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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16387

Segunda edição
25.09.2020

Via férrea — Classificação de vias


Railways — Classification
Exemplar para uso exclusivo - Código Identificador #497067@452491# (Pedido 790588 Impresso: 14/04/2021)

ICS 45.020; 01.040.45 ISBN 978-65-5659-525-2

Número de referência
ABNT NBR 16387:2020
25 páginas

© ABNT 2020
ABNT NBR 16387:2020
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ABNT NBR 16387:2020

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Classificação de vias ferroviárias......................................................................................6
4.1 Codificação..........................................................................................................................6
4.2 Classificação.......................................................................................................................6
4.3 Limites..................................................................................................................................8
4.4 Ciclos de inspeções.......................................................................................................... 11
4.5 Identificação manual de defeitos de geometria............................................................. 11
4.5.1 Defeitos de bitola larga (1,60 m)......................................................................................12
4.5.2 Defeitos de bitola métrica (1,00 m)..................................................................................17
4.5.3 Defeitos de controle opcional (valores de referência para a bitola larga de 1,60 m)....19
Bibliografia..........................................................................................................................................25
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Figuras
Figura 1 – Bitola...................................................................................................................................1
Figura 2 – Bitola carregada.................................................................................................................2
Figura 3 – Variação do nivelamento transversal...............................................................................3
Figura 4 – Desnivelamento periódico ou sequencial na superelevação........................................3
Figura 5 – Desalinhamento em curva.................................................................................................4
Figura 6 – Desalinhamento em tangente...........................................................................................4
Figura 7 – Superelevação....................................................................................................................4
Figura 8 – Excesso de superelevação em tangente, em curva circular ou na espiral..................5
Figura 9 – Deficiência de superelevação...........................................................................................5
Figura 10 – Variação do grau de curvatura........................................................................................6
Figura 11 – Rápida variação de bitola em 5 m.................................................................................13
Figura 12 – Variação do nivelamento transversal em tangente ou em curva circular (Empeno)...14
Figura 13 – Variação do nivelamento transversal a cada 10 m na espiral de entrada ou de
saída de curvas.................................................................................................................15
Figura 14 – Desalinhamento de curva em 10 m..............................................................................15
Figura 15 – Medição de desalinhamento em curva.........................................................................16
Figura 16 – Defeito de alinhamento em tangente............................................................................16
Figura 17 – Excesso de superelevação na tangente ou na curva circular...................................17
Figura 18 – Variação do nivelamento transversal a cada 2 m........................................................18
Figura 19 – Superelevação máxima em curva.................................................................................19
Figura 20 – Descasamento das pontas dos trilhos nas juntas......................................................19
Figura 21 – Desnivelamento máximo do perfil longitudinal...........................................................20
Figura 22 – Variação máxima do nivelamento longitudinal em 10 m............................................21
Figura 23 – Desnivelamento periódico ou sequencial na superelevação....................................22
Figura 24 – Excesso de superelevação na espiral..........................................................................23

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ABNT NBR 16387:2020

Figura 25 – Deficiência máxima de superelevação.........................................................................23


Figura 26 – Variação do grau de curvatura......................................................................................24

Tabelas
Tabela 1 – Velocidade máxima autorizada ........................................................................................7
Tabela 2 – Previsões anuais de transportes......................................................................................7
Tabela 3 – Parâmetros-limite para bitola larga..................................................................................8
Tabela 4 – Parâmetros-limite para bitola métrica..............................................................................9
Tabela 5 – Parâmetros de controle opcional...................................................................................10
Tabela 6 – Inspeções anuais............................................................................................................. 11
Tabela 7 – Valores adicionais para medidas estáticas de nivelamento........................................20
Tabela 8 – Valores adicionais para medidas estáticas de superelevação....................................22
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Prefácio

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(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

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A ABNT NBR 16387 foi elaborada no Comitê Técnico Metroferroviário (ABNT/CB-006), pela Comissão
de Estudo de Traçado e Infra-estrutura (CE-006:100.004). O seu 1º Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 07, de 15.07.2015 a 15.09.2015. O seu 2º Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 03, de 11.03.2016 a 11.04.2016. O Projeto de Emenda 1 circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 07.08.2020 a 10.09.2020.

A ABNT NBR 16387:2020 equivale ao conjunto ABNT NBR 16387:2016 e Emenda 1, de 25.09.2020,
que cancela e substitui a ABNT NBR 16387:2016.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the methodology and criteria for the classification of a road or railway section,
with a maximum operating speed limited to 128 km/h.

This Standard provides technical guidance in implementing the security parameters. The guidance
provided by this Standard comprises the track geometry parameters and maximum authorized speed
classes. The inspections in this Standard applies to verification of parameters relating to the geometry
of the road.

This Standard does not apply to dedicated tracks for subway, pre-metro, metropolitan passenger train,
light rail transit (LRT) or tram.

This Standard does not apply to the inspection of the track components.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16387:2020

Via férrea — Classificação de vias

1 Escopo
Esta Norma estabelece a metodologia e critérios para a classificação de uma via ou trecho ferroviário,
com velocidade máxima autorizada até 128 km/h.

Esta Norma fornece orientação técnica para aplicação dos parâmetros de segurança. A orientação
fornecida por esta Norma compreende os parâmetros de geometria de via e classes de velocidade
máxima autorizada. As inspeções nesta Norma aplicam-se a verificação dos parâmetros relativos
à geometria da via.

Esta Norma não se aplica a vias dedicadas para metrô, pré-metrô, trem metropolitano de passageiros,
veículo leve sobre trilhos (VLT) ou bonde.

Esta Norma não se aplica à inspeção dos componentes da via.


