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INTRODUÇÃO À PRÁTICA MÉDICA – 3/09/2020

Glicemia Capilar:
 Mensuração da glicose sanguínea (glicemia) utilizando uma gota de sangue capilar, através de um
glicosímetro (reação química indica nível de glicose detectável)
 Objetivo:
o Monitorar níveis de glicose sanguínea
o Forencer parâmetros para prescrição de insulina
o Analisar e acompanhar eficácia do plano terapêutico
 Vantagem:
o Medição em qualquer lugar e resultado imediato
 Desvantagem:
o Ate 20% de discordância da glicemia venosa
 Quando realizar:
o Controle em indivíduos diabéticos – domiciliar, quadros de descompensacao
o Suspeita de hipo ou hiperglicemia
o Pacientes graves
o Trauma grave
 No processo inflamatório, pacientes deixam de ter equilíbrio da utilização da glicose ->
sem fornecer insulina, não consegue utilizar glicose
o Indivíduos inconscientes
o Investigar distúrbio de glicemia associado a outras causas
 Instrumentos:
o Tiras reagentes -> cada equipamento é uma tira
o Glicosimetro
o Luvas
o Caneta
o Se em ambiente controlado, onde se possa lavar as mãos, preferência por essa
 Se em outro ambiente -> algodão com álcool em pequena quantidade, pois muito álcool
interfere na medição da glicose
 Aguardar secar

 Técnica de realização:
o 1) calibrar o equipamento
o 2) explicar procedimento ao paciente e acompanhante
o 3) higienizar as mãos
o 4) calcar luvas de procedimento
o 5) introduzir a tira teste no aparelho, evitando tocar na parte reagente
o 6) limpar a polpa digital do paciente com algodão levemente embebido no álcool 70% e
aguardar secar, ou lavar as mãos e secar
 Nas laterais da polpa dói menos -> mesma quantidade de sangue
 Controle crônico = alternando lugar do furo
o 7) fazer leve pressão na polpa digital para promover acúmulo de sangue
o 8) lancetar a lateral da polpa digital e coletar gota na fita reagente
o 9) pressionar o local da punção o suficiente para suspender o sangramento
o 10) Aguardar o tempo para realização do tempo
o 11) Descartar imediatamente a lanceta na caixa para perfurocortante
o 12) realizar leitura do índice glicêmico
o 13) limpar o dedo do paciente e certificar-se de que não há prolongamento do período de
sangramento
o 14) desprezar o material utilizado no lixo
o 15) retirar luva e desprezar no lixo
o 16) higienizar as mãos
o 17) anotar medida e adotar medidas terapêuticas necessárias

 Interferem no resultado:
o Qualidade da amostra coletada
 Gota com pouco sangue -> alteração na leitura
o Calibração do glicosímetro
o Limite da detecção do equipamento (0-600 mg/dL)
o Tira adequada para cada equipamento
o Habilidade do profissional
o Álcool em excesso na área de punção
 Abaixo de 65 ou acima de 180 = problemas -> ou hipoglicemia ou hiperglicemia severa
Vias de Administração de Medicamentos:

 Enteral:
o Substância é administrada pelo trato digestivo
o Exemplos:
 Via oral
 Via cateteres enterais
 Paciente por algum motivo não consegue deglutir
 Geralmente passada pelo nariz ou boca e fica no estomago ou intestino delgado
 Sublingual
 Região bem vascularizada e absorção direto na circulação ali na boca mesmo
 Via retal

 Parenteral:
o Substância administrada por outro local que não pelo trato digestivo
o Antes de administrar a medicação:
 Higienização das mãos
 Uso de luvas
 Higienização do local de aplicação
 Sempre na mesma direção e não espalhar o algodão na pele espalhando sujeira
o Exemplos:
 Intradérmica
 Intraóssea
 Intra-arterial
 Intra-articular
 Intraperitoneal
 Intravenosa
 recomendações para cateteres periféricos:
o 1) higiene de mãos
o 2) seleção do cateter e sitio de inserção
 objetivo: administrar alguma medicação ou coleta de sangue
 coleta se sangue:
 agulha a vácuo
o um lago é a agulha -> para introduzir no paciente
o outro lado -> agulha com borracha em volta, vai
ficar dentro do suporte (conhão), onde vai encaixar
os tubos de coleta
 prática mais segura pro profissional e
paciente em relação a riscos de infecção
 administrar medicamentos:
 cateter agulhado
o utilizado para coleta de amostra sanguínea e
administração de medicamento em dose única
o quando chega no vaso sanguíneo -> refluxo de
sangue
o atenção -> tem uma agulha fixa que fica dentro do
vaso sanguíneo, logo utilizado para curta duração,
procedimento pontual -> dose única! -> introduz e
retira antes da alta
o se ficar mais tempo risco de transfixão ->
atravessar o vaso sanguíneo

