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PROF.

JOEL ARAUJO
ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DO
CENTRO CIRÚRGICO

PLANEJAMENTO

CONCEITO:
O conjunto de elementos
destinados às atividades
cirúrgicas,bem como à
recuperação pós-operatória;
OBJETIVOS:

Prestar assistência integral ao paciente em
todo período perioperatório;
Proporcionar recursos humanos e materiais
para que o procedimento cirúrgico seja
realizado dentro das condições ideais ,
técnicas e assépticas;
Favorecer o ensino, formação de recursos
humanos;
Proporcionar o desenvolvimento de pesquisa;
LOCALIZAÇÃO

Favorecer a dinâmica operatória;
Área independente da circulação
geral, livre de pessoas e materiais
estranhos;
Acesso fácil a pacientes advindos das
unidades de internação, PS, UTI;
Área crítica do hospital;
Estrutura Física

Vestiários: troca de roupa própria
do setor, são usados como
barreira física;
Sala administrativa;
Área de recepção do paciente;
Sala de espera;
ADMINISTRAÇÃO
SALA DE ESPERA
VESTIÁRIO

Área de escovação ou lavabos;
Duas torneiras, uma para cada 2 salas
cirúrgicas;
Deve-se abri-las e fechá-las sem o
uso das mãos;
Tanques na alturas na altura de 90 cm
do chão, para favorecer a mecânica
corporal no ato da escovação. Devem
ser colocados os recipientes para
escovas e solução antisséptica;





SALA DE CIRURGIA OU OPERAÇÃO
Duas salas para cada 50 leitos não
especializados ou 15 leitos cirúrgicos;
A área varia de acordo com a especialidade
Geral (laparotomia, herniorrafia): 25 m²;
Especializadas(neurológicas, cardíacas,
vascular, ortopédicas): 36 m²
Paredes: devem ter cantos arredondados pra
facilitar a limpeza, com superfície lisa e
lavável, de cor neutra, suave e fosca.


Piso: de material resistente ao uso de água,
soluções desinfetantes, de superfície lisa e fácil
limpeza .

Portas:1,20m x
2,10m afim de
permitir a
passagem da
maca, deve ser
revestida de
material lavável,
providas de visor
para facilitara
visualização;
Iluminação

A iluminação artificial da sala cirúrgica é feita por
intermédio da luz geral de teto, com lâmpada
fluorescente, e luz direta, por foco central ou fixo.
Campo cirúrgico: foco central ou fixo, auxiliar e
frontal.
A arrumação do foco no campo cirúrgico é de
responsabilidade da circulante da sala;
Fornecer iluminação adequada ao campo
cirúrgico produzindo o mínimo de calor possível.

Ventilação

Promover a renovação
constante do ar, oferecendo
segurança ao paciente e equipe
de saúde;
Manter a temperatura da sala
entre 20°/25°C e a umidade do
ar em torno de 60%.
Sala para
guardar
medicamentos
e materiais
descartáveis
Sala para estocagem de
material esterilizado

Expurgo
Área destinada
a receber e lavar
Materiais usados
na cirurgia
Sala de estar para
funcionários
RECURSOS
HUMANOS NO
CENTRO CIRÚRGICO

EQUIPE DE ANESTESIA

Composta de médico anestesiologista;
Ações:
Avaliar o paciente no pré-operatório,
prescrevendo a medicação pré-
anestésica, planejar e executar a
anestesia,controlando as condições
clínicas deste durante o ato cirúrgico;
Prestar assistência na sala de
recuperação pós-anestésica.
EQUIPE CIRÚRGICA

CIRURGIÃO: planeja e executa o ato cirúrgico, comanda
e mantém a ordem no campo operatório.
CIRURGIÃO ASSISTENTE: auxilia o cirurgião no
desenvolvimento do ato cirúrgico e o substitui, caso
necessário.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO:verifica os materiais e
equipamentos necessários ao ato cirúrgico,prepara a
mesa com os instrumentais e outros materiais
necessários, fornece instrumentais e materiais ao
cirurgião e ao assistente, solicitando-os ao circulante
quando necessário
EQUPE DE ENFERMAGEM
 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO EM CC:

Supervisionar e controlar as atividades
desenvolvidas
Prover a unidade de recursos humanos e
materiais
Executar programas de treinamento e educação
Emitir parecer na compra de equipamentos
Fazer parte da CCIH e CIPA
Prevenir a incidência de riscos operacionais
Fazer estatísticas mensais
Manter-se atualizado sobre assuntos de
interesse na área
Funções do técnico em enfermagem

Auxiliar o enfermeiro sempre que necessário;
Verificar o estado de conservação e
funcionamento dos equipamentos e materiais,
solicitando troca ou reparo imediatos;
Controlar o estoque de materiais
esterilizados;
Exercer a função de circulante de sala,
quando necessário.
Enfermeiro assistencial:
Supervisionar as ações dos profissionais da
equipe de enfermagem.
Prever e prover o CC de recursos humanos
necessários para o atendimento das SO.
Conferir previamente a programação cirúrgica e
providenciar os materiais necessários, incluindo
materiais especiais e consignados.
Acompanhar o paciente até a SO.
Orientar a montagem e a distribuição dos
materiais e equipamentos da SO e a
desmontagem da SO e o encaminhamento dos
materiais
Auxiliar na transferência do paciente da
maca para a mesa cirúrgica e da mesa
cirúrgica para a maca ao término do
procedimento.
Auxiliar no ato anestésico e no
posicionamento do paciente.
Realizar procedimentos como sondagem
vesical, punção venosa, passagem de sonda
gástrica, curativos.
Certificar-se do posicionamento correto de
sondas, drenos, cateteres, placa dispersiva
do bisturi elétrico.
Posicionar adequadamente drenos, infusões
e sondas, para posterior encaminhamento do
paciente à devida unidade.
Realizar os registros de anotações e
evolução de enfermagem no prontuário do
paciente.
Auxiliar no encaminhamento do paciente para
a Sala de Recuperação Pós-Anestésica
(SRPA) ou outra unidade especifica,
conforme necessário.
Informar as condições do paciente ao
enfermeiro responsável pela unidade, por
meio da passagem de plantão.
Circulante de SO (Técnico de enfermagem)
Prover a SO com recursos adequados às
necessidades do cliente.
Realizar a limpeza e a desinfecção do
mobiliário da SO.
Fazer a verificação de temperatura e
iluminação da SO e dos equipamentos.
Montar a SO, segundo a programação feita
pelo enfermeiro.
Receber o cliente na entrada da SO, bem
como verificar os exames e impressos de
seu prontuário.
Auxiliar no encaminhamento seguro do paciente
para a SO.
Auxiliar o cliente no transporte da maca para a
mesa cirúrgica e dessa para a maca ao término
do procedimento.
Assumir o plantão e assumir a circulação da SO
sob sua responsabilidade;
Observar o bom funcionamento do sistema
de gases, dos equipamentos e da iluminação
da SO.
Solicitar a manutenção de temperatura ideal
em SO.
Auxiliar no posicionamento correto do
paciente na mesa cirúrgica e estar atento
para a colocação da placa dispersiva.
Auxiliar na paramentação da equipe
cirúrgica.
Seguir as orientações da CCIH para a
realização da limpeza da SO.
Manusear corretamente os equipamentos e
técnicas assépticas para a abertura dos
materiais.
Estar ciente das cirurgias marcadas no mapa
cirúrgico, para a SO sob sua
responsabilidade.
Providenciar todos os materiais e equipamentos
para serem utilizados durante o ato anestésico-
cirúrgico.
Na ausência do enfermeiro assistencial, auxiliar
o anestesiologista na indução e na reversão do
procedimento anestésico.
Solicitar a presença do enfermeiro assistencial
responsável pela SO, quando em situações
imprevistas ou emergenciais.
Comunicar ao enfermeiro a necessidade de
manutenção de equipamentos ou de reparos na
área física da SO.
Fazer o controle dos pacotes de gazes e
compressas.
Realizar o controle do débito dos materiais
utilizados em SO.
Encaminhar o paciente para a devida unidade,
de maneira correta e segura, tomando cuidados
com drenos e sondas ou cateteres, mantendo as
grades elevadas e o paciente aquecido.
Realizar o registro de todas as informações
pertinentes ao prontuário do paciente.
proceder à desmontagem da SO e encaminhar
os materiais contaminados ao CME.
Providenciar para que a limpeza da SO seja
realizada.
PREPARO DO AMBIENTE
CIRÚRGICO E
RECEPÇÃO DO PACIENTE

OBJETIVOS

Compreender a necessidade da
preparação do ambiente cirúrgico;
 Entender a relação entre o
ambiente e a infecção do sítio
cirúrgico;
 Realizar a recepção do paciente
ao centro cirúrgico.
Preparação da Sala Cirúrgica

A preparação do ambiente da sala
cirúrgica deve ser estabelecida para
evitar e reduzir a possibilidade de
infecção cruzada. (ALEXANDER, 1997)
 A enfermagem é a responsável por
providenciar um ambiente limpo e
seguro para que possa ocorrer o ato
cirúrgico. (SOBECC, 2007)
A primeira etapa no preparo da sala
cirúrgica é a limpeza.
 A limpeza consiste na remoção, por
meios mecânicos e/ou físicos, da
sujidade depositada nas superfícies
inertes, que constituem suporte físico
e nutritivo para microorganismos.
Trata-se de um elemento primário e
eficaz para controlar a cadeia de
infecção.

Limpeza da Sala Cirúrgica
A limpeza pode ser:
 Limpeza Terminal: Tem por objetivo a redução da
sujidade e da população microbiana. Aplica-se a
superfícies horizontais e verticais devendo ser
realizada diariamente após o término do último
procedimento cirúrgico.
Deve começar do local mais limpo para o mais sujo
e cabe ao funcionário do serviço de higiene,
sempre utilizando o EPI. O mobiliário, os focos e os
equipamentos, devem ser limpos pelo funcionário
de enfermagem, também utilizando EPI.
Limpeza Preparatória: Realizada pelo
funcionário da enfermagem pouco
antes da primeira cirurgia do dia.
Se o local estiver sem uso por mais de
12 horas é recomendado remover com
álcool 70% as partículas depositadas
nos mobiliários, equipamentos e
superfícies horizontais.
Limpeza Operatória: Realizada
pelo funcionário da enfermagem,
com o uso de EPI, durante o
procedimento cirúrgico, quando
ocorre a contaminação do chão
com matéria orgânica, resíduo ou
queda de material.
Limpeza Concorrente: Realizada
após o término de uma cirurgia e antes
do início de outra. Seu objetivo é
remover a sujidade e matéria orgânica
em mobiliários, equipamentos e
superfícies. Os funcionários da
enfermagem e do serviço de higiene
protegidos por EPIs são os
responsáveis por esta limpeza.

Montagem da SO
Segue um padrão que varia conforme a rotina
estabelecida na instituição.
 Deve ser respeitada a especialidade cirúrgica e
os equipamentos necessários e disponíveis na
instituição para a realização de cada
procedimento.
A equipe de enfermagem é a responsável por
providenciar materiais e equipamentos e criar
todas as condições necessárias para que a
equipe cirúrgica realize a cirurgia.
 O enfermeiro orienta a montagem das salas
cirúrgicas e a previsão dos materiais.
Para montar a SO, o profissional escalado
pelo enfermeiro deve:
1. Verificar a cirurgia programada;
2. Checar o nome do paciente, a idade, o
horário da cirurgia e as informações
relevantes ao ato anestésico cirúrgico;
3. Certificar-se da disponibilidade dos
materiais necessários e solicitados para a
realização do procedimento;
4. Lavar as mãos;
5. Verificar as condições de limpeza da
sala antes de distribuir os
equipamentos;
6. Testar o funcionamento dos
equipamentos;
7. Observar se a mesa cirúrgica
oferece a possibilidade de manter o
paciente na posição apropriada para a
realização da cirurgia.

8. Solicitar e retirar ao CME o carro preparado com
os artigos esterilizados específicos que serão
utilizados no procedimento;
9. Retirar a caixa com os materiais descartáveis,
medicamentos, fios, soros, impressos, entre outros
da farmácia;
10.Dispor os artigos nas mesas auxiliares, de
modo a facilitar a sincronia de movimentos para a
abertura dos pacotes, a paramentação e o preparo
do paciente.
11.Em alguns casos o preparo do paciente se faz
na SO. O circulante deve providenciar os materiais
necessários.



 O circulante ajuda durante na realização do
procedimento anestésico, no monitoramento
do paciente, no posicionamento, na
paramentação, fornece os materiais de
forma asséptica, posiciona a placa
dispersiva, controla as perdas sanguíneas,
drenagens e infusões, faz contagens de
compressas, recebe e identifica e peça
cirúrgica para encaminhamento ao exame
anatomopatológico, auxiliará a realização do
curativo da incisão cirúrgica.





Paramentação da Equipe

Sabe-se que a infecção do sítio cirúrgico é
multifatorial, sendo a equipe cirúrgica uma
importante fonte de patógenos para sua
etiologia. Frente a isso o uso da
paramentação é uma forma coerente de
prevenção de transmissão de contaminação
e de infecção, tanto para o profissional como
para o paciente, e o uso adequado está
relacionado, também, com a garantia da
manutenção da assepsia.
1. Avental: Diariamente inúmeras células
epiteliais se desprendem de nossa pele
e carregam consigo bactérias. O uso
do avental impede que até 30% da
dispersão das bactérias no ar. Além
disso o avental impede o contato da
pele da equipe com sangue e fluídos.
2. Luvas: são utilizadas com a função de
proteger o paciente das mãos desses e
proteger a equipe de fluidos potencialmente
contaminados. Com a finalidade de reduzir
e prevenir o risco de exposição ao sangue,
recomenda-se o uso do duplo enluvamento
do cirurgião e primeiro assistente para
qualquer procedimento que durar mais que
uma hora, pois estudos demonstraram que
o procedimento de longa duração influencia
a taxa de furos nas luvas e aumenta a
exposição ao sangue.
3. Máscaras: o uso justifica-se por dois
aspectos: proteger o paciente da
contaminação (principalmente quando a
incisão cirúrgica está aberta) de
microorganismos, oriundos do nariz e da
boca dos profissionais, liberados no
ambiente, quando eles falam, tossem e
respiram, protege a mucosa dos
profissionais de respingos de secreções
provenientes dos pacientes durante o
procedimento cirúrgico.
4. Propés: Consiste em procedimento mais
significante para proteger a equipe à
exposição de sangue, fluidos corporais e
materiais pérfuro-cortantes do que medida
de proteção ao paciente. A supervisão deve
ser constante quanto ao uso indiscriminado
e incorreto dos propés, como substituí-los
pelos sapatos. Para garantir maior proteção
eles devem ser calçados com sapatos
fechados;

5. Gorros: Recomenda-se sua utilização com
intuito de evitar a contaminação do sítio
cirúrgico por cabelo ou microbiota presente
nele, o gorro deve ser bem adaptado,
permitindo cobrir totalmente o cabelo na cabeça
e face.

Degermação: “É um processo que visa a


retirada de sujeira e detritos, redução
substancial ou eliminação da flora transitória e
redução parcial da flora residente, uma vez que
a eliminação dessa última é virtualmente
impossível”
LAVAGEM DAS MÃOS
 Inicialmente deve-se retirar anéis, alianças, relógio,
pulseiras, etc. A torneira deve ser de acionamento com o
pé ou com os cotovelos.
 Molhar as mãos até o antebraço e utilizar a solução
padronizada pela CCIH (PVPI – Degermante ou
Clorehexidina).
 Todos os espaços devem ser esfregados, incluindo entre
os dedos, os leitos ungueais.
 Este processo deve rigorosamente durar 5 minutos na
primeira cirurgia e 3 minutos entra cirurgias.
 A torneira deve ser fechado com o cotovelo ou com o pé.
 As mãos devem ser secadas com um compressa estéril
que se encontra junto com o avental.
Quando Lavar as mãos?

 No início e no fim do turno de trabalho;
 Antes de preparar medicação;
 Antes e depois de contato com o cliente;
 Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda
vesical, tubo orotraqueal e outros dispositivos;
 Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo
cliente;
 Após a remoção de material contaminado;
 Após a remoção de luvas;
 Após usar sanitários, assoar nariz, manusear dinheiro,
entre outros.
Quanto à necessidade da escovação das
mãos, 63% não concordam que ela ocorra
somente nos espaços interdigitais e leitos
subungueais referindo que as demais áreas
das mãos e antebraços devem ser
friccionadas. A duração da escovação deve
ser de 3 a 5 minutos e de 2 a 3 minutos para
as escovações subsequentes e só é
necessária para leitos subungueais e
espaços interdigitais, friccionando-se as de
mais áreas, visto que a escova pode lesar a
pele.
PREPARO CIRÚRGICO DAS MÃOS
Redução da flora bacteriana de mãos e
antebraços através de lavagem mecânica
e solucões antissépticas;
Tempo padrão: 5 minutos.
PROTOCOLO
1. Retirar adornos;
2. Prender os cabelos e posicionar
gorro e máscara;
3. Abrir a torneira e molhar as mãos;
4. Aplicar a solução degermante nas
mãos e antebraços;
5. Iniciar a sequência com técnica de
lavagem das mãos:
6. Inicia-se a escovação pelas unhas,
7.Continua-se pelos espaços
interdigitais, palma da mão, dorso da
mão, face anterior e posterior do
antebraço, seguindo movimentos
circulares, até o cotovelo.
8. Depois faz-se o enxágue com água
corrente abundante, no sentido da
extremidade para os cotovelos,
sempre mantendo as mãos mais altas.
9. Fechar a torneira com o cotovelo;
10. pode-se completar com produtos

antissépticos alcoólicos.



SECAGEM DAS MÃOS

A secagem é feita com compressa estéril.
Cada face da compressa é destinada a
uma das mãos:
1. Com a compressa aberta, inicia-se pelas
extremidades até o cotovelo;
2. Dobra-se a compressa isolando a face já
utilizada ,com a outra face enxuga-se o
outro membro da mesma forma.

PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Vestimento de roupas próprias (avental
estéril) e colocação de luvas de borracha
estéreis.
1. O avental vem dobrado de tal forma que
facilita a colocação do mesmo.
2. Deve-se pegá-lo pelas dobras do decote,
abri-lo com movimentos delicados, mas
firmes, ficando com ele na nossa frente na
posição certa para ser vestido;
3. Segurar com ambas as mãos e introduzi-
las ao mesmo tempo nas respectivas
mangas,
CIRCULANTE AUXILIANDO NA
PARAMENTAÇÃO

1. Posicionar-se de frente para as costas do
membro da equipe que esta se
paramentando;
2. Introduzir as mãos nas mangas, pela parte
interna do avental;
3. Amarrar as tiras do decote do avental;
4. Receber os cintos da cintura pela ponta e
amarrar.

Calçamento de luvas estéreis
Barreira para o controle da disseminação de
microorganismos no ambiente cirúrgico,
indicadas para proteger de contaminação
tanto para o paciente como para o
profissional
PROTOCOLO
1. Utilizar luvas de numero compatível com o
tamanho das mãos;
2. Abrir o pacote, voltando o punho das luvas
em sua direção;
3. Segurar uma das luvas pela dobra dos
punhos e calçá-la na outra mão;
4. Com a mão enluvada introduzir dois ou
três dedos sobre a dobra do punho da
outra luva;
5. Calçar luva na outra mão
6. Após ambas as luvas calçadas, ajustá-
las nas mãos.

OBS: em todas as manobras deve-se evitar


tocar a parte de fora do punho.

Descalçando as luvas
1. Descalçar as luvas sem deixá-las
entrar em contato com a pele;
2. Puxar a luva em direção aos dedos e
repetir o ato com a outra – elas
praticamente ficarão no avesso;
3. Retira-las em um só movimento e
descartá-las em recipiente apropriado.


