Você está na página 1de 14

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO MARANHÃO – CAMPUS BARRA


DO CORDA

CURSO: TÉCNICO EM QUÍMICA

TURMA: QUÍMICA 2

DISCIPLINA: FÍSICO – QUÍMICA EXPERIMENTAL

PROFESSOR: VÍTOR ALEXANDRE NUNES DE


CARVALHO

CINÉTICA QUÍMICA

Barra do Corda - MA

2023
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO – CAMPUS BARRA DO CORDA

CINÉTICA QUÍMICA

Cecília Cristina Costa Silva

Gabriel Angelo Freitas Da Silva

Gianna Maria De Almeida Nascimento

Israel Feitosa Do Nascimento

Juliana Yasmin Dias Da Paz

Luana Da Silva De Sousa

Mariana Rodrigues Dos Santos

Neyely Da Silva Conceição

Wiliam Lucas Costa Soares

Barra do Corda - MA

2023
RESUMO

A cinética química é o ramo da química que estuda a velocidade das reações químicas, que
busca compreender como as substâncias reagem entre si e como diferentes fatores, afetam a
rapidez com que essas reações ocorrem. Na prática executada, foi utilizado dois comprimidos
efervescentes, depois de pesados, foi acrescentado 100mL de água ao Erlenmeyer e introduzido
um comprimido inteiro, seu tempo de dissolução foi 02 minutos e 07 segundos. Em seguida,
foi acrescentado 100mL de água ao Erlenmeyer e introduzido um comprimido triturado, seu
tempo de dissolução foi de 04 minutos e 46 segundos. Posteriormente, um volume superior a
100mL de água foi aquecido e introduzido uma parte do comprimido, observou-se que a
temperatura estava de 61°C e sua dissolução correspondeu a 02 minutos e 25 segundos,
sucessivamente, foi introduzido outra parte do comprimido em 100mL de água gelada,
observou-se que a temperatura estava de 9° e sua dissolução correspondeu a 3 minutos e 53
segundos.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3

1.1 VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO ............................................................................ 3

1.2 TEORIA DAS COLISÕES ........................................................................................... 4

1.3 ENERGIA DE ATIVAÇÃO .......................................................................................... 4

1.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES ..................... 4

2. OBJETIVO ....................................................................................................................... 6

2.1 GERAL ........................................................................................................................ 6

2.2 ESPECÍFICO ............................................................................................................... 6

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .......................................................................... 7

3.1 MATÉRIAS E REAGENTES ....................................................................................... 7

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ......................................................................... 7

3.2.1 Parte I: Influência da superfície de contato ........................................................ 7

3.2.2 Parte II: Influência da temperatura .................................................................... 7

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................... 9

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 12


1. INTRODUÇÃO

A cinética química é o estudo da velocidade das reações químicas, dos fatores que a influenciam
e dos mecanismos pelos quais as substâncias reagem entre si para formar novos produtos.

1.1 VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO

O que determina a rapidez com que ocorre uma reação química é o tempo em que os
reagentes são consumidos para formar produtos. Assim, a velocidade de uma reação pode ser
representada tanto pelo consumo de um reagente, quanto pela geração de um produto. Antes de
acontecer a reação química, temos quantidade máxima de reagentes e nenhum produto. Quando
um dos reagentes é totalmente consumido, formam-se os produtos e a reação termina. [1]

A velocidade de uma reação é a variação da concentração dos reagentes pela variação de


uma unidade de tempo. As velocidades das reações químicas geralmente são expressas em
molaridade por segundo (M/s). [2]

A velocidade média de formação de um produto de uma reação é dado por:

ΔS
Vm=
Δ𝑡

As reações químicas diferem na velocidade em que acontecem. Elas podem ser rápidas,
moderadas ou lentas:

 Reações rápidas: ocorrem instantaneamente, com duração de microssegundos.


Um exemplo é a queima do gás de cozinha. [1]

 Reações moderadas: levam de minutos a horas para serem finalizadas. Um


exemplo é a queima do papel. [1]

 Reações lentas podem durar séculos, porque os reagentes combinam-se


lentamente. Um exemplo é a formação do petróleo. [1]

3
1.2 TEORIA DAS COLISÕES

A teoria das colisões é aplicada para reações gasosas. Ela determina que para a reação
química acontecer os reagentes devem estar em contato, através de colisões. Entretanto, apenas
isso não garante que a reação ocorra. Também é preciso que as colisões sejam efetivas
(orientadas). Isso garantirá que as moléculas adquiram energia suficiente, a energia de ativação.
[1]

1.3 ENERGIA DE ATIVAÇÃO

A energia de ativação (Ea) é a energia mínima necessária para que a formação do complexo
ativado e efetiva realização da reação. O complexo ativado é um estado transitório da reação,
entre os reagentes, enquanto os produtos finais ainda não foram formados. [1] Observa-se na
imagem abaixo a formação de energia de ativação:

Fonte: toda matéria.