 cateter sobre agulha


o recomendado para terapias intravenosas
periféricas
o agulha e por cima um cateter
 agulha para perfurar, agulha é retirada e o
cateter fica dentro do vaso
 cateter de poliuretano/plástico -> menos
lesões no paciente
o indicado para infusões de média duração
 paciente internado, que precisa de mais
medicações
o quanto maior o numero -> menor a agulha e
cateter
o para infusão simultânea de duas/três soluções:
 multivia ou polifix
 torneirinha 3 vias ou three way

o 3) sítios de inserção
 adultos = antebraço e mão
 evitar veias dos membros inferiores -> risco de trombose
 pacientes pediátricos = antebraço, mão e braço
 evitar regiões perto da axila
 escolher veia/vaso que vai durar mais tempo o
cateter/agulha inserido
 evitar área anti-cubital -> de dobras!
 evitar:
 região de flexão
 membros comprometidos por lesões como feridas abertas
 infecções nas extremidades
 veias já comprometidas
o infiltração
o flebite
 inflamação do vaso – por punção anterior
– causada pelo cateter ou pela medicação
 fica um vergão, duro e vermelho
o necrose
 áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios
 cuidados:
 avaliar o sitio quanto a presença de:
o rubor (vermelhidão)
o edema
o drenagem de secreções
 valorizar as queixas do paciente:
o dor, formigamento -> parestesia

o 4) preparo da pele
 utilizar um novo cateter a cada tentativa de punção
 técnica do “no touch”
 realizar fricção da pele com solução a base de álcool
 após passar a solução alcoolica -> não tocar mais o local
(no touch)!

o 5) estabilização e coberturas
 estabilizar o cateter = preservar a integridade do acesso,
prevenir o deslocamento do dispositivo e da sua perda
 deve ser feita por materiais específicos para isso
 curativos próprios pra estabilização e cobertura de cateter
 pode ser feita com micropório
 é necessário visualizar o local de inserção do cateter!

o 6) flushing e manutenção do cateter periférico


 introdução de solução salina para cateteres que irão
permanecer por um tempo dentro do paciente
 salinização ou sorolização
 realizar flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue
antes de cada infusão, para garantir o funcionamento do cateter
e prevenir complicações
 utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas
comercialmente disponíveis para prática de flushing
 realizar flushing e lock de cateteres periféricos imediatamente
após cada uso
 saliniza e fecha o cateter para não infectar nem vazar
o 7) técnica
 EPIs – máscara e luvas
 Álcool 70% (álcool swab)
 garrote/torniquete
 colocado 1 palmo acima do local da punção
 vai apertar o local e o sangue que está retornando fica
dentro da veia
o veia fica mais cheia de sangue e facilita a punção
 deixar o menor tempo possível para realizar o
procedimento
 passo a passo
 1) higienizar as mãos
 2) separar os equipamentos necessários
 3) colocar as luvas
 4) colocar o torniquete 1 palmo acima do local de punção
 5) higienizar o local da punção com álcool 70% e não tocar
mais no local
 5) inserção do cateter com o buraquinho da agulha virado
pra cima
o angulação de 15 a 45 graus, em geral 25 graus
 6) quando a agulha chega na veia, começa a retornar
sangue
o para e introduz somente o cateter
o se continuar com a agulha tem risco de transfixão
 7) cateter dentro da veia, tirar o garrote antes de tirar a
agulha
 8) coloca o polifix ou torneirinha
 9) estabilização e cobertura do cateter