Recepção do Paciente no CC
É importante que a equipe esteja preparada
para receber o paciente e que saiba cuidar
da melhor forma possível do paciente neste
momento de ansiedade e medo que se
encontra.
O profissional deve se atentar para a
paramentação do paciente. Deve seguir a
padronização, como a colocação de pijama,
propé e gorro;
Avalia se a preparação pré-operatória foi
realizada e a realiza se não;
 Observa os SSVV do paciente e comunica
a enfermeira caso haja alguma alteração
importante;
 Observar o comportamento do paciente:
confiança, ansiedade, melancolia,
insegurança, agressividade, etc.


 Leituras adicionais:

 Material de lavagem das mãos;


 Limpeza de sala de operação e centro cirúrgico

Maravilhas nunca faltam no mundo, o
que falta é a capacidade de senti-las
e admirá-las.

(J.Paul Schmitt)
PRINCÍPIOS DE ANTISSEPSIA
E ASSEPSIA


Conceitos Fundamentais
Limpeza

Remoção da sujeira e detritos. Reduz a
população bacteriana por métodos manuais,
mecânicos e enzimáticos
Descontaminação
Destruição de microrganismos patogênicos na
forma vegetativa por métodos físicos e
enzimáticos com a finalidade de prover
ambiente seguro para o pessoal técnico
envolvido.
 Assepsia ou Desinfecção
 Destruição de microrganismos patogênicos na forma
vegetativa, presentes em superfícies inertes, mediante
aplicação de agentes químicos e físicos.
 Esterilização
 Destruição de todas as formas de vida microbiana
mediante aplicação de agentes físicos (calor, filtração,
radiação ionizante) e químicos nas formas líquida e
gasosa.
 Antissepsia
 Método aplicado sobre tecidos vivos (pele) cujo objetivo
é reduzir drasticamente o número de microrganismos
presentes na superfície corporal
Assepsia ou Desinfecção

 Classificação - nível de ação germicida

 Desinfecção de Nível Alto:


Eliminação de alguns esporos, o bacilo da TBC,
todas as bactérias, fungos e todos os vírus:
Glutaraldeído e Ácido Peracético
Ex:Lâminas de Laringoscópios, equipamentos de
terapia respiratória e anestesia e endoscópio de
fibra óptica flexível
Desinfecção de Nível Médio:
Ação média sobre vírus não-lipídicos, maioria
dos fungos, Bacilo de Koch, todas as bactérias
vegetativas mas sem nenhuma ação sobre
esporos bacterianos: Cloro, Iodóforos,
Compostos Fenólicos e Álcool 70%.

Ex: Utilizados em materiais que entrarão em


contato somente com a pele íntegra ou para
desinfecção de superfícies.
Desinfecção de Nível Baixo:
Não há ação sobre esporos ou sobre o Bacilo
de Koch, vírus da Hepatite B. Há atividade
relativa sobre fungos e eliminação da maioria
das bactérias vegetativas: Compostos
Quaternários de Amônia,álcool etílico,
hipoclorito de sódio.

Ex :Utilizados em materiais que entrarão em


contato somente com a pele íntegra ou para
desinfecção de superfícies.
Assepsia ou Desinfecção
• Desinfetante
– Desinfetante Ideal

• Rápida ação
• Amplo Espectro antimicrobiano
• Não ser corrosivo para metais, borracha ou
plásticos e equipamentos ópticos
• Baixa toxicidade
• Não ser irritante para pele e mucosas
• Ter ação residual
• Fácil uso e baixo custo
Cuidados Técnicos na Aplicação
Garantia do contato entre o agente químico
e o material submetido à desinfecção
Tempo de exposição ao agente químico para
destruição microbiana

Enxágüe, secagem e armazenamento


Desinfecção Nível Baixo / Intermediário:
água corrente
Desinfecção Nível Alto: água esterilizada
Antissepsia
“Antisséptico: substância com ação letal
antimicrobiana, causticidade e alergenicidade baixas,
destinadas a aplicações em pele e mucosas”
 Flora Residente
 Composta por microorganismos que vivem e se multiplicam
nas camadas mais profundas da pele, glândulas sebáceas,
folículos piloso, feridas ou trajetos fistulosos.
 Flora Transitória
 Compreende microorganismos adquiridos por contato direto
com o meio ambiente, colonizam a pele temporariamente e
não são considerados como colonizantes; podem ser
facilmente removidos com água e sabão; facilidade de
transmissão entre indivíduos;
Antisséptico Ideal

Amplo espectro de ação
antimicrobiana
Ação rápida
Efeito residual cumulativo
Ausência de ação irritativa sobre
pele e mucosas
Baixo custo

 Limpeza
 Remoção da flora transitória

Degermação
 PVPI, Gluconato de clorexidina e Irgasan (tricosan);
 Redução drástica da flora residente;
 Efeito residual e cumulativo local: retarda o processo
de recolonização (4 a 6 horas);
 Preparo do Paciente: banho com degermante,
restrição à tricotomia e uso de campos cirúrgicos
aderentes impregnados por anti-sépticos
Infecções Cirúrgicas: Agentes Etiológicos da
ISC
S. aureus 
 Microrganismo mais prevalente na ISC.
Estreptococos e enterococos

Gram Negativos
 40% as ISC

Cirurgias no trato digestivo, respiratório, urinário


e ginecológico
 Polimicrobiana em 60% dos casos
Infecções Cirúrgicas:Profilaxia da ISC
Pré-operatório

 Redução do tempo de internação;
 Suporte nutricional e controle metabólico;
 Clister intestinal: cirurgias abdominais, perineais e
perianais;
 Preparo do cólon (mecânico e químico): cirurgias
colo-retais ;
 Tricotomia: (máximo: duas horas antes intervenção);
 Degermação pré-operatória;
 Preparo do campo: PVPI degermante + anti-séptico
alcoólico;
• Equipe e Ambiente Cirúrgico
– Restrição do trânsito de pessoas;
– Roupa limpa e apropriada ao local;
– Uso de gorro e máscara;
– Degermação mãos e antebraços: PVPI
degermante ou clorexidina (5 min);
– Avental cirúrgico e luvas estéreis;
• Técnica Cirúrgica
– Campos cirúrgicos esterilizados;
– Manipulação dos tecidos + hemostasia
rigorosa;
– Fios cirúrgicos: inertes e monofilamentares;
Infecções Cirúrgicas:Antibioticoprofilaxia da
ISC
Escolha do antibiótico

 Patógenos mais prováveis no procedimento;
 Perfil de sensibilidade da comunidade e hospital;
 Experiência clínica;
 Cefalosporinas de primeira geração: maioria dos
procedimentos;
Princípios de utilização
 Aplicação no momento apropriado;
 Reforços perioperatórios durante procedimentos
longos;
Infecções Cirúrgicas:Curativos

Funções

 Agilizar o processo de epitelização-cicatrização;
 Proteger a ferida de contaminação e traumatismo;
Princípios de utilização
 Mantidos secos por um período de 24h a 48h de
PO;
 Retirados após 24h a 48h de PO: cobertura
epitelial;
AVALIAÇÃO PRÉ-
OPERATÓRIA

 Estado Respiratório

É adiada quando o paciente apresenta
infeccão respiratória. Os pacientes com
doença respiratória subjacente são
cuidadosamente avaliados quanto ao
comprometimento pulmonar.
Os pacientes que fumam são solicitados
a parar de fumar 2 meses antes da cirurgia
ou ao menos 24 horas antes.
Estado cardiovascular

O sistema cardiovascular deve estar
em bom funcionamento para
satisfazer as necessidades de
oxigenacão, hídricas e nutricionais no
período perioperatório.
Funcão hepática e renal

Devem estar em bom funcionamento, de
modo que os medicamentos, agentes
anestésicos, resíduos corporais e toxinas
sejam adequadamente processadas e
removidas do organismo. A doença
hepática aguda está associada a alta
mortalidade cirúrgica.
O rins estão envolvidados na excrecão de
medicamentos anestésicos e seus
metabólitos, como o estado ácido-básico. A
cirurgia é contra indicada quando paciente
apresenta nefrite aguda, insuficiência renal
aguda com oligúria ou anúria. Exceto em
medida salvadora ou necessária para
melhorar a função urinária, como de uma
uropatia obstrutiva.
Funcão endócrina

Diabetes- risco de hipoglicemia e hiperglicemia.
Hipoglicemia- período anestésico ou no período pós-
operatório devido à carboidratos e adm. excessiva de
insulina.
Hiperglicemia- aumenta o risco de infecção na ferida
operatória.
Estresse – aumento das catecolaminas
Outros riscos – acidose e glicosúria.
A meta é manter o nível de glicemia em menos
200 mg/dl.
FUNCÃO IMUNE

-Existênica de alergia: medicamentos, transfusões
sanguíneas, agentes de contrastes, látex e
produtos alimentares. Solicitar ao cliente que
informe os sinais e sintomas produzidos por essas
substâncias.

Imunossupressão- é comum com a terapia


com corticosteróides, transplante renal,
radioterapia, quimioterapia, e distúrbios que
afetam o sistema imune – AIDS.
USO PRÉVIO DE MEDICAMENTOS

História mediamentosa de cada paciente por
causa dos possíveis efeitos e interacão dos
medicamentos sobre a evolucão perioperatória e
perianestésica.
A interacão dos medicamentos com os
agentes anestésicos podem provocar problemas
graves, como a hipotensão arterial e colapso
circulatório.
Medicamentos com o Potencial para
Afetar a Experiência Cirúrgica:

* Corticosteróides
* Diuréticos
* Fenotiazinas
* Tranquilizantes
* Insulina
* Antibioticoterapia
* Medicamentos Anticonvulsivantes
* Inibidores da Monoamina Oxidase
FATORES PSICOSSOCIAIS

O sofrimento psicológico influencia
diretamente o funcionamento corporal.
Um paciente prestes a se submeter
uma cirurgia deparar-se com diversos
temores,incluindo o medo do
desconhecido, da morte, da
anestesia,da dor.
CRENÇAS ESPIRITUAIS E CULTURAIS

As crenças espirituais desempenham um
papel importante sobre como as pessoas lidam
com o medo e a ansiedade. A despeito da
afiliacão religiosa do paciente, as crenças
espirituais podem ser tão terapêuticas quanto os
medicamentos.
Mostrar respeito pelos valores culturais e
crenças de um paciente facilita o relacionamento
e a confiança.

Talvez a competência mais valiosa à
disposição do(a) enfermeiro(a) seja a de
ouvir cuidadosamente o paciente,
sobretudo quando obtém a história.
Um(a) enfermeiro(a) calma,
compreesnsiva e carinhosa inspira
confiança ao paciente.
O PACIENTE CIRÚRGICO
AMBULATORIAL

A enfermeira deve avaliar com rapidez e
abrangência e prever as necessidades do
paciente, ao mesmo tempo que começa a
planejar a alta e o cuidado de
acompanhamento domiciliar.
Paciente na sala pré-operatória

Paciente na sala cirúrgica

Paciente na sala URPA


PACIENTES IDOSOS

A pessoa idosa que se submete a cirurgia pode
apresentar uma combinacão de doenças crônicas e
problemas de saúde além daquele específico para a
qual a cirurgia está indicada. Com frequência, as
pessoas idosas não reportam os sintomas.
A equipe de saúde deve lembrar-se de que os
perigos da cirurgia para o idoso são proporcionais
ao número e à gravidade dos problemas de saúde
coexistentes e à natureza e duracão do
procedimento operatório.
O paciente idoso apresenta menor reserva
fisiológica (capacidade de um órgão para
retornar ao seu equilíbrio normal após um
distúrbio).
As reservas cardíacas são menores; as
função renal e hepáticas estão diminuídas;
e é provável que a funcão gastrintestinal
esteja reduzida. Podemos observar a
desidratacão, a constipação e a
desnutricão.
 As limitacões sensoriais, como a visão e a
audição prejudicada e a sensibilidade reduzida,
são motivos para quedas e queimaduras.
A artrite pode comprometer a mobilidade.
As medidas de protecão envolvem o
acolchoamento adequado para as áreas
hipersensíveis, a movimentacão lenta do
paciente, a protecão das proeminências ósseas
contra a pressão prolongada e o fornecimento
da massagem suave para promover a
circulacão.

A pele é sensível – cuidado ao movimentar
uma pessoa idosa. Elas são mais
suscetíveis a alteracão de temperatura.
Fornecer ao paciente oportunidade para
expressar temores, isso possibilita que o
paciente ganhe alguma tranquilidade e uma
sensação de ser compreendido.
PACIENTES OBESOS
A obesidade aumenta o risco e a gravidade das
complicações associadas à cirurgia. Durante a
cirurgia, os tecidos adiposo são particularmente
suscetíveis a infecção. A deiscência e as infeccões
da ferida operatória são mais comuns. O paciente
tende a respirar mal quando em de decúbito
dorsal, o que aumenta o risco de hipoventilação e
complições pulmonares pós-operatórias. A
distensão abdominal, a flebite e as doenças
cardiovasculares, endócrinas, hepáticas e biliares
ocorrem mais prontamente nos pacientes obesos.

PACIENTES COM INCAPACIDADES

* Incapacidade mental

* Comprometimento auditivo

* Incapacidade física
PACIENTES QUE SE SUBMETEM A CIRUGIA
DE EMERGÊNCIA

Não são planejadas e ocorrem com pouco
tempo para a prepração.
A avaliacão pré-operatória pde coincidir com
os esforços de reanimação no departamento de
emergência. O consentimento informado e as
informações essenciais, como as alergias e a
história clínica pregressa pertinentes, precisam
ser obitidas a partir de um membro da família,
se possível.
ENSINO PRÉ-OPERATÓRIO

Cada paciente é ensinado como um indivíduo,
com a consideração para quaisquer preocupações
ou necessidades próprias; o programa de
instrução deve baser-se nas nessecidades de
aprendizado do indivíduo. As estratégias utilizadas
pode ser por escrito, demonstração no retorno e
verbal, dependendo da habilidade do paciente.
QUANDO E O QUE ENSINAR

O ensino deve ir além das descrições do
procedimento e deve incluir as explicações
das sensações que o paciente irá
experimentar.
RESPIRAÇÃO PRODUNDA, TOSSE


Uma meta do cuidado de enfermagem pré-
operatória consiste em ensinar ao paciente o modo de
promover a expansão pulmonar ótima e
consequentemente oxigenação sanguinea depois da
anestesia.
A posição sentada favorece a expansão pulmonar.
Se haverá uma incisão torácia ou abdominal, a
enfermeira demonstra como alinha de incisão pode
ser imobilizada para minimizar a pressão e controlar a
dor.
MOBILIDADE E MOVIMENTO CORPORAL ATIVO.
As metas de promoção da mobilidade no
período pós-operatório são as de melhorar a
circulacão, evitar a estase venosa e promover a
função respiratória ótima.
As informações devem ser fornecidas antes da
cirurgia.
Os exercícios dos membros incluem a extensão
e a flexão das articulações do joelho e quadril. O
pé é rodado como se estivesse traçando um círculo
com o hálux.
O tônus muscular é mantido de modo que a
deambulação irá ser mais fácil.
TRATAMENTO DA DOR

Um histórico deve incluir uma determinação


entre a dor aguda e a crônica, de modo que o
paciente possa diferenciar a dor pós-operatória de
uma condição crônica.
No pós-operatório, os medicamentos são adm
para aliviar a dor e manter o conforto.
O métodos de adm de agentes analgésicos
previstos para os pacientes internados incluem a
analgesia controlada pelo paciente, indução de
dose por catéter epidural ou analgesia epidural
controlada pelo paciente
INSTRUÇÃO PARA PACIENTES CIRÚRGICOS

A principal diferença na educação pré-


operatória do paciente ambulatorial é o ambiente
de ensino.
A enfermeira orienta o que trazer, o que deixar
em casa e o que usar.
A restrição de alimentos e líquidos é feita pelo
anestesista, e depende do estado hídrico, idade, e
estado pulmonar do paciente e da natureza do
procedimento cirúrgico.
A finalidade de suspender o alimento antes da
cirurgia consiste em evitar aspiracão.
 A aspiracão é um problema grave, sendo a
mortalidde alta (60 a 70%). Se o paciente possui
fatores de risco para aspiracão, o anestesista
prescreve restricões hídricas e alimentares mais
rigorosas. Os líquidos podem ser adm por via
intravenosa em alguns pacientes para garantir um
volume hídrico adequado quando são restringidos
os líquidos orais.
Controlando a Nutrição e os Líquidos

As recomendações dependem da
idade do paciente e do tipo de alimento
ingerido. Por ex: os adultos são
aconselhados a jejuar por 8 horas depois de
ingerir alimentos gordurosos e 4 hs após
ingerir produtos lácteos.
Preparando o intestino para a Cirurgia

 Os enemas não são comumente prescritos no período
pré-operatório, a menos que o paciente vai se
submeter a uma cirurgia abdominal ou pélvica.
Os objetivos dessa preparação são permitir a
visualização satisfatória do sítio cirúrgico e evitar o
trauma do intestino e contaminação do peritônio por
fezes.
Os antibióticos podem ser prescritos para reduzir a
flora intestinal.
Preparando a Pele
- Uso de detergentes germicidas
- Remoção dos pêlos.

Administrando o Medicamento Pré-
anestésico
Quando prescrito, ele geralmente é adm na
área de espera pré-operatória. Se um
medicamento pré-anestésico for admnistrado, o
paciente é mantido no leito com as grades
elevadas, porque o medicamento pode causar
tonteira ou sonolência.
Mantendo o Registro Pré-operatório
Há uma lista de verificação no período pré-
operatório.

Transportando o Paciente para a área
Pré-cirúrgica
O paciente é transferido para a área de espera
ou sala pré-cirúrgica em um leito ou em uma
maca por volta de 30 a 60 minutos antes que o
anestésico seja administrado.
Usar protocolo para identificação do paciente,
o procedimento cirúrgico e o sítio cirúrgico
maximiza a segurança do paciente.
ENFERMAGEM NO
INTRAOPERATÓRIO

OBJETIVOS DE ENFERMAGEM

ASSEGURAR A INTEGRIDADE FÍSICA DO
PACIENTE:
Segurança;
Ambiente asséptico;
Funcionamento adequado de equipamentos;
apoio emocional;
Preencher documentação
O TRATAMENTO
CIRÚRGICO

CONCEITO

“Cirurgia ou operação é o tratamento de
doença, lesão ou deformidade externa e/ou
interna com o objetivo de reparar, corrigir ou
aliviar um problema físico. É realizada na sala
de cirurgia do hospital e em ambulatório ou
consultório,quando o procedimento for
considerado simples”(KAWAMOTO, 1999, p.
35) .