[1]
As reações mais rápidas são aquelas que apresentam a menor energia de ativação.

1.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Os principais fatores que afetam a velocidade das reações são:

 Concentração de Reagente: Quando a concentração dos reagentes aumenta, a


frequência de choques entre as moléculas também aumenta, acelerando a reação.
Quanto maior a concentração dos reagentes, maior a velocidade da reação. [1]

 Superfície de contato: Essa condição afeta apenas reações entre sólidos. A


superfície de contato é a área de um reagente que fica exposta aos demais

4
reagentes. Como as reações precisam de contato entre os reagentes, concluímos
que: Quanto maior a superfície de contato, maior a velocidade da reação. [1]

 Pressão: Essa condição afeta apenas reações com gases. Com o aumento da
pressão, o espaço entre as moléculas diminui, fazendo com que tenham mais
colisões, aumentando a velocidade da reação. Quanto maior a pressão, maior a
velocidade da reação. [1]

 Temperatura: Temperatura é uma medida de energia cinética, que corresponde


ao grau de agitação das partículas. Quando a temperatura é alta, as moléculas
estão mais agitadas, aumentando a velocidade da reação. Quanto maior a
temperatura, maior a velocidade da reação. [1]

 Catalisadores: O catalisador é uma substância capaz de acelerar uma reação


química, sem ser consumido ao final da reação. As enzimas são catalisadores
[1]
biológicos. A presença de um catalisador aumenta a velocidade da reação.

5
2. OBJETIVO

2.1 GERAL

Determinar a velocidade de reações químicas, avaliando os fatores que influenciam nas


velocidades.

2.2 ESPECÍFICO

 Dividir dois comprimidos aproximadamente em partes iguais, pesar ambas as partes,


selecionar a parte que possui maior massa e triturar com gral e pistilo.
 Acrescentar 100 ml de água ao Erlenmeyer e introduzir a parte inteira do comprimido.
Acrescentar 100 ml de água ao Erlenmeyer e introduzir o comprimido triturado. Em
seguida, medir o tempo de dissolução de ambas as partes.
 Aquecer até a fervura um volume de água superior a 100 ml, logo após, acrescentar 100
ml de água quente ao Erlenmeyer, introduzindo um dos comprimidos para medir o
tempo da dissolução resultante da reação química acontecendo.

6
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATÉRIAS E REAGENTES

 Béquer;

 Erlenmeyer;

 Termômetro;

 Proveta;

 Três comprimidos efervescentes;

 Gral e pistilo.

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.2.1 Parte I: Influência da superfície de contato

1. Dividiu-se dois comprimidos em partes aproximadamente iguais;

2. Foi pesado a parte 1 e a parte 2 do comprimido;

3. Selecionou-se a parte que possuir maior massa e triturou-a utilizando um gral e pistilo.
Em seguida, pesou-se a massa do pó equivalente à mesma quantidade em gramas da
parte que foi deixada inteira (menor peso);

4. Acrescentou-se 100mL de água ao Erlenmeyer e introduziu a parte do comprimido


inteira. Em seguida, médio o tempo de dissolução resultante na reação química que
ocorreu;

5. Adicionou-se 100mL de água ao Erlenmeyer e introduziu o comprimido triturado. Em


seguida, mediu-se o tempo de dissolução resultante da reação química.

6. Calculou-se a velocidade média do consumo total do reagente em cada um dos casos.

3.2.2 Parte II: Influência da temperatura

1. Pesou-se cada um dos dois comprimidos restantes. Observou-se a massa próxima e


anotou a massa de cada um dos componentes.

7
2. Aqueceu-se um volume de água superior a 100mL até a fervura. Em seguida,
acrescentou-se 100mL de água quente ao Erlenmeyer e acrescentou-se um dos
comprimidos. Mediu-se o tempo de dissolução resultante da reação química.

3. Acrescentou-se 100mL de água gelada ao Erlenmeyer e introduziu o outro comprimido.


Em seguida, mediu-se o tempo de dissolução resultante da reação química.

4. Calculou-se a velocidade média do consumo do reagente em cada um dos casos.

8
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Parte I: Influência da superfície de contato

1) Dissolução do comprimido inteiro


Acrescentou-se 100mL de água a um Erlenmeyer e introduziu-se a parte do comprimido
inteira, de massa 2g. O tempo de dissolução (t1) da reação química foi de 02 minutos e 07
segundos.
2) Dissolução do comprimido triturado
Adicionou-se 100mL de água a um Erlenmeyer e introduziu-se o comprimido triturado, de
mesma massa da parte inteira. O tempo de dissolução (t 2) da reação química foi de 47 segundos.

