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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16606

Segunda edição
13.12.2018
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Cimento Portland — Determinação da pasta de

consistência normal
Portland cement — Determination of the normal consistency paste

ICS 91.100.10 ISBN 978-85-07-07830-2

Número de referência
ABNT NBR 16606:2018
8 páginas

© ABNT 2018
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termo e definição................................................................................................................1
4 Reagente..............................................................................................................................1
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5 Aparelhagem........................................................................................................................1
5.1 Balança.................................................................................................................................1
5.2 Misturador............................................................................................................................1
5.3 Espátulas.............................................................................................................................3
5.3.1 Espátula de borracha..........................................................................................................3
5.3.2 Espátula metálica................................................................................................................3
5.4 Régua metálica....................................................................................................................3
5.5 Molde (G) (Figuras 2 e 3).....................................................................................................3
5.6 Aparelho de Vicat (Figuras 2 e 3)........................................................................................3
5.7 Cronômetro..........................................................................................................................6
6 Condições ambientais........................................................................................................6
7 Procedimento......................................................................................................................6
7.1 Preparação do aparelho de Vicat.......................................................................................6
7.2 Preparação da amostra de cimento...................................................................................6
7.3 Preparação da pasta de cimento.......................................................................................6
7.4 Determinação da consistência...........................................................................................7
8 Resultados...........................................................................................................................7
8.1 Cálculo.................................................................................................................................7
8.2 Expressão dos resultados..................................................................................................8
9 Repetitividade e reprodutibilidade....................................................................................8
9.1 Repetitividade......................................................................................................................8
9.2 Reprodutibilidade................................................................................................................8

Figuras
Figura 1 – Pá e cuba do misturador...................................................................................................2
Figura 2 – Vista lateral do aparelho de Vicat com a sonda de Tetmajer, para a determinação
da consistência normal da pasta de cimento...................................................................4
Figura 3 – Vista frontal do aparelho de Vicat, com a agulha de Vicat, para a determinação
do tempo de início de pega conforme ABNT NBR 16607................................................4
Figura 4 – Conjunto formado pela sonda de Tetmajer e as agulhas de Vicat................................5
Figura 5 – Detalhe do acessório para determinação do tempo de fim de pega
(tolerâncias orientativas)....................................................................................................6

Tabela
Tabela 1 – Velocidades da pá do misturador.....................................................................................3

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas

Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 16606 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Métodos de Ensaios de Cimentos (CE-018:100.004).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 22.02.2017 a 23.04.2017. O Projeto
de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 06.11.2018 a 05.12.2018.

Esta segunda edição da ABNT NBR 16606 equivale ao conjunto ABNT NBR 16606:2017 e Emenda 1,
de 13.12.2018, que cancela e substitui a edição anterior ABNT NBR 16606:2017.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR NM 43:2003.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the test method for the determination of the normal consistency of the
Portland cement paste.

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Cimento Portland — Determinação da pasta de consistência normal

1 Escopo
Esta Norma estabelece o método para determinação da consistência normal da pasta de cimento
Portland.
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2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5741, Extração e preparação de amostras de cimento

ABNT NBR 16607, Cimento Portland – Determinação dos tempos de pega

3 Termo e definição
Para os efeitos deste documento, aplica-se o seguinte termo e definição:

3.1
pasta de consistência normal
pasta na qual a sonda de Tetmajer penetra e estaciona a (6 ± 1) mm da placa-base do molde tronco-
cônico, nas condições estabelecidas nesta Norma

4 Reagente
Água destilada ou deionizada.

5 Aparelhagem
5.1 Balança

A balança deve apresentar resolução de 0,1 g ou melhor.

5.2 Misturador

O misturador mecânico consta de uma cuba de aço inoxidável com capacidade de aproximada-
mente 5 dm3 e de uma pá de metal que gira em torno de si mesma e, em movimento planetário, em
torno do eixo da cuba, movimentos estes em sentidos opostos. As dimensões da cuba e da pá são
apresentadas na Figura.1. O misturador deve funcionar com duas velocidades indicadas na Tabela 1.

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Dimensões em milímetros
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A A

∅ 202 ± 0,5

30 Planta

17

3 ± 0,5

8 8
185 ± 1

170 ± 1
12
10

138

2
0,
68

±
1
r 10
r9

8
8±
0,2

8
r 27 ± 0,2 3 ± 0,5
48

r 28 ± 0,2 8

Corte AA
30

NOTA 1 As seções indicadas na Figura 1 podem ser circulares.

NOTA 2 Podem ser aceitas pequenas diferenças nas dimensões ou no formato da pá em relação ao que
estabelece a Figura 1, sendo atendidos os demais requisitos e desde que se possa comprovar que não
interferem nos resultados do ensaio.

