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Semiologia Semiotécnica

Enf°Tatiane Menezes
Cateteres venosos
Acesso venoso Periférico

• Acesso venoso é a via de administração de


medicação diretamente nas veias .Existem
vários tipos de dispositivos para este acesso,
dentre eles, Scalp , Abocath , entre outros. É
considerado um dos procedimentos invasivos
mais comuns e é usado para administração
de fluidos, medicações, sangue e derivados.
• QUEM PODE MANIPULAR O ACESSO
VENOSO? O acesso venoso periférico pode
ser puncionado por enfermeiros, técnicos
de enfermagem e médicos.
Cuidado com acesso venoso

• Sempre lavar as mãos antes de entrar em contato com o


paciente;
• Somente a equipe médica e de enfermagem pode manipular
o acesso e fazer a medicação;
• Verificar se está bem fixado na pele;
• No momento do banho, proteger o acesso e evitar com que
caia água no local .
Cuidado com acesso venoso
periférico
• Sempre que for mexer no local do acesso, garantir a lavagem de mãos para
evitar possíveis infecções;
• Verificar sempre se há sinais de sujidade e sangramentos e caso tenha,
realizar a troca da fixação.
• Se houver vermelhidão, edema e a pele na região do acesso estiver
quente, retire o acesso pois o paciente poderá estar desenvolvendo uma
flebite.
• Caso o paciente diga que tem dor durante a infusão de alguma
medicação ou mesmo em repouso, feche o registro do equipo
imediatamente , avalie e se necessário retire.
Dificuldades com acesso venoso
• Possibilidade de ocorrer sangramentos se não estiver bem fechado;
• Possibilidade de sair se não houver cuidado e boa fixação;
• Porta de entrada para infecções; podendo ocorrer flebite.
• Desconfortável para o paciente;
• Dor no local.
• Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por
profissional e, no máximo, quatro no total.
• Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do
tratamento, comprometem o vaso, aumentam custos e os riscos de
complicações. Pacientes com dificuldade de acesso requerem avaliação
minuciosa multidisciplinar para discussão das opções apropriadas.
Cateter intravenoso com dispositivo de
segurança (Abocath)

Apresenta dispositivo de segurança para atendimento da NR32, o


dispositivo é acionado quando da retirada da agulha após o
procedimento de punção, neste momento o dispositivo de
segurança ficará fixo na ponta da agulha evitando acidentes. O
dispositivo é passivo, não sendo necessário acionar o dispositivo
para ele funcionar, facilitando o uso do produto e aumentando a
segurança para o usuario.
Calibre de acordo com a cor
MAIS
14 G (2,1 x 45 mm – laranja) CALIBROSO
16 G (1,7 x 45 mm – cinza)
17G (1,5 x 45 mm – branco)
18 G (1,3 x 45 mm – verde)
20 G (1,1 x 32 mm – rosa)
22 G (0,9 x 25 mm – azul)
24 G (0,7 x 19 mm – amarelo)

MENOS
CALIBROSO
Como escolher o cateter
Punção venosa com ABOCATH
• Lavar as mãos;
• Verificar na prescrição médica: nome do cliente, número do leito, solução a ser infundida,
volume, data e horário;
• Datar o equipo com o prazo de validade, conforme recomendação da CCIH do hospital;
• Identificar o cliente pelo nome completo;
• Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
• Calçar as luvas de procedimento;
• Posicionar o cliente de maneira confortável e adequada à realização do procedimento;
• Expor a região a ser puncionada;

