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JOEL ARAUJO
ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DO
CENTRO CIRÚRGICO
PLANEJAMENTO
CONCEITO:
O conjunto de elementos
destinados às atividades
cirúrgicas,bem como à
recuperação pós-operatória;
OBJETIVOS:
Prestar assistência integral ao paciente em
todo período perioperatório;
Proporcionar recursos humanos e materiais
para que o procedimento cirúrgico seja
realizado dentro das condições ideais ,
técnicas e assépticas;
Favorecer o ensino, formação de recursos
humanos;
Proporcionar o desenvolvimento de pesquisa;
LOCALIZAÇÃO
Favorecer a dinâmica operatória;
Área independente da circulação
geral, livre de pessoas e materiais
estranhos;
Acesso fácil a pacientes advindos das
unidades de internação, PS, UTI;
Área crítica do hospital;
Estrutura Física
Vestiários: troca de roupa própria
do setor, são usados como
barreira física;
Sala administrativa;
Área de recepção do paciente;
Sala de espera;
ADMINISTRAÇÃO
SALA DE ESPERA
VESTIÁRIO
Área de escovação ou lavabos;
Duas torneiras, uma para cada 2 salas
cirúrgicas;
Deve-se abri-las e fechá-las sem o
uso das mãos;
Tanques na alturas na altura de 90 cm
do chão, para favorecer a mecânica
corporal no ato da escovação. Devem
ser colocados os recipientes para
escovas e solução antisséptica;
SALA DE CIRURGIA OU OPERAÇÃO
Duas salas para cada 50 leitos não
especializados ou 15 leitos cirúrgicos;
A área varia de acordo com a especialidade
Geral (laparotomia, herniorrafia): 25 m²;
Especializadas(neurológicas, cardíacas,
vascular, ortopédicas): 36 m²
Paredes: devem ter cantos arredondados pra
facilitar a limpeza, com superfície lisa e
lavável, de cor neutra, suave e fosca.
Piso: de material resistente ao uso de água,
soluções desinfetantes, de superfície lisa e fácil
limpeza .
Portas:1,20m x
2,10m afim de
permitir a
passagem da
maca, deve ser
revestida de
material lavável,
providas de visor
para facilitara
visualização;
Iluminação
A iluminação artificial da sala cirúrgica é feita por
intermédio da luz geral de teto, com lâmpada
fluorescente, e luz direta, por foco central ou fixo.
Campo cirúrgico: foco central ou fixo, auxiliar e
frontal.
A arrumação do foco no campo cirúrgico é de
responsabilidade da circulante da sala;
Fornecer iluminação adequada ao campo
cirúrgico produzindo o mínimo de calor possível.
Ventilação
Promover a renovação
constante do ar, oferecendo
segurança ao paciente e equipe
de saúde;
Manter a temperatura da sala
entre 20°/25°C e a umidade do
ar em torno de 60%.
Sala para
guardar
medicamentos
e materiais
descartáveis
Sala para estocagem de
material esterilizado
Expurgo
Área destinada
a receber e lavar
Materiais usados
na cirurgia
Sala de estar para
funcionários
RECURSOS
HUMANOS NO
CENTRO CIRÚRGICO
EQUIPE DE ANESTESIA
Composta de médico anestesiologista;
Ações:
Avaliar o paciente no pré-operatório,
prescrevendo a medicação pré-
anestésica, planejar e executar a
anestesia,controlando as condições
clínicas deste durante o ato cirúrgico;
Prestar assistência na sala de
recuperação pós-anestésica.
EQUIPE CIRÚRGICA
CIRURGIÃO: planeja e executa o ato cirúrgico, comanda
e mantém a ordem no campo operatório.
CIRURGIÃO ASSISTENTE: auxilia o cirurgião no
desenvolvimento do ato cirúrgico e o substitui, caso
necessário.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO:verifica os materiais e
equipamentos necessários ao ato cirúrgico,prepara a
mesa com os instrumentais e outros materiais
necessários, fornece instrumentais e materiais ao
cirurgião e ao assistente, solicitando-os ao circulante
quando necessário
EQUPE DE ENFERMAGEM
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO EM CC:
Supervisionar e controlar as atividades
desenvolvidas
Prover a unidade de recursos humanos e
materiais
Executar programas de treinamento e educação
Emitir parecer na compra de equipamentos
Fazer parte da CCIH e CIPA
Prevenir a incidência de riscos operacionais
Fazer estatísticas mensais
Manter-se atualizado sobre assuntos de
interesse na área
Funções do técnico em enfermagem
Auxiliar o enfermeiro sempre que necessário;
Verificar o estado de conservação e
funcionamento dos equipamentos e materiais,
solicitando troca ou reparo imediatos;
Controlar o estoque de materiais
esterilizados;
Exercer a função de circulante de sala,
quando necessário.
Enfermeiro assistencial:
Supervisionar as ações dos profissionais da
equipe de enfermagem.
Prever e prover o CC de recursos humanos
necessários para o atendimento das SO.
Conferir previamente a programação cirúrgica e
providenciar os materiais necessários, incluindo
materiais especiais e consignados.
Acompanhar o paciente até a SO.
Orientar a montagem e a distribuição dos
materiais e equipamentos da SO e a
desmontagem da SO e o encaminhamento dos
materiais
Auxiliar na transferência do paciente da
maca para a mesa cirúrgica e da mesa
cirúrgica para a maca ao término do
procedimento.
Auxiliar no ato anestésico e no
posicionamento do paciente.
Realizar procedimentos como sondagem
vesical, punção venosa, passagem de sonda
gástrica, curativos.
Certificar-se do posicionamento correto de
sondas, drenos, cateteres, placa dispersiva
do bisturi elétrico.
Posicionar adequadamente drenos, infusões
e sondas, para posterior encaminhamento do
paciente à devida unidade.
Realizar os registros de anotações e
evolução de enfermagem no prontuário do
paciente.
Auxiliar no encaminhamento do paciente para
a Sala de Recuperação Pós-Anestésica
(SRPA) ou outra unidade especifica,
conforme necessário.
Informar as condições do paciente ao
enfermeiro responsável pela unidade, por
meio da passagem de plantão.
Circulante de SO (Técnico de enfermagem)
Prover a SO com recursos adequados às
necessidades do cliente.
Realizar a limpeza e a desinfecção do
mobiliário da SO.
Fazer a verificação de temperatura e
iluminação da SO e dos equipamentos.
Montar a SO, segundo a programação feita
pelo enfermeiro.
Receber o cliente na entrada da SO, bem
como verificar os exames e impressos de
seu prontuário.
Auxiliar no encaminhamento seguro do paciente
para a SO.
Auxiliar o cliente no transporte da maca para a
mesa cirúrgica e dessa para a maca ao término
do procedimento.
Assumir o plantão e assumir a circulação da SO
sob sua responsabilidade;
Observar o bom funcionamento do sistema
de gases, dos equipamentos e da iluminação
da SO.
Solicitar a manutenção de temperatura ideal
em SO.
Auxiliar no posicionamento correto do
paciente na mesa cirúrgica e estar atento
para a colocação da placa dispersiva.
Auxiliar na paramentação da equipe
cirúrgica.
Seguir as orientações da CCIH para a
realização da limpeza da SO.
Manusear corretamente os equipamentos e
técnicas assépticas para a abertura dos
materiais.
Estar ciente das cirurgias marcadas no mapa
cirúrgico, para a SO sob sua
responsabilidade.
Providenciar todos os materiais e equipamentos
para serem utilizados durante o ato anestésico-
cirúrgico.
Na ausência do enfermeiro assistencial, auxiliar
o anestesiologista na indução e na reversão do
procedimento anestésico.
Solicitar a presença do enfermeiro assistencial
responsável pela SO, quando em situações
imprevistas ou emergenciais.
Comunicar ao enfermeiro a necessidade de
manutenção de equipamentos ou de reparos na
área física da SO.
Fazer o controle dos pacotes de gazes e
compressas.
Realizar o controle do débito dos materiais
utilizados em SO.
Encaminhar o paciente para a devida unidade,
de maneira correta e segura, tomando cuidados
com drenos e sondas ou cateteres, mantendo as
grades elevadas e o paciente aquecido.
Realizar o registro de todas as informações
pertinentes ao prontuário do paciente.
proceder à desmontagem da SO e encaminhar
os materiais contaminados ao CME.
Providenciar para que a limpeza da SO seja
realizada.
PREPARO DO AMBIENTE
CIRÚRGICO E
RECEPÇÃO DO PACIENTE
OBJETIVOS
Compreender a necessidade da
preparação do ambiente cirúrgico;
Entender a relação entre o
ambiente e a infecção do sítio
cirúrgico;
Realizar a recepção do paciente
ao centro cirúrgico.
Preparação da Sala Cirúrgica
A preparação do ambiente da sala
cirúrgica deve ser estabelecida para
evitar e reduzir a possibilidade de
infecção cruzada. (ALEXANDER, 1997)
A enfermagem é a responsável por
providenciar um ambiente limpo e
seguro para que possa ocorrer o ato
cirúrgico. (SOBECC, 2007)
A primeira etapa no preparo da sala
cirúrgica é a limpeza.
