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AVISO

Este manual é uma TRADUÇÃO dos principais capítulos do


PILOT TRAINING MANUAL, não se tratando, portanto, de uma
publicação oficial da FLIGHT SAFETY INTERNATIONAL, a qual
detém os direitos autorais. Ele deve ser usado somente com
propósito de familiarização e treinamento.

COMUNICADO

Esta tradução do PILOT TRAINING MANUAL, da FLIGHT SAFETY


INTERNACIONAL, foi elaborada para treinamento dos
tripulantes da BRASIL VIDA TÁXI AÉREO. Portanto, mesmo que
constem aqui muitas informações referentes às aeronaves
Cheyenne IA, Cheyenne II XL e T1040, ainda existem capítulos
incompletos referentes aos mesmos, os quais serão inclusos
nesta edição posteriormente. A prioridade dada às aeronaves
Cheyenne I e Cheyenne II resultam do fato da BRASIL VIDA
TÁXI AÉREO possuir somente estes dois modelos de aeronaves,
descritas neste manual, em sua frota.

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ÍNDICE

CAP. 1 – DESCRIÇÃO RÁPIDA DOS SISTEMAS DA AERONAVE............. 05


CAP 2. – SISTEMA ELÉTRICO................................................................ 26
CAP 3. – ILUMINAÇÃO......................................................................... 49
CAP. 4 – SISTEMA DE ALERTA.............................................................. 57
CAP. 5 – SISTEMA DE COMBUSTÍVEL.................................................. 65
CAP. 7 – MOTOR................................................................................. 80
CAP. 8 – PROTEÇÃO CONTRA FOGO................................................... 113
CAP. 9 – SISTEMA PNEUMÁTICO......................................................... 120
CAP. 10 – PROTEÇÃO CONTRA CHUVA E GELO................................... 126
CAP. 11 – AR CONDICIONADO............................................................ 141
CAP. 12 – PRESSURIZAÇÃO.................................................................. 150
CAP. 14 – TREM DE POUSO E FREIOS.................................................. 167
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA.................................................... 182
TABELAS DE DESEMPENHO................................................................. 219

Obs:
O capítulo 6 (GPU) não é aplicável, por já existirem informações, Capítulo 2 – Sistema Elétrico, sobre
o referido assunto.
O capítulo 13 (Sistema Hidráulico) não é aplicável, por já existirem informações, Capítulo 14 – Trem de
Pouso e Freios, sobre o referido assunto.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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CAPÍTULO 1
DESCRIÇÃO RÁPIDA DOS SISTEMAS DA AERONAVE

INTRODUÇÃO

A seguir é apresentada uma descrição resumida dos sistemas do Piper Cheyenne. Estes
sistemas serão estudados detalhadamente mais à frente, em seus respectivos capítulos.

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SISTEMA DE COMBUSTÍVEL PROTEÇÃO CONTRA GELO E CHUVA

O sistema de combustível do Cheyenne e O sistema de proteção contra gelo e chuva


T1040 consiste em 4 tanques individuais do Cheyenne e T1040 é designado a
em cada lado e conectados entre sí: dois na prevenir e/ou dispor proteção nas áreas
asa, um na nacele e um tip tank (opcional). estruturais externas críticas da aeronave e
outros componentes selecionados. Embora
O sistema de combustível do lado direito e destinados principalmente para operações
do lado esquerdo são independentes, em vôo, alguns sistemas podem ser usados
ligados apenas por uma linha de em operação no solo, dentro das
alimentação cruzada (crossfeed line). O limitações.
combustível é suprido aos motores por
uma de duas bombas imersas no tanque Três fontes são utilizadas para o anti-ice
interno da asa. Tampas de enchimento (anti-gelo) e deicing (degelo): sangria de ar
estão localizadas no topo da nacele e no tip do motor (pneumático), elétrica (calor) e
tank. inercial (deflexão do gelo).

MOTORIZAÇÃO SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO

O Cheyenne e T1040 são motorizados por Cheyenne I, II e T1040


dois motores Pratt and Whitney PT6A
reverse-flow turboprop. No Cheyenne I e O aquecimento, ar condicionado,
T1040 cada motor possui 500 shp de ventilação, descongelamento e
potência. Já no Cheyenne II e II XL cada desumidificação da cabine da aeronave são
motor possui 620 shp. Ambas as aeronaves todas controladas através do Confort
são tripás. Control Panel. O ar condicionado é
fornecido por um motor atuado pelo
Os controles incluem potência, condição e compressor localizado no motor do lado
ajuste de hélice (RPM). direito. O aquecimento é provido por um
aquecedor Janitrol a combustão localizado
no nariz da aeronave. O combustível do
PROTEÇÃO CONTRA FOGO Janitrol é fornecido pelo sistema de
combustível da asa direita.
O Cheyenne e T1040 possuem sistemas de
detecção de fogo independentes em cada O ar pressurizado para a cabine do
motor. O sistema inclui circuitos de Cheyenne I e II (T1040 não é pressurizado)
detecção que exibem informações na é obtido usando sangria de ar do
cabine do piloto e também aciona um aviso compressor de alta pressão do motor.
de advertência. O sistema opcional de
extinção de fogo no motor é independente O sistema mantém a pressão diferencial
e é controlado da cabine. Há ainda um em 5.5 psi.
extintor portátil dentro da aeronave.

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Cheyenne II XL O Cheyenne II XL e T1040 possuem um
sistema adicional de extensão manual de
O Cheyenne II XL possui um sistema trem de pouso. O sistema usa alta pressão
controlado de climatização (ECS – de nitrogênio armazenado em garrafas. Ele
Environmental Control System) que usa é usado caso o sistema normal e manual
sangria de ar para pressurização, falhem.
aquecimento, resfriamento e ventilação.

O acesso ao ECS é através de um painel no FREIOS


lado direito do nariz.
Os freios são hidraulicamente operados
por cilindros individuais montados no
SISTEMA HIDRÁULICO conjunto esquerdo dos pedais do leme.
Eles são atuados através dos pedais dos
O sistema hidráulico consiste em duas pilotos. O parking brake é utilizado
bombas hidráulicas, uma power pack pisando-se nos pedais de freio e puxando a
(unidade de alimentação), uma bomba alavanca.
manual de emergência, cilindros de
atuação, e filtros. A bomba hidráulica que
fornece pressão para atuação das CONTROLES DE VÔO
engrenagens é movida pelo motor. A
power pack é a unidade central para o O Cheyenne e T1040 são equipados com
sistema hidráulico. Ela contém válvulas, controles primários convencionais de vôo.
tubulação, reservatório de fluido, e
controles necessários para operação do Os ailerons, profundores e leme são
trem de pouso. manualmente atuados e compensados. O
estabilizador horizontal é fixo.

TREM DE POUSO E FREIOS Os flapes são atuados eletricamente e são


controlados através de um sistema de
Possui trem de pouso triciclo, retrátil e que controle que monitora o sistema de falha
é estendido e retraído hidraulicamente. de algum componente. Este sistema
protege contra uma condição assimétrica
Portas cobrem completamente o trem de dos flapes.
pouso quando o mesmo é recolhido. A
posição individual do trem de pouso é A aeronave possui ainda compensador
indicada por três luzes verde, quando o elétrico e piloto automático. Dependendo
mesmo é totalmente estendido. Uma luz o modelo da aeronave e se o flight director
vermelha acende quando o trem de pouso estiver instalado, pode-se também ser
está em trânsito e se o mesmo não está adicionado o yaw damping.
totalmente estendido ou retraído de
acordo com a alavanca seletora.

Um sistema de extensão manual é


instalado. A roda do trem do nariz é
controlada pelo pedal, quando o trem está
abaixado.

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PITOT E SISTEMAS ESTÁTICOS
LIMITAÇÕES
O sistema Pitot utiliza a pressão do ar de
impacto para fornecer indicação de
velocidade através do velocímetro. GERAL
Um tubo de pitot aquecido é localizado a
frente do trem de pouso do nariz. Um As limitações apresentadas neste capítulo
segundo sistema pitot é instalado quando se concentram principalmente nas
os instrumentos são instalados em duplas. capacidades operacionais da aeronave.
Mais à frente há um capítulo específico e
Tomadas de pressão estática estão detalhado sobre o assunto, com exceção
localizadas dos dois lados traseiros da das marcações dos instrumentos, que
fuselagem. Elas se conectam em uma única serão apresentadas nesta sessão. Consulte
linha que as liga aos instrumentos. Duas o “Airplane Flight Manual (AFM)” para a
tomadas são fornecidas para reduzir a lista completa de limitações.
falha dos instrumentos durante uma curva.

Uma fonte de ar estático alternativo é LIMITAÇÕES DE PESO


instalada na sessão despressurizada do
nariz da aeronave. É de responsabilidade do piloto se
assegurar de que a aeronave esteja
apropriadamente carregada. Consultar a
SISTEMA DE OXIGÊNIO sessão “Weight and Balance” do AFM para
instruções de carregamento.
O Cheyenne e T1040 são equipados com
um sistema de fluxo constante de oxigênio
suprido por um cilindro de aço de alta NOTA
pressão montado na sessão
despressurizada do nariz da aeronave (I, II, Serão aqui apresentados somente
II XL) ou na parte traseira da fuselagem dados referentes ao Cheyenne I e II.
(T1040). O sistema é ativado da cabine,
fornecendo oxigênio para a tripulação e
para os passageiros. Todas as máscaras da CHEYENNE I
tripulação possuem plug-in para -Peso máximo de rampa.................8750 lbs
acoplamento ao sistema de oxigênio.
-Peso máximo de decolagem..........8700 lbs
As máscaras dos passageiros podem tanto -Peso máximo de pouso..................8700 lbs
possuir plug-in quanto serem ligadas
permanentemente ao sistema usando um -Peso máximo zero combustível.....7200 lbs
tubo com uma válvula que permite iniciar a
passagem do fluxo de oxigênio. Pesos máximos nos bagageiros:
-Dianteiro..........................................300 lbs
-Traseiro............................................200 lbs

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Ao transportar 7 ocupantes, procurar LIMITAÇÕES DO CENTRO DE
carregar primeiramente o compartimento
de bagagem dianteiro, a fim de manter o
GRAVIDADE
CG da aeronave dentro de 136 polegadas
A tabela 1-1 abaixo lista as limitações do
(limite traseiro). O combustível poderá ser
centro de gravidade para o Cheyenne I e II.
reduzido para manter o peso limite de
rampa de 8750 lbs.

LIMITAÇÕES OPERACIONAIS
CHEYENNE II
TIPOS DE OPERAÇÃO
-Peso máximo de rampa.................9050 lbs
-Peso máximo de decolagem..........9000 lbs O vôo está autorizado nas seguintes
condições quando os equipamentos
-Peso máximo de pouso..................9000 lbs apropriados e necessários estiverem
-Peso máximo zero combustível.....7200 lbs instalados:

- VFR diurno/noturno
Pesos máximos nos bagageiros: - IFR diurno/noturno
-Dianteiro..........................................300 lbs - Condições conhecidas de gelo
-Traseiro............................................200 lbs - Operações FAR parte 91, quando todas as
limitações e considerações referentes a
performance são cumpridas.
Ao transportar 7 ocupantes, combustível
ou carga podem ter de ser realocados.
Carregue primeiramente o compartimento ALTITUDE MÁXIMA
de bagagem dianteiro e posicione os
passageiros mais pesados na parte da Cheyenne I ....................................29,000 ft
frente. Cheyenne II, 1979 e anteriores......29,000 ft
Cheyenne II, 1980 e seguintes.......31,000 ft
Ao transportar 8 ocupantes, o
compartimento de bagagem dianteiro deve
ser carregado para trazer o limite de CG LIMITAÇÕES DE TEMPERATURA EXTERNA
para 138 polegadas (limite traseiro).
Combustível deve ser reduzido para A aeronave não deve ser operada quando a
manter o peso máximo de rampa no limite temperatura ambiente exceder ISA + 37° C.
de 9050 lbs. Posicionar os passageiros mais
pesados na parte da frente da cabine de No caso do Cheyenne II XL, deve-se abrir a
passageiros. porta do radiador de óleo para operações
com temperatura acima de ISA + 17.2° C.
*32,2 ° C ligar.

Nota
Lembrando que:
1 Lb = 0,454 Kg
1 Kg = 2,205 Lb

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TABELA 1-1 LIMITAÇÕES DO CENTRO DE GRAVIDADE (TREM DE POUSO ABAIXADO)

LIBRAS POLEGADAS POLEGADAS


PESO LIMITE DIANTEIRO LIMITE TRASEIRO
Cheyenne I
7,200 ou menos 126,5 136,0
8,500 129,6 136,0
8,700 (máximo de vôo e pouso) 130,5 136,0
8,750 (máximo de rampa) 130,8 136,0
Cheyenne II
7,170 ou menos 126,0 138,0
8,500 129,6 138,0
9,000 (máximo de vôo e pouso) 131,9 138,0
9,050 (máximo de rampa) 132,1 138,0
*Linha DATUM está localizada a 137,0 polegadas a frente da linha da asa.

LIMITAÇÕES DE MANOBRAS LIMITAÇÕES DE FATOR DE CARGA EM


VÔO
Os Cheyenne I, II, II XL e T1040 estão
enquadrados como categoria normal de A tabela 1-2 lista as limitações de fator de
aeronaves. Manobras acrobáticas não são carga em vôo.
aprovadas (incluindo parafusos).

TRIPULAÇÃO MÍNIMA

A tripulação mínima para operações no


Cheyenne I, II, II XL e T1040 é um piloto.

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TABELA 1-2 LIMITAÇÕES DE FATOR DE CARGA EM VÔO

CHEYENNE Fator de Carga Positivo (Flapes em Cima) 3,38 G


I Fator de Carga Negativo (Flapes em Cima) -1,35 G
Fator de Carga Positivo (Flapes Abaixados) 2,00 G
CHEYENNE Fator de Carga Positivo (Flapes em Cima) 3,36 G
II Fator de Carga Negativo (Flapes em Cima) -1,34 G
Fator de Carga Positivo (Flapes Abaixados) 2,00 G
*Manobras invertidas não são aprovadas.

LIMITAÇÕES DE VELOCIDADES

As tabelas 1-3 e 1-4 listam as limitações de informações mais detalhadas sobre as


velocidades aprovadas pela FAA. Consulte velocidades máximas operacionais para
as limitações aprovadas do AFM para diferentes altitudes.

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TABELA 1-3 CHEYENNE I TABELA 1-4 CHEYENNE II
LIMITAÇÕES DE VELOCIDADE LIMITAÇÕES DE VELOCIDADE
SPEED KT SPEED KT
Velocidade Máxima Operacional (VMO) Velocidade Máxima Operacional (VMO)
1978 a 1980 (acima 9,500 ft)...............226 (acima de 12,000 ft)...........................242
1981 e seguintes (acima 12,000 ft)......226
1981 e seguintes (acima 12,000 ft com tip Velocidade de Manobra (VA)
tanks)......................................................240 (com peso bruto até 26,900 ft...........177

Velocidade de Manobra (VA) Velocidade Máxima com Flapes Abaixados


1978 a 1980 (acima 21,500 ft).............177 (VFE)
1981 e seguintes (acima 24,600 ft)......177 15° flap...............................................181
1981 e seguintes (acima 27,700 ft com tip 40° flap...............................................148
tanks)......................................................177
Velocidade Máxima para Abaixamento do
Velocidade Máxima Flapes Abaixados (VFE) Trem de Pouso (VLE)..............................153
15° flap.................................................171
40° flap.................................................148 Velocidade Máxima de Operação do trem
de Pouso (VLO)
Velocidade Máxima com Trem de Pouso Abaixamento......................................153
Abaixado (VLE)........................................154 Recolhimento.....................................139

Velocidade Máxima de Operação do Trem Velocidade Mínima de Controle (VMCA)...91


de Pouso (VLO)
Abaixamento........................................154 Velocidade de Melhor Razão de Subida
Recolhimento.......................................141 Monomotor............................................113

Velocidade Mínima de Controle (VMCA)...85 Velocidade de Melhor Ângulo de Subida


Monomotor............................................104
Velocidade de Melhor Razão de Subida
Monomotor............................................110 Nota
*A perda máxima de altitude no stall é
Velocidade de Melhor Ângulo de Subida 750ft.
Monomotor...........................................104
Velocidade Stall (full flap, power off)…….72 Velocidade de Melhor Razão de Subida
Multimotor (abaixo de 20,000 ft)..........121
Nota
*Perda máxima de altitude no stall é 800ft. Velocidade de Melhor Ângulo de Subida
Multimotor...............................................96
Velocidade de Melhor Razão de Subida
Multimotor (acima de 20,000 ft diminuir a Velocidade de Aproximação....................98
velocidade em 1,7 kt cada 1,000 ft).......123

Velocidade de Melhor Ângulo de Subida


Multimotor...............................................99

Velocidade de Aproximação...................102

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MARCADORES DE VELOCIDADE

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MARCAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DO MOTOR
CHEYENNE I & T1040

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MARCAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DO MOTOR
CHEYENNE I & T1040

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MARCAÇÃO DOS INTRUMENTOS DO MOTOR
CHEYENNE II

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MARCAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DO MOTOR
CHEYENNE II

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MARCAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DO MOTOR
CHEYENNE II XL

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MARCAÇÃO DOS INTRUMENTOS DO MOTOR
CHEYENNE II XL

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MARCAÇÕES DIVERSAS

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DISPOSIÇÃO DO PAINEL

Nos painéis, embora variem, os instrumentos são inteiramente iguais em funcionamento,


indicações e marcações. Abaixo, seguem imagens típicas dos painéis do Piper Cheyenne:

PAINEL DO COMANDANTE – DISPOSIÇÃO DOS INSTRUMENTOS

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PAINEL DO CO-PILOTO – DISPOSIÇÃO DOS INSTRUMENTOS

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PAINEL SUPERIOR (OVERHEAD PANEL) – CHEYENNE I, IA e II

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PEDESTAL DE MANETES

CHEYENNE I & IA CHEYENNE II & II XL

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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CAPÍTULO 2
SISTEMA ELÉTRICO

INTRODUÇÃO
O sistema elétrico provê energia DC e AC. Uma bateria é usada para a partida do motor e
como uma fonte de backup de energia durante o vôo. Dois geradores de partida fornecem
energia para o acionamento e para o sistema elétrico DC durante o vôo. Já a corrente AC
requerida é fornecida por qualquer um dos dois inversores estáticos. Para operações no solo, a
energia pode ser suprida por uma Ground Power Unit (GPU). A GPU pode ser usada para
fornecer energia à aeronave quando seus motores não estiverem em funcionamento, e como
uma fonte alternativa de energia para o acionamento dos mesmos. Interruptores são
instalados para controlar e monitorar o sistema. Luzes incorporadas ao painel anunciador
servem como meio para anunciar e dar alerta de um possível mau funcionamento do sistema.

Para facilitar a explanação e devido à diferença dos circuitos, as informações contidas neste
capítulo estão divididas em: “Aeronaves 1981 e seguintes” e “aeronaves anteriores a 1981.”

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GERAL fornecida por uma bateria de 24 Volts e
dois geradores DC em paralelo de 30 Volts
O sistema elétrico da série Cheyenne e e 200 ampéres. A bateria esta localizada no
T1040 é basicamente similar para todas as compartimento do nariz, logo atrás do
aeronaves. Existem sutis diferenças cone do nariz. Na seção de acessórios dos
relativas ao design dos circuitos e a motores estão montados os geradores
disposição dos componentes. Todavia, o para fornecimento de energia DC durante a
armazenamento de energia elétrica, operação dos motores e acionamento.
geração e distribuição são essencialmente Corrente DC também pode ser suprida por
os mesmos. Corrente DC é fornecida por uma GPU através de uma tomada
uma bateria localizada no nariz e por dois localizada na parte inferior da fuselagem
geradores. Pode-se conectar uma GPU do nariz da aeronave. A distribuição DC
através do plug localizado no nariz da acontece através de um sistema múltiplo
aeronave. Corrente AC para os de barramento que consiste em onze
instrumentos e aviônicos é suprida por um barramentos separados (barramento
dos dois inversores estáticos. Interruptores direito e esquerdo para degelo,
elétricos, um voltímetro e dois barramentos direito e esquerdo principal,
amperímetros estão localizados no barramento não essencial, barramento do
Overhead Panel. Os painéis de fusíveis piloto automático e diretor de vôo [AP/FD],
estão localizados à esquerda do piloto e à barramento N°1 e N°2 dos aviônicos,
direita do co-piloto. Em adicional, há um barramentos de distribuição direito e
painel de distribuição entre as poltronas esquerdo , e um barramento do sistema
dos pilotos. Um painel de luzes giroscópico), todos alimentados por um
anunciadoras está disposto ao longo da barramento principal de modo a
parte superior do painel de instrumentos. proporcionar distribuição de energia
elétrica. Este sistema elétrico provê um
sistema de barramento duplamente
AERONAVES 1981 E SEGUINTES alimentado e pode lidar com uma falha em
um dos alimentadores de barramento sem
interromper o fornecimento de energia. O
GERAL
sistema AC utiliza corrente DC através da
ação dos inversores para produzir 115
Possuem dois sistemas elétricos: o sistema
Volts AC e 26 Volts AC para operar alguns
de corrente contínua DC de 28 Volts e o
instrumentos de vôo e AP/FD.
sistema de corrente alternada AC. A
energia elétrica para o sistema DC é

FIGURA 2-1. Localização dos Componentes Elétricos

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CORRENTE DC compartimento da bateria. O ar entra no
compartimento da bateria e sai através de
BATERIA duas saídas de ar localizadas abaixo do
nariz. (Ver figura 2-3)
A bateria para os aviões da série Cheyenne
é feita de níquel-cádmio (nicad) e fornece
24 Volts, 36 ampéres/hora. Já a bateria do
T1040 fornece 24 Volts, 48 ampéres/hora e
vem de fábrica feita de chumbo e ácido,
podendo ser substituída pela nicad.

A bateria é usada para partida dos motores


e para suprimento de energia de
emergência no caso de os geradores
estarem inoperantes. A bateria é
conectada ao sistema de distribuição de FIGURA 2-3. Entradas de Ventilação da Bateria
corrente DC por um conector de
desconexão rápida localizada na bateria.
O controle de energia da bateria para o
(Ver figura 2-2)
barramento da bateria N°2, que é o
barramento de alimentação DC principal, e
o starter é através do BATTERY MASTER,
localizado no Overhead Panel (o
barramento N° 1 da bateria está ligado
diretamente à bateria). Quando o
interruptor BATTERY MASTER (Figura 2-4)
está ligado e sem os geradores operando
ou sem energia externa conectada, a
voltagem da bateria pode ser lida no
voltímetro localizado no Overhead Panel.