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2 Referência normativa
O documento a seguir é citado no texto de tal forma que seu conteúdo, total ou parcial, constitui requisitos
para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referên-
cias não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 16845, Trilho Vignole – Inspeção ultrassônica – Procedimentos

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
bitola
distância perpendicular aos trilhos da via, medida entre as faces internas dos boletos quando sem
carregamento lateral. O ponto de medição é feito a 16 mm do topo do boleto (ver Figura 1)

16 mm
Ponto de bitola no
trilho

Bitola nominal

Figura 1 – Bitola

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ABNT NBR 16387:2020

3.2
bitola carregada
distância perpendicular aos trilhos da via, medida entre as faces internas dos boletos quando sob
carregamento lateral de no mínimo 3 000 psi. O ponto de medição é feito a 16 mm do topo do boleto
(ver Figura 2)

Figura 2 – Bitola carregada

3.3
bitola aberta
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bitola medida na via sem carga, com valor acima dos limites superiores de tolerância. O ponto
de medição é feito a 16 mm do topo do boleto

3.4
bitola fechada
bitola medida na via sem carga, com valor abaixo dos limites inferiores de tolerância. O ponto
de medição é feito a 16 mm do topo do boleto

3.5
descasamento das pontas de trilhos em juntas
diferença que ocorre no nível do topo e/ou no alinhamento na linha de bitola dos trilhos de uma mesma
fila unidos por junta, tendo como referência a pista de rolamento e ponto de bitola da fila de trilho

3.6
variação rápida de bitola em 5 m
valor absoluto da medida da variação da bitola entre dois pontos distantes de 5 m

3.7
desnivelamento do perfil longitudinal
medida de flecha vertical em uma mesma fila de trilhos, medida no topo do trilho, no centro de uma
corda de 20 m

3.8
variação do perfil longitudinal em 10 m
medida de flecha vertical em uma mesma fila de trilhos, medida no topo do trilho, com a corda
em nível, em uma distância de 10 m

3.9
desnivelamento transversal máximo
máxima diferença de superelevação medida em uma seção transversal

3.10
variação do nivelamento transversal
taxa de variação da cota entre o topo dos trilhos medida em duas seções transversais. A distância
entre as duas seções transversais é denominada base de medição (ver Figura 3)

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ABNT NBR 16387:2020

Plan
o tra
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Pla

B SB
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no
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Legenda
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SA superelevação no ponto “A”


SB superelevação no ponto “B”
Δ variação de superelevação entre os pontos “A” e “B”

Figura 3 – Variação do nivelamento transversal

3.11
desnivelamento periódico ou sequencial na superelevação
três ou mais variações consecutivas de superelevação em um intervalo de 13 m a 20 m de via provo-
cando oscilações dinâmicas no material rodante (ver Figura 4)

Figura 4 – Desnivelamento periódico ou sequencial na superelevação

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3.12
desalinhamento em curva
variação da flecha medida em uma curva ferroviária acima dos limites estabelecidos (ver Figura 5)

Figura 5 – Desalinhamento em curva

3.13
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desalinhamento em tangente
variação da flecha medida em uma tangente ferroviária acima dos limites estabelecidos (ver Figura 6)

Flecha (mm)

Figura 6 – Desalinhamento em tangente

3.14
superelevação
diferença de cota entre os trilhos, tomada em uma determinada seção transversal, obtida pela
inclinação da via, por meio da elevação de altura entre as filas de trilhos constituintes da grade
ferroviária (ver Figura 7)

Superelevação

Figura 7 – Superelevação

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3.15
excesso de superelevação em tangente, em curva circular ou na espiral
medida de superelevação acima dos limites estabelecidos em uma seção transversal determinada
(ver Figura 8)

100 mm de elevação
no trilho externo
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Figura 8 – Excesso de superelevação em tangente, em curva circular ou na espiral

3.16
deficiência de superelevação
medida de superelevação abaixo dos limites estabelecidos em uma seção transversal determinada
(ver Figura 9)

Deficiência de
superelevação

Superelevação
nominal

Figura 9 – Deficiência de superelevação

3.17
variação do grau de curvatura
mudança de raio não planejada acima dos limites estabelecidos. Esta medida considera a referência
americana. Identificada como a variação de flecha entre estacas consecutivas, medida em polegadas
no centro de uma corda de 30,48 m (100 pés) de comprimento (ver Figura 10)

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ABNT NBR 16387:2020

Flecha
(polegadas)

100’ = 30,48 m
A B

Legenda

1 polegada = 25,4 mm

Figura 10 – Variação do grau de curvatura

4 Classificação de vias ferroviárias


4.1 Codificação

A classificação da via ferroviária é representada pela codificação formada por uma letra e dois
algarismos, conforme a seguir:
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Classe = XNANB

onde

X é a indicação se o trecho da via possui predominância (maior quantidade no período


considerado) de circulação de trens de passageiros ou de carga. Para predominância de trens
de carga, deve ser adotada a letra C, enquanto para predominância de trens de passageiros,
a letra P;

NA é a indicação da velocidade máxima autorizada baseada em características técnicas


do trecho a ser classificado. O algarismo é um número inteiro variando entre 1 e 5 conforme
a velocidade máxima autorizada (ver Tabela 1);

NB é a indicação da previsão de transportes para o trecho a ser classificado. O algarismo é um


número inteiro variando entre 1 e 6 conforme a tonelagem bruta anual prevista ou o número
de passageiros a serem transportados anualmente (ver Tabela 2).

4.2 Classificação

São estabelecidas classes para as vias operacionais. Vias em manutenção não são classificadas
enquanto persistirem nesta condição.

A diferença entre cada uma das classes se constitui nas velocidades máximas autorizadas, bem como
nas previsões de transportes.

