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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 12653
Terceira edição
23.07.2014

Válida a partir de
23.08.2014
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Versão corrigida
25.03.2015

Materiais pozolânicos — Requisitos


Pozzolanic materials — Requirements

ICS 91.100.30 ISBN 978-85-07-05045-2

Número de referência
ABNT NBR 12653:2014

© ABNT 2014
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Designação e classificação................................................................................................3
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4.1 Designação..........................................................................................................................3
4.2 Classificação.......................................................................................................................3
4.2.1 Classe N...............................................................................................................................3
4.2.2 Classe C...............................................................................................................................3
4.2.3 Classe E...............................................................................................................................3
5 Requisitos químicos e físico-mecânicos..........................................................................3
5.1 Requisitos químicos...........................................................................................................3
5.2 Requisitos físicos................................................................................................................4
5.3 Embalagem e marcação.....................................................................................................4
5.4 Armazenamento..................................................................................................................4
6 Composição química e prazo de validade........................................................................4
7 Inspeção...............................................................................................................................5
8 Aceitação e rejeição............................................................................................................5
Anexo A (informativo) Influência dos materiais pozolânicos nas propriedades dos compósitos
concreto, argamassa e pasta.............................................................................................6

Tabelas
Tabela 1 – Requisitos químicos..........................................................................................................3
Tabela 2 – Requisitos físicos...............................................................................................................4

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR 12653 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-18), pela Comissão de Estudo de Cimento, Materias Primas e Adições (CE-18:100.01).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 01.04.2014 a 30.05.2014, com o
número de Projeto ABNT NBR 12653.

Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 12653:2012), a qual foi tecnica-
mente revisada.

Esta versão corrigida da ABNT NBR 12653:2014 incorpora a Errata 1 de 25.03.2015.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the requirements for pozzolanic materials for use as addittion to concrete,
mortar and paste. This standard does not apply to silica fume and metakaolin as well as to pozzolanic
materials for the manufacture of Portland cement.

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Materiais pozolânicos — Requisitos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para materiais pozolânicos destinados ao uso com cimento
Portland em concreto, argamassa e pasta. Esta Norma não se aplica a sílica ativa e metacaulim
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e também a materiais pozolânicos empregados como adição durante a fabricação do cimento Portland.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova

ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos

ABNT NBR 5751, Materiais pozolânicos – Determinação da atividade pozolânica – Índice de atividade
pozolânica com cal

ABNT NBR 5752, Materiais pozolânicos – Determinação do índice de desempenho com cimento
Portland aos 28 dias

ABNT NBR 7215, Cimento Portland – Determinação da resistência à compressão

ABNT NBR 9778, Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da absorção de água, índice
de vazios e massa específica

ABNT NBR 9779, Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da absorção de água por
capilaridade – Método de ensaio

ABNT NBR 12650, Materiais pozolânicos – Determinação da variação da retração por secagem devido
à utilização de materiais pozolânicos – Método de ensaio

ABNT NBR 12821, Preparação de concreto em laboratório – Procedimento

ABNT NBR 13583, Cimento Portland – Determinação da variação dimensional de barras de argamassa
de cimento Portland expostas à solução de sulfato de sódio – Método de ensaio

ABNT NBR 15577-1, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 1: Guia para avaliação
da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto

ABNT NBR 15894-3, Metacaulim para uso com cimento Portland em concreto, argamassa e pasta –
Parte 3: Determinação da finura por meio da peneira 45 μm

ABNT NBR NM 16, Cimento Portland – Análise química – Determinação de anidrido sulfúrico

ABNT NBR NM 18, Cimento Portland – Análise química – Determinação de perda ao fogo

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ABNT NBR NM 22, Cimento Portland com adições de materiais pozolânicos – Análise química –
Método de arbitragem

ABNT NBR NM 24, Materiais pozolânicos – Determinação do teor de umidade

ABNT NBR NM 25, Materiais pozolânicos – Determinação do teor de álcalis disponíveis

ASTM C 1202, Test method for electrical indication of concrete’s ability to resist chloride ion Penetration
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ASTM D 5373, Test methods for determination of carbon, hydrogen analysis and nitrogen in analysis
samples of coal and coke

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
atividade pozolânica
capacidade de determinado material de reagir com o hidróxido de cálcio em presença de água
e formar compostos com propriedades cimentícias

3.2
materiais pozolânicos
materiais silicosos ou silicoaluminosos que, sozinhos, possuem pouca ou nenhuma propriedade
ligante mas que, quando finamente divididos e na presença da água, reagem com o hidróxido
de cálcio à temperatura ambiente, formando compostos com propriedades ligantes

3.3
pozolanas naturais
materiais de origem vulcânica, geralmente de caráter petrográfico ácido (maior que 65 % de SiO2)
ou de origem sedimentar, com atividade pozolânica

