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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15569
Segunda edição
17.04.2020

Sistema de aquecimento solar de água em


circuito direto — Requisitos de projeto e
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instalação
Direct solar water heating system — Design and installation requirements

ICS 91.140 ISBN 978-65-5659-044-8

Número de referência
ABNT NBR 15569:2020
52 páginas

© ABNT 2020
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Sumário Página

Prefácio...............................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos gerais................................................................................................................5
4.1 Documentação do projeto..................................................................................................5
4.2 Manual de operação e manutenção...................................................................................6
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4.2.1 Geral.....................................................................................................................................6
4.2.2 Detalhes de funcionamento do SAS..................................................................................6
4.2.3 Procedimentos de operação..............................................................................................6
4.2.4 Programa de manutenção..................................................................................................6
4.3 Documentação do SAS.......................................................................................................7
4.3.1 Geral.....................................................................................................................................7
4.3.2 Atribuições...........................................................................................................................7
4.3.3 Regulamentações legais e recomendações.....................................................................8
5 Concepção do sistema de aquecimento solar (SAS)......................................................8
5.1 Condições gerais................................................................................................................8
5.1.1 Materiais e componentes do SAS......................................................................................8
5.1.2 Coletores solares..............................................................................................................10
5.1.3 Sistema de armazenamento.............................................................................................10
5.2 Classificação do SAS........................................................................................................10
5.2.2 Arranjo................................................................................................................................ 11
5.2.3 Circulação.......................................................................................................................... 11
5.2.4 Regime............................................................................................................................... 11
5.2.5 Armazenamento................................................................................................................12
5.2.6 Alimentação.......................................................................................................................12
5.2.7 Alívio de pressão...............................................................................................................12
6 Operação, segurança e proteção.....................................................................................12
6.1 Considerações gerais.......................................................................................................12
6.2 Liberação de fluidos quentes...........................................................................................13
6.3 Queda de objetos..............................................................................................................13
6.4 Risco de fogo.....................................................................................................................13
6.5 Pressão e temperatura......................................................................................................13
6.6 Estagnação ou falta de energia elétrica..........................................................................13
6.7 Livre acesso.......................................................................................................................13
6.8 Proteção contra o congelamento....................................................................................13
6.8.1 Drenagem...........................................................................................................................13
6.8.2 Recirculação......................................................................................................................14
6.8.3 Aquecimento......................................................................................................................14
6.8.4 Materiais tolerantes ao congelamento............................................................................14
6.9 Proteção contra corrosão.................................................................................................14

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6.10 Proteção contrapressão negativa, acúmulo de ar, excesso de pressão positiva e


temperatura em reservatórios termossolares fechados...............................................14
6.11 Estruturas..........................................................................................................................17
6.12 Qualidade e disponibilidade da água..............................................................................17
6.13 Resistência do SAS e componentes...............................................................................17
7 Materiais e equipamentos................................................................................................17
7.1 Geral...................................................................................................................................17
7.2 Coletor solar......................................................................................................................18
7.3 Sistema de armazenamento.............................................................................................18
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7.4 Tubulações.........................................................................................................................18
7.5 Motobomba........................................................................................................................18
7.6 Dispositivos de segurança...............................................................................................18
7.7 Isolamento térmico...........................................................................................................19
7.8 Instrumentos......................................................................................................................19
8 Circuito hidráulico.............................................................................................................19
8.1 Considerações gerais.......................................................................................................19
8.2 Circuito primário...............................................................................................................19
8.2.1 Geral...................................................................................................................................19
8.2.2 Termossifão.......................................................................................................................19
8.2.3 Circulação forçada............................................................................................................21
8.3 Circuito secundário...........................................................................................................23
9 Dimensionamento.............................................................................................................23
10 Instalação...........................................................................................................................23
10.1 Análise preliminar.............................................................................................................23
10.2 Requisitos gerais..............................................................................................................23
10.2.1 Vazamentos........................................................................................................................23
10.2.2 Integridade dos coletores solares..................................................................................23
10.3 Coletores solares..............................................................................................................24
10.3.1 Materiais e equipamentos................................................................................................24
10.3.2 Orientação geográfica......................................................................................................24
10.3.3 Ângulo de inclinação........................................................................................................24
10.3.4 Requisitos..........................................................................................................................25
10.4 Reservatório termossolar.................................................................................................26
10.4.1 Local da instalação...........................................................................................................26
10.4.2 Alimentação de água fria..................................................................................................26
10.4.3 Proteção contra retorno de água quente........................................................................26
10.4.4 Instalação dos reservatórios termossolares.................................................................27
10.4.5 Proteção contrapressão negativa, acúmulo de ar, excesso de pressão positiva
e temperatura.....................................................................................................................28
10.4.6 Respiro...............................................................................................................................28
10.4.7 Válvula de segurança........................................................................................................28
10.4.8 Drenagem...........................................................................................................................29
10.5 Tubulação...........................................................................................................................29

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10.5.1 Geral...................................................................................................................................29
10.5.2 Conexões de serviço........................................................................................................29
10.5.3 Perfuração de coberturas.................................................................................................29
10.5.4 Suportes.............................................................................................................................29
10.5.5 Isolamento térmico...........................................................................................................30
10.6 Motobomba........................................................................................................................30
10.7 Componentes e acessórios..............................................................................................30
10.7.1 Geral...................................................................................................................................30
10.7.2 Filtro...................................................................................................................................31
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10.7.3 Controles e dispositivos de segurança..........................................................................31


10.7.4 Sensores............................................................................................................................31
10.7.5 Instrumentos......................................................................................................................31
10.8 Manutenção do SAS..........................................................................................................31
10.9 Armazenamento e transporte...........................................................................................32
11 Comissionamento.............................................................................................................32
11.1 Verificação visual do SAS................................................................................................32
11.2 Verificação de estanqueidade..........................................................................................32
11.3 Verificação de fluxo de água............................................................................................33
11.4 Verificação de proteção ao congelamento.....................................................................33
11.5 Início de operação.............................................................................................................33
Anexo A (informativo) Esquema evidenciando os circuitos primário e secundário do SAS........34
Anexo B (informativo) Metodologia de cálculo de fração solar......................................................35
B.1 Metodologia de cálculo 1..................................................................................................35
B.2 Metodologia de cálculo 2..................................................................................................35
B.3 Etapas de dimensionamento............................................................................................35
B.3.1 Calcular o volume de consumo de água quente de acordo com a Equação 1...........35
B.3.2 Calcular o volume do sistema de armazenamento, conforme a Equação 2................36
B.3.3 Calcular a demanda de energia útil, conforme a Equação 3.........................................36
B.3.4 Calcular a área coletora, conforme Equação 4:.............................................................37
B.3.6 Exemplo de dimensionamento........................................................................................38
Anexo C (informativo) Valores sugeridos para consumo diário de água quente..........................40
Anexo D (informativo) Irradiação global média anual diária nas regiões brasileiras....................41
Anexo E (informativo) Roteiro de verificações preliminares para avaliação de viabilidade para
instalação do SAS.............................................................................................................51
Bibliografia..........................................................................................................................................52

Figuras
Figura 1 – Reservatório termossolar fechado para atmosfera......................................................16
Figura 2 – Esquema de circuito para termossifão..........................................................................20
Figura 3 – Esquema de circuito para circulação forçada...............................................................22
Figura 4 – Orientação geográfica dos coletores solares...............................................................24
Figura 5 – Ângulo de inclinação dos coletores solares.................................................................24

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Figura 6 – Exemplos de sifão............................................................................................................27


Figura A.1 – Esquema dos circuitos primário e secundário do SAS............................................34

Tabelas
Tabela 1 – Componentes do SAS........................................................................................................9
Tabela 2 – Classificação do SAS....................................................................................................... 11
Tabela C.1 – Consumo dos pontos de utilização de água quente.................................................40
Tabela D.1 – Irradiação global média anual diária e temperatura média ambiente......................41
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.


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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 15569 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação
e Aquecimento (ABNT/CB-055), pela Comissão de Estudo de Equipamentos e sistemas para
aproveitamento térmico da energia solar (CE-055:003.001). O 1º Projeto de Revisão circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 21.06.2018 a 20.08.2018. O 2º Projeto de Revisão
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 30.01.2020 a 05.03.2020.

A ABNT NBR 15569:2020 cancela e substitui a ABNT NBR 15569:2008, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 15569 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the design and installation requirements for the solar heating system (SAS),
considering conception aspects, scaling, hydraulic adjusts, installation and maintenance, whose
transportation fluid is the water.

This Standard applies to SAS composed of solar collectors, with or without solar thermosolar tanks,
with eventual auxiliary water heating system and with water circulation in the solar collectors by
thermosyphon or by forced circulation.

This Standard is not applicable either for swimming pool water heating or to solar heating systems in
indirect circuit.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15569:2020

Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto — Requisitos de


projeto e instalação

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos de projeto e instalação para o sistema de aquecimento solar
(SAS), considerando aspectos de concepção, dimensionamento, arranjo hidráulico, instalação
e manutenção, onde o fluido de transporte é a água.
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Esta Norma é aplicável ao SAS composto por coletor(es) solar(es), reservatório(s) termossolar(es)
com ou sem sistema de aquecimento auxiliar de água e com circulação de água nos coletor(es)
solar(es), por termossifão ou por circulação forçada.

Esta Norma não é aplicável ao aquecimento de água de piscinas nem a sistemas de aquecimento
solar em circuito indireto.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5419 (todas as partes), Proteção contra descargas atmosféricas

ABNT NBR 5626, Instalação predial de água fria

ABNT NBR 6120, Cargas para cálculo de estrutura de edificações

ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações

ABNT NBR 7198, Projeto e execução de instalações prediais de água quente

ABNT NBR 10185, Reservatórios térmicos para líquidos destinados a sistemas de energia solar –
Determinação do desempenho térmico

ABNT NBR 13103, Instalação de aparelhos a gás para uso residencial – Requisitos

ABNT NBR 15526, Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais –
Projeto e execução

ABNT NBR 15747-1, Sistemas solares térmicos e seus componentes – Coletores solares –
Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 15747-2, Sistemas solares térmicos e seus componentes – Coletores solares –
Parte 2: Métodos de ensaio

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ABNT NBR 15569:2020

ABNT NBR 16641, Requisitos específicos em reservatórios para utilização em sistemas de acumulação
de energia térmica solar – Segurança mecânica e elétrica

ISO 9459-2, Solar heating – Domestic water heating systems – Part 2: Outdoor test methods for
system performance characterization and yearly performance prediction of solar-only systems

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
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3.1
área coletora
soma total da área externa de todos os coletores do SAS

3.2
circuito direto
processo de aquecimento onde o fluido a ser utilizado é o mesmo que circula pelos coletores solares

3.3
circuito primário
processo hidráulico existente entre os coletores solares e o(s) reservatório(s) termossolar(es) (ver Anexo A)

3.4
circuito secundário
processo hidráulico existente entre a alimentação de água fria e os pontos de consumo (ver Anexo A)

3.5
circulação forçada
circulação de água no sistema de aquecimento solar devido predominantemente à imposição externa
de pressão no circuito hidráulico (por exemplo, por meio de uma motobomba)

3.6
circulação natural
circulação por termossifão
circulação de água no sistema de aquecimento solar devida ao fenômeno de termossifão, que con-
siste na movimentação de um fluido cuja força motriz tem origem na diferença de densidade decor-
rente da variação de sua temperatura

3.7
coletor solar plano
coletor solar sem concentração em que a superfície de absorção é essencialmente plana

3.7.1
coletor solar fechado
dispositivo que absorve a radiação solar incidente transferindo-a para um fluido de trabalho sob
a forma de energia térmica, possuindo uma cobertura transparente sobre o absorvedor

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3.7.2
coletor solar de tubo a vácuo
coletor empregando tubulação transparente (normalmente vidro) com vácuo entre a parede do tubo
e o absorvedor

NOTA O absorvedor pode consistir em um tubo interno ou outra forma, com meios para transferência da
energia térmica.