Figura 1 – Pá e cuba do misturador

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Tabela 1 – Velocidades da pá do misturador

Velocidade Rotação a Movimento planetário
em torno do eixo
rpm rpm
Baixa 140 ± 5 62 ± 5
Alta 285 ± 10 125 ± 10
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a As faixas de rotação são orientativas para o fabricante. O laboratório de ensaios deve ajustar
as tensões elétricas conforme especificação do equipamento.

5.3 Espátulas

5.3.1 Espátula de borracha

Consiste em uma lâmina de borracha semirrígida, unida a um cabo.

5.3.2 Espátula metálica

Com lâmina de aproximadamente 25 mm de largura e 200 mm de comprimento, confeccionada

de material inoxidável, unida a um cabo.

5.4 Régua metálica

Com comprimento superior ao diâmetro do molde, confeccionada de material inoxidável.

5.5 Molde (G) (Figuras 2 e 3)

5.5.1 Destinado a conter a pasta, deve ter forma tronco-cônica e ser de material não absorvente
e resistente ao ataque da pasta de cimento, com as seguintes dimensões:

a) diâmetro interno:

—— base maior: (80 ± 5) mm;

—— base menor: (70 ± 5) mm;

b) altura: (40,0 ± 0,2) mm.

NOTA Podem ser utilizados moldes de metal, matéria plástica ou outro material, ou moldes de forma
cilíndrica, desde que tenham a altura especificada e se possa provar que proporcionam os mesmos resultados
de ensaio que o molde tronco-cônico especificado.

5.5.2 Deve ser provido de uma placa-base (H) rígida, plana, não absorvente, de espessura uniforme
e de dimensões tais que permitam o apoio de toda a base do molde.

5.6 Aparelho de Vicat (Figuras 2 e 3)

5.6.1 Consiste em um suporte (A) que contém uma haste móvel (B) de metal inoxidável. Em um dos
extremos dessa haste (B) se encontra a sonda de Tetmajer (C) e, em seu outro extremo, uma agulha
desmontável (D). A haste deve ser deslizante, podendo ser fixada em qualquer posição por meio de
um parafuso (E) que suporta um ponteiro indicador (I), que se move sobre uma escala graduada em
milímetros (F), fixada no suporte (A). O aparelho de Vicat também pode ser construído com a haste
não reversível, porém deve ter, neste caso, um dispositivo de compensação de peso que permita trocar
a sonda pela agulha. As seções terminais da agulha e da sonda devem ser planas e perpendiculares
ao eixo da haste.

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F B

E
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A
C
G
H

Legenda

A Suporte
B Haste móvel
C Sonda de Tetmajer
D Agulha de Vicat
E Parafuso
F Escala graduada
G Molde
H Placa de base

Figura 2 – Vista lateral do aparelho de Vicat com a sonda de Tetmajer, para a determinação
da consistência normal da pasta de cimento

I
40
E 30
20
10
0
E

B
D
A
G
H

Figura 3 – Vista frontal do aparelho de Vicat, com a agulha de Vicat, para a determinação
do tempo de início de pega conforme ABNT NBR 16607

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5.6.2 As partes componentes do aparelho de Vicat devem ter as seguintes características:

a) conjunto formado por haste móvel, agulha (para determinação dos tempos de pega), ponteiro
indicador e sonda, com massa total de (300 ± 1) g;

b) sonda de Tetmajer cilíndrica, com base plana, confeccionada com metal inoxidável (Figura 4a),
com diâmetro de (10,00 ± 0,05) mm;
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c) agulha de Vicat, para determinação do tempo de início de pega, confeccionada com metal
inoxidável (Figura 4b), com:

—— diâmetro de (1,13 ± 0,05) mm;

—— comprimento livre de (50 ± 1) mm;

d) agulha de Vicat, para determinação do tempo de fim de pega, confeccionada com metal inoxidá-
vel, com acessório anelar (Figura 4c), com:

—— diâmetro de (1,13 ± 0,05) mm;

—— comprimento de (30 ± 1) mm.

NOTA As agulhas de Vicat, partes integrantes do aparelho de Vicat, apenas são empregadas na determi-
nação dos tempos de pega (ver ABNT NBR 16607).

Dimensões em milímetros
50 ± 1

Ø ~ 6,4

30 ± 1
50 ± 1

Ø ~ 3,3
0,50

Ø 5,0
Ø 10,00 ± 0,05 Ø 1,13 ± 0,05 Ø 1,13 ± 0,05

a) Sonda de Tetmajer para c) Agulha e acessório para

b) Agulha para determinação
determinação da consistência determinação do tempo de fim
do tempo de pega inicial
normal de pega (ver figura 5)

Figura 4 – Conjunto formado pela sonda de Tetmajer e as agulhas de Vicat

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Dimensões em milímetros

0 ≅ 3,3

0,50 ± 0,02

∼ 6,4
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5,0 ± 0,2

Orifício de
saída de ar
1,13 ± 0,05

Figura 5 – Detalhe do acessório para determinação do tempo de fim de pega

(tolerâncias orientativas)

5.7 Cronômetro

Deve ter um mecanismo de arranque e de parada, e deve permitir leituras com aproximação de 1 s.