O processo cirúrgico sofreu muitas
mudanças com o passar dos anos.
Com o aprimoramentos de técnicas e
surgimento de equipamentos
altamente sofisticados ficou mais fácil
o diagnóstico e a realização dos
procedimentos;
CLASSIFICAÇÃO DO
TRATAMENTO CIRÚRGICO

MOMENTO OPERATÓRIO
Nesta classificação , a determinação do momento
propício à realização do tratamento cirúrgico
depende da evolução do quadro clínico, bem
como avaliação acerca das vantagens e
desvantagens da espera, considerada as
condições do paciente.
EMERGÊNCIA: É a situação que pela
gravidade do caso necessita de intervenção
imediata; ex: hemorragias, perfuração de
vísceras.
URGÊNCIA:é mediata, na qual pode-se
aguardar algumas horas, mantendo o
paciente sob observação constante; ex:
abdome agudo inflamatório;
ELETIVO: realizado com data pré-fixada ou
em ocasião mais propícia e conveniente para
o paciente;ex: varizes,hérnia umbilical.
RELACIONADO A FINALIDADE:
PALIATIVO:compensar os distúrbios
para melhorar a condição do
paciente(qualidade de vida) e/ou aliviar a
dor. Ex: gastrostomia;
RADICAL: há remoção total ou parcial do
órgão ou segmento corporal. Ex:
apendicectomia;
PLÁSTICO: tem finalidade estética ou
corretiva. Ex: blefarorrafia;
DIAGNÓSTICO: extração de fragmentos
do tecido para exames microscópicos com
fim diagnóstico. Ex: biópsia de pele.
REPARADORA: reconstitui artificialmente
uma parte do corpo lesada por
enfermidade ou traumatismo. Ex: enxerto
de pele em queimados.
COSMÉTICA: com objetivos estéticos ou
reparadores. Ex: rinoplastia, mamoplastia;
RELACIONADO AO PORTE CIRÚRGICO
OU RISCO CARDIOLÓGICO
Probabilidade de perda de fluidos e sangue
durante sua realização;
GRANDE PORTE: com grande perda de
fluidos e sangue. Ex: cirurgia de emergência,
vasculares e arteriais;
MÉDIO PORTE: média probabilidade de perda
de sangue e fluidos. Ex: cabeça e pescoço;
PEQUENO PORTE: pequena probabilidade de
perda de fluidos e sangue. Ex: mamoplastia.
RELACIONADO AO TEMPO DE
DURAÇÃO
PORTE I: duração de até 2 horas;
ex: rinoplastia;
PORTE II: duram de 2 a 4 horas;
ex: colecistectomia;
PORTE III: duram de 4 a 6 horas;
ex: cranioplastia
PORTE IV: tempo de duração acima de 6
horas;
ex: transplante de fígado;
QUANTO AO POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO

CIRURGIA LIMPA: realizada em tecidos


estéreis ou passivos de descontaminação, na
ausência de processo infeccioso e inflamatório
local ou falha técnica grosseira, cirurgia eletiva
atraumática com cicatrização de primeira
intenção e sem drenagem. Não ocorre
penetração nos tratos digestivo, respiratório ou
urinário.
Ex: mamoplastia.
POTENCIALMENTE CONTAMINADA:
realizada em tecido colonizado por pouco
numerosa ou em tecido de difícil
descontaminação,na ausência de
processo infeccioso e inflamatório e com
falhas técnicas discretas no
transoperatório. Limpas com drenagem
se enquadram nesta categoria. Ocorre
penetração do TGI, respiratório ou
urinário sem contaminação significativa;
Ex: histerectomia abdominal.
CONTAMINADAS: realizada em tecidos
recentemente abertos, colonizados por
flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação seja difícil ou
impossível, bem como todas aquelas em
que tenha ocorrido falhas técnicas
grosseiras, na ausência de supuração
local, presença de inflamação aguda na
incisão e cicatrização de segunda
intenção, grande contaminação a partir
do tubo digestivo. Obstrução biliar ou
urinária.
Ex: hemicolectomia
INFECTADAS: todas as intervenções
cirúrgicas realizadas em qualquer tecido
ou órgão, em presença de processo
infeccioso (supuração local), tecido
necrótico, corpos estranhos e feridas de
origem suja;
Ex: cirurgia de reto e ânus com presença
de secreção purulenta.
TERMINOLOGIA
CIRÚRGICA

NOÇÕES GERAIS

“ É o conjunto de termos próprios de uma arte ou
de uma ciência”;
“O estudo da identificação e delimitação de
conceitos peculiares a qualquer ciência, arte, ou
profissão, ofício etc. , e da designação de cada
um deles por certo termo.”
É o conjunto de termos próprios que expressam o
segmento corpóreo afetado e a intervenção
cirúrgica realizada no tratamento daquele tipo de
afecção.
Cabe ao pessoal de enfermagem entender
os diversos aspectos que envolvem o
procedimento cirúrgico, em especial a
terminologia pertinente.

Os profissionais de enfermagem que


atuam no Centro de Material e
Esterilização precisam conhecer essa
terminologia cirúrgica, para poder preparar
corretamente os materiais que serão
utilizados.
Essa terminologia é formada por prefixos,
que designam a parte do corpo relacionada
à cirurgia, e por sufixos, que indicam o ato
cirúrgico referente. Os principais objetivos
da terminologia cirúrgica são:
 fornecer a definição do termo cirúrgico;
 descrever os tipos de cirurgia;
 facilitar o preparo dos instrumentais e
equipamentos cirúrgicos apropriados para
cada tipo de cirurgia.
Prefixos da terminologia cirúrgica e seus
significados
Prefixo Relativo a
adeno glândula
blefaro pálpebra
cisto bexiga
cole vesícula
colo cólon
colpo vagina
entero intestino delgado
gastro estômago
histero útero
nefro rim
oftalmo olho
ooforo ovário
orqui testículo
osteo osso
oto ouvido
proto reto
rino nariz
salpingo trompa
traqueo traquéia
Sufixos da terminologia cirúrgica e
seus significados
Sufixo Significado

ectomia remoção parcial ou total

pexia fixação de um órgão

plastia alteração da forma e/ou função

rafia sutura

scopia visualização do interior do corpo


em geral por meio de aparelhos
com lentes especiais

(s)tomia abertura de um órgão ou de uma


nova boca
histerectomia útero
lobectomia lobo de um órgão
mastectomia mama
miomectomia mioma
ooforectomia ovário
pancreatectomia pâncreas
pneumectomia pulmão
prostatectomia próstata
retossigmoidectomia reto-sigmóide
salpingectomia trompa
simpatectomia segmentos selecionados do sistema
nervoso simpático, produzindo
vasodilatação
tireoidectomia tireóide
Terminologia que não segue as regras citadas
Cirurgia Objetivo
amputação remoção de um membro ou de parte necrosada
do corpo
anastomose conexão e sutura de dois órgãos ou vasos
artrodese fixação cirúrgica de articulações
bartholinectomia retirada de cisto de Bartholin
biópsia remoção de um tecido vivo para fins diagnósticos
cauterização destruição de tecido por meio de agente cáustico
ou calor - bisturi elétrico
cesariana retirada do feto por incisão através da parede
abdominal
circuncisão ressecção da pele do prepúcio que cobre a
glande
cistocele queda da bexiga
curetagem uterina raspagem e remoção do conteúdo uterino
deiscência separação de bordos previamente suturados e
unidos
dissecção corte, retalhamento
divertículo bolsa que sai da cavidade
enxerto transplante de órgão ou tecido
episiotomia incisão perineal destinada a evitar a ruptura do
períneo durante o parto

evisceração saída de víscera de sua cavidade


fístula orifício que põe em comunicação parte de um
órgão, cavidade ou foco supurativo com a
superfície cutânea ou mucosa

goniotomia cirurgia de glaucoma


onfalectomia remoção do umbigo
operação de Bursh levantamento da bexiga
operação de Hammsted correção de estenose pilórica

operação de Manchester correção de prolapso de útero

paracentese punção cirúrgica da cavidade para


retirada de líquido
ressecção remoção cirúrgica de parte de órgão

retocele protrusão de parte do reto

taracocentese punção cirúrgica na cavidade torácica

varicocele veias dilatadas no escroto

vasectomia corte de um segmento do canal


deferente (para controle da natalidade)
Conclusão

 É de fundamental importância que os profissionais
de saúde conheçam os termos cirúrgico para que
não haja nenhum problema na interpretação de
prontuários e prescrições médicas.
 As terminologias facilitam, principalmente, o
trabalho dos profissionais de saúde que trabalham
no centro de materiais e esterilização, pois eles
podem preparar os materiais necessários com
mais agilidade e facilidade.
TEMPOS
CIRÚRGICOS

De um modo geral as intervenções
cirúrgicas são realizadas em quatro fases ou
tempos básicos e fundamentais:

Diérese –é o momento de rompimento dos
tecidos
Hemostasia – é o processo pelo qual se
detém o sangramento causado pela diérese
Exérese–operação propriamente dita. Voltado
para o objetivo central do procedimento. Nesse
momento são usados instrumentos especiais
que variam de acordo com a especialidade
cirúrgica
Síntese –é a união dos tecidos
DIÉRESE
Significa dividir, separar, cortar;
É o rompimento da continuidades
dos tecidos, ou planos anatômicos
para atingir uma região ou órgão.
Pode ser classificada em mecânica
ou física;
Diérese Mecânica

PUNÇÃO: realizada através da introdução de uma
agulha ou troncarte nos tecidos, sem contudo,
seccioná-los, com várias finalidades como
drenagem de coleção líquida das cavidades ou do
interior dos órgãos, colheita de fragmentos de
tecidos e de líquidos para exame diagnóstico
injeção de contraste etc
DIVULSÃO: realizada através do afastamento de
tecidos dos planos anatômicos com tesouras de
ponta romba , afastadores ou tentacânula.
SECCÃO: consiste na segmentação de tecidos
com uso de materiais cortantes como tesouras,
serras lâminas ou bisturi elétrico.
CURETAGEM: raspagem do interior de um órgão
usando uma cureta;
DILATAÇÃO: usada para aumentar a luz de um
órgão tubular.
Cabos de Bisturi
 Cabo nº 3 -Utiliza lâminas menores, que possibilitam
incisões mais críticas, delicadas (nº 10, 11, 12, 15).
 Cabo nº 4 -Utiliza lâminas maiores, são mais usados em
procedimentos em grandes animais (nº 20, 21, 22, 23,
24, 25).
MONTAGEM DE LÂMINA DE BISTURI

 Pegue a lâmina de bisturi  Exponha a lâmina pelo lado


de acordo com o cabo do fundo, com cuidado para
que deverá ser usado não se machucar

 Encaixe o fenestrado da
lâmina na ranhura do
cabo,tomando o cuidado de
 Apreenda a parte da manter o longo eixo dos
lâmina exposta com o mesmos,evitando
principalmente flexões da
porta-agulha
lâmina,pois esta poderá
quebrar.
DESMOTANDO O BISTURI

 Levante a extremidade posterior da lâmina com o dedo
indicador da mão auxiliar; o porta-agulhas deve prender a
extremidade ativa da lâmina a 45 graus, conforme mostra a
figura. Com movimento de expulsão firme e de pequena
amplitude, remover cuidadosamente a lâmina.

Tesouras

São instrumentos que separam os tecidos
por esmagamento.
As tesouras podem ser utilizadas para
diérese incruenta, quando são introduzidas
fechadas nos tecidos e em seguida
retiradas abertas.
 Tesoura de
 Tesoura de  Tesoura de Metzembaum
Mayo reta Mayo curva

 Para fáscias e  Por serem mais longas e


corte de fios. finas, são bem utilizadas
em cavidades,
alcançando estruturas
mais profundamente
situadas.

Diérese Física

TÉRMICA: realizada com o uso de calor, cuja
fonte é a energia elétrica, por intermédio do bisturi
elétrico.
CRIOTERAPIA: resfriamento intenso e repentino
da área em que vai ser realizada a intervenção
cirúrgica. Usado nitrogênio líquido;
RAIO LASER: bisturi que emprega um feixe
radiação infravermelha de alta intensidade;
HEMOSTASIA

É o processo que consiste em impedir, deter ou
prevenir sangramentos, pode ser feito simultâneo
ou individualmente por meio de pinçamento,
ligadura de vasos, eletrocoagulação ou
compressão;
CLASSIFICADA EM:
PREVENTIVA:
 Medicamentosa: baseada em exames laboratoriais
 Cirúrgica: quando interrompe a circulação durante o ato
operatório.
URGÊNCIA: usada sempre em condições
não favoráveis e com material muitas
vezes improvisado, por exemplo:
torniquetes, garrotes e compressão digital;
CURATIVA: consiste na hemostasia
durante a intervenção cirúrgica, pode ser
mecânica (compressão), física (bisturi),
medicamentosa ou biológica
(absorventes);
CLASSIFICAÇÃO DAS PINÇAS

Pinças hemostáticas traumáticas
 Devem abranger somente o vaso sangrante e incluir o
mínimo possível de tecido adicional.
 Pinça de Crile:Por ser totalmente ranhurada, não
desliza, fixa-se muito bem às estruturas que compõem o
pedículo.
 Pinça de Halsted (mosquito): Prestam-se muito bem
para pinçamento de vasos de menor calibre, pela sua
precisão.
 Pinça de Kelly: Em quase tudo é semelhante à de
Crile, com exceção das ranhuras da sua parte
preensora, que ocupam apenas 2/3 da sua extensão
Crile Kelly Halsted
Pinças hemostáticas não traumáticas
 Este tipo de pinça é usado para ocluir a circulação em
grandes vasos.
 O vaso deve ser pinçado o suficiente para oclusão do
fluxo sanguíneo, de maneira a minimizar o trauma
vascular.
 Pinça mixter: Também usada para dissecação vascular
Pinça para tecidos
Devem ser usadas nos
tecidos para os quais foram
planejadas de maneira a
minimizar o trauma.
Pinça Kocher: Diferem por
possuirem"dente de rato” na
sua extremidade, o que se
por um lado aumenta muito a
sua capacidade de prender-
se aos tecidos, por outro a
torna muito mais
traumática.Tamanhos
variados, retas ou curvas
Pinças de preensão
 Destinado a segurar e suspender vísceras ou órgãos.
PINÇAS DE CAMPO
 Têm por finalidade fixar os panos de campo,
fenestrados ou não, à pele do paciente, para impedir
que a sua posição seja alterada durante o trabalho.
 Pinça de Backhaus:Parece uma argola na ponta
 Pinça de Roeder: Possuem pequena "esfera" no
meio de cada ramo perfurante, para limitar a
profundidade da perfuração.
 Pinça de Jones: Não possuem, como as anteriores,
argolas para apreensão sendo aplicadas usando-se
apenas polegar e indicador.
Backhaus Roeder Jones


EXERÉSE

Também denominada
“cirurgia propriamente dita”.
Possui caráter paliativo,
curativo, estético/corretivo,
diagnóstico.
Instrumentais Auxiliares
Não interfere diretamente na ação, apenas cria
condições proprícias para a atuação de outros
instrumentos.
Instrumentais para separação
 Formado por afastadores é destinado à exposição,
permitindo a melhor visualização da cavidade
operatória.
 São divididos em dois grupos:
 Auto-estáticos: usados para abertura da cavidade
abdominal e torácica.
 Dinâmicos: são usados para abertura do campo
operatório em diversas áreas do corpo .
Afastadores auto-estáticos

Afastador de Gosset Afastador de Balfour


Afastadores auto-estáticos
Afastador de Finochietto – usado para cirurgia torácica
Afastadores Dinâmicos
Farabeuf U. S. Army

Constituídos basicamente de uma lâmina


metálica dobrada no formato da letra "C".
 Uma compressa embebida em solução salina morna
deve ser usada entre o retrator e os tecidos, de maneira
a proteger as bordas de uma incisão abdominal ou
torácica.
Afastadores Dinâmicos
 Afastadores de Volkmann  Valvas de Doyen

 Podem ser dotados de


duas a seis garras,
rombas ou agudas, na
extremidade que retém
os tecidos.
Pinças de Dissecção
Função: é imobilizar outros instrumentais e tecidos para
que sejam seccionados ou suturados.
 Com dente  Sem dente
Instrumentos Especiais

 Estão instrumentos que são ou foram desenvolvidos para
manobras específicas em certos órgãos ou tecidos.
 Pinça de Foerster: Pinça de longas hastes, com anéis na
extremidade de sua parte prensora, apropriada para conduzir
pequenas compressas de gaze. Originalmente concebidas para
utilização na obstetrícia humana.
 Pinça de Allis: Sua porção prensora possui hastes que não se
tocam, com exceção das extremidades, curvadas uma em direção à
outra e com dentículos. Isto explica serem menos traumáticas.
 Pinça de Babcock: Parte prensora um pouco mais larga e também
fenestradas
 Pinça de Doyen: São muito longas, com a parte prensora em forma
de lâminas, flexíveis.
Foerster Allis Babcock Doyen


SÍNTESE

É a união de tecidos, que será mais
perfeita quanto mais anatômica for a
separação, para facilitar o processo de
cicatrização e restabelecer a continuidade
tecidual.
CRUENTA: união dos tecidos é feita com
instrumentos apropriados com agulhas de
sutura e fios cirúrgicos permanentes ou
absorvíveis;
INCRUENTA: consiste na aproximação dos
tecidos com o auxílio de gesso, adesivo
(esparadrapo) ou ataduras;
COMPLETA: união ou aproximação dos
tecidos, realizada em toda a extensão da
incisão cirúrgica;
INCOMPLETA: consiste na aproximação
incompleta em toda a extensão da incisão
em decorrência da colocação de dreno em
determinado local da incisão;
IMEDIATA:ocorre imediatamente após a
segmentação deles por traumatismo;
MEDIATA: consiste na união dos tecidos
após algum tempo depois do rompimento
da continuidade deles
Instrumental para síntese
 São os responsáveis pelas manobras de
fechamento da ferida cirúrgica, através da
aplicação de suturas.

Para isto são utilizadas AGULHAS e pinças


especiais para conduzi-las denominadas PORTA-
AGULHAS.
 Porta-agulhas
 Porta-agulha Mayo-Hegar: É semelhante às pinças
hemostáticas clássicas, é preso aos dedos pelos anéis
presentes em suas hastes e possui cremalheira para
travamento, em pressão progressiva. Porém a sua parte
prensora é mais curta, mais larga e na sua parte interna as
ranhuras formam um reticulado com uma fenda central, no
sentido longitudinal.
 Porta-agulha Mathieu: Há uma mola em forma de lâmina
unindo suas hastes, o que faz com que fiquem
automaticamente abertos, quando não travados .Sua melhor
indicação seria para sutura de estruturas que oferecem pouca
resistência à passagem da agulha. Um bom indício disto é
que não possuem a fenda longitudinal que aumenta o apoio
da agulha.
Mayo-Hegar Mathieu

 Porta-agulha Olsen-Hegar: Tem como característica reunir,
num só instrumento, as funções do porta-agulhas e da tesoura
para corte dos fios. Abaixo da porção que prende agulha há as
lâminas que cortam os fios.
Agulhas cirúrgicas

 Devem ser suficientemente largas, penetrantes para
ultrapassar a resistência tecidual, resistentes para não
dobrar e ao mesmo tempo flexíveis para dobrarem
antes de quebrar.
 São utilizadas na reconstrução , com a finalidade de
transfixar os tecidos, servindo de guia aos fios de
sutura.
Classificação das Agulhas
 Quanto ao fundo: 
 Atraumáticas: já trazem o fio montado, asseguram fácil
penetração nos tecidos sem deixar lacerações.
 Traumáticas: os fios são montados no momento do uso e
provocam dilacerações nos tecidos.

 Atraumático
 Rombo
 Benjamin
 Francês ou falso
Quanto ao corpo e ponta:
 Retas: geralmente têm a ponta cilíndrica ou triangulares.
 Utilizadas na reconstrução de vísceras ocas, tendões,
nervos e suturas intradérmicas. Frequentemente são
utilizadas com as mãos.
 Curvas: podem ser cilíndricas ou triangulares. Seu raio
de curvatura é variável adaptando-se a cada tipo de
síntese em tamanho adequado, sempre utilizadas com
porta-agulhas.

 As cortantes ou triangulares são utilizadas para sutura


de pele e periósteo.
 As cilíndricas suturam tecidos e órgãos mais profundos.



FIOS CIRÚRGICOS
 Algumas características devem ser
consideradas para a escolha do fio cirúrgico:
• Manter a força de tensão por tempo
suficiente até que a cicatriz adquira sua
própria resistência frente aos estímulos
mecânicos habituais;
• Portar-se como material inerte,
provocando o mínimo de reação tecidual;
• Tipo de tecido a ser suturado
Configuração Física

Refere-se à composição dos fios quanto
aos seus filamentos.

O fio pode ser monofilmentar, quando é


constituído de um único filamento, ou;
 Multifilamentar que contém várias fibras
trançadas ou intercaladas compondo um único
fio.
• Capilaridade: refere-se à capacidade de captar e
absorver líquidos ao longo do fio cirúrgico. Os fios
multifilamentares possuem maior superfície e
maior capilaridade, portanto podem apresentar
maior aderência microbiana em relação aos
monofilamentares.

• Diâmetro: é determinado em milímetros e


expresso em tamanhos com zeros. Quando menor
o diâmetro, maior o número de zeros.
• Força de tensão: é a quantidade de peso necessária
para a ruptura do fio cirúrgico. A força de tensão varia de
acordo com o tipo de material de constituição do fio
cirúrgico.