3.7.3
coletor solar aberto
dispositivo que absorve a radiação solar incidente transferindo-a para um fluido de trabalho sob
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a forma de energia térmica que não possui caixa e cobertura transparente

3.8
dispositivo de pressurização
dispositivo eletromecânico destinado a manter pressurizada a rede de distribuição hidráulica

3.9
energia útil
energia que, de maneira efetiva, se aproveita em um processo para incrementar a temperatura de um
fluido de trabalho, depois de converter a energia solar disponível em energia térmica

3.10
fluido de trabalho
água ou qualquer outro meio utilizado para o transporte de energia em um sistema de aquecimento de
água por meio do aproveitamento da energia solar

3.11
fração solar
parcela de energia requerida para aquecimento da água que é suprida pela energia solar, em média anual

3.12
profissional capacitado
trabalhador que receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado
e autorizado e que trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado [1]

3.13
profissional habilitado
trabalhador previamente qualificado e com registro no órgão competente [1]

3.14
profissional qualificado
trabalhador que possua certificado de conclusão de curso específico na área, reconhecido pelo sis-
tema oficial de ensino [1]

3.15
respiro
dispositivo destinado à equalização natural das pressões positivas e negativas do SAS, saída de ar
e vapor

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3.16
reservatório termossolar
recipiente para acumular a energia térmica na forma de água quente com opção de dispositivos incor-
porados para controlar a temperatura da água

NOTA Este tipo de reservatório possui pontos específicos de entrada e saída para interligação com
o coletor solar.

3.17
sifão
trecho da tubulação em forma de “U” que serve para a passagem de líquidos e dificulta o fluxo devido
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à convecção natural

3.18
sistema de aquecimento solar
SAS
sistema composto por coletor solar, reservatório termossolar, com ou sem aquecimento auxiliar e/ou
acessórios e suas interligações hidráulicas, que funciona por circulação natural ou forçada

3.19
sistema de armazenamento
sistema composto por um ou mais reservatórios termossolares

3.20
válvula de segurança de pressão
dispositivo mecânico atuado por pressão, mantido fechado, projetado para abrir automaticamente
e reduzir a pressão quando esta atingir um valor pré-ajustado. A válvula é provida de acionamento
manual e/ou mecânico de abertura para teste de funcionamento e limpeza ou ensaio

3.21
válvula de segurança de temperatura
dispositivo de segurança atuado pela temperatura projetado para abrir automaticamente quando esta
atingir um valor pré-ajustado

3.22
válvula de segurança combinada por temperatura e pressão
TP
dispositivo de segurança atuado por pressão e temperatura, mantido fechado por dispositivo mecâ-
nico, projetado para abrir automaticamente e reduzindo a pressão e a temperatura, quando esta atin-
gir um valor pré-ajustado

3.23
tubo a vácuo
componente de um coletor solar de tubo a vácuo de vidro duplo do qual tanto o tubo interno como
o tubo do envelope são feitos de vidro

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4 Requisitos gerais
4.1 Documentação do projeto

A documentação do projeto deve contemplar no mínimo os seguintes elementos:

a) premissas de cálculo;

b) dimensionamento;

c) fração solar;
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d) produção mensal específica de energia (PMEe);

e) memorial descritivo;

f) volume de armazenamento;

g) pressão de trabalho;

h) fontes de abastecimento de água;

i) área coletora;

j) ângulos de orientação e de inclinação dos coletores solares;

k) estudo de sombreamento;

l) previsão de dispositivos de segurança;

m) massa dos principais componentes;

n) considerações a respeito de propriedades físico-químicas da água;

o) localização, incluindo endereço;

p) indicação do norte geográfico;

q) planta, corte, isométrico, vista, detalhe e diagrama esquemático necessários, para perfeita com-
preensão das interligações hidráulicas e interfaces dos principais componentes;

r) esquema, detalhes e especificação para operação e controle de componentes elétricos


(quando aplicável);

s) especificação dos coletores solares e reservatórios termossolares;

t) especificação de tubos, conexões, isolamento térmico, válvulas e motobomba;

u) tipos e localização de suportes e métodos de fixação de equipamentos, quando aplicável;

v) especificação do sistema de aquecimento auxiliar.

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4.2 Manual de operação e manutenção

4.2.1 Geral

O profissional capacitado ou qualificado deve instruir o responsável pelo uso do SAS sobre o método
de sua operação e entregar no mínimo a documentação contendo as seguintes informações:

a) contatos dos responsáveis técnicos pelo projeto, execução e entrega do SAS;

b) nome, telefone, endereço físico e eletrônico do fornecedor/ fabricante do produto;


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c) modelo e características dos equipamentos contidos no SAS;

d) descrição do funcionamento do SAS;

e) procedimentos para operação e manutenção do SAS;

f) programa de manutenção do SAS;

g) garantias e condições de exclusão da garantia.

4.2.2 Detalhes de funcionamento do SAS

A descrição do funcionamento do SAS deve contemplar:

a) diagrama do SAS, mostrando seus componentes e suas inter-relações no sistema típico instalado;

b) diagramas elétricos e de fluxo (se aplicável).

4.2.3 Procedimentos de operação

Os procedimentos de operação devem contemplar:

a) procedimentos para partida do sistema;

b) rotinas de operação;

c) procedimentos de desligamento do SAS em situações de emergência e de segurança.

4.2.4 Programa de manutenção

O programa de manutenção deve contemplar no mínimo:

a) quadro sintomático com os problemas mais comuns, seus sintomas e soluções;

b) descritivo da limpeza periódica dos coletores solares e reservatórios termossolares indicando


os materiais adequados a serem utilizados;

c) descritivo para drenagem e reabastecimento;

d) inspeção periódica de corrosão;

e) inspeção periódica dos elementos instalados contra corrosão (quando aplicável);

f) inspeção periódica do sistema de anticongelamento (quando aplicável);

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g) inspeção dos componentes elétricos e cabos de interligação (quando aplicável);

h) inspeção periódica do sistema de fixação e suporte dos componentes do SAS;

i) inspeção periódica do sistema de aquecimento auxiliar (quando aplicável).

4.3 Documentação do SAS

4.3.1 Geral

O responsável pelo uso do SAS deve solicitar e manter os seguintes documentos:


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a) projeto;

b) manual de operação e manutenção;

c) documentação necessária para a análise e aprovação das autoridades competentes conforme


legislações vigentes aplicáveis para elaboração do projeto e da instalação;

d) registros de manutenção.

Recomenda-se que os documentos citados estejam sempre disponíveis e que sejam de fácil acesso
para análise, no local da instalação.

4.3.2 Atribuições

O projeto do SAS deve ser elaborado por profissional habilitado, conforme legislação vigente.

O sistema de aquecimento solar deve ser executado em conformidade com o projeto. Qualquer alte-
ração no projeto do SAS deve ser registrada e executada após aprovação do profissional habilitado
responsável pelo projeto.

A instalação do SAS deve ser supervisionada por profissional habilitado e deve ser acompanhada da
respectiva ART.

O profissional capacitado ou qualificado do SAS deve estar de posse dos procedimentos definidos
e ser qualificado para execução dos serviços, bem como registros e evidências que possam comprovar
tal capacitação.

A equipe responsável pela instalação do SAS deve possuir no mínimo as capacitações em:

a) instalações de sistemas de aquecimento solar;

b) instalações hidráulicas;

c) instalações elétricas em baixa tensão (quando aplicável);

d) instalações de redes internas de gases combustíveis (quando aplicável);

e) segurança na realização de serviços de instalações de SAS;

f) segurança de trabalhos em altura.

A entrega do SAS deve ser realizada por profissional capacitado, qualificado ou habilitado.

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4.3.3 Regulamentações legais e recomendações

Recomenda-se a análise adequada dos materiais e equipamentos a serem utilizados, e dos serviços
de projeto, de instalação e de manutenção, bem como o atendimento aos requisitos de projeto defini-
dos para o funcionamento adequado do SAS.

Em relação aos materiais e equipamentos, deve-se assegurar de que eles atendam aos requisitos das
normas de especificação aplicáveis.

Com relação à prestação de serviços, deve-se assegurar a capacidade e gestão organizacional das
empresas, principalmente em relação aos requisitos de qualidade, de segurança e de meio ambiente,
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bem como a adequada capacitação da mão-de-obra empregada na realização de cada tipo de ser-
viço executado.

5 Concepção do sistema de aquecimento solar (SAS)


5.1 Condições gerais

O SAS é constituído basicamente por três elementos principais:

a) coletor(es) solar(es);

b) reservatório(s) termossolar(es)

c) sistema de aquecimento auxiliar.

O projeto do SAS deve considerar e especificar a vida útil projetada para cada um dos elementos
principais. A transferência de energia entre cada um destes elementos é assegurada pelos seguin-
tes circuitos:

a) primário (transferência de energia captada nos coletores para seu armazenamento), ver Anexo A;

b) secundário (abastecimento e distribuição da água na rede), ver Anexo A.

5.1.1 Materiais e componentes do SAS

Os materiais e componentes do SAS e suas interligações devem ser especificados de maneira que
contemplem a dilatação térmica, característica de cada material em função da variação da tempera-
tura do SAS. As medidas necessárias para acomodar as dilatações devem ser previstas em projeto.

Os componentes que contenham partes móveis, com manutenção adequada, devem ser capazes de
cumprir a função para a qual tenham sido projetados sem desgaste ou deterioração excessiva.

Os coletores solares, reservatórios termossolares, motobombas, válvulas, tubulações e outros com-


ponentes devem operar corretamente dentro dos intervalos de pressão e temperatura de projeto e
suportar as condições ambientais previstas para o funcionamento real sem a redução da vida útil
projetada para o sistema.

Deve-se prever que o SAS resista a períodos sem consumo de água quente sem deterioração signifi-
cativa do sistema e de seus componentes.

O SAS deve estar projetado de modo a suportar falhas no fornecimento de energia e de água evitando
que haja danos aos seus componentes.

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Os materiais incompatíveis do ponto de vista de corrosão, erosão e incrustação devem ser protegidos
ou tratados para prevenir degradação dentro das condições de serviço.

A Tabela 1 apresenta os componentes e suas respectivas funções para o SAS.

Tabela 1 – Componentes do SAS


Componente Função
Coletor solar Converter energia solar em energia térmica.
Controlar o funcionamento da motobomba hidráulica
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Controlador diferencial
do sistema de aquecimento solar por circulação forçada
de temperatura
e eventualmente possui funções de segurança.
Proteger o sistema contra variações de pressão e
Dispositivo de expansão
expansão volumétrica durante o funcionamento do SAS.
Dreno Possibilitar o escoamento ou drenagem da água do SAS.
Equipamento auxiliar de
Suprir a demanda térmica complementar do SAS.
aquecimento
Minimizar perdas térmicas dos componentes e acessórios
Isolamento térmico
do SAS.
Motobomba Promover a circulação forçada da água pelo SAS.
Reservatório termossolar Acumular energia térmica na forma de água aquecida.
Equalizar pressões positivas e negativas do SAS
Respiro
e permitir a saída de ar e vapor
Medir a temperatura da água em pontos específicos
Sensor de temperatura
do SAS.
Interconectar os componentes e transportar
Tubos e conexões
água aquecida.
Aliviar automaticamente a pressão do SAS caso
Válvula de segurança de pressão
a pressão máxima seja atingida.
Válvula de retenção Não permitir o movimento reverso da água.
Válvula de segurança de Dispositivo de segurança acionado quando a pressão
temperatura e pressão ou a temperatura ultrapassam os valores ajustados.
Dispositivo de segurança, atuado pela temperatura e
Válvula de segurança
projetado para abrir automaticamente, quando esta
de temperatura
atingir um valor pré-ajustado.
Válvula eliminadora de ar Permitir a saída de ar do SAS.
Aliviar pressões negativas formadas durante
Válvula quebra-vácuo
o funcionamento do SAS permitindo a entrada de ar.