6 Condições ambientais
O laboratório deve ser mantido à temperatura de (23 ± 2) °C e umidade relativa maior que 50 %. Todos
os materiais para ensaio e a água de amassamento devem estar à mesma temperatura do laboratório,
quando usados.

7 Procedimento
7.1 Preparação do aparelho de Vicat

Ajustar o aparelho de Vicat, provido da sonda, baixando-a até que esteja em contato com a placa-
base, e ajustar a marca zero da escala. Levantar a sonda até a posição de espera.

7.2 Preparação da amostra de cimento

A amostra de cimento deve ser coletada conforme a ABNT NBR 5741 e deve permanecer na sala de
ensaios com antecedência tal que permita a estabilização de sua temperatura com o ambiente.

7.3 Preparação da pasta de cimento

7.3.1 A massa de cimento (mc) a ser utilizada na preparação da pasta deve ser de (500,0 ± 0,5) g.

7.3.2 A massa de água (ma) deve ser determinada por tentativas e ser medida com exatidão de 0,5 g.

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7.3.3 Com o misturador parado, em posição de iniciar o ensaio, verter a água na cuba, adicionar
o cimento e deixar por 30 s em repouso.

7.3.4 Misturar durante 30 s em velocidade baixa.

7.3.5 Desligar o misturador por 60 s. Nos primeiros 30 s, deve ser realizada a operação de raspagem
das paredes internas da cuba com a espátula de borracha, fazendo com que toda pasta a elas aderida
fique no fundo da cuba.
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NOTA A cuba pode ser retirada do misturador para ser realizado este procedimento de raspagem.

7.3.6 Na sequência, misturar durante 60 s na velocidade alta.

7.4 Determinação da consistência

7.4.1 Colocar o molde com sua base maior apoiada sobre a placa-base e, utilizando a espátula
de borracha ou metálica, enchê-lo rapidamente com a pasta preparada conforme 7.2. A operação
de enchimento do molde pode ser facilitada sacudindo-o suavemente. Tirar o excesso de pasta e rasar
o molde com a régua metálica, colocando-a sobre a borda da base menor e fazendo movimentos
de vai e vem sem comprimir a pasta.

7.4.2 Colocar o conjunto sob o aparelho de Vicat, centrar o molde sob a haste (B), descer a haste
até que o extremo da sonda (C) entre em contato com a superfície da pasta e fixá-la nesta posição por
meio do parafuso (E). Após 45 s do término da mistura, soltar a haste, cuidando para que o aparelho
não seja submetido a nenhuma vibração durante o ensaio.

7.4.3 A pasta é considerada como tendo consistência normal quando a sonda se situar a uma
distância de (6 ± 1) mm da placa-base após 30 s do instante em que foi solta. Caso não se obtenha
este resultado, devem ser preparadas diversas pastas de ensaio, variando a quantidade de água
e utilizando uma nova porção de cimento a cada tentativa. Não é permitido efetuar mais de uma
sondagem na mesma porção de pasta.

NOTA Podem ser utilizados outros dispositivos para a realização do ensaio, desde que se assegure que
os resultados obtidos não apresentem diferença significativa em relação ao equipamento e ao procedimento
estabelecidos nesta Norma.

8 Resultados
8.1 Cálculo

Calcular a quantidade de água necessária à obtenção da consistência normal da pasta de cimento

utilizando a equação a seguir:
m
A = a × 100
mc
onde

A é a quantidade de água, expressa em porcentagem (%);

ma é a massa de água utilizada para a obtenção da consistência normal da pasta de cimento,

expressa em gramas (g);

mc é a massa de cimento utilizada no ensaio, expressa em gramas (g).

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8.2 Expressão dos resultados

A água necessária à obtenção da consistência normal da pasta de cimento deve ser expressa em
porcentagem, arredondada ao décimo mais próximo.

9 Repetitividade e reprodutibilidade
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9.1 Repetitividade

A diferença entre dois resultados individuais, obtidos a partir de uma mesma amostra submetida ao
ensaio, por um operador empregando um mesmo equipamento em um curto intervalo de tempo, não
pode ser maior que 0,6 % em valor absoluto.

9.2 Reprodutibilidade

A diferença entre dois resultados individuais e independentes, obtidos a partir de uma mesma amostra
submetida ao ensaio, por dois operadores em laboratórios diferentes em um curto intervalo de tempo,
não pode ser maior que 1 % em valor absoluto.

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