FIGURA 2-2. Conexão da Bateria

A refrigeração para a bateria nicad é obtida


através de uma entrada de ar (airscoop) FIGURA 2-4. Controle da Bateria e Voltímetro
sob o nariz da aeronave, à frente do

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O voltímetro mostra a voltagem DC NOTA
aplicada no sistema elétrico na barra N°2
da bateria. Um carregamento completo da Veja tabela 2-2 para
bateria deverá mostrar a leitura de carregamento do gerador versus
limitação de RPM.
aproximadamente 25,5 Volts. Uma leitura
do voltímetro de 24 Volts é a voltagem
mínima requerida para uma partida usando Estes dois interruptores são usados para
a bateria. Uma partida assistida utilizando controlar a função do gerador de partida
GPU é permitida quando a voltagem da para cada motor. Em adição, há
bateria estiver entre 20 a 24 Volts. Partidas interruptores GENERATORS TRIP
não são permitidas se a voltagem da localizados em cada lado do BATTERY
bateria cair abaixo de 20 Volts. Se o estado MASTER. Eles possuem a escrita LEFT GEN
de carga da bateria estiver abaixo de 20 TRIP e RIGHT GEN TRIP, e provê a
Volts, uma manutenção na mesma será capacidade do piloto proteger todo o
requerida. Um sensor de temperatura sistema elétrico a partir de um único local.
instalado na bateria detecta
superaquecimento na mesma. Um anúncio
desta condição é mostrado no painel
anunciador acendendo a luz
BATTERYaOVERTEMP. A luz se acende com
temperatura de 130° F (54,4° C) e se apaga
a 110° F (43,3° C).

GERADORES

A energia elétrica primária é suprida por


dois geradores de 30 Volts e 200 Ampéres
cada. Os dois geradores estão em paralelo
e regulados para 28 Volts por um sistema
automático de regulagem de voltagem. Os
interruptores dos geradores são
AMARELOS e estão localizados no
Overhead Panel (Figura 2-5) e possuem a
escrita GENERATOR-STARTER com um
centro de posição que corresponde a
“OFF.” Os interruptores podem ser
posicionados para GENERATOR quando o
NG atingir 68% (65% no Cheyenne II XL).

O starter será automaticamente FIGURA 2-5. Controles dos Geradores e


desacoplado quando o motor atingir IDLE; Amperímetros
adicionalmente, um botão START-
DISENGAGE (Figura 2-5) é disponibilizado
para desacoplamento manual do start.

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FIGURA 2-6. Interruptores Generator Trip

Localizados no Overhead Panel, os FIGURA 2-7. Tomada para GPU


amperímetros direito e esquerdo são quem
indicam a saída dos geradores em
ampéres. Essa indicação diz ao piloto a A GPU deve ser capaz de fornecer 800 a
total carga em cada gerador. Um aviso 1000 Ampéres a 27 a 30 Volts. A GPU é
luminoso e sonoro L GEN INOP ou conectada à aeronave através de uma
RaGENaINOP será iluminado no painel tomada localizada na parte de baixo da
anunciador quando um dos geradores é fuselagem do nariz. Para prevenir um
desligado ou quando haja falha em um possível dano à bateria, o interruptor
deles. BATTERY MASTER deve ser desligado antes
de conectar ou desconectar a GPU. A
voltagem deve ser estabilizada entre 27
GROUND POWER Volts (mínimo) e 30 Volts (máximo) antes
do BATTERY MASTER ser colocado na
Uma unidade de energia externa (GPU) posição “ON”, para uma partida usando-se
pode ser usada para suprir corrente DC ao GPU.
sistema elétrico da aeronave para
acionamento ou para permitir um Check Obs.: se a bateria estiver com 24 V / 400
extenso dos equipamentos elétricos no ampéres pode-se realizar a partida (sem
solo. A tomada da GPU aceita um conector GPU).
de três pinos.

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DISTRIBUIÇÃO cauda, lâmina inversora (razor inverter),
acendedor de cigarro, instrumentos da
O sistema de barramento DC é constituído cabine, voltímetro, termos, telefone,
por: barramento N° 1 da bateria, anunciador auxiliar de energia, logo light, e
barramento N° 2 da bateria, barramento luzes de cabine/mapa. Alguns itens acima
de conexão principal, barramento de no barramento N° 2 da bateria são
distribuição esquerda (alimentação opcionais; portanto o esquema de
gerador esquerdo), barramento de proteção de fusíveis pode variar.
distribuição direita (alimentação gerador
direito), barramento de gelo esquerdo,
barramento de gelo direito, barramento NOTA
não essencial, barramento do AP/FD,
barramento principal esquerdo, Os equipamentos elétricos
barramento principal direito, barramento alimentados através do
barramento N° 1 e N° 2 da
giroscópico, barramento dos aviônicos N° 1
bateria são protegidos com
e barramento dos aviônicos N° 2 . disjuntores. Estes barramentos
estão localizados atrás de uma
O barramento N° 1 da bateria é energizado tampa de metal localizada no
continuamente pela bateria. Os circuitos nariz (Veja Figura 2-9).
continuamente “quentes” neste
barramento são: extintor de fogo
esquerdo, extintor de fogo direito, luzes da Cada gerador tem a capacidade de
cabine, luzes de cortesia, relógio, VHF COM alimentar todo sistema elétrico
2, NAV 2, energia para o amplificador de individualmente.
áudio, circuito de memória de alguns
aviônicos e três circuitos sobressalentes. Ambos os geradores alimentam o
Todos estes sistemas elétricos podem ser barramento principal através de um
ativados sem ligar a bateria. Alguns dos circuito de disjuntores de 200 Ampéres. Se
itens acima são opcionais. Cada aeronave um destes disjuntores está aberto, note
deve ser checada para ver quais itens estão que o gerador daquele lado continuará
instalados. “trabalhando” na respectiva distribuição.

O barramento N° 2 da bateria pode ser Enquanto um gerador pode energizar tanto


energizado por qualquer uma das quatro o barramento direito ou o esquerdo, a
fontes de energia: GPU, bateria, gerador energia irá suprir ambos os barramentos
esquerdo ou direito. Circuitos individuais principais direito e esquerdo, e ambos os
energizados pelo barramento da bateria N° barramentos dos aviônicos 1 e 2.
2 são: horímetro e medidor de
temperatura do ar externo, beacon da

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FIGURA 2-8. Distribuição DC

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FIGURA 2-9. Barramentos da Bateria

Com este sistema de barramento dividido Os barramentos de gelo esquerdo e direito


em dupla alimentação, a interrupção do provêm disjuntores de proteção para
serviço de algum componente elétrico será certos componentes anti-gelo do lado
extremamente rara. Na verdade, é preciso direito e esquerdo, tais como:
uma falha tripla simultânea na aquecimento elétrico para proteção anti-
fonte/ligação dos barramentos para se gelo dos motores direito e esquerdo e calor
perder o esquerdo principal, direito para o pára-brisas (Figura 2-10).
principal, ou barramento dos aviônicos.
O barramento não essencial é energizado a
NOTA partir da conexão da barra principal e
provê disjuntores de proteção para:
Cada um dos circuitos dos barramento AP/FD, flapes, sincronização
barramentos de distribuição de de hélice, e vários outros sistemas da
alimentação redundantes são
aeronave (Figura 2-10).
protegidos por um sistema de
curto por diodos.
O barramento AP/FD é energizado através
da “quebra” da conexão entre o
O barramento principal esquerdo provê barramento do AP/FD e o barramento não
disjuntores de proteção (Figura 2-10) para essencial. Ele fornece disjuntores de
muitos componentes essenciais, tal como: proteção para os componentes DC do
controle de partida, ignição, instrumentos piloto automático e do Flight Director e
indicadores do motor esquerdo e pressão para o seletor de altitude, se instalado
da cabine. (Figura 2-10).

O barramento principal direito provê Barramentos dos aviônicos 1 e 2 são


disjuntores de proteção (Figura 2-10) para energizados pelos barramentos de
muitos componentes essenciais, tal como: distribuição direito e esquerdo. Energia
instrumentos indicadores do motor direito pode ser obtida para ambos os
e vários outros instrumentos e sistemas da barramentos dos aviônicos a partir de
aeronave. qualquer barramento de distribuição

| 33
fornecido pela ligação ao barramento dos Um interruptor AVIONICS MASTER
aviônicos (35 A). Se os disjuntores da localizado perto do centro do painel, fecha
ligação do barramento dos aviônicos ambos os relés quando selecionado “ON”,
estiverem “fora”, barramento dos proporcionando assim energia para os
aviônicos 1 é energizado pelo barramento barramentos dos aviônicos através de
de distribuição esquerdo e o barramento ambos os barramentos distribuidores ao
dos aviônicos 2 é energizado pelo mesmo tempo.
barramento de distribuição direito.

FIGURA 2-10. Painel de Disjuntores Esquerdo

FIGURA 2-11. Painel de Disjuntores Direito

| 34
NOTA Estes disjuntores estão localizados entre os
assentos do piloto e co-piloto no chão da
Caso ocorra uma falha no cabine. Seis na linha da frente
interruptor AVIONICS MASTER, compreendem a ligação do barramento
os relés são designados a
principal. Os seis (oito para o Cheyenne IA
desarmarem.
e T1040) na linha de trás compreendem os
barramentos de distribuição esquerda e
direita. A proteção dos seis circuitos dos
O barramento de aviônicos 1 provê energia
barramentos de distribuição é realizada
e disjuntores de proteção para: COM 1,
através de diodos.
NAV 1, ADF 1, Transponder 1, DME 1, etc.,
enquanto o barramento de aviônicos 2
provê energia e disjuntores de proteção
para: COM 2, NAV 2, e assim por diante. CORRENTE AC
Esta configuração garante o
funcionamento de pelo menos um de cada INVERSORES
equipamento (um COM, um NAV, um
Transponder, um ADF, um DME) no caso Corrente de freqüência constante AC é
de falha de um dos barramentos (Figura 2- provida através de dois inversores
11). estáticos. Os inversores estão localizados
na seção da frente do nariz da aeronave no
A linha principal de proteção dos Cheyenne I e T1040; na parte de trás da
disjuntores e isolamento para qualquer um fuselagem no Cheyenne II e II XL. Corrente
dos barramentos principais são providos DC é fornecida aos inversores através dos
por o quê é comumente referido como disjuntores localizados nos painéis dos
“Twelve-on-the-Floor” ou “Doze no Piso” barramentos LEFT MAIN e RIGHT MAIN.
(O Cheyenne IA e T1040 possuem (Figura 2-13) Estes disjuntores são
“Fourteen-on-the-Floor” ou “Quatorze no rotulados “GIRO/INV”. O controle do
Piso”) que nada mais são do que inversor é realizado através dos
disjuntores localizados no piso (Figura 2- interruptores INVERTER POWER e GYRO-
12). INV BUS TIE.

O interruptor INVERTER POWER possui 3


(três) posições: “1-OFF-2” e permite ao
piloto selecionar qual inversor é utilizado.
O interruptor GYRO-INV BUS possui duas
(2) posições: L e R. Ele permite ao piloto
selecionar qual barramento principal
fornecerá corrente DC ao barramento
giroscópico. O barramento giroscópico está
localizado na parte traseira superior do
painel de disjuntores do comandante. (Ver
figura 2-15.) O barramento consiste de 3
(três) disjuntores, que são: INVERTER 1,
INVERTER 2 e TURN AND BANK.

O inversor converte os 28 Volts DC que


FIGURA 2-12. Painel de Disjuntores no Piso recebe do barramento giroscópico para

| 35
115 Volts AC e 26 Volts AC. Esta corrente
AC é encaminhada aos barramentos
apropriados. (Ver figura 2-16) O
barramento 115 volts DC tipicamente
fornece energia e disjuntores de proteção
para o giro direcional, as válvulas de fluxo e
o radar meteorológico. O barramento 26
volts AC tipicamente fornece energia e
disjuntores de proteção para os
instrumentos giroscópicos, RMI’s e outros
equipamentos opcionais.

FIGURA 2-14. Interruptor do Inversor

FIGURA 2-13. Disjuntores GYRO/INV

FIGURA 2-15. Painel de Disjuntores Esquerdo

| 36
FIGURA 2-16. Distribuição AC

| 37
AERONAVES ANTERIORES A 1981 A distribuição da corrente DC acontece
através de um sistema múltiplo de
GERAL barramentos, que consiste de sete
barramentos separados: barramento do
As aeronaves anteriores a 1981 possuem motor esquerdo, barramento do motor
dois sistemas elétricos: o sistema de direito, barramento essencial, barramento
corrente contínua DC de 28 volts e o não essencial, barramento de aviônicos 1 e
sistema de corrente alternada AC. Corrente 2, e barramento giroscópico, todos
elétrica é fornecida ao sistema DC de 28 alimentados por uma ligação principal de
volts através de uma bateria de níquel- barramento de modo a proporcionar
cádmio (nicad) de 24 volts, 43 distribuição elétrica redundante.
ampéres/hora, que é refrigerada a ar, além
de dois geradores DC em paralelo de 30
volts, 200 ampéres. A bateria está CORRENTE DC
localizada no compartimento do nariz, logo
atrás do cone do nariz (Veja Figura 2-17). BATERIA

Na seção de acessórios de cada motor, um Uma bateria nicad de 24 volts é usada para
starter-gerador é montado para a geração partidas do motor e para suprimento de
de corrente elétrica DC durante a operação energia de emergência no caso de os
do motor e partida do motor. Corrente DC geradores estarem inoperantes. A bateria é
também pode ser fornecida a partir de conectada ao sistema de distribuição DC
uma GPU através de uma tomada por um conector de desconexão rápida
localizada na parte inferior da fuselagem localizado na bateria. (Veja Figura 2-18).
do nariz da aeronave.

FIGURA 2-17. Localização dos Componentes Elétricos

| 38
deverá mostrar a leitura de
aproximadamente 25,5 volts.

Uma leitura do voltímetro de 24 volts é a


voltagem mínima requerida para uma
partida usando a bateria. Uma partida
assistida com GPU é permitida quando a
voltagem da bateria estiver entre 20 e 24
volts. Partidas não são permitidas se a
voltagem da bateria cair abaixo de 20 volts.
FIGURA 2-18. Conexão da Bateria
Se o estado de carga da bateria estiver
abaixo de 20 volts, uma manutenção na
A refrigeração da bateria nicad é obtida
mesma será requerida.
através de uma entrada de ar (airscoop)
sob o nariz da aeronave, à frente do
compartimento da bateria. Esse ar de
refrigeração flui através do compartimento
da bateria e então sai através de duas
saídas de ar localizadas abaixo do nariz.
(Veja Figura 2-19).

FIGURA 2-19. Entradas de Ar de Refrigeração FIGURA 2-20. Controle da Bateria e Voltímetro


da Bateria
Um sensor de temperatura instalado na
Controle da energia da bateria para a bateria detecta superaquecimento na
alimentação do barramento essencial, mesma para alertar o piloto. Um anúncio
barramento do motor esquerdo, desta condição é mostrado no painel
barramento do motor direito, barramento anunciador acendendo a luz
não essencial, barramento dos aviônicos, e BATTERYaOVERTEMP. A luz irá iluminar
barramento giroscópico é através do com temperatura de 130°F (54,4 °C) e se
interruptor do BATTERY MASTER, apagar com 110°F (43,3 °C).
localizado no Overhead Panel. Quando o
interruptor BATTERY MASTER (Veja Figura
2-20) está ligado e sem os geradores GERADORES
operando ou sem energia externa
conectada, a voltagem da bateria pode ser Corrente elétrica DC primária é suprida por
lida no voltímetro localizado no Overhead dois geradores de 30 volts, 200 ampéres
Panel. O voltímetro mostra a voltagem DC cada.
aplicada ao sistema elétrico no barramento Os dois geradores estão em paralelo e são
essencial. Uma carga completa da bateria regulados para 28 volts por um sistema

| 39
regulador automático de voltagem. Os além de uma luz no painel anunciador
interruptores dos geradores (Veja Figura 2- L GEN INOP ou R GEN INOP irá iluminar
21), são AMARELOS e estão localizados no quando um interruptor do gerador é
Overhead Panel e possuem a rotulação colocado na posição desligado ou quando
“GENERATOR-STARTER,” com um centro de um gerador falhar.
posição que corresponde a “OFF.” Estes
dois interruptores são usados para
controlar a função do starter-gerador de GROUND POWER
cada motor. Os interruptores podem ser
posicionados em GENERATOR quando o NG Uma GPU pode ser usada para fornecer
atingir 68%. corrente DC para o sistema elétrico da
aeronave para partida do motor ou para
permitir uma verificação extensa em solo
dos equipamentos elétricos. A tomada da
GPU (Veja Figura 2-22) irá aceitar um
conector do tipo três pinos AN (Army-
Navy).

A GPU deve ser capaz de entregar 800 a


1000 ampéres a 27 a 30 volts. A GPU é
conectada à aeronave através de uma
tomada localizada na parte inferior do
nariz da aeronave.

Para prevenir possíveis danos à bateria, o


interruptor BATTERY MASTER deve ser
desligado antes de conectar ou
desconectar a GPU.

A voltagem da GPU deve estar estabilizada


FIGURA 2-21. Controle dos Geradores e entre 27 volts (mínimo) e 30 volts
Amperímetros (máximo) como visto no voltímetro da
aeronave antes do interruptor BATTERY
MASTER ser colocado na posição ON para
NOTA partida assistida com GPU.
Veja a tabela 2-2 para
carregamento do gerador versus
limitações mínimas de RPM do
motor.

Também localizado no Overhead Panel


estão os amperímetros esquerdo e direito.
Eles indicam a saída de cada gerador em
ampéres. Esta indicação diz ao piloto a
carga total em cada gerador. Um aviso de
alerta visual e sonoro do master caution, FIGURA 2.22. Tomada para GPU

| 40
FIGURA 2-24A. Lado Esquerdo do Painel de Disjuntores

FIGURA 2-24B. Lado Direito do Painel de Disjuntores

| 41
DISTRIBUIÇÃO A saída do gerador esquerdo e direito e o
cabo da bateria são alimentados por uma
O sistema elétrico é dividido em sete ligação de barramento através de
barramentos separados: barramento do disjuntores termais de 200 ampéres. O
motor esquerdo, barramento do motor barramento essencial é alimentado a partir
direito, barramento essencial, barramento desta ligação de barramento, por um
não-essencial, barramento dos aviônicos disjuntor termal de 105 ampéres. Cada um
N° 1 e N° 2, e barramento giroscópico, ou ambos os geradores podem ser ligados
todos alimentados por uma ligação central ou desligados do barramento por meio dos
de barramento, de modo a prover interruptores “ENGINE-GEN BUS TIE”
distribuição elétrica redundante. localizados nos painéis de disjuntores
esquerdo e direito. (Veja Figura 2-24A e 2-
Quatro disjuntores de ligação dos 24B, na página anterior).
barramentos, um para o barramento
essencial, um para o barramento da Este interruptor não removerá seu gerador
bateria, um para o barramento do gerador associado ao barramento do seu próprio
esquerdo, e um para o barramento do motor; ele somente desconecta da ligação
gerador direito, estão localizados no piso, do sistema de barramento. Um outro
entre o assento dos pilotos. Estes interruptor é também fornecido para
disjuntores são disjuntores térmicos e são remover o barramento não essencial do
desarmados quando há corrente excessiva; sistema (Veja Figura 2-24A e 2-24B, na
Contudo, eles não podem ser puxados página anterior). O barramento essencial é
intencionalmente pelo piloto (Veja Figura conectado diretamente à ligação de
2-23). barramento e não pode ser removido a
menos que toda energia elétrica esteja
removida do sistema de ligação de
barramento. Consulte o “Diagrama de
Distribuição DC” (Figura 2-25) para
circuitos individuais.

O barramento do motor esquerdo fornece


disjuntor de proteção para os instrumentos
associados a ele, assim como para os
sistemas do motor também a ele
associados.

O barramento do motor direito fornece


disjuntor de proteção para os instrumentos
associados a ele, assim como para os
FIGURA 2-23. Painel de Disjuntores no Piso sistemas do motor também a ele
associados.

| 42
Os barramentos dos aviônicos são Corrente do barramento giroscópico é
conectados ao sistema elétrico através de usado para fornecer corrente através dos
disjuntores de 50 ampéres e fornece disjuntores, para: os inversores, indicador
disjuntor de proteção para vários sistemas de curva (Turn-and-Bank), e indicador de
de aviônicos e instrumentos associados. atitude.

Os dois barramentos dos aviônicos são Há alguns disjuntores adicionais usados


interconectados através de um disjuntor para proteger o sistema de barramento
de ligação de 50 ampéres. (Veja Figura 2- (Veja Figura 2-24A e 2-24B, na página
24A e 2-24B, na página anterior) anterior). O disjuntores de 5 ampéres “GEN
CONT” (esquerdo e direito) protegem
O barramento giroscópico é conectado ao contra sobrecarga do gerador ou uma
sistema elétrico por um de dois disjuntores condição de excesso de corrente. Os
de 10 ampéres (Veja Figura 2-24A e 2-24B, disjuntores de 10 ampéres (esquerdo e
na página anterior) dependendo da direito) permitem a redefinição dos
posição do interruptor GYRO/INV BUS TIE. reguladores de voltagem.

| 43
FIGURA 2-25. Distribuição DC

| 44
CORRENTE AC e R GYRO BUS TIE. (Veja Figura 2-24A e 2-
24B).
INVERSORES

Corrente de freqüência constante AC é


fornecida por cada um dos dois inversores
estáticos. Os inversores são instalados na
seção da frente do nariz da aeronave no
Cheyenne I. No Cheyenne II eles estão
localizados na parte de trás da fuselagem.
Corrente DC é fornecida aos inversores
através de dois disjuntores localizados na
parte superior do painel de disjuntores do
lado do comandante (Veja Figura 2-26).
FIGURA 2-27. Interruptor do Inversor
Os disjuntores estão rotulados “INVERTER
N°1” e “INVERTER N°2.” Controle do
Os inversores convertem os 28 volts DC
inversor é conseguido com os interruptores
que recebem do barramento giroscópico
INVERTER POWER e GYRO-INV BUS TIE. O
para 115 volts AC e 26 volts AC. Esta
interruptor INVERTER POWER possui três
corrente AC é encaminhada aos
posições: “1-OFF-2” e permite ao piloto
barramentos AC apropriados (Veja Figura
selecionar qual inversor vai ser utilizado.
2-28). O barramento de 115 volts AC
(Veja Figura 2-27)
tipicamente fornece corrente e disjuntores
de proteção para o horizonte artificial,
O interruptor GYRO-INV BUS TIE possui
válvulas de fluxo, e o radar meteorológico.
duas posições: “L” e “R”. Isso permite ao
piloto selecionar corrente para o inversor a
O barramento de 26 volts AC tipicamente
partir de qualquer um dos lados, esquerdo
fornece corrente e disjuntores de proteção
ou direito, do sistema elétrico. A corrente a
para os instrumentos giroscópicos, RMI’s, e
esse sistema é fornecida através dos
outros equipamentos opcionais.
disjuntores de 10 ampéres L GYRO BUS TIE

FIGURA 2-26. Painel Esquerdo Traseiro de Disjuntores

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FIGURA 2-28. Distribuição AC

| 46
NOTA
LIMITAÇÕES
Acima de 26.000 pés com
proteção anti-gelo do motor
BATERIA (NIQUEL-CÁDMIO)
ligado, limite a saída do gerador
para 125 amps (150 amps para
Decolagens não são autorizadas quando a aeronaves 1981 e seguintes) com
luz BATTERY OVERTEMP estiver acesa. o starter-generator Auxilec.