Cada classe de via tem uma velocidade máxima autorizada para trens de cargas e trens de passageiros,
conforme Tabela 1, e previsões anuais de transportes, conforme Tabela 2.

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ABNT NBR 16387:2020

Tabela 1 – Velocidade máxima autorizada


Trens de
Codificação Trens de carga
passageiro
(NA) km/h
km/h
1 0 a 15 0 a 25
2 16 a 40 26 a 45
3 41 a 64 46 a 95
4 65 a 95 96 a 128
5 96 a 128 Não aplicável

Tabela 2 – Previsões anuais de transportes


Codificação Milhões de toneladas
(NB) brutas (ano)
1 0 a 30
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2 31 a 60
3 61 a 90
4 91 a 140
5 141 a 190
6 Acima de 190

NOTA Para conversão da quantidade de passageiros transportados em toneladas brutas, considerar


1 passageiro = 1 ton bruta.

EXEMPLO 1 Ferrovia de passageiros com velocidade máxima autorizada de 80 km/h e transporte


de 240 milhões de passageiros por ano: Classe = P36.

EXEMPLO 2 Ferrovia de carga com velocidade máxima autorizada de 60 km/h e transporte de 170 milhões
de toneladas brutas transportadas por ano: Classe = C35.

Cada ferrovia é responsável pela classificação da sua via permanente, estando obrigada a comunicar
aos órgãos fiscalizadores e aos usuários quaisquer alterações.

Uma vez feita a classificação, a ferrovia é responsável por manter sua via permanente nos padrões
correspondentes para a classe determinada, ficando sujeita à fiscalização pelos órgãos responsáveis.

Cada ferrovia pode possuir uma classificação para toda sua malha ou para trechos específicos
e claramente delimitados, conforme suas necessidades.

Uma vez classificado um trecho, este deve obrigatoriamente atender, em toda a sua extensão, a todos
os limites especificados em 4.3.

As vias de bitola mista devem ter classificações independentes, conforme as bitolas. Deve ser adotada
a maior classificação obtida entre as bitolas consideradas.

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A imposição temporária e pontual de restrição de velocidade em relação à velocidade máxima autori-


zada não implica automaticamente na alteração da classificação da via.

4.3 Limites

Os valores contidos na Tabela 3 e na Tabela 4 indicam os limites dos diversos parâmetros geométricos
de via para classificação do trecho ferroviário, em função das velocidades máximas autorizadas.

Tabela 3 – Parâmetros-limite para bitola larga


Faixas de velocidades máximas autorizadas
Descrição do parâmetro de geometria da via Bitola (0 – 15) (16 – 40) (41 – 64) (65 – 95) (96 – 128)
km/h km/h km/h km/h km/h
Limite de bitola aberta
Larga 1 635 mm 1 632 mm 1 632 mm 1 625 mm 1 613 mm
(Bitola estática)
1
Limite de bitola fechada
Bitola

Larga 1 587 mm 1 587 mm 1 587 mm 1 587 mm 1 587 mm


(Bitola estática)
Variação rápida de bitola em 5 m
2 Larga 34 mm 31 mm 23 mm 18 mm 13 mm
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(Bitola estática)

Variação do nivelamento transversal


3 em tangente ou curva circular a Larga 76 mm 51 mm 44 mm 32 mm 25 mm
Nivelamento
transversal

(Empeno / Warp)
Variação do nivelamento transversal
a cada 10 m na espiral de entrada ou
4 Larga 51 mm 44 mm 32 mm 25 mm 19 mm
de saída de curvas
(Torsão – Twist)

Desalinhamento de curva em 10 m
Variação máxima de flecha horizontal
5 Larga NA b NA b 31 mm 25 mm 12 mm
em relação
Alinhamento

à média das flechas (corda de 10 m)


Defeito de alinhamento em tangente
Variação máxima de flecha horizontal
6 Larga 128 mm 76 mm 44 mm 36 mm 19 mm
em relação
à tangente (corda de 20 m)

Excesso de superelevação na
Curvatura

tangente ou na curva circular


X (mm) + X (mm) + X (mm) + X (mm) + X (mm) +
7 Em relação ao nível zero ou à Larga
76 mm 51 mm 45 mm 32 mm 25 mm
superelevação (X) projetada
para a curva circular
a Máxima variação do nivelamento transversal entre dois pontos quaisquer em uma distância de 20 m.
b NA não aplicáveis para as velocidades propostas.

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Tabela 4 – Parâmetros-limite para bitola métrica


Faixas de velocidades máximas autorizadas
Descrição do parâmetro de geometria da via Bitola (0 – 15) (16 – 40) (41 – 64) (65 – 95) (96 – 128)
km/h km/h km/h km/h km/h
Limite de bitola aberta
Métrica 1 035 mm 1 032 mm 1 032 mm 1 025 mm 1 013 mm
(Bitola estática)
1
Limite de bitola fechada
Bitola

Métrica 987 mm 987 mm 987 mm 987 mm 987 mm


(Bitola estática)
Variação rápida de bitola em 5 m
2 Métrica 34 mm 31 mm 23 mm 18 mm 13 mm
(Bitola estática)

Métrica
47 mm 34 mm 21 mm 7 mm 6 mm
Variação do nivelamento (Tangente)
Nivelamento
transversal

3
transversal a cada 2 m Métrica
18 mm 14 mm 11 mm 5 mm 3 mm
(Curva)
Variação do nivelamento
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4 Métrica 53 mm 37 mm 33 mm 31 mm 30 mm
transversal a cada 10 m

Desalinhamento de curva em
10 m
5 Variação máxima de flecha horizontal Métrica 31 mm 24 mm 18 mm 13 mm 8 mm
Alinhamento

entre pontos adjacentes medida a cada


2,5 m no centro de corda de 10 m.
Defeito de alinhamento em tangente
Variação máxima de flecha horizontal
6 Métrica 31 mm 24 mm 18 mm 13 mm 8 mm
entre pontos adjacentes medida a cada
2,5 m no centro de corda de 10 m
Curvatura

7 Superelevação máxima em curva Métrica 100 mm 100 mm 100 mm 100 mm 100 mm

NOTA 1 Os valores da Tabela 3 e da Tabela 4 foram estabelecidos considerando os limites superiores


das faixas de velocidade. Para valores intermediários de cada faixa, os valores devem ser interpolados
ou calculados proporcionalmente à velocidade.

