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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE


SUBSECRETARIA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
COMISSÃO PERMANENTE DE PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Procedimento Operacional Padrão

Aferição de Pressão Arterial Sistêmica (PAS)

Área (s): COAPS/SAIS/SES-DF


Portaria SES-DF Nº 0000 de data , publicada no DODF Nº 0000 de [data da publicação].

1- Objetivo
Padronizar o procedimento para aferição de pressão arterial.
2- Finalidade do Procedimento
Identificar grupos de risco e adoção de estratégias de rastreamento de hipertensão arterial
sistêmica (HAS) para redução das complicações cardiovasculares e desfechos como Infarto
Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Cerebral (AVC), problemas renais, entre
outros.
3- Horário de Funcionamento
UBS tipo I: Segunda à sexta-feira das 07:00 às 17:00 horas;
UBS tipo II: Segunda à sexta-feira das 07:00 às 19:00 horas e sábado das 07:00 às
12:00 horas.
4- Local de Aplicação
Unidade Básica de Saúde e/ou domicilio.
5- Responsáveis
Enfermeiros e Técnicos/Auxiliares de Enfermagem
6- Materiais
 Esfigmomanômetro;
 Estetoscópio;
 Bandeja ou cuba rim;
 Algodão;
 Álcool a 70%;
 Caderneta ou cartão de acompanhamento do paciente.
7- Descrição do Procedimento

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a) Realizar a desinfecção da bandeja ou cuba rim com álcool a 70%;
b) Higienizar as mãos;
c) Reunir o material necessário na bandeja ou cuba rim;
d) Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em
ambiente calmo;
e) Instruir o paciente a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem
ser esclarecidas antes ou depois do procedimento;
f) Certificar-se de que o paciente:
g) Esteja com a bexiga vazia;
h) Não tenha praticado exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
i) Não tenha ingerido bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
j) Não tenha fumado nos 30 minutos anteriores.
k) Posicionar o paciente sentado ou deitado, com pernas descruzadas, dorso
recostado na cadeira ou maca e relaxado;
l) Colocar o braço na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para
cima;
m) Escolher o manguito adequado ao braço do paciente. A largura da bolsa de
borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu
comprimento, envolver pelo menos 80%;
n) Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
o) Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
p) Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial;
q) Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma
do estetoscópio sem compressão excessiva;
r) Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido
pela palpação;
s) Proceder a deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);
t) Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após,
aumentar ligeiramente a velocidade de deflação;
u) Determinar a Pressão Arterial Diastólica (PAD) no desaparecimento dos sons
(fase V de Korotkoff);
v) Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;
w) Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento
dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero;
x) Realizar pelo menos duas verificações, com intervalo em torno de um minuto;
y) Informar o valor de PAS obtido para o paciente;

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z) Realizar a desinfecção da bandeja, do estetoscópio e do esfigmomanômetro com
álcool a 70%;
aa) Higienizar as mãos;
bb) Anotar no cartão/caderneta e no prontuário do usuário os valores exatos sem
“arredondamentos”, além do braço em que a PAS foi medida.

8- Recomendações/Observações
 Para esfigmomanômetros semiautomáticos e automáticos, seguir
recomendações do fabricante.
 As roupas não devem garrotear o membro em que irá se verificar a PAS.
 Medir a PAS na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em
outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou
suspeitada.
 Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito
diferentes.
 Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do
braço onde foi obtida a maior pressão como referência.
 Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a cada dois anos para os adultos
com PA ≤ 120/80 mmHg, e anualmente para aqueles com PA > 120/80 mmHg e
< 140/90 mmHg.
 A medição da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica após os
três anos de idade, pelo menos anualmente, como parte do atendimento
pediátrico primário, devendo respeitar as padronizações estabelecidas para os
adultos. A interpretação dos valores de PA obtidos em crianças e adolescentes
deve considerar idade, sexo e altura. Para a avaliação dos valores de PA de
acordo com essas variáveis, devem-se consultar tabelas específicas.
 Não aferir a pressão arterial em membros que tiveram: fístula endovenosa;
cateterismo; plegias; punção venosa; infusão de líquidos; membro que for do lado
mastectomizado do paciente.

9- Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença


crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 128 p.: il.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 37).

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MALACHIAS, MVB; SOUZA, WKSB; PLAVNIK, FL; RODRIGUES, CIS; BRANDÃO, AA;
NEVES, MFT. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016; 107
(3Supl.3):1-83.
2. NEPEN. Protocolo Operacional Padrão – Aferição da Pressão Arterial versão 1.
Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Revisado em 2016.
Disponível em:
http://www.hu.ufsc.br/documentos/pop/enfermagem/assistenciais/AVALIACAO_SINAIS_VIT
AIS/AFERICAO_PRESSAO_ART.pdf

ANEXO
Classificação da pressão arterial para adultos maiores de 18 anos
Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal <130 < 85
Limítrofe 130 - 139 85 - 89
Hipertensão estágio 1 140 - 159 90 - 99
Hipertensão estágio 2 160 - 179 100 - 109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Fonte: Ministério da Saúde (2013).

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