 Intramuscular
 Não faz dobra, apenas firma a mão que não vai realizar a injeção
 Agulha:
o vai precisar ser mais longa devido a localização do musculo
o levar em consideração:
 idade do paciente
 espessura do tecido subcutâneo (porte do paciente)
 solubilidade da droga a ser injetada
 droga mais liquida = x7
 droga mais espessa = x8
o adultos: preto/cinza e verde
 preto/cinza = 25 x 7 ou 30 x 7
 mais grossa e mais comprida
 verde = 25 x 8, 30 x 8, 40 x 8
 mais grossa e calibrosa, e mais comprida
o crianças: violeta 20 x 5.5
o agulha 40 x 12 = usada para aspirar medicamento (rosa)
 não usa para fazer injeção intramuscular
o ângulo da agulha:
 deve ser perpendicular à pele, a 90 º
 Locais para aplicação:

o Braço – músculo deltoide


 Face lateral do braço, aproximadamente 2 dedos abaixo do
acrômio, no centro do músculo
 Músculo deve estar relaxado -> menos dor
 Preferencialmente sentado, com antebraço flexionado, expondo
completamente o braço e o ombro
 Importante = devido a vários problemas de administrar volumes
mais altos, não se administra mais medicação no deltoide,
somente vacina

o Dorso-glúteo
 Dividir o glúteo em 4 partes e aplicar no quadrante superior
externo
 Ideal = barriga pra baixo (posição ventral) -> prevenir desmaios
no meio da aplicação e o médico ter que socorrer o paciente
 Pedir pro paciente apoiar o peso na perna contraria da
injeção para deixar musculo bem relaxado
 Cuidado = não administrar nunca no meio do glúteo para evitar
pegar o nervo ciático (nervo pode estar por ali) -> lesões graves e
até irreversíveis
o Ventro-glúteo:
 Região mais seguro e aguenta volume maior -> dói menos
 Colocar mão não dominante no quadril do paciente, espalmando
a mão sobre a base do trocanter do fêmur, e com o dedo
indicador ir localizando a crista ilíaca ântero-superior
 Abrir o dedo médio, e administrar medicação entre dedo
indicador e dedo médio

o Vasto lateral da coxa – região da face anterolateral da coxa


 Em quem: Pacientes que ficam na cama e bebês e crianças que
não começaram a andar ainda
 Volume máximo que pode ser injetado em cada região:
o Se administrar volume muito grande em musculo que não aguenta -> não
vai absorver o medicamento e pode causar uma necrose do músculo
o Prematuros, neonatos, lactentes = vasto lateral
 Volume: 0,5 mL
 Subcutânea
 Camada de “gordurinha” logo acima do músculo
 Precisa fazer uma dobra/prega para ter certeza que na administração o
medicamento vai ficar no subcutâneo, e não ultrapassar a camada
 Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura
 Volume máximo por aplicação = 0,3 mL
o volume muito grande, organismo não consegue absorver e medicamento
pode infectar a região, podendo levar a necrose do tecido

 Agulha: (marrom)
o Ângulo:
 90 ºC – agulhas hipodérmicas e pacientes normais ou obesos
 45 ºC – agulhas mais longas e pacientes magros
o Tamanho: 13 x 4.5 mm -> geralmente a escolhida
 13 = comprimento da agulha
 4.5 = calibre/grossura
 Locais de aplicação:
o Abdômen – regiões laterais, 3 dedos da cicatriz umbilical
o Coxas – região frontal e lateral externa, 3 dedos abaixo da região inguinal
e 3 dedos acima do joelho
o Braços – região posterior, 3 dedos abaixo da região axilar e 3 acima do
cotovelo
o Nádegas – região superior externa
o Pacientes que fazem uso contínuo – diabéticos e uso de insulina
 Precisam alternar o local de administração
 Se todo dia for no mesmo local, o medicamento para de ser
absorvido ao longo do tempo

 Importante:
o Antes da administração do medicamento, aspirar para confirmar que não
pegou algum vaso sanguíneo
o Se sangue for aspirado, retirar agulha e preparar medicação novamente

o Exemplos parenteral não por injeção ou infusão:


 Epidérmica
 Aplicação sobre a pele
 Inalável
 Colírios
 Gota otológicas
 Intranasal

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