NOTA 2 Cada ferrovia pode utilizar tabelas específicas para uso interno, desde que nelas sejam respeitados
os limites especificados e as proporcionalidades às velocidades da Tabela 3 e da Tabela 4.

Os defeitos de geometria contidos na Tabela 5 indicam os demais parâmetros geométricos de controle


opcional. Os valoreslimites indicados na Tabela 5 são adotados como referências, não podendo ser
utilizados para efeitos de fiscalizações. Devem ser mantidos registros dos valores medidos de forma
a permitir a normalização dos defeitos quando da revisão desta Norma.

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Tabela 5 – Parâmetros de controle opcional


Descrição do parâmetro de Faixas de velocidades máximas autorizadas
geometria Bitola (0 – 15) (16 – 40) (41 – 64) (65 – 95) (96 – 128)
da via km/h km/h km/h km/h km/h

Descasamento das
pontas dos trilhos Larga
Bitola

nas juntas Topo = 6 mm Topo = 6 mm Topo = 5 mm Topo = 3 mm Topo = 3 mm


8 e
Linha = 6 mm Linha = 5 mm Linha = 5 mm Linha = 3 mm Linha = 3 mm
Topo do boleto = Topo métrica
Linha de bitola = Linha

Desnivelamento
máximo do perfil
longitudinal
Nivelamento longitudinal

9 Larga 76 mm 70 mm 57 mm 51 mm 32 mm
Flecha no topo do
trilho, no 1/2 da corda
de 20 m
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Variação máxima
do nivelamento
longitudinal em 10 m
10 Larga 89 mm 76 mm 51 mm 38 mm 25 mm
Variação de cota do
trilho na extremidade
da corda de 10 m

Desnivelamento
transversal máximo
Nivelamento transversal

11 Larga 76 mm 51 mm 45 mm 32 mm 25 mm
em qualquer ponto na
tangente

Desnivelamento
periódico ou
sequencial na
12 superelevação Larga NA a 31 mm 31 mm 31 mm 31 mm

(curva ou tangente -
3 pontos)

Desalinhamento de
curva em 20 m
Alinhamento

Variação máxima de
flecha horizontal em
13 Larga 127 mm 76 mm 44 mm 38 mm 15 mm
relação
à média das flechas,
metade da corda
de 20 m

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Tabela 5 (continuação)
Faixas de velocidades máximas autorizadas
Descrição do parâmetro de geometria
Bitola (0 – 15) (16 – 40) (41 – 64) (65 – 95) (96 – 128)
da via
km/h km/h km/h km/h km/h

Excesso de superelevação na
espiral
Diferença entre a
14 Larga 44 mm 38 mm 31 mm 19 mm 12 mm
superelevação projetada
e a superelevação existente na
espiral
Curvatura

Deficiência máxima de
superelevação
15 Diferença entre a Larga 110 mm 110 mm 110 mm 110 mm 110 mm
superelevação existente
e a projetada na curva circular

Variação do grau de curvatura Larga 25,4 mm/ 25,4 mm/ 25,4 mm/ 25,4 mm/ 25,4 mm/
16
na circular ou espiral 3m 3m 3m 5m 5m
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a NA Não aplicáveis, sem valores de referência para a bitola métrica.

4.4 Ciclos de inspeções

As quantidades mínimas de inspeções automatizadas anuais com carros-controle, ultrassons ou


carro manual de inspeção (trolley) a serem feitas em cada trecho classificado, em função da previsão
de transportes, são estipuladas na Tabela 6.

Tabela 6 – Inspeções anuais

Previsão de Quantidade Quantidade


transportes mínima de mínima de
inspeções anuais inspeções anuais
(NB) de geometria de ultrassom
1 1
2 2
3 3 Conforme a
4 3 ABNT NBR 16845

5 4
6 4

4.5 Identificação manual de defeitos de geometria

Para a identificação dos defeitos geométricos de forma manual, deve-se utilizar dos seguintes equi-
pamentos e ferramentas:

a) régua de bitola (de acordo com a bitola da via);

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ABNT NBR 16387:2020

b) régua de superelevação;

c) corda com 10 m ou 20 m de comprimento;

d) trena;

e) paquímetro;

f) giz, caneta industrial, ou qualquer outro ferramental para marcação nos trilhos.

4.5.1 Defeitos de bitola larga (1,60 m)

4.5.1.1 Bitola aberta

A bitola da via deve ser medida manualmente por meio do uso de régua de bitola de via. O emprego
de trenas para a medição de bitola da via não é recomendado devido à falta de precisão do ponto
de leitura da bitola da via (16 mm abaixo dos topos das filas de trilhos).

Com auxílio da régua de bitola, posicionar a mesma a um ângulo de 90° em relação ao eixo da via
e proceder com a leitura registrada.
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No caso de existência de rebarbas nos trilhos, estas devem ser desconsideradas.

O defeito de bitola aberta fica caracterizado quando em qualquer ponto de medição a bitola medida
ultrapassa os valores prescritos na Tabela 3.

