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UNIVERSIDADE CEUMA - UNICEUMA

COORDENAÇAO DO CURSO DE MEDICINA


LABORATÓRIO DE HABILIDADES MÉDICAS 3º PERÍODO
PROFESSORAS: ELZA LIMA, MARA PIMENTEL E AURELICE ALVES

ROTEIRO PARA A PRÁTICA DE PUNÇAO VENOSA PERIFÉRICA

 Materiais necessários
 Bandeja ou cuba rim;
 Seringas descartáveis de 10 ml (para adulto) e de 3 ou 5 ml (para RN);
 Agulha de 40x1,2 mm;
 Álcool 70%;
 Algodão ou gazes
 Dispositivo endovenoso (scalp ou jelco com polifix), escolher dispositivo e calibre conforme
rede venosa do paciente e terapia medicamentosa que será realizada;
 Garrote e fixação (esparadrapo/micropore/curativo transparente semipermeável);
 Água destilada ou soro fisiológico;
 Luvas de procedimentos;
 Rótulo para identificar do Acesso.

 Técnica para AVP com jelco ou scalp


1. Conferir junto a prescrição médica: nome do cliente, nº do leito, soluções a serem infundidas;
2. Lavar as mãos e preparar o material necessário;
3. Calçar luvas de procedimento, preencher a seringa e extensão do dispositivo (polifix) com água
destilada ou soro fisiológico;
4. Preparar a fixação e preencher o rótulo de identificação do procedimento;
5. Explicar o procedimento ao paciente e posicioná-lo de acordo com a região a ser puncionada,
protegendo a roupa de cama com compressa não estéril ou toalha;
6. Garrotear membro 10 a 15 cm acima do local escolhido (não colocando sobre as articulações);
7. Escolher a veia segundo as prioridades, observar, palpar e realizar antissepsia do local com
movimentos no sentido do retorno venoso ou circular do centro para fora;
8. Palpar a rede venosa para escolher o local a ser puncionado, de preferência vasos periféricos
superficiais de grosso calibre e distante das articulações. Indicadas: cefálica, basílica, mediana, as do
antebraço e as do plexo venoso do dorso da mão; sentido distal para proximal;
9. Proceder punção tracionando a pele do cliente (no sentido da porção distal do membro) com a mão
não dominante, posicionando o dedo polegar cerca de 2,5cm abaixo do local selecionado para a
punção;
10. Técnica com jelco
 Segurar o dispositivo com os dedos polegar e o indicador;
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COORDENAÇAO DO CURSO DE MEDICINA
LABORATÓRIO DE HABILIDADES MÉDICAS 3º PERÍODO
PROFESSORAS: ELZA LIMA, MARA PIMENTEL E AURELICE ALVES

 Posicionar em um ângulo de mais ou menos 30º;


 Inserir a agulha com o bisel voltado para cima, até observar o refluxo do sangue na câmara do
dispositivo;
 Com a presença de sangue muda-se a angulação para paralela a pele;
 Neste momento se interrompe a introdução do mandril (agulha), faz-se a retirada do mandril
simultaneamente a introdução do restante do cateter maleável e retira-se o garrote;
 Retira-se o mandril totalmente fazendo pressão acima da ponta do cateter com o indicador da mão
não dominante, adaptar a conexão (polifix) e se realiza a fixação;
 Testa-se o acesso, verificar se existe fluxo de sangue no dispositivo endovenoso ou ao introduzir
soro com uma seringa, fazem-se as seguintes observações:
-Se não há dificuldade para introduzir o liquido;
-Se ao introduzir soro ocorre abaulamento ou vermelhidão no local;
-Se o paciente sente dor exagerada;
-Formação de soroma.
 No caso da instalação de sistema de hidratação (soro de manutenção) verificar o fluxo de
gotejamento, e fazem-se as mesmas observações dos testes com a seringa.
11. Técnica com scalp
 Segurar pelas extremidades juntas (asas) e proceder a punção com bisel voltado para cima;
 Posiciona-se em um ângulo de mais ou menos 30º;
 Rompe a pele e conforme introduz a agulha vai diminuindo o ângulo até ficar bem próximo a pele;
 Com a visualização de sangue na extensão, retire o garrote, testa-se o acesso e realize a fixação.
12. Proceder a identificação no próprio curativo do cateter o dia e hora da punção, o responsável pela
mesma e o calibre do cateter utilizado;
13. Colocar o cliente em posição confortável;
14. Recolher o material utilizado, desprezar o lixo em local adequado;
15. Retirar as luvas de procedimento, higienizar as mãos e registrar o procedimento no prontuário.

Observações
 O cateter sobre agulha (jelco) é indicado nos casos de terapia endovenosa prolongada;
 O catéter periférico agulhado (scalp) é utilizado em terapias de curto período;
 Contra indicações para punção venosa relacionadas ao local de punção: mastectomia, fístula
artério-venosa, linfedema, déficit motor e sensitivo, locais com lesões cutâneas.

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