A partir das duas dissoluções acima, pode-se levantar a discussão dos fatores que levaram
a uma maior velocidade de reação no item 2. Isso pode ser explicado pela Cinética Química, a
qual constata que a superfície de contato influencia na velocidade de uma reação. Ou seja, o
comprimido inteiro possuía uma menor área de superfície – que entrasse em contato com a água
– do que o comprimido triturado, o qual abrange uma maior área. Assim, o comprimido triturado
se dissolveu mais rápido, pois o número de colisões efetivas, presentes na reação, foram maiores
do que na dissolução do comprimido inteiro.

3) Cálculo da velocidade média


As equações 1 e 2 demonstram o cálculo da velocidade média de consumo em cada um dos
casos acima.
(Eq. 1) Dissolução do comprimido inteiro:

∆[ ] 2𝑔 2𝑔
𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 = ∴ 0,0157𝑔/𝑠
∆𝑡 2𝑚𝑖𝑛7 127𝑠

(Eq. 2) Dissolução do comprimido triturado

∆[ ] 2𝑔
𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 = ∴ 0,0426 𝑔/𝑠
∆𝑡 47𝑠

9
Parte II: Influência da temperatura

1) Dissolução do comprimido em água quente


Pesou-se um comprimido inteiro, de massa 3,991, adicionou-se ele em um Erlenmeyer
contendo 100mL de água quente; a mesma havia sido esquentada na placa de aquecimento, e a
temperatura era de 61°C. O tempo de dissolução do comprimido foi 2 minutos e dois segundos.

2) Dissolução do comprimido em água gelada


No segundo caso, adicionou-se outro comprimido inteiro, desta vez em água gelada, com
temperatura de 9°C. O tempo de dissolução foi maior, com 3 minutos e 53 segundos.

A discussão do tempo de dissolução nos dois casos também é questionável aqui, que
também pode ser explicado pela Cinética Química. Isso porque, a temperatura também é um
fator que influenciar na velocidade da reação: quanto maior a temperatura, maior é a velocidade
da reação. Com o aumento da temperatura, as moléculas ficam mais agitadas, o que aumento o
número de colisões efetivas. Por isso o comprimido adicionado à água quente dissolveu-se mais
rapidamente.

3) Cálculo da velocidade média


As equações 3 e 4 demonstram o cálculo da velocidade média de consumo em cada um dos
casos acima.

(Eq. 3) - Dissolução do comprimido em água quente:

∆[ ] 3,991𝑔 3,991𝑔
𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 ≅ 0,03326𝑔/𝑠
∆𝑡 2𝑚𝑖𝑛2𝑠 122𝑠

(Eq. 4) - Dissolução do comprimido em água gelada:

∆[ ] 3,991𝑔 3,991𝑔
𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 = ∴ 𝑉𝑚 ≅ 0,0171𝑔/𝑠
∆𝑡 3𝑚𝑖𝑛53𝑠 233𝑠

10
5. CONCLUSÃO

Diante das evidências coletadas, é possível afirmar que, na primeira parte a dissolução
do comprimido inteiro em comparação com comprimido triturado mostrou que uma área
superficial maior resulta em uma taxa de reação mais rápida, tal processo evidenciado por uma
taxa de dissolução mais elevada do comprimido triturado versus o comprimido inteiro.
Contudo, a segunda parte ostentou que a dissolução do comprimido em água quente e fria
mostrou que a temperatura exerce um papel crucial na velocidade da reação. Portanto, o
comprimido dissolveu-se mais rapidamente em água quente em virtude do aumento da mistura
de moléculas devido ao aumento da temperatura. É portanto compreensível que o estudo da
cinética seja fundamental para muitos aspectos da química

11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]: BATISTA, Carolina. Cinética Química: velocidade, influência de fatores e exercícios.


Todamateria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cinetica-quimica/. Acesso em:
17 de out. de 2023.

[2]: MIRANDA, Eduardo Faia. Cinética Química e a Velocidade das Reações Químicas.
Coladaweb. Disponível em: https://www.coladaweb.com/quimica/fisico-quimica/cinetica-
quimica. Acesso em: 17 de out. de 2023.

[3]: FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Fatores que influenciam a velocidade das reações.
ManualdaQuimica. Disponível em: https://www.manualdaquimica.com/fisico-
quimica/fatores-que-influenciam-velocidade-das-reacoes.htm. Acesso em: 17 de out. de 2023.

12

Você também pode gostar