A limpeza consiste na remoção, por
meios mecânicos e/ou físicos, da
sujidade depositada nas superfícies
inertes, que constituem suporte físico
e nutritivo para microorganismos.
Trata-se de um elemento primário e
eficaz para controlar a cadeia de
infecção.
Limpeza da Sala Cirúrgica
A limpeza pode ser:
Limpeza Terminal: Tem por objetivo a redução da
sujidade e da população microbiana. Aplica-se a
superfícies horizontais e verticais devendo ser
realizada diariamente após o término do último
procedimento cirúrgico.
Deve começar do local mais limpo para o mais sujo
e cabe ao funcionário do serviço de higiene,
sempre utilizando o EPI. O mobiliário, os focos e os
equipamentos, devem ser limpos pelo funcionário
de enfermagem, também utilizando EPI.
Limpeza Preparatória: Realizada pelo
funcionário da enfermagem pouco
antes da primeira cirurgia do dia.
Se o local estiver sem uso por mais de
12 horas é recomendado remover com
álcool 70% as partículas depositadas
nos mobiliários, equipamentos e
superfícies horizontais.
Limpeza Operatória: Realizada
pelo funcionário da enfermagem,
com o uso de EPI, durante o
procedimento cirúrgico, quando
ocorre a contaminação do chão
com matéria orgânica, resíduo ou
queda de material.
Limpeza Concorrente: Realizada
após o término de uma cirurgia e antes
do início de outra. Seu objetivo é
remover a sujidade e matéria orgânica
em mobiliários, equipamentos e
superfícies. Os funcionários da
enfermagem e do serviço de higiene
protegidos por EPIs são os
responsáveis por esta limpeza.
Montagem da SO
Segue um padrão que varia conforme a rotina
estabelecida na instituição.
Deve ser respeitada a especialidade cirúrgica e
os equipamentos necessários e disponíveis na
instituição para a realização de cada
procedimento.
A equipe de enfermagem é a responsável por
providenciar materiais e equipamentos e criar
todas as condições necessárias para que a
equipe cirúrgica realize a cirurgia.
O enfermeiro orienta a montagem das salas
cirúrgicas e a previsão dos materiais.
Para montar a SO, o profissional escalado
pelo enfermeiro deve:
1. Verificar a cirurgia programada;
2. Checar o nome do paciente, a idade, o
horário da cirurgia e as informações
relevantes ao ato anestésico cirúrgico;
3. Certificar-se da disponibilidade dos
materiais necessários e solicitados para a
realização do procedimento;
4. Lavar as mãos;
5. Verificar as condições de limpeza da
sala antes de distribuir os
equipamentos;
6. Testar o funcionamento dos
equipamentos;
7. Observar se a mesa cirúrgica
oferece a possibilidade de manter o
paciente na posição apropriada para a
realização da cirurgia.
8. Solicitar e retirar ao CME o carro preparado com
os artigos esterilizados específicos que serão
utilizados no procedimento;
9. Retirar a caixa com os materiais descartáveis,
medicamentos, fios, soros, impressos, entre outros
da farmácia;
10.Dispor os artigos nas mesas auxiliares, de
modo a facilitar a sincronia de movimentos para a
abertura dos pacotes, a paramentação e o preparo
do paciente.
11.Em alguns casos o preparo do paciente se faz
na SO. O circulante deve providenciar os materiais
necessários.
O circulante ajuda durante na realização do
procedimento anestésico, no monitoramento
do paciente, no posicionamento, na
paramentação, fornece os materiais de
forma asséptica, posiciona a placa
dispersiva, controla as perdas sanguíneas,
drenagens e infusões, faz contagens de
compressas, recebe e identifica e peça
cirúrgica para encaminhamento ao exame
anatomopatológico, auxiliará a realização do
curativo da incisão cirúrgica.
Paramentação da Equipe
Sabe-se que a infecção do sítio cirúrgico é
multifatorial, sendo a equipe cirúrgica uma
importante fonte de patógenos para sua
etiologia. Frente a isso o uso da
paramentação é uma forma coerente de
prevenção de transmissão de contaminação
e de infecção, tanto para o profissional como
para o paciente, e o uso adequado está
relacionado, também, com a garantia da
manutenção da assepsia.
1. Avental: Diariamente inúmeras células
epiteliais se desprendem de nossa pele
e carregam consigo bactérias. O uso
do avental impede que até 30% da
dispersão das bactérias no ar. Além
disso o avental impede o contato da
pele da equipe com sangue e fluídos.
2. Luvas: são utilizadas com a função de
proteger o paciente das mãos desses e
proteger a equipe de fluidos potencialmente
contaminados. Com a finalidade de reduzir
e prevenir o risco de exposição ao sangue,
recomenda-se o uso do duplo enluvamento
do cirurgião e primeiro assistente para
qualquer procedimento que durar mais que
uma hora, pois estudos demonstraram que
o procedimento de longa duração influencia
a taxa de furos nas luvas e aumenta a
exposição ao sangue.
3. Máscaras: o uso justifica-se por dois
aspectos: proteger o paciente da
contaminação (principalmente quando a
incisão cirúrgica está aberta) de
microorganismos, oriundos do nariz e da
boca dos profissionais, liberados no
ambiente, quando eles falam, tossem e
respiram, protege a mucosa dos
profissionais de respingos de secreções
provenientes dos pacientes durante o
procedimento cirúrgico.
4. Propés: Consiste em procedimento mais
significante para proteger a equipe à
exposição de sangue, fluidos corporais e
materiais pérfuro-cortantes do que medida
de proteção ao paciente. A supervisão deve
ser constante quanto ao uso indiscriminado
e incorreto dos propés, como substituí-los
pelos sapatos. Para garantir maior proteção
eles devem ser calçados com sapatos
fechados;
5. Gorros: Recomenda-se sua utilização com
intuito de evitar a contaminação do sítio
cirúrgico por cabelo ou microbiota presente
nele, o gorro deve ser bem adaptado,
permitindo cobrir totalmente o cabelo na cabeça
e face.
(J.Paul Schmitt)
PRINCÍPIOS DE ANTISSEPSIA
E ASSEPSIA
Conceitos Fundamentais
Limpeza
Remoção da sujeira e detritos. Reduz a
população bacteriana por métodos manuais,
mecânicos e enzimáticos
Descontaminação
Destruição de microrganismos patogênicos na
forma vegetativa por métodos físicos e
enzimáticos com a finalidade de prover
ambiente seguro para o pessoal técnico
envolvido.
Assepsia ou Desinfecção
Destruição de microrganismos patogênicos na forma
vegetativa, presentes em superfícies inertes, mediante
aplicação de agentes químicos e físicos.
Esterilização
Destruição de todas as formas de vida microbiana
mediante aplicação de agentes físicos (calor, filtração,
radiação ionizante) e químicos nas formas líquida e
gasosa.
Antissepsia
Método aplicado sobre tecidos vivos (pele) cujo objetivo
é reduzir drasticamente o número de microrganismos
presentes na superfície corporal
Assepsia ou Desinfecção
Classificação - nível de ação germicida
Gram Negativos
40% as ISC
Funções
Agilizar o processo de epitelização-cicatrização;
Proteger a ferida de contaminação e traumatismo;
Princípios de utilização
Mantidos secos por um período de 24h a 48h de
PO;
Retirados após 24h a 48h de PO: cobertura
epitelial;
AVALIAÇÃO PRÉ-
OPERATÓRIA
Estado Respiratório
É adiada quando o paciente apresenta
infeccão respiratória. Os pacientes com
doença respiratória subjacente são
cuidadosamente avaliados quanto ao
comprometimento pulmonar.
Os pacientes que fumam são solicitados
a parar de fumar 2 meses antes da cirurgia
ou ao menos 24 horas antes.
Estado cardiovascular
O sistema cardiovascular deve estar
em bom funcionamento para
satisfazer as necessidades de
oxigenacão, hídricas e nutricionais no
período perioperatório.
Funcão hepática e renal
Devem estar em bom funcionamento, de
modo que os medicamentos, agentes
anestésicos, resíduos corporais e toxinas
sejam adequadamente processadas e
removidas do organismo. A doença
hepática aguda está associada a alta
mortalidade cirúrgica.
O rins estão envolvidados na excrecão de
medicamentos anestésicos e seus
metabólitos, como o estado ácido-básico. A
cirurgia é contra indicada quando paciente
apresenta nefrite aguda, insuficiência renal
aguda com oligúria ou anúria. Exceto em
medida salvadora ou necessária para
melhorar a função urinária, como de uma
uropatia obstrutiva.
Funcão endócrina
Diabetes- risco de hipoglicemia e hiperglicemia.
Hipoglicemia- período anestésico ou no período pós-
operatório devido à carboidratos e adm. excessiva de
insulina.
Hiperglicemia- aumenta o risco de infecção na ferida
operatória.
Estresse – aumento das catecolaminas
Outros riscos – acidose e glicosúria.