3.4
pozolanas artificiais
materiais provenientes de tratamento térmico ou subprodutos industriais, com atividade pozolânica

3.5
argilas calcinadas
materiais provenientes de calcinação de certas argilas submetidas a temperaturas, em geral, entre
500 °C e 900 °C, com atividade pozolânica

3.6
cinzas volantes
resíduos que resultam da combustão de carvão mineral pulverizado ou granulado, com atividade
pozolânica

3.7
outros materiais
materiais que não estão contemplados nas definições em 3.3 a 3.6, mas que apresentam atividade
pozolânica

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4 Designação e classificação
4.1 Designação

O produto objeto desta Norma é designado de material pozolânico e possui a sigla MATPOZ. Essa
denominação deve estar estampada nos sacos ou nas embalagens e descrita na documentação que
acompanha o despacho do produto.
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4.2 Classificação

4.2.1 Classe N

Pozolanas naturais e artificiais que obedeçam aos requisitos desta Norma, como certos materiais
vulcânicos de caráter petrográfico ácido, cherts silicosos, terras diatomáceas e argilas calcinadas.

4.2.2 Classe C

Cinzas volantes produzidas pela queima de carvão mineral em usinas termoelétricas, que obedeçam
aos requisitos desta Norma.

4.2.3 Classe E

Quaisquer pozolanas, não contempladas nas classes N e C, que obedeçam aos requisitos desta
Norma.

5 Requisitos químicos e físico-mecânicos


5.1 Requisitos químicos

Os materiais pozolânicos devem estar em conformidade com os requisitos químicos estabelecidos


na Tabela 1.

Tabela 1 – Requisitos químicos


Valores em porcentagem (%)

Classe de material
Propriedades pozolânico Método de ensaio(*)
N C E
SiO2 + Al2O3 + Fe2O3 ≥ 70 ≥ 70 ≥ 50 ABNT NBR NM 22
SO3 ≤4 ≤5 ≤5 ABNT NBR NM 16
Teor de umidade ≤3 ≤3 ≤3 ABNT NBR NM 24
Perda ao fogo ≤ 10 ≤6 ≤6 ABNT NBR NM 18
Álcalis disponíveis em Na2O ≤ 1,5 ≤ 1,5 ≤ 1,5 ABNT NBR NM 25
(*) Os métodos de ensaios devem ser adaptados, substituindo-se o cimento Portland pelo material pozolânico.

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5.2 Requisitos físicos


Os materiais pozolânicos devem estar em conformidade com os requisitos estabelecidos na Tabela 2.

Tabela 2 – Requisitos físicos


Classe de material
Propriedade pozolânico Método de ensaio
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N C E
Material retido na peneira 45 µm < 20 % < 20 % < 20 % ABNT NBR 15894-3(*)
Índice de desempenho com cimento
Portland aos 28 dias, em relação ≥ 90 % ≥ 90 % ≥ 90 % ABNT NBR 5752
ao controle
Atividade pozolânica com cal aos sete dias ≥ 6 MPa ≥ 6 MPa ≥ 6 MPa ABNT NBR 5751
(*) Esse método de ensaio deve ser adaptado, substituindo-se o metacaulim pelo material pozolânico.
Alternativamente, o método prescrito pela ABNT NBR 12826 pode ser utilizado desde que o material pozolânico
retido na peneira de ensaio não apresente visualmente aglomeração de partículas..

5.3 Embalagem e marcação


O material pozolânico pode ser entregue em sacos, big-bags, tambores, contêineres ou caminhões
graneleiros. Quando o material pozolânico é entregue em caminhões graneleiros, estes devem ser
lacrados em seguida à operação de enchimento. As tolerâncias individuais admissíveis para a massa
líquida devem atender à legislação vigente. A embalagem do material pozolânico ou a documentação
de despacho no caso de entrega a granel devem ter impressas, de forma visível, as seguintes
informações, além das eventuais disposições legais vigentes:

a) designação normalizada – Material Pozolânico;

b) classe, sigla MATPOZ, marca do produto e razão social do fabricante;

c) massa líquida do produto, expressa em quilogramas (kg) ou toneladas (t);

d) referência a esta Norma;

e) cuidados necessários para o manuseio do produto;

f) informações sobre a composição química, data de fabricação, prazo de validade e condições


de empilhamento e armazenamento do produto.

5.4 Armazenamento
O material pozolânico deve permanecer em locais secos e protegidos das intempéries, para preservação
da qualidade e de forma que seja permitido fácil acesso à inspeção e à identificação de cada lote.

Quando armazenados em sacos, as pilhas devem ser colocadas sobre estrados secos, com
um mínimo de 10 cm de altura do solo e sem contato com as paredes do local de armazenamento.
O empilhamento máximo deve ser conforme a orientação do fabricante.