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5.1.2 Coletores solares

Para o dimensionamento dos coletores solares deve-se considerar, entre outros aspectos, as caracte-
rísticas de consumo, as temperaturas de armazenamento, a pressão de trabalho e as características
da água.

A seleção dos coletores solares deve considerar os seguintes parâmetros:

a) curva de eficiência térmica instantânea para a aplicação pretendida;

b) características de instalação do(s) coletor(es) como localidade, orientação, inclinação e sombreamento;


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c) compatibilidade de uso.

5.1.3 Sistema de armazenamento

Para o dimensionamento do sistema de armazenamento deve-se considerar entre outros aspectos,


as características de consumo, as temperaturas de armazenamento, a pressão de trabalho e as carac-
terísticas da água.

A seleção do sistema de armazenamento deve considerar os seguintes parâmetros:

a) as perdas térmicas;

b) a estratificação térmica;

c) a compatibilidade de uso.

Devem ser tomadas as precauções necessárias para prever as variações volumétricas e térmicas da
água sem que a sua pressão supere as condições de trabalho do SAS.

5.1.4 Sistema de aquecimento auxiliar

Quando aplicável, deve ser previsto um sistema de aquecimento auxiliar para complementar a demanda
energética para o perfil de consumo previsto.

A especificação do sistema de aquecimento auxiliar e seu modo de funcionamento devem considerar


a influência que esta causa no desempenho do SAS.

A especificação do sistema de aquecimento auxiliar, de qualquer tipo, deve priorizar o aquecimento


solar. O sistema de aquecimento auxiliar pode ser utilizado em série ou em paralelo com o reser-
vatório termossolar desde que seja compatível com as temperaturas do sistema, em relação ao cir-
cuito secundário.

5.2 Classificação do SAS

5.2.1 O SAS pode ser classificado conforme a Tabela 2.

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Tabela 2 – Classificação do SAS


Atributo Categorias
Solar com aquecimento auxiliar, somente solar ou
Arranjo
preaquecimento solar
Circulação Natural (termossifão) ou forçada
Regime Acumulação ou passagem
Armazenamento Convencional, acoplado ou integrado
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Alimentação Exclusiva ou não exclusiva


Alívio de pressão Respiro ou conjunto de válvulas

5.2.2 Arranjo

5.2.2.1 Solar com aquecimento auxiliar

Sistema que utiliza de forma integrada ambas as fontes de energia solar e auxiliar e é capaz de propor-
cionar um serviço específico de água quente, independentemente da disponibilidade de energia solar.

5.2.2.2 Somente solar

Sistema sem uso de aquecimento auxiliar.

5.2.2.3 Preaquecimento solar

Sistema que não atinge a temperatura final de uso.

EXEMPLO Preaquecimento solar de caldeira a vapor.

5.2.3 Circulação

5.2.3.1 Natural ou termossifão

Sistema que utiliza somente a mudança de densidade do fluido de trabalho para obter a circulação
entre o coletor e o dispositivo de armazenamento.

5.2.3.2 Forçada

Sistema em que o fluido de trabalho é forçado a circular entre o coletor e o reservatório termossolar
por pressão gerada externamente (por exemplo, motobomba).

5.2.4 Regime

5.2.4.1 Acumulação

Sistema em que água circula entre os coletores solares e o dispositivo de armazenamento durante
os períodos de funcionamento.

5.2.4.2 Passagem

Sistema em que a água a ser aquecida passa diretamente desde os coletores solares até o uso.

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5.2.5 Armazenamento

5.2.5.1 Convencional

Sistema em que o dispositivo de armazenamento está separado do coletor e localizado a certa dis-
tância deste.

5.2.5.2 Acoplado ou compacto

SAS composto por coletor(es) solar(es), reservatório(s) termossolar(es) e caixa d’água, dispostos
muito próximos uns aos outros ou montados sobre mesma base ou suporte.
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5.2.5.3 Integrado

Sistema em que as funções de coleta e armazenamento de energia solar são realizadas dentro do
mesmo dispositivo.

5.2.6 Alimentação

5.2.6.1 Exclusiva

Sistema em que a alimentação de água fria abastece somente o SAS.

5.2.6.2 Não exclusiva

Sistema em que a alimentação de água fria abastece o SAS e outros pontos de consumo.

5.2.7 Alívio de pressão

5.2.7.1 Respiro

Tubo ascendente interligado ao reservatório termossolar, responsável pela equalização das pressões
internas do reservatório termossolar, como pressão positiva, pressão negativa, saída de vapor etc.
O respiro deve ultrapassar o nível máximo da água da caixa d’água em no mínimo 0,30 m e não pode
possuir nenhum meio de obstrução entre a atmosfera e o reservatório termossolar.

5.2.7.2 Conjunto de válvulas

Sistema em que a equalização das pressões positivas e negativas do SAS, saída de ar e vapor são
realizada por dispositivos mecânicos.

6 Operação, segurança e proteção


6.1 Considerações gerais

Quando da interligação do SAS com outros sistemas, o profissional capacitado ou qualificado deve
tomar os devidos cuidados para que não comprometa a segurança do equipamento existente.

Nos sistemas projetados com drenagem automática, as válvulas devem estar conectadas a uma tubu-
lação e a um dreno apropriados.

Controles, sensores, motobombas e válvulas devem ser identificados de acordo com sua função.

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Qualquer controle para desligamento de emergência deve ser identificado de maneira indelével e per-
manente. A instalação de dispositivos elétricos deve atender à ABNT NBR 5410.

A instalação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas deve atender à ABNT NBR 5419
(todas as partes).

A instalação de dispositivos a gás deve atender às ABNT NBR 15526 e ABNT NBR 13103.

A alimentação e a distribuição hidráulica de água devem atender às ABNT NBR 7198 e ABNT NBR 5626.

O SAS deve ser provido de dispositivos de segurança e proteção aplicáveis e não podem causar
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danos estruturais, contaminar a água, criar risco de fogo e colocar em risco a saúde ou segurança.

6.2 Liberação de fluidos quentes

A liberação de água aquecida e vapor devem ser conduzidos para local apropriado de forma a evitar
acidentes e danos.

6.3 Queda de objetos

Os coletores solares que utilizem vidro devem ser instalados de forma a evitar acidentes e danos no
caso de uma eventual quebra e/ou quedas.

6.4 Risco de fogo

Os materiais utilizados no SAS devem cumprir os requisitos aplicáveis à segurança contra combustão
ou incêndio conforme as Normas e legislações vigentes.

6.5 Pressão e temperatura

Os componentes do SAS devem ser capazes de operar nas faixas de pressão e temperatura especi-
ficadas em projeto ou declaradas pelo fabricante (inclusive componentes que sofrem exposição direta
à radiação solar).

6.6 Estagnação ou falta de energia elétrica

O SAS deve ser capaz de resistir a períodos de estagnação (alto fluxo solar e baixa demanda) sem
prejuízo ao sistema. Isto inclui as condições imperantes durante falta de energia elétrica.

6.7 Livre acesso

A instalação do SAS deve ser feita em local que possibilite a sua manutenção e não prejudique o movi-
mento de pessoas e cargas.

6.8 Proteção contra o congelamento

Nos locais que apresentam condições de congelamento da água deve-se prever a proteção adequada
do SAS exemplificadas pelas que se seguem, mas não se limitando a elas:

6.8.1 Drenagem

Sistema que prevê a drenagem controlada do fluido de trabalho. Não é indicado para localidades com
invernos rigorosos.

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6.8.2 Recirculação

Sistema que promove a circulação forçada do fluido de trabalho.

6.8.3 Aquecimento

Sistema que prevê o aquecimento por meio de resistência de baixo consumo para produzir calor no
coletor e na tubulação.

6.8.4 Materiais tolerantes ao congelamento


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Materiais que podem ser submetidos a ciclos de congelamento e degelo enquanto preenchidos com água.

Algumas dessas proteções podem requerer manutenção preventiva e essas devem ser observadas
para assegurar seu bom funcionamento.

6.9 Proteção contra corrosão

Nos locais ou situações que apresentem condições de ocorrência de corrosão, deve-se prever a pro-
teção e especificação adequada dos componentes do SAS.

Outros materiais incompatíveis do ponto de vista de corrosão, erosão e incrustação devem ser prote-
gidos ou tratados para evitar degradação excessiva.

6.10 Proteção contra a pressão negativa, acúmulo de ar, excesso de pressão positiva
e temperatura em reservatórios termossolares fechados

6.10.1 Devem ser previstos meios de limitar a pressão no reservatório termossolar a valores que
não ultrapassem os limites especificados pelo fabricante. Um dispositivo de alívio de pressão deve
ser usado para este propósito; por exemplo, respiro, válvula de alívio, válvula quebra-vácuo e válvula
eliminadora de ar.

6.10.2 Devem ser previstos meios para eliminar o vapor d’água e as bolhas de ar geradas no SAS.
Um dispositivo de alívio de ar deve ser usado para este propósito; por exemplo, respiro ou válvula de
alívio de ar.

6.10.3 O SAS que não possui em sua instalação um respiro deve ser provido de:

a) válvula de alívio de pressão regulada para a pressão de trabalho do equipamento;

b) dispositivo quebra-vácuo, com o objetivo de prevenir o colapso do reservatório termossolar em


caso de redução interna de pressão do equipamento;

c) dispositivo capaz de eliminar ar e bolhas de vapor.

6.10.4 Os reservatórios termossolares fechados devem possuir na alimentação de água fria e antes
da válvula de retenção um dispositivo que permita a absorção da expansão volumétrica térmica da
água armazenada no tanque, variações de pressão e golpe de aríete.

EXCEÇÃO Aplicações com alimentação exclusiva de água fria e sem válvula de retenção nesta alimentação.

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6.10.5 O dimensionamento desse dispositivo deve considerar a temperatura máxima, a pressão de


trabalho e a pressão máxima admissível do sistema. O dispositivo deve ser calibrado adequadamente
para o seu correto funcionamento, conforme especificação do fabricante.

Os reservatórios termossolares fechados devem ser providos de dispositivo de segurança atuado


pela temperatura e pressão projetado para abrir automaticamente, quando um valor pré-ajustado for
atingido. Os reservatórios termossolares fechados devem ser providos de dispositivos de segurança,
conjugados ou não, que permitam:

a) a eliminação de vapor d’água e de bolhas geradas no SAS;


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b) o alívio da pressão, caso exceda a pressão de trabalho do reservatório;

c) evitar seu colapso devido a pressões negativas.

6.10.6 O dispositivo deve ser provido de acionamento manual e/ou mecânico de abertura para ensaio
de funcionamento e limpeza, devendo ter um valor fixo e não permitir ajuste. A especificação do dis-
positivo deve ser definida pelo fabricante do reservatório, ver Figura 1.

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Legenda

01 coletor solar
02 reservatório termossolar
03 caixa de água fria
04 motobomba
05 vaso de expansão exclusivo
06 manômetro
07 válvula de retenção
08 válvula limitadora de pressão e temperatura
09 válvula quebra vácuo
10 válvula eliminadora de ar
11 válvula misturadora (se aplicável)
12 ponto de consumo de água
13 registro gaveta ou válvula-esfera
14 dreno
15 tampão ou plugue
16 registro de pressão
17 alimentação de água com válvula boia
18 válvula de anticongelamento (quando aplicável)

Figura 1 – Reservatório termossolar fechado para atmosfera

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6.11 Estruturas

As estruturas projetadas para o sistema solar e seus componentes de montagem devem estar basea-
das em práticas gerais aceitas de engenharia. Todo o carregamento, inclusive o de vento, deve estar
de acordo com as ABNT NBR 6120 e ABNT NBR 6123.

Equipamentos para montagem em parede devem ser fornecidos com suportes resistentes para sua
fixação à parede. A conformidade é verificada por inspeção.