O defeito de bitola aberta pode ser observado em regiões onde a grade ferroviária apresenta
os seguintes sintomas:

a) dormentes deteriorados;

b) dormentação com vão central apresentando empenamento ou dormentes “flutuando” no lastro;

c) placas de apoio desgastadas na região de apoio dos trilhos e região de pregação (pregos ou
tirefãos) com furo ovalado;

d) trilho com sinais de “tombamento” ou “quadramento”;

e) placas de apoio quebradas ou trincadas;

f) falta de pregos, tirefãos ou dispositivos de fixação;

g) regiões de juntas defeituosas, com forte impacto e com falta de parafusos.

4.5.1.2 Bitola fechada

A bitola da via deve ser medida manualmente por meio do uso de régua de bitola de via. O emprego
de trenas para a medição de bitola da via não é recomendado devido à falta de precisão do ponto
de leitura da bitola da via (16 mm abaixo dos topos das filas de trilhos).

Com auxílio da régua de bitola, posicionar a mesma a um ângulo de 90° em relação ao eixo da via
e proceder com a leitura registrada.

No caso de existência de rebarbas nos trilhos, estas devem ser desconsideradas.

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ABNT NBR 16387:2020

O defeito de bitola aberta fica caracterizado quando em qualquer ponto de medição a bitola medida
ultrapassa os valores prescritos na Tabela 3.

O defeito de bitola fechada pode ser encontrado em regiões com dormentes fora de esquadro e pontos
de contato de frisos de rodas nas duas filas de trilhos (espelhamento em ambas as faces internas).

4.5.1.3 Variação rápida de bitola em 5 m

A rápida variação de bitola da via deve ser medida manualmente por meio do uso de régua de bitola
de via em conjunto com uma trena para medição de estacas. O emprego de trenas para a medição de
bitola da via não é recomendado devido à falta de precisão do ponto de leitura da bitola da via (16 mm
abaixo dos topos das filas de trilhos).

Com auxílio da régua de bitola, posicionar a mesma a um ângulo de 90° em relação ao eixo da via e
proceder com a leitura registrada da bitola na região em análise.

Com o auxílio da trena, medir uma distância de 5 m a partir do primeiro ponto de medição, no sentido
em que visualmente o defeito é observado.

Realizar nova leitura da bitola da via com o auxílio da régua de bitola e superelevação.
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5m
Y X

Rápida variação de bitola = |X - Y|

Figura 11 – Rápida variação de bitola em 5 m

O módulo da diferença entre os valores encontrados é a variação de bitola. Acima dos limites prescritos
nesta Norma, de acordo com a velocidade, pode ser considerada rápida variação de bitola.

O defeito de rápida variação de bitola pode ser observado visualmente.

4.5.1.4 Variação do nivelamento transversal em tangente ou em curva circular (Empeno)

Registrar com o giz o primeiro ponto de medição. A partir deste ponto, com o auxílio da trena, registrar
o ponto final de medição a 20 m do ponto inicial. Com as marcações inicial e final realizadas, subdividir
o segmento da linha em estacas de medição de 2 m (10 estacas) e realizar a leitura da superelevação
a cada estaca (ver Figura 12).

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Variável Y
Superelevação (X) ≠ Superelevação (Y)
X

Figura 12 – Variação do nivelamento transversal em tangente ou em curva circular (Empeno)

Com os valores medidos, subtrair o maior valor de superelevação registrado em relação ao menor
valor registrado. O resultado será a variação do nivelamento transversal medido e quando este for
superior a tabela limite (conforme velocidade), o defeito é caracterizado.

O defeito é identificado em locais onde uma pequena extensão de via sofre perda de sustentação em
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apenas um fila de trilhos. Também pode ser identificado em regiões de juntas com impactos e regiões
onde o lastro encontra-se excessivamente contaminado por finos (bolsões de lama).

4.5.1.5 Variação do nivelamento transversal a cada 10 m na espiral de entrada ou de saída


de curvas

Registrar com o giz o primeiro ponto de medição. A partir deste ponto, com o auxílio da trena, registrar
o ponto final de medição a 10 m do ponto inicial e fazer medição da superelevação em cada um deles.

Com os valores medidos, subtrair o menor valor de superelevação do maior valor. O resultado será
a variação do nivelamento transversal em 10 m e quando este for superior ao limite estabelecido
na tabela (conforme velocidade), o defeito é caracterizado.

O defeito é difícil de ser identificado visualmente. Uma boa prática para identificação quando não
se utiliza métodos modernos como veículos de inspeção de via automatizados é a utilização de duas
réguas de superelevação amarradas com uma corda de 10 m. Movendo este conjunto sobre a seção
de via desejada é possível identificar as diferenças de superelevação existentes e consequentemente
o defeito de variação do nivelamento transversal em 10 m (ver Figura 13).

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Superelevação “B”

10
me
tro
s
Superelevação “A”

Figura 13 – Variação do nivelamento transversal a cada 10 m na espiral de entrada


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ou de saída de curvas

4.5.1.6 Desalinhamento de curva em 10 m

Esta forma de medição deve ser realizada somente na parte circular da curva, conforme a seguir.

4.5.1.6.1 Com o auxílio da trena, subdividir a curva a ser medida em estacas de 5 m utilizando como
referência o trilho externo da curva.

4.5.1.6.2 Utilizando uma corda de 10 m, esticada, medir a flecha obtida em relação ao trilho no
centro da corda. Avançar a corda para a estaca seguinte (5 m) e proceder com leituras e avanços
sucessivos da corda até o final da curva (ver Figura 14).

Figura 14 – Desalinhamento de curva em 10 m

4.5.1.6.3 Registrar os valores das flechas medidas em toda circular da curva. Calcular o valor médio
das flechas.

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4.5.1.6.4 Subtrair o maior valor medido da média das flechas calculadas; caso o módulo do resultado
esteja acima do prescrito nesta Norma, conforme a tabela de velocidades, o defeito de desalinhamento
em curva é caracterizado.