LIMITES DE PARTIDA

O limite de operação da partida e o tempo


de espera apresentam-se na tabela 2-1
abaixo:

Tabela 2-1. Limites de Partida

PARTIDA ESPERA
30 segundos 1 minuto
30 segundos 1 minuto
30 segundos 30 minutos

GERADORES

Limite de carga individual do gerador é


apresentado na tabela 2-2, exceto durante
a partida.

Tabela 2-2. Limites do Gerador

Carga Máxima em Vôo – 200 Ampéres*


Carga do Gerador NG mínimo
0-100 amps 49%
100-150 amps 53%
150-180 amps 59%
180-200 amps 63%
* Veja Nota

| 47
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 48
CAPÍTULO 3
ILUMINAÇÃO

INTRODUÇÃO
Iluminação é usada para iluminar o cockpit, todos os instrumentos de vôo, a entrada, a área da
cabine de passageiros, o compartimento de nariz, e os bagageiros. A maioria dos instrumentos
são internamente iluminados. Os botões do Overhead Panel e o painel de disjuntores são
eletroluminescentes. Para iluminação geral, holofotes são usados. Os sinais de advertência/aviso
padrão são fornecidos para a área da cabine. A iluminação externa consiste em: navigation,
strobe, rotating beacon, wing ice inspection, landing, taxi, logo, e recognition lights.

GERAL
A iluminação é dividida em interna e externa. e um uma conexão com a bateria para
A iluminação interna divide-se em iluminação iluminar os bagageiros e a área de entrada. A
do cockpit e da cabine de passageiros. A iluminação exterior inclui navigation, landing,
iluminação do cockpit consiste de várias luzes taxi, e strobe de ponta de asa. As luzes
indicadoras, iluminação de painel, luz de teto opcionais são constituídas de: rotating
e duas luzes de leitura de mapas. A beacons, wing ice inspection, logo light e
iluminação da cabine de passageiros inclui luz recognition lights.
de teto de saída, luzes individuais de leitura,
luz de corredor e luz para iluminar a porta.
Um sistema de luz de cortesia utiliza um timer

| 49
ILUMINAÇÃO INTERIOR Uma cúpula de luz única de teto está
localizada no Overhead Panel entre os dois
COCKPIT assentos dos pilotos. O interruptor de ligar
está localizado logo a frente do conjunto de
A iluminação do painel de instrumentos é
luz. (Ver figura 3-2). Esta luz também é
controlada com um interruptor no Overhead
operada quando o interruptor BATTERY
Panel escrito “DIM”, “OFF”, “BRT” e um grupo
MASTER está desligado.
de reostatos localizados perto do interruptor.
(Ver figura 3-1). O exato posicionamento e a Luzes de leitura de mapas estão instaladas na
configuração do reostato variam com o ano superfície inferior do Overhead Panel, logo
de fabricação da aeronave. Todavia, a acima do assento de cada piloto. Um
operação é basicamente a mesma para todas interruptor controla a operação destas luzes.
as aeronaves. (Ver figura 3-3.)

FIGURA 3-1. Controle das Luzes de Cabine

Quando o interruptor “DIM-OFF-BRT” está em


BRT, todas as luzes do painel iluminam-se FIGURA 3-2. Controle da Luz de Teto de Cabine
com intensidade total. Em DIM o reostato
controla a intensidade das luzes de painel
associadas. E em OFF todas as luzes de painel
são apagadas.

| 50
Todas as luzes apagam-se quando a porta da
cabine é fechada. Em vôo, as luzes de
corredor e de saída são controladas por dois
interruptores escritos “EXIT.” (Ver figura 3-4).
Um interruptor está localizado no Overhead
Panel, do cockpit, e o outro está localizado na
lateral da cabine de passageiros, atrás da
porta.

Os circuitos do atraso de tempo não são


operacionais quando a porta da cabine está
fechada e com a maçaneta na posição
travada.

FIGURA 3-3. Controle da Luz de Leitura de Mapa

CABINE DE PASSAGEIROS

Há luzes de leitura controladas


individualmente instaladas acima do assento
de cada passageiro. Uma luz de teto de saída
está instalada para iluminação da área geral
da cabine.

Um sistema de luzes de cortesia está


instalado para iluminar a área de entrada e o
corredor. Os modelos de fabricação 1980 em
diante possuem ainda uma luz da escada da FIGURA 3-4. Controle das Luzes de Cortesia
porta.

Nos modelos 1981 em diante, com a


aeronave no solo e a porta da cabine aberta, NOTA
as luzes de cortesia (luzes de corredor, de
saída, e da escada) são automaticamente A operação das luzes de cortesia
ligadas. Essas luzes permanecem ligadas por deve ser limitada a 10 minutos, ou
menos, quando usando a bateria da
um período de 20 minutos, após apagam-se.
aeronave. Uma unidade Ground
20 minutos adicionais podem ser iniciados
Power é requerida para uso
pressionando-se o interruptor de atraso de
prolongado.
tempo na lateral da cabine, atrás da porta.

| 51
Sinais NO SMOKING (não fume) e SEAT BELTS O compartimento de nariz é equipado com
(apertar o cinto de segurança) são instalados uma luz de cortesia para carregamento à
no Overhead Panel (Ver figura 3-5). Esses noite. Uma vez que esta luz acende
sinais são controlados por interruptores automaticamente quando a porta do
devidamente nomeados. Quando um compartimento de bagagem é aberta,
interruptor é pressionado, o sinal se ilumina. independente da posição do interruptor do
Um sinal sonoro é ouvido quando os BATTERY MASTER, é recomendado que a
interruptores destes dois avisos são ligados. porta não fique aberta por longos períodos,
pois isso pode levar ao descarregamento da
bateria (Ver figura 3-6).

FIGURA 3-5. Luzes de Aviso de Passageiros e


Controle

FIGURA 3-6. Luzes do Compartimento do Nariz da Aeronave

| 52
ILUMINAÇÃO EXTERIOR

A disposição geral da iluminação externa é mostrada na figura 3-7.

FIGURA 3-7. Localização das Luzes Externas

LUZES NAVEGATION E STROBE

O conjunto de luzes Navigation/Strobe está


instalado em cada ponta de asa. A ponta da ATENÇÃO
asa direita incopora uma luz de navegação
verde e uma luz branca estroboscópica; a As luzes estroboscópicas não
devem ser ligadas quando voando
ponta de asa esquerda incorpora uma luz de
entre nuvens e em tempo
navegação vermelha e uma luz branca
encoberto, pois o reflexo pode
estroboscópica. Uma luz de navegação branca
causar desorientação espacial. Tais
também é instalada na seção de cauda da luzes também não devem ser
aeronave. As luzes de navegação e as luzes operadas durante o táxi, nas
estroboscópicas são controladas com os proximidades de outras aeronaves.
interruptores POSITION (Navigation) e ANTI-
COLLISION (Strobe) localizados no Overhead
Panel (Ver figura 3-8).

| 53
LUZ BEACON de interruptores. Os interruptores LAND e
TAXI estão localizados no Overhead Panel.
Uma luz beacon pode ser instalada no topo
do estabilizador vertical. Esta luz é controlada LUZ DE RECONHECIMENTO
com o interruptor ANTI-COLLISION com a
escrita “STROBE-OFF-BEACON” no Overhead Uma luz branca de reconhecimento está
Panel (Ver figura 3-8). montada na ponta de cada tip tank. Essas
luzes são controladas através do interruptor
TAXI (Ver figura 3-8). Com a luz de
LUZ DE INSPEÇÃO DE GELO NA ASA reconhecimento instalada, o interruptor TAXI
possui as seguintes posições “ON/RECOG-
Uma luz de inspeção de gelo na asa pode ser OFF-ON.”
instalada no lado externo da nacele do motor
esquerdo para permitir que o piloto cheque
possíveis condições de gelo na asa durante LUZ DE LOGOTIPO/IDENTIFICAÇÃO
vôos noturnos. A luz é controlada pelo
interruptor WING localizado no Overhead Um sistema de iluminação da cauda pode ser
Panel. instalado como equipamento opcional. Duas
luzes, uma montada em cada lado do
estabilizador horizontal da aeronave, são
LUZES DE POUSO E TAXI direcionadas para iluminar a superfície
vertical da cauda para identificação no solo
A luz de pouso e a luz de táxi são montadas durante a noite. As luzes são controladas por
lado a lado na estrutura do trem de pouso do um interruptor localizado do lado direito do
nariz. O controle das luzes é realizado através Overhead Panel, nomeado TAIL FLD LTS (Ver
figura 3-8).

FIGURA 3-8. Controle das Luzes Externas

| 54
LIMITAÇÕES

Sem limitações listadas para este capítulo.

| 55
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 56
CAPÍTULO 4
SISTEMA DE ALERTA

INTRODUÇÃO
O painel de instrumentos possuiu um sistema de display indicador que provê indicação visual
de sistemas pertinentes essenciais à operação segura da aeronave. O sistema anunciador
consiste de um controle anunciador, sensores no sistema monitorado e um display
anunciador, um conjunto MASTER CAUTION/ botão “Reset Light” diretamente à frente do
piloto, uma buzina de aviso, e um interruptor “Press-to Test”.

GERAL

Nos modelos mais recentes, o anunciador piloto, enquanto os de cor âmbar e verde
esta disposto em uma linha que atravessa são de natureza consultiva e não ativam o
o topo do painel de instrumentos. Nos sistema de alerta/aviso. A cor, número e
modelos mais antigos (antes de 1978) há disposição dos anunciadores variam de
um grupo circular de anunciadores na aeronave para aeronave dependendo do
parte central inferior do painel de ano de fabricação e também dos sistemas
instrumentos. O painel de anunciadores instalados.
circular é todo vermelho. Em painéis mais
recentes os anunciadores são das cores Quando um dos sistemas monitorados pelo
vermelho, âmbar e verde. Os anunciadores sistema de luzes vermelhas de
vermelhos requerem imediata atenção do monitoramento entra em uma condição de

| 57
mau funcionamento, a luz do display pisca CONTROLE DA INTENSIDADE DAS LUZES
simultaneamente com a luz MASTER DO DISPLAY (DIMMER CONTROL)
CAUTION e o soar do aviso sonoro de
alerta. Quando o botão de “Reset” do Um interruptor de controle de intensidade
MASTER CAUTION é pressionado, tanto a de luzes localizado à direita do anunciador
luz quanto o aviso sonoro são desligados. (Ver figura 4-2) serve para regular a
No entanto, se a condição de mau intensidade das luzes do display. A luz
funcionamento persistir, a luz do visor MASTER CAUTION não possui redutor de
permanecerá iluminada sem piscar. Se um intensidade. Durante a função de teste, as
segundo sistema monitorado entrar luzes poderão estar com a iluminação forte
também em uma condição de mau ou fraca, dependendo da posição do
funcionamento, o procedimento de alerta interruptor de controle de intensidade. Um
é repetido com uma segunda luz do display ligeiro atraso de mudança de iluminação
piscando enquanto a primeira luz de alerta, ocorre quando a posição do interruptor é
referente ao outro mau funcionamento, mudada do mais brilhante para a atual
continua firmemente iluminada. Esta intensidade do display que será utilizada.
seqüência é repetida para todos os
circuitos monitorados. Se um mau
funcionamento, indicado no anunciador,
for corrigido, a luz anunciadora para àquele
sistema é automaticamente extinguida e
reiniciada.

FIGURA 4-2. Controle de Intensidade da Luz do


Painel Anunciador

FIGURA 4-1. Luz MASTER CAUTION/Botão de


Reset

| 58
TESTE

Um botão “Press-to-Test” localizado à


esquerda do painel anunciador (Ver figura
4-3) ativa a luz MASTER CAUTION, o aviso
sonoro, e todas as luzes do display. Se o
sistema anunciador estiver funcionando
corretamente ao se pressionar o botão de
teste, as luzes âmbar e verde acenderão
instantaneamente acompanhadas pelo
soar do aviso de alerta e do piscar das luzes
vermelhas do painel, exceto as luzes do
flape. Se por ventura alguma das luzes
anunciadoras já estiver acesa antes do
momento do teste, ela permanecerá acesa,
porém não piscará. O anunciador de flape
pode ser testado através do botão de teste
localizado ao lado do indicador de posição
do flape.
A iluminação do anunciador ANN POWER
indica uma falha no sistema anunciador.
Esta luz recebe energia de uma fonte
diferente das outras luzes anunciadoras.
Prováveis causas para a falha do sistema FIGURA 4-3. Interruptor de Teste do Painel
anunciador e os procedimentos corretivos Anunciador
podem ser encontrados na seção de
procedimentos de emergência do Manual
de Vôo do Avião, devidamente aprovado.

| 59
ANUNCIADORES
Os anunciadores individuais, suas cores, e suas causas para iluminação serão mostrados na
tabela 4-1, a seguir. Nem todos os anunciadores listados estão incorporados em todas as
aeronaves.

| 60
| 61
| 62
LIMITAÇÕES
Sem limitações listadas para este capítulo.

| 63
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 64
CAPÍTULO 5
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL

INTRODUÇÃO

O sistema de combustível da série Piper Cheyenne e T1040 consiste em dois sistemas


individuais e separados, um em cada asa, conectados entre sí por uma linha cruzada
(Crossfeed). Os sistemas são controlados a partir do painel de gerenciamento de combustível e
interruptores localizados no Overhead Panel, acessíveis tanto ao piloto quanto ao co-piloto. O
combustível para cada um dos sistemas é armazenado no tanque localizado na nacele do
motor e outros dois ou três tanques interconectados na asa, dependendo do modelo da
aeronave e das configurações dos tanques. O combustível total utilizável na aeronave varia de
292 a 366 galões (1104 a 1384 litros).

GERAL
O sistema de combustível consiste de: Cada sistema de combustível é servido por
tanque de nacele, de asa, e de ponta de uma tampa de tanque de nacele e uma
asa convencional (tip tank). Possui ainda tampa de tip tank, para abastecimento.
bombas de combustível elétricas, bombas Os componentes do sistema de
de combustível mecânicas (engine-driven combustível e sua operação serão
fuel pumps), e o sistema de linha cruzada discutidos apenas até as bombas de
(crossfeed). O motor recebe combustível combustível mecânicas. A partir deste
sob alta pressão da bomba mecânica que é ponto, a operação do sistema de
abastecida com combustível de baixa combustível torna-se uma função do
pressão da bomba elétrica. Três modelos motor. Consulte o próximo capítulo,
de operação estão disponíveis: normal, Intitulado “Motor,” para informações
crossfeed e suction feed. adicionais.

| 65
CONTROLES E INDICADORES DO longarina das asas. Os controles são
operados por pequenas alavancas. As
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL alavancas externas controlam o fluxo de
combustível para o motor através uma
PAINEL DE GERENCIAMENTO DE válvula de corte separada para cada motor.
COMBUSTÍVEL
Essas válvulas funcionam como um sistema
A figura 5-1 ilustra os tipos de painéis de de proteção de corte e como uma válvula
gerenciamento de combustível que de ON-OFF para o sistema de combustível.
equipam os modelos de aeronaves A alavanca de controle central é para
Cheyenne e T1040. As maiores diferenças alimentação cruzada (crossfeed). Esta
entre eles são a localização do painel e a válvula deve ficar sempre fechada, exceto
operação de controle. durante operação monomotor, quando se
julgar que uma alimentação cruzada é
Os modelos Cheyenne I e II possuem o necessária. As três válvulas são
painel de controle montado entre os dois mecanicamente operadas.
bancos dos pilotos, logo à frente, na
extremidade de onde passa a cobertura da

FIGURA 5-1. Painel de Gerenciamento de Combustível

| 66
SISTEMA DE MEDIÇÃO DE COMBUSTÍVEL total em cada um dos dois lados do
instrumento, em libras (Figura 5-2). Se uma
O sistema de quantidade de combustível é sonda falhar, o indicador de quantidade de
monitorado por um indicador de agulha combustível naquele lado ainda estará
dupla montado no painel de instrumentos operando; ele reflete o total de
do co-piloto. Ele tem seu próprio inversor combustível utilizável das sondas restantes
AC para energizar as sondas de que ainda estão operando.
capacitância (sensores) e lê o combustível

FIGURA 5-2. Sistema de Medição de Combustível

| 67
Um totalizador de combustível consumido ANUNCIADORES DO SISTEMA DE
é opcional e está à disposição. Este COMBUSTÍVEL
instrumento recebe informação do fluxo de
combustível proveniente dos transmissores Há dois anunciadores do sistema de
de fluxo de combustível de ambos os combustível. Os anunciadores de baixa
motores. O totalizador lê em libras e pode pressão aaaaL ENG FUEL PRESSaaa e
ser resetado/zerado por um botão de RaENGaFUELaPRESS estão localizados no
pressão (pushbutton) (Figura 5-3). painel anunciador. Esses anunciadores são
independentes dos medidores de pressão
de combustível e não recebem energia
elétrica através deles. As luzes dos
anunciadores acendem quando a pressão
de combustível cai abaixo de 5 psi. A
energia do anunciador é proveniente do
barramento essencial nos modelos de
aeronaves 1980 e anteriores, e
proveniente do barramento principal
esquerdo nos modelos 1981 e seguintes.
Veja Transmissores e Medidores de
Pressão de Combustível, neste capítulo,
para mais informações.

DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO DOS


COMPONENTES
FIGURA 5-3. Totalizador de Combustível
TANQUES DE COMBUSTÍVEL
Os disjuntores do indicador de quantidade
A capacidade de combustível está listada
de combustível e do totalizador são
na tabela 5-1, a seguir:
energizados pelo barramento essencial e
estão localizados no lado do painel do
comandante na série de aviões do ano
CHEYENNE I IA II II XL
1980 e anteriores. Nos modelos 1981 e TOTAL S/ TIP 308 336
seguintes, e também nos modelos T1040, US GAL US GAL
os disjuntores do indicador de quantidade TOTAL C/ TIP 374
de combustível estão localizados no lado US GAL
UTILIZÁVEL S/ 300 328
do painel do comandante e são
TIP US GAL US GAL
energizados pelo barramento principal UTILIZÁVEL C/ 366
esquerdo. O totalizador é energizado pelo TIP US GAL
barramento principal direito e possui os NOTA: 1 US GAL = 3,78 LITROS
disjuntores localizados no lado do painel
do co-piloto. Cada um dos sistemas de combustível,
direito e esquerdo, consiste de um Tip
Tank, dois tanques de borracha principais
nas asas, o interno e o externo (Inboard e
Outboard Tanks), e um tanque de nacele.

| 68
Os Tip Tanks são opcionais nos modelos borracha com uma válvula que mantém o
Cheyenne I e T1040. O tip tank, o tanque combustível em torno das bombas durante
principal externo, e o tanque de nacele curvas rápidas, decolagens ou outras
suprem de combustível o tanque principal manobras que tendem a mover o
interno por fluxo de gravidade (Figura 5-4). combustível para longe das bombas e
O tanque interno principal é o ponto mais interromper o fluxo do mesmo. Ar é usado
baixo no sistema de combustível e possui para evitar colapso nos tanques. O sistema
duas bombas de combustível submersas, de combustível de uma das asas é
operadas eletricamente. Apenas uma ventilado por aberturas embutidas.
dessas bombas opera de cada vez e As aberturas NACA previnem
fornece combustível de baixa pressão para aerodinamicamente a formação de gelo,
a bomba mecânica. Cada tanque interno da porém não são aquecidas (Figura 5-5).
asa (inboard tank) possui um defletor de

FIGURA 5-4. Esquema do Sistema de Combustível

| 69
FIGURA 5-5. Ventilação do Tanque de
Combustível

BOMBAS DE COMBUSTÍVEL

Duas bombas de combustível submergidas


e eletricamente operadas estão localizadas FIGURA 5-6. Interruptores das Bombas de
em cada tanque principal interno da asa Combustível Elétricas
(inboard tank). As bombas são idênticas e
executam a mesma função. Elas são A energia é fornecida para as aeronaves
controladas por um interruptor localizado 1980 e anteriores da seguinte maneira: o
em cada painel de controle do motor barramento do motor esquerdo possui os
(Engine Control Panel) localizado no disjuntores da bomba esquerda N° 1 e
Overhead Panel. Os interruptores possuem direita N° 2. O barramento do motor
a nomeação “FUEL PUMP” com posições direito possuiu os disjuntores da bomba
de operação “1 e 2” (Figura 5-6). A posição direita N° 1 e da esquerda N° 2.
central sem marcação é “OFF”. O piloto
pode selecionar tanto a bomba N° 1 Nos modelos 1981 e seguintes não há
quanto a N° 2 para operação do sistema de cruzamento de fornecimento de energia: o
combustível de cada asa, mas não pode barramento principal esquerdo possui os
acionar as duas simultaneamente. disjuntores para a bomba esquerda N° 1
A bomba elétrica selecionada funciona (etiquetado “MAIN FUEL PUMP”) e a
continuamente, suprindo combustível de bomba esquerda N° 2 (etiquetada “AUX
25 a 32 PSI para a bomba de combustível FUEL PUMP”). O barramento principal
mecânica de alta pressão. Falha na bomba direito possui os disjuntores das bombas
de combustível é indicada pelo respectivo direitas N° 1 e N° 2.
manômetro de pressão de combustível,
pelo anunciador luminoso
ENGaFUELaPRESS, pela luz piscando do VÁLVULAS DE CORTE DE SEGURANÇA
MASTER CAUTION, e pelo alerta sonoro.
O sistema de combustível incorpora duas
válvulas de corte de combustível de
segurança, atuadas manualmente, que
também funcionam como válvulas ON-OFF

| 70
do sistema de combustível. As válvulas de entrar na unidade de controle de
estão localizadas nas raízes das asas e são combustível (FCU – Fuel Control Unit). Uma
mecanicamente controladas através do linha de óleo do motor está próxima com a
painel de gerenciamento de combustível linha de combustível e, através de
(Ver figura 5-1). condução, uma transferência de calor
ocorre quando a temperatura do óleo
atinge 55° C e um termostato se abre. O
FILTROS DE COMBUSTÍVEL E VÁLVULAS DE propósito do aquecimento do combustível
DRENO é remover todo o gelo que pode se formar
e que possa resultar em bloqueio de
O combustível é filtrado através de um combustível na FCU. O aquecedor de
filtro montado que possui um desvio combustível é termostaticamente
interno. O desvio se abre para permitir controlado para manter a temperatura do
fornecimento ininterrupto de combustível combustível entre 70° e 90° F em
para o motor no caso de ocorrer formação condições normais. O aquecedor de
de gelo no filtro ou bloqueio do mesmo. combustível é automático e não requer
Não há indicador que mostre que o filtro nenhuma ação do piloto.
de combustível está bloqueado.
Adicionalmente, uma válvula de dreno do
filtro de combustível (Figura 5-7) está
localizada no filtro. O acesso a ela se dá
através de uma porta no lado esquerdo da
nacele de cada motor. A válvula de dreno é
aberta empurrando-se para baixo uma
alavanca anexada.

NOTA

Cuidados devem ser tomados


para não estar diretamente em
frente ao dreno quando o estiver
checando no pré-vôo, para evitar
a contaminação da roupa.