A meta é manter o nível de glicemia em menos
200 mg/dl.
FUNCÃO IMUNE
-Existênica de alergia: medicamentos, transfusões
sanguíneas, agentes de contrastes, látex e
produtos alimentares. Solicitar ao cliente que
informe os sinais e sintomas produzidos por essas
substâncias.
* Incapacidade mental
* Comprometimento auditivo
* Incapacidade física
PACIENTES QUE SE SUBMETEM A CIRUGIA
DE EMERGÊNCIA
Não são planejadas e ocorrem com pouco
tempo para a prepração.
A avaliacão pré-operatória pde coincidir com
os esforços de reanimação no departamento de
emergência. O consentimento informado e as
informações essenciais, como as alergias e a
história clínica pregressa pertinentes, precisam
ser obitidas a partir de um membro da família,
se possível.
ENSINO PRÉ-OPERATÓRIO
Cada paciente é ensinado como um indivíduo,
com a consideração para quaisquer preocupações
ou necessidades próprias; o programa de
instrução deve baser-se nas nessecidades de
aprendizado do indivíduo. As estratégias utilizadas
pode ser por escrito, demonstração no retorno e
verbal, dependendo da habilidade do paciente.
QUANDO E O QUE ENSINAR
O ensino deve ir além das descrições do
procedimento e deve incluir as explicações
das sensações que o paciente irá
experimentar.
RESPIRAÇÃO PRODUNDA, TOSSE
Uma meta do cuidado de enfermagem pré-
operatória consiste em ensinar ao paciente o modo de
promover a expansão pulmonar ótima e
consequentemente oxigenação sanguinea depois da
anestesia.
A posição sentada favorece a expansão pulmonar.
Se haverá uma incisão torácia ou abdominal, a
enfermeira demonstra como alinha de incisão pode
ser imobilizada para minimizar a pressão e controlar a
dor.
MOBILIDADE E MOVIMENTO CORPORAL ATIVO.
As metas de promoção da mobilidade no
período pós-operatório são as de melhorar a
circulacão, evitar a estase venosa e promover a
função respiratória ótima.
As informações devem ser fornecidas antes da
cirurgia.
Os exercícios dos membros incluem a extensão
e a flexão das articulações do joelho e quadril. O
pé é rodado como se estivesse traçando um círculo
com o hálux.
O tônus muscular é mantido de modo que a
deambulação irá ser mais fácil.
TRATAMENTO DA DOR
rafia sutura
Encaixe o fenestrado da
lâmina na ranhura do
cabo,tomando o cuidado de
Apreenda a parte da manter o longo eixo dos
lâmina exposta com o mesmos,evitando
principalmente flexões da
porta-agulha
lâmina,pois esta poderá
quebrar.
DESMOTANDO O BISTURI
Levante a extremidade posterior da lâmina com o dedo
indicador da mão auxiliar; o porta-agulhas deve prender a
extremidade ativa da lâmina a 45 graus, conforme mostra a
figura. Com movimento de expulsão firme e de pequena
amplitude, remover cuidadosamente a lâmina.
Tesouras
São instrumentos que separam os tecidos
por esmagamento.
As tesouras podem ser utilizadas para
diérese incruenta, quando são introduzidas
fechadas nos tecidos e em seguida
retiradas abertas.
Tesoura de
Tesoura de Tesoura de Metzembaum
Mayo reta Mayo curva
SÍNTESE
É a união de tecidos, que será mais
perfeita quanto mais anatômica for a
separação, para facilitar o processo de
cicatrização e restabelecer a continuidade
tecidual.
CRUENTA: união dos tecidos é feita com
instrumentos apropriados com agulhas de
sutura e fios cirúrgicos permanentes ou
absorvíveis;
INCRUENTA: consiste na aproximação dos
tecidos com o auxílio de gesso, adesivo
(esparadrapo) ou ataduras;
COMPLETA: união ou aproximação dos
tecidos, realizada em toda a extensão da
incisão cirúrgica;
INCOMPLETA: consiste na aproximação
incompleta em toda a extensão da incisão
em decorrência da colocação de dreno em
determinado local da incisão;
IMEDIATA:ocorre imediatamente após a
segmentação deles por traumatismo;
MEDIATA: consiste na união dos tecidos
após algum tempo depois do rompimento
da continuidade deles
Instrumental para síntese
São os responsáveis pelas manobras de
fechamento da ferida cirúrgica, através da
aplicação de suturas.
Atraumático
Rombo
Benjamin
Francês ou falso
Quanto ao corpo e ponta:
Retas: geralmente têm a ponta cilíndrica ou triangulares.
Utilizadas na reconstrução de vísceras ocas, tendões,
nervos e suturas intradérmicas. Frequentemente são
utilizadas com as mãos.
Curvas: podem ser cilíndricas ou triangulares. Seu raio
de curvatura é variável adaptando-se a cada tipo de
síntese em tamanho adequado, sempre utilizadas com
porta-agulhas.
Não absorvíveis:
De origem animal;
De origem vegetal;
Metálicos;
De origem sintética;
Fios absorvíveis: são absorvidos pelo
organismo após determinado período. Sofrem
degradação e rapidamente perdem sua tensão
de estiramento após 60 dias.
De origem animal=CATGUT: é preparado
tanto da submucosa do intestino delgado de ovinos ou
da camada serosa do ID de bovinos podendo ser
simples ou cromado.
CATGUT SIMPLES: indicado para os tecidos de rápida
cicatrização. É totalmente absorvido após o 10º dia após
a operação.
Relaxamento muscular
Anestesia no séc 21
Quatro estágios da
anestesia geral
1ª Estágio: início da anestesia onde o paciente
respira a mistura anestésica no qual pode
experimentar sensação, calor, tontura,
formigamento e o cliente consegue movimentar-se.
2ª Estágio: são caracterizados por agitação
psicomotora, gritos, falas, risos, ou mesmo choro, o
pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode
ser frequentemente evitado através da
administração suave e rápida do anestésico.
3º Estágio: anestesia cirúrgica, obtida através
da administração contínua de vapor ou gás,
onde o cliente encontra-se inconsciente.
4ª Estágio: é atingido quando for administrada
uma quantidade excessiva de anestésico.
Procedimento
O anestesiologista instala soro fisiológico e
injeta medicamentos que induzem o sono na
veia da pessoa.
Através de um tubo na laringe ou uma
máscara, a pessoa passa a receber oxigênio.
O anestésico pode ser aplicado junto com o
oxigênio na forma gasosa. Ao chegar ao
pulmão, é absorvido e entra na corrente
sanguínea. Outra é aplicação endovenosa.
Fases da Anestesia
Geral
Indução
anestésicas, perda da
administração das drogas
consciência, controle das vias aéreas
Manutenção
controle do plano anestésico adequado durante a
cirurgia
Recuperação Imediata
interrupção das drogas anestésicas, retorno da
ventilação espontânea e da consciência
Recuperação Tardia
DROGAS
ANESTÉSICAS
Anestésicos Inalatórios:
1. Óxido Nitroso: Anestésico pouco potente, Bom
analgésico , Isoladamente não promove anestesia
cirúrgica, necessita associação com outros fármacos.
Riscos: mistura hipóxica
Halogenados: halotano ,isoflurano e sevoflurano
Considerados anestésicos “completos”, promovem
analgesia, hipnose, relaxamento muscular e bloqueio de
reflexos autonômicos
Necessário equipamento especial para administração –
Vaporizador . Riscos: Hipertermia maligna
Halogenados (cont.)
Halotano/Fluotano
- maior cardiodepressão
- efeitos colaterais: hepatite, nefrotoxicidade (íons
fluoreto), arritmias
Isoflurano /Forano
- pouca cardiodepressão
- efeitos colaterais: irritação vias aéreas (ruim para
indução)
Sevoflurano
- pouca cardiodepressão, alto custo, seguro
- possível nefrotoxicidade
DROGAS
Anestésicos ANESTÉSICAS
Venosos:
Benzodiazepínicos (midazolam,
Hipnóticos – hipnose: Tiopental, Propofol , Etomidato,
diazepam). Efeitos adversos:
depressão respiratória e cardiovascular, apnéia, vasodilatação,
hipotensão .