• Atenção tricotomia não é recomendado, pelo risco


de infecção!
• Caso seja necessária usar tricotomizador elétrico.
Punção venosa com ABOCATH
• Palpar a rede venosa para escolher o local a ser puncionado, de preferência vasos
periféricos superficiais de grosso calibre e distante das articulações. Indicadas:
cefálica, basílica, mediana, as do antebraço e as do plexo venoso do dorso da mão;
sentido distal para proximal;
• Escolher o cateter adequado ao calibre do vaso periférico;
• Prender o garrote acima do local escolhido (não colocá-lo sobre as articulações);
• Pedir ao cliente para abrir e fechar a mão e, em seguida, mantê-la fechada.
• Fazer a antissepsia da área usando algodão/gaze embebido em clorexidina alcoólica
0,5%, com movimentos DE VAI E VEM. Tempo de aplicação da clorexidina é de 30
segundos .
• Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.
Punção venosa com ABOCATH
• Tracionar a pele do cliente (no sentido da porção
distal do membro) com a mão não dominante,
posicionando o dedo polegar cerca de 2,5 cm
abaixo do local selecionado para a punção;
• Inserir a agulha com o bisel voltado para cima, até
observar o refluxo do sangue; BISEL
• Retirar o mandril quando puncionar com cateter
sobre agulha, fazendo pressão acima da ponta do
cateter com o indicador da mão não dominante;
• Soltar o garrote e solicitar ao cliente para abrir a
mão;
• Adaptar a conexão de duas vias ao cateter;
• Testar a permeabilidade do sistema. Observar
se não há formação de soroma local;
Punção venosa com ABOCATH
• Fixar o cateter à pele do cliente, utilizando película transparente estéril de
maneira que fique firme, visualmente estético e que não atrapalhe os
movimentos;
• Identificar no próprio curativo do cateter o dia e hora da punção, o
responsável pela mesma e o calibre do cateter utilizado;
• Colocar o cliente em posição confortável;
• Recolher o material utilizado, desprezar o lixo em local adequado;
• Retirar as luvas de procedimento;
• Higienizar as mãos;
• Realizar as anotações de enfermagem no prontuário do paciente
Scalps ou Catéteres Agulhados
• São catéteres para infusão de
medicações rápidas, numerados em
números impares de 16 a 27, sendo
que, quanto menor o número, maior é
o calibre da agulha.
• Muito utilizado em emergências nos
hospitais quando paciente faz a
medicação e tem alta em seguida, fácil
manuseio e baixo custo quando
comparado á outros dispositivos.
Punção venosa com SCALP
Coberturas de acesso venosos
• Os propósitos das coberturas são os de proteger o sítio de
punção e minimizar a possibilidade de infecção, por meio da
interface entre a superfície do cateter e a pele, e de fixar o
dispositivo no local e prevenir a movimentação do dispositivo
com dano ao vaso.
• Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril,
podendo ser semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou
membrana transparente semipermeável. Utilizar gaze e fita
adesiva estéril apenas quando a previsão de acesso for menor
que 48h. Caso a necessidade de manter o cateter seja maior
que 48h não utilizar a gaze para cobertura devido ao risco de
perda do acesso durante sua troca.
Curativo com Tegaderm
Extravasamento Recomendações

• O extravasamento é caracterizado como a infiltração da solução fora


do vaso sanguíneo, afetando o tecido circundante.
Sintomas :
Incluem sensação de queimação, relato de dor, inchaço, sensibilidade
ao toque, pele fria na área onde a solução penetrou.

Tratamento:
• Fazer compressão local, elevar o membro, fazer compressa com bolsa
de água quente.
Flebite Recomendações
Prevenção:
• Seleção adequada do dispositivo venoso.
• Lavagem das mãos.

Sintomas:
• Dor, calor , rubor local, edema , presença de drenagem purulenta no local da inserção.

Tratamento:
• Retirar o cateter.
• Compressas frias no início para diminuição da dor e após ,compressas mornas.
• Elevar o membro.
Estudo de Caso
 Paciente: R. C. S, feminino, 40anos
 Paciente hígida.
Interna dia 11/02/2011 (PO endometriose) após alta sem intercorrências.
Dia 24/04/2011 (PO retossigmoidectomia + ooforectomia + cistectomia + histerectomia), após alta sem
intercorrências.
Dia 02/05/2011 interna por dor abdominal.
Dia 10/05/2011 início de flebite em mão D
Dia 11/05/2011 bacteremia na UI
Dia 12/05/2011 Sepse por infecção em mão direita, encaminhada à CTI adulto
 No dia 12/05 realizou eco doppler: trombose
Diagnosticada com SARA também.