• Força de nó: é a força necessária para fazer com que um


certo tipo de nó deslize parcial ou completamente. Os fios
multifilamentares apresentam coeficiente de atrito mais
elevado permitindo, assim, uma fixação mais segura do
nó, enquanto os fios monofilamentares possuem um bom
deslize do nó, mas a fixação é menos segura,
necessitando reforçar o nó simples com nós duplos.
• Elasticidade: é a capacidade inerente do fio cirúrgico de
recuperar a forma e o comprimento originais depois de um
estiramento. A elasticidade contribui para diminuir a
possibilidade de romper as bordas da incisão cirúrgica ou
favorecer uma estenose em sutura vascular.

• Memória: é a capacidade de um fio cirúrgico de retornar à


sua forma original após ser deformado, geralmente, após
um nó. Quando um fio apresenta alta memória,
consequentemente, oferece menor segurança do nó.
• Reação tecidual: como se tratam de substâncias
estranhas, todos os fios cirúrgicos causam certa reação
tecidual. A reação começa quando o fio agride o tecido
durante a introdução e pode persistir de acordo com a
composição dele. A reação tecidual tem início com a
infiltração de leucócitos na área de agressão.
Posteriormente, aparecem os macrófagos e os fibroblastos
e, finalmente, por volta do sétimo dia encontra-se presente
um tecido fibroso com inflamação crônica. A reação
persiste até que o fio cirúrgico seja encapsulado, e isso
ocorre quando ele é constituído de material não-
absorvível, ou seja, absorvido pelo corpo.
Espessura dos fios
A variedade de espessura com que são
encontrados motivou a sua identificação por
meio de uma escala numérica:

... 6-0 5-0 4-0 000 00 01 2 3 4 5 ...

Os fios com numeração acima de zero 0, será


mais grosso
Os fios cuja numeração tem mais zeros, são
mais finos
Apresentação dos fios
 Os fios disponíveis no mercado são encontrados nas
seguintes apresentações:
 Envelopes com fios longos, sem agulha
 Envelopes com fios curtos e agulhas descartáveis
presas ao fio.

 A sutura pode ser permanente –quando os fios não


são removidos
 A sutura pode ser temporária –quando os fios são
retirados dias após a colocação
Classificação
Absorvíveis:
De origem animal;

De origem sintética;

Não absorvíveis:
De origem animal;
De origem vegetal;
Metálicos;
De origem sintética;
Fios absorvíveis: são absorvidos pelo
organismo após determinado período. Sofrem
degradação e rapidamente perdem sua tensão
de estiramento após 60 dias.
 De origem animal=CATGUT: é preparado
tanto da submucosa do intestino delgado de ovinos ou
da camada serosa do ID de bovinos podendo ser
simples ou cromado.
 CATGUT SIMPLES: indicado para os tecidos de rápida
cicatrização. É totalmente absorvido após o 10º dia após
a operação.

 CATGUT CROMADO: impregnado com sais de ácido


crômico, sua absorção deverá acontecer em torno do 20º
ao 25º dia após a operação, tendo como resultado o
aumento da tensão superficial e a resistência a digestão,
com decréscimo da reatividade tecidual.
Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos:

Ácido poliglicólico – fio multifilamentar com


excelente maleabilidade. É um material
sintético obtido por meio de polimerização do
ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível,
e de boa tolerância .
 Vicryl –fio de sutura de 45 cm, absorvível,
composta de colopolímero obtido da glicolida
de lactida. Mantém sua força tênsil após 2
semanas, 50 % até 3 semanas e é
completamente absorvida em 63 dias, através
de hidrólise.
Fios não-absorvíveis: permanecem
encapsulados nas estruturas internas e na
sutura da pele. Devem ser removidos entre o 7º
e o 10º dia pós-operatório.
De origem animal:
 Seda
De origem vegetal:
 Algodão
 Linho
De origem Mineral:
 Aço inoxidável: contém ferro, cromo, níquel. Não
promove reação inflamatória nos tecidos e é
recomendado para tecido com a cicatrização lenta.
Origem sintética:
 Náilon (Poliamida): caracteriza-se pela
elasticidade e resistência à água.é um
termoplástico resistente, flexível e isento de
capilaridade.

 Poliéster: é uma sutura multifilamentosa muito


forte e com reação tissular mínima.

 Polipropileno: é um polímero derivado do gás


propano disponível na cor azul e natural.

 Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo.



 Grampos de pele
 Usados para o fechamento da pele;
 Oferecem ótimo resultados estéticos;
 Diminui o tempo da cirurgia;

 Fitas adesivas de pele


 As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínima;
 Capacidade adesiva e força tensiva;
 Sua porosidade evita o acúmulo de líquido na ferida;
Definições
 ANESTESIA

Perda da sensibilidade dolorosa, com perda de
consciencia e certo grau de amnésia.
 ANALGESIA
Perda da sensibilidade dolorosa com preservação do
estado de consciência.
 SEDAÇÃO
Anestesia sem perda total dos reflexos (acordado e
calmo)
 ANESTESIA GERAL
Característica básica -> perda de reflexos protetores
(especialmente das vias aéreas)
Objetivos da Anestesia
Amnésia 
Analgesia

Relaxamento muscular

Equilíbrio hemodinâmico e homeostase


FATORES QUE INFLUENCIAM NO TIPO
DE ANESTÉSICO

Condições fisiológicas do paciente;
Severidade da doença;
Recuperação pós- operatória da
cirurgia;
Dor no pós-operatório;
Tipo e duração do procedimento
cirúrgico
Posição do paciente durante a cirurgia
Anestesia Geral

 Compreende num estado inconsciente reversível de
depressão do SNC caracterizado por amnésia,
analgesia e relaxamento muscular, resultante da ação
de uma ou mais drogas.
 Classificação:
 A.G.Inalatória : administração de um agente gasoso ou
volátil, através do Sistema respiratório. Oxido nitroso e
O².
 A.G. Endovenosa: administração de drogas EV
 A.G. Balanceada: Proporção variada de agentes
inalatórios e intravenosos.
Anestesia Geral

HISTÓRICO:
1. Contusão cerebral;
2. Embriaguez
3. Ópio (milenar)
4. Oxido nitroso ( euforia e analgesia)
5. Éter dietilico
6. Clorofórmio ( provocava arritmias)
7. Halotano, enflurano e isoflurano.

Máscara Facial para inalação de clorofórmio e éter.


Anestesia no séc 21
Quatro estágios da
anestesia geral

 1ª Estágio: início da anestesia onde o paciente
respira a mistura anestésica no qual pode
experimentar sensação, calor, tontura,
formigamento e o cliente consegue movimentar-se.
 2ª Estágio: são caracterizados por agitação
psicomotora, gritos, falas, risos, ou mesmo choro, o
pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode
ser frequentemente evitado através da
administração suave e rápida do anestésico.

3º Estágio: anestesia cirúrgica, obtida através
da administração contínua de vapor ou gás,
onde o cliente encontra-se inconsciente.
4ª Estágio: é atingido quando for administrada
uma quantidade excessiva de anestésico.
Procedimento

O anestesiologista instala soro fisiológico e
injeta medicamentos que induzem o sono na
veia da pessoa.
Através de um tubo na laringe ou uma
máscara, a pessoa passa a receber oxigênio.
O anestésico pode ser aplicado junto com o
oxigênio na forma gasosa. Ao chegar ao
pulmão, é absorvido e entra na corrente
sanguínea. Outra é aplicação endovenosa.
Fases da Anestesia
Geral
 Indução
anestésicas, perda da
administração das drogas
consciência, controle das vias aéreas
 Manutenção
controle do plano anestésico adequado durante a
cirurgia
 Recuperação Imediata
interrupção das drogas anestésicas, retorno da
ventilação espontânea e da consciência
 Recuperação Tardia
DROGAS
ANESTÉSICAS
 Anestésicos Inalatórios:

1. Óxido Nitroso: Anestésico pouco potente, Bom
analgésico , Isoladamente não promove anestesia
cirúrgica, necessita associação com outros fármacos.
Riscos: mistura hipóxica
 Halogenados: halotano ,isoflurano e sevoflurano
 Considerados anestésicos “completos”, promovem
analgesia, hipnose, relaxamento muscular e bloqueio de
reflexos autonômicos
 Necessário equipamento especial para administração –
Vaporizador . Riscos: Hipertermia maligna
Halogenados (cont.)
 Halotano/Fluotano

- maior cardiodepressão
- efeitos colaterais: hepatite, nefrotoxicidade (íons
fluoreto), arritmias
 Isoflurano /Forano
- pouca cardiodepressão
- efeitos colaterais: irritação vias aéreas (ruim para
indução)
 Sevoflurano
- pouca cardiodepressão, alto custo, seguro
- possível nefrotoxicidade
DROGAS
 Anestésicos ANESTÉSICAS
Venosos:

Benzodiazepínicos (midazolam,
Hipnóticos – hipnose: Tiopental, Propofol , Etomidato,
diazepam). Efeitos adversos:
depressão respiratória e cardiovascular, apnéia, vasodilatação,
hipotensão .
Opióides – analgesia e bloqueio de reflexos autonômicos. Morfina,
Fentanil, Tramadol (Tramal®), Nalbufina (Nubain®). Efeitos
adversos: depressão respiratória, apnéia, prurido, retenção
urinária, rigidez torácica, bradicardia

Bloqueadores Neuromusculares ( “curares”) – relaxamento


muscular. Pancurônio (Pavulon®), - Atracúrio (Tracrium®)
Succinilcolina (Quelicin®). Efeitos adversos: taquicardia,
hipotensão, broncoespasmo, hipercalemia, hipertermia maligna,
MORFINA

Protótipo dos agonistas opióides


Metabolização hepática
Libera histamina – Hipotensão arterial
PETIDINA (MEPERIDINA)
Agonista sintético
Um décimo da potência da morfina
Rápida metabolização hepática – normeperidina
Ação anestésica local
Apresenta semelhança estrutural com a atropina –
atividade cronotrópica positiva
Libera histamina – vasodilatação arteriolar
transitória, venodilatação mais prolongada e
hipotensão arterial
Uso clínico: analgesia no pré e pós-operatório,
atenuação de tremores. Não deve ser utilizado
cronicamente, pelo risco de dependência
FENTANIL

Potente agonista opióide


Elevada lipossolubilidade
Rápido início de ação e duração mais
prolongada, quando administrado por
via IV
ALFENTANIL
Rápido início e curta duração de ação
Sem efeito cumulativo
Pode ser usado em infusão contínua ou
doses intermitentes
Metabolização hepática
SUFENTANIL
Mais potente agonista opióide disponível
clinicamente
Efeitos clínicos semelhantes ao fentanil
e alfentanil
ANTAGONISTAS OPIÓIDES

NALOXONA

Antagonista puro
Indicado para reversão dos efeitos dos
agonistas
Adjuvante no tratamento dos choques séptico
e cardiogênico
AGENTES VENOSOS NÃO-OPIÓIDES

Barbitúricos – Tiopental
Benzodiazepínicos – Midazolam
Etomidato
Propofol
Cetamina
ETOMIDATO

Hipnótico não-barbitúrico
Rápido início de ação
Curta duração de ação –
Redistribuição
Rapidamente hidrolisado no fígado e
no plasma – metabólitos inativos
NÃO TEM EFEITO ANALGÉSICO
PROPOFOL
Hipnótico não-barbitúrico
Início rápido de ação
Rápidas redistribuição e eliminação
– ideal para infusão contínua
Excreção hepática e extra-hepática
SEM PROPRIEDADE
ANALGÉSICA
CETAMINA

Anestesia dissociativa de curta duração


Causa alucinações e delírios
Estimulação simpática central –
liberação de catecolaminas
Pode ser usado por via oral, IM, IV ou
nasal
POTENTE ANALGÉSICO
Monitorização
Oximetria 
Cardioscopia
Capnografia
Pressão arterial
Temperatura
Nível de Consciência
Ventilação
Diurese
ANESTESIA LOCAL

 Quando ocorre infiltração de um anestésico local (por
exemplo a lidocaína ou Xylocaína) em uma determinada
área do corpo, sem que ocorra bloqueio de um nervo
específico ou plexo.
 Este tipo de anestesia não envolve perda da
consciência e depressão das funções vitais, produzindo
perda da sensibilidade temporária, causada pela
inibição da condução nervosa.
 É largamente utilizada em cirurgia superficial (exemplo:
cirurgias plástica e dermatológica), e em procedimentos
circunscritos a áreas limitadas (extração de corpo
estranho superficial, cirurgias odontológicas), suturas.
ANESTESIA REGIONAL

1. O agente anestésico é injetado no
nervo ou ao redor deles, de um modo a
anestesiar a área por ele inervada.
2. Áreas utilizadas:
 Bloqueio do plexo (plexo braquial)
 Anestesia paravertebral (parede
abdominal e vísceras)
 Bloqueio trans-sacral (períneo e baixo
abdome)
ANESTESIA ESPINHAL

1. Anestesia Peridural ou Epidural : é realizada
pela deposição do anestésico no espaço peridural,
onde irá se difundir e bloquear a insensibilidade
aos estímulos dolorosos.
 O anestésico é injetado no espaço peridural
(camada de gordura anterior à dura-máter
membrana que envolve a medula vertebral).
 Neste caso não há perfuração da dura-máter e nem
perda liquórica. O bloqueio segmentar é produzido
nas fibras sensoriais, espinhais e também nas
fibras nervosas, podendo ser parcialmente
bloqueadas.
ANESTESIA ESPINHAL
2. Raquianestesia: O anestésico é introduzido no
espaço subaracnóideo  por meio de uma agulha que
penetra no espaço entre as vértebras L2, L3 ou L3 , L4.
No seu trajeto, a agulha perfura sucessivamente a pele
e a tela subcutânea, o ligamento interespinhoso, o
ligamento amarelo, a dura-matér e a aracnóide
 O espaço subaracnóideo é o mais importante e contem
uma quantidade razoavelmente grande de liquido
cérebro-espinhal ou líquor.
 Apresenta alguns incômodos como dor de cabeça que
resulta da perfuração da dura-máter e do vazamento
do líquor.
Importância deste espaço
 Operações nas pernas, abdômen inferior (apendicite,

útero, ovário, bexiga)e cesarianas.
 O anestésico deprime as funções da cintura pra baixo.
NOÇÕES GERAIS

 É aquela em que o paciente é colocado, após ser
anestesiado, para ser submetido à intervenção
cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo
operatório;
 Depende do tipo da cirurgia a ser realizada e da
técnica a ser empregada;
POSIÇÃO DORSAL
 Deve ser mantido e decúbito dorsal ou supino, tendo as

corpo;

pernas esticadas e os braços estendidos ao longo do

 Usado em: cirurgias abdominais, pélvicas e obstétricas


(supra e infra-umbilicais), vasculares;
 É que menos complicações traz ao paciente.

VARIAÇÕES

TRENDELEMBURG: cabeça em
nível inferior aos membros inferiores;
PROCLIVE: cabeça em nível
superior ao dos membros inferiores.


POSIÇÃO DE FOWLER

Decúbito dorsal,com elevação do
tronco em 45 graus. Decúbito de 30
graus é chamado semi-fowler.
Usado para avaliação de cabeça e
pescoço, bem como para pacientes
que apresentem desconforto
respiratório

POSIÇÃO VENTRAL
 Colocado de abdome para baixo, tendo a cabeça

lateralizada apoiada em um travesseiro, as pernas
estiradas, os braços ligeiramente flexionados e apoiados
em suportes;
 Exige a colocação de coxins sobre os ombros, para
facilitar a expansão pulmonar;
Indicadas em cirurgias:

Na região dorsal;
Lombar;
Sacrococcígea;
Occipital.
POSIÇÃO LATERAL
 Nesta posição o paciente é colocado em um dos lados,

tendo a perna inferior fletida e a superior estendida,
separadas por um coxim sob a linha da cintura, fixado na
cintura com uma faixa de esparadrapo ou uma faixa
larga sobre o quadril;
 Usada em cirurgias renais;

POSIÇÕA
GINECOLÓGICA

Posicionamento de forma que a região
genital fique exposta, e decúbito
dorsal,mantendo as pernas afastadas
uma da outra com a região plantar
sobra a cama.
Usada para avaliação do trato genital
inferior e procedimentos como SVD

POSIÇÃO DE
LITOTOMIA

Variação da posição ginecológica;
Paciente é colocada em decúbito
dorsal, tendo os membros inferiores
elevados em colocados em suportes
especiais (perneiras);
Indicadas para cirurgia ginecológicas,
proctológicas, algumas urológicas e
exames;

POSIÇÃO DE SIMS

O cliente deve ficar em decúbito
lateral esquerdo, com a perna direita
flexionada e a esquerda estendida
(com leve flexão);
Posicionamento utilizado para
enteroclisma,exame do reto e
ânus,exame vaginais e clister;

GENUPEITORAL

 Utilizado para obserrvação das regióes anal e
genital;
 Posiciona-se com o joelho e a cabeça sobre o peito
ou maca, sendo que a cabeça deve estar
lateralizada e sobre os braços

POIÇÃO ORTOSTÁTICA OU
ERETA

•Indicada para
exames de certas
anormalidades
ortopédicas ou
neurológicas
SENTADO

Indicada para avaliação


da cabeça, pescoço,
dorso, região posterior
do tórax, mamas, axilas,
coração,verificação de
SSVV, e avaliação dos
MMSS.
• Conceito: inicia-se com a admissão do paciente na
unidade de cuidado pós- anestésica e termina com a
evolução do acompanhamento na unidade clínica ou
domicílio.

Classificação:
• PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO(POI): até as 24 horas
posteriores à cirurgia.
• Pós-operatório mediato(pom): após as 24 horas e até
7 dias.
• Pós-operatório tardio: após 7 dias do recebimento da
alta.
OBJETIVOS DO PÓS-
OPERATÓRIO

 Restabelecer o equilíbrio
fisiológico do paciente;
 Aliviar a dor;
 Prevenir complicações;
 Promover o autocuidado.
SALA DE RECUPERAÇÃO
PÓS –ANESTÉSICA (SRPA)

• Conceito: é a sala localizada nas
adjacências das salas de cirurgias, onde
o paciente submetido ao procedimento
anestésico cirúrgico deve permanecer sob
observação e cuidados constantes da
equipe de enfermagem , até que haja a
recuperação da consciência, estabilidade
dos ssvv e ausência de intercorrências.

ÁREA FÍSICA
• Deve pertencer á planta física do centro
cirúrgico; 
• Deve localizar-se próxima às salas de cirurgias e
unidades de apoio;
• Deve ter:
 Um posto de enfermagem;
 Sala de guarda de material e equipamentos;
 Expurgo;
 Ar condicionado independente do CC.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
 EQUIPAMENTOS BÁSICOS:
 cama/maca com grades laterais ,
 
suporte de solução fixo ou móvel,
 duas saídas de oxigênio e uma de ar comprimido,
 aspirador a vácuo, foco de luz, tomadas elétricas,
 monitor cardíaco,
 oxímetro de pulso,
 esfigmomanômetro,
 ventiladores mecânicos,
 carrinho com
 medicamentos de emergência;

 MATERIAIS DIVERSOS:
 máscaras e cateteres de oxigênio,
 sondas de aspiração,

 luvas esterilizadas e luvas de procedimentos,
 medicamentos,
 frascos de solução,
 equipo de solução e de transfusão sangüínea,
 equipo de PVC (pressão venosa central),
Material para sondagem vesical,
 pacote de curativo, bolsas coletoras, termômetro,
 material de coleta para exames .