6.12 Qualidade e disponibilidade da água


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O profissional capacitado ou qualificado e o projetista devem atentar para a qualidade da água no local
da instalação, verificando se o equipamento especificado está de acordo com os padrões mínimos
exigidos para a instalação do SAS, bem como as condições da oferta de água no local do projeto,
o regime de variação de pressão, constância de fornecimento, eventuais limitações nas vazões dispo-
níveis etc. Para isso, recomenda-se consultar a concessionária local de água.

Apesar de atender aos padrões de potabilidade, algumas águas podem favorecer incrustações e pro-
cessos corrosivos dos componentes metálicos do SAS. Nestes casos, pode ser necessária a adequa-
ção das características da água por meio de tratamento adequado, ou outros recursos, sem, contudo,
alterar sua potabilidade.

Sempre que for utilizada água proveniente de poços ou de outras fontes que não a da concessioná-
ria local de água, recomenda-se consultar os órgãos competentes para verificar suas características
físico-químicas e assegurar que ela atenda não somente aos padrões de potabilidade, mas, também,
padrões que não permitam incrustações e processos corrosivos que possam causar danos aos com-
ponentes do SAS. Pode ser necessária a adequação das características da água por meio de trata-
mento adequado ou outros recursos.

A instalação deve ser executada de maneira que seu funcionamento não altere as condições de uso
da água.

6.13 Resistência do SAS e componentes

O SAS e a sua estrutura de apoio, incluindo os componentes da edificação, devem considerar:

a) o peso próprio do coletor solar, dos componentes e do reservatório termossolar em regime de trabalho;

b) as sobrecargas, incluindo o vento;

c) a expansão e a contração térmica;

d) as ações corrosivas.

7 Materiais e equipamentos
7.1 Geral

Os materiais ou equipamentos não contemplados nesta Norma podem ser utilizados, desde que sejam
ensaiados para determinar se são seguros e aplicáveis aos propósitos estabelecidos nesta Norma e,
adicionalmente, devem possuir justificativas explícitas para sua utilização, além de serem assegura-
dos pelos fornecedores.

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Os componentes expostos a fontes externas de calor e/ou radiação ultravioleta, especialmente


os plásticos devem ser protegidos para evitar sua degradação.

As tubulações, especialmente de materiais plásticos, não podem suportar solicitações mecânicas


além das especificadas pelo fornecedor. Caso sejam instaladas em locais sujeitos a impactos hidráu-
licos e mecânicos, elas devem ser protegidas contra eles.

As tubulações, especialmente de materiais plásticos, sujeitas a variação termodimensional devem ser


projetadas para absorver as acomodações devido à sua dilatação térmica.

7.2 Coletor solar


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Os coletores solares devem atender à ABNT NBR 15747-1 e ABNT NBR 15747-2 e a ISO 9459- 2
e às legislações vigentes.

Os coletores solares devem ser capazes de operar nas faixas de pressão, temperatura e demais con-
dições especificadas em projeto.

7.3 Sistema de armazenamento

Os reservatórios termossolares devem atender às ABNT NBR 10185, ABNT NBR 16641 e as legisla-
ções vigentes.

Os sistemas de armazenamento devem ser capazes de operar nas faixas de pressão, temperatura e
demais condições especificadas em projeto, incluindo resistência de exposição direta à radiação solar,
se aplicável.

7.4 Tubulações

Os tubos, conexões e acessórios devem ser capazes de suportar os fluidos nas máximas temperaturas
e pressão encontradas no SAS sem apresentar vazamentos, deformações ou degradação excessiva.

A tubulação e seus acessórios devem ser dimensionados para transportar o fluido de trabalho nas
vazões de projeto sem excessivo ruído ou vibração, o que pode induzir a altos níveis de tensões
mecânicas suficientes para causar danos.

7.5 Motobomba

A motobomba deve ser capaz de operar nas faixas de pressão, de vazão, de temperatura, aspectos
de corrosão e demais condições especificadas em projeto.

O grau de proteção da motobomba deve ser compatível com o local de instalação.

7.6 Dispositivos de segurança

Os dispositivos de segurança devem ser capazes de operar nas faixas de pressão, de temperatura
e demais condições especificadas em projeto.

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7.7 Isolamento térmico

A tubulação deve ser isolada termicamente em instalações embutidas ou aparentes e os materiais


isolantes devem atender aos seguintes requisitos:

a) permanecer estáveis na temperatura máxima a que são expostos em serviço;

b) serem auto-extinguíveis à chama;

c) serem protegidos contra ação de intempéries e radiação ultravioleta, quando expostos ao tempo.
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7.8 Instrumentos

Os equipamentos indicadores devem ser construídos de materiais e de componentes capazes de


suportar à máxima temperatura, à pressão e à vazão, sem que haja danos ao componente e ao SAS.

8 Circuito hidráulico
8.1 Considerações gerais

O projeto do circuito hidráulico do SAS deve contemplar a proporcionalidade das vazões nos coleto-
res de forma a evitar um desequilíbrio hidráulico. Os registros e/ou válvulas devem ser previstos para
permitir a manutenção dos principais componentes do sistema.

8.2 Circuito primário

8.2.1 Geral

A circulação do circuito primário pode ser realizada por termossifão ou circulação forçada. Em siste-
mas onde haja limite de temperatura máxima do reservatório termossolar ou quando a perda de carga
do circuito primário for grande, recomenda-se a utilização de circulação forçada.

8.2.2 Termossifão

A Figura 2 apresenta o esquema simplificado do circuito para termossifão com os componentes bási-
cos para o seu correto funcionamento.

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a) Inclinação da placa e tubulação

b) Circuito completo

Legenda

01 coletor solar
02 reservatório termossolar
03 registro-esfera ou gaveta
04 respiro
05 tampão ou plugue
06 alimentação de água fria
07 consumo de água quente
08 sifão em “U”, mínimo de 30 cm
09 dreno (registro-esfera ou gaveta)
10 caixa de água fria
11 alimentação de água fria com válvula boia

Figura 2 – Esquema de circuito para termossifão

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Os seguintes parâmetros devem ser considerados na instalação do SAS, conforme a especificação,


o manual de instruções ou o projeto:

a) h é a altura mínima entre a parte superior do coletor e a parte inferior do reservatório;

b) β é o ângulo de inclinação do coletor em relação ao plano horizontal;

NOTA Verificar a inclinação adequada do coletor para maximizar o funcionamento do SAS, ver Seção 10.3.

c) α é o ângulo de inclinação da tubulação de retorno em relação ao plano horizontal.


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8.2.2.1 Perda de carga

Considerando a pequena força que causa a circulação de água em um sistema com termossifão,
devem ser observadas as seguintes especificações com o intuito de minimizar a perda de carga no
circuito primário:

a) verificar a adequação do diâmetro da tubulação (tubulação de ida e volta), particularmente, com


relação à distância entre o coletor e o reservatório, a área coletora e o ângulo de inclinação da tubulação;

b) utilizar os registros do tipo gaveta ou esfera como registros de serviço de forma a assegurar que
estes estejam sempre totalmente abertos durante a operação do SAS;

c) usar o mínimo de curvas possível e dar preferência para as curvas de 45° às curvas de 90°;

d) posicionar os coletores solares o mais próximo do reservatório termossolar, respeitando a altura


mínima (h).

8.2.2.2 Altura mínima e fluxo reverso

Recomenda-se verificar se a altura (h) entre o ponto mais alto dos coletores solares e a base do reser-
vatório termossolar é adequada para evitar o fluxo reverso, assegurando o bom funcionamento do
SAS, conforme suas especificações, o manual de instruções e o projeto.

Na falta da informação utilizar a altura (h) mínima de 20 cm.

8.2.3 Circulação forçada

O SAS pode ser projetado para trabalhar em circulação forçada instalando uma motobomba no cir-
cuito primário, entre os coletores solares e o reservatório termossolar, acionada por comando que
assegure um ganho de energia térmica ao sistema de armazenamento.

A Figura 3 mostra o esquema simplificado do circuito para circulação forçada com os componentes
básicos para seu correto funcionamento.

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Legenda

01 coletor solar
02 reservatório termossolar
03 registro-esfera ou gaveta
04 respiro
05 tampão ou plugue
06 alimentação de água fria
07 consumo de água quente
08 sifão em “u” mínimo de 30 cm
09 bomba de circulação
10 válvula de retenção
11 válvula eliminadora de ar
12 controlador por diferencial de temperatura (cdt)
13 sensor de temperatura
14 dreno (registro-esfera ou gaveta)

Figura 3 – Esquema de circuito para circulação forçada

8.2.3.1 Deve ser considerada a instalação de dispositivo ou meio físico que impeça a inversão da
circulação do fluido e a consequente perda de energia armazenada no reservatório termossolar.

8.2.3.2 Quando o fundo do reservatório termossolar estiver situado abaixo do topo do(s) coletor(es),
deve-se prever um dispositivo para impedir fluxo reverso.

8.2.3.3 Nos sistemas com circulação forçada, deve-se evitar a circulação dos fluidos quando não há
energia solar, salvo quando a circulação for usada como proteção contra o congelamento.

8.2.3.4 A motobomba deve ser acionada automaticamente quando a temperatura da água dos cole-
tores estiver acima da temperatura da parte inferior do reservatório termossolar.

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8.2.3.5 O arranjo hidráulico dos coletores solares deve considerar a perda de eficiência térmica do
SAS e assegurar o equilíbrio hidráulico adequado.

8.3 Circuito secundário

O dimensionamento do circuito secundário deve ser conforme as ABNT NBR 7198 e ABNT NBR 5626.

9 Dimensionamento
O objetivo do dimensionamento é determinar qual é a área coletora e o volume do sistema de armaze-
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namento necessários para atender à demanda de energia útil de um determinado perfil de consumo.

O dimensionamento do SAS pode ser realizado por qualquer procedimento tecnicamente reconhe-
cido. Os métodos de cálculo são sugeridos no Anexo B.

10 Instalação
10.1 Análise preliminar

O profissional capacitado ou qualificado deve assegurar que as premissas estabelecidas nas espe-
cificações, no manual de instruções e no projeto, foram atendidas como, por exemplo, os ângulos de
orientação e de inclinação dos coletores solares, a pressão de trabalho, o sombreamento, a previsão
de dispositivos de segurança, a resistência estrutural, as propriedades físico-químicas da água etc.

O Anexo F apresenta um roteiro de verificações para avaliação das condições de instalação.

O profissional capacitado ou qualificado deve verificar se os materiais e os equipamentos são compa-


tíveis e se estão em conformidade com as especificações, o manual de instruções e o projeto.

10.2 Requisitos gerais

10.2.1 Vazamentos

O profissional capacitado ou qualificado deve verificar, sempre que possível, a existência de sistemas
de contenção e escoamento, impermeabilização de lajes e coberturas, ou outros meios de escoar
a água de possíveis vazamentos dos componentes do SAS para um local apropriado.

10.2.2 Integridade dos coletores solares

O profissional capacitado ou qualificado deve assegurar de que o coletor solar não seja exposto
ao sol por períodos prolongados de tempo, tanto com o coletor solar vazio, como quando cheio de
água e desligado do reservatório termossolar.

A conexão de água do coletor solar deve ser mantida aberta quando o coletor solar for exposto ao sol
durante o período de instalação. Precauções específicas devem ser tomadas para prevenir a entrada
de poeira e sujeira.

10.2.2.1 Fixação de componentes

As furações ou passagens em peças estruturais devem ser feitas de forma a preservar a integridade
da edificação.

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10.2.2.2 Distância da rede elétrica

Devem-se observar as distâncias de no mínimo 3 m entre o coletor solar e a rede pública de distribuição
de energia elétrica.

10.3 Coletores solares

10.3.1 Materiais e equipamentos

Deve-se verificar se o coletor solar é compatível com a condição de instalação e o uso pretendido.
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10.3.2 Orientação geográfica

Os coletores solares devem ser instalados conforme as especificações, o manual de instruções e


o projeto. Recomenda-se que os coletores sejam instalados voltados para o norte geográfico com
desvio máximo de até 30° desta direção (ver Figura 4).