Opióides – analgesia e bloqueio de reflexos autonômicos. Morfina,
Fentanil, Tramadol (Tramal®), Nalbufina (Nubain®). Efeitos
adversos: depressão respiratória, apnéia, prurido, retenção
urinária, rigidez torácica, bradicardia
NALOXONA
Antagonista puro
Indicado para reversão dos efeitos dos
agonistas
Adjuvante no tratamento dos choques séptico
e cardiogênico
AGENTES VENOSOS NÃO-OPIÓIDES
Barbitúricos – Tiopental
Benzodiazepínicos – Midazolam
Etomidato
Propofol
Cetamina
ETOMIDATO
Hipnótico não-barbitúrico
Rápido início de ação
Curta duração de ação –
Redistribuição
Rapidamente hidrolisado no fígado e
no plasma – metabólitos inativos
NÃO TEM EFEITO ANALGÉSICO
PROPOFOL
Hipnótico não-barbitúrico
Início rápido de ação
Rápidas redistribuição e eliminação
– ideal para infusão contínua
Excreção hepática e extra-hepática
SEM PROPRIEDADE
ANALGÉSICA
CETAMINA
corpo;
pernas esticadas e os braços estendidos ao longo do
•Indicada para
exames de certas
anormalidades
ortopédicas ou
neurológicas
SENTADO
cuidados
melhoria do trabalho;
Presta de enfermagem
designado pelo enfermeiro, conforme
prescrição realizada;
Participa de reuniões e treinamentos;
Zela pelas condições de segurança,
manuseio correto e limpeza de
equipamentos;
Conferi e providencia o material necessário
para prestar cuidado ao paciente;
Admiti os pacientes designados pelo enfermeiro;
Aplica o índice de Aldrete e Kroulik;
Executa prescrição médica;
Realiza transferência e alta para a unidade de origem;
Notifica o enfermeiro sobre as condições do paciente e
suas intercorrências.
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
Faz atividades coordenadas e
orientadas pelo enfermeiro;
Controla estoques do almoxarifado;
Arquiva documentos;
Faz estatística diária do movimento;
Reproduz a escala mensal;
Solicita consertos e reparos;
Encaminha exames necessários.
• A assistência de enfermagem ao paciente deve ter
continuidade após a cirurgia, pois este é um período
considerado decisivo para a sua recuperação.
Utilizar manguito apropriado par medir a PA;
Os valores da oximetria de pulso variam (jovem
saudável= 98 a 100%, idoso< 90%, fumante ou portador
de doença pulmonar ≤ 80%;
O retorno dos movimentos dos membros variam de até
24 h ou mais;
Para avaliar a consciência chamar pelo nome, avaliar
respostas, compreensão da mensagem e ordem
simples.
Anormalidades e
Complicações
Implicam piora do quadro clínico
do cliente, aumento do período de
recuperação cirúrgica e, em alguns
casos, até mesmo o óbito.
Principais
Anormalidades e
SSVV;
complicações
Complicações nos
Complicações neurológicas
Complicações pulmonares;
Complicações urinárias;
Complicações gastrintestinais;
Vasculares e hematológicas.
Alteração dos sinais vitais
(TPR-PA)
1. TEMPERATURA:
• NORMAL: 36,5 ° C
• HIPETERMIA ≥ 37,5 ° C
- Causa: infecção
- Prevenção: retirar cobertores, resfriar ambiente, usar
compressas frias, antitérmico.
• HIPOTERMIA ≤ 36 ° C
- Causas: depressão do hipotálamo, salas frias,
antissepsia com agentes químicos frios, abertura das
cavidades torácicas e abdominais.
- complicações: tremores, depressão respiratória,
aumento do trabalho cardíaco,diminuição do
metabolismo, etc.
- Prevenção e assistência: aquecer o paciente, controlar
a temperatura, administrar soro aquecido, se prescrito;
observar temperatura da sala.
2. RESPIRAÇÃO:
NORMAL: 12 a 18mrpm
ALTERAÇÕES: por efeito anestésico, obstrução das vias
aéreas, apneia, aspiração, hipoxemia.
PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA: elevar o decúbito,
aumentar a oferta de O², solicitar a realização da
respiração profunda e tosse, desobstruir as vias aéreas,
aspirar secreções, monitorar a respiração.
3. PRESSÃO ARTERIAL:
NORMAL: 120 X 80mmHg
HIPOTENSÃO: em raquianestasia, choque hipovolêmico
- Prevenção e assistência: hidratação rigorosa EV,
posição de trendelemburg.
• HIPERTENSÃO: por dor, medo, curativos compressivos,
medicações, medicações, equilíbrio fisiológico.
- Prevenção e assistência: é monitorar a PA, ofertar O²,
manter acesso venoso e normotermia, observar queixa
dolorosa ou de desconforto, administrar medicação.
4.PULSO:
• NORMAL: 60 a 80bpm
• ALTERAÇÃO: hemorragia, efeito anestésico, mudança
brusca de posição.
• PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA: idem aos da PA.
Alterações Neurológicas
1.DOR:
sinal vital, pela exigência
• É denominado como o quinto
que deve ser dada na sua avaliação.
• FATORES RELACIONADOS: natureza da cirurgia,
orientação pré-operatório, crenças e cultura.
• AVALIAÇÃO DA DOR: local, intensidade, qualidade em
repouso ou movimento, fatores de piora e melhora,
repercussões biológicas e alivio.
• ESCALAS: analógica visual, faces de sofrimento.
• ALIVIO DA DOR: analgésicos ou manobras.
Manobras ou estratégias:
Afrouxar ou trocar curativos;
Aliviar a retenção urinária;
Realizar mudança de decúbito;
Apoiar seguimentos do corpo em coxins;
Aplicar compressas frias ou quentes;
Escurecer o ambiente;
Diminuir barulhos;
Proporcionar repouso e distração.
OBS: cefaleia da raquianestesia.
2.SONOLÊNCIA:
É comum no POI;
Deve-se verificar o nível de consciência com perguntas e
estimulo tátil;
Qualquer alteração deve ser comunicada.
3.SOLUÇO:
É um espasmo inspiratório com súbito fechamento da glote
e contração do diafragma em um curto ruído.
CAUSAS: distensão abdominal e hipotermia.
CONSEQUÊNCIA: vômito e deiscência da ferida.
•
RECOMENDAÇÕES
aquecer com a manta térmica;
•
administrar medicamentos (fenotiazinas,
antieméticos) se prescritos;
• Manter oxigenação continua;
• Controlar SSVV;
• Orientar e tranquilizar paciente.
OBS: deambulação precoce; mudança de
decúbito, inspiração e expiração num saco
de papel.
Complicações
pulmonares
PACIENTES DE RISCO: obesos,
idosos e com outros agravos.
fumantes,
• PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES:
• Broncopneumonia: aspiração de vômitos ou alimentos,
estase pulmonar, infecção e irritação por produtos
químicos.
• Atelectasia: colabamento dos alvéolos pulmonares pela
obstrução dos brônquios por tampão mucoso.
anestésicos, distensão
causas: efeitos colaterais dos
abdominal
pela diminuição do peristaltismo,
hipoglicemia, ansiedade, dor intensa,
desidratação.
Prevenção: uso de antieméticos,
atropina, escopolamina, prometazina,
proclorperazina; difenidramina,
haloperidol, metoclopramida.
Cuidados:
Manter em decúbito lateral ou com a cabeça
lateralizada com a cabeceira elevada a 45 °;
Administrar antieméticos conforme prescrito;
Nos clientes com sonda nasogástrica, abrir a
sonda e, mantendo-a aberta, proceder à
aspiração para esvaziar a cavidade gástrica;
proporcionar conforto ao cliente (o vômito deve
ser aparado em uma cuba-rim ou lençol/toalha; a
seguir, trocar as roupas de cama e proceder à
higiene oral o mais rápido possível);
Anotar intercorrências e providencias adotadas
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL:
causas: diminuição do peristaltismo
provocada pelo efeito colateral do
anestésico, imobilidade prolongada no
leito, quadro inflamatório, exposição e
manipulação do intestino durante as
cirurgias abdominais e o medo da dor.
Sinais e sintomas: retenção de fezes
acompanhada ou não de dor,
desconforto abdominal e flatulência.
Prevenção e cuidados:
movimentação no leito,
deambulação precoce,
ingestão de líquidos e aceitação de
alimentos ricos em fibras,
aplicação de calor na região abdominal,
Promover a privacidade par eliminação de
gases.
Tratamento médico: laxante no período
noturno e/ou lavagem intestinal.
SEDE
causas: Provocada pela ação inibidora da
atropina, perdas sangüíneas e de líquidos pela
cavidade exposta durante o ato operatório,
sudorese e hipertermia.
Cuidados: observar a presença de sinais de
desidratação (alteração no turgor da pele e da
PA e diminuição da diurese), manter a
hidratação por via oral e, nos clientes
impossibilitados de hidratar-se por via oral,
umidificar os lábios e a boca, realizar higiene
oral e manter hidratação endovenosa.
Complicações vasculares e
hematológicas
TROMBOSE, TROMBOFLEBITE E
EMBOLIA:
Causas: permanência prolongada no leito,
associada à imobilidade após a cirurgia.
Cuidados: realizar mudança de decúbito a
cada 2 ou 4 horas, bem como a
movimentação, realização de exercícios
ativos no leito e início da deambulação o
mais precocemente possível.
Movimentação dos pés que estimula a
circulação dos membros inferiores e
alivia as áreas de pressão
HIPOTENSÃO POSTURAL:
deve-se orientar o cliente para que não se
levante bruscamente do leito, deve-se,
primeiramente, sentar-se no leito com as pernas
para baixo e, em seguida, ficar em pé, sempre
com o auxílio de outra pessoa.
INCISIVAS - Quando não há perda de
tecido.