6 Composição química e prazo de validade


A composição química declarada pode ser qualitativa e o prazo de validade é indeterminado, desde
que mantidas as condições de armazenamento descritas em 5.4.

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7 Inspeção
Devem ser dadas ao consumidor todas as facilidades para uma cuidadosa inspeção e amostragem
do material pozolânico a ser entregue.

Considera-se um lote a quantidade máxima de 100 t, referente ao material pozolânico oriundo


de um mesmo fornecedor, entregue na mesma data e mantida nas mesmas condições
de armazenamento.
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Para efeito do controle de recebimento, deve ser retirada de cada lote uma amostra dividida em duas
embalagens de pelo menos 5 kg cada, identificadas e acondicionadas hermeticamente, de tal forma
que as características do produto não sejam modificadas.

O conteúdo de uma embalagem deve ser utilizado para a realização dos ensaios prescritos nesta
Norma. A outra embalagem deve ser reservada como contraprova para eventual comprovação dos
resultados.

O prazo decorrido entre a coleta da amostra e o início da realização dos ensaios no laboratório deve
ser de no máximo de 30 dias, respeitadas as condições de armazenamento do produto.

8 Aceitação e rejeição
O lote é automaticamente aceito sempre que forem cumpridos os requisitos desta Norma e deve ser
rejeitado no caso contrário.

Quando os resultados dos ensaios não atenderem os requisitos químicos e físicos constantes nesta
Norma, o impasse deve ser resolvido por meio da utilização da contraprova reservada para a repetição
dos ensaios, que devem ser efetuados em laboratório escolhido por consenso entre as partes.

No caso de serem realizados ensaios na amostra de contraprova, o lote deve ser aceito se os resultados
comprovarem o cumprimento dos requisitos desta Norma.

As embalagens que não atenderem às tolerâncias de massa líquida exigidas pela legislação vigente
devem ser rejeitadas.

Independentemente das exigências anteriores, não devem ser aceitos os produtos entregues
em embalagens violadas ou avariadas.

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Anexo A
(informativo)

Influência dos materiais pozolânicos nas propriedades dos compósitos


concreto, argamassa e pasta
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Os materiais pozolânicos que atendem aos requisitos desta Norma, pela sua interação física e química
com o cimento Portland, modificam a reologia dos concretos, argamassas e pastas, no estado fresco
e conferem propriedades especiais relacionadas à durabilidade e ao desempenho mecânico no estado
endurecido.

Os materiais pozolânicos reagem com o Ca(OH)2 proveniente da hidratação do cimento Portland,


formando silicato de cálcio hidratado (C-S-H) adicional. Sua adição aos concretos, argamassas
e pastas, em relação a uma referência, sem uso desses materiais e em igualdade de condições, via
de regra, concorrem para:

—— aumento da resistência à compressão e à flexão, a idades avançadas, apesar de uma diminuição


nas primeiras idades;

—— redução da porosidade e permeabilidade;

—— aumento da resistência a sulfatos;

—— aumento da resistência à difusibilidade de íons cloreto;

—— mitigação da reação álcali-agregado;

—— redução da ocorrência de eflorescências;

—— aumento da resistividade elétrica.

As propriedades no estado fresco e endurecido de concretos, argamassas e pastas, conferidas pelos


materiais pozolânicos, quando comparadas às propriedades desses produtos sem a sua presença,
dependem do tipo e desempenho do material utilizado, do teor adicionado em relação à massa
de cimento Portland, do proporcionamento dos materiais (traço), incluindo os aditivos, do tipo
de preparo, lançamento, adensamento, condições de cura e outros.

Atenção deve ser dada ao lento desenvolvimento da resistência inicial desse material e ao aumento
da retração por secagem do compósito com ele preparado. Igualmente, deve-se atentar para o fato
de que alguns materiais pozolânicos, como por exemplo, cinzas de resíduos vegetais, podem conter
quantidade suficiente de materiais carbonosos que podem afetar esteticamente o concreto ou interferir
na eficiência de aditivos incorporadores de ar, entre outros aspectos.

Sugere-se a realização de ensaios laboratoriais relacionados à tecnologia do concreto, argamassa


e pasta para otimização do teor a ser adicionado, visando atender aos requisitos das Normas Brasileiras
e às necessidades específicas de projeto. Alguns métodos de ensaio recomendados são:

ABNT NBR 5738, ABNT NBR 5739, ABNT NBR 7215, ABNT NBR 9778, ABNT NBR 9779,
ABNT NBR 12821, ABNT NBR 13583, ABNT NBR 15577-1, ASTM C 1202, ABNT NBR 12650
e a ASTM D 5373

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