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Soluções Sólidas;

Cinética de Reações Químicas;


Equilíbrio Químico.

Professora: Joice Maria Gobi Zarelli


Soluções Sólidas
• As soluções sólidas são formadas apenas por solutos e solventes
sólidos. No cotidiano, os principais exemplos desse tipo de solução
são as ligas metálicas. A medalha a seguir, por exemplo, foi produzida
com a liga de bronze, que é uma mistura de aspecto homogêneo
formada por estanho e cobre.
Exemplos:
Cinética de Reações Químicas
• A cinética química estuda a velocidade das reações e os fatores que a
influenciam, bem como a possibilidade de controlá-la, tornando a
reação mais rápida ou mais lenta.
• Lançamento de ônibus espacial
em Cabo Canaveral por meio
de energia fornecida por uma
reação rápida entre hidrogênio
e oxigênio líquidos.
• Existem reações em nosso cotidiano que são extremamente rápidas,
como a explosão da nitroglicerina. Já outras são muito lentas, como a
reação entre o gás hidrogênio e o oxigênio para a formação de água.
• Em virtude dessas diferenças de velocidade das reações, podemos
expressar o tempo em que elas ocorrem com unidades convenientes
em cada caso. Por exemplo, quando falamos do tempo que leva para
se formar o petróleo, essa reação é tão lenta que usamos “anos” ou
alguns de seus múltiplos, como “século” ou “milênio”. No entanto,
para calcular a velocidade da explosão de certa quantidade de
pólvora, uma unidade mais apropriada seria “segundos” ou alguns de
seus submúltiplos, como o “microssegundo”.
• Baseado na velocidade das reações,
temos três categorias para elas: 
rápidas ou instantâneas, moderadas e
lentas. Veja alguns exemplos de
cada uma:
• É importante estudar as velocidades com que as reações ocorrem
para poder interferir nelas quando necessário. Nas indústrias, isso
ocorre muito, pois é interessante acelerar reações que ocorrem muito
lentamente. Já em outros casos, como em reações que trazem algum
dano ao meio ambiente e/ou ao ser humano, é importante retardá-
las o máximo possível.
• No cotidiano também fazemos isso, quando colocamos alimentos na
geladeira para diminuir a velocidade de sua decomposição ou quando
colocamos o feijão em uma panela de pressão para aumentar a
velocidade de seu cozimento.
• O campo que estuda os fatores que influenciam na velocidade das reações
químicas e os mecanismos por meio dos quais eles se processam é a Cinética
Química.
Entre os fatores que influenciam a rapidez com que uma reação se processa,
temos:
• Superfície de contato: Quanto maior a superfície de contato, maior a
velocidade da reação;
• Temperatura: Um aumento na temperatura, geralmente, aumenta a velocidade
das reações;
• Catalisadores: São substâncias químicas capazes de acelerar determinadas
reações sem serem consumidas durante o processo;
• Concentração dos reagentes: Com o aumento da concentração dos reagentes
há um aumento no número de choques efetivos entre suas partículas
constituintes, o que resulta em um aumento da velocidade da reação.
Cálculo da velocidade em uma reação

• O cálculo da velocidade em uma reação química leva em consideração


a concentração de cada um dos participantes e o tempo em que elas
sofrem variações.
A queima do metal sódio é um
exemplo de uma reação
química que se processa de
forma muito rápida.
• A Cinética Química tem como principal objetivo o estudo da velocidade em que uma
determinada reação química processa-se. A partir desse estudo, temos condição de
especificar se uma reação ocorreu de forma rápida ou lenta.
• Ao falarmos de velocidade (v), devemos relembrar que a Física trabalha essa grandeza
por meio da relação entre a variação do espaço (ΔS) e a variação do tempo (Δt):
v = ΔS
     Δt
• Na Química, não avaliamos o espaço que uma reação percorre, já que ela não se desloca
de um lugar para outro. Na verdade, damos ênfase na variação das quantidades de
reagentes e produtos durante uma reação expressa em termos de molaridade
(concentração em mol/L). A variação da concentração é dada pela simbologia Δ[ ].
• Durante uma reação química, os reagentes são consumidos para que os produtos sejam
formados. Por essa razão, podemos calcular a velocidade em que um reagente é
consumido ou a velocidade em que um produto é formado.
Energia de ativação
• A energia de ativação é um fator determinante para a ocorrência de
uma reação química, tendo grande influência ainda na velocidade da
reação.
• Fogos de artifício são um exemplo
de uma reação com baixa energia
de ativação.
• São vários os exemplos de reações químicas que envolvem o cotidiano
do ser humano de uma forma geral, o que torna o estudo sobre elas
fundamental. Um exemplo de uma reação muito importante pra nós é a
combustão da gasolina em veículos automotores, que ocorre de forma a
produzir energia suficiente para que o veículo tenha condição de
locomover-se.
• Uma reação química pode ser processada em velocidades variadas.
Enquanto a reação de formação do diamante é extremamente lenta, por
exemplo, a explosão de fogos de artifícios ocorre de forma instantânea.
• A parte da Química que estuda a velocidade das reações químicas é a
Cinética Química, que se volta de forma mais enfática aos mecanismos
que determinam e influenciam a velocidade de uma reação química,
como a energia de ativação. Todavia, não podemos falar de energia de
ativação sem comentar sobre o contato entre os reagentes e as colisões
favoráveis.
• Contato entre os reagentes: Reagentes em contato entre si;
• Colisões favoráveis: As moléculas dos reagentes devem colidir umas
com as outras de forma que o maior número de átomos delas entre
em contato.
• Segundo a Termoquímica, durante a ocorrência de uma reação, cada
reagente apresenta certa quantidade de energia e, além dessa, ele
também deve entrar em contato com uma energia proveniente do
meio externo.
• A faísca é um exemplo de energia de
Ativação.
• De uma forma bem objetiva, podemos definir a energia de ativação (Eat) como a
energia necessária para a ocorrência de uma reação. Por exemplo, para que a
chama do fogão seja formada, é necessário fornecer uma faísca elétrica para
permitir a ocorrência da reação entre o gás oxigênio e o gás de cozinha.
• A colisão entre as partículas dos reagentes, com orientação favorável e uma
energia de ativação suficiente, sempre resulta em um composto
denominado complexo ativado. O complexo ativado não é o produto, mas sim
um composto intermediário formado entre os reagentes e os produtos. Trata-se
de um composto instável que, após ser originado, decompõe-se e forma os
produtos. A seguir temos uma representação da formação do complexo ativado
do HF a partir da reação entre H2 e F2:
Entalpia
• A entalpia é a energia térmica envolvida em uma reação ou processo
químico.
∆H = Hp – Hr
∆H → Variação de entalpia
Hp → Entalpia dos produtos
Hr → Entalpia dos reagentes
Equilíbrio Químico
O equilíbrio químico é um fenômeno que acontece nas reações
químicas reversíveis entre reagentes e produtos.
Quando uma reação é direta, está transformando reagentes em
produtos. Já quando ela ocorre de maneira inversa, os produtos estão
transformando-se em reagentes.