Figura 4 – Orientação geográfica dos coletores solares

10.3.3 Ângulo de inclinação

Os coletores solares devem ser instalados com ângulo de inclinação conforme as especificações,
o manual de instruções e o projeto. Recomenda-se que o ângulo de inclinação seja igual ao da latitude
do local acrescido de 10° (ver Figura 5).

Figura 5 – Ângulo de inclinação dos coletores solares

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10.3.4 Requisitos

10.3.4.1 Gerais

Os coletores solares devem ser instalados conforme as especificações, o manual de instruções e o projeto.

Os coletores solares podem ser montados sobre o solo ou sobre a cobertura das edificações. Na mon-
tagem sobre cobertura, podem ser usados:

a) estrutura de apoio independente da estrutura da cobertura;


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b) suportes de apoio fixados à estrutura da cobertura;

c) apoio direto sobre a estrutura da cobertura;

d) coletores solares integrados à cobertura.

A localização e a orientação do coletor solar devem considerar os resíduos físicos e químicos trans-
portados pelo ar provenientes de incineradores e fábricas próximas, vegetação e maresias, os quais
têm influência sobre o rendimento do coletor solar. Coletores solares e suportes não podem bloquear
qualquer tipo de acesso ou saída.

Deve-se assegurar acesso livre aos componentes que podem sofrer deterioração ou quebras, como
anéis de borracha e juntas. Para os coletores solares instalados em telhados, deve-se prever espaço
de trabalho nas adjacências para manutenção adequada.

10.3.4.2 Estrutura de apoio

Se o ponto de fixação do coletor solar e seu suporte forem feitos de metais diferentes, eles devem ser
isolados de forma a impedir à eletrocorrosão.

Suportes estruturais devem ser fixados de forma a resistir às agressões do ambiente e às cargas
como o vento, conforme a ABNT NBR 6123, tremores, chuva, neve e gelo, de tal forma que o sistema
não prejudique a estabilidade da edificação.

Os suportes devem ser instalados de modo que não ocorram danos nos coletores solares devido
à dilatação térmica. Seus componentes não podem comprometer o escoamento de água, a imperme-
abilização da cobertura e sua resistência estrutural

10.3.4.3 Elementos de fixação

Os elementos de fixação, como os chumbadores e os elementos roscados dos coletores solares


à edificação, devem resistir a esforços devido ao peso próprio dos coletores solares, dos tubos e dos
demais acessórios do sistema e a esforços originados pela ação do vento, conforme a ABNT NBR 6123.
Os elementos de fixação devem ser protegidos adequadamente dos efeitos da corrosão.

10.3.4.4 Montagem sobre cobertura

Nas montagens sobre cobertura deve-se observar a seguinte sequência de operações:

a) localização de pontos específicos de apoio (vigas etc.);

b) fixação dos suportes nos pontos de apoio;

c) reparos na impermeabilização, se necessário (instalação de rufos, calafetação etc.).

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Os coletores solares ou suportes devem ser afixados nas partes estruturais da cobertura, usando ele-
mentos de fixação adequados para as cargas às quais serão expostos.

10.3.4.5 Montagem no solo

Nas montagens executadas no solo deve-se tomar os devidos cuidados com:

a) os mecanismos de proteção (telas, grades etc.), dispositivos de segurança, de modo a evitar danos
ao SAS;

b) sinalização, de forma a evitar acidentes.


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10.3.4.6 Sombreamento

Os coletores solares devem ser instalados de forma a evitar locais sujeitos à sombra (vegetação,
edificações vizinhas, outros coletores solares, reservatórios termossolares, elementos arquitetôni-
cos etc.).

10.3.4.7 Proteção para congelamento

Nos locais que apresentarem condições de congelamento do fluido de trabalho, a instalação de


dispositivos de proteção adequados deve ser conforme as especificações, o manual de instruções
e o projeto.

10.3.4.8 Providências finais

Os coletores solares devem ser protegidos da radiação solar enquanto estiverem secos, de forma
a preservar suas características originais.

10.4 Reservatório termossolar

10.4.1 Local da instalação

O reservatório termossolar deve ser instalado de forma a permitir sua eventual substituição e/ou
acesso para manutenção.

10.4.2 Alimentação de água fria

10.4.2.1 Quando alimentado por gravidade, o reservatório termossolar deve ser alimentado com tubu-
lação exclusiva de água fria e ter o seu nível superior abaixo do nível inferior de tomada d’água do
reservatório de água fria. Outros casos devem considerar a utilização de dispositivos específicos que
permitam trabalhar em nível com o reservatório de água fria.

10.4.2.2 A tubulação de alimentação de água fria do reservatório de água quente deve ser dimensio-
nada de forma que a vazão de alimentação do mesmo seja igual ou superior a vazão de consumo de
água quente.

10.4.3 Proteção contra retorno de água quente

10.4.3.1 A tubulação de alimentação de água fria deve ser dotada de dispositivo de proteção contra
refluxo de forma a impedir o retorno de água quente ao reservatório termossolar de água fria. A altura
mínima do sifão deve estar de acordo com as especificações, o manual de instruções e o projeto.
Recomenda-se o uso do sifão com no mínimo 30 cm de altura, ver Figura 6.

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Figura 6 – Exemplos de sifão

10.4.3.2 A tubulação de alimentação de água fria deve ser executada com material resistente às con-
dições de pressão e temperatura do SAS, preferencialmente, sem isolamento térmico e com compri-
mento mínimo sugerido de 1,5 m a partir do dispositivo de proteção contra refluxo, no sentido oposto
ao fluxo de alimentação.

10.4.3.3 No caso de reservatório termossolar de água fria não exclusivo para abastecimento do SAS,
a tubulação de alimentação de água fria deve ser dotada de dispositivo de proteção contra refluxo,
ver Figura 6, e de válvula de retenção de forma a impedir o retorno de água quente ao reservatório de
água fria.

10.4.3.4 No caso de reservatório termossolar não provido de respiro, o SAS deve prever a utilização
de válvula de retenção na alimentação de água fria do reservatório termossolar, desde que seja pre-
visto um sistema de proteção contrapressão negativa, excesso de pressão causada por expansão
térmica da água, eliminação de vapor e ar no reservatório termossolar.

10.4.3.5 No caso de aquecedor auxiliar elétrico interno com carregamento a água o reservatório ter-
mossolar deve estar abastecido com água antes que ele seja energizado.

10.4.4 Instalação dos reservatórios termossolares

Os reservatórios termossolares devem ser instalados em uma estrutura de apoio de forma a resistir
aos esforços aplicados quando os reservatórios estiverem cheios.

Deve-se verificar se o reservatório termossolar é compatível com a condição da instalação interna ou


ao tempo.

Os suportes de fixação devem ser adequados para resistir ao peso extra para as ocasiões de manu-
tenção do equipamento.

As entradas e saídas de água do reservatório termossolar devem possuir registros e uniões para
eventuais manutenções e reparos na instalação, exceto em saídas para os dispositivos de segurança.

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10.4.5 Proteção contra pressão negativa, acúmulo de ar, excesso de pressão positiva e temperatura

Os requisitos para a proteção contra pressão negativa, acúmulo de ar excesso de pressão positiva
e temperatura devem ser observados conforme Seção 6.10.

10.4.6 Respiro

No caso de instalação com respiro, a tubulação deve ser livre, desobstruída e aberta à atmosfera
o tempo todo.

A instalação do respiro deve estar de acordo com os seguintes requisitos:


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a) a tubulação deve ser instalada na posição ascendente, a partir do ponto de conexão mais alto do
reservatório termossolar, sem restrições, obstruções ou mudanças bruscas de direção. Na even-
tualidade de eliminação de água, esta deve ser direcionada a um local apropriado;

b) o tubo deve ultrapassar em no mínimo 0,30 m o nível de água máximo da caixa de alimentação
de água fria;

c) o diâmetro do tubo deve ser conforme volume do reservatório termossolar, especificação, manual
de instruções ou projeto, mas não inferior a 15 mm;

d) não é permitido o retorno do respiro na caixa de alimentação de água fria.

10.4.7 Válvula de segurança

10.4.7.1 A instalação do reservatório termossolar fechado para a atmosfera deve prover de dispositivo
de segurança combinado ou não, de temperatura e de pressão positiva.

A instalação da válvula de segurança deve ter a tubulação livre e estar em conformidade com
os seguintes requisitos:

a) estando desobstruída e aberta à atmosfera o tempo todo, na eventualidade de eliminação de


água esta deve ser direcionada a um local apropriado por meio de tubulação que suporte a tem-
peratura máxima de operação, não sendo permitida a saída (descarga) para a caixa de alimen-
tação de água fria;

b) a saída (descarga) não pode ser instalada na posição ascendente;

c) certificar-se de que não há qualquer dispositivo de interceptação entre a válvula e o reservató-


rio termossolar;

d) toda a instalação dos reservatórios interligados diretamente ao circuito primário do sistema de


aquecimento solar deve ser provido dos dispositivos de segurança.

10.4.7.2 A tubulação de descarga da válvula de segurança de pressão deve ter o diâmetro recomen-
dado pelo fabricante, mas não menor que 15 mm, não podendo possuir nenhuma restrição ou obstru-
ção e conduzir a água eliminada para local apropriado.

NOTA Recomenda-se que a válvula seja instalada na parte inferior da instalação.

10.4.7.3 A válvula de segurança de temperatura e pressão deve ser instalada acima do nível superior
do reservatório termossolar de acordo com as instruções do fabricante ou do projeto.

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Este dispositivo deve ter um valor fixo e não pode permitir ajuste.

A especificação do dispositivo deve ser definida pelo fabricante do reservatório.

10.4.7.4 A válvula de segurança de pressão negativa (quebra-vácuo) ou outro dispositivo instalado


para permitir a entrada de ar no sistema em caso de pressão negativa, deve ter o seu corpo acima do
nível do reservatório termossolar de acordo com as instruções do fabricante ou do projeto.

10.4.7.5 A válvula eliminadora de ar deve ser instalada acima do nível superior do reservatório ter-
mossolar de acordo com as instruções do fabricante ou do projeto.
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10.4.8 Drenagem

10.4.8.1 O SAS deve ser dotado de dispositivo de drenagem. A tubulação de drenagem deve ser
conduzida ao local apropriado para a descarga de modo a não causar danos às pessoas.

10.4.8.2 O SAS desprovido de respiro deve ser dotado de um dispositivo que facilite a entrada e a saída
de ar no equipamento em caso de drenagem e enchimento. Este deve estar acima do nível de água
no reservatório termossolar e ter capacidade de vazão compatível com o dispositivo de drenagem.

10.5 Tubulação

10.5.1 Geral

Para assegurar o adequado funcionamento do SAS, deve-se evitar o acúmulo de bolhas desprendidas
durante o aquecimento da água e a consequente estagnação do fluido.

A tubulação e os acessórios devem estar localizados de modo a não interferir no funcionamento nor-
mal de janelas, portas ou outros acessos.

As tubulações enterradas, sujeitas a tráfego de veículos, devem ser instaladas de modo a suportar
os carregamentos estáticos e dinâmicos. A vala deve estar livre de objetos pontiagudos ao redor do tubo.

A união de metais não similares que possam resultar em corrosão deve ser evitada. Quando esse tipo
de união não puder ser evitado, deve ser realizado o isolamento na interface entre os materiais.

A dilatação térmica da tubulação deve ser prevista.

10.5.2 Conexões de serviço

Conexões de serviço apropriadas (juntas de união, registros etc.) devem ser previstas em localizações
prontamente acessíveis para preencher, drenar, limpar e permitir a manutenção do SAS.