Vale ressaltar que veículos de inspeção automatizada verificam os defeitos sob carregamento, então,
o valor encontrado por estes veículos pode ser maior. De forma a facilitar a verificação, a via deve
ser estaqueada a cada 5 m e feita a leitura da flecha gerada pela corda de 10 m a cada estaca com o
avanço da corda. É importante ressaltar que este método pode ser empregado tanto para cordas de
10 m quanto para cordas de 20 m. Para a utilização da metodologia em cordas de 20 m, as estacas
devem ser geradas a cada 10 m. A Figura 15 exemplifica este método de medição.
80 m
40 m 50 m
30 m
35 m 45 m 60 m
25 m 55 m
20 m

65 m 70 m
15 m
10 m
75 m 80 m
40 m
5m 35 m 45 m Detalhe
0m 10 m
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x
Y
Y = 4x
20 m
30 m 50 m

Figura 15 – Medição de desalinhamento em curva

4.5.1.6.5 Uma vez realizada a medição de flechas na corda de 10 m, as mesmas podem ser
convertidas para simulação de cordas de 20 m conforme relação expressa na Figura 15.

4.5.1.7 Defeito de alinhamento em tangente

Com o auxílio da trena, medir a flecha gerada no centro de uma corda de 20 m em relação a face
interna dos trilhos. A corda deve ser posicionada a 16 mm abaixo do topo do boleto dos trilhos e
não deve sofrer interferência durante seu tracionamento (vegetação, galhos, lixo, restos de materiais
ou excesso de lastro) (ver Figura 16).

Corda (m)

Flecha (mm)

Figura 16 – Defeito de alinhamento em tangente

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Caso o valor encontrado esteja acima dos valores descritos nesta Norma, o defeito de alinhamento
em tangente fica caracterizado.

O defeito pode ser identificado visualmente. Vale ressaltar que veículos de inspeção automatizada
verificam os defeitos sob carregamento, então, o valor encontrado por estes veículos pode ser maior.
As seguintes características podem auxiliar na identificação e severidade deste tipo de defeito:

a) dormentes “suspensos” no lastro;

b) afundamento de extremidades de placas de apoio;

c) falta de parafusos em juntas;

d) tirefãos elevados, faltantes, ou degolados (quebrados na cabeça);

e) regiões de contaminação de lastro por finos e água (bolsões de lama);

f) sequência de dormentes ruins.

4.5.1.8 Excesso de superelevação na tangente ou na curva circular


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Medir a superelevação no local onde exista suspeita de excesso de superelevação, com o auxílio
da régua. O defeito de excesso de superelevação na tangente é identificado quando existir uma
superelevação com valor superior ao limite estabelecido na norma.

Para o caso de curvas circulares, o defeito é identificado quando a diferença entre o valor medido
e o valor de projeto for superior ao valor limite da tabela (ver Figura 17).
x
Superelevação (X)(x)
Superelevação > Limite
> Limite

Figura 17 – Excesso de superelevação na tangente ou na curva circular

4.5.2 Defeitos de bitola métrica (1,00 m)

4.5.2.1 Bitola aberta

Conforme 4.5.1.1.

4.5.2.2 Bitola fechada

Conforme 4.5.1.2.

4.5.2.3 Variação rápida de bitola em 5 m

Conforme 4.5.1.3.

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4.5.2.4 Variação do nivelamento transversal a cada 2 m

Esta forma de medição deve ser realizada somente na parte circular da curva.

4.5.2.4.1 Registrar com o giz o primeiro ponto de medição. A partir deste ponto, com o auxílio da
trena, registrar o ponto final de medição a 2 m do ponto inicial.

4.5.2.4.2 Medir a superelevação no ponto inicial e no ponto final (ver Figura 18).

2 metros Y
Superelevação (X)
Superelevação (X)≠≠ Superelevação
Superelevação (Y) (Y)
X
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Figura 18 – Variação do nivelamento transversal a cada 2 m

4.5.2.4.3 Com os valores medidos, subtrair o menor valor de superelevação do maior valor registrado.
O resultado é a variação do nivelamento transversal medido e quando este for superior ao limite
da tabela (conforme velocidade), o defeito é caracterizado.

O defeito pode ser identificado em locais onde uma pequena extensão de via (2 m) sofre perda
de sustentação em apenas uma fila de trilhos. Também pode ser identificado em regiões de juntas
com impactos e regiões onde o lastro encontra-se excessivamente contaminado por finos (bolsões
de lama).

4.5.2.5 Variação do nivelamento transversal a cada 10 m

Conforme 4.5.1.5

4.5.2.6 Desalinhamento de curva em 10 m

4.5.2.6.1 Com o auxílio da trena, subdividir a curva a ser medida em estacas de 2,5 m utilizando
como referência o trilho externo da curva.

4.5.2.6.2 Utilizando uma corda de 10 m, esticada, medir a flecha obtida em relação ao trilho
no centro da corda. Avançar a corda para a estaca seguinte (2,5 m) e proceder com leituras e avanços
sucessivos da corda até o final da curva (ver Figura 14).

4.5.2.6.3 Registrar os valores das flechas medidas em toda a curva. Comparar cada valor de flecha
com os valores correspondentes aos seus dois pontos adjacentes. Existindo uma diferença superior
ao limite da tabela, o defeito de desalinhamento é caracterizado.

4.5.2.7 Defeito de alinhamento em tangente

4.5.2.7.1 Com o auxílio da trena, subdividir a tangente a ser medida em estacas de 2,5 m.

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4.5.2.7.2 Utilizando uma corda de 10 m, esticada e com a extremidade posicionada na primeira


estaca da tangente, medir a flecha obtida em relação ao trilho no centro da corda. Avançar a corda
para a estaca seguinte (2,5 m) e proceder com leituras e avanços sucessivos da corda até o final
da tangente.

