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A Físico-Química
Estuda os fenômenos que são observados nas reações químicas entre
quantidades macroscópicas das substâncias e os fatores que as
influenciam.
Soluções e solubilidade: Estuda os aspectos quantitativos das soluções
químicas aquosas, usando grandezas como massa, volume e quantidade
de matéria para calcular as concentrações dessas soluções e as
quantidades de produtos formadas em reações químicas, das quais elas
participam;

Termoquímica: Estudo das transferências de energia associadas às


reações químicas e às mudanças de estado físico;

Cinética Química: Envolve o estudo das velocidades das reações


químicas e de como é possível aumentar ou diminuir essa velocidade;

Eletroquímica: Estuda as transformações químicas que envolvem a


transferência de elétrons entre as espécies reagentes;

Equilíbrio químico: Aborda as transformações químicas que ocorrem


quando reagentes e produtos coexistem em um estado de equilíbrio, ou
seja, a velocidade de formação dos produtos é a mesma de regeneração
dos reagentes;

Propriedades Coligativas: Estuda as alterações que ocorrem em


algumas propriedades, como o ponto de fusão, o ponto de ebulição e a
pressão máxima de vapor de um líquido — quando é adicionado a ele um
soluto não volátil.
Cada uma dessas áreas da Físico-Química ganhou uma subseção em
nosso site. Você poderá acessá-las abaixo para aprofundar-se nesses
ramos de estudo.
Quantidade de soluto
De acordo com a quantidade de soluto que possuem, as soluções
químicas podem ser:

Soluções saturadas: solução com a quantidade máxima de soluto


totalmente dissolvido pelo solvente. Se mais soluto for acrescentado, o
excesso acumula-se formando um corpo de fundo.
Soluções insaturadas: também chamada de não saturada, esse tipo de
solução contém menor quantidade de soluto.
Soluções supersaturadas: são soluções instáveis, nas quais a
quantidade de soluto excede a capacidade de solubilidade do solvente.
Estado físico
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As soluções também podem ser classificadas de acordo com o seu estado


físico:

Soluções sólidas: formadas por solutos e solventes em estado sólido. Por


exemplo, a união de cobre e níquel, que forma uma liga metálica.
Soluções líquidas: formadas por solventes em estado líquido e solutos
que podem estar em estado sólido, líquido ou gasoso. Por exemplo, o sal
dissolvido em água.
Soluções gasosas: formadas por solutos e solventes em estado gasoso.
Por exemplo, o ar atmosférico.

Natureza do soluto
Além disso, segundo a natureza do soluto, as soluções químicas são
classificadas em:

Soluções moleculares: quando as partículas dispersas na solução são


moléculas, por exemplo, o açúcar (molécula C12H22O11).

Soluções iônicas: quando as partículas dispersas na solução são íons,


por exemplo, o sal comum cloreto de sódio (NaCl), formado pelos íons
Na+ e Cl-.

Solubilidade
Solubilidade é a propriedade física das substâncias de se dissolverem, ou
não, em um determinado líquido.
A dissolução química é o processo de dispersão do soluto em um
solvente, dando a origem a uma solução ou mistura homogênea.
Os solutos podem ser classificados em:

Solúvel: são os solutos que se dissolvem no solvente.

Pouco solúvel: são os solutos que apresentam dificuldade de se dissolver


no solvente.

Insolúvel: são os solutos que não se dissolvem no solvente.

Um princípio comum em solubilidade é: “semelhante dissolve


semelhante”. Isso quer dizer que um soluto polar tende a se dissolver em
um solvente polar. O mesmo é verdadeiro para substâncias apolares.
Coeficiente de Solubilidade
O coeficiente de solubilidade (Cs) determina a capacidade máxima do
soluto que se dissolve em uma determinada quantidade de solvente. Isso,
conforme as condições de temperatura.
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Cinética Química
A Cinética Química estuda as condições e os fatores que podem alterar a
velocidade das reações químicas.
A Cinética Química é o ramo da Físico-química que estuda a velocidade
em que uma reação química ocorre.

Influência da concentração dos reagentes Um dos fatores que


interferem na velocidade, rapidez ou taxa de desenvolvimento de uma
reação química é a concentração dos reagentes. (o aumento ou a
diminuição da quantidade dos participantes da reação); Geralmente, um
aumento na concentração dos reagentes aumenta a rapidez de uma
reação.

A velocidade com que as reações se processam varia muito, e existem


alguns fatores que interferem não só nessa velocidade, mas até mesmo na
ocorrência dessas reações. Eles são basicamente quatro: contato entre
os reagentes, afinidade química, colisões favoráveis e energia de
ativação.