10.5.3 Perfuração de coberturas

Nos pontos onde a tubulação atravessa a cobertura (telhado, laje etc.), devem ser utilizados procedi-
mentos que assegurem a sua perfeita vedação.

10.5.4 Suportes

É necessário providenciar suportes adequados para a tubulação, garantindo a fixação e a inclina-


ção desejada.

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10.5.5 Isolamento térmico

Após a realização do ensaio de estanqueidade e da limpeza da tubulação, deve-se instalar na tubula-


ção o isolamento térmico.

A instalação do isolamento térmico deve ser executada de maneira a evitar que qualquer acúmulo de
umidade reduza sua eficiência.

10.6 Motobomba

10.6.1 A motobomba deve ser capaz de suportar os fluidos na máxima temperatura encontrada no
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SAS e ser instalada de maneira a prover o acesso à manutenção e/ou substituição. Uniões de serviços
e de registros tipo gaveta ou esfera devem ser posicionados nas tubulações adjacentes à motobomba
para permitir a remoção da unidade sem incorrer em desperdício de água.

10.6.2 As motobombas devem ser instaladas para permitir a circulação adequada de ar evitando
o sobreaquecimento do motor.

10.6.3 Deve-se prever suporte adequado nas motobombas a fim de evitar vibração.

10.6.4 A instalação da motobomba deve atender aos seguintes requisitos:

a) retirar a água do reservatório termossolar e circular esta água por meio dos coletores solares
antes de retorná-la ao reservatório termossolar;

b) instalar válvula de retenção após a saída da motobomba;

c) estar corretamente suportada em base ou estrutura adequadamente projetada e a tubulação


disposta de maneira a não permitir que a vibração seja transmitida aos elementos do SAS e
à estrutura da construção.

10.6.5 Os controles da motobomba devem ser dispostos e conectados de acordo com as especifica-
ções, o projeto ou ao manual de instruções.

10.6.6 Na utilização de controlador diferencial de temperatura para acionamento da motobomba,


a instalação dos sensores de temperatura deve atender aos seguintes requisitos:

a) permitir leitura precisa da temperatura da água (poço termométrico ou fixado diretamente em


tubos metálicos de forma adequada);

b) após posicionados, os sensores devem ser isolados termicamente e protegidos, garantindo que
eles leiam somente a temperatura da água e não do ambiente onde estiverem.

10.7 Componentes e acessórios

10.7.1 Geral

Componentes do SAS expostos a ações externas (intempéries, choques mecânicos etc.) devem ser
protegidos para assegurar que suas funções em serviço não sejam prejudicadas.

O acesso aos componentes passíveis de manutenção deve ser assegurado e a manutenção realizada
com a mínima interrupção do SAS e equipamento adjacente.

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10.7.2 Filtro

Os filtros, se inclusos, devem ser alocados de tal maneira que possam ser limpos e/ou substituídos.

10.7.3 Controles e dispositivos de segurança

10.7.3.1 Controles e dispositivos de segurança devem ser selecionados e instalados de modo a asse-
gurar que uma eventual falha de qualquer componente do sistema não resulte em danos às pessoas
e ao SAS. A instalação destes acessórios deve ser feita de acordo com as especificações, o manual
de instruções ou do projeto.
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10.7.3.2 Os controles, os sensores e as válvulas devem ser identificados de acordo com sua função.

10.7.3.3 O quadro de comando do sistema, quando existente, deve ser instalado em local de fácil
visualização e acesso.

10.7.4 Sensores

10.7.4.1 Os sensores de temperatura podem ser fixados de forma mecânica e devem estar em con-
tato com a parte do sistema medido e isolados do ambiente.

10.7.4.2 O sensor de temperatura do coletor solar deve ser instalado conforme as especificações do
manual de fornecedor e do projeto, ou na ausência destas especificações, ser instalado no máximo
a 0,05 m do coletor solar, na tubulação de saída para o reservatório termossolar.

10.7.4.3 O sensor de temperatura do reservatório termossolar deve ser instalado conforme as espe-
cificações do manual de instruções e do projeto, ou na ausência destas especificações, ser instalado
a no máximo 0,20 m do reservatório termossolar, na tubulação de saída para os coletores.

10.7.4.4 Demais sensores devem ser instalados conforme as especificações do manual de instruções
e do projeto.

10.7.5 Instrumentos

Os instrumentos devem ser instalados de modo a permitir fácil leitura.

10.8 Manutenção do SAS

10.8.1 A manutenção do SAS deve ser realizada conforme o manual de operação e de manutenção
(ver 4.2).

10.8.2 Devem ser previstos os meios para isolar os circuitos primário e secundário do SAS para fins
de manutenção ou em casos de emergência. Este isolamento não pode interromper o funcionamento
dos demais sistemas hidráulicos nem os isolar dos dispositivos de segurança.

10.8.3 As válvulas, os termostatos, os controles e os demais acessórios hidráulicos e eletroeletrôni-


cos do SAS devem ser inspecionados periodicamente quanto ao seu funcionamento.

10.8.4 Devem ser tomadas medidas para permitir a limpeza das superfícies dos coletores solares
com a frequência necessária para prevenir uma redução significativa de seu desempenho.

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10.9 Armazenamento e transporte

10.9.1 Os coletores solares, os reservatórios termossolares e os acessórios do SAS devem ser arma-
zenados e transportados conforme instruções do fornecedor.

10.9.2 Os reservatórios termossolares devem sempre ser transportados pelas alças de transporte ou
pelos pés, nunca pelos tubos.

10.9.3 Os coletores solares devem ser transportados pela caixa estrutural e não pelos tubos. É
necessária especial atenção para o transporte e armazenamento de coletores solares com cobertura
de vidro, de forma a evitar acidentes.
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11 Comissionamento
11.1 Verificação visual do SAS

Os procedimentos de verificação devem ser feitos conforme o manual de instruções e do projeto.


O profissional capacitado ou qualificado deve fazer uma verificação visual geral do SAS para assegu-
rar que o sistema está completo e que todos os seus componentes foram adequadamente instalados.
A inspeção visual deve incluir no mínimo as seguintes verificações:

a) a correta instalação e a ordem da interligação dos coletor(es) solar(es), dos reservatório(s)


termossolar(es), das válvulas, dos registros, das bomba(s), dos dispositivos de drenagem, da
tubulação e dos demais componentes do SAS;

b) a existência e a correta instalação dos equipamentos de segurança, como respiro, válvulas


de segurança;

c) a correta posição de operação dos registros e das válvulas do SAS (posição aberta/fechada/regulada);

d) a desobstrução das tubulações de respiro ou dos dispositivos de alívio e de drenagem;

e) a existência e a correta instalação do isolamento térmico das tubulações do SAS, incluindo


as devidas proteções contra a ação de intempéries e da radiação ultravioleta, quando necessárias;

f) a vedação nas interferências das tubulações, dos elementos de fixação e dos demais componen-
tes do SAS com a edificação;

g) a instalação de dispositivos elétricos;

h) se os dispositivos de alívio e de drenagem estão interligados ou direcionados com redes de dre-


nagem da edificação;

i) se os sistemas de controle estão na posição automático e funcionando adequadamente.

11.2 Verificação de estanqueidade

Antes da realização do ensaio de estanqueidade do circuito primário, todo o ar deve ser purgado.

Antes do início de utilização e da instalação do isolamento térmico nas tubulações, a estanqueidade


do SAS deve ser verificada na sua pressão de operação por meio de ensaio hidrostático.

Os vazamentos, se existentes, devem ser corrigidos e o SAS ensaiado novamente.

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11.3 Verificação de fluxo de água

O fluxo de água no circuito primário deve ser verificado por meio das opções a seguir:

a) utilizando-se um dispositivo de verificação de fluxo (medidor de vazão, visor etc.);

b) verificando-se o aumento da temperatura no reservatório termossolar;

c) indicação de diferencial de temperatura do controlador nos casos de SAS com circulação forçada.

11.4 Verificação de proteção ao congelamento


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Os sistemas de proteção ao congelamento dos coletores solares do SAS (quando aplicável) devem
ser verificados conforme recomendações do fornecedor.

11.5 Início de operação

Ao iniciar-se a operação do sistema, todo o ar deve ser purgado.

Antes do início da utilização do SAS, o profissional capacitado ou qualificado (instalador) deve asse-
gurar que o SAS esteja em condições de operação, assim como as suas interfaces com a edificação,
entre elas a rede de alimentação de água fria, a rede de consumo de água quente, a rede de energia
elétrica (se existente), a fixação dos suportes e das bases estruturais etc.

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Anexo A
(informativo)

Esquema evidenciando os circuitos primário e secundário do SAS

A Figura A.1 apresenta um esquema exemplificando os circuitos primário e secundário, não servindo
como referência para a instalação.
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Figura A.1 – Esquema dos circuitos primário e secundário do SAS

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Anexo B
(informativo)

Metodologia de cálculo de fração solar

B.1 Metodologia de cálculo 1


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A metodologia de cálculo 1 pode ser verificada consultando a referência bibliográfica [2].

B.2 Metodologia de cálculo 2


A metodologia de cálculo 2 é recomendada para o dimensionamento do SAS, em residências unifami-
liares, conforme os requisitos desta Norma.

O método de cálculo apresentado nesta subseção considera uma fração solar de 70 % e que não haja
sombreamento sobre os coletores solares.

B.3 Etapas de dimensionamento


O dimensionamento do SAS pode ser realizado por meio das seguintes etapas:

B.3.1 Calcular o volume de consumo de água quente de acordo com a Equação 1

Vconsumo = ∑ (Qpu × Tu × frequência de uso ) (1)

onde

Vconsumo é o volume total de água quente consumido diariamente, expresso em litros (L);

Qpu é a vazão de utilização do aparelho, expressa em litros por minuto (L/min);

Tu é o tempo médio de utilização diário do aparelho, expresso em minutos (min);

frequência de uso é o número total de utilizações do aparelho por dia.

Para o cálculo do volume de consumo de água quente deve-se:

a) verificar o volume de consumo para o atendimento dos vários pontos de utilização;

b) considerar a vazão dos aparelhos de utilização, ver Anexo C;

c) considerar o tempo de utilização;

d) considerar a frequência de uso.

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B.3.2 Calcular o volume do sistema de armazenamento, conforme a Equação 2

V × (Tconsumo − Tambiente ) (2)


Varmazenamento = consumo
( armazenamento − Tambiente )
T
onde

Vconsumo é o volume de consumo diário, expresso em litros (L);

Varmazenamento é o volume do sistema de armazenamento do SAS, expresso em litros (L),


recomenda-se que Varmazenamento ≥ 75 % do Vconsumo;
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Tconsumo é a temperatura de consumo de utilização, expressa em graus Celsius (°C),


recomenda-se que seja adotado 42 °C para uso de ducha e lavabo;

Tarmazenamento é a temperatura de armazenamento da água, expressa em graus Celsius (°C),


recomenda-se que Tarmaz. ≥ ao Tconsumo;

Tambiente é a temperatura ambiente média anual do local de instalação, expressa em


graus Celsius (°C).

B.3.3 Calcular a demanda de energia útil, conforme a Equação 3

Varmazenamento × ρ × Cp × (Tarmazenamento − Tambiente ) (3)


Eútil = × 30 dias
3600
onde

Eútil é a energia útil, expressa em quilowatts hora por mês

Varmazenamento é o volume do sistema de armazenamento do SAS, expresso em litros (L),


recomenda-se que Varmazenamento ≥ 75 % Vconsumo;

ρ é a massa específica da água igual a 1, expressa em quilogramas por litro (kg/L);

Cp é o calor específico da água igual a 4,18, expresso em quilojoules por quilograma


grau Celsius (kJ/kg .°C);

Tarmazenamento é a temperatura de armazenamento da água, expressa em graus Celsius (°C);

Tambiente é a temperatura ambiente média anual do local de instalação, expressa em graus


Celsius (°C) (ver Anexo D).

