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Tema

Cinética Química
Turma B/C3

Discente Docente
Juliana Ener Joaquim Dr. Abudo M. Francisco

Quelimane, Junho de 2021


Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3

2. Desenvolvimento....................................................................................................................4

2.1. Abordagem sobre a Cinética Química.................................................................................4

2.2. Factores que influenciam a velocidade das reacções química.............................................4

3. Principais Catalisadores..........................................................................................................7

4. Conclusão................................................................................................................................9

5. Referências bibliográficas.....................................................................................................10
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1. Introdução
O presente trabalho de química aborda sobre a cinética química, ciência esta que é a área da
físico-química que estuda a velocidade das reacções químicas e os fautores que a influenciam.
Cinética química inclui investigações de como diferentes condições experimentais podem
influir a velocidade de uma reacção química e informações de rendimento sobre o mecanismo
de reacção e estados de transição, assim como a construção de modelos matemáticos que
possam descrever as características de uma reacção química.

A velocidade da relação recebe geralmente o nome de taxa de reacção. A taxa de reacção está
relacionada com: as concentrações dos reagentes e seu estado particular (estado físico, estado
nascente dos gases, estado cristalino ou amorfo dos sólidos), o fato dos reagentes estarem ou
não em solução (neste caso a natureza do solvente irá influir na velocidade da reacção), a
temperatura, a electricidade, a luz, a pressão, a presença de catalisadores e dos produtos de
reacção.
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2. Desenvolvimento
2.1. Abordagem sobre a Cinética Química
A cinética química estuda a velocidade das reacções e os factores que a influenciam, bem
como a possibilidade de controlá-la, tornando a reacção mais rápida ou mais lenta. Existem
reacções em nosso quotidiano que são extremamente rápidas, como a explosão da
nitroglicerina. Já outras são muito lentas, como a reacção entre o gás hidrogénio e o oxigénio
para a formação de água. Em virtude dessas diferenças de velocidade das reacções, podemos
expressar o tempo em que elas ocorrem com unidades convenientes em cada caso.

Por exemplo, quando falamos do tempo que leva para se formar o petróleo, essa reacção é tão
lenta que usamos “anos” ou alguns de seus múltiplos, como “século” ou “milénio”. No
entanto, para calcular a velocidade da explosão de certa quantidade de pólvora, uma unidade
mais apropriada seria “segundos” ou alguns de seus submúltiplos, como o “micros segundo”.

Baseado na velocidade das reacções, temos três categorias para elas: rápidas ou instantâneas,
moderadas e lentas. É importante estudar as velocidades com que as reacções ocorrem para
poder interferir nelas quando necessário. Nas indústrias, isso ocorre muito, pois é interessante
acelerar reacções que ocorrem muito lentamente. Já em outros casos, como em reacções que
trazem algum dano ao meio ambiente e/ou ao ser humano, é importante retardá-las o máximo
possível.

No quotidiano também fazemos isso, quando colocamos alimentos na geladeira para diminuir
a velocidade de sua decomposição ou quando colocamos o feijão em uma panela de pressão
para aumentar a velocidade de seu cozimento.

2.2. Factores que influenciam a velocidade das reacções química


O campo que estuda os factores que influenciam na velocidade das reacções químicas e os
mecanismos por meio dos quais eles se processam é a Cinética Química. Os principais
factores que alteram a velocidade das reacções são a superfície de contacto, a temperatura, a
concentração dos reagentes e o uso de catalisadores, temos:

 Estado físico
O estado físico (sólido, líquido, ou gasoso) de um reagente é também um importante factor da
taxa de reacção. Quando reagentes estão na mesma fase, como em solução aquosa, o
movimento térmico os coloca rapidamente em contacto. Entretanto, quando eles estão em
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diferentes fases, a reacção é limitada a interface entre os reagentes. A reacção somente pode
ocorrer na área de contacto, no caso de um líquido ou gás, na superfície de um líquido.

Agitação vigorosa e/ou turbilhonamento podem ser necessários para conduzir a reacção a
realizar-se completamente. Isto significa que quanto mais finamente dividido um sólido ou
líquido reagente é, a sua maior área de superfície, tornará mais rápida a reacção (o que é
analisado mais detalhadamente em Superfície de contacto, abaixo). Em química
orgânica existe a excepção que reacções homogéneas (no mesmo meio e fase) podem ocorrer
mais rapidamente que reacções heterogéneas.

 Superfície de contacto
Quanto maior a superfície de contacto, maior é a velocidade da reacção. Isso ocorre porque as
relações acontecem entre as moléculas que ficam nas superfícies dos reagentes. Elas realizam
colisões que, se forem efectivas (com orientação correcta e com a quantidade de energia
necessária), resultarão na quebra das antigas ligações e formação de novas ligações, ou seja, a
reacção química ocorrerá.

Portanto, quanto maior for a superfície de contacto, mais moléculas estarão em contacto umas
com as outras, maior será a probabilidade de ocorrerem choques efectivo e mais rápida será a
reacção. Um exemplo que confirma isso é se você colocar para reagir com a mesma
quantidade de água um comprimido efervescente inteiro e um triturado. Qual terminará de
reagir mais rápido? A resposta é o comprimido triturado, pois a sua superfície de contacto é
bem maior que a do comprimido compacto.