1. Contato entre os reagentes: Para que as moléculas dos reagentes


possam colidir umas com as outras, é necessário que elas entrem em
contato.

2. Afinidade química: Essa propriedade diz respeito à capacidade que


uma substância tem de reagir com a outra, pois mesmo se duas ou mais
substâncias forem colocadas em contato, mas não houver afinidade entre
elas, não ocorrerá a reação.

3. Teoria das colisões: Para que uma reação química ocorra, as


moléculas dos reagentes que entraram em contato devem colidir de modo
efetivo.

4. Quanto maior o número de colisões favoráveis, maior será a


velocidade da reação química.

5. Mas por que o aumento de temperatura aumenta a reatividade da


substância?
Isso ocorre porque a temperatura é uma medida da agitação térmica das
partículas que compõem uma substância. Isso significa que se
aumentarmos a temperatura, a agitação das moléculas também
aumentará; e o contrário também é verdadeiro: com a diminuição da
temperatura, a agitação das moléculas também diminuirá.

6. Energia de ativação (Eat): Para que as colisões sejam favoráveis e


resultem em reação química, é necessário que os reagentes possuam uma
energia mínima, que é a energia de ativação.
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7. A influência da pressão na velocidade das reações é diretamente


proporcional, ou seja, com o aumento da pressão, a reação química
processa-se mais rapidamente.
Mantendo a temperatura do sistema constante, um aumento da pressão
causa um aumento da velocidade das reações químicas e vice-versa.
o efeito da pressão só é considerável quando todos os participantes
da reação encontram-se no estado gasoso.

8. superfície de contato maior, haverá mais partículas entrando em colisão


e aumentará a probabilidade desses choques serem efetivos, ou seja, de
resultarem na quebra das ligações dos reagentes e na formação de novas
ligações, originando os produtos.

Influência da natureza dos reagentes (a maior ou menor presença de


ligações a serem rompidas durante uma reação);

Influência da luz (o aumento ou diminuição da intensidade da luz ou,


talvez, até a sua ausência pode modificar a velocidade);

Influência da eletricidade (a presença da corrente elétrica pode modificar


a velocidade);

Influência dos catalisadores (a presença de um catalisador diminui a


energia de ativação e, consequentemente, aumenta a velocidade de uma
reação).

Equilíbrio químico é o nome dado ao ramo da Físico-Química que estuda


toda e qualquer reação reversível, na qual existem duas reações
possíveis, uma direta (em que os reagentes transformam-se em produtos)
e uma inversa (em que os produtos transformam-se em reagentes). Essas
reações apresentam a mesma velocidade.

Condições para ocorrência de um equilíbrio químico


Conforme exposto, um equilíbrio químico só ocorrerá:
Se a reação for reversível;

Quando a velocidade da reação direta for igual à da reação inversa;

Se a reação ocorrer em ambiente fechado (no caso de gases).

pH e pOH

O pH corresponde ao potencial hidrogeniônico de uma solução. Ele é


determinado pela concentração de íons de hidrogênio (H+) e serve para
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medir o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de determinada


solução.
Essa escala possui a mesma função que o pH, embora seja menos
utilizada.

O pH é representado numa escala que varia de 0 a 14. Ela mede a acidez


e basicidade de uma solução.
Sendo assim, o pH 7 representa uma solução neutra (por exemplo, a água
pura). Já os que estão antes dele são consideradas soluções ácidas (pH
ácido), e os que estão após o 7 são as soluções básicas (pH alcalino).
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Propriedades coligativas
São aquelas que percebemos quando é adicionado um soluto não
volátil a um solvente.
A intensidade com que essas propriedades apresentam-se depende
somente da quantidade de partículas do soluto na solução, mas não
depende da natureza do soluto.
Os solutos não voláteis podem ser moleculares ou iônicos. Um exemplo
de soluto não volátil molecular é o açúcar (sacarose – C12H22O11) que
vemos na forma de cristaizinhos brancos porque milhares e milhares de
moléculas estão bem unidas, formando, assim, esses cristais. Mas quando
dissolvemos o açúcar em água, suas moléculas separam-se e ficam
isoladas, por isso não conseguimos visualizá-las, mas as moléculas de
C12H22O11 estão lá dissolvidas na água.