NOTA

O filtro é às vezes referido como


“filtro 90 por cento”, por que o
combustível será drenado
através dele somente se o
tanque de nacele estiver 90 por
cento cheio.

AQUECEDORES DE COMBUSTÍVEL

O combustível é aquecido através de um FIGURA 5-7. Válvula do Dreno do Filtro de


trocador de calor óleo-combustível, antes Combustível

| 71
TRANSMISSORES E MEDIDORES DO FLUXO TRANSMISSORES E MEDIDORES DE
DE COMBUSTÍVEL PRESSÃO DE COMBUSTÍVEL

Os transmissores de fluxo de combustível Os transmissores de pressão de


são montados na parede contra fogo e combustível são dispositivos mecânicos
monitoram o fluxo de combustível para a localizados em linha entre os transmissores
entrada da unidade de controle de de fluxo de combustível e a bomba
combustível (FCU). Os transmissores geram mecânica de combustível de alta pressão. A
sinais elétricos que são transmitidos aos pressão de combustível mecanicamente
respectivos medidores de fluxo de posiciona os componentes no transmissor
combustível. Os medidores de fluxo de para enviar sinais de pressão aos
combustível (Figura 5-8), no painel de medidores de pressão de combustível e o
instrumentos, indicam o fluxo de anunciador de baixa pressão
combustível em libras por hora. Nos ENGaFUELaPRESS. Uma vez que o
modelos de Cheyenne 1980 e anteriores, transmissor está usando energia de duas
os medidores de fluxo de combustível fontes diferentes (medidores e
recebem energia do barramento essencial anunciadores) para enviar sinais de pressão
através dos disjuntores de “Fuel Flow”, aos medidores e aos anunciadores, a perda
direito e esquerdo, localizados no painel de de energia de um não afeta a operação do
disjuntores do lado do comandante. Nos outro. O medidor pode perder energia, e
modelos 1981 e posteriores, os assim, perder seu sinal do transmissor e ler
barramentos principais, esquerdo e direito, zero; o anunciador continuaria ainda
suprem os dois disjuntores, localizados funcionando normalmente desde que haja
respectivamente nos painéis do lado do pressão de combustível adequada e
comandante e do co-piloto. energia disponível para o anunciador.

Os medidores de pressão de combustível


no painel de instrumentos indicam a
pressão de combustível em psi. Os
medidores recebem energia por
intermédio dos barramentos esquerdo e
direito do motor através de disjuntores
localizados nas laterais do comandante e
do co-piloto, respectivamente, nos
modelos 1980 e anteriores. Nos modelos
1981 e seguintes, os disjuntores estão
localizados nos barramentos principais
esquerdo e direito.

FIGURA 5-8. Manômetros de Fuel Flow e Fuel


Press

| 72
BOMBAS DE COMBUSTÍVEL DO MOTOR OPERAÇÃO DO SISTEMA DE
A bomba de alta pressão movida pelo
COMBUSTÍVEL
motor (mecânica) entrega combustível a
OPERAÇÃO NORMAL
aproximadamente 800 psi para a unidade
de controle de combustível (FCU). A bomba
Para uma operação normal em vôo do
é montada na caixa de acessórios do motor
sistema de combustível, todos os
e fornece combustível na pressão
disjuntores do sistema de combustível
necessária para um padrão de pulverização
devem estar empurrados para dentro, os
na câmara de combustão. A falha desta
interruptores das bombas estarem ligados,
bomba sob quaisquer condições, resulta no
e a válvula de alimentação cruzada deve
imediato apagamento do motor.
estar fechada. O tanque de ponta de asa, o
externo principal (outboard main), e o
No caso de ambas as bombas elétricas
tanque de nacele alimentam por gravidade
(boost pumps) de um lado falharem, a
o tanque interno principal (inboard main).
bomba mecânica é capaz de alimentar por
sucção o motor, puxando combustível do
Tanto a bomba elétrica N° 1 ou a N° 2,
tanque interno principal (inboard main
quando selecionada e funcionando
tank) sem pressão da bomba elétrica (Ver
continuamente, fornece pressão de
limitações, neste capítulo).
combustível para alimentação cruzada (que
está fechada) e para a bomba mecânica de
alta pressão (Figura 5-9). O sistema de
combustível direito também fornece
SISTEMA DE RESGATE DE COMBUSTÍVEL
combustível de baixa pressão para a
(SCAVENGE)
válvula solenóide do aquecedor Janitrol em
todas as aeronaves, exceto nos modelos
O sistema de resgate de combustível
Cheyenne II XL. A bomba mecânica entrega
consiste de uma bomba de jato com
combustível de alta pressão para a unidade
reservatório para armazenamento de
de controle de combustível (FCU). O
combustível. O reservatório recolhe
combustível, em seguida, é encaminhado
combustível que drena da linha de
para os bicos de combustível através do
combustível do motor após o corte do
controle de partida (Start Control) e
mesmo. Durante o acionamento, este
coletores de combustível.
combustível é bombeado de volta para o
tanque de nacele. Se houverem
vazamentos de combustível no chão
OPERAÇÃO DO SISTEMA DE
durante o desligamento do motor, uma
ALIMENTAÇÃO CRUZADA (CROSSFEED)
manutenção no sistema é necessária.
Consulte o capítulo 7, “Motor”, para mais
O sistema de alimentação cruzada é
informações.
autorizado apenas para vôo monomotor,
se for necessário o uso de combustível do
lado do motor inoperante para aumentar o
alcance (Figura 5-10). Para usar a
alimentação cruzada, ligue a bomba
elétrica do motor INOPERANTE. Abra a
válvula Crossfeed, então desligue a bomba
elétrica do motor que está OPERANTE.

| 73
Verifique se o manômetro medidor da A alimentação cruzada não deve ser usada
pressão de combustível está no VERDE e se antes do pouso. Antes do pouso, ligue a
o anunciador de alerta ENG FUEL PRESS, bomba elétrica do motor OPERANTE e
mostrando baixa pressão de combustível, feche a válvula Crossfeed. Desligue a
não está iluminado para o motor em bomba elétrica do motor INOPERANTE
operação. somente se NG = 0 ou quando existir perigo
de fogo.

FIGURA 5-9. Operação Normal do Sistema de Combustível

FIGURA 5-10. Operação do Sistema de Alimentação Cruzada

| 74
FIGURA 5-11. Operação de Alimentação de Combustível por Sucção

OPERAÇÃO DE ALIMENTAÇÃO POR NOTA


SUCÇÃO Se flutuações de potência forem
constatadas, uma operação
Em uma emergência, alimentação por satisfatória pode ser obtida
sucção pode ser usada para fornecer reduzindo-se a potência e
combustível para um motor no raro caso descendo a uma altitude menor.
de dupla falha das bombas elétricas de um
lado. A sucção criada pela bomba mecânica
de alta pressão puxa combustível do ATENÇÃO
tanque interno principal (inboard main
tank) (Figura 5-11). Veja limitações, neste A operação do motor com a bomba
capítulo. mecânica de alta pressão suprindo
combustível sem as bombas elétricas é
limitada por um tempo cumulativo de
10 horas, após a mesma deve ser
revisada ou substituída.

| 75
ABASTECIMENTO

Os combustíveis aprovados para operação


do Cheyenne e T1040 estão listados em
LIMITAÇÕES, neste capítulo.

As orientações para a mistura de aditivo


anti-gelo com combustível é abrangida em
LIMITAÇÕES, neste capítulo, e nas seções
de MANUSEIO, SERVIÇO, E MANUTENÇÃO
do AIRPLANE FLIGHT MANUAL.

Ao encher os tanques de combustível do FIGURA 5-12. Tampas de Reabastecimento


avião (Figura 5-12), o procedimento a
seguir deve ser usado:
DRENOS DE COMBUSTÍVEL
 A aeronave deve ser estaticamente
aterrada para o abastecimento. O sistema de combustível de cada asa
possui 3 (três) reservatórios de dreno de
 Sempre abasteça primeiro o bocal tanque. Os drenos estão localizados sob o
do tanque de nacele. Quando os tanque de ponta de asa, do tanque externo
tanques de nacele estiverem principal (outboard main tank) e do tanque
cheios, o sistema completo, com
interno principal (inboard main tank)
exceção dos tanques de ponta de
asa (Tip Tanks), estará cheio. O próximo à junção da asa com a fuselagem..
final do abastecimento deve ser O tanque de nacele não possui um dreno
feito enchendo-se o tanque de separado. O dreno do filtro de combustível
ponta de asa através do respectivo está localizado no filtro de combustível
bocal. A tampa de abastecimento dentro de uma porta na carenagem do
da nacele deve estar segura
lado esquerdo do motor.
quando houver mais de 2 (duas)
polegadas de combustível no Tip
Tank; caso contrário, a pressão
diferencial irá causar perda de ATENÇÃO
combustível através do bocal do
tanque de nacele. Ao drenar qualquer quantidade de
combustível, certifique-se de que não
 Um período de sedimentação de 3 existe perigo de incêndio antes da
a 4 horas é conveniente sempre partida dos motores. Não permitir que o
que possível. Em seguida, alguns combustível entre em contato com os
gramas de combustível devem ser pneus.
drenados de cada ponto de dreno
para verificar se há contaminação.

| 76
LIMITAÇÕES
O PESO MÁXIMO ZERO COMBUSTÍVEL É:

TIPOS DE COMBUSTÍVEIS APROVADOS E Libras Quilos


LIMITAÇÕES OPERACIONAIS CHAYENNE I 7200 3266
CHEYENNE II 7200 3266
Classes comercias de combustíveis Jet A, CHEYENNE II XL 7600 3450
Jet A-1, e Jet B, e classes militares JP-4 e JP- T1040 7600 3450
5 em conformidade com PWA 522 ou CPW
46 são combustíveis recomendados para os
motores da série PT6A. Estes combustíveis T1040 APENAS - Peso zero combustível
podem ser misturados em qualquer mínimo para o carregamento do
proporção. compartimento de nacele:

Se combustíveis PWA 522 ou CPW 46 não SOMENTE T1040


estiverem disponíveis, gasolina de aviação Libras Quilos
(todos os tipos) por MIL-G-5572 é uma SEM TIP TANK 5066 2300
alternativa de combustível. Combustíveis
COM TIP TANK 5167 2345
alternativos podem ser misturados com
combustíveis recomendados em qualquer
proporção; todavia, utilização da
ADITIVO DE COMBUSTÍVEL APROVADO
classificação de menor octanagem
disponível é sugerida por causa do menor
Aditivo anti-gelo em conformidade com a
teor de chumbo. O uso de gasolina de
especificação MIL-I-27686 é o único aditivo
aviação é limitado por 150 horas de
de combustível aprovado. Ele pode ser
operação durante cada período de tempo
usado em quantidades não superiores a
entre revisões (TBO). O número de galões
0,15% do volume, quando solúvel em
levados a bordo para cada motor dividido
combustível de turbina de jato. A
pela taxa de consumo do mesmo é igual ao
concentração eficaz mínima, em volume, é
número de horas TBO a serem imputadas.
0,10%. O aditivo deve ser misturado
cuidadosamente de acordo com as
Alimentação cruzada é autorizada somente
instruções do fabricante. A operação
para operação monomotor.
destas aeronaves é aprovada com ou sem
aditivo anti-gelo no combustível.
Ambas as bombas elétricas devem estar
operantes para cada motor para
decolagem. Uma bomba elétrica deve estar
operante para cada motor para todas as
outras condições de vôo.

| 77
CUIDADO CUIDADO

Assegurar que o aditivo é direcionado Alguns combustíveis possuem aditivos


para o fluxo de combustível fluindo. O anti-gelo pré-misturados desde a
fluxo de aditivo deve começar depois e refinaria, neste caso uma nova mistura
parar antes que o fluxo de combustível. adicional de aditivo não deve ser
Não permitir que o aditivo concentrado realizada.
entre em contato com as superfícies
pintadas do avião ou as superfícies
interiores do tanque de combustível.
CUIDADO

Este aditivo não deve ser usado como


um substituto à drenagem pré-vôo do
sistema de drenos de combustível.

| 78
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 79
CAPÍTULO 7
MOTOR

INTRODUÇÃO
Este capítulo descreve o grupo motopropulsor usado na série de aeronaves Piper Cheyenne,
especificamente o Cheyenne I e II. Adicionalmente à descrição do motor, o capítulo também
inclui uma descrição dos sistemas relacionados a ele, tais como: óleo, combustível, e ignição;
instrumentação do motor; hélice; controle do grupo motopropulsor; e partida do motor,
operação e desligamento/corte.

GERAL  O Cheyenne I é motorizado por um


motor PT6A-11;
As aeronaves Cheyenne I e II são
 O Cheyenne II é motorizado por
motorizadas por dois motores turboélice um motor PT6A-28.
fabricados pela United Aircraft Ltd., uma
divisão da United Technologies. Os motores A maior diferença entre esses modelos é a
designados PT6A, hélice tripa Hartzell com potência e a RPM. Limitações afetando
embandeiramento total e capacidade de estes modelos são apresentadas
reverso incluem controle de moto Beta separadamente na seção Limitações do
para manuseio no solo. Motor.

Os modelos de aeronaves descritas neste


manual de treinamento são motorizadas
por diferentes modelos de motores:

| 80
MOTOR o governador Overspeed da hélice. Um
torquímetro convencional instalado na
GERAL caixa de engrenagem de redução provê
indicação no cockpit da potência entregue
O PT6A (Figura 7-1) é um motor turboélice à hélice.
de baixo peso e fluxo de ar reverso. Este
motor consiste de um gerador de gases
(propulsor) e uma turbina. Lá não há SEÇÃO DE ESCAPE
conexão mecânica entre o gas generator e
a turbina. Ar entra próximo à extremidade A seção de escape (localizada atrás da
traseira do motor e escapa através de engrenagem de redução) consiste de uma
portas duplas próximas ao lado da frente. câmara anular (plenum) de saída, um cone
resistente ao calor, e duas portas de
escape localizadas nas posições de 3 e 9
SEÇÕES PRINCIPAIS horas do motor.

Para fins descritivos, o PT6A é dividido em


sete seções principais (Figura 7-2), da SEÇÃO DA TURBINA
frente para trás, como segue:
A seção da turbina consiste de uma turbina
1 - Seção de engrenagem de redução de potência de estágio único e uma turbina
2 - Seção de escape geradora de gases também de estágio
3 - Seção da turbina único. Estes são comumente chamados de
4 - Seção do combustor Propeller Turbine e de Compressor Turbine,
5 - Seção do compressor respectivamente. A turbina é alojada
6 - Seção de entrada de ar dentro do diâmetro interior do combustor
7 - Seção de unidade de acessórios contribuindo para o comprimento curto do
motor PT6.

SEÇÃO DE ENGRENAGEM DE REDUÇÃO A turbina de potência é montada sobre um


eixo que se estende para frente para
A engrenagem de redução, montada
conduzir a engrenagem de redução.
dentro de uma caixa formando a frente do
motor, é uma engrenagem planetária de
A turbina geradora de gases é montada
dois estágios. A função da engrenagem
sobre um eixo que se estende para trás da
planetária é reduzir a alta RPM/baixo
montagem do compressor para conduzir a
torque da turbina para baixa RPM/alto
engrenagem de acessórios.
torque requerido pela hélice. Em adição, a
engrenagem planetária aciona o tacômetro
gerador da hélice, o governador da hélice e

| 81
FIGURA 7-1. Motor PT6A

| 82
FIGURA 7-2. Seção Maior e Fluxo de Gás

| 83
SEÇÃO DO COMBUSTOR SEÇÃO DA ENTRADA DE AR

A seção do combustor consiste de uma A seção da entrada de ar é circunferencial


câmara de admissão e uma câmara de e localizada atrás do compressor. A
combustão de fluxo reverso. Duas velas entrada de admissão de ar gira o ar 180°
estão montadas na câmara de combustão, para fluir para frente do compressor. Uma
em adição a 14 bicos de combustível ou tela circular circunda a área de entrada
vaporizadores igualmente espaçados (sete inteira. Fluxo de ar é dirigido para a
primários e sete secundários). entrada de ar do motor a partir do duto da
entrada de ar da nacele (Figura 7-3),
localizado na parte inferior da frente da
SEÇÃO DO COMPRESSOR nacele. O duto da entrada de ar é equipado
com um defletor de gelo (Veja capítulo 10,
A seção do compressor possui 4 estágios, 3 “Proteção de Chuva e Gelo”).
rodas de compressores axiais e uma roda
de compressor centrífugo, todos
rigidamente montados sobre um eixo
comum do rotor com a turbina geradora de
gases, se estendendo até atrás para
conduzir a engrenagem de acessório.

COMPRESSOR DE SANGRAMENTO ENTRE


ESTÁGIOS (INTERSTAGE BLEED)

Um sistema automático de sangramento


entre estágios é fornecido na caixa do
compressor para prevenir estol e picos
inerentes no compressor axial em regimes
estacionários de baixa RPM ou durante
FIGURA 7-3. Tomada de Entrada de Ar da
aceleração e desaceleração. O sistema de
Nacele
sangria entre estágios é aberto para
derramar ar do compressor axial fora e
prevenir acumulação no compressor
centrífugo durante partidas e baixas
configurações de potência. O sistema de
sangria é fechado nas configurações de alta
potência.

| 84
SEÇÃO DA UNIDADE DE ACESSÓRIOS na seção da turbina. A principal porção de
energia de gás é extraída pela turbina do
A seção de acessórios forma a parte gas generator (que move o compressor)
traseira do motor e contém a engrenagem para conduzir o compressor e as
de redução para os acessórios movidos engrenagens de acessórios. Os gases
pelo motor (mecânicos) entre os quais continuam a se expandir através da turbina
figuram os seguintes: de potência, a power turbine (que move a
hélice) que extrai quase toda a energia
 Bombas de óleo; restante para conduzir a hélice através da
 Unidade de Controle de engrenagem de redução. Os gases
combustível (FCU) e bombas de passados por este processo então entram,
combustível; por fim, na seção de escape onde eles são
 Gerador de partida DC;
virados 180° e descarregados na atmosfera
 Gerador do tacômetro do Gas
através dos canos de descarga localizados
Generator (NG);
 Bomba hidráulica; nas posições 9 e 3 horas da nacele.
 Suspiro do óleo centrífugo;
 Compressor Freon (motor direito NOTA
somente).
O sistema de turbina da série de
motores PT6 é projetado para
PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO extrair máxima quantidade de
energia dos gases de
O ar é induzido através da entrada de ar do combustão. Portanto, não há
motor a partir do duto de entrada de ar da nenhuma propulsão significativa
desenvolvida pelos gases de
nacele (Figura 7-2 e 7-3) e virado 180° para
escape.
entrar no compressor axial.

Ar pressurizado é aumentado por um SISTEMA DE ÓLEO


processo de difusão e dirigido para o
compressor centrífugo para aumentar a GERAL
velocidade do ar. A velocidade de energia
da saída de ar do compressor é convertida O sistema de óleo do motor é um sistema
para energia de pressão por um difusor e completamente autônomo e totalmente
dirigida ao combustor/queimador onde o automático. Ele fornece refrigeração,
fluxo de ar é alterado 180°. Ar sob pressão lubrificação para os rolamentos do motor e
entra na câmara de combustão onde o os rolamentos e engrenagens dos sistemas
combustível é adicionado pelos 14 bicos de acessórios e engrenagens de redução, e
injetores de combustível. A combustão aquecimento de combustível. Além disso, o
inicial é fornecida por velas durante a sistema de óleo do motor fornece óleo
partida. O fluxo de gases de combustão se para o controle de hélice e para o sistema
expande para trás e gira 180° para entrar de torquímetro.

| 85
TANQUE DE ÓLEO BOMBAS DE ÓLEO

O tanque de óleo é uma parte integral do As bombas de óleo consistem de um


motor, localizada entre a extremidade elemento de pressão e quatro elementos
traseira da entrada de ar do motor e a de limpeza. A saída a partir da bomba de
extremidade dianteira da caixa de pressão é filtrada por um filtro bypass. A
engrenagens de acessórios. pressão da bomba é limitada por uma
válvula de alívio.
O sistema de óleo é pressurizado por ar P3
(ar comprimido), e o tanque de óleo é Duas das quatro bombas de limpeza
ventilado pela atmosfera por um suspiro retornam óleo para a caixa de engrenagens
centrífugo propiciando para separação ar- de acessórios onde ele é apanhado por
óleo. uma terceira bomba de limpeza e mandado
de volta ao tanque através do radiador de
A verificação de nível do óleo e/ou óleo. Uma quarta bomba limpa a caixa de
manutenção é feita através de uma porta engrenagens de redução e retorna o óleo
de acesso no topo da nacele (Figura 7-4). A ao tanque através do radiador de óleo.
tampa de enchimento inclui uma vareta
para verificação de nível.
RADIADOR DE ÓLEO

Um radiador de óleo está localizado na


área de baixo da nacele. Fluxo de ar
através do resfriador é controlado por uma
porta posicionada eletricamente. A porta
do radiador de óleo é controlada por um
interruptor de três posições, localizado no
engine panel (Figura 7-5) que faz parte do
overhead panel e possui a marcação OIL
COOLER DOOR “OPEN” e “CLOSE”. Quando
o botão deixa de ser pressionado, uma
mola o conduz à posição central de
desligado. Quando a porta do radiador de
óleo está totalmente aberta, uma luz verde
FIGURA 7-4. Acesso ao Óleo
no painel anunciador com a marcação
OILaDR L ENG e OIL DR R ENG acenderá.

| 86
INDICAÇÃO quando o óleo atingir temperatura de
aproximadamente 90° C.
Pressão de óleo é detectada por um
transmissor e enviada a um manômetro de
pressão de óleo no painel de instrumentos OPERAÇÃO
do motor (Figura 7-6). Energia elétrica é
fornecida a partir do barramento DC A figura 7-7 ilustra o sistema de óleo do
associado. motor em formato simplificado.

Pressão de óleo também é detectada por


switches de pressão que ligam luzes NOTA
vermelhas L OIL PRESS ou R OIL PRESS no
painel anunciador, quando a pressão de O sistema de óleo deve ser
checado 10 minutos após o corte
óleo cai abaixo de 40 psi.
do motor.
A temperatura do óleo é sentida por
bulbos de resistência DC e enviada aos
manômetros de temperatura do óleo no NOTA
painel de instrumentos do motor (Figura 7-
6). Energia para indicação de temperatura Consumo em excesso de ¼ de
do óleo é provida a partir do barramento galão (945 ml aprox.) em 10
DC associado direito ou esquerdo. Duas horas de operação do motor
luzes vermelhas anunciadoras rotuladas deve ser registrado e reportado
LaOIL TEMP e R OIL TEMP se iluminarão à manutenção

FIGURA 7-5. Painel de Interruptores do Motor

| 87
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL

GERAL

O sistema de combustível inclui uma


unidade de controle de combustível (FCU)
e bomba, uma unidade de controle de
fluxo de partida, 2 distribuidores de
combustível (primário e secundário), e 14
bicos de combustível ou atomizadores.

