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Prof. Enf.

Sávio Dias
Mestrando em Enfermagem em Saúde Pública pela EERP/USP
Especialista em Urgência e Emergência
Punção
Venosa Periférica
Tipos de catéteres
Escalpes Intravenosos Periféricos de curta
permanência (Scalps): possui asas que podem ser
dobradas para cima, para facilitar a introdução na
veia e a fixação.
A numeração é ímpar: 19, 21, 23, 25, 27. Sendo
que o mais usado para adulto é o n.º 21 e para
crianças o n.º 25. Scalp
Quanto maior a numeração menor é o calibre da
agulha.
• Cateteres Intravenosos Periféricos de longa permanência (Abocath ou
Jelco): são mais dolorosos na punção, mas podem permanecer por
mais tempo na veia, pois a agulha é retirada, ficando o dispositivo de
polietileno. A numeração é par: 14, 16, 18, 20, 22, 24.
Locais para punção
venosa
Materiais para punção venosa
• Bandeja;
• Dispositivo intravenoso, compatível com o acesso venoso do paciente:
TIPOS Agulhado (scalp) 27, 25, 23 e 21; Sobre agulha (jelco) 24, 22, 20 e 18 .
• Garrote.
• Gaze ou bolas de algodão.
• Luva de procedimento.
• Solução anti-séptica álcool a 70% ou clorexidina solução alcoólica (0,5%).
•Adesivo para fixação do cateter (indica-se em ordem preferencial o
curativo transparente semipermeável estéril, micropore e esparadrapo).
• Tesoura (opcional).
• Equipamento de proteção individual
• Polifix preferencialmente de duas vias;
• Seringa de 10 ml.
• 01 agulha.
• 01 flaconete de soro fisiológico a 0,9%
• Técnica
• 1. Ler a prescrição médica;
• 2. Higienizar as mãos com água e sabão;
• 3. Separar o material necessário;
• 4. Realizar a desinfecção da bandeja ou cuba rim com álcool à 70%;
• 5. Realizar a higienização das mãos com álcool à 70% glicerinado;
• 6. Preparar o material, preencher o polifix com soro fisiológico e manter seringa
com a solução acoplada;
• 7. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;
• 8. Checar a identificação do paciente;
• 9. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante;
• 10. Posicionar o paciente em decúbito dorsal de modo confortável, com a área de
punção exposta e sobre um protetor impermeável (preferencialmente);
• 11. Inspecionar e palpar a rede venosa dando preferência as veias mais
proeminentes, firmes e menos tortuosas, priorizando a porção distal em sentido
ascendente. Pode ser necessário garrotear o membro para facilitar a visualização
da rede venosa. O garroteamento deve impedir o retorno venoso, mas não deve
ocluir o fluxo arterial, é importante controlar o tempo do garroteamento e quando
necessário soltar o garroteamento temporariamente.
• 12. Colocar os equipamentos de proteção individual: a máscara cirúrgica e óculos
de proteção;
• 13. Higienizar as mãos com álcool glicerinado;
• 14. Calçar as luvas de procedimento;
• 15. Abrir a embalagem do cateter de forma estéril, deixando-o protegido;
• 16. Garrotear o local para melhor visualizar a veia, 4 a 6 polegadas (10 a 15 cm)
acima do local de inserção proposto;
• 17.Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool à 70% ou
clorexidina alcoólica à 0,5%, no sentido do proximal para distal, três vezes;
• 18. Realizar punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para
cima, introduzir a agulha no ângulo de 30 a 45º;
• 19. Ao visualizar o refluxo sanguíneo, estabilize o cateter com uma mão e solte o
garroteamento com a outra mão. Aplique uma leve pressão com o dedo médio da
mão não dominante 3 cm acima do local de inserção;
• 20. Retirar o guia do dispositivo sobre agulha (jelco); 21. Acoplar o polifix preenchido com
solução fisiológica a 0,9% conjugado a
seringa ao cateter;
• 22. Testar o fluxo do acesso venoso, injetando solução fisiológica à 0,9%.
Quando observar infiltração do acesso ou obstrução total do
cateter, remover o cateter e repetir novo procedimento, com outro
dispositivo.
• 23. Salinizar o acesso com solução fisiológica à 0,9% e fechar o polifix. Caso
seja indicado conectar a hidratação venosa.
• 24. Realizar fixação adequada com adesivo disponível.
• 25. Identificar a punção: data, tipo/nº do dispositivo, hora do procedimento,
nome e registro do profissional;
• 26.Recolher o material, descartando os perfurantes em recipiente
adequado.
Deixar o ambiente em ordem;
• 27. Higienizar as mãos com água e sabão;
• 28. Realizar as anotações do procedimento, assinando e carimbando o
Método para manter cateter pérvio:
• Definição:
• É a administração de solução fisiológica (SF 0,9%) para evitar a coagulação
do sangue no Jelco, mantendo-o pérvio.