4.5.2.7.3 Registrar os valores das flechas medidas em toda a tangente. Comparar cada valor
de flecha com os valores correspondentes aos seus dois pontos adjacentes. Existindo uma diferença
superior ao limite da tabela, o defeito de desalinhamento é caracterizado.

4.5.2.8 Superelevação máxima em curva

Medir a superelevação no local onde exista suspeita de excesso de superelevação com o auxílio da
régua. O defeito de excesso de superelevação em curvas é identificado quando o valor medido de
superelevação exceder o valor indicado nesta Norma (ver Figura 19).
x
(Superelevação X) > limite
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Figura 19 – Superelevação máxima em curva

4.5.3 Defeitos de controle opcional (valores de referência para a bitola larga de 1,60 m)

4.5.3.1 Descasamento das pontas dos trilhos nas juntas

Com o auxílio de uma régua metálica e um paquímetro, posicionar a régua no topo do trilho mais
elevado e medir a diferença de altura dos trilhos constituintes da junta. Repetir o procedimento
na linha de bitola e medir a diferença entre os pontos de bitola (ver Figura 20).

Descasamento na linha de bitola Descasamento no topo do trilho

Figura 20 – Descasamento das pontas dos trilhos nas juntas

Para juntas posicionadas em trilhos externos em curvas de raio inferior a 350 m, não são admitidas
diferenças na linha de bitola dos trilhos.

4.5.3.2 Desnivelamento máximo do perfil longitudinal

O defeito é identificado visualmente como uma “depressão” nas filas de trilhos. Dependendo
da magnitude, durante a passagem de trens sobre o defeito, é possível ouvir o barulho de engates
batendo.

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Com o auxílio de uma corda de 20 m, posicionar a mesma longitudinalmente na fila de trilhos na região
da “depressão” e mantê-la tracionada para que seja feita a leitura da flecha vertical gerada entre
a corda e o trilho (ver Figura 21).

20 m
Flecha vertical

Figura 21 – Desnivelamento máximo do perfil longitudinal

O defeito é caracterizado quando o valor medido na flecha é superior aos valores definidos nesta
Norma.

As seguintes características podem auxiliar na identificação e severidade deste tipo de defeito:

a) dormentes “suspensos” no lastro;


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b) falta de parafusos em juntas e juntas “batendo”;

c) tirefãos elevados, faltantes, ou degolados (quebrados na cabeça);

d) regiões de contaminação de lastro por finos e água (bolsões de lama);

e) regiões de patinados e defeitos superficiais;

f) deficiência do sistema de drenagem;

g) sequência de dormentes ruins.

Onde os sintomas críticos forem observados, devem ser somadas as medidas da Tabela 7.

Tabela 7 – Valores adicionais para medidas estáticas de nivelamento


Tangente Curva
Tipo de trecho Sem Com Sem Com
sintomas sintomas sintomas sintomas
Linha principal fora da
+ 5 mm + 10 mm + 5 mm + 10 mm
região de junta
Linha principal em região
+ 6 mm + 11 mm + 6 mm + 12 mm
de junta
Linha secundária ou ramal
+ 5 mm + 10 mm + 6 mm + 11 mm
fora da região de junta
Linha secundária ou ramal
+ 8 mm + 11 mm + 10 mm + 13 mm
em região de junta

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4.5.3.3 Variação máxima do nivelamento longitudinal em 10 m

O defeito é identificado visualmente observando cada fila de trilhos. Pontos onde existe uma rápida
queda ou elevação do perfil do trilho devem ser medidos. Em alguns casos, o defeito pode ser
observado em ambas as filas de trilhos simultaneamente.

Inicialmente, deve ser identificado o ponto mais elevado da fila de trilhos e registrar o local com auxílio
de giz, marcador industrial ou outro utensílio para marcação. A partir deste ponto, esticar uma corda
de 10 m devidamente nivelada em relação ao plano mais elevado (se necessário, utilizar nível
de bolha para confirmação do nivelamento). Medir a flecha gerada na extremidade da corda de 10 m.

Caso o valor medido seja superior ao valor indicado nesta Norma, o defeito de variação do perfil
longitudinal em 10 m é caracterizado.

A utilização de corda referencial é o recurso mais simples para verificação do defeito. Entretanto,
podem ser utilizados outros dispositivos com maior exatidão para este fim, como níveis óticos
ou teodolitos (ver Figura 22).
10 m
Flecha vertical
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Figura 22 – Variação máxima do nivelamento longitudinal em 10 m

4.5.3.4 Desnivelamento transversal máximo em tangente

O defeito pode ser identificado visualmente observando pontos de desnivelamento na grade ferroviária.
Com o auxílio da régua de superelevação, medir a superelevação no local.

Caso exista superelevação acima dos valores descritos nesta Norma, de acordo com a velocidade,
o defeito é identificado.

4.5.3.5 Desnivelamento periódico ou sequencial na superelevação

4.5.3.5.1 Com auxílio da régua de superelevação e trena, verificar em um seguimento de 13 m


a 20 m se existem três variações consecutivas de superelevação acima do limite estabelecido nesta
Norma. Caso existam, o defeito é identificado (ver Figura 23).

4.5.3.5.2 Observar na grade ferroviária sequências de alterações da superelevação em curtas


distâncias. Vale relembrar que este tipo de defeito pode se pronunciar somente com a via em carga
(com a passagem de trens), então, também devem ser observados:

a) problemas de drenagem;
b) falta de lastro ou lastro contaminado por finos;
c) bolsões de lama;
d) dormentes em balanço;
e) acúmulo de água na via;
f) sequências de juntas.