Imagem do dia 13/05

13/05- coletado culturais: Staphylococcus aureus

13/05- Dr Bayer, especialista em mão realizou


debridamento mecânico
EVOLUÇÃO FLEBITE MÃO DIREITA

29/05 alta29/05 alta CTI para UI


29/05 alta da CTI para UI
10/06 alta hospitalar
 Realizado evento pela enfermeira da Unidade de Internação;
 Posteriormente comunicado evento sentinela, sendo necessária a revisão de
protocolos de acesso venoso periférico pela Instituição e capacitação dos
profissionais de enfermagem;
 Este caso reforça as medidas preconizadas do manuseio de acessos
venosos assim como sua correta identificação nos dispositivos.
 Medidas como higiene de mãos, avaliação da inserção e registros no
prontuário do paciente podem evitar que casos como esse aconteçam.
 A avaliação dos acesso venosos começa pela enfermagem.
Equipos para infusões
Equipo para Bomba de Infusão (BI) Equipo fotossensível

Equipo para dieta enteral


Equipo simples macro gotas
Troca do equipamento e dispositivos
complementares (extensor, perfusor,
entre outros)
• A troca dos equipos e dispositivos complementares é baseada em
alguns fatores, como tipo de solução utilizada, frequência da infusão
(contínuo ou intermitente), suspeita de contaminação ou quando a
integridade do produto ou do sistema estiver comprometida.
• Minimizar o uso de equipos e extensões com vias adicionais. Cada
via é uma potencial fonte de contaminação.
• Equipos de infusão contínua não devem ser trocados em intervalos
inferiores a 96 horas.
Troca do equipamento e dispositivos
complementares (extensor, perfusor,
entre outros)
• Trocar equipos de administração intermitente a cada 24 horas.
• Desconexões repetidas com consequente reconexão do sistema
aumenta o risco de contaminação do luer do equipo, do hub do cateter e
conectores sem agulhas, com consequente risco para a ocorrência de
IRAS.
• Proteja a ponta do equipo de forma asséptica com uma capa protetora
estéril, de uso único, caso haja necessidade de desconexão. Não utilize
agulhas para proteção.
• Trocar o equipo e dispositivo complementar de nutrição parenteral a cada
bolsa.
• A via para administração da nutrição parenteral deve ser exclusiva.
Conectores
Extensor de soro Tampa luer
• Utilizado para aumentar a • Utilizado para a vedação de bicos
liberdade de movimentação e de segurança , em seringas
manipulação em sistemas de evitando a contaminação no
infusão parenteral transporte de medicações e
fluidos , em ponta de equipo
protegendo e vedando a ponta
sem a necessidade de usar um
perfuro cortante.
Conector luer valvulado
• Utilizado como ponto de acesso na administração de soluções /
medicamentos ou para retirada de fluidos. Pode ser utilizado para
vedar as vias de acesso de dispositivos intravenosos, evitando
desta forma, a entrada de microrganismos.
• Acesso SALINIZADO
Tampa protetora com álcool
Benefícios
Torneirinha ou Dânula

Indicações:
• É um intermediador nas conexões entre produtos
médicos hospitalares, devendo assegurar a
compatibilidade de uso com equipos de soluções
parenterais , cateteres e dispositivos que adaptem
em conectores padrão 6% conforme a NBR ISO 594.
São utilizadas como complemento de equipos, com
função de administração simultânea de múltiplas
soluções endovenosas. Esses dispositivos são
especialmente desenhados para administrar
simultaneamente drogas e soluções endovenosas.
Realizar desinfecção das conexões
com solução alcoólica por meio de
fricção vigorosa com, no mínimo, três
movimentos rotatórios, utilizando gaze
limpa ou sachê .
Flushing e manutenção do cateter periférico
• Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue
antes de cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e
prevenir complicações.
• Realizar o flushing antes de cada administração para prevenir a mistura
de medicamentos incompatíveis.
• Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente
disponíveis para a prática de flushing e lock do cateter.
• Seringas preenchidas podem reduzir o risco de infecções e otimizam o
tempo da equipe assistencial.
• Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por exemplo, bags e
frascos de soro) como fonte para obter soluções para flushing.
Flushing e manutenção do cateter periférico

• Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para


flushing e lock dos cateteres periféricos.
• Usar o volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do
cateter mais a extensão para flushing. Assim como os volumes maiores
(como 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres centrais) podem
reduzir depósitos de fibrina, drogas precipitadas e outros debris do
lúmen. No entanto, alguns fatores devem ser considerados na escolha
do volume, como tipo e tamanho do cateter, idade do paciente, restrição
hídrica e tipo de terapia infusional.
• Infusões de hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras
soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
• Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos
cateteres.
Flushing e manutenção do
cateter periférico
Acesso Venoso central

• Estes cateteres estão indicados, quando a obtenção de um acesso venoso periférico


não é possível, quando há a necessidade de terapia endovenosa para
quimioterapia ou nutrição parenteral total. Também para administração repetida de
hemoderivados ou hemocomponentes, quando a terapia intravenosa envolve a
administração de drogas com potencial esclerosante, para repetidas coletas de
amostras de sangue.
• Em terapia intensiva, o CVC tem a finalidade de monitorização hemodinâmica e a
infusão de diversas soluções .
Fatores de risco
Tempo de permanência com CVC
Manuseio excessivo
Quebra de técnicas assépticas
Extremos de idade
Localização do cateter
Tipo de cateter e quantidade de lumen
Infusão de medicamentos ou soluções contaminadas
Cateter venoso central
Locais de inserção CVC
.
Veia femoral
Veia subclávea

Veia jugular interna


ou externa
Cuidados com acesso central
Lavar sempre as mãos antes de realizar o procedimento
Utilizar luvas de procedimento.
Nas primeiras 24 hs após a passagem do cateter manter o curativo com
gaze.
Utilizar curativos filme após 24 hs para melhor identificação de sinais
flogísticos.
Manter o curativo sempre limpo e seco , com data, turno da troca e quem
realizou.
Atentar para não desconectar, ou dobrar.
Se não estiver recendo soroterapia contínua lavar o acesso com solução
salina após realização de medicações, ou heparinizar COM.
Prevenção de erros de conexões , sondas e drenos.
Fixação de acesso central
As infecções primárias de corrente sanguíneas (IPCS)
estão entre as mais comumentes relacionadas à
assistência à saúde. Estima-se que cerca de 60% das
bacteremias nosocomiais sejam associadas a algum
dispositivo Intravascular.
Dentre os mais frequentes fatores de risco conhecidos para
IPCS, podemos destacar o uso de cateteres vasculares
centrais, principalmente os de curta permanência
(ANVISA).
Tegaderme é um fixador que combina, em um mesmo
produto, redução e controle constante da colonização ao
redor do ponto de inserção, seguindo as recomendações do
CDC (Centers of Disease Control) e Infusion Nursing
Standards of Practice.
Complicações
Hematoma no sítio de punção.
Pneumotórax , ocorre quando é realizada punção em jugular
e subclávea, ocorre uma perfuração da pleura parietal
levando um acúmulo de ar para o pulmão.
Hematoma retroperitoneal ocorre quando a punção é em
femoral.
Infecção ocorre nas primeiras 48 horas após a instalação do
dispositivo.
Cateter para hemodiálise
Cateter de Schilley
Pacientes portadores de insuficiência
renal, seja aguda ou crônica, podem
precisar de um acesso venoso para a
realização do procedimento de
hemodiálise. Os acessos mais
utilizados são os cateteres e as fístulas
arteriovenosas para hemodiálise.
Um cateter para hemodiálise é um
bom acesso de emergência, que
permite iniciar tratamento
imediatamente.
Cateter de Schilley
Via venosa

Via arterial
Cuidados com cateter de Schilley
Curativo deve ser mantido seco e limpo.
Curativo deve ser protegido durante o banho.
Deve ser trocado preferencialmente na Unidade de Hemodiálise.
Não deitar sobre o cateter , pois pode dobrar ou danificar.
Atentar para sinais de infecção no sítio do cateter.
Utilizar roupas folgadas para não ficar roçando no cateter.
Se por algum motivo o cateter deslocar ou cair terá que ser feita uma
compressão na artéria até que pare o sangramento.

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