• Observações:

• O Jelco deverá ser trocado quando surgirem sinais de flebite ou infiltração


como: edema, dor e vermelhidão no local.
• Jamais poderá empurrar com o êmbolo injetando o conteúdo para dentro
do vaso na tentativa de desobstruí-lo.
• Manter acesso por 48h a 72h, dependendo das normas da instituição.
Via Intramuscular
Conceito
• A injeção intramuscular (IM) permite a inoculação de maiores
volumes de soluções, e sua absorção se dá de forma mais rápida
devido à vascularização muscular, no entanto deve-se observar o
cuidado de não acabar injetando inadvertidamente em um vaso
sanguíneo.
Indicações
• Administrar medicações irritantes e viscosas que não sejam bem absorvidas no tubo
digestivo e tecido subcutâneo.

Contraindicações
• Medicamentos que não podem ser administrados por esta via;

• Locais da pele com lesões;

• A critério médico.
Observação de Cuidados
• Leitura da prescrição médica;
• Identificação do produto a ser injetado (apresentação
e dose).
• Escolha do material adequado (seringas, agulhas,
luvas, algodão e álcool);
• Definição do local da injeção;
• Habilidade técnica para realização da injeção;
• Seguimento das normas de biossegurança, começando
pela lavagem das mãos.
Locais para administração IM
• Deltoide • Dorsoglúteo
Locais para administração IM
• Ventroglúteo • Vasto Lateral da Coxa
Volumes máximos por faixa etária

Fonte: Adaptado de SILVA, L. M. G.; SANTOS, R. P. Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T.
Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.166-190, 2005.
Locais, Calibre da agulha e Características do
paciente.

Fonte: Adaptado: Bork, A. M. T. Enfermagem baseada em evidências - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Materiais
• Cadeira ou leito;
• Caneta;
• Gaze e chumaço de algodão com álcool;
• Frasco ou ampola de medicação;
• Luvas de procedimento;
• Seringas de 3 e 5 ml;
• Agulhas 25x7, 25x8, 30x7 ou 30x8.
Técnica
• Verificar com exatidão a prescrição médica;
• Checar o nome do paciente, medicamento, dose, horário e via de administração;
• Avaliar possíveis alergias ao medicamento a ser administrado;
• Verificar a data de validade do medicamento;
• Realizar higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos);
• Calçar luvas de procedimento;
• Preparar de maneira asséptica e correta a dose da medicação a partir da ampola ou
frasco (ver POP de Preparo de Soluções Parenterais);
• Selecionar a região apropriada para injeção, verificando a existência de equimose,
inflamação ou edema (figuras 1, 2, 3, 4);
• Posicionar a seringa e agulha em ângulo de 90 °C;
• Auxiliar o paciente para que se posicione adequadamente;
• Localizar novamente a região usando pontos anatômicos;
• Passar o chumaço de algodão do centro para as bordas, aproximadamente 5 cm;
• Segurar a bola de algodão ou gaze entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;
• Remover a capa ou bainha da agulha, puxando-a em linha reta para trás;
• Segurar a seringa entre o polegar e o dedo indicador da mão dominante;
• Administrar lentamente a injeção;
• Retirar a agulha enquanto aplica a bola de algodão ou gaze gentilmente sobre a região;
• Aplicar pressão gentilmente;
• Não massagear a região;
• Descartar a agulha sem capa ou a agulha envolta em bainha de segurança presa à seringa
dentro do recipiente para materiais cortantes e perfurantes;
• Retirar as luvas;
• Realizar higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos);
• Registrar o procedimento em prontuário.
Risco
• Abscesso;

• Eritema;

• Embolia;

• Celulite;

• Necrose tecidual;

• Contratura muscular, entre outras.


Observações
• Deve-se idealizar um plano de rodízio dos locais de administração
para todos os pacientes que requeiram administração intramuscular
frequente.
• Realizar a prega na pele, pinçando o músculo, pode auxiliar durante o
procedimento, principalmente em idosos, edemaciados ou que tenham
pouca massa muscular, expondo melhor o músculo para injeção.
• A técnica Z para administração de medicamentos IM pode reduzir a
dor e o escape de medicação no local da entrada da agulha.
• Realizar aspiração antes da administração do fármaco.
Espere 10 segundos
Referência
• COREN – SP. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Parecer COREN-SP 039/2012 –
CT. Ementa: Aplicação de injeção intramuscular. Câmara Técnica de Assistência à Saúde -
CTAS, 2012.

• COREN-SP. Conselho Regional de Enfermagem. Administração de Medicamentos por Via


Intramuscular, São Paulo, 2010.

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