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Punção Venosa
Uma das principais finalidades dos resultados dos exames laboratoriais é reduzir as dúvidas que
a história clínica e o exame físico fazem surgir no raciocínio médico. Para que o laboratório clínico possa
atender, adequadamente, a este propósito, é indispensável que todas as fases do atendimento ao
paciente sejam desenvolvidas seguindo os mais elevados princípios de correção técnica, considerando a
existência e a importância de diversas variáveis biológicas que influenciam, significativamente, a
qualidade final do trabalho.
Atualmente, tem se tornado comum a declaração de que a fase pré-analítica é responsável por
cerca de 70% do total de erros ocorridos nos laboratórios clínicos. A fase pré-analítica inclui a indicação
do exame, redação da solicitação, transmissão de eventuais instruções de preparo do paciente, avaliação
do atendimento às condições prévias, procedimentos de coleta, acondicionamento, preservação e
transporte da amostra biológica até o momento em que o exame seja, efetivamente, realizado. Para a
coleta de sangue para a realização de exames laboratoriais, é importante que se conheça, controle e, se
possível, evite algumas variáveis que possam interferir na exatidão dos resultados.
A escolha do local de punção representa uma parte vital do diagnóstico. O local de preferência
para as venopunções é a fossa antecubital, na área anterior do braço em frente e abaixo do cotovelo,
onde está localizado um grande número de veias, relativamente próximas à superfície da pele. As veias
desta localização variam de pessoa para pessoa, entretanto, há dois tipos comuns de regimes de
distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O padrão H foi assim
denominado devido às veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e basílica) distribuírem-se como
se fosse um H, ele representa cerca de 70% dos casos. No padrão M, a distribuição das veias mais
proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica) assemelha-se à letra M.
Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa ser
puncionada, as veias cubital mediana e cefálica são as mais frequentemente utilizadas. Dentre elas, a
veia cefálica é a mais propensa à formação de hematomas e pode ser dolorosa ao ser puncionada.
Quando as veias desta região não estão disponíveis ou são inacessíveis, a veias do dorso da mão
também podem ser utilizadas para a venopunção. Veias na parte inferior do punho não devem ser
utilizadas porque, assim como elas, os nervos e tendões estão próximos à superfície da pele nessa área.
Locais alternativos, tais como tornozelos ou extremidades inferiores, não devem ser utilizados sem a
permissão do médico, devido ao potencial significativo de complicações médicas, por exemplo: flebites,
tromboses ou necrose tissular. Já no dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ser
mais calibroso, porém a veia dorsal do metacarpo também poderá ser puncionada.
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica - Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso.
PROTOCOLO:
Seguir com rigor a metodologia proposta para que não ocorram erros na execução e acidentes com
perfurocortantes.
Exercícios