desenvolvimento, por comparação com o que aconteceu nos países
desenvolvidos.

• As Doenças Crônicas estão a crescer imenso em muitos dos países mais


pobres, articulando-se de forma muito perigosa com outra calamidade: as
doenças infecciosas.
Doença Crônicas x Doença Agudas
➢ Doenças Agudas

• As doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, terminando


com cura ou morte em menos de três meses.

• A maioria das doenças agudas caracteriza-se em várias fases. O inicio dos


sintomas pode ser abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de
deterioração até um máximo de sintomas e danos, com manutenção dos
sintomas e possivelmente novos picos, uma longa recuperação com
desaparecimento gradual dos sintomas, e a convalescência, em que já não há
sintomas específicos da doença mas o indivíduo ainda não recuperou
totalmente as suas forças.
Doença Crônicas x Doença Agudas
➢ Doenças Agudas

• As fases de recuperação podem ocorrer as recrudescências, que são


exacerbamentos dos sintomas de volta a um máximo, e na fase de
convalescência as recaídas, devido à presença continuada do fator
desencadeante e do estado debilitado do indivíduo, além de (novas) infecções.
Doença Crônicas x Doença Agudas
➢ Exemplo de Doenças Agudas:

• A maioria das infecções por vírus e bactérias, como por exemplo:


• Gripes e Resfriados;
• Infecções gastrointestinais;
• Pneumonia;
• Meningite;
• Dengue.
Doença Crônicas x Doença Agudas
➢ Prevenção de Doenças Agudas:

• A prevenção primária: que é tudo que fazemos no intuito de remover causas e fatores de
risco de um problema de saúde antes que a doença ocorra. Inclui a promoção da saúde e a
proteção específica contra certas doenças (ex.: imunização, exercícios físicos, alimentação
saudável).
DÚVIDAS?

Você também pode gostar