Para ocorrer um equilíbrio químico é necessário que:


•a temperatura seja constante
•o sistema não tenha trocas com o ambiente
Quando um ponto de equilíbrio é atingido nas reações reversíveis tem-se:
•a velocidade das reações direta e inversa iguais.
•a concentração constante das substâncias presentes na reação.
O equilíbrio químico é medido por duas grandezas: a constante de equilíbrio e o grau de
equilíbrio.
Ele pode ser alterado quando ocorre mudanças de: concentração, temperatura, pressão e
uso de catalisadores.

Reações Químicas Reversíveis


Exemplo de equação química: 
No primeiro membro (antes da seta) aparecem os reagentes, ou seja, as substâncias que
entram na reação.
No segundo membro (depois da seta) estão os produtos, isto é, as substâncias que foram
formadas pela reação.
Em uma reação reversível ela pode ocorrer nos dois sentidos (representado por  ):

Assim, nas reações diretas os reagentes formam produtos (reagentes → produtos). Já nas
reações inversas, os produtos formam reagentes (produtos → reagentes).
• Gráficos de Equilíbrio Químico
• Podemos expressar o equilíbrio químico graficamente utilizando as
variáveis velocidade e concentração (eixo y) em função do tempo
(eixo x).
• O equilíbrio é observado graficamente quando as linhas do gráfico se
tornam horizontais, tanto para velocidade quanto para a
concentração.
• Velocidade x tempo
• Observamos que v1 vai diminuindo à medida que os reagentes se
transformam em produtos. Já v2 aumenta quando os produtos estão
sendo formados.
• Ao atingir o equilíbrio químico, a velocidade das reações direta e inversa
se tornam iguais.
• Concentração x tempo
• Observamos que a concentração dos reagentes é máxima e diminui
porque eles estão sendo transformados em produtos. Já a concentração
dos produtos parte do zero (porque no início da reação só haviam
reagentes) e vai crescendo a medida que estão sendo criados.

• Quando o equilíbrio químico é atingido, a concentração das substâncias


presentes na reação é constante, mas não necessariamente iguais.
Tipos de Equilíbrio Químico

Sistemas homogêneos
São aqueles que os componentes do sistema, reagentes e produtos, encontram-se na mesma fase.

Sistemas gasosos

Soluções

Sistemas heterogêneos
Os componentes da reação, reagentes e produtos, estão em mais de uma fase.
Constante de Equilíbrio (K)
A constante de equilíbrio (Kc) é uma grandeza que caracteriza o equilíbrio químico
levando em consideração os aspectos cinéticos das reações químicas e as soluções em
equilíbrio dinâmico.
No equilíbrio químico, as taxas de reação de um sentido de reação e seu inverso devem
ser iguais.
Sendo assim, foi estabelecido que a constante de equilíbrio é obtida por:

O valor de K varia conforme a temperatura.


Constante de equilíbrio em função da concentração (Kc)

Dada a equação química: 

Expressamos a constante de equilíbrio da seguinte forma:

Sendo que:
•[ ] é a concentração em mol/L
•a, b, c e d são os coeficientes estequiométricos
Observe que quando na reação tivermos algum componente no estado sólido ou um líquido puro, como a
água, as concentrações dessas substâncias não participam do cálculo da constante e são substituídas pelo
número 1.
Constante de equilíbrio em função das pressões parciais (Kp)
É utilizada quando pelo menos um dos participantes da reação está no estado gasoso e as
quantidades são expressas em termos de pressões parciais.

Exemplo: equilíbrio homogêneo (todos os componentes são gases).

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