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B.3.4 Calcular a área coletora, conforme Equação 4:

(4)
Acoletora =
(Eútil + Eperdas ) × FCinstal × 4, 89
PMEE × IG

onde

Acoletora é a área coletora, expressa em metros quadrados (m2);

IG é o valor da irradiação global média anual diária para o local de instalação, expresso em
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quilowatts hora por metro quadrado dia (kWh/m2) (ver Anexo D).

PMEE é a Produção Média Mensal de Energia Específica do coletor solar, expressa em quilo-
watts hora por mês por metro quadrado (kWh/(mês.m2). Este valor pode ser obtido na
ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, encontrada fixada no cole-
tor solar ou através da Tabela de Eficiência Energética do INMETRO publicada em
seu website;

Eútil é a energia útil, em quilowatts hora por mês (kWh/mês);

Eperdas é o somatório das perdas térmicas dos circuitos primário e secundário, expresso em
quilowatts hora por mês (kWh/mês), calculado pela soma das perdas ou pela Equação 5:

(5)
Eperdas = 0,15 × Eútil

B.3.5 Para calcular o fator de correção para a inclinação e orientação do coletor solar utilizar
a Equação 6:

1 (6)
FCinstal =
2
1 − 1, 2 × 10 −4 × (β − βótimo ) + 3, 5 × 10 −5 × γ 2 

(para 15° < β < 90°)

onde

FCInstal é o fator de correção para inclinação e orientação do coletor

β é a inclinação do coletor em relação ao plano horizontal, expressa em graus (°);

βótimo é a inclinação ótima do coletor para o local de instalação, expressa em graus (°)
(recomenda-se que seja adotado o valor de módulo da latitude local + 10°);

γ é o ângulo de orientação dos coletores solares em relação ao norte geográfico, expresso


em graus (°).

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B.3.6 Exemplo de dimensionamento

B.3.6.1 Dimensionar um sistema de aquecimento solar para uma residência localizada na cidade
de São Paulo, SP, sendo:

●● Quatro moradores;

●● Orientação geográfica dos coletores solares: 30° Leste;

●● Inclinação de instalação dos coletores solares: 18°;


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●● Consumo de água quente na ducha, lavabo e cozinha;

●● Dados de vazão e tempo de uso conforme Tabela C.1.

●● PMEE do coletor solar: 78,5 kWh/(mês.m2)

●● lG de São Paulo, conforme Anexo D: 5,2 kWh/(m2.dia).

B.3.6.2 Calcular o consumo da ducha de banho, do lavabo e da cozinha conforme Equação 1:

a) consumo da ducha de banho

—— Tempo médio de uso: 10 min

—— Vazão da ducha: 6,6 L/min

—— Frequência de uso: 1 banho por usuário

—— Vducha = 6,6 L/min × 10 min × 1 banho × 4 usuários = 264 L

b) consumo do lavabo

—— Tempo médio de uso: 2 min

—— Vazão do lavabo: 3,0 L/min

—— Frequência de uso: 2 utilizações por usuário

—— Vlavabo = 3,0 L/min × 3 min × 2 usos × 4 usuários = 72 L

c) consumo da cozinha:

—— Tempo médio de uso: 3 min

—— Vazão da torneira da cozinha: 3,0 L/min

—— Frequência de uso: duas utilizações por usuário

—— Vcozinha = 3,0 L/min × 3 min × 2 usos × 4 usuários = 72 L

Somatórios de consumo: Vconsumo = 264 + 72 + 72 = 408 L

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B.3.6.3 O cálculo do volume de armazenamento para a temperatura de 50°C, deve ser realizado
conforme a Equação 7:
408 × ( 42 − 21) (7)
Varmazenamento = = 295, 5L dia
(50 − 21)

B.3.6.4 O cálculo da demanda de energia útil e perdas, deve ser conforme Equação 8:

litros kg kJ
295, 5 × 1000 3 × 4,18 × (50 − 21) °C (8)
dia m kg × °C
Eútil = × 30 dias = 298, 5 kWh mês
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3600s

kWh
Eperdas = 0,15 × 298, 5 = 48, 8 kWh mês
mês
B.3.6.5 Calcular a área coletora, conforme Equação 9:

1
FCinstal = = 1, 06
1 − 1, 2 × 10 −4 × (18 − 33)2 + 3, 5 × 10 −5 × 302 

kWh kWh
(298, 5 + 44, 8) × 1, 06 × 4, 89 2
Acoletora = mês m ⋅ dia = 4, 4m2
kWh kWh
78, 5 2 × 5, 2 2
m ⋅ mês m ⋅ dia

Portanto, o sistema de aquecimento solar é composto por um volume de armazenamento de 300 L


(volume comercial) e uma área coletora total de 4,4 m2 ou valores comerciais mais próximos.

NOTA O valor 4,89 kWh/m² se refere ao valor-padrão para determinar a PMEE do coletor solar de acordo
com a regulamentação do INMETRO, equivalente a 17,6 MJ/m2.

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Anexo C
(informativo)

Valores sugeridos para consumo diário de água quente

Os valores apresentados na Tabela C.1 são referências de consumo, considerando uso racional de
água. Recomenda-se que os valores de consumo sejam obtidos diretamente com os fornecedores
dos aparelhos e que o padrão de utilização seja avaliado em função dos requisitos específicos de
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cada instalação.

Tabela C.1 – Consumo dos pontos de utilização de água quente


Temperatura de
Consumo Consumo Ciclo diário
Aparelhos consumo
mínimo máximo (minuto/pessoa)
°C
Ducha de banho 3,0 L/min 15,0 L/min 10 39 – 40
Lavatório 3,0 L/min 4,8 L/min 2 39 – 40
Ducha higiênica 3,0 L/min 4,8 L/min 2 39 – 40
Banheira 80 L 440 L banho 39 – 40
Pia de cozinha 2,4 L/min 7,2 L/min 3 39 – 40
Lava-louças
20 L 20 L lavagem 39 – 50
(12 pessoas)
Máquina de
90 L 200 L lavagem 39 – 40
lavar roupa

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Anexo D
(informativo)

Irradiação global média anual diária nas regiões brasileiras

Os valores apresentados na Tabela D.1 são referências de temperatura média anual diária e tempe-
ratura média ambiente nas diversas regiões do país. Recomenda-se que os valores de temperatura
local sejam obtidos por meio dos órgãos competentes.
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Tabela D.1 – Irradiação global média anual diária e temperatura média ambiente (continua)
IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
AC CRUZEIRO DO SUL 3,7 26,2
AC RIO BRANCO 4,8 26,1
AC TARAUACÁ 4,5 26,6
AL ÁGUA BRANCA 7,1 23,9
AL MACEIÓ 6,8 24,8
AL PALMEIRA DOS ÍNDIOS 7,2 25,4
AL PÃO DE AÇÚCAR 7,6 28,1
AL PORTO DE PEDRAS 8,0 26,2
AM BARCELOS 4,9 27,5
AM BENJAMIN CONSTANT 4,0 26,7
AM COARI 5,2 27,2
AM CODAJÁS 5,0 27,3
AM EIRUNEPE 3,7 27,0
AM FONTE BOA 4,4 27,3
AM IAUARETÉ 3,6 27,0
AM ITACOATIARA 4,7 27,5
AM LABREA 4,3 26,7
AM MANAUS 4,9 27,7
AM MANICORE 4,6 27,8
AM PARINTINS 5,9 28,4
AM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA 4,3 27,1
AM TEFÉ 4,9 27,5
AP MACAPÁ 6,6 27,7

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
AP SERRA DO NAVIO 5,1 26,2
BA ALAGOINHAS 6,5 25,3
BA BARRA 8,6 26,7
BA BARREIRAS 7,5 26,0
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BA BOM JESUS DA LAPA 8,1 26,4


BA CAETITE 7,3 22,6
BA CAMAÇARI 6,1 25,3
BA CANAVIEIRAS 6,6 24,8
BA CARAVELAS 6,2 24,9
BA CARINHANHÂ 8,5 26,0
BA CIPÓ 6,9 26,5
BA CORRENTINA 7,9 25,0
BA CRUZ DAS ALMAS 6,3 24,8
BA GUARATINGÁ 6,2 24,7
BA IRECÊ 8,1 23,9
BA ITABERABA 6,3 25,2
BA ITIRUÇÚ (JAGUAQUARÁ) 5,5 21,9
BA ITUAÇÚ 6,8 24,8
BA JACOBINA 6,8 25,1
BA LENÇÓIS 5,8 24,7
BA MONTE SANTO 6,6 25,0
BA MORRO DO CHAPÉU 6,4 21,5
BA PAULO AFONSO 7,4 27,0
BA REMANSO 8,5 27,1
BA SALVADOR (ONDINA) 6,7 26,0
BA SENHOR DO BONFIM 6,4 24,8
BA SERRINHA 6,0 25,4
BA SANTA RITA DE CÁSSIA (IBIPETUBA) 8,2 25,8
BA VITÓRIA DA CONQUISTA 6,3 21,3
CE ACARAÚ 7,7 27,5

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
CE BARBALHA 8,0 26,7
CE CAMPOS SALES 7,6 25,6
CE CRATEÚS 7,3 28,0
CE FORTALEZA 7,7 27,4
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CE GUARAMIRANGA 4,9 22,0


CE IGUATÚ 8,2 27,8
CE JAGUARUANA 8,2 28,3
CE MORADA NOVA 8,3 28,2
CE QUIXERAMOBIM 7,9 28,2
CE SOBRAL 7,4 28,2
CE TAUÁ 7,2 27,4
DF BRASÍLIA 6,5 21,7
DF RONCADOR 6,8 21,3
ES ARACRUZ 5,8 24,4
ES BOA ESPERANÇA 5,8 24,9
ES LINHARES 6,0 24,8
ES SANTA TERESA 5,2 20,8
ES SÃO MATEUS 5,9 25,1
ES VENDA NOVA 5,1 20,7
ES VITÓRIA 6,1 25,4
GO ARAGARCÁS 6,6 26,5
GO CATALÃO 6,8 23,5
GO FORMOSA 6,8 22,9
GO GOIANÉSIA 6,8 24,9
GO GOIÁS 6,7 26,4
GO IPAMERI 6,9 23,4
GO ITUMBIARA 7,2 24,9
GO JATAÍ 6,3 23,7
GO PIRENÓPOLIS 6,5 24,1
GO POSSE 6,9 24,8

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
GO RIO VERDE 5,9 23,7
MA ALTO PARNAÍBA 7,0 26,8
MA BACABAL 6,5 28,5
MA BALSAS 6,7 27,1
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MA BARRA DO CORDA 6,3 27,1


MA CAROLINA 6,5 27,5
MA CAXIAS 7,4 28,2
MA CHAPADINHA 7,6 27,9
MA COLINAS 6,6 27,2
MA GRAJAÚ 6,0 26,5
MA IMPERATRIZ 6,2 27,8
MA SÃO LUIS 6,4 27,4
MA TURIAÇU 6,3 27,4
MA ZÉ DOCA 6,6 27,8
MG AIMORÉS 6,8 26,2
MG ARACUAÍ 6,2 25,9
MG ARAXÁ 6,5 22,1
MG ARINÓS 7,1 25,7
MG BAMBUÍ 6,0 21,9
MG BARBACENA 4,9 19,6
MG BELO HORIZONTE 6,6 22,5
MG BURITIS 7,2 25,1
MG C. DO MATO DENTRO 5,4 21,8
MG CALDAS(P. DE CALDAS) 5,3 18,8
MG CAPARAÓ 6,2 20,7
MG CAPINÓPOLIS 7,5 25,0
MG CARATINGA 6,3 22,2
MG CORONEL PACHECO 5,7 22,4
MG CURVELO 5,3 23,6
MG DIAMANTINA 6,2 19,4

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
MG DIVINÓPOLIS 6,5 22,4
MG ENG. DOLABELA (BOCAIÚVA) 6,9 22,9
MG ESPINOSA 8,0 25,3
MG FLORESTAL 6,5 21,7
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MG FORMOSO 6,5 24,3


