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CURSO: ENFERMAGEM

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA


LABORATORIAL
Técnica: Mensuração da Pressão Arterial
Definição: compreende a verificação da pressão máxima ou sistólica e da pressão mínima ou diastólica,
registrada em forma de fração ou usando-se a letra x entre a máxima e a mínima.
Objetivo: Detectar precocemente desvios de normalidade e indicar variações individuais de níveis pressóricos
para conduzir o tratamento.
Profissional envolvido: Enfermeiro; Técnico e Auxiliar de Enfermagem.
Material: Estetoscópio, esfigmomanômetro, algodão, álcool 70% e fita métrica (não extensível/inelástica).
Procedimento:
1. Higienizar as mãos;
2. Reunir o material necessário e levar para junto do paciente;
3. Certificar que o estetoscópio e esfigmomanômetro estejam íntegros e calibrados;
4. Explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo;
5. Certificar que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60 minutos; a
não utilização de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes, colocar o paciente em
repouso, com o braço livre de roupas, relaxado e mantido no nível do coração apoiado e com a palma
da mão para cima com o cotovelo ligeiramente fletido, se sentado manter as pernas descruzadas;
6. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olecrano. Selecionar o manguito
de tamanho adequado ao braço;
7. Após a seleção do manguito adequado, realizar assepsia das olivas e diafragma do estetoscópio com
algodão e álcool 70%, orientar o paciente a não falar durante o procedimento;
8. Colocar o manguito no membro, ajustando-o 2 a 3 cm acima da fossa cubital sem deixar folgas;
9. Estimar o nível da PAS: palpar a artéria radial, fechar a válvula da pêra e insuflar o manguito enquanto
continua a palpar a artéria. Anotar o ponto no manômetro em que o pulso desaparece;
10. Desinsuflar o manguito lentamente;
11. Aguardar 30 segundos para insuflar o manguito novamente;
12. Colocar o diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial e colocar o manômetro em posição de
leitura;
13. Manter o diafragma do estetoscópio firme sobre o pulso braquial e insufle o manguito gradualmente até
o valor da PAS estimada pelo método palpatório, e continue insuflando até 20-30 mmHg acima desta
pressão;
14. Esvaziar lentamente o manguito a uma velocidade de 2-4 mmHg/seg., identificando pelo método
auscultatório a PAS corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkoff (fase
I – Primeiro som) e a PAD corresponde ao desaparecimento dos ruídos (fase V – Último som);
15. Desinsuflar totalmente o manguito;
16. Repetir o procedimento, se necessário, após aguardar de 1-2 minutos;
17. Retirar o manguito do braço do paciente;
18. Informar o valor de PA obtido para o paciente e anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o
braço em que a PA foi medida;
19. Realizar novamente assepsia das olivas e diafragma do estetoscópio;
20. Higienizar as mãos;
21. Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

Observações:
A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre valores, deve-se
considerar a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido deve ser utilizado como referência nas
próximas medidas.
Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão
ortostática possa ser frequente ou suspeitada.

Indicação:
Realizar diariamente em todos os pacientes internados, principalmente nos que se encontram em estado de alto
risco, unidades de emergência e cuidados intensivos.

Contraindicação:
Não medir em membros com Trombose Venosa Profunda (TVP), acessos venosos, lesões como: infiltrações,
edemas, extravasamentos e fístulas arteriovenosas. Em pacientes mastectomizados: nunca verificar a
pressão arterial (PA) no membro do lado da mastectomia.

Recomendações:

Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade:

Referência:
1. Padilha Katia, Bellan Margarete Consorte. Manual de Técnicas - Fundamentos para a assistência de enfermagem -
(Material de apoio para estudo) – UNIP – 2009.
2. Malachias, M.V.B., et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83. p. 1. (Online).
3. Barroso et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2020; [online].

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