O FCU determina o programa de


combustível adequado para partida,
aceleração e desaceleração, e operação em
estado estacionário, em todo o envelope
operacional.
FIGURA 7-6. Painel de Instrumentos do Motor

CUIDADO

A mistura de diferentes marcas de óleo


não é recomendada.

FIGURA 7-7. Sistema de Óleo

| 88
BOMBA DE COMBUSTÍVEL CONTROLE DO FLUXO DE PARTIDA E
VÁLVULA DE PARADA
A bomba de combustível é conduzida pela
engrenagem de acessórios. Pressão de O controle do fluxo de partida e válvula de
combustível do tanque é entregue à parada são mecanicamente controlados
entrada da bomba mecânica através da pela manete de condição, tanto para o
bomba elétrica imersa no tanque. A bomba corte quanto para dirigir combustível
aumenta a pressão de entrada para o valor medido/dosado para a porção de pressão
necessário para eficiente operação da FCU. de funcionamento da válvula que atua
como um divisor de fluxo. Isso permite que
o combustível, a uma pressão mínima, (1)
UNIDADE DE CONTROLE DE COMBUSÍVEL entre no distribuidor primário e nos 7 bicos
(FCU) injetores durante a partida, (2) dirija
combustível para o distribuidor secundário
A FCU é montada na bomba de e para os 7 bicos injetores secundários
combustível e conduzida por um eixo de conforme a aceleração do motor e a
extensão. A FCU é uma unidade pressão de combustível aumentarem, e (3)
pneumática-mecânica dividida em seção de corte o combustível de ambos os
computação, seção reguladora, seção de distribuidores no desligamento e
medição, e um controle de fluxo de partida simultaneamente drene os bicos e os
e seção de parada. distribuidores para um tanque coletor EPA.

A seção de computação detecta


parâmetros que incluem posição da INDICAÇÃO
manete de potência, pressão de descarga
do compressor (P3), pressão ambiente (PA) Admissão de pressão de combustível
e RPM do gas generator (NG). Em adição, a (pressão da bomba elétrica) para a bomba
FCU indiretamente detecta RPM da hélice mecânica é detectada por um transmissor
(NP) através de um governador de e exibido em um medidor localizado no
combustível superior (NF) que opera em painel de instrumentos do motor (Figura 7-
paralelo com o governador de hélice (NP) 6).
para limitar a RPM da turbina.
A fonte de energia para a indicação de
A computação desses parâmetros pressão de combustível é fornecida a partir
determina o fluxo de combustível com do barramento DC direito ou esquerdo
compensação automática para altitude, associado.
temperatura, aceleração e desaceleração,
e controle da RPM da turbina. Pressão de combustível da bomba elétrica
é também detectada por switches de
pressão que acendem as luzes
LaFUELaPRESS ou R FUEL PRESS no painel

| 89
anunciador se a pressão de admissão de O fluxo de combustível para a operação da
combustível para a bomba mecânica cair bomba de jato é fornecido pela bomba de
abaixo de 5 psi. combustível do motor através do solenóide
que abre durante a partida do motor,
Fluxo de combustível é detectado por um esvaziando assim o tanque EPA de volta ao
transmissor de fluxo e exibido em um tanque de combustível associado.
manômetro no painel central de
instrumentos. A energia é suprida a partir
do barramento DC esquerdo ou direito NOTA
associado.
Qualquer vazamento de
combustível na nacele observada
durante o pré-vôo deve ser
COLETOR DE COMBUSTÍVEL EPA
levado ao conhecimento do
pessoal de manutenção.
O coletor de combustível EPA (veja Figura
7-8) inclui uma válvula solenóide, um
pequeno tanque coletor e uma bomba de OPERAÇÃO
jato. Quando o motor é desligado, drenos
no controle de fluxo de partida e válvula de A figura 7-8 ilustra a operação do sistema
parada drenarão bicos e dutos de de combustível e do sistema de dreno
distribuição de combustível para o tanque coletor EPA.
coletor onde ele é armazenado até a
próxima partida.

| 90
FIGURA 7-8. Sistema de Combustível

| 91
SISTEMA DE IGNIÇÃO que o torque do motor cair abaixo de
aproximadamente 400 libras. A ignição
será contínua enquanto esta condição
GERAL
prevalecer. Energia de ignição é fornecida
pelo painel de disjuntores esquerdo.
Um sistema de ignição de alta energia é
fornecido nos motores PT6A, consistindo
de duas caixas excitadoras de ignição, dois
cabos blindados/protegidos, e duas velas
NOTA
de ignição dentro da câmara de
combustão. Alguns modelos de Cheyenne
podem não ter AUTO IGNITION.
Neste caso, o interruptor possui
CONTROLE duas posições rotuladas
“IGNITION” e “ON”. Ligando o
O sistema de ignição é dividido em modo interruptor estabelece-se ignição
contínua com a manete de
manual e automático e controlado por um
condição fora da posição STOP.
interruptor de duas posições rotulado
“MANUAL” e “AUTO” (Figura 7-5).

INDICAÇÃO
A posição MANUAL está em série com um
micro-interruptor no quadrante da manete
Uma luz anunciadora rotulada LEFT IGN e
de condição. Quando selecionado
RIGHT IGN virá a acender quando energia
MANUAL, o sistema de ignição operará
para os excitadores de ignição do motor
continuamente quando a manete de
esquerdo ou direito estiver disponível. A
condição é movida para fora da posição
luz (quando acesa) não é uma indicação de
STOP.
que o sistema de ignição está operando,
mas somente que energia elétrica DC está
Ignição automática possui um circuito
disponível para a caixa excitadora.
duplo. Um circuito é ligado em série com a
posição STARTER do interruptor STARTER-
GENERATOR e a posição RUN da manete
OPERAÇÃO
de condição. Portanto, se o interruptor de
ignição estiver em AUTO e a manete de
A figura 7-9 ilustra os modos de operação
condição estiver fora da posição STOP, o
do sistema de ignição em formato
sistema de ignição operará enquanto o
simplificado.
interruptor do STARTER-GENERATOR
estiver na posição STARTER. Durante o vôo,
a posição AUTO arma o sistema de ignição
através do interruptor do conjunto de
engrenagens e irá ligar a ignição sempre

| 92
INSTRUMENTAÇÃO DO MOTOR ITT (TEMPERATURA DA TURBINA)

ITT, ou temperatura da turbina (T5), é


GERAL
detectada por pilhas termoelétricas no
percurso do gás entre o compressor da
Os instrumentos primários do motor são
turbina e a turbina de potência. As oito
montados em linha vertical no painel de
pilhas termoelétricas são ligadas em
instrumentos do motor (Figura 7-6). De
paralelo para calcular uma melhor média.
cima para baixo esses instrumentos são
torque, ITT, RPM de hélice (NP), RPM do
O ITT não depende de energia do sistema
gerador de gases (NG), e fluxo de
elétrico para funcionar.
combustível.

Os sinais de saída a partir do sistema do ITT


Os instrumentos do motor para a série
são exibidos em um manômetro calibrado
Cheyenne são basicamente iguais, exceto
em graus Celsius e localizado no painel de
pelos limites de marcações. Esses limites
instrumentos do motor (Figura 7-6).
são descritos no Capítulo 1 deste manual.

RPM DO GERADOR DE GASES (NG)


TORQUE (TQ)

A RPM do gerador de gases (NG) é derivado


Potência do motor para a hélice é uma
a partir de um tacômetro gerador
função da turbina de potência. Ela é
conduzido pela engrenagem de acessórios.
medida em libras-pé de torque por um
Este sinal de saída do tacômetro gerador é
torquímetro hidromecânico integrado ao
exibido em um manômetro calibrado em
primeiro estágio da engrenagem de
porcentagem de 100% RPM. Uma escala de
redução.
Vernier (física) na face do manômetro
provê um display em décimos. Não há
Energia para o torquímetro (Figura 7-6) e
requerimento de energia elétrica para o
sistema de indicação é fornecida pelo
funcionamento do NG RPM.
barramento DC associado.

| 93
FIGURA 7-9. Sistema de Ignição

| 94
HÉLICES GOVERNADOR DE RPM DE HÉLICE

GERAL A operação normal na faixa de velocidade


constante é alcançada por um governador
Os motores dos Cheyenne I, II, II XL e convencional chamado Governador
T1040 são equipados com hélices Hartzell Primário ou Governador NP. Um
(Figura 7-10). As hélices são tripás, governador de excesso de velocidade
velocidade constante, com passo bandeira (overspeed) independente, também
e capacidade de reversão e um controle de chamado de Governador de Cobertura
modo beta para facilitar a operação no Hidráulico (Hydraulic Topping Governor –
solo. A faixa de atuação do ângulo da pá se HTG) irá limitar a RPM da hélice se o
estende de +87° a -11° (reverso). Um governador NP falhar.
batente de passo mínimo primário
determina um ângulo de pá de +20° em Um terceiro governador integrado com o
marcha lenta. Um batente de passo governador primário, chamado de NF ou
mínimo secundário controlado Governador de Cobertura de Combustível,
eletricamente previne a seleção de ângulos funciona para limitar a RPM da turbina de
baixos e reverso (faixa modo Beta) até que potência.
a aeronave esteja no solo. Uma faixa de
ângulo variável de +12° a -11° é
selecionável com o aumento da potência EMBANDEIRAMENTO
no modo reverso para facilitar a
desaceleração no solo. O embandeiramento de hélice é
conseguido através dos contrapesos
ligados a cada pá de hélice combinada com
a força da mola atuando sobre o pistão
servo da hélice.

DESEMBANDEIRAMENTO

As funções de desembandeiramento e
reverso são alcançadas por pressão de óleo
gerada por uma bomba de alta pressão que
é integrada com o governador primário de
hélice.

FIGURA 7-10 - Hélices

| 95
CONTROLE DO REVERSO BETA
duas forças variáveis: (1) governador de
As hélices no Cheyenne I, II, II XL e T1040 velocidade regulada por força de mola e (2)
incorporam um sistema de controle de governador de força de contrapeso.
reverso Beta que é mecanicamente Velocidade regulada por força de mola é
controlado e eletricamente protegido, uma função da posição da manete de
consistindo de uma válvula Beta hélice, ou seja, ela trabalha dependendo da
combinada com a válvula solenóide de posição da manete. Força de contrapeso é
batente de passo mínimo secundário uma função da RPM de hélice.
(secondary low-pitch stop). Desequilíbrio entre essas duas forças o fará
(1) dirigir pressão de óleo do governador
para o pistão servo do governador (cúpula)
PRINCÍPIOS BÁSICOS para reduzir o ângulo da pá e aumentar a
RPM, ou (2) reduzir pressão de óleo do
O controle de RPM é uma função do governador para o pistão servo da hélice
governador NP, guiado/acionado pela caixa permitindo o contrapeso da pá da hélice e
de engrenagens. O governador (Figura 7- a atuação da mola de embandeiramento
11) opera no princípio de equilíbrio entre para aumentar o ângulo da pá e diminuir a
RPM. Quando essas forças estiverem
balanceadas/equilibradas, o governador e
a hélice estarão na mesma velocidade.

| 96
Figura 7-11. Operação da Hélice

| 97
PARADA DE HÉLICE INDICAÇÃO

A parada primária da hélice é a marcha Uma luz rotulada LEFT BETA ou


lenta na manete de potência, e isso irá RIGHTaBETA iluminará e se manterá acesa
fornecer um ângulo de pá de durante operação no solo quando o ângulo
aproximadamente +20°. da pá da hélice diminuir para a faixa de
operação no solo (+12° ou menos).
A parada primária da hélice é
recuada/apoiada pelo batente de passo RPM de hélice (NP) é sentida pelo gerador
mínimo secundário que é controlado do tacômetro conduzido pela engrenagem
eletricamente. de redução e mostrada no manômetro
PROP RPM (Figura 7-6). O manômetro é
Esta é uma válvula solenóide de batente calibrado em centenas. O manômetro de
secundário de passo mínimo localizada na RPM não requer energia elétrica para
linha de pressão da bomba funcionar.
governadora/reguladora do/para o pistão
servo. A válvula solenóide de batente
secundário de passo mínimo está SISTEMA DE EMBANDEIRAMENTO
normalmente aberta e é controlada pelo AUTOMÁTICO (AUTOFEATHER)
switch do sensor de ângulo de pá. Se um
mau funcionamento ocorrer ou se a GERAL
manete de potência é levantada e movida
para trás através da porta de marcha lenta Um sistema opcional de embandeiramento
(idle) quando a aeronave estiver em vôo, a automático irá embandeirar
válvula solenóide de batente secundário de automaticamente a hélice do motor em
passo mínimo será fechada eletricamente falha, sem nenhuma ação por parte do
pelo switch de ângulo de pá e piloto, e está disponível apenas no
interromperá a pressão de óleo para o Cheyenne II XL. No caso do Cheyenne I, II e
pistão servo. Os contrapesos e molas irão T1040 existe apenas um interruptor para
aumentar o ângulo de pá até que o switch teste de embandeiramento.
do sensor de ângulo de pá abra e o ciclo se
repita. Esta ação irá bloquear o ângulo da O sistema autofeather inclui um
pá da hélice em +12°. No solo, a válvula computador, um interruptor de
solenóide de batente secundário de passo armamento, e um botão de teste.
mínimo é desarmada pelo interruptor de
abaixamento do trem de pouso (nariz e O computador recebe sinais lógicos
direito principal), permitindo assim a representando (1) posição das manetes de
operação na faixa de reverso Beta. potência, (2) torque, (3) torque diferencial,
e (4) pressão de sangria de ar do motor.
Se algum sinal lógico para o computador
falhar, o sistema terá se tornado

| 98
inoperante e a tripulação deverá ser cair para produzir um torque diferencial de
alertada. 500 libras-pé, (2) se o torque atual está
abaixo de 600 libras-pé, e (3) se a pressão
de ar sangrado estiver menor que 17 psi, a
CONTROLE luz verde ARM AUTOFEATHER se apagará
e a hélice irá embandeirar e parar em 10
O sistema autofeather (para ambos os segundos ou rodar em muito baixa RPM,
motores) é controlado por um interruptor dependendo da velocidade que se está.
de duas posições localizado no canto
inferior esquerdo do painel de Quando o autofeather é iniciado em
instrumentos, perto do pedestal. O qualquer motor, o computador lógico irá
interruptor é rotulado “AUTO FEATHER”, desativar o sistema autofeather para o
“ARM”, e “OFF.” (Ver Figura 7-12.) motor oposto e a luz verde
ARMaAUTOFEATHER irá apagar. Se um
embandeiramento automático ocorrer e a
luz ARM AUTOFEATHER permanecer
ligada, não retarde a manete de potência
do motor afetado, mas desligue o
interruptor ARM AUTOFEATHER
FIGURA 7-12. AUTOFEATHER ARM e imediatamente. Registre/reporte o mau
Interruptor de TEST.
funcionamento e não use o sistema até
que ele seja checado e reparado pela
manutenção.
INDICAÇÃO

Uma luz verde no painel anunciador


acenderá para indicar o status operacional
CONTROLE DE POTÊNCIA DO
do sistema de embandeiramento MOTOR
automático. A luz está rotulada
ARMaAUTOFEATHER. Uma luz âmbar GERAL
também localizada no painel anunciador
rotulada FAILaAUTOFEATHER se acenderá A combinação motor-hélice é controlada
se o computador detectar internamente pela interação de três manetes (Figura 7-
que o sistema lógico tenha falhado. 13): uma de condição, uma de potência, e
uma manete de hélice.

OPERAÇÃO

Durante a decolagem, com ambas as


manetes de potência à frente da posição
de 85%, se (1) o torque de qualquer motor

| 99
mecanismo de reverso. O quadrante de
potência do motor permite movimento da
manete até totalmente à frente ou posição
aberta (OPEN POSITION), e na faixa de
reverso Beta, de idle até máximo reverso.

A potência máxima desenvolvida em


reverso é de aproximadamente 200 shp.
Um ressalto no quadrante da manete de
potência na posição IDLE previne
movimento inadvertido da manete para a
faixa de reverso Beta. O piloto deve
FIGURA 7-13. Quadrante de Manetes
levantar a manete de potência sobre esse
ressalto para selecionar Beta ou reverso.

MANETE DE CONDIÇÃO
A operação do reverso provê um ângulo de
pá da hélice entre -5° a -11° para potência
A manete de condição (vermelha) (Figura
reversa após o pouso.
7-13), localizada no lado direito do
quadrante de manetes, é mecanicamente
conectada com o controle de partida. Os
MANETE DE CONTROLE DE HÉLICE
Cheyenne I, II e T1040 possuem duas
posições: STOP e RUN. O Cheyenne II XL
Essa manete (azul) (Figura 7-13) opera no
possui três posições: STOP, LOW IDLE e
quadrante de controle de potência do
HIGH IDLE. A posição STOP interrompe o
motor e está localizada no centro deste
combustível para o motor, e a posição RUN
quadrante. Ela é mecanicamente
estabelece um fluxo de combustível que
conectada ao governador primário de
sustenta aproximadamente 52% do gas
hélice. Na posição para frente, ou faixa de
generator, ou RPM NG. As posições no
velocidade constante, a manete de
Cheyenne II XL estabelecem 56% de RPM
controle de hélice seleciona RPM de INCR à
NG em LOW IDLE e 65% de RPM NG em
DECR alterando a configuração do
HIGH IDLE.
governador de hélice. A manete de
controle de hélice é também usada para
embandeirar a hélice movendo a manete
MANETE DE POTÊNCIA
para trás, na posição FEATHER. Alterar a
fricção da manete pode provocar
A manete de potência (preta) (Figura 7-13)
movimento inadvertido para a faixa de
está localizada no lado esquerdo do
embandeiramento. Essa ação posiciona o
quadrante de manetes. Ela é
governador para despejar óleo da câmara
mecanicamente conectada à unidade
do pistão servo da hélice e permite aos
controladora de combustível e ao
contrapesos e mola de embandeiramento

| 100
a moverem as pás das hélices para a PARTIDAS COM BATERIA
posição 87° (bandeira). A manete de
controle de hélice é usada para selecionar Antes da partida, deve ser checada a
RPM em vôo de 1,800 a 2,200 RPM entre voltagem mínima da bateria, 24 volts. A
as posições DECR e INCR da manete (para o bomba elétrica de combustível deve estar
Cheyenne II XL 1,800 a 1,900 RPM na ligada (bomba 1 ou 2) e funcionando. A
mesma faixa). manete de potência estar em IDLE, as
manetes de hélice estar toda a frente, na
CONTROLE DE FRICÇÃO posição INCR (no Cheyenne II XL deve estar
na posição FEATHER), e a manete de
Um botão de controle de fricção (Figura 7- condição na posição STOP.
13) está localizado no lado direito do
pedestal central. Girando o botão para trás Aperte o botão de IGNITION (Figura 7-5)
irá reduzir a fricção das manetes de para ON (ou MANUAL) e o botão do
controle do motor. Girar para frente irá STARTER-GENERATOR (Figura 7-5) para a
aumentar a fricção ou bloquear todas as posição STARTER.
manetes em qualquer posição desejada.
Monitore o manômetro de NG e, assim que
a RPM estabilizar (mínimo de 12%) mova a
PARTIDA DO MOTOR
manete de condição para a posição RUN
(Cheyenne II XL para LOW IDLE). Cheque se
GERAL
a luz de ignição iluminou (no painel de
alarmes). Verifique luz apagada assim que
A partida do motor é dividida em partida
o manômetro de ITT subir a temperatura
no solo e partida em vôo.
(isso indica combustão). Monitore o ITT e
NG para taxas normais e dentro dos limites.
Partida no solo consiste de partida com
Quando NG atingir 52% (56% para o
bateria, partida com GPU, e partida com
Cheyenne II XL), desligue o botão do
gerador cruzado.
STARTER e o botão de IGNITION (ou deixe
em AUTO IGNITION, caso possua) e avance
Partida em vôo consiste de partida em vôo
a manete de potência para atingir 68% de
com hélice em molinete e partida em vôo
NG (65% para o Cheyenne II XL). Coloque o
assistida.
botão STARTER-GENERATOR na posição
GENERATOR e cheque todas as indicações
CUIDADO
do motor relacionadas.

Não tente uma partida até que a


NOTA
inspeção pré-vôo externa e interna
tenham sido realizadas e a aeronave já Não ligue o gerador até que o
esteja considerada pronta para voar. motor seja acelerado para um
mínimo de 68% NG (mínimo de
65% para o Cheyenne II XL).

| 101
PARTIDAS COM GPU/APU O sistema elétrico do Cheyenne IA limita a
potência do gerador durante a partida e é
Os procedimentos de partida quando automaticamente ligado com 68% NG antes
usando uma unidade auxiliar são similares de acionar o segundo motor.
à da partida convencional com bateria,
exceto que o botão BATTERY MASTER
(Figura 7-5) deve estar em OFF até que o CHECAGENS APÓS A PARTIDA
GPU/APU seja conectado e estabilizado
entre 27 e 30 Volts. Após isso, o botão GERAL
BATTERY MASTER é ligado, de modo que a
bateria esteja em linha durante a partida. Durante o ciclo de partida com a manete
de hélice toda a frente, a hélice irá
Depois de ambos os motores estarem desembandeirar conforme a pressão de
ligados, novamente desligue o botão óleo da bomba do governador aumenta e
BATTERY MASTER e desconecte o vence os efeitos dos contrapesos e mola,
GPU/APU. Após isso, então, o BATTERY diminuindo o ângulo da pá para
MASTER é novamente ligado e os motores aproximadamente 20° e a RPM NP para
acelerados para o mínimo de 68% NG (65% aproximadamente 850 RPM. Quando os
II XL) para os geradores também serem motores estiverem acionados e
ligados. estabilizados em IDLE, certos testes
relacionados ao motor devem ser
realizados antes da decolagem.
PARTIDAS COM GERADOR CRUZADO

Partida com gerador cruzado se aplica à SISTEMAS DE TESTE


partida do segundo motor e proporciona
uma partida mais fria (baixo ITT). O governador se sobrevelocidade (HTG)
Inicialmente, a partida do segundo motor é incorpora um sistema de teste controlado
iniciada apenas com energia da bateria. Ou por um botão de três posições para cada
seja, antes da partida do segundo motor, o hélice (Figura 7-14). O botão é rotulado
gerador do motor em operação deve ser “H.T.G. RESET,” “LOCK PITCH TEST,” e
desligado. Porém, a manete de potência “LEFT” e “RIGHT.”
deverá ser ajustada para 68% NG. Quando
o segundo motor que está sendo acionado
indicar um mínimo de 10% NG, o gerador
do motor em operação deve ser ligado. Os
procedimentos seguintes são idênticos
com aqueles já descritos para partida com
bateria.

| 102
toda a frente e a potência ajustada para
1450 RPM. Movendo a alavanca para a
posição H.T.G. RESET a RPM deve cair
aproximadamente 50 RPM e retornar para
1450 RPM quando a alavanca é liberada
para off.