MG GOVERNADOR VALADARES 5,4 24,7
MG ITAMARANDIBA 5,7 20,9
MG ITUIUTABA 6,6 24,9
MG JANAÚBA 7,9 25,4
MG JANUÁRIA 7,8 24,9
MG JOÃO MONLEVADE 5,4 21,6
MG JOÃO PINHEIRO 7,8 23,9
MG JUIZ DE FORA 5,0 19,9
MG JURAMENTO 7,4 23,1
MG LAMBARI 4,7 19,9
MG LAVRAS 6,6 21,3
MG MACHADO 5,3 21,1
MG MARIA DA FÉ 6,0 17,8
MG MOÇAMBINHO 8,0 25,5
MG MONTE AZUL 7,8 25,4
MG MONTES CLAROS 7,3 23,8
MG PARACATÚ 6,7 24,3
MG PATOS DE MINAS 6,8 22,4
MG PEDRA AZUL 6,5 23,2
MG PIRAPORA 7,4 24,9
MG POMPEU 6,6 23,4
MG SALINAS 6,0 24,2
MG SÃO JOÃO DEL-REI 5,4 20,3
MG SÃO LOURENÇO 6,5 20,4
MG SÃO S.DO PARAÍSO 7,1 21,6

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
MG SETE LAGOAS 7,2 22,5
MG TEÓFILO OTONI 5,6 24,8
MG UBERABA 7,3 23,2
MG UBERLÂNDIA 6,5 23,3
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MG UNAÍ 6,7 24,8


MG USIMINAS 5,1 24,0
MG VIÇOSA 5,7 21,3
MS CAMPO GRANDE 7,1 24,3
MS CORUMBÁ 6,9 26,7
MS DOURADOS 6,7 23,3
MS IVINHEMA 6,9 24,1
MS NHUMIRIM (NHECOLÂNDIA) 6,8 26,0
MS PARANAÍBA 7,3 25,0
MS TRÊS LAGOAS 6,8 25,3
MT CÁCERES 4,9 26,6
MT CUIABÁ 6,2 27,3
MT GLEBA CELESTE 5,7 26,5
MT MATUPÃ 6,0 26,1
MT NOVA XAV.(XAVANTINA) 7,0 26,2
MT PADRE RICARDO REMETTER 6,8 27,1
MT POXORÉU 6,2 25,4
MT SÃO JOSÉ DO RIO CLARO 5,9 26,0
PA ALTAMIRA 5,4 27,5
PA BELÉM 6,1 27,3
PA BELTERRA 6,2 26,0
PA BREVES 5,7 27,3
PA CAMETA 7,0 27,9
PA CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA 6,1 27,7
PA ITAITUBA 5,7 28,0
PA MARABÁ 6,1 28,0

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
PA MONTE ALEGRE 6,5 27,3
PA ÓBIDOS 6,1 27,4
PA PORTO DE MÓZ 5,8 27,7
PA SÃO FÉLIX DO XINGÚ 4,1 26,0
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PA SOURE 6,5 27,9


PA TRACUATEUA 6,1 26,6
PA TUCURUÍ 5,7 28,2
PB AREIA 5,8 23,5
PB CAMPINA GRANDE 7,1 24,5
PB JOÃO PESSOA 7,5 26,8
PB MONTEIRO 7,6 25,0
PB PATOS 8,6 28,1
PB SÃO GONÇALO 8,9 27,2
PE ARCOVERDE 7,6 24,0
PE GARANHUNS 6,4 22,1
PE OURICURI 7,4 26,4
PE PESQUEIRA 6,5 24,0
PE PETROLINA 8,2 27,3
PE RECIFE (CURADO) 6,9 25,9
PE SURUBIM 7,4 25,0
PE TRIUNFO 7,6 22,0
PI BOM JESUS DO PIAUÍ 7,4 27,0
PI CALDEIRÃO 7,7 28,0
PI CARACOL 8,0 25,3
PI ESPERANTINA 8,2 27,9
PI FLORIANO 7,6 28,7
PI LUZILÂNDIA(LAG.DO PIAUÍ) 7,6 28,2
PI MORRO DOS CAVALOS 8,3 27,9
PI PARNAÍBA 7,7 27,7
PI PAULISTANA 8,2 27,5

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
PI PICOS 8,1 28,3
PI PIRIPIRI 8,0 28,2
PI SÃO JOÃO DO PIAUÍ 8,0 28,2
PI TERESINA 7,9 28,2
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PI VALE DO GURGUEIA 7,4 27,1


PR CAMPO MOURÃO 6,6 21,1
PR CASTRO 4,6 18,2
PR CURITIBA 5,1 18,5
PR GUAÍRA 6,3 23,1
PR IRATÍ 5,1 18,5
PR IVAÍ 5,7 19,3
PR LONDRINA 6,6 22,3
PR MARINGÁ 6,9 22,8
PR PARANAGUÁ 3,7 22,2
RJ AVELAR (P.DO ALFÉRES) 6,2 21,7
RJ CAMPOS 5,7 25,4
RJ CORDEIRO 5,5 21,9
RJ ECOLOGIA AGRÍCOLA 6,0 24,7
RJ IGUABA GRANDE 6,6 24,7
RJ ITAPERUNA 6,3 24,9
RJ MACAÉ-PESAGRO 5,8 24,0
RJ MARICÁ 6,3 23,8
RJ RESENDE 5,0 22,4
RN APODI 8,7 28,8
RN CEARÁ MIRIM 7,6 26,3
RN CRUZETA 8,1 28,0
RN FLORANIA 7,5 27,3
RN MACAU 7,1 28,2
RN MOSSORÓ 8,2 28,5
RN NATAL 8,0 26,4

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Tabela D.1 (continuação)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
RN SERIDO (CAICO) 7,7 29,0
RR BOA VISTA 4,9 28,6
RR CARACARAÍ 5,8 27,3
RS BAGÉ 6,1 18,3
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RS BENTO GONCALVES 6,1 17,9


RS BOM JESUS 5,4 15,8
RS CAXIAS DO SUL 5,5 17,6
RS CRUZ ALTA 6,6 19,4
RS ENCRUZILHADA DO SUL 5,4 18,3
RS IRAI 6,0 21,4
RS LAGOA VERMELHA 5,5 17,7
RS PASSO FUNDO 6,4 18,5
RS PELOTAS 6,4 18,6
RS PORTO ALEGRE 5,8 20,4
RS RIO GRANDE 6,2 18,7
RS SANTA MARIA 6,0 20,0
RS SANTA VITÓRIA DO PALMAR 6,3 17,4
RS SANTANA DO LIVRAMENTO 6,5 18,3
RS SÃO LUIZ GONZAGA 6,0 21,4
RS TORRES 5,7 19,6
RS URUGUAIANA 6,5 19,8
SC CAMPOS NOVOS 6,1 17,6
SC CHAPECÓ 6,3 20,0
SC FLORIANÓPOLIS 5,4 21,3
SC INDAIAL 4,2 21,8
SC LAGES 5,4 17,1
SC SÃO JOAQUIM 5,1 14,3
SC URUSSANGA 4,9 20,4
SE ARACAJÚ 7,7 26,2
SE ITABAIANINHA 6,2 25,4

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Tabela D.1 (conclusão)


IG Tambiente
UF Nome da estação
kWh/m2.dia °C
SE PRÓPRIA 6,3 26,6
SP ANDRADINA 7,3 24,3
SP CAMPOS DO JORDÃO 4,3 15,2
SP CATANDUVA 6,6 23,9
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SP FRANCA 6,6 21,7


SP GUARULHOS 4,9 21,1
SP IGUAPE 3,8 22,1
SP JABOTICABAL 7,0 23,1
SP PRESIDENTE PRUDENTE 7,1 24,0
SP SANTOS 3,8 22,8
SP SÃO CARLOS 6,3 21,5
SP SÃO PAULO (MIR.de SANTANA) 5,2 21,0
SP SÃO SIMÃO 6,6 23,1
SP SOROCABA 5,8 21,7
SP TAUBATÉ 5,4 21,9
SP UBATUBA 4,6 22,7
SP VOTUPORANGA 7,2 24,6
TO ARAGUAÍNA 5,6 26,2
TO PALMAS 6,8 27,6
TO PEDRO AFONSO 6,6 27,3
TO PEIXE 7,0 27,2
TO PORTO NACIONAL 6,5 27,8
TO TAGUATINGA 6,7 26,3

Fonte: Normais Climatológicas do Brasil – 1981 a 2010 – INMET

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Anexo E
(informativo)

Roteiro de verificações preliminares para avaliação de viabilidade para


instalação do SAS

E.1 Para avaliação da viabilidade técnica para instalação do SAS, recomenda-se que sejam reali-
zadas as verificações preliminares descritas a seguir:
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a) identificar a localização das prumadas, os pontos de abastecimento de água fria e o ponto de


entrega de água quente;

b) verificar as características da fonte de energia elétrica, como tensão de alimentação compatível


com o equipamento, quadro de comando, corrente dos disjuntores compatível com o equipa-
mento, bitola e estado de conservação dos cabos de ligação, uso de diferencial residual (DR);

c) verificar o estado de conservação das tubulações de água fria e quente existentes, bem como
sua adequação no tocante às dimensões, ao isolamento térmico, às conexões para admissão,
à saída e ao dreno da água;

d) identificar para o(s) coletor(es) solar(es), o(s) reservatório(s) termossolar(es) e a(s) caixa(s)
d’água e se o local onde cada um for instalado os comportará;

e) verificar se a orientação do local de instalação do(s) coletor(es) solar(es) está para o Norte ou se
o desvio existente está conforme o recomendado;

f) identificar possíveis sombreamentos no local de instalação do(s) coletor(es) solar(es), devido


às construções vizinhas, árvores, obstáculos ou ao próprio telhado;

g) verificar se há condições estruturais mínimas para que o peso do(s) coletor(es) solar(es), respecti-
vos suportes, reservatório(s) termossolar(es) e caixa(s) d’água sejam transportados e instalados;

h) verificar as condições de acesso ao(s) coletor(es) solar(es) e reservatório(s) termossolar(es) para


realização da instalação e posterior manutenção e limpeza;

i) verificar a acessibilidade dos equipamentos nos locais de instalação e, caso seja necessário, se
existirem condições para transporte vertical;

j) identificar todo o material necessário para a instalação e/ou as distâncias aos fornecedores de
materiais mais próximos;

k) verificar se a pressão do ponto de alimentação hidráulica do SAS é compatível com as caracte-


rísticas dos produtos a serem instalados;

l) verificar a origem e a qualidade do abastecimento de água fria.

E.2 Na identificação do não atendimento das condições de instalação, o profissional capacitado


ou qualificado deve comunicar ao responsável pelo uso, projetista e/ou fornecedor do SAS, para que
sejam providenciadas as correções necessárias que possibilitem a sua correta instalação e operação.

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Bibliografia

[1]  NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – Norma Regulamentadora da


Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho – Ministério do Trabalho – Lei nº 6514

[2]  Metodologia “carta F”, conforme Solar Heating Design by the F-chart method, BECKMAN, W. A.,
Klein S. A. and DUFFIE, J. A., Wiley-Interscience, New York (1977).

[3]  Atlas brasileiro de energia solar (Enio Bueno Pereira; Fernando Ramos Martins; Samuel Luna de
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Abreu e Ricardo Rüther) São José dos Campos: INPE

[4]  ABNT NBR 11720, Conexões para união de tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar –
Requisitos

[5]  ABNT NBR 13206, Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de fluídos –
Requisitos

[6]  ABNT NBR 13932, Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Projeto e execução

[7]  ABNT NBR 15345, Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Procedimento

[8]  ABNT NBR 16057, Sistema de aquecimento de água a gás (SAAG) – Projeto e Instalação

[9]  ISO 9806 Solar energy – Solar thermal collectors – Test methods

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