Propriedade Coligativa Estudada pela


Diminuição ou abaixamento da
pressão máxima de vapor do Tonoscopia ou tonometria
solvente

Aumento ou elevação da
temperatura de ebulição do Ebulioscopia ou ebuliometria
solvente

Diminuição ou abaixamento da
temperatura de congelação do Crioscopia ou criometria
solvente
Pressão osmótica Osmoscopia ou osmometria
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Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está


em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu origem, ou seja, a
quantidade de líquido (solução) que evapora é a mesma que se condensa.
A pressão de vapor é uma medida da tendência de evaporação de um
líquido.
Quanto maior for a sua pressão de vapor, mais volátil será o líquido, e
menor será sua temperatura de ebulição relativamente a outros líquidos
com menor pressão de vapor à mesma temperatura de referência.

Esboço do equilíbrio líquido-vapor da água ao nível do mar. Quanto mais se aumenta a temperatura, maior
será a taxa de ebulição da água, mas, enquanto a pressão exercida pelo vapor for menor do que a pressão
exercida pela atmosfera,a quantidade de moléculas que se condensa aumenta a medida que compensa a
quantidade de moléculas que vaporiza, restabelecendo assim o equilíbrio dinâmico. Quando a temperatura
atinge 100 graus Celsius (temperatura de ebulição da água no nível do mar), a taxa de vaporização vence a
taxa de condensação: ocorre assim a mudança de fase da água.

A influência da pressão externa na temperatura de ebulição


A pressão atmosférica varia de acordo com a altitude. Com o aumento da
altitude, a pressão atmosférica e o ponto de ebulição diminuem, causando
a diminuição da pressão de vapor.
Em locais onde há menos pressão atmosférica, a água ferve mais rápido.
As moléculas escapam do líquido com mais facilidade.
Em lugares de grande altitude, as substâncias entram em ebulição a
temperaturas mais baixas que ao nível do mar. Isto explica a dificuldade de
cozinhar alimentos, como ovos e arroz e preparar bebidas quentes, como
café e chá em locais que estão ao nível do mar.

Localidade Altitude em rel. ao Temp. de ebulição


nível do mar (m) da água (°C)
Rio de Janeiro 0 100
São Paulo 750 97
Campos do Jordão 1.628 95
Cidade do México 2.240 92
La Paz 3.636 88
Monte Kilimanjaro 5.895 82
Monte Everest 8.848 70
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Termoquímica
É o estudo do calor libertado ou absorvido, como resultado das reações
químicas.
É um ramo da termodinâmica e é utilizado por um grande número de
cientistas e engenheiros.

Entalpia
é a quantidade de energia em uma determinada reação, podemos calcular
o calor de um sistema através da variação de entalpia (ΔH).

Os tipos de entalpia mais recorrentes


são:
Energia absorvida ou liberada necessária
Entalpia de Formação para formar 1 mol de uma substância.

Entalpia de Combustão Energia liberada que resulta na queima de 1


mol de substância.

Entalpia de Ligação Energia absorvida na quebra de 1 mol de


ligação química, no estado gasoso

Enquanto a entalpia mede a energia, a entropia mede o grau de


desordem das reações químicas.

Calor :
É o nome dado à energia térmica quando ela é transferida de um corpo a
outro, motivada por uma diferença de temperatura entre os corpos. É
energia térmica em trânsito.

Temperatura:
É a grandeza física que permite medir quanto um corpo está quente ou
frio. Está relacionada à energia cinética das partículas de um corpo, à
energia de movimento das partículas. A temperatura você lê no
termômetro, a quantidade de calor é medida num calorímetro.

Sistema:
Qualquer volume limitado do espaço que seja o objeto de estudo.

Meio ambiente:
É todo o espaço que envolve o sistema. Em um béquer com reagentes, o
meio ambiente é tudo o mais que o cerca.
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Sistema fechado:
Um sistema é fechado quando não troca massa com o meio ambiente.
Não recebe massa nem fornece massa para o meio exterior.

Sistema isolado:
É o sistema que não troca massa nem energia com o meio ambiente.

Sistema aberto:
É um sistema que permite a troca tanto de massa quanto de energia com
o meio ambiente

Calor de reação:
É a quantidade de calor envolvido numa reação química. Pode ser calor
absorvido ou liberado.

Termoquímica e calor
Nas reações químicas pode haver absorção ou liberação de energia. Essa
transferência de calor é feita a partir do corpo que tem a temperatura mais
alta para aquele que possui a temperatura mais baixa.

Reações Endotérmicas e Exotérmicas


Chama-se reação endotérmica a reação em que há absorção de calor.
Dessa forma, um corpo absorve calor do meio em que ele está inserido.
A reação exotérmica é o inverso. Trata-se da liberação de calor e, assim, a
sensação é de aquecimento.

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