 Temperatura
Quanto maior a temperatura, maior será a velocidade da reacção. Isso acontece porque, com o
aumento da temperatura, a energia cinética das moléculas das substâncias reagentes aumenta,
ou seja, elas movimentam-se em uma maior velocidade, o que aumenta a quantidade de
choques efectivos que resultam em uma reacção mais rápida.

Além disso, como a energia das moléculas aumenta, isso propicia que elas tenham a energia
suficiente para reagir, que é chamada de energia de activação. Por exemplo, quando ocorre
um incêndio em uma floresta, que é um meio onde a perda de calor é pequena, a reacção
libera calor para o meio. Com isso, a temperatura do ambiente aumenta e isso faz com que a
relação de combustão ocorra ainda mais rapidamente.
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 Concentração
Quanto maior a concentração dos reagentes, maior é a velocidade da reacção. Quando
aumentamos a concentração dos reagentes, aumentamos o número de moléculas ou partículas
reagentes por unidade de volume e, consequentemente, o número de colisões entre elas
aumenta, resultando em uma maior velocidade da reacção. Um exemplo é a combustão do
carvão.

Se colocarmos um pedaço de carvão em brasa dentro de um frasco com oxigénio puro, a


relação ocorrerá com uma velocidade muito maior. Isso porque a concentração de um dos
reagentes da combustão (o oxigénio) aumentou. Antes, o oxigénio era o presente no ar, que
está em uma proporção de cerca de 20%. Dentro do frasco, porém, essa proporção vai para
100%.

 Catalisadores
São substâncias que aumentam a velocidade de determinadas reacções sem participar delas,
ou seja, sem serem consumidas durante a reacção. Por exemplo, a água oxigenada decompõe-
se com o tempo, mas quando ela é colocada em constato com o sangue de um machucado,
essa relação ocorre com uma velocidade muito maior, o que é visto por meio da formação de
bolhas.

Os catalisadores conseguem aumentar a velocidade das reacções porque eles actuam mudando
o mecanismo da reacção por diminuir a energia de activação da reacção. Assim, com uma
quantidade de energia de activação menor, fica mais fácil para as partículas reagentes
atingirem essa energia e reagirem.

Existem outros factores que podem interferir em reacções específicas. Alguns exemplos são:
luz, electricidade, pressão (no caso de sistemas gasosos) e natureza dos reagentes (quanto
maior o número de ligações dos reagentes que precisam ser rompidas e quanto mais fortes
elas forem, mais demorada será a reacção).

 Presença de um inibidor

Os inibidores são substâncias que tem um papel oposto ao dos catalisadores, actua diminuindo
a velocidade das reacções por aumentar a energia de activação necessária. Também é
conhecido como veneno do catalisador, anticatalisador ou catalisador negativo.
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 Concentração dos reagentes


As reacções químicas resultam do choque eficaz entre os corpúsculos dos reagentes para se
formarem os produtos da relação. Ao aumentar a concentração, aumenta-se o nº de
corpúsculos e consequentemente a probabilidade dos choques eficazes, traduzindo-se isso em
uma maior velocidade.

 Pressão
Um aumento de pressão em um sistema aumenta o número de colisões entre as moléculas que
o compõe, o que possibilitará um maior número de colisões efectivas entre as partículas.
Nota-se que a pressão só exerce influência significativa na taxa de reacção quando houver ao
menos uma substância gasosa como reagente.

3. Principais Catalisadores
Basicamente, a catálise pode ser classificada em:

 Enzimas
Catalisadores biológicos, que aceleram importantes reacções do metabolismo de seres vivos.
Um exemplo de enzima é a ptialina (ou amilase salivar) presente na saliva, que catalisa a
hidrólise de moléculas de amido. Certos produtos de limpeza também contêm enzimas que
facilitam a quebra de moléculas de substâncias responsáveis pelas manchas em tecidos.

 Metais
Principalmente os metais de transição, como platina (Pt), cobalto (Co), níquel (Ni), paládio
(Pd), entre outros.

 Ácidos
Os íons H+ são catalisadores de diversas reacções na Química Orgânica, como, por exemplo, a
reacção de sacarose com água, que produz moléculas de glicose e frutose.

 Bases
As hidroxilas também agem como catalisadores.

 Óxidos metálicos
Como, por exemplo, Al2O3, C2O3, V2O5, etc. A catálise é uma alternativa bastante viável à
indústria química. Pequenas quantidades de catalisadores podem ser utilizadas várias vezes, o
que torna o processo mais barato. A fabricação de plástico e de produtos de borracha são
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exemplos de processo nos quais são utilizados catalisadores. Outro bom exemplo de reacção
catalítica é a que ocorre com a camada de ozónio. A destruição da camada de ozónio é
causada por reacções catalisadas por compostos orgânicos fluorados (clorofluorcarbonos ou
CFC), presentes em sprays, geladeiras e ar condicionado.
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4. Conclusão
Concluindo, percebeu claramente que a Cinética Química é o ramo da Físico-química que
estuda a velocidade em que uma reacção química ocorre. Uma das formas que a Cinética
Química utiliza para calcular a velocidade de qualquer participante de uma reacção.

Portanto, esses factores determinantes dependem ainda de outros factores acessórios, que
estão relacionados directamente com a velocidade em que a reacção é processada. Assim,
esses factores acessórios é que determinam se uma certa reacção química será rápida, lenta ou
instantânea.  
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5. Referências bibliográficas
Feltre, Ricardo. Química volume 2. São Paulo: Moderna, 2005.

Usberco, João, Salvador, Edgar. Química volume único. São Paulo: Saraiva, 2002.

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