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SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA – SAMU 192 REGIONAL FORTALEZA

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE – NEP SAMUFor


Protocolos SAMUFor
BC16 – CRISE CONVULSIVA NO ADULTO Protocolos Clínicos
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Quando suspeitar ou critérios de inclusão:


o Súbita perda da consciência, acompanhada de contrações musculares involuntárias, cianose, salivação
intensa, lábios e dentes cerrados.
o Eventual liberação esfincteriana caracterizada por incontinência fecal e urinária.
o Na fase pós-convulsiva: sonolência, confusão mental, agitação, flacidez muscular e cefaléia, sinais de
liberação esfincteriana, informação de pessoa que presenciou o evento.
Conduta:
1. Realizar avaliação primária (Protocolo BC1) com ênfase para:
• avaliar responsividade;
• aspirar secreções se necessário;
• manter permeabilidade de vias aéreas; e
• oferecer O2 sob máscara não reinalante, 10 a 15 l/min se SatO2 < 94%.
2. Realizar avaliação secundária (Protocolo BC2) com ênfase para:
• monitorar oximetria de pulso e sinais vitais;
• mensurar glicemia capilar;
• coletar história SAMPLA; e
• proteger o paciente para evitar traumas adicionais, principalmente na cabeça.
3. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.
• Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade de
saúde de destino;
• Registrar achados e procedimentos no Prontuário de Atendimento.

OBSERVAÇÕES:
• Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
• A crise convulsiva ou epiléptica pode ser uma manifestação de um processo patológico sistêmico
reversível ou de uma disfunção inerente ao Sistema Nervoso Central.
• O estado de mal epiléptico é a ocorrência de crises epilépticas prolongadas (acima de 5 minutos)
ou repetitivas, persistindo por 30 minutos ou mais, que não permitem a recuperação da consciência
entre os eventos.
• A “Crise generalizada tônico-clônica” (CGTC) raramente ultrapassa 5 minutos de duração e é a
mais comum das manifestações.
• Anotar sempre a frequência, a duração e as características da crise, quando presenciadas ou obter junto
aos circundantes e/ou testemunhas quando a crise não for presenciada pela equipe. Cuidado com
medidas intempestivas para evitar a mordedura da língua e lesões dentárias, com consequente
hemorragia potencialmente perigosa.
CONDUTA ADICIONAL EM SUPORTE INTERMEDIÁRIO DE VIDA (SIV)
Em adultos, se a vítima apresentar convulsões com duração maior que 5 minutos e/ou glicemia capilar <60mg/dl
manobras em SIV, sob orientação médica, podem incluir:
• Na crise com duração superior a 5 min, administrar Diazepam 10 mg IV lento (1 a 2 mg/min) até o
controle da crise (administração deve ser interrompida tão logo cesse a crise). Início de ação: 1 a 3
minutos. Na persistência da crise, repetir a dose a cada 5 a 10 min (máximo de 30mg).
ATENÇÂO: Não diluir, não administrar Diazepan se a crise estiver cessado nem por via IM nem no
período pós-convulsivo.
• Se glicemia < 60mg/dl, administrar 50ml de Glicose 50%, IV/IO (concentração IV/IO máxima

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recomendada é 25% - pode ser preparada diluindo-se a glicose 50% 1:1 com água destilada ou SF 0,9%);
• Em caso de histórico de alcoolismo, hepatopatia ou desnutrição, administrar Tiamina 100 mg IM,
simultaneamente com a glicose, para prevenção da encefalopatia de Wernicke-Korsakoff.

Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis.

Elaboração: Agosto/2014
1ª Revisão: Outubro/2014
2ª Revisão: Julho/2016
3ª Revisão: Setembro/2016 (inclusão SIV)

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