Limpas-Contaminadas: 7 - 8%
Contaminadas: 15 - 20%
Infectadas: 50%
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
• CICATRIZAÇÃO DE PRIMEIRA INTENÇÃO
Mínimo de perda tecidual
Resposta inflamatória rápida
Reduz incidência de complicações
Bordos regulares unidos por suturas
Cicatriz com menor índice de defeitos
CICATRIZAÇÃO DE SEGUNDA INTENÇÃO
É consequência de complicações;
Grande perda tecidual;
Período cicatricial
mais prolongado
devido a resposta inflamatória intensa
Maior incidência de defeitos cicatriciais
(cicatriz hipertrófica, quelóide)
Deve ser envolvido com gazes estéreis umedecidas e
curativo estéril.
CICATRIZAÇÃO DE TERCEIRA INTENÇÃO
Caso uma ferida não tenha sido suturada inicialmente
as suturas podem se romper e devem ser suturadas
novamente
A cicatriz é mais profunda e ampla.
FATORES ADVERSOS
À CICATRIZAÇÃO
• FATORES FATORES LOCAIS
SISTÊMICOS Infecção
Má nutrição
Isquemia
Doenças crônicas
Insuficiência do Necrose
sistema imunológico Corpos estranhos /
Má perfusão tecidual crosta
Idade avançada Agentes irritantes
Terapia Lesão muito extensa
medicamentosa
COMPLICAÇÕES DA FO
• HEMATOMA: coágulo dentro da ferida.
• INFECÇÃO :
Sinais e sintomas: coloração avermelhada, endurecimento,
drenagem de secreções, edema e calor no local, dor
exagerada no local da incisão.
Tempo: 36 a 48hs PO.
Prevenção: preparo pré-operatório adequado, utilização de
técnicas assépticas, cuidados durante o banho,observação
dos princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que
caracterizam a infecção.
• HEMORRAGIA –Podem ser internas e
externas.
Tempo: primeiras 24 horas após a cirurgia.
Sinais e sintomas: sensação de desconforto,
palidez intensa, mucosa descorada,
taquicardia, dispnéia e choque hipovolêmico,
também pode referir dor.
Cuidados: observar a presença de
sangramento no curativo e/ou roupas de cama,
cuidados emergenciais, fazer compressão no
local ou um curativo compressivo, até a
chegada de um médico,
• DEISCÊNCIA E EVISCERAÇÃO – a deiscência é
quando os pontos da ferida operatória se rompem.
A evisceração é a protusão do conteúdo da ferida.
Causas: infecção, rompimento da sutura, distensão
abdominal, ascite e estado nutricional precário do
cliente, tosse vigorosa, idade crescente, vômitos.
Cuidados: lavagem ou irrigação do local com solução
fisiológica e cobrir com compressa estéril umedecida,
posição de semi-fowler.
Prevenção: cinta abdominal e alimentação rica em
vitamina C.
CURATIVO
Fornecer ambiente adequado para a cura;
Absorver drenagem;
Imobilizar ou conter;
Proteger contra lesão mecânica, contaminação e sujeira;
Promover hemostasia;
Fornecer conforto mental e físico.
HORÁRIO: o mais adequado.
RECOMENDAÇÕES
lavar as mãos;
Usar luvas ou pinças estéreis;
Remover esparadrapo na direção do crescimento dos
pelos;
Usar álcool ou solventes não irritativos na remoção;
Descartar o curativo;
Proceder a técnica asséptica;
Cobrir e vedar com esparadrapo;
Datar e identificar e proceder com anotações.
Joel Araujo dos Santos
O sucesso no tratamento de feridas depende mais da
competência e do conhecimento dos profissionais
envolvidos, de sua capacidade de avaliar e selecionar
adequadamente técnicas e recursos, do que da
disponibilidade de recursos e tecnologias sofisticadas.
(YELLO,2003).
TRATAMENTO
DE FERIDAS
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO NO
TRATAMENTO DE FERIDAS
Na era pré-histórica eram preparados cataplasmas de
folhas e ervas com o intuito de estancar a hemorragia e
facilitar a cicatrização.
Historicamente, o tratamento de feridas tem como
filosofia a proteção das lesões contra a ação de
agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos. A
preocupação com a contaminação exógena por
microorganismos fez com que fossem instituídas
técnicas de curativo, em que o princípio básico era
a manutenção do curativo limpo e seco.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A pele é o maior órgão do corpo humano, chegando a medir 2
m2 e pesar 4 Kg em um adulto.
A EPIDERME
É a mais externa, fina e avascular e costuma regenerar-se em 4 a 6
semanas. Tem como funções básicas: manter a integridade da pele
e atuar como barreira física.
A DERME
Possui vasos sanguíneos, folículos pilosos, vasos linfáticos,
glândulas sebáceas e sudoríparas. Ainda é composta de
fibroblastos, colágeno e fibras elásticas.
A derme tem as funções de oferecer resistência, suporte, sangue
e oxigênio à pele.
O TECIDO SUBCUTÂNEO
É composto de tecidos adiposo e conjuntivo, além de grandes
vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos.
FUNÇÕES DA PELE
Proteção: barreira física contra microorganismos e outras
substâncias externas;
Sensibilidade: pelas terminações nervosas da pela sentimos
dor, pressão, calor e frio;
Termorregulação: a temperatura corporal é regulada
mediante vasoconstrição, vasodilatação e sudorese;
Excreção: ajuda na termorregulação pela eliminação de
resíduos, como eletrólitos e água;
Metabolismo: a síntese de vitamina D na pele exposta à luz
solar, por exemplo, ativa o metabolismo de cálcio e fosfato,
minerais que desempenham um papel importante na
formação óssea;
Imagem corporal: detalha a nossa aparência de uma
forma única;
Como órgão imunitário: A pele é um órgão
importante do sistema imunitário. Ela alberga
diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que
regulam a resposta imunitária e desenvolvem
respostas específicas.
Como órgão dos sentidos: A pele também é um
órgão sensorial, constituindo o sentido do tato. Ela
apresenta numerosas terminações nervosas,
algumas livres, outras com comunicação com
órgãos sensoriais especializados.
FERIDAS
É qualquer lesão
no tecido
epitelial, mucosas ou órgãos
com prejuízo de suas funções
básicas.
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
Quanto:
Diagnóstico etiológico: define a origem da doença que
propiciou o aparecimento da lesão cutânea.
Causa: define o mecanismo de ação, por
exemplo: traumáticas, cirúrgicas, patológicas,
etc.
Morfologia: descreve a localização, número,
dimensão e profundidade.
Grau de contaminação: limpa, contaminada ou
infectada.
Fase cicatricial: define as três etapas:
inflamatória, proliferativa e maturação.
• Característica do exsudato: descreve a sua
presença ou ausência, aspecto, coloração e odor.
• Característica do leito da ferida: necrótico,
fibrinoso, necrótico-fibrinoso, granulação e
epitelização.
• Evolução da ferida: aguda ou crônica.
• Tipo de cicatrização: primária, secundária ou
primária tardia.
AVALIAÇÃO DA
FERIDA
• Profundidade em centímetros.
Presença de túneis, fístulas – medir em cm.
•Presença de descolamentos, lojas – medir a profundidade e
extensão e documentar a localização usando a posição dos
ponteiros do relógio como referência.
Localização
• Evidência de infecção.
PROCESSO DE REPARAÇÃO
TISSULAR
Importante instrumento de sobrevivência dos seres
vivos;
Iniciado com maior intensidade após o trauma;
Influenciado pelas características e condições do
hospedeiro, do ambiente e dos profissionais de
saúde.
FASES DA CICATRIZAÇÃO
Fase Inflamatória ou Exsudativa:
Sua duração é de, aproximadamente, 48 a 72 horas.
Caracteriza-se pelo aparecimento dos sinais
prodrômicos da inflamação: dor, calor, rubor e
edema.
Mediadores químicos provocam vasodilatação,
aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem
a quimiotaxia dos leucócitos – neutrófilos,
combatem os agentes invasores e macrófagos
realizam a fagocitose.
FASES DA CICATRIZAÇÃO
Fase Proliferativa:
Tem a duração de 12 a 14 dias. Ocorrem neo-
angiogênese, produção de colágenos jovens pelos
fibroblastos e intensa migração celular,
principalmente, queratinócitos, promovendo a
epitelização. A cicatriz possui aspecto
avermelhado.
Fase de Maturação ou Remodelação:
A terceira etapa pode durar de meses a anos.
Ocorre reorganização do colágeno, que adquire
maior força tênsil e empalidece. A cicatriz assume
a coloração semelhante à pele adjacente
Fatores que interferem na cicatrização
FATORES LOCAIS FATORES SISTÊMICOS
Extensão e profundidade da Idade
lesão
Grau de contaminação Estado nutricional (obesidade,
desnutrição)
Desvitalização e necrose Hipovolemia
tecidual
Tensão na linha de sutura Doenças crônicas
Pressão Terapia medicamentosa
Incontinência fecal e urinária Insuficiências vasculares
Hematoma e corpo estranho Imunossupressão
FORMAS DE CICATRIZAÇÃO
CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA
Advém da sutura por planos
anatômicos. Na
cicatrização
primária não há perda tecidual.
CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA
Quando a evolução cicatricial da
ferida é espontânea chama-se
secundária.
CICATRIZAÇÃO TERCIÁRIA
OU TARDIA
Às vezes, para acelerar o processo
de cicatrização secundária pode-se
realizar aproximação das bordas da
ferida com pontos de sutura
simples.
CURATIVOS
Definição:
É todo material colocado diretamente sobre
uma ferida, cujos objetivos são:
Evitar a contaminação de feridas limpas;
Facilitar a cicatrização;
Reduzir a infecção nas lesões contaminadas;
Absorver secreções;
Facilitar a drenagem de secreções;
Promover a hemostasia com os curativos compressivos;
Manter o contato de medicamentos junto à ferida;
Promover conforto ao paciente.
CURATIVO IDEAL
Manter a umidade na interface lesão/curativo: não se
secam mais as lesões, somente a pele ao seu redor.
Não se mantêm curativos secos em lesões abertas;
Remover o excesso de exsudação;
Permitir a troca gasosa;
Fornecer isolamento térmico;
Ser impermeável a bactérias;
Ser isento de partículas e de tóxicos contaminadores;
Permitir sua remoção sem causar trauma na ferida.
PRINCÍPIOS E CUIDADOS DE
ENFERMAGEM NA REALIZAÇÃO DE
CURATIVOS:
1º PRINCÍPIO: pele e mucosas albergam normalmente
germes;
- Lavar as mãos antes e depois de cuidar de clientes;
- Manipular o material esterilizado adequadamente;
- Orientar o cliente.
2º PRINCÍPIO: os germes se encontram no ar.
- Não expor os materiais estéreis;
- Preparar o ambiente;
- Evitar contaminação do material.
9º PRINCÍPIO: Em pacientes com mais de uma ferida, deve-se
iniciar pelos curativos de incisão limpa e fechada, seguindo os
de ferida aberta não infectadas e depois as infectadas.
Técnica de Curativo
Definição: é o tratamento de uma lesão aberta.
Finalidades:
Isolar o ferimento do exterior, impedindo a contaminação;
Proteger contra traumatismo externos, amortecendo os
choques;
Absorver as secreções;
Facilitar a cicatrização.
Material necessário
Bandeja contendo:
Cuba rim;
Pacote de curativo (2 pinças dente de rato e 1 kocher);
14- Desprezar o material contaminado;
15- Deixar o paciente confortável;
16- Cuidar do material usado;
17- Lavar as mãos;
18- Anotar no prontuário do paciente: hora, local do
ferimento, solução e medicamento usado, aspecto e grau de
cicatrização.
APLICAÇÃO DE
COBERTURAS E
SOLUÇÕES
COBERTURA DA FERIDA
Manter a umidade e o isolamento térmico;
Proteger a ferida contra o trauma e a penetração
bacteriana exógena;
Proteger a pele peri-lesão;
Promover o conforto do paciente através do controle da
dor;
Reduzir a dor;
Contenção da drenagem.
CLASSIFICAÇÃO
1.PASSIVOS: ocluem e protegem a lesão (gazes)
BIOFILL
TIELLE
ADAPTIC
CARBOFLEX
ACTISORB
2ND SKIN PLUS
NU-GEL
TEGASORB ALLEVYN
COMFEEL FIBRACOL
PLUS
AQUACEL 434
GAZES
Curativo passivo e absorvente, absorve moderadamente
líquidos , remove tecido necrótico superficial (úmida-
seca), preenche espaços mortos, pode ser usada como
curativo secundário;
MODIFICAÇÕES: tanto na confecção (tecido-não-
tecido), na adição de substâncias não aderentes
(parafina, vaselina), na adição de substâncias
antissépticas (clorexidina, PVPI e outros).
Não gera barreira bacteriana;
Pode acarretar remoção de tecido de granulação
durante sua retirada;
Disponibilidade e baixo custo imediato.
1 - ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL(DERSANI)
exsudato e tecido desvitalizado; Espalhar no leito da ferida
ou embeber em gazes estéreis de contato ou superfície para
manter o leito da ferida úmido até próxima troca;
Ocluir com cobertura secundária;
Proceder fixação.
2 - HIDROCOLÓIDE
COMPOSIÇÃO: CAMADA EXTERNA: Espuma de
Poliuretano; CAMADA INTERNA: Gelatina, Pectina,
Carboximeticelulose sódica.
MECANISMO DE AÇÃO: Barreira térmica aos gases, a
líquidos, mecânica e microbiana; Estimula a angiosênese e
o desbridamento autolítico; Acelera o processo de
granulação; Absorção de exudato (gel); Manutenção do
pH ácido; Manutenção de ambiente úmido.
TROCA : Sempre que o gel extravasar, curativo
descolar ou, no máximo, em sete dias.
MODO DE USAR : Lavar o leito da ferida; Secar a
pele ao redor da ferida; Escolher o hidrocolóide
(diâmetro que ultrapasse a borda da ferida pelo
menos 3 cm); Aplicar o hidrocolóide, segurando-o
pelas bordas; Pressionar firmemente as bordas do
hidrocolóide a massagear a placa para perfeita
aderência. Se necessário,
reforçar as bordas com
micropore; Datar o hidrocolóide.
OBSERVAÇÕES : Alivia dor; Não adere ao leito
da ferida; É autoaderente; Dispensa curativos
secundários; A interação do exsudato com
hidrocolóide produz um gel amarelo
(semelhante a secreção purulenta); Poderá
ocorrer odor desagradável.
Trata-se de curativo não aderente com Aloe vera. É
empregado como gaze não aderente.
Pode ser utilizado in natura.
INDICAÇÕES: queimaduras de primeiro e segundo
grau, ulcerações refratárias, dermatite de
contato periostomia.
MODO DE USAR:
Frequência de troca: É aconselhada
a cada 12 ou 24 horas.
11- PAPAÍNA
Provém do látex do mamoeiro Carica papaya.
Poderá ser utilizada in natura, em creme ou
liofilizada, dissolvida em solução fisiológica
MECANISMO DE AÇÃO
1. Atua como desbridante químico, facilitando o
processo cicatricial.
2. Tem ação bacteriostática, bactericida e
antiinflamatória.
3. Proporciona alinhamento das fibras
de colágeno, promovendo crescimento
tecidual uniforme.
INDICAÇÕES
como desbridante químico e facilitador do processo
cicatricial.
- como coadjuvante da antibioticoterapia sistêmica de
feridas infectadas.
VANTAGEM
- efetua desbridamentos seletivos.
MODO DE USAR
Na presença de tecido de granulação
a concentração deverá ser de 2%.
Na presença de necrose de liquefação a ferida
deverá ser lavada em jatos com solução de
papaína de 4 a 6% diluída em solução
fisiológica.
Na presença de necrose de coagulação na
concentração de 8 a 10%, após efetuar a
escarectomia.
FREQUÊNCIA DE TROCA
É indicada em média de 12 a 24 horas.
12- CURATIVO IMPREGNADO DE
PRÓPOLIS
Trata-se de curativo hidrossolúvel, comercializado como
gaze não aderente, impregnada com própolis.
INDICAÇÃO
A quantidade de larvas, a duração do tratamento e o tipo
de cobertura são determinados segundo a experiência da
equipe e necessidade da lesão
In natura, quanto não utilizadas com o intuito terapêutico,
as larvas de mosca dão origem a zooparasitoses,
conhecidas como miíase ou "berne".
A mosca varejeira depõe inúmeros ovos na superfície
cutânea ou em ulcerações preexistentes. Os ovos eclodem e
as larvas crescem sem controle e segurança necessários.
15- BOTA DE UNNA
Opção mais popular para controlar edema das
varicosas não infectadas,
extremidades inferiores, úlceras
varizes.
Inicialmente aplicada úmida ao membro inferior
comprometido, transforma-se em uma faixa de compressão
rígida à medida que seca. Quando os músculos da
panturrilha fazem força contra a faixa inelástica, bombeiam
com mais eficácia, facilitando a remoção de líquido do
membro inferior.
DESVANTAGENS:
A faixa rígida não consegue conformar-se à
redução do edema;
É incapaz de absorver grandes quantidades de
drenagem, em geral fica suja
A pele em torno da ferida pode ficar macerada,
percebendo-se um odor desagradável
Não proporciona compressão durante períodos
de inatividade.
MODO DE USAR:
Lavar a perna e aplicar um talco após secar. a pasta de
unna previamente aquecida é então aplicada sobre as
artes afetadas e, a seguir, coberta com bandagens de
gaze. Em geral aplicada em bandagens, dando pelo
menos 4 voltas.
A bota deve ser substituída
inicialmente a cada 3 dias e
depois mais espaçadamente.
FIXAÇÃO:
-Em curativos, sempre colocar
-As fitas poderão ser estéreis com exceção do esparadrapo;
gaze estéril sob o esparadrapo;
-Após 72h, as fitas permeáveis poderão ser colocadas
diretamente sobre as feridas pequenas;
-Sempre utilizar a melhor opção de fita adesiva para
determinado tipo de curativo.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
É imprescindível
mudar conceitos
comportamentos. Não basta nem se deve
e
trabalhar sozinho.