CARACTERÍSCAS IDEAIS
DA SRPA
Mantida limpa, 
tranquila e livre de
equipamentos;
Pintada com cores suaves e agradáveis;
Iluminação indireta;
Teto a prova de som;
Equipamentos que controlam os ruídos;
Boxes isolados,mas visíveis pra pacientes
agitados;
Ventilação adequada.
RECURSOS HUMANOS
DA SRPA

A equipe multiprofissional deve
ser treinada e habilitada
objetivando prevenir riscos e

complicações decorrentes do
procedimento cirúrgico.
 ENFERMEIRO:
 ASSISTENCIAL: presta
assistência de enfermagem,
treina e supervisiona os
componentes da sua equipe;
 COORDENADOR: faz as
atividades administrativas.
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Omiti opiniões e sugestões para a

cuidados

melhoria do trabalho;
Presta de enfermagem
designado pelo enfermeiro, conforme
prescrição realizada;
Participa de reuniões e treinamentos;
Zela pelas condições de segurança,
manuseio correto e limpeza de
equipamentos;
Conferi e providencia o material necessário
para prestar cuidado ao paciente;
 Admiti os pacientes designados pelo enfermeiro;
 Aplica o índice de Aldrete e Kroulik;
 Executa prescrição médica;

 Realiza transferência e alta para a unidade de origem;
 Notifica o enfermeiro sobre as condições do paciente e
suas intercorrências.
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
Faz atividades coordenadas e

orientadas pelo enfermeiro;
Controla estoques do almoxarifado;
Arquiva documentos;
Faz estatística diária do movimento;
Reproduz a escala mensal;
Solicita consertos e reparos;
Encaminha exames necessários.
• A assistência de enfermagem ao paciente deve ter
continuidade após a cirurgia, pois este é um período
considerado decisivo para a sua recuperação.

 Deve ser feito deDO


TRANSPORTE

forma segura;
PACIENTE PARA A SRPA
 Deixar permanecer sobre a cabeceira da maca o
fornecedor de anestesia;
 Evitar tensão adicional sobre a incisão;
 Posicionar o paciente de forma que não se deite sobre
drenos, tubos e nem os obstrua;
 Movê-lo de forma a lenta e cuidadosa.
ADMISSÃO DO PACIENTE NA
SRPA
 Verificar a identificação com
o prontuário;

 Orientar sobre o término da
cirurgia e sua localização;
 Explicar os procedimentos e
as atividades;
 Garantir a privacidade.
METAS DO TRATAMENTO DE
ENFERMAGEM NA SRPA
 Estabilidade hemodinâmica;

 Freqüência e amplitude respiratória
normalizadas:
 Saturação de O ² nos limites
normais;
 Estabilidade da temperatura corporal
e consciência;
 Ausência de anormalidades e
complicações.
CUIDADOS DE
ENFERMAGEM NA SRPA
 Manter as grades da cama erguidas;

 Manter o paciente aquecido;
 Posicionar com a cabeça lateralizada e com suporte
ventilatório;
 Posicionar corretamente drenos e
sondas;
Proceder a avaliação- índice de Aldrete
e kroulik; 
 Monitorar SSVV de 15/15 min., se
estiver regular de 30/30 min., depois
1/1h, 2/2h...;
 Controlar gotejamento de soluções,
sangue e dos líquidos eliminados por
sondas ou drenos;
Manter cuidados com o curativo;
Manter vias áreas pérvias e realizar
aspiração se necessário;
o Aplicar medicação

conforme prescrito ( ATB,
tranquilizantes, analgésicos, antieméticos);
o Minimizar fatores de estresse;
o Fazer anotações de enfermagem conforme cuidados
prestados: tipo de anestesia, cirurgia realizada, horário
de chegada, condições gerais do paciente, presença de
drenos, soluções venosas, sondas, cateteres e
assistência prestada.
ÍNDICE DE ALDRETE E
KROULIK
 Método de avaliação das condições

fisiológicas do paciente submetido a
um procedimento anestésico.
 SISTEMAS AVALIADOS:
Cardiovascular
Respiratório
Nervoso central
Muscular
 PARÂMETROS CLÍNICOS:
 PA
 Saturação de O ²


Freqüência respiratória
Atividade muscular

 Consciência
 PONTUAÇÃO:
 Varia de 0 a 2 para cada parâmetro clínico.
 SOMA DOS PONTOS:
 Indica a possibilidade da alta,
 De 8 a 10 há condições para a transferência .
ÍNDICE
Movimenta os quatro 2
membros
ATIVIDADE
MUSCULAR Movimentadois membros 1

Incapaz de mover os membros 0

Tosse livremente ou respira 2


profundamente
RESPIRAÇÃ
O Dispneia ou limitação 1
Apneia 0
PA 20% do nível pré-anestésico 2
CIRCULAÇÃO
PA 20 a 49% do nível anestésico 1

PA 50% do nível pré-anestésico 0
Lúcido e orientado no tempo e espaço 2
CONSCIÊNCI
A Desperta, se solicitado 1
Não responde 0
Mantem saturação > 92% respirando o ar 2
ambiente
SATURAÇÃ
Necessita de O² para manter saturação > 1
O DE O²
90%
Saturação < 90% com oxigênio 0
OBSERVAÇÕES
 Contar a respiração por 1 minuto;


 Utilizar manguito apropriado par medir a PA;
 Os valores da oximetria de pulso variam (jovem
saudável= 98 a 100%, idoso< 90%, fumante ou portador
de doença pulmonar ≤ 80%;
 O retorno dos movimentos dos membros variam de até
24 h ou mais;
 Para avaliar a consciência chamar pelo nome, avaliar
respostas, compreensão da mensagem e ordem
simples.
Anormalidades e
Complicações

Implicam piora do quadro clínico
do cliente, aumento do período de
recuperação cirúrgica e, em alguns
casos, até mesmo o óbito.
Principais
Anormalidades e
 SSVV;
complicações
Complicações nos
Complicações neurológicas
Complicações pulmonares;
Complicações urinárias;
Complicações gastrintestinais;
Vasculares e hematológicas.
Alteração dos sinais vitais
(TPR-PA)
1. TEMPERATURA:

• NORMAL: 36,5 ° C

• HIPETERMIA ≥ 37,5 ° C
- Causa: infecção
- Prevenção: retirar cobertores, resfriar ambiente, usar
compressas frias, antitérmico.
• HIPOTERMIA ≤ 36 ° C
- Causas: depressão do hipotálamo, salas frias,
antissepsia com agentes químicos frios, abertura das
cavidades torácicas e abdominais.
- complicações: tremores, depressão respiratória,
aumento do trabalho cardíaco,diminuição do
metabolismo, etc.


- Prevenção e assistência: aquecer o paciente, controlar
a temperatura, administrar soro aquecido, se prescrito;
observar temperatura da sala.

2. RESPIRAÇÃO:
 NORMAL: 12 a 18mrpm
 ALTERAÇÕES: por efeito anestésico, obstrução das vias
aéreas, apneia, aspiração, hipoxemia.
 PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA: elevar o decúbito,
aumentar a oferta de O², solicitar a realização da
respiração profunda e tosse, desobstruir as vias aéreas,


aspirar secreções, monitorar a respiração.

3. PRESSÃO ARTERIAL:
 NORMAL: 120 X 80mmHg
 HIPOTENSÃO: em raquianestasia, choque hipovolêmico
- Prevenção e assistência: hidratação rigorosa EV,
posição de trendelemburg.
• HIPERTENSÃO: por dor, medo, curativos compressivos,
medicações, medicações, equilíbrio fisiológico.
- Prevenção e assistência: é monitorar a PA, ofertar O²,


manter acesso venoso e normotermia, observar queixa
dolorosa ou de desconforto, administrar medicação.

4.PULSO:
• NORMAL: 60 a 80bpm
• ALTERAÇÃO: hemorragia, efeito anestésico, mudança
brusca de posição.
• PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA: idem aos da PA.
Alterações Neurológicas
1.DOR:
 sinal vital, pela exigência
• É denominado como o quinto
que deve ser dada na sua avaliação.
• FATORES RELACIONADOS: natureza da cirurgia,
orientação pré-operatório, crenças e cultura.
• AVALIAÇÃO DA DOR: local, intensidade, qualidade em
repouso ou movimento, fatores de piora e melhora,
repercussões biológicas e alivio.
• ESCALAS: analógica visual, faces de sofrimento.
• ALIVIO DA DOR: analgésicos ou manobras.
 Manobras ou estratégias:

 Afrouxar ou trocar curativos;
 Aliviar a retenção urinária;
 Realizar mudança de decúbito;
 Apoiar seguimentos do corpo em coxins;
 Aplicar compressas frias ou quentes;
 Escurecer o ambiente;
 Diminuir barulhos;
 Proporcionar repouso e distração.
OBS: cefaleia da raquianestesia.
2.SONOLÊNCIA:
 É comum no POI;
 Deve-se verificar o nível de consciência com perguntas e
estimulo tátil;

 Qualquer alteração deve ser comunicada.
3.SOLUÇO:
 É um espasmo inspiratório com súbito fechamento da glote
e contração do diafragma em um curto ruído.
 CAUSAS: distensão abdominal e hipotermia.
 CONSEQUÊNCIA: vômito e deiscência da ferida.

RECOMENDAÇÕES
aquecer com a manta térmica;
• 
administrar medicamentos (fenotiazinas,
antieméticos) se prescritos;
• Manter oxigenação continua;
• Controlar SSVV;
• Orientar e tranquilizar paciente.
OBS: deambulação precoce; mudança de
decúbito, inspiração e expiração num saco
de papel.
Complicações
pulmonares

PACIENTES DE RISCO: obesos,
idosos e com outros agravos.
fumantes,

SINAIS E SINTOMAS: cianose, dispneia,


tiragem intercostal, batimentos de asas do
nariz, agitação.
CAUSAS: acúmulo de secreção, drogas
anestésicas, equipamentos utilizados na
anestesia, alterações fisiológicas, etc.
 PREVENÇÃO:
 Estimular movimentação e deambulação
precoces,

 Lateralizar a cabeça do cliente com
vômito,
 não infundir soluções endovenosas
pelos membros inferiores - para evitar a
formação de trombos e embolia
pulmonar,
Realizar a hidratação adequada,
estimular a tosse e os exercícios
respiratórios.
Posições que minimizam desconforto
durante exercícios respiratórios e/ou tosse


• PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES:
• Broncopneumonia: aspiração de vômitos ou alimentos,
estase pulmonar, infecção e irritação por produtos
químicos. 
• Atelectasia: colabamento dos alvéolos pulmonares pela
obstrução dos brônquios por tampão mucoso.

• Embolia pulmonar: obstrução da artéria pulmonar ou


de seus ramos por êmbolos
Complicações urinárias
• RETENÇÃO URINÁRIA:

 causas: dor, falta de privacidade, dobraduras ou
torções na sonda ou até mesmo estarem
fechadas.
 Cuidados: realizar higiene íntima com água
morna, aquecer e relaxar o abdome pela
aplicação de calor local e realizar estimulação
pelo ruído de uma torneira aberta próxima ao
leito, comunicar tal fato à enfermeira e/ou
médico, e discutir a possibilidade da passagem
de uma sonda de alívio.
INFECÇÃO URINÁRIA:
 causas: técnicas da sondagem vesical e
refluxo de urina. 
 Sintomas: hipertermia, disúria e
alterações nas características da urina.
 Prevenção: manter a higiene íntima
adequada do cliente, bem como obedecer
à técnica asséptica quando da passagem
da sonda.
 Tratamento médico: antibióticos
Complicações
• NÁUSEAS gastrintestinais
E VÔMITOS:

anestésicos, distensão
 causas: efeitos colaterais dos
abdominal
pela diminuição do peristaltismo,
hipoglicemia, ansiedade, dor intensa,
desidratação.
 Prevenção: uso de antieméticos,
atropina, escopolamina, prometazina,
proclorperazina; difenidramina,
haloperidol, metoclopramida.
 Cuidados:
 Manter em decúbito lateral ou com a cabeça

lateralizada com a cabeceira elevada a 45 °;
 Administrar antieméticos conforme prescrito;
 Nos clientes com sonda nasogástrica, abrir a
sonda e, mantendo-a aberta, proceder à
aspiração para esvaziar a cavidade gástrica;
 proporcionar conforto ao cliente (o vômito deve
ser aparado em uma cuba-rim ou lençol/toalha; a
seguir, trocar as roupas de cama e proceder à
higiene oral o mais rápido possível);
 Anotar intercorrências e providencias adotadas
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL:
 causas: diminuição do peristaltismo
provocada pelo  efeito colateral do
anestésico, imobilidade prolongada no
leito, quadro inflamatório, exposição e
manipulação do intestino durante as
cirurgias abdominais e o medo da dor.
 Sinais e sintomas: retenção de fezes
acompanhada ou não de dor,
desconforto abdominal e flatulência.
 Prevenção e cuidados:
movimentação no leito,

 deambulação precoce,
 ingestão de líquidos e aceitação de
alimentos ricos em fibras,
 aplicação de calor na região abdominal,
Promover a privacidade par eliminação de
gases.
 Tratamento médico: laxante no período
noturno e/ou lavagem intestinal.
SEDE
 causas: Provocada pela ação inibidora da


atropina, perdas sangüíneas e de líquidos pela
cavidade exposta durante o ato operatório,
sudorese e hipertermia.
 Cuidados: observar a presença de sinais de
desidratação (alteração no turgor da pele e da
PA e diminuição da diurese), manter a
hidratação por via oral e, nos clientes
impossibilitados de hidratar-se por via oral,
umidificar os lábios e a boca, realizar higiene
oral e manter hidratação endovenosa.
Complicações vasculares e
hematológicas

TROMBOSE, TROMBOFLEBITE E
EMBOLIA:
 Causas: permanência prolongada no leito,
associada à imobilidade após a cirurgia.
Cuidados: realizar mudança de decúbito a
cada 2 ou 4 horas, bem como a
movimentação, realização de exercícios
ativos no leito e início da deambulação o
mais precocemente possível.
Movimentação dos pés que estimula a
circulação dos membros inferiores e
alivia as áreas de pressão

HIPOTENSÃO POSTURAL:
 deve-se orientar o cliente para que não se

levante bruscamente do leito, deve-se,
primeiramente, sentar-se no leito com as pernas
para baixo e, em seguida, ficar em pé, sempre
com o auxílio de outra pessoa.

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA: Oclusão


das veias profundas provocando estase venosa.
 Causas: mobilidades restrita, déficit circulatório.
 Riscos:
 cirurgias ortopédicas,
 urológicas, 
 + 40 anos,
 obesos,
 AVC com membro paralisado.
 Prevenção:
 Meias elásticas de compressão;
 Massageador;
 Dose de heparina SC.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO: diminuição do
volume sanguíneo.

 Causa: redução do volume de líquidos por
hemorragia.
 Sintomas: hipotensão, taquicardia, dispneia
alterações neurológicas.
 Cuidados:
 Elevar MMII;
 Repor líquidos;
 Monitorar SSVV;
 Manter acesso venoso.
ANATOMIA DA PELE
 Constitui barreira mecânica de proteção ao corpo,

termorregulação e percepções táteis.
 Camadas:
 Epiderme
 Derme
 Tecido
Adiposo
Subcutâneo
Feridas Operatórias
Se dividem em:


 INCISIVAS - Quando não há perda de
tecido.

 EXCISIVAS - Quando ocorre a remoção


de uma área da pele.
Classificação das
Feridas Operatórias

 Limpas: Risco de infecção pós-operatória1 - 2%

 Limpas-Contaminadas: 7 - 8%

 Contaminadas: 15 - 20%

 Infectadas: 50%
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO

• CICATRIZAÇÃO DE PRIMEIRA INTENÇÃO
 Mínimo de perda tecidual
 Resposta inflamatória rápida
 Reduz incidência de complicações
 Bordos regulares unidos por suturas
 Cicatriz com menor índice de defeitos
CICATRIZAÇÃO DE SEGUNDA INTENÇÃO
 É consequência de complicações;
 Grande perda tecidual;
 Período cicatricial
 mais prolongado
devido a resposta inflamatória intensa
 Maior incidência de defeitos cicatriciais
(cicatriz hipertrófica, quelóide)
 Deve ser envolvido com gazes estéreis umedecidas e
curativo estéril.
 CICATRIZAÇÃO DE TERCEIRA INTENÇÃO
 Caso uma ferida não tenha sido suturada inicialmente


as suturas podem se romper e devem ser suturadas
novamente
 A cicatriz é mais profunda e ampla.
FATORES ADVERSOS
À CICATRIZAÇÃO
• FATORES  FATORES LOCAIS
SISTÊMICOS  Infecção
 Má nutrição
 Isquemia
 Doenças crônicas
 Insuficiência do  Necrose
sistema imunológico  Corpos estranhos /
 Má perfusão tecidual crosta
 Idade avançada  Agentes irritantes
 Terapia  Lesão muito extensa
medicamentosa
COMPLICAÇÕES DA FO
• HEMATOMA: coágulo dentro da ferida.

• INFECÇÃO :
 Sinais e sintomas: coloração avermelhada, endurecimento,
drenagem de secreções, edema e calor no local, dor
exagerada no local da incisão.
 Tempo: 36 a 48hs PO.
 Prevenção: preparo pré-operatório adequado, utilização de
técnicas assépticas, cuidados durante o banho,observação
dos princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que
caracterizam a infecção.
• HEMORRAGIA –Podem ser internas e
externas.

 Tempo: primeiras 24 horas após a cirurgia.
 Sinais e sintomas: sensação de desconforto,
palidez intensa, mucosa descorada,
taquicardia, dispnéia e choque hipovolêmico,
também pode referir dor.
 Cuidados: observar a presença de
sangramento no curativo e/ou roupas de cama,
cuidados emergenciais, fazer compressão no
local ou um curativo compressivo, até a
chegada de um médico,
• DEISCÊNCIA E EVISCERAÇÃO – a deiscência é


quando os pontos da ferida operatória se rompem.
A evisceração é a protusão do conteúdo da ferida.
 Causas: infecção, rompimento da sutura, distensão
abdominal, ascite e estado nutricional precário do
cliente, tosse vigorosa, idade crescente, vômitos.
 Cuidados: lavagem ou irrigação do local com solução
fisiológica e cobrir com compressa estéril umedecida,
posição de semi-fowler.
 Prevenção: cinta abdominal e alimentação rica em
vitamina C.
CURATIVO



Fornecer ambiente adequado para a cura;
Absorver drenagem;
 Imobilizar ou conter;
 Proteger contra lesão mecânica, contaminação e sujeira;
 Promover hemostasia;
 Fornecer conforto mental e físico.
 HORÁRIO: o mais adequado.
RECOMENDAÇÕES
 lavar as mãos;

 Usar luvas ou pinças estéreis;
 Remover esparadrapo na direção do crescimento dos
pelos;
 Usar álcool ou solventes não irritativos na remoção;
 Descartar o curativo;
 Proceder a técnica asséptica;
 Cobrir e vedar com esparadrapo;
 Datar e identificar e proceder com anotações.
Joel Araujo dos Santos

 O sucesso no tratamento de feridas depende mais da
competência e do conhecimento dos profissionais
envolvidos, de sua capacidade de avaliar e selecionar
adequadamente técnicas e recursos, do que da
disponibilidade de recursos e tecnologias sofisticadas.

(YELLO,2003).

TRATAMENTO
DE FERIDAS
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO NO
TRATAMENTO DE FERIDAS


 Na era pré-histórica eram preparados cataplasmas de
folhas e ervas com o intuito de estancar a hemorragia e
facilitar a cicatrização.

 Com o passar do tempo e evolução das civilizações,


foram sendo aperfeiçoados vários métodos como
emplastos de ervas, mel, cauterização das feridas com
óleos ferventes ou ferro quente, desinfecção com álcool
proveniente do vinho, utilização de banha de origem
animal, cinzas, incenso, mirra, etc.
 Os egípcios, habilidosos no embalsamamento, também se
preocupavam com o tratamento de feridas. Utilizavam o
conceito de ferida limpa e ocluída, com óleos vegetais,

cataplasmas e faixas de algodão.

 Na civilização grega e, posteriormente, na romana, o


tratamento de feridas também assumiu papel de destaque.
Empregavam emplastos, banhas, óleos minerais, pomadas,
vinho, etc.
No período medieval, a figura da bruxa era
associada às plantas medicinais, teia de aranha,
ovo, cauterização com óleo quente e ao auxílio das
preces. O corpo humano era considerado sagrado,

lugar de residência do espírito ou das forças
demoníacas.