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Figura 23 – Desnivelamento periódico ou sequencial na superelevação


Onde os sintomas críticos forem observados, devem ser somadas as medidas da Tabela 8.

Tabela 8 – Valores adicionais para medidas estáticas de superelevação


Tangente Curva
Tipo de trecho Sem Com Sem Com
sintomas sintomas sintomas sintomas
Linha principal
+ 5 mm + 10 mm + 5 mm + 10 mm
fora da região de junta
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Linha principal
+ 6 mm + 11 mm + 6 mm + 12 mm
em região de junta
Linha secundária ou ramal
+ 5 mm + 10 mm + 6 mm + 11 mm
fora da região de junta
Linha secundária ou ramal
+ 8 mm + 11 mm + 10 mm + 13 mm
em região de junta

4.5.3.6 Desalinhamento de curva em 20 m

4.5.3.6.1 Com o auxílio da trena, subdividir a curva a ser medida em estacas de 10 m utilizando
como referência o trilho externo da curva.

4.5.3.6.2 Utilizando uma corda de 20 m, esticada, medir a flecha obtida em relação ao trilho no
centro da corda. Avançar a corda para a estaca seguinte (10 m). Proceder com leituras e avanços
sucessivos da corda até o final da curva (ver Figura 14).

4.5.3.6.3 Registrar os valores das flechas medidas em toda a circular da curva. Calcular o valor
médio das flechas.

4.5.3.6.4 Subtrair o maior valor medido em relação à média das flechas calculadas. Caso o valor
esteja acima do prescrito nesta Norma, conforme a velocidade, o defeito de desalinhamento em curva
é caracterizado.

Vale ressaltar que veículos de inspeção automatizada verificam os defeitos sob carregamento, então,
o valor encontrado por estes veículos pode ser maior.

4.5.3.7 Excesso de superelevação na espiral

Com o auxílio da régua de superelevação, medir o valor da superelevação na espiral no ponto onde
existe afundamento (recalque) da fila de trilhos interna. De posse deste valor, verificar a distância
entre o ponto medido e o início da curva. Comparar o valor medido com o valor indicado no projeto
(ver Figura 24).

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Figura 24 – Excesso de superelevação na espiral

Caso o valor medido ultrapasse o valor indicado no projeto acima dos limites prescritos nesta Norma,
o defeito de excesso de superelevação na espiral é caracterizado.
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4.5.3.8 Deficiência máxima de superelevação

Identificar visualmente o ponto onde a curva perde superelevação e com a régua de superelevação
medir o valor encontrado no local (ver Figura 25). Caso a superelevação encontrada esteja
110 mm abaixo da recomendada para o projeto, o defeito de deficiência máxima de superelevação
é identificado.

(Superelevação X) < limite x

Figura 25 – Deficiência máxima de superelevação

4.5.3.9 Variação do grau de curvatura

4.5.3.9.1 O defeito de variação do grau de curvatura é caracterizado pela mudança de raio (não
planejada) acima dos limites estabelecidos. Esta medida considera a referência americana. Identificada
como a variação de flecha entre estacas consecutivas, medida em polegadas no centro de uma corda
de de 30,48 m (100 pés) de comprimento e deve ser feita pelo sistema americano de medição
(ver Figura 10).

Portanto, a curvatura deve permanecer uniforme durante todo desenvolvimento da curva.

O defeito é fácil de ser identificado visualmente; isto porque o defeito se pronuncia nas duas filas
de trilhos simultaneamente. A aferição do defeito para sua classificação deve ser feita utilizando corda
de 30 m.

Deve ser feita a identificação visual do defeito.

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Para vias com velocidade máxima autorizada até 64 km/h, com o auxílio de uma trena, registrar as estacas
espaçadas em 3 m no mínimo 50 m antes do ponto e 50 m após o ponto, conforme 4.5.3.9.2 a 4.5.3.9.9.

4.5.3.9.2 Esticar a corda de 30 m (dez estacas), com a extremidade posicionada na primeira estaca,
e fazer a leitura da flecha gerada no meio da corda (15 m).

4.5.3.9.3 Avançar com a corda para a estaca seguinte (3 m) e repetir a leitura da flecha.

4.5.3.9.4 Proceder com avanço da corda até o término das estacas registrando os valores encontrados.

4.5.3.9.5 Caso a diferença das flechas de estacas consecutivas ultrapasse 25,4 mm, o defeito de
variação do grau de curvatura é caracterizado.

4.5.3.9.6 Para vias com velocidade máxima autorizada igual ou superior a 65 km/h, com o auxílio de
uma trena, registrar estacas espaçadas de 5 m no mínimo 50 m antes do ponto e 50 m após o ponto.

4.5.3.9.7 Esticar a corda de 30 m (seis estacas), com a extremidade posicionada na primeira estaca,
e fazer a leitura da flecha gerada no meio da corda (15 m).

4.5.3.9.8 Avançar com a corda para a estaca seguinte (5 m) e repetir a leitura da flecha.
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4.5.3.9.9 Proceder com avanço da corda até o término das estacas registrando os valores encontrados.

Caso a diferença das flechas de estacas consecutivas ultrapasse 25,4 mm, o defeito de variação do
grau de curvatura é caracterizado (ver Figura 26).

5” = 5° = 127 mm

1” = 1° =25,4 mm

Figura 26 – Variação do grau de curvatura

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ABNT NBR 16387:2020

Bibliografia

[1]  FRA - Federal Railroad Administration, Department of transportation – FRA Part 213 Track Safety
Standards Compliance Manual – Chapter 5

[2]  CP Rail System – Track evaluation cars manual

[3]  RFFSA – Rede Ferroviária Federal S.A. – IVR-1/1986


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