PARADIGMAS
A reparação tissular é um complexo de eventos
biomoleculares que dependem da interação entre
fatores microambientais do leito da ferida e
sistêmicos do Hospedeiro, além de exógenos
(ambientais e “profissionais”)
A terapia tópica constitui um dos aspectos do tratamento
de feridas;
A seleção da terapia local depende da avaliação holística
e sistematizada do indivíduo;
Não existe um único produto que atenda às necessidades
globais de todas as feridas em todos os estágios da
reparação tissular;
O “curativo” deve ser encarado como uma droga, com
seus efeitos desejáveis e não desejáveis.
“NÃO SE DEVE FAZER OU COLOCAR NA FERIDA
AQUILO QUE NÃO SE FARIA OU COLOCARIA
NOS PRÓPRIOS OLHOS”
(PEACOCK)
CONCEITO: objeto de forma variada, produzido em
materiais diversos, cuja finalidade é manter a saída de
líquido ( AR, SANGUE E SECREÇÕES) de uma
cavidade para o exterior.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
• manter a permeabilidade;
• realizar o adequado posicionamento do dreno;
• realizar o curativo conforme a necessidade;
• Controlar a drenagem e registrar corretamente todos
estes dados.
TIPOS DE DRENOS
FECHADOS : saem da área periincisional até um
Pratt.
dispositivo de aspiração portátil. Ex: Hemovac e Jackson-
CRITÉRIOS:
Orientado no tempo e espaço;
Manter SSVV estáveis por no mínimo 60 min.;
Capacidade de ingerir líquidos;
Locomoção;
Sangramento mínimo ou ausente;
Dor controlada;
Ausência de retenção urinária.
CUIDADOS GERAIS
Orientar verbalmente e por escrito ao
cliente e acompanhante:
RETORNO (consultas de
acompanhamento);
COMO PROCEDER EM EMERGÊNCIAS
(sinais de complicações);
Banho e higiene;
EXERCÍCIO FÍSICO;
REGIME TERAPÊUTICO (medicamento,
dieta, atividades a evitar, terapias auxiliares,
troca de curativo, cuidados com a ferida);
PROMOÇÃO DA SAÚDE ( redução de peso,
cessação do tabagismo, controle do
estresse);
INSTITUIÇÕES DE APOIO E REFERÊNCIA.
AS INFORMAÇÕES DEVEM SER
PASSADAS PAULATINAMENTE
EVITANDO-SE QUE O MOMENTO DA
SAÍDA SEJA CONTURBADO, POR
CONTA DE UM ACÚMULO DE
INFORMAÇÕES PARA A
CONTINUIDADE DO BEM –ESTAR
DO CLIENTE!
PROF.: JOEL ARAUJO
CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO
Conjunto de elementos destinados à
recepção e expurgo, preparo e
esterilização, guarda e distribuição do
material para as unidades dos
estabelecimentos de saúde (BRASIL-
MS-1987)
Do ponto de vista administrativo:
1. Visa padronizar as técnicas de limpeza, preparo e
empacotamento, a fim de assegurar economia de
pessoal, material e tempo;
2. Manter a reserva de material, a fim de atender
prontamente às necessidades das unidades do
hospital;
3. Facilitar o controle do consumo, da qualidade do
material e das técnicas de esterilização, aumentando
a segurança no uso;
4. Desenvolver as atividades específicas com pessoal
treinado para tal, permitindo obter maior
produtividade;
5. Favorecer o ensino e o desenvolvimento de
pesquisas
Atribuições do enfermeiro/Gerência
em CME
Manter uma boa organização funcional interna, para
tornar mais prático o serviço e melhor atender as
unidades;
Padronizar fichas para controle, previsão e
fornecimento de material permanente, de consumo e
roupa para o CC, estabelecendo a média diária;
Fazer inspeção constante em todo material
preparado na CME, para verificar a qualidade;
Fazer previsão e solicitação de material cirúrgico
permanente e de consumo para todas as unidades e
roupa para o CC;
Fazer treinamento em serviço para todos os
funcionários e manter supervisão constante em
todas as atividades
Fazer controle do período de validade da
esterilização e controle do teste de esterilização e
informar a CCIH
Representar a CME em reuniões da instituição
Orientar outros profissionais de outros setores sobre
esterilização de materiais
Opinar em processos de compras
Manter-se atualizado em todos os assuntos
referentes a sua área
MÉTODOS DE
PROTEÇÃO ANTI-
INFECCIOSA
CLASSIFICAÇÃO DE
ARTIGOS SEGUNDO O
RISCO E POTENCIAL
DE CONTAMINAÇÃO
NÃO CRÍTICOS
Destinados ao contato com a pele
íntegra e também os que não entram em
contato direto com o paciente
(termômetro, materiais usados em
banho no leito/bacias, cuba-rim,
estetoscópio, roupas de cama...)
PROCESSAMENTO: limpeza ou
desinfecção de baixo ou médio nível
SEMI-CRÍTICOS
Aqueles que entram em contato direto
ou indireto com mucosa de flora
própria ou com lesões superficiais de
pele (lâminas de laringoscópio,
equipamento de terapia respiratória,
anestesia e endoscópios...)
PROCESSAMENTO: esterilização ou
desinfecção de alto nível
CRÍTICOS
Aqueles que têm contato direto ou
indireto com áreas estéreis do corpo,
independente de serem mucosas ou
tecidos epiteliais (Instrumental,
sondas vesicais...),e ainda aqueles que
estejam diretamente conectados com
esses sistemas
PROCESSAMENTO: esterilização
PROCEDIMENTOS
do processo a
Independentemente
ser submetido, todo artigo deverá
ser considerado como
“contaminado”
água, detergente, escovas de cerdas macias.
AUTOMÁTICA
É realizada por máquinas automatizadas, que removem a sujidade
por meio de ação física e química .
LAVADORA ULTRA-SÔNICA - ação combinada da energia
mecânica (vibração sonora), térmica (temperatura entre 50º e 55ºC) e
química (detergentes).
LAVADORA DESCONTAMINADORA – jatos de água associadas
a detergentes, com ação de braços rotativos e bicos direcionados sob
pressão.
LAVADORA TERMO-DESINFECTADORA - jatos de água e
turbilhonamento, associados a ação de detergentes. A desinfecção se
dá por meio de ação térmica ou termoquímica.
LAVADORA ESTERILIZADORA – realiza ciclos de pré-limpeza,
limpeza com detergente, enxágüe e esterilização.
Manual Automática
CONSIDERAÇÕES
A limpeza automática com lavadoras ultra-sônicas e
esterilizadora aumentam o risco ocupacional, uma vez
que há necessidade de revisão de limpeza e enxágüe pelo
método manual.
O uso de detergentes enzimáticos não dispensa a
limpeza manual ou mecânica.
Na lubrificação dos artigos após a limpeza, não deverá
ser utilizado óleo mineral, de silicone ou de máquinas.
Os lubrificantes recomendados devem possuir atividade
antimicrobiana e solubilidade em água.
PRODUTOS DE LIMPEZA
LIMPADORES ENZIMÁTICOS: princípio ativo
são as enzimas proteases, amilases, carboidratases
e lipases.
Mecanismo de limpeza: ação das enzimas sobre a
matéria orgânica, que decompõe o sangue e
fluidos corpóreos aderidos aos artigos, facilitando
sua remoção e promovendo uma limpeza
adequada.
Observar: modo de diluição, prazo de validade,
tempo de imersão e método de utilização
DETERGENTES E
DESINCROSTANTES
DTG: Produtos que contém em sua formulação um
tensoativo = reduzem a tensão superficial da água e
promovem umectação, dispersão e suspensão das
partículas
DITC: São detergentes para limpeza de artigos, por
imersão.
Indicados quando houver pouca matéria orgânica,
devido ao baixo custo relativo
Apresentam maior ação corrosiva em relação aos
enzimáticos.
DESINFECÇÃO
Processo de eliminação ou destruição de
microorganismos (patogênicos ou não) na forma
vegetativa, presentes nos artigos e objetos
inanimados.
ALTO NÍVEL :destrói todas as bactérias
vegetativas (exceção dos esporos), as
micobactérias, os fungos e os vírus. Agentes
mais utilizados: glutaraldeído, ácido peracético e
pasteurização.
Artigos: lâminas de laringoscópio, equipamentos
de terapia respiratória, anestesia e endoscópios de
fibra flexível.
DESINFECÇÃO
INTERMEDIÁRIO: ação virucida, bactericida
(inclusive o bacilo da tuberculose), não destrói
esporos.
Compostos mais utilizados: cloro, iodóforos,
fenólicos e álcoois.
BAIXO NÍVEL: capaz de eliminar as bactérias na
forma vegetativa (não atua sobre esporos, alguns
vírus, nem o bacilo da tuberculose, ação relativa
contra fungos).