Na mesma época, os monastérios desenvolviam


cada vez mais o estudo das plantas - hoje
denominado Fitoterapia - acentuando a
importância da manutenção da ferida limpa e
remoção dos corpos estranhos e tecido necrótico, e
a necessidade de controle da hemorragia, por meio
de compressões locais, cauterizações e ligaduras
dos vasos sangrantes.
O surgimento da penicilina (I Guerra Mundial)
como um grande passo para o controle da infecção.


Historicamente, o tratamento de feridas tem como
filosofia a proteção das lesões contra a ação de
agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos. A
preocupação com a contaminação exógena por
microorganismos fez com que fossem instituídas
técnicas de curativo, em que o princípio básico era
a manutenção do curativo limpo e seco.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
 A pele é o maior órgão do corpo humano, chegando a medir 2
m2 e pesar 4 Kg em um adulto.
A EPIDERME
 É a mais externa, fina e avascular e costuma regenerar-se em 4 a 6
semanas. Tem como funções básicas: manter a integridade da pele
e atuar como barreira física.
A DERME
 Possui vasos sanguíneos, folículos pilosos, vasos linfáticos,
glândulas sebáceas e sudoríparas. Ainda é composta de
fibroblastos, colágeno e fibras elásticas.
 A derme tem as funções de oferecer resistência, suporte, sangue
e oxigênio à pele.
 O TECIDO SUBCUTÂNEO
É composto de tecidos adiposo e conjuntivo, além de grandes
vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos.

FUNÇÕES DA PELE
 Proteção: barreira física contra microorganismos e outras
substâncias externas;

 Sensibilidade: pelas terminações nervosas da pela sentimos
dor, pressão, calor e frio;
 Termorregulação: a temperatura corporal é regulada
mediante vasoconstrição, vasodilatação e sudorese;
 Excreção: ajuda na termorregulação pela eliminação de
resíduos, como eletrólitos e água;
 Metabolismo: a síntese de vitamina D na pele exposta à luz
solar, por exemplo, ativa o metabolismo de cálcio e fosfato,
minerais que desempenham um papel importante na
formação óssea;
 Imagem corporal: detalha a nossa aparência de uma
forma única;


 Como órgão imunitário: A pele é um órgão
importante do sistema imunitário. Ela alberga
diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que
regulam a resposta imunitária e desenvolvem
respostas específicas.
 Como órgão dos sentidos: A pele também é um
órgão sensorial, constituindo o sentido do tato. Ela
apresenta numerosas terminações nervosas,
algumas livres, outras com comunicação com
órgãos sensoriais especializados.
FERIDAS
É qualquer lesão
 no tecido
epitelial, mucosas ou órgãos
com prejuízo de suas funções
básicas.
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
 Quanto:

 Diagnóstico etiológico: define a origem da doença que
propiciou o aparecimento da lesão cutânea.
Causa: define o mecanismo de ação, por
exemplo: traumáticas, cirúrgicas, patológicas,
etc.
Morfologia: descreve a localização, número,
dimensão e profundidade.
Grau de contaminação: limpa, contaminada ou
infectada.
 Fase cicatricial: define as três etapas:
inflamatória, proliferativa e maturação.
• Característica do exsudato: descreve a sua
presença ou ausência, aspecto, coloração e odor.
• Característica do leito da ferida: necrótico,
fibrinoso, necrótico-fibrinoso, granulação e
epitelização.
• Evolução da ferida: aguda ou crônica.
• Tipo de cicatrização: primária, secundária ou
primária tardia.
AVALIAÇÃO DA
FERIDA

Por que é feita a avaliação da ferida?


 Para descrever de forma objetiva o que está sendo visto.
 Para desenvolver um plano de cuidados com estratégias de
tratamento.
 Para monitorar a eficácia das estratégias de tratamento e
acompanhar a evolução.
 Para haver documentação.
A avaliação da ferida deve incluir:
Tamanho (largura e comprimento) em cm.

• Profundidade em centímetros.
 Presença de túneis, fístulas – medir em cm.


•Presença de descolamentos, lojas – medir a profundidade e
extensão e documentar a localização usando a posição dos
ponteiros do relógio como referência.
Localização

• Drenagem (exsudato) – cor, odor, quantidade.


 Presença de tecido necrótico.

• Evidência de infecção.
PROCESSO DE REPARAÇÃO
TISSULAR


Importante instrumento de sobrevivência dos seres
vivos;
Iniciado com maior intensidade após o trauma;
Influenciado pelas características e condições do
hospedeiro, do ambiente e dos profissionais de
saúde.
FASES DA CICATRIZAÇÃO


Fase Inflamatória ou Exsudativa:
Sua duração é de, aproximadamente, 48 a 72 horas.
Caracteriza-se pelo aparecimento dos sinais
prodrômicos da inflamação: dor, calor, rubor e
edema.
Mediadores químicos provocam vasodilatação,
aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem
a quimiotaxia dos leucócitos – neutrófilos,
combatem os agentes invasores e macrófagos
realizam a fagocitose.
FASES DA CICATRIZAÇÃO
Fase Proliferativa:

Tem a duração de 12 a 14 dias. Ocorrem neo-
angiogênese, produção de colágenos jovens pelos
fibroblastos e intensa migração celular,
principalmente, queratinócitos, promovendo a
epitelização. A cicatriz possui aspecto
avermelhado.
Fase de Maturação ou Remodelação:
A terceira etapa pode durar de meses a anos.
Ocorre reorganização do colágeno, que adquire
maior força tênsil e empalidece. A cicatriz assume
a coloração semelhante à pele adjacente
Fatores que interferem na cicatrização
FATORES LOCAIS FATORES SISTÊMICOS
Extensão e profundidade da Idade
lesão

Grau de contaminação Estado nutricional (obesidade,
desnutrição)
Desvitalização e necrose Hipovolemia
tecidual
Tensão na linha de sutura Doenças crônicas
Pressão Terapia medicamentosa
Incontinência fecal e urinária Insuficiências vasculares
Hematoma e corpo estranho Imunossupressão
FORMAS DE CICATRIZAÇÃO
CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA
 Advém da sutura por planos
anatômicos. Na 
cicatrização
primária não há perda tecidual.
CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA
 Quando a evolução cicatricial da
ferida é espontânea chama-se
secundária.
CICATRIZAÇÃO TERCIÁRIA
OU TARDIA
 Às vezes, para acelerar o processo
de cicatrização secundária pode-se
realizar aproximação das bordas da
ferida com pontos de sutura
simples.
CURATIVOS
Definição:

 É todo material colocado diretamente sobre
uma ferida, cujos objetivos são:
 Evitar a contaminação de feridas limpas;
 Facilitar a cicatrização;
 Reduzir a infecção nas lesões contaminadas;
 Absorver secreções;
 Facilitar a drenagem de secreções;
 Promover a hemostasia com os curativos compressivos;
 Manter o contato de medicamentos junto à ferida;
 Promover conforto ao paciente.
CURATIVO IDEAL
 Manter a umidade na interface lesão/curativo: não se

secam mais as lesões, somente a pele ao seu redor.
Não se mantêm curativos secos em lesões abertas;
 Remover o excesso de exsudação;
 Permitir a troca gasosa;
 Fornecer isolamento térmico;
 Ser impermeável a bactérias;
 Ser isento de partículas e de tóxicos contaminadores;
 Permitir sua remoção sem causar trauma na ferida.
PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE
ENFERMAGEM NA REALIZAÇÃO DE
CURATIVOS:

1º PRINCÍPIO: pele e mucosas albergam normalmente
germes;
- Lavar as mãos antes e depois de cuidar de clientes;
- Manipular o material esterilizado adequadamente;
- Orientar o cliente.
2º PRINCÍPIO: os germes se encontram no ar.
- Não expor os materiais estéreis;
- Preparar o ambiente;

- Evitar contaminação do material.

3º PRINCÍPIO: A umidade facilita o crescimento e


proliferação de germes.
- As feridas que drenam necessitam de troca de
curativo quando úmidos;
- Em caso de contraindicação, reforçar o curativo;
- Parte externa do curativo contaminada.
4º PRINCÍPIO: Os líquidos circulam para baixo com
o resultado da gravidade.
- Conservar as pinças com as pontas para baixo;

- A zona de maior contaminação de uma ferida que
está drenando está sempre na parte inferior;

5º PRINCÍPIO: As vias aéreas albergam com


frequência germes que podem passar para as
feridas.
- Não falar ao manipular o material estéril;
- Usar máscaras.
6º PRINCÍPIO: O sangue transporta os materiais
que nutrem e reparam os tecidos corporais.
- Evitar substâncias que lesam os tecidos;

- Usar técnicas assépticas;
- Não tocar na lesão;
- Retirar os tecidos necrosados.

7º PRINCÍPIO: Os líquidos se movem até os


materiais por ação capilar.
- Remover secreções;
- Restringir movimentos;
- Cobrir áreas desfiguradas;
- Promover conforto e bem-estar do indivíduo.
8º PRINCÍPIO: Não passe o braço sobre o campo estéril.


9º PRINCÍPIO: Em pacientes com mais de uma ferida, deve-se
iniciar pelos curativos de incisão limpa e fechada, seguindo os
de ferida aberta não infectadas e depois as infectadas.

10º PRINCÍPIO: Jamais colocar o material contaminado na cama, na


mesa de cabeceira ou no recipiente de lixo do cliente.

11º PRINCÍPIO: Observar presença de infecção e colher material


para cultura.
ALGUNS MATERIAIS PARA CURATIVOS:






Técnica de Curativo
 Definição: é o tratamento de uma lesão aberta.
 Finalidades:

 Isolar o ferimento do exterior, impedindo a contaminação;
 Proteger contra traumatismo externos, amortecendo os
choques;
 Absorver as secreções;
 Facilitar a cicatrização.
Material necessário
Bandeja contendo:

 Cuba rim; 
Pacote de curativo (2 pinças dente de rato e 1 kocher);

 Frasco com soro fisiológico;


 Frasco com povidine tópico;
 Atadura de crepe (se necessário);
 Pomada (se prescrito);
 Luva;
 Esparadrapo ou micropore;
 Gaze.
Técnica

1- Limpar e prepara a bandeja com álcool 70%;


2- Lavar as mãos; 
3- Levar o material para junto do paciente;
4- Abrir o pacote sobre a mesa de cabeceira, dispor
o material com técnica de forma a não cruzar o
campo estéril;
5- Colocar as gazes no campo, abrindo o pacote de
gaze com técnica;
6- Desprender o esparadrapo, limpando todas as
marcas da pele;
7- Descobrir o local do curativo;
8- Retirar o curativo sujo existente e colocá-lo na cuba rim;
9- Proceder à limpeza do ferimento com a pinça montada com

gaze embebido em solução prescrita. Seguir os princípios
do menos contaminado para o mais contaminado;
10- Observar as condições da lesão;
11- Aplicar a solução prescrita. Em caso de pomada, usar
sobre a gaze distribuindo com uma espátula;
12- Cobrir o local com gaze;
13- Fixar o curativo com tiras de esparadrapo ou micropore;


14- Desprezar o material contaminado;
15- Deixar o paciente confortável;
16- Cuidar do material usado;
17- Lavar as mãos;
18- Anotar no prontuário do paciente: hora, local do
ferimento, solução e medicamento usado, aspecto e grau de
cicatrização.

APLICAÇÃO DE
COBERTURAS E
SOLUÇÕES
COBERTURA DA FERIDA


 Manter a umidade e o isolamento térmico;
 Proteger a ferida contra o trauma e a penetração
bacteriana exógena;
 Proteger a pele peri-lesão;
 Promover o conforto do paciente através do controle da
dor;
 Reduzir a dor;
 Contenção da drenagem.
CLASSIFICAÇÃO

1.PASSIVOS: ocluem e protegem a lesão (gazes)

2.INTERATIVOS: favorecem a restauração tissular


(filmes/espumas)

3.BIOATIVOS: estimulam diretamente substâncias


da cicatrização (fatores de crescimento)

 Quando uma ferida não diminui de tamanho após 2 a 4
semanas de tratamento, está indicada uma revisão das
medidas locais e de suporte. A mudança imediata de
conduta está indicada se a ferida se agravar a qualquer
momento durante o tratamento.
NÃO HÁ CURATIVO OU COBERTURA
IDEAL PARA TODAS AS FERIDAS E
PARA A MESMA FERIDA NAS
DIVERSAS ETAPAS DO PROCESSO
DE RECONSTRUÇÃO TISSULAR
SOLUÇÕES ANTI-SÉPTICAS
COMUNS
SOLUÇÃO 
AÇÕES CONSIDERAÇÕES
ESPECIAIS
Ácido acético Eficaz contra Tóxico para
Pseudomonas fibroblastos quando
aeruginosa em em diluições padrão;
feridas superficiais muda a cor dos
exsudatos/pode
fornecer avaliação
incorreta da
eliminação da
infecção
SOLUÇÃO AÇÕES CONSIDERAÇÕES
ESPECIAIS

Peróxido Promove limpeza Causa ulceração de
de mecânica e algum tecido recém formado;
Hidrogênio desbridamento por tóxico para fibroblastos;
ação da não utilize compressas
efervescência de gaze nas fístulas
(pode causar embolia
gasosa)
SOLUÇÃO AÇÕES CONSIDERAÇÕES
ESPECIAIS
Preparados Eficácia de  Tóxico para fibroblastos
à base de amplo espectro em diluições normais;
povidona- quando usados nem sempre eficaz em
iodo em pele íntegra feridas infectadas; ouso
ou em feridas a longo prazo nas feridas
pequenas e pode gerar toxicidade
limpas por iodo.
SOLUÇÃO AÇÕES CONSIDERAÇÕES
ESPECIAIS

Solução de Eficaz contra Tóxico para fibroblastos
Hipoclorito espécies de em diluições normais;
de Sódio Sthphylococcus e protege a pele
Streptococcus; circundante íntegra,
dissolve o tecido prevenindo sua
necrótico; destruição.
controla odores.
Coberturas
TEGAGEN
DUODERM

BIOFILL
TIELLE

ADAPTIC
CARBOFLEX
ACTISORB
2ND SKIN PLUS
NU-GEL

TEGASORB ALLEVYN
COMFEEL FIBRACOL
PLUS
AQUACEL 434
GAZES
 Curativo passivo e absorvente, absorve moderadamente


líquidos , remove tecido necrótico superficial (úmida-
seca), preenche espaços mortos, pode ser usada como
curativo secundário;
 MODIFICAÇÕES: tanto na confecção (tecido-não-
tecido), na adição de substâncias não aderentes
(parafina, vaselina), na adição de substâncias
antissépticas (clorexidina, PVPI e outros).
 Não gera barreira bacteriana;
 Pode acarretar remoção de tecido de granulação
durante sua retirada;
 Disponibilidade e baixo custo imediato.
1 - ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL(DERSANI)

 COMPOSIÇÃO: Ácido Linoleico, Caprílico e Cáprico;



Vitamina A e E e Lecitina de Soja
 MECANISMO DE AÇÃO: Promove quimiotaxia (atração
de leucócitos) e angiogênese (formação de novos vasos
sanguíneos). Mantém meio úmido e acelera o processo de
granulação. Em pele íntegra, previne escoriações devido
alta capacidade de hidratação e proporciona nutrição local.
 TROCA: Sempre que o curativo secundário estiver
saturado ou no máximo a cada 24 horas.
 MODO DE USAR: Lavar a ferida com S.F 0,9%; Remover


exsudato e tecido desvitalizado; Espalhar no leito da ferida
ou embeber em gazes estéreis de contato ou superfície para
manter o leito da ferida úmido até próxima troca;
 Ocluir com cobertura secundária;
 Proceder fixação.
2 - HIDROCOLÓIDE

 COMPOSIÇÃO: CAMADA EXTERNA: Espuma de
Poliuretano; CAMADA INTERNA: Gelatina, Pectina,
Carboximeticelulose sódica.
 MECANISMO DE AÇÃO: Barreira térmica aos gases, a
líquidos, mecânica e microbiana; Estimula a angiosênese e
o desbridamento autolítico; Acelera o processo de
granulação; Absorção de exudato (gel); Manutenção do
pH ácido; Manutenção de ambiente úmido.
 TROCA : Sempre que o gel extravasar, curativo
descolar ou, no máximo, em sete dias.

 MODO DE USAR : Lavar o leito da ferida; Secar a
pele ao redor da ferida; Escolher o hidrocolóide
(diâmetro que ultrapasse a borda da ferida pelo
menos 3 cm); Aplicar o hidrocolóide, segurando-o
pelas bordas; Pressionar firmemente as bordas do
hidrocolóide a massagear a placa para perfeita
aderência. Se necessário,
reforçar as bordas com
micropore; Datar o hidrocolóide.
 OBSERVAÇÕES : Alivia dor; Não adere ao leito
da ferida; É autoaderente; Dispensa curativos

secundários; A interação do exsudato com
hidrocolóide produz um gel amarelo
(semelhante a secreção purulenta); Poderá
ocorrer odor desagradável.

 CONTRAINDICAÇÕES: Feridas colonizadas


ou infectadas; Feridas com tecido desvitalizado
ou necrose; Queimaduras de 3º grau.
3 - ALGINATO DE
CÁLCIO
Fibras de não-tecido, derivados de algas marinhas

composto por ácidos glucurônicos e manurônicos,
com íons de cálcio e sódio incorporados em suas
fibras.
MECANISMO DE AÇÃO : O sódio presente no
exsudato e no sangue interage com cálcio presente
no curativo de alginato. A troca iônica auxilia no
desbridamento autolítico, tem alta capacidade de
absorção, formação de gel mantendo meio úmido
para cicatrização, induz hemostasia.
 INDICAÇÕES: Feridas abertas; Sangrantes;
Altamente exudativas com ou sem infecção, até
redução do exsudato; Lesões cavitárias com

necessidade de estímulo rápido do tecido de
granulação.
 TROCA : Feridas infectadas: máximo de 24h.
Feridas limpas com sangramento: a cada 48h ou
quando saturado.
Feridas limpas altamente
exsudativas: quando saturar.
 MODO DE USAR : Lavar o leito da ferida com
S.F. 0,9%; Remover exsudato e tecido

desvitalizado; Escolher tamanho da fibra de
alginato que melhor se adapte ao leito da ferida;
Modelar o alginato no interior da ferida
umedecendo a fibra com S.F. 0,9%; Não deixar que
a fibra ultrapasse a borda da ferida com risco de
prejudicar a epitelização; Ocluir com cobertura
secundária estéril.
 OBSERVAÇÃO: Quando o exsudato diminuir e a
frequência das trocas estiverem sendo feitas a cada
3 a 4 dias, significa que é o momento de utilizar
outro tipo de curativo.
4 - CARVÃO
ATIVADO
 COMPOSIÇÃO: Cobertura de contato de baixa aderência,

envolta por camada de falso tecido e almofada impregnado
por carvão ativado e prata 0,15%
 MECANISMO DE AÇÃO : Carvão ativado adsorve o
exsudato e filtra o odor. A prata exerce ação bactericida.
 INDICAÇÕES : Feridas fétidas.
 Feridas infectadas e exsudativas.
TROCA: Cobertura secundária
sempre que saturada.
 Cobertura de carvão ativado no

início a cada 48 e 72h, dependendo da capacidade de
absorção.
 Quando a ferida não estiver mais infectada, pode ser
trocado a cada 5 dias.
MODO DE USAR: Lavar o leito da ferida com jatos de
S.F. 0,9%
 Se necessário, remover o exsudato e tecido
desvitalizado;
 Colocar o curativo de carvão ativado sobre a ferida;
 Ocluir com cobertura secundária estéril.
OBS: O curativo não pode ser cortado para não ocorrer

liberação do carvão ou da prata na lesão.
 Quando reduzir o exsudato e o odor, e houver
granulação da ferida, substituir o carvão ativado por
outro tipo de curativo que promova a manutenção do
meio úmido.
CONTRAINDICAÇÃO : Feridas limpas e lesões de
queimaduras.
5.MEMBRANA OU FILME
SEMI-PERMEÁVEL

 Filme de Poliuretano transparente, elástico e semi-
permeável;
 Aderente a superfícies secas;
 Proporciona ambiente úmido favorável a cicatrização;
 Permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e a
evaporação da água
 Impermeável a fluidos e microorganismos.
INDICAÇÕES :
 Fixação de cateteres;
 Proteção da pele íntegra e
Escoriações; 
 Prevenção de úlceras de pressão;
 Coberturas de incisões cirúrgicas limpas sem nenhum
exsudato
 Cobertura de queimaduras de 1º e 2º grau;
 Cobertura de área doadora de enxerto.
TROCA: Quando perder a transparência, descolar da pele
e/ou se houver sinais de infecção.
MODO DE USAR :
 Limpar a pele, ferida ou local do cateter com gaze
embebida em S.F. 0,9%;
 Secar com gaze;

 Escolher o filme transparente do tamanho adequado ao
local, com diâmetro que ultrapasse a borda;
 Aplicar o filme transparente no local;
 Quando o contato for direto com a lesão, não há
necessidade de curativo secundário. Pode ser utilizado
como curativo secundário;
 Pode ser utilizado com outros produtos que estimulem o
tecido de granulação.
6-HIDROGEL
78% a 96% de água;

Absorvem o excesso de exsudato, doam
líquido à ferida seca, podem ser usados
como “carregador e liberador” de
substâncias nas lesões(antibióticos), fácil de
manusear e de remover, podem ser usados
em presença de infecção.
INDICAÇÕES: feridas com perda parcial e
total de tecidos (áreas doadoras, cirurgias
superficiais, úlceras crônicas e outros).
7-SULFADIAZINA DE
PRATA

 COMPOSIÇÃO : Sulfadiazina de Prata a 1%.
 MECANISMO DE AÇÃO : O íon prata causa
precipitação de proteínas e age diretamente na
membrana citoplasmática da célula bacteriostática,
exercendo ação bactericida imediata e ação
bacteriostática residual pela liberação de pequenas
quantidades de prata iônica.
 INDICAÇÕES : Prevenção de colonização e
tratamento de queimaduras.