TESTE DO BATENTE DE PASSO MÍNIMO


SECUNDÁRIO

A segunda posição desta alavanca de teste


é usada para testar a eficácia do solenóide
do batente secundário (sistema bloqueio
de passo). Esse teste é idêntico para o
Cheyenne I, II, II XL e T1040. Cada hélice,
Figura 7-14. H.T.G. RESET e Interruptor PITCH porém, deve ser checada separadamente.
TEST

Começar o teste ajustando a manete de


potência para IDLE. Então, puxe a manete
A posição H.T.G. RESET da alavanca abre
de potência para cima e mova para trás,
uma válvula solenóide do HTG e admite
além da posição IDLE, até que a luz BETA
pressão da bomba para reiniciar o
ilumine. Então mova a alavanca H.T.G./
governador de sobrevelocidade para um
LOCK PITCH TEST para a posição LOCK
valor inferior para o teste.
PITCH TEST e tente mover a alavanca de
potência em direção ao REVERSO. A hélice
não ficará na posição reverso e nem a
TESTE HTG
manete de potência irá mover para trás, e
a luz BETA piscará. Isso verifica que o
Para testar o HTG no Cheyenne I, II e
solenóide de bloqueio de passo está
T1040, a manete de controle de hélice
operacional. Agora libere a alavanca e
deve estar na posição toda a frente e a
continue o movimento para trás da manete
manete de potência deve ser avançada
de potência. O ângulo da pá da hélice irá
para 1625 RPM. Quando a alavanca de
diminuir em direção à posição reverso e a
teste é movida para a posição H.T.G.
RPM da hélice irá aumentar. Esta
RESET, a RPM deve cair aproximadamente
verificação valida o modo “in-flight” do
50 RPM e retornar para 1625 RPM quando
solenóide do batente secundário,
a alavanca é liberada para off.
ignorando os micro-interruptores de
segurança localizados no trem de nariz e
Para testar o HTG no Cheyenne II XL, a
trem principal direito.
manete de hélice deve estar na posição

| 103
CUIDADO
NOTA
Nunca force a manete de potência para
REVERSE durante o teste de bloqueio de Se este teste não proceder como
passo ou se o motor estiver cortado. descrito acima, o sistema não
Forçar uma manete para REVERSE pode deve ser armado para a
decolagem.
causar danos no acoplamento do
reverso.

SISTEMA SINCRONIZADOR DE FASE


(HÉLICE)

TESTE DE EMBANDEIRAMENTO
O sistema sincronizador de fase fornece à
AUTOMÁTICO (AUTOFEATHER) – APENAS
hélice a relação pá-fase e também
CHEYENNE II XL
sincronização de RPM da hélice. Isso
resulta em considerável redução de ruído e
Um sistema de teste de embandeiramento
aumenta o conforto dos passageiros.
automático é fornecido e controlado por
um interruptor de três posições localizado
Este sincronizador de fase é controlado por
à direita do interruptor de autofeather.
um botão de duas posições à esquerda do
Este interruptor é nomeado
pedestal de controle de potência e está
“AUTOFEATHER TEST L” ou “R” (Veja Figura
rotulado “PROP SYNC” (Figura 7-15).
7-12).
O PROP SYNC deve ser desligado durante
O teste é feito quando o motor está
decolagens e pousos. Também deve ser
funcionando com as manetes de hélice
desligado durante operação monomotor
totalmente à frente (INCR) e as manetes de
ou durante operação no solo. Durante o
potência em IDLE. Segure o botão de TEST
cruzeiro, mudanças de RPM devem ser
na posição L ou R (direito ou esquerdo) e
feitas simultaneamente e em intervalos.
verifique se no motor selecionado: o
Caso contrário, o sistema irá sair fora da
torque aumenta e a RPM diminui,
faixa e deverá ser necessária re-
indicando que o ângulo da pá da hélice
sincronização.
está aumentando em direção ao
embandeiramento. Quando isto é
confirmado, libere o botão. O torque irá
diminuir e a RPM irá aumentar, indicando
desembandeiramento. Repita o mesmo
teste para o outro motor, e então avance
ambas as manetes de potência e verifique
se, em aproximadamente 85% NG, a luz
verde ARMaAUTOFEATHER acende.
Retorne as manetes de potência para IDLE.

| 104
APÓS A DECOLAGEM

Após a decolagem, a potência de subida


deve ser ajustada como desejado, a partir
das tabelas de performance do AFM
aprovado.

CORTE INTENCIONAL DO MOTOR

Para cortar um motor em vôo, primeiro


desligue os botões dos geradores, mova a
manete de potência para IDLE, a manete
de hélice para FEATHER, e a manete de
condição para STOP. Então, complete o
FIGURA 7-15. Interruptor PROP SYNC corte de acordo com o checklist.

DECOLAGEM
PARTIDA ASSISTIDA EM VÔO

GERAL

CUIDADO
Após completar os Before Takeoff Checks,
ajuste o controle de hélice para a posição
É recomendado que todas as partidas
toda a frente (INCR) e avance a manete de
sejam realizadas abaixo de 20,000 pés.
potência para os limites de torque ou ITT
Para partidas em vôo acima de 20,000
como determinado a partir das tabelas
pés, veja a seção Procedimentos de
Takeoff Power, que consta no Airplane
Emergência do AFM aprovado.
Flight Manual (AFM) aprovado.

NOTA

À medida que aumenta a ALERTA


velocidade de solo, o torque
pode aumentar mesmo com a Se um motor está cortado por causa de
manete de potência fixada em fogo ou se um apagamento do motor em
uma posição. Isso é normal e a vôo (flameout) estiver acompanhado por
manete de potência deve ser ruído, o motor não deve ser religado.
ajustada como necessário para
manter os parâmetros dentro
dos limites.

| 105
Antes de tentar uma partida assistida em com NG em 68% e coloque o IGNITION em
vôo, todos os procedimentos pré-partida OFF (ou AUTO) . Então ajuste a RPM e a
devem ser realizados de acordo com o AFM potência como necessário.
aprovado.
PARTIDA EM VÔO EM EMERGÊNCIA
Então, verifique se a manete de potência
está em IDLE, se a manete de hélice está Se uma partida em vôo deve ser realizada
em uma faixa operacional, e se a manete em uma situação de emergência e o NG
de condição está em STOP. Ligue o tenha caído abaixo de 10% (sem starter
interruptor do IGNITION em ON (ou disponível), a partida em vôo em
MANUAL), desligue o interruptor emergência deve ser completada. Ela deve
GENERATOR do motor em operação, e ser realizada de acordo com a sessão
mova o botão STARTER-GENERATOR Emergency Procedures do AFM aprovado.
(motor inoperante) para a posição
STARTER. Quando o NG estabilizar acima de
12%, mova a manete de condição para ALERTA
RUN e verifique se a luz de ignição
acendeu. Ligue o gerador do motor em Não tente uma partida em vôo se o NG
operação (se o NG do motor estabilizar estiver indicando zero.
abaixo de 12%). Monitore todos os
instrumentos relacionados ao motor e,
quando estabilizar em IDLE, desligue o
interruptor do STARTER e do IGNITION (ou
deixe em AUTO). Com 68% NG ligue o
gerador e ajuste a RPM e a potência como
necessário.

PARTIDA EM VÔO EM MOLINETE

Se o motor e a hélice estão girando em


molinete e o NG é maior que 12%, a
altitude estiver abaixo de 20,000 pés e a
velocidade é de pelo menos 140 KT, ajuste
a manete de potência para IDLE e a manete
de hélice toda a frente (INCR). Coloque o
botão do IGNITION em ON (ou MANUAL), e
mova a manete de condição para RUN.
Verifique se a luz de ignição acende.
Monitore todos os instrumentos
relacionados ao motor. Ligue o gerador

| 106
NOTA
LIMITAÇÕES
No caso de combustível em
conformidade com PWA 522 ou
CPW 46 não estiver disponível,
GERAL Gasolina de Aviação MIL-G-5572,
todas as classes, pode ser
As limitações contidas no capítulo 1 deste utilizada por no máximo 150
manual fornecem marcações dos horas entre revisões gerais.
instrumentos dos motores e outras
limitações operacionais da aeronave. Todas
as limitações apresentadas referem-se ao Limitações de Óleo
AFM aprovado.
Tipos de óleo – Consulte a última revisão
Pratt & Whitney Aircraft Engine Service
LIMITAÇÕES DO MOTOR Bulletin (Boletim de Serviço de Motor de
Aeronave Pratt & Whitney) N° 13001 para
Limitações de Combustível óleos aprovados.

Tipo de combustível – Em conformidade


com os combustíveis PWA 522 ou CPW 46: Limitações de Partida
JET A, JET A-1, JET B, e classes militares JP-
4, JP-5, e JP-9. O uso da partida (STARTER) está limitado à:

Aditivo anti-gelo por MIL-I-27686 está - 30 segundos ligado, 1 minuto desligado


aprovado para uso, nos combustíveis - 30 segundos ligado, 1 minuto desligado
citados acima, na quantidade de .15% - 30 segundos ligado, 30 minutos desligado
(máximo) a .10% (mínimo) por volume.
(Veja o Capítulo 8 do Pilot’s Operating Somente após esse intervalo, uma quarta
Handbook para procedimento de mistura e partida pode ser tentada.
manuseio).

Autofeather
(Embandeiramento Automático)

Deve ser verificada a operacionalidade do


sistema autofeather antes da decolagem, e
o mesmo deve estar funcionando.

| 107
TABELA 7-1. CONDIÇÕES E LIMITES OPERACIONAIS – CHEYENNE I

NOTAS:
(1) Máximo torque permitido sustentado é
1,194 lb.-ft. (38.6 psig). NP deve ser definida de (4) Para um aumento da vida útil do óleo, uma
forma a não exceder as limitações de potência. temperatura de óleo entre 74° a 80° C (165° a
176° F) é recomendada. Uma temperatura
(2) Para cada 10°C (18°F) abaixo de -30°C (- mínima de 55° C (130° F) é recomendada para a
22°F) de temperatura ambiente, reduzir NG operação do aquecedor de combustível em
máximo permissível em 2.2%. potência de decolagem. Temperaturas de óleo
de 104° C são permitidas por períodos não
(3) Pressão normal de óleo é de 80 a 100 psig excedentes a 5 minutos.
em velocidade do gas generator acima de
27,000 RPM (72%) com temperatura do óleo (5) Com mínimo de 50% de RPM (NG), avance a
entre 60 e 70° (140° a 158°F). Pressões de óleo manete de potência como necessário para
abaixo de 80 psig são indesejáveis e devem ser manter a temperatura dentro destes limites.
tolerados somente para completar o vôo,
preferencialmente com ajustes de redução de (6) Estes valores são limitados a 2 segundos.
potência. Pressões de óleo abaixo do normal
devem ser reportadas como uma discrepância (7) O reverso está limitado à operação no solo
do motor, e deve ser corrigida antes da somente e com limite máximo de 200 SHP.
próxima decolagem. Pressões de óleo abaixo de
40 psig são inseguras, e exigem que o motor (8) Potência máxima de operação normal, topo
seja desligado ou que um pouso se realize o do arco verde do tacômetro de hélice e do
mais breve possível, usando a mínima potência manômetro de torque do motor.
necessária para sustentar o vôo.

| 108
TABELA 7-2. CONDIÇÕES E LIMITES OPERACIONAIS – CHEYENNE II

NOTAS:
(1) Máximo torque permitido sustentado é
1,628 lb.-ft. (53 psig). NP deve ser definida de
forma a não exceder as limitações de potência. (4) Para um aumento da durabilidade do motor
(isto é, o tempo entre as trocas de óleo), uma
(2) Para cada 10°C (18°F) abaixo de -30°C (- temperatura de óleo entre 74° a 80° C (165° a
22°F) de temperatura ambiente, reduzir NG 176° F) é recomendada. Uma temperatura
máximo permissível em 2.2%. mínima de 55° C (130° F) é recomendada para a
operação do aquecedor de combustível em
(3) Pressão normal de óleo é de 80 a 100 psig potência de decolagem.
em velocidade do gas generator acima de
27,000 RPM (72%) com temperatura do óleo (5) Com mínimo de 50% de RPM (NG), avance a
entre 60 e 70° (140° a 158°F). Pressões de óleo manete de potência como necessário para
abaixo de 80 psig são indesejáveis e devem ser manter a temperatura dentro destes limites.
tolerados somente para completar o vôo,
preferencialmente com ajustes de redução de (6) Estes valores são limitados a 2 segundos.
potência. Pressões de óleo abaixo do normal
devem ser reportadas como uma discrepância (7) O reverso está limitado à operação no solo
do motor, e deve ser corrigida antes da somente e com limite máximo de 200 SHP.
próxima decolagem. Pressões de óleo abaixo de
40 psig são inseguras, e exigem que o motor (8) Potência máxima de operação normal, topo
seja desligado ou que um pouso se realize o do arco verde do tacômetro de hélice e linha
mais breve possível, usando a mínima potência vermelha do manômetro de torque do motor.
necessária para sustentar o vôo.

| 109
TABELA 7-3. CONDIÇÕES E LIMITES OPERACIONAIS – CHEYENNE II XL

NOTAS: (4) Para um aumento da vida útil do óleo, uma


(1) Máximo torque permitido sustentado é temperatura de óleo entre 74° a 80° C (165° a
1,714 lb.-ft. (48.7 psig). NP deve ser definida de 176° F) é recomendada. Uma temperatura
forma a não exceder as limitações de potência. mínima de 55° C (130° F) é recomendada para a
operação do aquecedor de combustível em
(2) Para cada 10°C (18°F) abaixo de -30°C (- potência de decolagem.
22°F) de temperatura ambiente, reduzir NG
máximo permissível em 2.2%. (5) Com mínimo de 50% de RPM (NG), avance a
manete de potência como necessário para
(3) Pressão normal de óleo é de 85 a 105 psig manter a temperatura dentro destes limites.
em velocidade do gas generator acima de
27,000 RPM (72%) com temperatura do óleo (6) Estes valores são limitados a 2 segundos.
entre 60 e 71° (140° a 160°F). Pressões de óleo
abaixo de 85 psig são indesejáveis e devem ser (7) O reverso está limitado à operação no solo
tolerados somente para completar o vôo, somente. Torque e RPM devem estar dentro
preferencialmente com ajustes de redução de dos limites. Fornece 200 SHP máximo de
potência. Pressões de óleo abaixo do normal reverso.
devem ser reportadas como uma discrepância
do motor, e deve ser corrigida antes da (8) Potência máxima de operação normal, topo
próxima decolagem. Pressões de óleo abaixo de do arco verde do tacômetro de hélice e
40 psig são inseguras, e exigem que o motor manômetro de torque do motor.
seja desligado ou que um pouso se realize o
mais breve possível, usando a mínima potência Nota: Temperaturas de óleo de 104°C (220°F)
necessária para sustentar o vôo. são permitidas por um período não excedente a
10 min.

| 110
TABELA 7-4. CONDIÇÕES E LIMITES OPERACIONAIS – T1040

NOTAS:
(1) Máximo torque permitido sustentado é (4) Para um aumento da vida útil do óleo, uma
1,194 lb.-ft. (38.6 psig). NP deve ser definida de temperatura de óleo entre 74° a 80° C (165° a
forma a não exceder as limitações de potência. 176° F) é recomendada. Uma temperatura
mínima de 55° C (130° F) é recomendada para a
(2) Para cada 10°C (18°F) abaixo de -30°C (- operação do aquecedor de combustível em
22°F) de temperatura ambiente, reduzir NG potência de decolagem. Temperaturas de óleo
máximo permissível em 2.2%. de 104° C são permitidas por períodos não
excedentes a 5 minutos.
(3) Pressão normal de óleo é de 80 a 100 psig
em velocidade do gas generator acima de (5) Com mínimo de 50% de RPM (NG), avance a
27,000 RPM (72%) com temperatura do óleo manete de potência como necessário para
entre 60 e 71° (140° a 160°F). Pressões de óleo manter a temperatura dentro destes limites.
abaixo de 80 psig são indesejáveis e devem ser
tolerados somente para completar o vôo, (6) Estes valores são limitados a 2 segundos.
preferencialmente com ajustes de redução de
potência. Pressões de óleo abaixo do normal (7) O reverso está limitado à operação no solo
devem ser reportadas como uma discrepância somente e com limite máximo de 200 SHP.
do motor, e deve ser corrigida antes da
próxima decolagem. Pressões de óleo abaixo de (8) Potência máxima de operação normal, topo
40 psig são inseguras, e exigem que o motor do arco verde do tacômetro de hélice e
seja desligado ou que um pouso se realize o manômetro de torque do motor.
mais breve possível, usando a mínima potência
necessária para sustentar o vôo.

| 111
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 112
CAPÍTULO 8
PROTEÇÃO CONTRA FOGO

INTRODUÇÃO

As aeronaves da série Piper Cheyenne possuem sistemas independentes de detecção de fogo


em cada motor. Os sistemas incluem circuitos de detecção que exibem informação na cabine e
também atuam um aviso sonoro. Os sistemas opcionais de extinção de fogo do motor são
independentes e são controlados a partir da cabine. Um extintor de fogo portátil é fornecido
dentro da aeronave.

GERAL
O sistema de extinção de fogo no motor é
O sistema de detecção de fogo provê opcional em todas as aeronaves da série
meios para detectar fogo em qualquer Cheyenne. Ele usa um agente químico
nacele do motor. O sistema é automático e armazenado em um cilindro pressurizado
opera o tempo todo enquanto energia em cada nacele. Quando o fogo em um dos
estiver sendo fornecida ao sistema elétrico. motores é confirmado pelo piloto, o
sistema de extinção de fogo é ativado a
Sistemas de detecção de fogo no motor partir da cabine após o motor ter sido
são equipamentos padrões em todas as cortado. O sistema de extinção de fogo
aeronaves da série Cheyenne. pode operar com o avião ligado ou
desligado, dependendo do modelo da
aeronave.

| 113
DETECÇÃO DE FOGO NO MOTOR pode novamente detectar o inicio de um
incêndio.
O sistema de detecção de fogo no motor
consiste de três unidades termais
detectoras e seus tirantes⁄chicotes (chicote EXTINÇÃO DE FOGO NO MOTOR
elétrico) interconectados em cada motor. A
unidade detectora atua e completa um Cada compartimento de motor é provido
circuito elétrico para os indicadores de de um cilindro extintor de fogo. Cada
aviso na cabine quando uma temperatura cilindro possui um cartucho pirotécnico
de 450° F é sentida. (detonador) que lança todo o conteúdo
quando o detonador é eletricamente
Um detector é localizado em cada lado da atuado a partir da cabine. O fogo em
frente da vedação contra fogo na seção qualquer nacele é sufocado envolvendo-se
quente. Um terceiro está localizado atrás o compartimento do motor com Halon
da parte traseira da vedação contra fogo 1301 pressurizado com nitrogênio seco.
sob a seção de acessórios.
O agente extintor é pulverizado através de
Quando uma unidade detectora de fogo dois tubos dentro do compartimento do
sente uma temperatura de 450° F ou motor, um na frente na seção quente e
maior, um circuito elétrico é completado e outro atrás na caixa de acessórios (Figura
ilumina a luz anunciadora apropriada 8-2). Cada motor possui seu próprio
LaENGaFIRE ou R ENG FIRE; a luz MASTER sistema independente. Os sistemas não
CAUTION pisca e o alarme sonoro soa. podem ser cruzados.
Pressionar o botão luminoso MASTER
CAUTION silenciará o aviso sonoro e Cada cilindro fornecido possui uma válvula
apagará a luz MASTER CAUTION; a luz de alívio termal. Temperaturas ambientes
anunciadora L ENG FIRE ou R ENG FIRE acima de 215° F causam uma descarga do
permanecerá iluminada até que as agente extintor para prevenir que o
unidades detectoras de fogo sintam uma cilindro estoure. Não há nenhuma
temperatura menor que 450° F. Se o fogo indicação na cabine quando a descarga
se apagar (temperatura cair abaixo de 450° termal ocorrer no sistema.
F) o sistema anunciador se reiniciará, e

FIGURA 8-1. Detectores de Fogo do Motor

| 114
FIGURA 8-2 Sistema de Extinção de Fogo

Dois interruptores vermelhos rotulados CUIDADO


“FIRE EXTINGUISHERS – LEFT (ou RIGHT)”
estão localizados no lado do painel do Este extintor de incêndio é um sistema
com um único disparo com um único
comandante nos modelos de aeronaves
cilindro para cada motor. Operação
1980 e anteriores. Nos modelos 1981 e inadvertida do cilindro pode causar
posteriores, um botão de pressionar parada do motor.
rotulado “LEFT (ou RIGHT) FIRE EXT” está
localizado em cada extremidade do
overhead panel (Figura 8-3). Para ativar o Duas luzes no painel anunciador,
sistema apropriado, a tampa de plástico LaFIREaEXTNGaINOP RaFIREaEXTNGaINOP
deve ser levantada e o botão pressionado. iluminam quando o respectivo sistema de
Isso aciona o detonador, liberando o extinção de incêndio estiver eletricamente
conteúdo do cilindro através dos tubos de disparado. Essas luzes não se iluminarão se
pulverização. o conteúdo dos cilindros tiverem sido
descarregados através da válvula de alívio
Ambos os botões do T1040 localizam-se na termal.
parte esquerda do Overhead Panel.

| 115
FIGURA 8-3. Controles de Extinção de Fogo

| 116
O piloto deve realizar as ações apropriadas cada motor em série e completa um
para fogo no motor listada no Airplane circuito através do visor anunciador no
Flight Manual aprovado, na seção solo. Isso checa a continuidade do sistema
Procedimentos de Emergência antes de e a operação das luzes anunciadoras de
ativar o sistema de extinção de fogo. advertência L ENG FIRE e R ENG FIRE.

Energia para o sistema de extinção de As luzes L FIRE EXTNG INOP e


incêndio nos modelos 1980 e anteriores é RaFIREaEXTNGaINOP iluminam quando o
fornecida pelo barramento essencial botão press-to-test é pressionado. Isso
através de dois disjuntores localizados do checa a operação dos anunciadores
lado do painel do comandante rotulados “L somente; isso não testa os circuitos do
(R) FIRE EXT.” Energia (externa, bateria, ou sistema de extinção de fogo.
gerador) deve ser aplicada à aeronave
antes dos sistemas poderem ser ativados. EXTINTOR DE FOGO PORTÁTIL
Os sistemas não possuem fusíveis.
Um extintor de fogo portátil é montado
Os modelos 1981 e posteriores possuem abaixo do assento do piloto. O extintor é
energia fornecida sempre a partir do adequado para uso em líquido ou fogo
barramento n° 1 da bateria, que é ligado elétrico. Dois tipos de extintores são
por fio à bateria. Cada sistema possui um usados: um modelo de pó seco que é
fusível em linha localizado à frente do totalmente descarregado em
anteparo do compartimento de bagagem aproximadamente 10 segundos, e um
dianteiro. Não há disjuntores. modelo de Halon 1211 que é descarregado
em 15 a 20 segundos.
CUIDADO
CUIDADO
O sistema de extinção de fogo pode ser
descarregado a qualquer momento, O agente concentrado no modelo de
independentemente da posição do botão extintor usando Halon 1211 ou os
da bateria por que ele é alimentado a subprodutos quando aplicados para um
partir do barramento n° 1 da bateria. incêndio são tóxicos quando inalados.
Portanto, mesmo que o avião possa ser Ventile a cabine assim que possível após
estacionado com os motores desligados, o fogo ser extinguido para remover a
o sistema de extinção de fogo fica fumaça ou gases. Utilize oxigênio, se
armado e pode ser descarregado. necessário.