Composto mais utilizado: quaternário de amônia
DESINFETANTE IDEAL
Amplo espectro de ação antimicrobiana,
Inativar rapidamente os microorganismos
Não ser corrosivo para metais, não danificar
artigos de borracha, plásticos ou equipamento
ótico.
Sofrer pouca interferência de matéria orgânica
Não ser irritante para pele e mucosas, possuir
baixa toxicidade
Tolerar pequenas variações de temperatura e pH
Ser de fácil uso e de baixo custo, ser inodoro ou
ter odor agradável
ASPECTOS
FUNDAMENTAIS
Penetração do agente:submersão do material,
preenchendo luz de tubulações, superfícies
internas e externas
Tempo de exposição:
Enxágüe:água corrente (baixo nível ou
intermediário); água esterilizada (alto nível) até
completa remoção do agente químico
Secagem
Armazenamento
PRINCÍPIOS ATIVOS
INDICADOS PARA
DESINFECÇÃO
ALDEÍDOS
O Glutaraldeído (2,0%) é o agente mais utilizado na
desinfecção de alto nível (período de exposição de 30
min.)
Não danifica metais, borracha, lentes e outros materiais,
podendo ser utilizado na desinfecção de endoscópios e
aparelhos com lentes.
Enxágue: feito em água corrente potável;
Secagem: com uma compressa ou toalha macia, ou com ar
comprimido;
Acondicionamento: em recipiente desinfetado e guardado
até o próximo uso (validade de 14 a 21 dias).
É tóxico
O formaldeído (formol) é usado em
estado líquido e sólido ( pastilhas de
formalina).
É corrosivo, tóxico, irritante de vias
aéreas, pele e olhos.
É indicado para a desinfecção de
vidraria e capilares do sistema
dialisador do mesmo paciente, na
concentração de 4% por 24 horas.
COMPOSTOS
FENÓLICOS
Para desinfecção de nível médio ou intermediário (
10 min. para superfícies e 30 min. para artigos).
Vantagens : ação residual e a pouca reatividade na
presença de matéria orgânica.
Por penetrar em materiais porosos e ter ação
residual, não é indicado para artigos que entrem
em contato com vias respiratórias e alimentos,
objetos de borracha, látex e acrílico.
Uso de EPI ( devido à toxicidade )
QUATERNÁRIO DE
AMÔNIA
Indicados para desinfecção de baixo
nível (30 min.) em superfícies,
equipamentos e áreas onde se
manipule alimentos.
Geralmente são utilizados em
associação com outros desinfetantes.
Vantagem:bx toxicidade.
CLORO
Hipoclorito a 2%: desinfecção e descontaminação de
superfícies, de artigos plásticos e borracha
(máscaras de inalação, nebulizadores, cânulas de
Guedel, banheiras infantis), superfícies de
lavanderia, lactário, copa, cozinha, banheiras de
hidromassagem, balcões de laboratório, banco de
sangue... Caixas d’água...
AGENTES QUÍMICOS:
LÍQUIDOS: (Glutaraldeído aquoso a 2%,
Formaldeído aquoso a 10%, formaldeído
alcoólico a 8%)
FÍSICO-QUÍMICO
E.T.O
PERÓXIDO DE OXIGÊNIO
MÉTODOS FÍSICOS
São métodos que utilizam o calor em
diferentes formas e alguns tipos de radiação
para esterilizar artigos;
Subdividem-se em :
Vapor saturado sob pressão-
Autoclavação;
Calor seco- Estufas e Fornos de Pasteur;
Radiação- Radiação Gama.
Vapor Saturado sob
Pressão
ao ponto de ebulição
Sua temperatura equivale
da água, e produz-se pela combinação da
energia que aquece a água com níveis de
pressão maiores que a pressão atmosférica, que
aceleram o aquecimento levando ao alcance de
temperaturas próprias para esterilização (121°C
à 135°C), em tempo mais rápido.
Variáveis de avaliação: Tempo, Temperatura e
Pressão.
Os aparelhos são programados com uma razão tempo/
temperatura, isto é, aumentando a temperatura, o tempo
necessário para esterilização diminui e vice-versa.
Tipo de autoclaves
Gravitacional: a injeção de vapor força a saída do ar frio
por uma válvula localizada na parte inferior. Para que a
penetração de vapor ocorra em todos os materiais, o
tempo deve ser mais longo tornando o ciclo mais
demorado.
Pré-vácuo: por meio da bomba de vácuo contida no
aparelho, o ar é removido do material e da câmara,
podendo ter um ou três ciclos o que favorece a
penetração mais rápida do vapor dentro dos pacotes.
Mecanismo de ação: baseia-se na transformação das
partículas de água em vapor, ocasionado a more celular por
coagulação de proteínas bacterianas, por maio do calor.
Tempo: pode variar de 4 a 30 min de acordo com a
temperatura e o tipo de equipamentos utilizados;
Fases do Sistema de operação
1. Remoção do ar da câmara: necessário par que o vapor entre
em contato com os artigos colocados na câmara;
2. Admissão do vapor: depende do contato direto do vapor
saturado com os materias;
3. Exposição dos artigos: o tempo de exposição é marcado a
partir do momento que a câmara atinge a temperatura de
esterilização.
4. Exaustão do vapor: retirada do vapor da câmara;
5. Secagem da carga: obtida pelo calor proveniente das pardes
da câmara em atmosfera rarefeita e sob pressão negativa
CALOR SECO(
ESTUFA)
O calor é irradiado das paredes laterais e da base do
equipamento;
Este processo requer longo tempo de exposição para que
se atinjam altas temperaturas nos artigos e possa ocorrer
a morte microbiana pelo processo de oxidação
(desidratação) celular;
Deve-se restringir a artigos que não possam ser
esterilizados pelo vapor saturado sob pressão (vaselina,
óleos e pós) – 200° C a 220°C por 2 horas = oxidação e
dessecação das proteínas.
De uso ultrapassado.
RADIAÇÃO
Radiação ionizante age como esterilizante por
produzir modificaçõesdo DNA das células,
provocando lesões estruturais, o que acarreta
alterações funcionais graves da difusão de radicais
livres no volume adjacente da célula microbiana;
A forma mais utilizada é a radiação Gama ( são
ondas eletromagnéticas de alta energia e grande
penetração devido à ausência de matéria.) cujo
elemento mais utilizado é o Cobalto 60, que
possui grande poder de penetração nos materiais.
ESTERILIZAÇÃO
QUÍMICA
GLUTARALDEÍDO;
FORMALDEÍDO;
ÁCIDO PERACÉTICO. agente
químico para artigos termossensíveis
(cateteres, capilares de hemodiálise), é
volátil, tem odor pungente e riscos de
explosão e incêndio.
ESTERILIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: altamente
oxidante, pode ser usado em presença de matéria
orgânica, tóxico e irritante de pele e olhos.
sob Autoclave
FÍSICO pressão
Pré-vácuo 134ºC 4 minutos
REQUISITOS BÁSICOS
PARA ASSEGURAR A
ESTERILIZAÇÃO
Limpeza prévia
Invólucros
Estocagem de material
CONTROLE DA EFICÁCIA
DA ESTERILIZAÇÃO
Depende do tipo deequipamento,
natureza do artigo processado e do seu
acondicionamento
MECÂNICOS:
Acoplados aos aparelhos:
manômetros, manovacuômetro,
lâmpadas piloto, termostato, válvulas de
segurança.
VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
INDICADORES QUÍMICOS
Classe I – fita adesiva, impregnada com tinta termo química,
que quando exposta à temperatura muda a coloração.
Classe II – teste de Bowie e Dick, testa a eficácia do sistema
de vácuo, não se aplica a autoclave gravitacional.
Classe III – indicador de parâmetro simples. Responde apenas
a temperatura.
Classe IV – indicador multiparamétrico, responde a dois ou
mais parâmetros críticos do processo de esterilização
Classe V – indicador integrador, que reage a todos os
parâmetros críticos do processo de esterilização (temperatura,
tempo e qualidade do vapor).
Classe VI – indicadores de simulação, só reagem se 95% do
ciclo programado de esterilização estiver concluído.
Classe 1:
Tiras impregnadas com tinta termo-
química que muda de coloração
quando exposto a temperatura.
usados externamente em todos os
pacote
evidenciam a passagem do material
pelo processo
Classe 2: Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do
sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo.
verifica a eficiência da bomba de vácuo
espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua
extensão
recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia ou pelo
menos a cada 24 horas
caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão
imediata do equipamento
médico-hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso
Saída do Ar
Entrada do Agente
Esterilizante
Produto
ONDE ESTÁ
O
ENFERMEIRO
?
Estatísticas atuais mostram que 89%
dos enfermeiros recém formados
ingressam para a saúde pública – como
referencial de remuneração
“adequada” em menor tempo de
serviço.
Mostram também que os Enfermeiros
que ingressam no serviço hospitalar,
relatam dificuldades em exercer os
diferentes papéis...
DE QUEM É A CULPA?
NÃO É BOA ?
A FACULDADE
Quem Executa?
ONDE ESTÁ O
ENFERMEIRO?
Por que nos
tornamos
“ENFERMESOS?!”