 TROCA : No máximo, a cada 12 horas ou quando
a cobertura secundária estiver saturada.
 MODO DE USAR : Lavar o leito da ferida com
jatos de S.F. 0,9%
 Remover todo excesso da pomada;
 Remover o tecido desvitalizado;
 Aplicar a pomada ( creme) assepticamente por
toda extensão da lesão ( 5mm de espessura);
 Colocar gaze de contato umedecida com S.F. 0,9%;
 Cobrir com cobertura secundária estéril
 OBSERVAÇÕES :

A cada troca do curativo retirar o excesso de pomada
remanescente.
 Contraindicado em pacientes com hipersensibilidade.
8-CURATIVO ÚMIDO COM S.F
0,9%
 COMPOSIÇÃO : Cloreto de Sódio 0,9%

 MECANISMO DE AÇÃO : Limpa e umedece a ferida
Amolece os tecidos desvitalizados
Favorece o desbridamento autolítico
 INDICAÇÕES : Manutenção da ferida úmida
Feridas com cicatrização por segunda intenção.
 TROCA : De acordo com a saturação do curativo
secundário ou no máximo a cada 24 h;
 MODO DE USAR :

 Limpar a lesão com gaze e S.F. 0,9%;
Lavar a área com jatos de S.F. 0,9%;
Secar o excesso de S.F. 0,9%;
Manter a gaze de contato úmida com S.F. 0,9% no local;
Ocluir com gaze ou compressa seca;
Realizar fixação.
OBSERVAÇÕES : A solução fisiológica pode ser
utilizada tanto para limpeza como para o tratamento de
ferida
CONTRAINDICAÇÕES : Feridas com cicatrização por 1º
intenção
Locais de inserção de cateteres
9- AÇÚCAR
COMPOSIÇÃO: sacarose em grânulos.

INDICAÇÃO: em feridas limpas ou infectadas, com
exsudação intensa e moderada.
MECANISMO DE AÇÃO: É bactericida pela sua
osmolaridade. A sacarose possui efeito hiperosmótico,
destruindo a parede bacteriana.
Acelera a formação do tecido de granulação.
MODO DE USAR: Frequência de substituição
em média 4-6 horas,
pois se dissolve no leito
da ferida.
10- ALOE VERA - BABOSA


Trata-se de curativo não aderente com Aloe vera. É
empregado como gaze não aderente.
Pode ser utilizado in natura.
INDICAÇÕES: queimaduras de primeiro e segundo
grau, ulcerações refratárias, dermatite de
contato periostomia.
MODO DE USAR:
Frequência de troca: É aconselhada
a cada 12 ou 24 horas.
11- PAPAÍNA
Provém do látex do mamoeiro Carica papaya.

Poderá ser utilizada in natura, em creme ou
liofilizada, dissolvida em solução fisiológica
MECANISMO DE AÇÃO
1. Atua como desbridante químico, facilitando o
processo cicatricial.
2. Tem ação bacteriostática, bactericida e
antiinflamatória.
3. Proporciona alinhamento das fibras
de colágeno, promovendo crescimento
tecidual uniforme.
INDICAÇÕES
 como desbridante químico e facilitador do processo
cicatricial. 
- como coadjuvante da antibioticoterapia sistêmica de
feridas infectadas.
VANTAGEM
 - efetua desbridamentos seletivos.
MODO DE USAR
Na presença de tecido de granulação

a concentração deverá ser de 2%.
Na presença de necrose de liquefação a ferida
deverá ser lavada em jatos com solução de
papaína de 4 a 6% diluída em solução
fisiológica.
Na presença de necrose de coagulação na
concentração de 8 a 10%, após efetuar a
escarectomia.
FREQUÊNCIA DE TROCA
É indicada em média de 12 a 24 horas.
12- CURATIVO IMPREGNADO DE
PRÓPOLIS
 Trata-se de curativo hidrossolúvel, comercializado como

gaze não aderente, impregnada com própolis.
 INDICAÇÃO

- queimadura de segundo grau


superficial ou profunda.
- Área doadora e receptora de
enxertos dermo-cutâneos,
- Lesões traumáticas.
 MODO DE USAR
 Deve ser substituído a cada 12 ou 24 horas.
13- COLAGENASE
COMPOSIÇÃO

 Composto de colagenase, clostridiopeptidase-A , enzimas
proteolíticas e cloranfenicol a 1%.
 MECANISMO DE AÇÃO
 Atua seletivamente, degradando o colágeno nativo e
provocando a necrólise.
 DESVANTAGEM
 pouco efetiva em grandes áreas necróticas.
 MODO DE USAR
 Frequência de Troca
- a cada 12 ou 24 horas.
14- LARVAS DE MOSCA
ESTERILIZADAS

São larvas estéreis de moscas preparadas em
laboratório.
São utilizadas no tratamento de feridas como
desbridante biológico, pois estas larvas se
alimentam do tecido necrótico-fibrinoso.
Somente algumas espécies de larvas de moscas
são adequadas a este tipo de procedimento,
como a Phormia regina (blackbottle blowfly =
mosca varejeira).
MODO DE APLICAÇÃO
 São aplicadas diretamente sobre o leito da ferida.


 A quantidade de larvas, a duração do tratamento e o tipo
de cobertura são determinados segundo a experiência da
equipe e necessidade da lesão
 In natura, quanto não utilizadas com o intuito terapêutico,
as larvas de mosca dão origem a zooparasitoses,
conhecidas como miíase ou "berne".
 A mosca varejeira depõe inúmeros ovos na superfície
cutânea ou em ulcerações preexistentes. Os ovos eclodem e
as larvas crescem sem controle e segurança necessários.
15- BOTA DE UNNA
 Opção mais popular para controlar edema das
 varicosas não infectadas,
extremidades inferiores, úlceras
varizes.
 Inicialmente aplicada úmida ao membro inferior
comprometido, transforma-se em uma faixa de compressão
rígida à medida que seca. Quando os músculos da
panturrilha fazem força contra a faixa inelástica, bombeiam
com mais eficácia, facilitando a remoção de líquido do
membro inferior.
DESVANTAGENS:
 A faixa rígida não consegue conformar-se à
redução do edema; 
 É incapaz de absorver grandes quantidades de
drenagem, em geral fica suja
 A pele em torno da ferida pode ficar macerada,
percebendo-se um odor desagradável
 Não proporciona compressão durante períodos
de inatividade.
MODO DE USAR:
 Lavar a perna e aplicar um talco após secar. a pasta de
unna previamente aquecida é então aplicada sobre as

artes afetadas e, a seguir, coberta com bandagens de
gaze. Em geral aplicada em bandagens, dando pelo
menos 4 voltas.
 A bota deve ser substituída
inicialmente a cada 3 dias e
depois mais espaçadamente.
FIXAÇÃO:
-Em curativos, sempre colocar 
-As fitas poderão ser estéreis com exceção do esparadrapo;
gaze estéril sob o esparadrapo;
-Após 72h, as fitas permeáveis poderão ser colocadas
diretamente sobre as feridas pequenas;
-Sempre utilizar a melhor opção de fita adesiva para
determinado tipo de curativo.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
É imprescindível
mudar conceitos
comportamentos. Não basta nem se deve
e

trabalhar sozinho.
PARADIGMAS
A reparação tissular é um complexo de eventos
biomoleculares que dependem da interação entre
fatores microambientais do leito da ferida e
sistêmicos do Hospedeiro, além de exógenos
(ambientais e “profissionais”)
 A terapia tópica constitui um dos aspectos do tratamento
de feridas;


 A seleção da terapia local depende da avaliação holística
e sistematizada do indivíduo;
 Não existe um único produto que atenda às necessidades
globais de todas as feridas em todos os estágios da
reparação tissular;
 O “curativo” deve ser encarado como uma droga, com
seus efeitos desejáveis e não desejáveis.

“NÃO SE DEVE FAZER OU COLOCAR NA FERIDA
AQUILO QUE NÃO SE FARIA OU COLOCARIA
NOS PRÓPRIOS OLHOS”

(PEACOCK)
 CONCEITO: objeto de forma variada, produzido em
materiais diversos, cuja finalidade é manter a saída de
líquido ( AR, SANGUE E SECREÇÕES) de uma

cavidade para o exterior.

 CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
• manter a permeabilidade;
• realizar o adequado posicionamento do dreno;
• realizar o curativo conforme a necessidade;
• Controlar a drenagem e registrar corretamente todos
estes dados.
TIPOS DE DRENOS
 FECHADOS : saem da área periincisional até um

Pratt.

dispositivo de aspiração portátil. Ex: Hemovac e Jackson-

 ABERTOS: drenam para dentro de um curativo. Ex:


Penrose.
1. HEMOVAC: leve sucção (vácuo),
sendo composto por uma extensão onde

uma extremidade fica instalada na
cavidade e a outra em uma bolsa com o
aspecto de sanfona.
• A sanfona deve manter a pressão
necessária para que a drenagem ocorra com
mais facilidade.
• Utilizado principalmente para a drenagem de
secreção sanguinolenta,
• Cirurgias: osteosíntese e drenagem de
hematoma craniano.
2. RESERVATÓRIO DE JACKSON-
PRATT (JP): funciona com pressão

negativa e possue a forma de pêra.
Cirurgias: abdominais.
Cuidado: manutenção do vácuo, obtido com a
compressão do reservatório.
OBS: O acúmulo de secreção provoca dor,
desconforto e alterações dos seus sinais vitais,
entre outras intercorrências.

3. PENROSE: tubo macio de borracha, de
largura variada.

 Cirurgias: que haja presença de abcesso na
cavidade, particularmente nas cirurgias abdominais.
 O dreno é posicionado dentro da cavidade, sendo
exteriorizado por um orifício próximo à incisão
cirúrgica.
 Cuidados: proteger com um reservatório (bolsa) - a
manipulação deve ser feita de maneira asséptica.
 Curativo:
 lavar as mãos;

 Usar pinças ou luvas estéreis;
 Fazer limpeza e assepsia;anotar aspectos da
secreção;
 Tracionar o dreno (s/i) e colocar alfinete de
segurança;
 Envolver com gazes;
 Fixar com esparadrapo;
 Datar e assinar.
DRENO TORÁCICO
 Inserido na cavidade pleural para retirar líquido ou ar e

permitir a expansão pulmonar.
CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
DURANTE

A TÉCNICA: auxiliar na circulação
de materiais e promover conforto e segurança.
COM O SISTEMA DE DRENAGEM
TORÁCICA:
 observar e realizar algumas ações específicas
para impedir a entrada de ar no sistema;
 fixar corretamente ao tórax do paciente com fita
adesiva e curativo oclusivo;
 certificar-se de que as tampas e os intermediários do
dreno estejam corretamente ajustados e sem presença

de escape de ar, e a extensão sem dobras;
 manter o frasco coletor sempre abaixo do nível do tórax
do cliente;
 A extremidade deve ser mantida mergulhada em
solução estéril contida no frasco coletor (selo de água);
 colocar uma fita adesiva no exterior do frasco, para
marcar o volume de solução depositada,

 trocar o frasco de 24/24 hs ou conforme
necessidade ( pinçar);
 Anotar as características da secreção drenada;

 orientar pac. caso quebre o frasco para pinçar
com os dedos a extensão entre o dreno e o
frasco imediatamente.


CURATIVO NAS
FERIDAS COM DRENO
 lavar as mãos;

 deve ser oclusivo e rápido
TORÁCICO
 Usar pinças ou luvas estéreis;
 Retirar o curativo a ser trocado e desprezar;
 Limpar o local com sol. Antisséptica adequada;
 Secar e cobri com gaze e esparadrapo;
 Datar e assinar.
ALTA DA SRPA PARA A
UNIDADE
+/- 6 horas;
CLÍNICA
SSVV estáveis; 
Função pulmonar íntegra;
Saturação adequada;
Débito urinário de pelo menos 30ml/hora;
Náuseas e vômitos ausentes/ controlados;
Dor mínima;
Manter a cabeça elevada e sustentá-la;
Estar consciente ou facilmente despertável;
Curativo limpo e seco
ALTA PARA O DOMICÍLIO
ALTA: significa sua volta ao contexto social,

causa muita ansiedade e preocupação para
todos os envolvidos.

CRITÉRIOS:
 Orientado no tempo e espaço;
 Manter SSVV estáveis por no mínimo 60 min.;
 Capacidade de ingerir líquidos;
 Locomoção;
 Sangramento mínimo ou ausente;
 Dor controlada;
 Ausência de retenção urinária.
CUIDADOS GERAIS

 Orientar verbalmente e por escrito ao
cliente e acompanhante:
 RETORNO (consultas de
acompanhamento);
 COMO PROCEDER EM EMERGÊNCIAS
(sinais de complicações);
 Banho e higiene;
 EXERCÍCIO FÍSICO;
 REGIME TERAPÊUTICO (medicamento,

dieta, atividades a evitar, terapias auxiliares,
troca de curativo, cuidados com a ferida);
 PROMOÇÃO DA SAÚDE ( redução de peso,
cessação do tabagismo, controle do
estresse);
 INSTITUIÇÕES DE APOIO E REFERÊNCIA.
AS INFORMAÇÕES DEVEM SER

PASSADAS PAULATINAMENTE
EVITANDO-SE QUE O MOMENTO DA
SAÍDA SEJA CONTURBADO, POR
CONTA DE UM ACÚMULO DE
INFORMAÇÕES PARA A
CONTINUIDADE DO BEM –ESTAR
DO CLIENTE!
PROF.: JOEL ARAUJO
CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO

Conjunto de elementos destinados à
recepção e expurgo, preparo e
esterilização, guarda e distribuição do
material para as unidades dos
estabelecimentos de saúde (BRASIL-
MS-1987)
Do ponto de vista administrativo:
1. Visa padronizar as técnicas de limpeza, preparo e
empacotamento, a fim de assegurar economia de

pessoal, material e tempo;
2. Manter a reserva de material, a fim de atender
prontamente às necessidades das unidades do
hospital;
3. Facilitar o controle do consumo, da qualidade do
material e das técnicas de esterilização, aumentando
a segurança no uso;
4. Desenvolver as atividades específicas com pessoal
treinado para tal, permitindo obter maior
produtividade;
5. Favorecer o ensino e o desenvolvimento de
pesquisas
Atribuições do enfermeiro/Gerência
em CME


 Manter uma boa organização funcional interna, para
tornar mais prático o serviço e melhor atender as
unidades;
 Padronizar fichas para controle, previsão e
fornecimento de material permanente, de consumo e
roupa para o CC, estabelecendo a média diária;
 Fazer inspeção constante em todo material
preparado na CME, para verificar a qualidade;
 Fazer previsão e solicitação de material cirúrgico
permanente e de consumo para todas as unidades e
roupa para o CC;
 Fazer treinamento em serviço para todos os
funcionários e manter supervisão constante em
todas as atividades

 Fazer controle do período de validade da
esterilização e controle do teste de esterilização e
informar a CCIH
 Representar a CME em reuniões da instituição
 Orientar outros profissionais de outros setores sobre
esterilização de materiais
 Opinar em processos de compras
 Manter-se atualizado em todos os assuntos
referentes a sua área

MÉTODOS DE
PROTEÇÃO ANTI-
INFECCIOSA
CLASSIFICAÇÃO DE
ARTIGOS SEGUNDO O
RISCO E POTENCIAL

DE CONTAMINAÇÃO
NÃO CRÍTICOS

Destinados ao contato com a pele
íntegra e também os que não entram em
contato direto com o paciente
(termômetro, materiais usados em
banho no leito/bacias, cuba-rim,
estetoscópio, roupas de cama...)
PROCESSAMENTO: limpeza ou
desinfecção de baixo ou médio nível
SEMI-CRÍTICOS
Aqueles que entram em contato direto

ou indireto com mucosa de flora
própria ou com lesões superficiais de
pele (lâminas de laringoscópio,
equipamento de terapia respiratória,
anestesia e endoscópios...)
PROCESSAMENTO: esterilização ou
desinfecção de alto nível
CRÍTICOS
Aqueles que têm contato direto ou
indireto com áreas estéreis do corpo,
independente de serem mucosas ou
tecidos epiteliais (Instrumental,
sondas vesicais...),e ainda aqueles que
estejam diretamente conectados com
esses sistemas
PROCESSAMENTO: esterilização
PROCEDIMENTOS
 do processo a
Independentemente
ser submetido, todo artigo deverá
ser considerado como
“contaminado”

“É possível limpar sem esterilizar,


mas não é possível garantir a
esterilização sem limpar”
O que precisa?

 Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).


 Bancada para apoio, deve ser lavável.

 Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e sabão
ou solução enzimática).
 Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos.
 Falso tecido descartável ou tecido(deve ser lavado após o uso, e
ser exclusivo) para enxugar os artigos.
 A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da
desinfecção ou esterilização.
 Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba,
escovas, etc), pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de
sódio 0,5 – 1%.
 Definir qual procedimento o artigo vai se submetido:
desinfecção ou esterilização.
(Resol SS374/95 manual MS /94)
DESCONTAMINAÇ
ÃO
 “ Procedimento utilizado em artigos contaminados por

matéria orgânica (sangue, pus,secreções corpóreas) para
a destruição de microorganismos patogênicos na forma
vegetativa (não esporulada) antes de iniciar o processo
de limpeza. Tem por objetivo proteger as pessoas que
irão proceder a limpeza dos artigos.” BRASIL /94,
Resolução SS-392/94 SP
 “Termo usado para descrever um processo de
tratamento que torna um dispositivo, instrumento ou
superfície ambiental de uso médico seguro para
manipulação.” Favero & Bond, 1991; Rutala 1996
DESCONTAMINAÇÃO
Tem por finalidade reduzir o número de
microorganismos presentes nos
artigos sujos, de forma a torná-los
seguros para manuseá-los
Uso de produtos químicos
desinfetantes não é recomendável
Uso de EPI
LIMPEZA
Remoção de sujidade visível e detritos para

manter em estado de asseio os artigos = redução
na população microbiana
Trata-se de etapa essencial e indispensável para o
reprocessamento de artigos
OBJETIVOS
 Remover sujidades.
 Remover ou reduzir a quantidade de
microorganismos.
 Garantir a eficácia do processo de desinfecção e
esterilização.
 Preservar o material.
TIPOS DE
 MANUAL
LIMPEZA
 É realizada manualmente por meio de ação física, sendo utilizado


água, detergente, escovas de cerdas macias.
 AUTOMÁTICA
 É realizada por máquinas automatizadas, que removem a sujidade
por meio de ação física e química .
 LAVADORA ULTRA-SÔNICA - ação combinada da energia
mecânica (vibração sonora), térmica (temperatura entre 50º e 55ºC) e
química (detergentes).
 LAVADORA DESCONTAMINADORA – jatos de água associadas
a detergentes, com ação de braços rotativos e bicos direcionados sob
pressão.
 LAVADORA TERMO-DESINFECTADORA - jatos de água e
turbilhonamento, associados a ação de detergentes. A desinfecção se
dá por meio de ação térmica ou termoquímica.
 LAVADORA ESTERILIZADORA – realiza ciclos de pré-limpeza,
limpeza com detergente, enxágüe e esterilização.
Manual Automática
CONSIDERAÇÕES
 A limpeza automática com lavadoras ultra-sônicas e


esterilizadora aumentam o risco ocupacional, uma vez
que há necessidade de revisão de limpeza e enxágüe pelo
método manual.
 O uso de detergentes enzimáticos não dispensa a
limpeza manual ou mecânica.
 Na lubrificação dos artigos após a limpeza, não deverá
ser utilizado óleo mineral, de silicone ou de máquinas.
Os lubrificantes recomendados devem possuir atividade
antimicrobiana e solubilidade em água.
PRODUTOS DE LIMPEZA
LIMPADORES ENZIMÁTICOS: princípio ativo

são as enzimas proteases, amilases, carboidratases
e lipases.
Mecanismo de limpeza: ação das enzimas sobre a
matéria orgânica, que decompõe o sangue e
fluidos corpóreos aderidos aos artigos, facilitando
sua remoção e promovendo uma limpeza
adequada.
Observar: modo de diluição, prazo de validade,
tempo de imersão e método de utilização
DETERGENTES E
DESINCROSTANTES
DTG: Produtos que contém em sua formulação um

tensoativo = reduzem a tensão superficial da água e
promovem umectação, dispersão e suspensão das
partículas
DITC: São detergentes para limpeza de artigos, por
imersão.
Indicados quando houver pouca matéria orgânica,
devido ao baixo custo relativo
Apresentam maior ação corrosiva em relação aos
enzimáticos.
DESINFECÇÃO
Processo de eliminação ou destruição de

microorganismos (patogênicos ou não) na forma
vegetativa, presentes nos artigos e objetos
inanimados.
ALTO NÍVEL :destrói todas as bactérias
vegetativas (exceção dos esporos), as
micobactérias, os fungos e os vírus. Agentes
mais utilizados: glutaraldeído, ácido peracético e
pasteurização.
 Artigos: lâminas de laringoscópio, equipamentos
de terapia respiratória, anestesia e endoscópios de
fibra flexível.
DESINFECÇÃO
INTERMEDIÁRIO: ação virucida, bactericida

(inclusive o bacilo da tuberculose), não destrói
esporos.
Compostos mais utilizados: cloro, iodóforos,
fenólicos e álcoois.
BAIXO NÍVEL: capaz de eliminar as bactérias na
forma vegetativa (não atua sobre esporos, alguns
vírus, nem o bacilo da tuberculose, ação relativa
contra fungos).
Composto mais utilizado: quaternário de amônia
DESINFETANTE IDEAL
Amplo espectro de ação antimicrobiana,

Inativar rapidamente os microorganismos
Não ser corrosivo para metais, não danificar
artigos de borracha, plásticos ou equipamento
ótico.
Sofrer pouca interferência de matéria orgânica
Não ser irritante para pele e mucosas, possuir
baixa toxicidade
Tolerar pequenas variações de temperatura e pH
Ser de fácil uso e de baixo custo, ser inodoro ou
ter odor agradável
ASPECTOS
FUNDAMENTAIS

Penetração do agente:submersão do material,
preenchendo luz de tubulações, superfícies
internas e externas
Tempo de exposição:
Enxágüe:água corrente (baixo nível ou
intermediário); água esterilizada (alto nível) até
completa remoção do agente químico
Secagem
Armazenamento

PRINCÍPIOS ATIVOS
INDICADOS PARA
DESINFECÇÃO
ALDEÍDOS
O Glutaraldeído (2,0%) é o agente mais utilizado na

desinfecção de alto nível (período de exposição de 30
min.)
Não danifica metais, borracha, lentes e outros materiais,
podendo ser utilizado na desinfecção de endoscópios e
aparelhos com lentes.
Enxágue: feito em água corrente potável;
Secagem: com uma compressa ou toalha macia, ou com ar
comprimido;
Acondicionamento: em recipiente desinfetado e guardado
até o próximo uso (validade de 14 a 21 dias).
É tóxico

O formaldeído (formol) é usado em
estado líquido e sólido ( pastilhas de
formalina). 
É corrosivo, tóxico, irritante de vias
aéreas, pele e olhos.
É indicado para a desinfecção de
vidraria e capilares do sistema
dialisador do mesmo paciente, na
concentração de 4% por 24 horas.
COMPOSTOS
FENÓLICOS

Para desinfecção de nível médio ou intermediário (
10 min. para superfícies e 30 min. para artigos).
Vantagens : ação residual e a pouca reatividade na
presença de matéria orgânica.
Por penetrar em materiais porosos e ter ação
residual, não é indicado para artigos que entrem
em contato com vias respiratórias e alimentos,
objetos de borracha, látex e acrílico.
Uso de EPI ( devido à toxicidade )
QUATERNÁRIO DE
AMÔNIA

Indicados para desinfecção de baixo
nível (30 min.) em superfícies,
equipamentos e áreas onde se
manipule alimentos.
Geralmente são utilizados em
associação com outros desinfetantes.
Vantagem:bx toxicidade.
CLORO
Hipoclorito a 2%: desinfecção e descontaminação de

superfícies, de artigos plásticos e borracha
(máscaras de inalação, nebulizadores, cânulas de
Guedel, banheiras infantis), superfícies de
lavanderia, lactário, copa, cozinha, banheiras de
hidromassagem, balcões de laboratório, banco de
sangue... Caixas d’água...

Amplo espectro, barato, não


tóxico...
IODO
anti-séptico pode
Além do uso como
ser usado na desinfecção de vidros,
ampolas, estetoscópio, otoscópio,
termômetros, endoscópios, metais
resistentes à oxidação e bancadas.
Formulação:
Álcool iodado (0,5 e 1,0 % de iodo livre
em álcool etílico); Pvpi (aquoso)
ÁLCOOL

Álcool etílico (70%) e isopropílico(92%): tem
atividade germicida, menor custo e pouca
toxicidade;
O seu uso é restrito pela falta de atividade
esporicida, rápida evaporação e inabilidade em
penetrar na matéria protéica.
É recomendável para desinfecção de nível médio
de artigos e superfícies, com tempo de exposição de
10 minutos, sendo recomendáveis 3 aplicações
intercaladas pela secagem natural.
Não é recomendado para borracha, plásticos e
cimento de lentes.

CLOREXIDINA: contra bactérias vegetativas
G+ e G-; menos irritante que o PVPI,

mantém sua atividade mesmo na presença
de sangue
NITRATO DE PRATA a 1%:método de
Credé para profilaxia da conjuntivite
gonocócica do recém-nascido
TRICLOSAN: ação contra bactérias G+ e G-;
pode ser absorvido através da pele íntegra,
mas sem conseqüências sistêmicas
relevantes.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O
HIPOCLORITO

 Ação do Hipoclorito de sódio:
 0,15 a 0,25 ppm ( 0,000015%) elimina bactérias vegetativas
em 30 segundos;
 100 ppm ( 0,01 %) elimina fungos em menos de 1 hora;
 200 ppm ( 0,02 %) elimina 25 tipos diferentes de vírus em
menos de 10 minutos;
 100 ppm ( 0,01 % ) elimina 107 de S. aureus e P. aeruginosa
em menos de 10 minutos.
 500 ppm (0,05%) elimina 106 de HBV, em 10 minutos,
20°C.
 50 ppm (0,005%) elimina 105 de HIV, em 10 minutos, 25°C.
PROCESSAMENTO DE
MÁSCARAS DE AEROSSOL
ROTINA: 
“Após aplicar a técnica de aerossolterapia o
técnico de enfermagem deverá desinfetar a
máscara utilizada, com água e sabão;
enxugá-la, colocar na solução de
“hipoclorito” durante 30 minutos; após este
período, lavá-la em água corrente, enxugá-la
com pano limpo e posteriormente guardá-la
no local adequado (caixa tampada).
ESTERILIZAÇÃO
Conceito clássico: processo de destruição de

todas as formas de vida microbiana
(bactérias na forma vegetativa e esporuladas,
fungos e vírus), mediante a aplicação de
agentes físicos e químicos.
Conceito atual: processo pelo qual os
microorganismos são mortos a tal ponto que
não seja mais possível detectá-los no meio de
cultura padrão no qual previamente haviam
proliferado.
MÉTODOS DE
ESTERILIZAÇÃO

FÍSICOS

CALOR ÚMIDO: AUTOCLAVE


CALOR SECO: ESTUFA
RADIAÇÃO: RAIOS GAMA, COBALTO 60
QUÍMICOS

AGENTES QUÍMICOS:
LÍQUIDOS: (Glutaraldeído aquoso a 2%,
Formaldeído aquoso a 10%, formaldeído
alcoólico a 8%)

FÍSICO-QUÍMICO

E.T.O
PERÓXIDO DE OXIGÊNIO
MÉTODOS FÍSICOS

São métodos que utilizam o calor em
diferentes formas e alguns tipos de radiação
para esterilizar artigos;
Subdividem-se em :
Vapor saturado sob pressão-
Autoclavação;
Calor seco- Estufas e Fornos de Pasteur;
Radiação- Radiação Gama.
Vapor Saturado sob
Pressão
 ao ponto de ebulição
Sua temperatura equivale
da água, e produz-se pela combinação da
energia que aquece a água com níveis de
pressão maiores que a pressão atmosférica, que
aceleram o aquecimento levando ao alcance de
temperaturas próprias para esterilização (121°C
à 135°C), em tempo mais rápido.
Variáveis de avaliação: Tempo, Temperatura e
Pressão.
 Os aparelhos são programados com uma razão tempo/
temperatura, isto é, aumentando a temperatura, o tempo
necessário para esterilização diminui e vice-versa.

 Tipo de autoclaves
 Gravitacional: a injeção de vapor força a saída do ar frio
por uma válvula localizada na parte inferior. Para que a
penetração de vapor ocorra em todos os materiais, o
tempo deve ser mais longo tornando o ciclo mais
demorado.
 Pré-vácuo: por meio da bomba de vácuo contida no
aparelho, o ar é removido do material e da câmara,
podendo ter um ou três ciclos o que favorece a
penetração mais rápida do vapor dentro dos pacotes.
 Mecanismo de ação: baseia-se na transformação das
partículas de água em vapor, ocasionado a more celular por
coagulação de proteínas bacterianas, por maio do calor.

 Tempo: pode variar de 4 a 30 min de acordo com a
temperatura e o tipo de equipamentos utilizados;
 Fases do Sistema de operação
1. Remoção do ar da câmara: necessário par que o vapor entre
em contato com os artigos colocados na câmara;
2. Admissão do vapor: depende do contato direto do vapor
saturado com os materias;
3. Exposição dos artigos: o tempo de exposição é marcado a
partir do momento que a câmara atinge a temperatura de
esterilização.
4. Exaustão do vapor: retirada do vapor da câmara;
5. Secagem da carga: obtida pelo calor proveniente das pardes
da câmara em atmosfera rarefeita e sob pressão negativa
CALOR SECO(
ESTUFA)

 O calor é irradiado das paredes laterais e da base do
equipamento;
 Este processo requer longo tempo de exposição para que
se atinjam altas temperaturas nos artigos e possa ocorrer
a morte microbiana pelo processo de oxidação
(desidratação) celular;
 Deve-se restringir a artigos que não possam ser
esterilizados pelo vapor saturado sob pressão (vaselina,
óleos e pós) – 200° C a 220°C por 2 horas = oxidação e
dessecação das proteínas.
 De uso ultrapassado.
RADIAÇÃO
Radiação ionizante age como esterilizante por
produzir modificaçõesdo DNA das células,
provocando lesões estruturais, o que acarreta
alterações funcionais graves da difusão de radicais
livres no volume adjacente da célula microbiana;
A forma mais utilizada é a radiação Gama ( são
ondas eletromagnéticas de alta energia e grande
penetração devido à ausência de matéria.) cujo
elemento mais utilizado é o Cobalto 60, que
possui grande poder de penetração nos materiais.
ESTERILIZAÇÃO
QUÍMICA

GLUTARALDEÍDO;
FORMALDEÍDO;
ÁCIDO PERACÉTICO. agente
químico para artigos termossensíveis
(cateteres, capilares de hemodiálise), é
volátil, tem odor pungente e riscos de
explosão e incêndio.
ESTERILIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: altamente

oxidante, pode ser usado em presença de matéria
orgânica, tóxico e irritante de pele e olhos.

ÓXIDO DE ETILENO: gás inflamável, explosivo


e carcinogênico. Usado para materiais
termossensíveis (concentração de gás,
temperatura, umidade e tempo de exposição,
aeração)
PANELA DE
PRESSÃO

MÉTODO EQUIPAMENTO / TEMPERATURA TEMPO
SOLUÇÃO

Vapor Gravitacional 121ºC 30 minutos


sob Autoclave
FÍSICO pressão
Pré-vácuo 134ºC 4 minutos

Calor 170ºC 1 hora


Estufa
seco
160ºC 2 horas

Glutaraldeído ambiente 10 horas


Líquido (imersão)
QUÍMICO Ácido peracético ambiente 1 hora
(imersão)
 Óxido de etileno _ _
Gasoso
 Plasma de peróxido
de hidrogênio
ESTUFA

AUTOCLAVE E CONTROLES


REQUISITOS BÁSICOS
PARA ASSEGURAR A
ESTERILIZAÇÃO

Limpeza prévia

Invólucros

Estocagem de material
CONTROLE DA EFICÁCIA
DA ESTERILIZAÇÃO
Depende do tipo deequipamento,
natureza do artigo processado e do seu
acondicionamento
MECÂNICOS:
Acoplados aos aparelhos:
manômetros, manovacuômetro,
lâmpadas piloto, termostato, válvulas de
segurança.
VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
INDICADORES QUÍMICOS

Classe I – fita adesiva, impregnada com tinta termo química,
que quando exposta à temperatura muda a coloração.
Classe II – teste de Bowie e Dick, testa a eficácia do sistema
de vácuo, não se aplica a autoclave gravitacional.
Classe III – indicador de parâmetro simples. Responde apenas
a temperatura.
Classe IV – indicador multiparamétrico, responde a dois ou
mais parâmetros críticos do processo de esterilização
Classe V – indicador integrador, que reage a todos os
parâmetros críticos do processo de esterilização (temperatura,
tempo e qualidade do vapor).
Classe VI – indicadores de simulação, só reagem se 95% do
ciclo programado de esterilização estiver concluído.
Classe 1:
Tiras impregnadas com tinta termo-
química que muda de coloração

quando exposto a temperatura.
 usados externamente em todos os
pacote
 evidenciam a passagem do material
pelo processo
Classe 2: Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do
sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo.


 verifica a eficiência da bomba de vácuo
 espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua
extensão
 recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia ou pelo
menos a cada 24 horas
 caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão
imediata do equipamento

Teste OK Falha no teste


Classe 3: Indicador de parâmetro único
 controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida
 utilizados no centro dos pacotes

Classe 4: Indicador multiparamétrico

 controla a temperatura e o tempo necessários para o


processo
Classe 5: Integrador: controla temperatura, tempo e
qualidade do vapor.

Classe 6: Integrador mais preciso por oferecer margem


de segurança maior. Reage quando 95% do
ciclo é concluído.
INDICADOR
 BIOLÓGICO
Certifica a eficácia do processo de esterilização.
 Primeira geração – tiras de papel impregnado com
Bacillus Subtillis e Stearothermophillus, o material é
encaminhado ao laboratório para incubação e o
resultado sai em um período de 2 a 7 dias.
 Segunda geração – ampolas contendo esporos do
Bacillus Stearothermophillus, com leitura final de 48 horas.
 Terceira geração – só disponível para o processo à
vapor. A leitura é realizada no máximo em 3 horas.
Embalagens
Permitir o transporte e o armazenamento do artigo odonto-


médico-hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso

Saída do Ar

Entrada do Agente
Esterilizante
Produto
ONDE ESTÁ
 O
ENFERMEIRO
?
Estatísticas atuais mostram que 89%
dos enfermeiros recém formados
ingressam para a saúde pública – como
referencial de remuneração
“adequada” em menor tempo de
serviço.
Mostram também que os Enfermeiros
que ingressam no serviço hospitalar,
relatam dificuldades em exercer os
diferentes papéis...
DE QUEM É A CULPA?
NÃO É BOA ?
A FACULDADE

OS PROFESSOREM NÃO SÃO


BONS?
 Quem Faz?
 Quem Auxilia
 Quem Observa?
 Quem Supervisiona? OU DEVERIA FAZÊ-LO

 Quem Executa?
ONDE ESTÁ O
ENFERMEIRO?
Por que nos
 tornamos
“ENFERMESOS?!”

Passamos a QUANTIFICAR os serviços


prestados por outrem (ACS, AEs, TEs..)
Temos que apresentar uma
PRODUÇÃO ao final do mês...baseada
em informações de outrem...
DIFERENTES PAPÉIS DO
ENFERMEIRO

A ENFERMAGEM
Maior grupo individualizado de trabalhadores de
saúde: 
prestadora de assistência ininterrupta, 24h por dia
executora de 60% das ações de saúde
a categoria que mais entra em contato físico com os
doentes
por excelência, uma profissão feminina
bastante diversificada em sua formação
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e
 de Enfermagem
coletividade assistência
livre de danos decorrentes de imperícia,
negligência ou imprudência.

Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua


competência técnica, científica, ética e
legal e somente aceitar encargos ou
atribuições, quando capaz de
desempenho seguro para si e para
outrem.
Garantir a continuidade da Assistência de
Enfermagem em condições que ofereçam
segurança, mesmo em caso de suspensão das

atividades profissionais decorrentes de
movimentos reivindicatórios da categoria.
Art. 21 - Proteger a pessoa, família e
coletividade contra danos decorrentes de
imperícia, negligência ou imprudência por
parte de qualquer membro da Equipe de
Saúde.
O profissional de enfermagem no
exercício de sua atividade pode ser
responsabilizadojudicialmente por
danos causados por equipamentos,
materiais e substâncias que venha a
utilizar no paciente.
RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA
 da equipe
“Qualquer dos membros
responde solidariamente, a menos que
comprove que do seu atuar e do seu
agir não resultou dano ao paciente”.

Néri Tadeu Câmara Souza: Responsabilidade


Civil e Penal do Enfermeiro
ATRIBUIÇÕES DO
ENFERMEIRO/GERÊNCIA EM CME

Manter uma boa organização funcional interna,
para tornar mais prático o serviço e melhor atender
as unidades
Padronizar fichas para controle, previsão e
fornecimento de material permanente, de consumo
e roupa para o CC, estabelecendo a média diária
Fazer inspeção constante em todo material
preparado na CME, para verificar a qualidade
Supervisionar e controlar as atividades
desenvolvidas em cada uma das áreas
da CME,para assegurar o bom
funcionamento da Unidade =segurança
na assistência ao paciente;
Prover a Unidade de recursos humanos
e materiais, de modo a atender à
demanda de atividades realizadas;
 Planejar e executar programas de
treinamento e educação continuada;
Manter-se atualizado em relação
aos novos tipos de materiais e

equipamentos disponíveis no
mercado
Efetuar regularmente testes
bacteriológicos nos aparelhos de
esterilização, avaliar e divulgar os
resultados obtidos.

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