TESTANDO O SISTEMA

O botão press-to-test do painel anunciador


testa o sistema de detecção de fogo.
Quando pressionado, ele conecta os
tirantes interconectados do sistema de FIGURA 8-4. Extintor de Fogo Portátil

| 117
LIMITAÇÕES

Na série de aeronaves 1980 e anteriores,


energia deve ser aplicada à aeronave antes
que o sistema de extinção de fogo possa
ser acionado. Nos modelos 1981 e
seguintes não é requerida energia; o
sistema fica armado o tempo todo, desde
que uma bateria totalmente carregada
esteja instalada.

Cada motor possui seu próprio sistema


independente de extinção de fogo que
pode ser usado uma única vez antes de ser
recarregado. Este sistema não pode ser
cruzado.

O manômetro de pressão do cilindro


extintor não está acessível para ser
verificado pela tripulação durante a
inspeção pré-vôo; ele é checado somente
pelo pessoal de manutenção.

| 118
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 119
CAPÍTULO 9
SISTEMA PNEUMÁTICO

INTRODUÇÃO

Este capítulo descreve o sistema pneumático das aeronaves Cheyenne I e Cheyenne II.

GERAL

Pressão pneumática para as aeronaves da


O ar sangrado no Cheyenne I e II é
série Cheyenne é fornecida a partir do ar
condicionado por intercoolers para reduzir
sistema de sangria de ar do motor.
a sua temperatura. Em adição, o
fornecimento de ar sangrado nessas
Os compressores do motor fornecem uma
aeronaves é encaminhado através de uma
fonte comum de ar. Os dutos de sangria de
bomba de jato que mistura ar sangrado
ar são protegidos por válvulas de retenção
com ar externo, reduzindo assim a
para isolar vazamentos ou prevenir fluxo
extração a partir do motor e conservando a
reverso devido à potência diferencial do
potência.
motor ou motor apagado.

| 120
SISTEMA PNEUMÁTICO ALIMENTAÇÃO AMBIENTAL
CHEYENNE I/II RESFRIAMENTO

GERAL O ar sangrado de cada motor é direcionado


para um intercooler em cada nacele do
As aeronaves Cheyenne I e Cheyenne II motor. Um fluxo de ar ambiente resfriado
requerem pressão pneumática para: através da entrada do lado externo de cada
nacele (Figura 9-2) atravessa o intercooler e
 Instrumentos giroscópicos; reduz a temperatura do ar sangrado.
 Sistema ambiental (climatização);
 Controle de pressurização;
 Vedação da porta;
 Boots de degelo da asa e cauda.

FONTE DE AR

A fonte primária de ar para o sistema


pneumático é ar sangrado do motor. Uma
porta em cada motor fornece um fluxo
contínuo desde o acionamento do motor
até o corte. Não há válvulas de corte de ar
sangrado neste sistema. Depois de
acionado o motor, o ar é distribuído em
três dutos de fornecimento separados.
Cada duto é protegido por válvulas de
retenção.

ALIMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS


GIROSCÓPICOS

Os instrumentos giroscópicos são


alimentados por um duto interconectando
às linhas de sangria do motor esquerdo e
FIGURA 9-1. Manômetros GYRO PRESS e
direito. O ar é direcionado através das PNEUMATIC PRESS – Cheyenne I e II
válvulas de retenção para um regulador de
pressão para modificar a pressão exigida
pelos instrumentos. O ar é então dirigido O ar sangrado de cada motor continua para
por linhas separadas para os instrumentos uma bomba de jato em cada nacele que
giroscópicos de pressão instalados. induz o ar externo para as linhas de sangria
e complementa o ar sangrado. Ele também
Um manômetro de leitura de pressão reduz a pressão de ar sangrado e a
fornece indicação no cockpit da pressão temperatura. Válvulas de retenção
giroscópica. integradas estão localizadas em cada
bomba de jato. As saídas das bombas de

| 121
jato, esquerda e direita, juntam e
direcionam o fluxo de ar total para a caixa AR REGULADO
de controle de ar pressurizado para
distribuição para o sistema de controle Quando o ar sangrado resfriado deixa o
ambiental (ECS Environmental Control intercooler, existem dois caminhos que ele
System). Para mais informações sobre o pode seguir. Um caminho é através da
ECS, consultar os capítulos 11 e 12, “Ar bomba de jato já mencionada. Já o outro
Condicionado” e “Pressurização.” duto, antes de atingir a bomba de jato, se
ramifica e se junta com o fornecimento de
ar semelhante do outro motor. Esta linha
direciona o ar através de um separador de
água e um regulador de pressão de 18 psi
que modifica a pressão para a vedação da
porta e inflação do boot de degelo e
abastece um ejetor de descongelamento
que produz sucção (vácuo) para os boots
de degelo e para o controlador de
pressurização. Este regulador de pressão é
apoiado por uma válvula de alívio de 21 psi
para limitar pressão se o regulador falhar.

Um manômetro de leitura direta de


pressão pneumática de degelo é fornecido
no cockpit (Figura 9-1). Para mais
informações sobre vedação da porta, boots
de degelo, e controle de pressurização,
consulte o capítulo 10 “Proteção Contra
Chuva e Gelo,” e o capítulo 12
“Pressurização,” respectivamente.
FIGURA 9-2. Aberturas do Ar do Intercooler

OPERAÇÃO

A figura 9-3, da página seguinte, ilustra a


operação do sistema pneumático das
aeronaves Cheyenne I e Cheyenne II.

| 122
FIGURA 9-3. Esquema do Sistema Pneumático – CHEYENNE I E II

| 123
LIMITAÇÕES

Não há limitações listadas pertencentes ao


sistema pneumático das aeronaves
Cheyenne I e Cheyenne II.

| 124
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 125
CAPÍTULO 10
PROTEÇÃO CONTRA CHUVA E GELO

INTRODUÇÃO

O sistema de proteção contra gelo e chuva do Cheyenne I e II é designado a prevenir, ou


eliminar, gelo ou chuva nas áreas estruturais externas críticas da aeronave e componentes
selecionados. Embora destinado essencialmente para operação em vôo, alguns dos sistemas
podem ser usados em operações no solo dentro das limitações.
Três fontes de energia são usadas para o anti-icing e deicing: ar sangrado do motor
(pneumático), elétrico (aquecimento), e inercial (deflexão de gelo)

GERAL O motor é protegido contra ingestão de


gelo por um defletor de gelo atuado
eletricamente e por portas de desvio
O bordo de ataque da asa e da
(bypass doors).
empenagem é protegido do gelo a partir de
Todos os sistemas de proteção de gelo são
boots inflados pneumaticamente.
gerenciados como sistemas anti gelo, com
exceção dos boots infláveis, que é um
O pára-brisa, hélice, tubos de pitot,
sistema de degelo.
alarmes de estol e palhetas do SAS, e
entradas de ar do motor são eletricamente
As figuras 10-1 e 10-2 descrevem os
aquecidos.
controles de proteção de gelo e superfícies
protegidas da aeronave.

| 126
FIGURA 10-1. Controles de Proteção de Gelo

| 127
FIGURA 10-2. Superfícies da Aeronave Protegidas do Tempo

SISTEMA DE DEGELO DA ASA E DA sistema de sangria de ar. Vácuo para


EMPENAGEM manter os boots no lugar está sempre
presente; inflação somente ocorre quando
Os bordos de ataque da asa e dos o vácuo é substituído por pressão
estabilizadores vertical e horizontal são pneumática.
protegidos contra acúmulo de gelo. Boots
infláveis nestas superfícies usam pressão Cada asa possui um boot; a empenagem
regulada de sangria de ar para expandir os possui três boots, um no estabilizador
boots e quebrar o gelo acumulado. Os vertical e um em cada lado direito e
boots são desinflados e mantidos esquerdo do segmento do estabilizador
firmemente por vácuo criado por efeito horizontal. Todos os cinco boots inflam e
Venturi, usando as mesmas linhas do desinflam simultaneamente (Figura 10-3).

| 128
FIGURA 10-3. Sistema de Degelo Pneumático

Um interruptor de duas posições (Figura 10-4) que pode ser monitorado durante a
10-1) rotulado “SURFACE DE-ICE” controla inflação do deicer.
a operação dos boots. O interruptor volta à O mostrador deve registrar no verde, mas
posição OFF por ação de uma mola. oscilará ligeiramente durante a operação
de degelo. Sua marcação é como se segue:
Quando ¼ a 3/8 de polegadas de gelo  Linha vermelha – 14 psi
terem acumulado, o interruptor pode ser  Arco verde – 14 a 21 psi
posicionado para a posição ON. Ele  Arco amarelo – 21 a 25 psi
energiza eletricamente uma válvula
solenóide pneumática que permite ar
pressurizado diretamente para dentro dos
boots. A pressão é regulada para 18 psi
com uma válvula de alívio de 21 psi inclusa
para a proteção do sistema. A pressão é
aplicada por seis segundos; a válvula
solenóide pneumática é então
reposicionada para vácuo, e os boots são
esvaziados e voltam para a condição de
esvaziados.
FIGURA 10-4. Manômetro de Pressão
Todos os Cheyenne e T1040 possuem um Pneumática
mostrador de pressão pneumática (Figura

| 129
Uma luz azul SURFACE DE ICE, do tipo CUIDADO
press-to-test, ilumina durante a operação
do sistema quando a pressão pneumática A operação do sistema de degelo
pneumático não é aprovada em
nos boots atinge 18 psi. Ele está localizado
temperaturas abaixo de -40° C (-40° F).
próximo ao amperímetro de proteção de Tal operação pode resultar em danos
gelo do motor (Figura 10-1). aos boots de degelo.

NOTA
Cada motor fornece uma tubulação
O sistema de degelo pneumático comum de ar sangrado. Se um motor
não é um sistema de ciclo estiver inoperante, a perda de pressão
contínuo. O interruptor SURFACE pneumática daquele motor não afeta a
DE ICE deve ser ativado como
operação dos boots. Uma válvula de check
necessário para repetir o ciclo.
é instalada na linha de ar sangrado a partir
de cada motor para prevenir a perda de
Durante os testes dos motores, a pressão pressão através do compressor do motor
pneumática deve ser checada. inoperante (Figura 10-3).

Os boots infláveis devem ser checados


NOTA cuidadosamente durante o pré-vôo. Eles
devem estar limpos, firmemente fixados à
Aproximadamente 65% de NG estrutura da asa, e não ter danos. Os boots
deve ser obtida para alcançar a nunca devem ser inflados para pouso ou
pressão pneumática total decolagem.
requerida para o check de
inflação dos boots. Energia elétrica para a operação dos boots
de degelo é fornecida a partir do
barramento essencial (1980 e anteriores) e
Os boots não devem ser inflados quando
pelo barramento direito principal (1981 e
eles estiverem cobertos por uma camada
seguintes) através do disjuntor SURFACE
muito fina de gelo. Finas camadas (menos
DEICE.
que ¼ de polegada) podem se agarrar nos
boots após a inflação. Ciclos repetitivos dos
boots terão então a tendência de
formarem uma concha de gelo fora do
contorno do bordo de ataque, tornando
assim os esforços de remoção de gelo
ineficazes.

| 130
SISTEMA DE DEGELO DO MOTOR PROTECTION localizados à direita e à
esquerda no Overhead Panel (Figura 10-1).
SISTEMA SEPARADOR INERCIAL
Quando um interruptor é ligado, um relé
Um sistema separador inercial está de controle do motor fornece energia para
incorporado na entrada de ar de cada o motor elétrico que abre e fecha as portas
motor para prevenir acúmulo de gelo na (Figura 10-6). Interruptores de limite
tela de entrada do compressor do motor. O desligam o motor elétrico quando as portas
sistema consiste de uma porta defletora de alcançam a posição selecionada de
gelo e uma porta de desvio de gelo (bypass totalmente aberta ou fechada. As portas
door) na entrada de cada motor. As portas não podem ser selecionadas para uma
são mecanicamente conectadas e são posição intermediária. Luzes anunciadoras
abertas e fechadas simultaneamente por verdes L ENG DEICE ou R ENG DEICE
um motor elétrico na carenagem. Quando iluminam quando as portas estão
a porta defletora está abaixada, ela desvia totalmente estendidas nos modelos de
a corrente de ar ligeiramente para baixo, Cheyenne 1978 e seguintes.
criando um efeito Venturi (Figura 10-5).
Nos modelos 1977 e anteriores há uma luz
Isso acelera o fluxo de ar, fazendo com que azul ICE DEFLECTOR DOWN localizada do
as partículas de umidade congeladas, lado direito e esquerdo do interruptor ICE
devido a sua massa e momento, desviem- PROTECTION no Overhead Panel.
se da área da tela e sejam ventiladas para
fora, através da porta de desvio. A corrente
de ar, no entanto, faz uma curva acentuada NOTA
para a tela de entrada por que o ar está
livre de partículas que estão a ser Quando a porta defletora está
desviadas para fora. abaixada, a perda de
aproximadamente 125 libras de
torque é normal. A potência
O defletor e a porta de desvio são
pode ser restabelecida
controlados pelo interruptor ICE
avançando-se a manete e
monitorando o ITT.

| 131
FIGURA 10-5. Sistema do Separador Inercial

NOTA

A porta defletora de gelo deve


ser abaixada quando a
temperatura estiver abaixo de 5°
C e umidade visível estiver
presente.

FIGURA 10-6. Defletor de Gelo e


Porta de Desvio

| 132
As portas defletoras de gelo podem ser aquecimento interno e externo. O “lábio”
usadas como um separador de partículas da entrada de ar do motor possui três
para uso em locais com faixas de terra ou elementos de aquecimento em seu boot
areia, ou em vôo onde haja poeira no ar. (não inflável). A seção da frente é a faixa de
separação e as duas partes traseiras
Todavia, pelo fato de o interruptor do ICE (interna e externa) são as seções das áreas
PROTECTION controlar além da porta de desprendimento I e II.
inercial também o aquecimento da hélice e
da entrada de ar do motor, os disjuntores O sistema de degelo do motor é controlado
PROP e AIR INTAKE devem ser puxados dos por interruptores ICE PROTECTION do lado
barramentos de degelo esquerdo e direito direito e esquerdo do Overhead Panel (Ver
(barramentos do motor esquerdo e direito Figura 10-1).
nos modelos 1980 e anteriores) quando o
sistema for usado para separação de Quando o sistema de degelo do motor está
partículas de terra/areia. energizado, o relé entrega energia
diretamente para a separação inercial e
A operação das portas defletoras podem para o relé temporizador de degelo (Figura
ser checadas no solo ativando o interruptor 10-7). O temporizador entrega energia por
ICE PROTECTION de casa motor e 34 segundos, duração de cada uma das
observando os anunciadores. áreas de desprendimento de gelo e cada
elemento de aquecimento da hélice, na
Energia para as portas é fornecida através seqüência que segue: área de
do disjuntor ICE DEF adjacente aos desprendimento I, área de
disjuntores PROP e AIR INTAKE. desprendimento II, elemento externo da
hélice, e elemento interno da hélice.

AQUECIMENTO DA HÉLICE E DA O ciclo é repetido até que o sistema seja


desligado. Um relé é ligado ao trem de
ENTRADA DE AR
pouso esquerdo, de modo que nem a
entrada de ar e nem os elementos
A superfície da hélice é eletricamente
aquecedores de hélice possam ser ativados
aquecida por um boot (não inflável) em
no solo.
cada pá. Cada boot possui um elemento de

| 133
FIGURA 10-7. Sistema de Aquecimento de Hélice e Entrada de Ar

| 134
Um amperímetro, marcado com um arco aquecedor de pára-brisas é protegido
verde de 22 a 26 ampéres, é usado para contra gelo por elementos elétricos de
monitorar o degelo do motor (Figura 10-1). aquecimento embutidos no vidro laminado
(Figura 10-8). Um sensor térmico dentro da
Um interruptor é fornecido para selecionar laminação do pára-brisas monitora a
o motor esquerdo ou direito para temperatura do vidro e alimenta um sinal
monitoramento. Fluxo de corrente até 28 de controle para uma unidade
ampéres é normal. controladora. A unidade controladora (uma
para cada lado do pára-brisa) regula o fluxo
Um botão de teste que ignora o interruptor de corrente para o elemento de
de abaixamento do trem de pouso está aquecimento.
localizado próximo ao amperímetro.

Quando o botão ICE PROTECTION direito


ou esquerdo é energizado e o botão de
teste é pressionado, o respectivo sistema é
energizado e fluxo de corrente pode ser
lido no amperímetro. Soltando o botão e
pressionando novamente, ele varia o
temporizador para o próximo elemento de
aquecimento. Todos os circuitos de FIGURA 10-8. Elementos de Aquecimento de
aquecimento da entrada de ar e das hélices Pára-brisa
podem ser checados apertando e soltando
o botão de teste quatro vezes para cada
Os modelos de Cheyenne 1979 e anteriores
motor.
equipados com aquecedor de pára-brisas
possuem apenas um nível de aquecimento
Os disjuntores para o degelo do motor
disponível. Os modelos 1980 e posteriores
estão localizados nos barramentos
possuem áreas de alto e baixo
esquerdo e direito do motor, nos modelos
aquecimento. A área de alto aquecimento
1980 e anteriores. Nos modelos 1981 e
é menor que a área de baixo aquecimento.
seguintes, eles estão localizados nos
barramentos de gelo esquerdo e direito.

NOTA
SISTEMAS DIVERSOS
Quando limpando o pára-brisas,
AQUECIMENTO DO PARA-BRISAS use somente sabão neutro e
água. A maioria das outras
O Cheyenne possui um aquecedor de pára- substâncias de limpeza podem
brisas para o lado do piloto. Aquecedor remover o revestimento de
óxido de estanho.
para o lado do co-piloto é opcional. Cada

| 135
O pára-brisas provê proteção contra NOTA
colisão com aves de até 1kg na velocidade
de descida. O aquecedor de pára-brisa O tempo de operação do
fornece proteção adicional, mas não é aquecedor de pára-brisa no solo
exigido. deve ser o mínimo possível para
prevenir superaquecimento que
pode causar distorção e bolhas
no mesmo.
CONTROLE E OPERAÇÃO

O aquecedor de pára-brisa nos modelos de NOTA


Cheyenne 1979 e anteriores são operados
por um botão L. W’SHLD HEAT (e R. O uso do aquecedor de pára-
W”SHLD nos modelos com aquecedor do brisa induz a erro na bússola
lado direito) localizado no Overhead Panel magnética.
(Figura 10-1). Os interruptores são
marcados “ON-OFF.” Nos modelos 1980 e
Nos modelos 1980 e anteriores a energia
seguintes os interruptores são marcados
para o aquecedor do pára-brisa é fornecida
“HI-OFF-LOW.”
através dos disjuntores dos barramentos
essencial e não essencial. Nos modelos
Para checar a operação do aquecedor de
1981 e seguintes, a energia é fornecida
pára-brisa antes da decolagem, o
através dos disjuntores do barramento de
respectivo interruptor W’SHLD HEAT deve
degelo direito ou esquerdo.
ser ligado com o motor em funcionamento.
Deve-se sentir o pára-brisa quente ao
toque após alguns minutos se o sistema
AQUECEDOR DO TUBO DE PITOT
estiver funcionando corretamente. Um
método alternativo para checar a operação
O aquecedor do tubo de pitot é padrão em
em solo é desligando um gerador.
todos os modelos de Cheyenne.
Aquecimento para o segundo tubo de pitot
Enquanto observa o amperímetro do
é opcional. O interruptor PITOT HEAT está
gerador em funcionamento, selecione
localizado no Overhead Panel (Figura 10-1).
LOW, então HI; um acréscimo de 20
ampéres quando em LOW e 30 ampéres
Energia é fornecida através dos disjuntores
em HI indicam uma operação normal. Nas
localizados no barramento essencial nos
aeronaves com apenas um nível de
aquecimento, um acréscimo de 20 modelos 1980 e anteriores. Para os
modelos 1981 e seguintes, energia é
ampéres é considerado normal.
suprida através dos disjuntores dos
barramentos principais direito e esquerdo.

| 136
AVISO DE ESTOL E AQUECIMENTO DO SAS Controle de calor de combustível é
aplicado a todo momento se potência e os
A palheta e a placa de estol instalada no disjuntores estão aplicados. Os disjuntores
Cheyenne I e II são aquecidas para prevenir estão localizados nos barramentos direito e
acúmulo de gelo. O disjuntor está esquerdo do motor nos modelos 1980 e
localizado no barramento essencial anteriores, e barramento principal
(modelos 1980 e anteriores) e no esquerdo e direito nos modelos 1981 e
barramento principal esquerdo (1981 e seguintes.
seguintes).

O Cheyenne II possui um sistema de LIMPADOR DE PÁRA-BRISAS


aumento de estabilidade (SAS – Stability
Augmentation System) instalado. A palheta O Cheyenne I e II possui um limpador de
do sensor de ângulo de ataque é aquecida. pára-brisas do lado do piloto. O limpador
O aquecedor da palheta é desarmado no para o co-piloto é opcional (Figura 10-9).
solo pelo abaixamento do trem de pouso.
A localização do disjuntor é a mesma que a O limpador é controlado por um botão
do disjuntor do aviso de estol nos outros marcado “WINDSHIELD WIPER” com
modelos. quatro posições: PARK, OFF, LOW e HIGH
(Figura 10-10). A posição PARK provê o
O aquecedor do aviso de estol e do SAS é retorno do limpador para a posição
energizado através do botão de vertical. O botão de controle está
aquecimento do pitot. localizado na parte de baixo do painel de
instrumentos do co-piloto.

CONTROLE DE AQUECIMENTO DE Energia é fornecida através do disjuntor no


COMBUSTÍVEL barramento essencial (1980 e anteriores) e
no barramento não essencial (1981 e
A unidade controladora de combustível em seguintes).
cada motor possui duas linhas de ar
sangrado conectadas que fornecem dados
de detecção de pressão de ar sangrado
(Consulte o cap. 7, Motor). Ar fluindo CUIDADO
nessas linhas pode conter umidade e é,
portanto, suscetível a congelamento. Não opere o limpador de pára-brisas
acima de 153 kt ou com o mesmo seco.
Elementos elétricos de aquecimento são
instalados nessas linhas e são controlados
através dos disjuntores FUEL CONTROL
HEAT.

| 137
LUZ DE INSPEÇÃO DE GELO NA ASA

Uma luz de inspeção de gelo na asa de 50


watts (Figura 10-11) está localizada no lado
externo da nacele esquerda. A luz é
controlada por um interruptor rotulado
“WING” no painel de luzes no Overhead
Panel (Figura 10-1). Energia é fornecida
através do disjuntor LAND & TAXI LTS, do
barramento essencial, nos modelos 1980 e
anteriores. Já nos modelos 1981 e
seguintes a energia é fornecida através do
Figura 10-9. Limpador de Pára-Brisa disjuntor WING ICE do barramento
principal direito.

FIGURA 10-11. Luz de Inspeção de Gelo na Asa

Figura 10-10. Controle do Limpador de Pára-


Brisa

| 138
maiores do que as publicadas, devido ao
LIMITAÇÕES
acúmulo de gelo. Na aproximação final
para pouso uma velocidade maior deve ser
Operação segura em condição de gelo mantida para compensar esse aumento da
depende do conhecimento do piloto sobre velocidade de estol. Isso resultará num
as condições atmosféricas favoráveis à aumento também da distância de pouso.
formação de gelo, familiaridade com a
operação e as limitações do equipamento A seção de Procedimentos de Emergência e
instalado, e exercício de um bom Procedimentos Normais do Airplane Flight
julgamento quando planejando um vôo Manual aprovado deve ser verificado para
dentro de áreas onde possíveis condições procedimentos específicos ao vôo em
de formação de gelo existam. formação de gelo.

Condições de gelo podem ser esperadas Se qualquer um dos equipamentos de anti-


quando a OAT é de 5° C ou menos e icing ou deicing estiver faltando ou com
umidade visível esteja presente. mau funcionamento, o vôo através de
Sempre que condições de gelo sejam condições conhecidas ou previstas de gelo
encontradas, as características de é proibido. O vôo dentro de condições
performance da aeronave irão se conhecidas de gelo requerem:
deteriorar.

 Todos os equipamentos
Maior arrasto aerodinâmico resulta em
necessários ao vôo noturno IFR;
maior consumo de combustível, reduzindo
assim o alcance da aeronave. Em adição,  Aquecedor do pára-brisas;
acúmulo de gelo aumenta o peso bruto da  Fonte estática alternativa;
aeronave que, juntamente com a distorção
do perfil aerodinâmico, aumenta a  Aquecedor do tubo de pitot;
velocidade de estol.  Aquecedor da palheta de aviso de
estol;
Diminuição da razão de subida deve ser
 Sistema de degelo da asa e da
antecipada, não só por causa da
cauda;
diminuição da eficiência da asa e da
empenagem, mas também por causa da  Todas as antenas meteorológicas;
possível redução da eficiência das hélices e
 Fios descarregadores de estática;
no aumento do peso bruto. Em adição, o
uso da porta defletora de gelo pode  Sistema de proteção de gelo no
resultar em diminuição da performance. motor.

Manobras bruscas e curvas acentuadas em O botão ICE PROTECTION do motor deve


baixas velocidades devem ser evitadas por ser ligado sempre que a OAT for de 5° C ou
que a aeronave irá estolar com velocidades menos e umidade visível esteja presente.

| 139
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 140
CAPÍTULO 11
AR CONDICIONADO

INTRODUÇÃO

Este capítulo descreve o sistema de ar condicionado dos modelos Cheyenne I e Cheyenne II.
O ar condicionado constitui a mudança de temperatura do ar para prover aquecimento ou
resfriamento das áreas ocupadas. O desembaçamento do pára-brisas também pode ser
realizado através do sistema de ar condicionado.

GERAL

O Cheyenne I e Cheyenne II são aeronaves pressurizadas que usam sistema idêntico de ar


condicionado de sangria de ar do motor.

| 141
AR CONDICIONADO A alavanca controla mecanicamente duas
caixas de válvulas nos dutos de distribuição
CHEYENNE I E II
de ar ambiental. As caixas são chamadas
“caixa de distribuição de ar” e “caixa de
GERAL controle de ar”.

As aeronaves Cheyenne I e II incorporam A alavanca de controle de ar possui três


um sistema de ar condicionado que provê posições marcadas: “PRESSURIZED AIR”,
temperaturas confortáveis para a cabine “RECIRCULATED AIR” e “OUTSIDE AIR”.
dos pilotos e dos passageiros. Quando a alavanca esta posicionada em
PRESSURIZED AIR, a válvula da caixa de
Provisões são incorporadas neste capítulo distribuição de ar é posicionada para
para a operação tanto automática quanto permitir contínua recirculação do ar da
manual do controle da temperatura de ar cabine. Adicionalmente, a válvula da caixa
nas áreas ocupadas. de controle de ar é posicionada para dirigir
ar sangrado do motor para os dutos
FONTES DE AR principais de distribuição para
aquecimento ou resfriamento.
OPERAÇÃO
Quando a alavanca está na posição
A fonte primária de ar é o ar sangrado do RECIRCULATED AIR, a válvula da caixa de
controle de ar é posicionada para despejar
compressor do motor aproveitado a partir
o fluxo de ar sangrado do motor à área
das portas do compressor do motor
abaixo do piso, e de lá para a atmosfera.
esquerdo e direito. A temperatura e a
Ao mesmo tempo, a válvula da caixa de
pressão deste ar sangrado são modificadas
distribuição de ar permanece posicionada
por um intercooler e por uma bomba de
para permitir que o ventilador de
jato, e então entregue à caixa de controle
recirculação induza ar das áreas ocupadas
do sistema ambiental de ar condicionado.
e o re-circule nestas áreas. O ar re-
circulado pode ser aquecido ou resfriado.
Para informações adicionais às fontes de ar
sangrado e às modificações iniciais deste ar
sangrado, veja o Capítulo 9, Sistema CUIDADO
Pneumático.
Quando operando em RECIRCULATED
AIR, ar sangrado e ar ambiental não
entram nas áreas ocupadas. A operação
CONTROLE neste modo deve ser limitada em 15
minutos. Esse modo pode ser usado
somente no solo para prevenir entrada
Controle da fonte de ar é obtido por uma
de ar poluído, tal como gás de escape.
alavanca de controle de três posições Esse modo também provê máximo
(Figura 11-1) localizada na parte inferior do aquecimento e resfriamento do ar.
painel de instrumentos, à frente do piloto.

| 142
RESFRIAMENTO

O resfriamento das áreas ocupadas é


alcançado por sistema de refrigeração
Freon consistindo de um compressor que é
acionado por correia pelo motor direito. O
Freon é comprimido pelo compressor,
dirigido para o condensador atrás da
parede contra fogo da nacele direita, e
então para o evaporador na seção do nariz
da aeronave. O ar frio do evaporador é
dirigido para dentro do duto de ar frio em
FIGURA 11-1. Alavanca de Controle de Ar cada lado das áreas ocupadas e distribuído
através das saídas perto de cada banco dos
Quando a alavanca de controle de ar passageiros e em frente aos pilotos.
(Figura 11-1) está em OUTSIDE AIR, a
válvula da caixa de controle de ar está
posicionada na posição de esvaziar, e a CONTROLE
caixa de distribuição de ar é posicionada
para permitir que ar externo entre nas Os sistemas de aquecimento e
áreas ocupadas. resfriamento que constituem o sistema de
ar condicionado são controlados através do
painel de controle CABIN CONFORT (Figura
AQUECIMENTO 11-2), localizado à frente do co-piloto. O
sistema de controle permite operação
O aquecimento do ar de cabine (tanto o ar separada ou coordenada do aquecedor
pressurizado, recirculado ou externo) é Janitrol e do sistema de refrigeração Freon,
realizado por um aquecedor Janitrol. O ou operação simultânea de ambos para
aquecedor é constituído por uma câmara fins de desumidificação.
de combustão rodeada por uma câmara de
ar fresco. Ar de combustão é fornecido por
uma fonte de ar ambiental. Combustível DESUMIDIFICADOR
para o aquecedor é fornecido pelo sistema
de combustível do lado direito. As funções do desumidificador evitam
excessiva nebulização durante uma descida
O ar de cabine é dirigido através do com ar externo quente ou úmido. Para
aquecedor e então para a saída dos dutos operar o sistema, o botão seletor de modo
de distribuição de ar aquecido localizados deve estar em AUTO e o interruptor
ao longo do lado esquerdo e direito das rotulado “DEHUMIDER” deve estar ligado.
áreas ocupadas.

| 143
Nesta configuração, a unidade de AQUECEDOR AUXILIAR
refrigeração Freon opera continuamente e
o aquecedor irá ciclar ligando e desligando, Um aquecedor auxiliar elétrico opcional
como requerido, para manter a pode ser instalado nos dutos de ar frio para
temperatura selecionada. complementar ou substituir o aquecedor
Janitrol. O aquecedor auxiliar provê ar
aquecido para a cabine de passageiros e
NOTA cockpit através das saídas de ar frio.

O uso do modo desumidificador CONTROLE


deve ser mantido ao mínimo por
causa da contínua operação do
O aquecedor auxiliar é controlado por um
sistema Freon e a conflitante
interruptor de duas posições rotulado
demanda por calor ao mesmo
tempo. “AUXILIARY HEAT-ON-OFF” (Figura 11-3).
Quando o interruptor está ligado, energia é
fornecida para ao aquecedor e para o
DIFERENÇAS ventilador de recirculação. Termostatos
estão localizados na caixa/carcaça do
As aeronaves Cheyenne I e II 1981 e aquecedor para o caso de falha do
posteriores possuem um sistema de ventilador de recirculação.
transferência de controle de temperatura
consistindo de um interruptor de duas CUIDADO
posições no painel de controle CABIN
Quando operando o aquecedor auxiliar,
CONFORT. Este interruptor está rotulado pelo menos quatro saídas de ar fresco
como “PILOT-CABIN”. Quando colocado na devem estar abertas para distribuição
posição CABIN, o controle de temperatura de ar.
é transferido a partir do cockpit para um
botão seletor de temperatura no lado
esquerdo da cabine de passageiros para ser ALERTA
controlado pelos mesmos.
Se uma falha do ventilador de
Em adição, estas aeronaves possuem um recirculação for detectada, o aquecedor
auxiliar deve ser desligado.
botão DEFROSTER-OFF (Figura 11-3). Este
botão provê seleção do ar vindo do
aquecedor para ser encaminhado para as
CUIDADO
saídas do desembaçador do pára-brisas, ao
longo de ambos os lados da coluna central Enquanto o aquecedor auxiliar estiver
do pára-brisas. em operação, a carga do gerador elétrico
deve ser monitorada para garantir que
ele está dentro dos limites. O aquecedor
auxiliar normalmente atrai
aproximadamente 70 ampéres totais.

| 144
No modo ar pressurizado, a caixa de
controle de ar permite fluxo de ar sangrado
para a cabine. Ao mesmo tempo, a caixa de
distribuição de ar proporciona recirculação
do ar da cabine.

Operação no modo recirculação de ar é


usada para prevenir a entrada de fumaça
dentro da cabine no solo. A alavanca de
controle de ar está ajustada para a posição
RECIRCULATED AIR e a válvula da caixa de
controle de ar despeja ar sangrado para
fora, enquanto a caixa de distribuição de ar
recircula somente o ar interno através das
FIGURA 11-3. Interruptor AUXILIARY áreas ocupadas. O aquecedor e/ou a
HEAT/Botão DEFROSTER – CHEYENNE I e II unidade Freon podem ser operadas no
modo automático ou manual, enquanto
RECIRCULATED AIR está selecionado.
OPERAÇÃO Operação neste modo é limitado a 15
minutos (e no solo somente) por causa da
A operação do sistema de aquecimento e estagnação e esgotamento do oxigênio.
refrigeração é dividida em (1) operação de
ar pressurizado, (2) operação de ar Operação no modo ar externo posiciona a
recirculado, e (3) operação do ar externo. válvula da caixa de controle de ar a
Aquecimento e refrigeração podem ser despejar ar sangrado para fora e também
obtidos em cada modo. posiciona a caixa de distribuição de ar para
atrair ar externo, com auxílio do ventilador
A figura 11-4 ilustra a operação normal do de recirculação. A posição ar externo pode
sistema, exceto que os fluxos de ar frio e ser selecionada, por exemplo, para um vôo
quente são mostrados simultaneamente. despressurizado, para limpar/remover
Na prática, o aquecedor e a unidade Freon contaminação da cabine, ou para um vôo
alternam a operação como determinado onde haja um possível mau
pelo controlador de temperatura. Uma funcionamento do aquecedor e da unidade
faixa/zona morta existe no controlador de Freon. Se o aquecedor ou a unidade Freon
temperatura para garantir que ambos não estiverem disponíveis, o sistema pode ser
operarão simultaneamente. Observe a operado tanto no modo automático
posição da alavanca de controle de ar, a quanto no modo manual.
válvula da caixa de distribuição de ar, e a
válvula da caixa de controle de ar.

| 145
FIGURA 11-4. Operação Normal – CHEYENNE I e II

| 146
FUNCIONANDO O PAINEL DE CONTROLE AMBIENTAL I/II

1. Controle do limpador de pára-brisas 7. Chave de controle do desumidificador


2. Interruptor do aquecedor de combustível e 8. Instrumento medidor de abastecimento
de controle de fluxo de oxigênio
3. Interruptor MODE de controle ambiental 9. Totalizador de combustível consumido
4. Interruptor principal de controle ambiental 10. Desembaçador
5. Botão de controle de temperatura da cabine 11. Garfo do manche
6. Interruptor de modo manual

O controle de temperatura é dividido em controlar o aquecedor ou a unidade de


dois modos: automático e manual. refrigeração Freon.
O modo automático é eletrônico e consiste Quando aquecimento foi requerido, o
de um botão rotativo (reostato) seletor de controle manual deve estar na posição HTR
temperatura rotulado “TEMP-LO-HI”. Esse e o interruptor “HEATER FUEL” deve ser
botão opera em conjunto com um ligado, e deixado ligado, até que a
termostato e é armado somente quando o temperatura desejada da cabine seja
interruptor seletor estiver na posição alcançada, então o interruptor HEATER
AUTO. Nessa configuração, ele irá ciclar o FUEL pode ser desligado.
aquecedor ou o sistema de refrigeração
alternadamente ligando ou desligando-os Se resfriamento for desejado, o interruptor
para manter a temperatura. Quando o HEATER FUEL deve ser desligado e o
seletor estiver em modo MANUAL, o controle manual movido para a posição
reostato seletor de temperatura é A/C. A unidade Freon irá operar
desarmado e o controle é transferido para continuamente até que o interruptor de
o interruptor de controle manual para controle manual seja retornado para a

| 147
posição HTR. Ambos os sistemas O interruptor DEHUMIDER (7) fornece
permanecerão desligados na posição HTR, meios para diminuir a umidade quando a
contanto que o interruptor HEATER FUEL chave MODE (3) está na posição AUTO. O
esteja desligado. interruptor HEATER FUEL (2) controla o
fluxo de combustível para a bomba de
Abaixo, seguem as instruções de combustível do aquecedor. Deve estar
localização dos interruptores e ligado para a operação do aquecedor.
funcionamento do sistema:
O sistema de ar condicionado pode ser
O interruptor principal (4) controla o operado de forma independente ou em
aquecedor, ar condicionado e a conjunto com o aquecedor, dependendo
recirculação de ar da cabine. O interruptor somente do modo selecionado. Durante a
MODE (3) é normalmente utilizado na operação normal, quando a chave MODE
posição AUTO e o piloto só precisará (3) está na posição AUTO, um termostato
selecionar o nível de temperatura regulável pelo botão TEMP (5) regula os
adequada com o botão marcado TEMP (5). sinais de um controlador eletrônico que
liga o ar condicionado da cabine até atingir
O interruptor MODE (3), posição MANUAL, a temperatura selecionada. Quando a
é para uso no caso de um mau chave MODE (3) está na posição MANUAL,
funcionamento do modo automático. o ar condicionado pode ser ligado ou
Quando a chave MODE (3) está na posição desligado, conforme desejado, pelo uso da
MANUAL, o aquecedor pode ser ligado ou opção MANUAL (6). O ar condicionado
desligado, conforme desejado. Para estará ligado quando o interruptor
operação manual, a chave MANUAL (6) MANUAL (6) estiver na posição A/C, e
deve ser colocada na posição HTR e o desligará quando o interruptor estiver na
aquecedor ligado ou desligado por uso do posição HTR. Para a operação manual do ar
interruptor HEATER FUEL (2). condicionado, o interruptor HEATER FUEL
(2) deve ser desligado.

LIMITAÇÕES

CHEYENNE I E II

Um letreiro perto da alavanca seletora da


fonte de ar na posição RECIRCULATED AIR
diz:

DO NOT USE DURING FLIGHT


NÃO USE DURANTE O VÔO

| 148
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 149
CAPÍTULO 12
PRESSURIZAÇÃO

INTRODUÇÃO

Este capítulo descreve o sistema de pressurização do Cheyenne I e II. Estas aeronaves são
pressurizadas para manter altitudes confortáveis da cabine em todo envelope de operação das
mesmas. A taxa da razão de mudança da cabine também é controlada para prevenir
desconforto durante altas taxas de subida ou descida da aeronave.

GERAL

Proteção automática é incorporada para A fonte de ar para pressurização provêm


prevenir pressão diferencial de cabine do sistema de ar sangrado do motor usado
excessiva, tanto negativa, quanto positiva, para o ar condicionado. Essa fonte de ar é
além de evitar a pressurização da aeronave automaticamente medida/dosada a partir
enquanto ela está no solo. Um sistema de da cabine pelo sistema de pressurização
alertas avisa à tripulação se a altitude da para manter a altitude selecionada na
cabine ou a pressão diferencial da cabine cabine.
exceder os valores pré-definidos. Para mais informações sobre o sistema de
Precauções também são tomadas para o ar sangrado do motor usado no Cheyenne I
caso de haver a necessidade de uma rápida e II, veja as seções aplicáveis no capítulo 9,
despressurização. Sistema Pneumático e capítulo 11, Ar
Condicionado, deste manual.

| 150
TABELA 12-1. ANO/MODELO vs SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO

DUKES GARRET DUKES


(SEMI AUTO) (AUTO)
CHEYENNE I 1978 1979-1980 1981 E
SEGUINTES
CHEYENNE II 1974-1978 1979 E
SEGUINTES
CHEYENNE II XL 1981 E
SEGUINTES

SISTEMAS DE PRESSURIZAÇÃO

1. Medidor de razão de subida da cabine.


2. Medidor de altitude da cabine.
3. Controle de razão de subida da cabine.
4. Controle de altitude da cabine.
5.Interruptor de teste de pressão da cabine (DUMP) –
Apenas Garrett.

| 151
PRESSURIZAÇÃO CONTROLADOR

Dois sistemas diferentes de pressurização Dois tipos de controladores são usados –


são usados nas aeronaves da série semi-automático e automático. O
Cheyenne. Como mostrado na tabela 12-1, controlador semi-automático (Figura 12-1)
os sistemas de pressurização Dukes e inclui um seletor giratório que permite a
Garret AiResearch são usados em pré-seleção de qualquer altitude da cabine
diferentes modelos e anos das aeronaves desde o nível do mar até 10,000 ft.
Cheyenne. Normalmente o seletor é definido como
Ambos os sistemas são descritos uma posição de 500 ft abaixo da altitude
separadamente neste capítulo. de elevação do local de decolagem. Rodar
o seletor giratório envia um sinal de
comando para um circuito elétrico sensível
de altitude que irá manter a altitude
SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO selecionada da cabine até um diferencial
DUKES da cabine/atmosfera de 5.5 psi.

GERAL
NOTA
O sistema de pressurização Dukes é um
sistema eletro-pneumático que permite O piloto deve determinar a
altitude da cabine a ser
pré-seleção da altitude de cabine do nível
selecionada relativa à altitude
do mar até 10,000 ft e pré-seleção da taxa
planejada de vôo. A fórmula
de variação da cabine de
para isso é: altitude planejada
aproximadamente 100 ft/min até 1000 para o vôo menos 10,000,
ft/min. dividido por 2, somado com mais
500.

COMPONENTES
Exemplo:
O sistema Dukes de pressurização consiste 24,000 – 10,000 + 500 = 7,500
de um controlador, uma válvula isobárica 2
(controladora de vazão), e uma válvula de
segurança.

| 152
da cabine, no entanto, não irá mudar até
que o interruptor ASCEND-DESCEND seja
colocado na posição ASCEND. A luz azul
associada virá a acender e a altitude da
cabine irá subir para o valor selecionado à
razão de mudança selecionada. A luz azul
ASCEND irá desligar quando a cabine
alcançar a altitude selecionada. Durante a
descida, o controlador é selecionado para
uma altitude 500 ft abaixo do aeródromo
de destino e o interruptor ASCEND-
DESCEND é colocado na posição DESCEND.
A luz azul associada irá ligar e permanecerá
ligada até que a altitude pré-selecionada
da cabine seja atingida. Durante os últimos
500 ft, a cabine e a aeronave irão descer à
mesma razão e a aeronave irá pousar
despressurizada.

O controlador da pressão de cabine requer


Figura 12-1. Controlador de Pressurização – corrente DC para operação normal a partir
Dukes Semi-automático
do barramento essencial.

Um botão de girar no centro do


A taxa de mudança da pressão da cabine é
controlador irá substituir/anular
pré-selecionada por um botão abaixo do
manualmente o controle elétrico.
controlador, rotulado: “RATE OF CHANGE-
INCR-STD-DECR.” A posição INCR irá
fornecer uma razão aproximada de 1,000
ft/min e a posição DECR irá fornecer uma CUIDADO
razão de aproximadamente 100 ft/min. A Operar o botão de controle manual irá
posição STD irá fornecer uma razão produzir taxas rápidas e desconfortáveis
nominal de aproximadamente 500 ft/min. de mudanças de pressão da cabine.

O controlador semi-automático também


inclui um botão de três posições e duas
luzes azuis. As posições do botão são A função do controlador de pressão de
rotuladas: “ASCEND,” “OFF” e “DESCENT”. cabine é criar sinais de controle de pressão
e transmitir esses sinais para a válvula
Durante ou após a decolagem, a altitude controladora de vazão (isobárica).
desejada da cabine (determinada pela
fórmula) pode ser selecionada. A altitude

| 153
O controlador automático (Figura 12-2) nos controlador por uma linha pneumática
Cheyenne I mais antigos é similar em através de uma válvula solenóide
muitos aspectos, exceto que (1) subida e normalmente aberta e desenergizada.
descida são funções totalmente
automáticas e (2) duas escalas de altitude A válvula controladora de vazão está em
estão localizadas na face do controlador. A um alojamento dividido em duas câmaras
escala superior esta rotulada “CABIN ALT” por um diafragma flexível. A câmara
e a escala inferior “AIRCRAFT ALT”. Girando superior, ou de controle, é submetida a
o seletor CABIN ALTITUDE no centro do controlar a pressão a partir do controlador
instrumento até que a altitude da cabine de pressurização. A câmara inferior, ou
desejada apareça abaixo da seta superior atuadora, é submetida à pressão de cabine.
proporcionará a indicação da altitude A diferença entre o controle de pressão e
máxima do avião (5.5 psi) abaixo da seta na pressão de cabine posicionará o diafragma
escala inferior. O controle da razão, a para medir ar fora da cabine a uma taxa
energia fornecida, e todas as outras que manterá a altitude selecionada da
funções deste controlador são como cabine.
anteriormente explicados.
Uma válvula de alívio de pressão de
separação diferencial montada na válvula
controladora de vazão é também dividida
em duas câmaras por um diafragma. O lado
inferior do diafragma é exposto a controlar
pressão na válvula controladora de vazão;
e o lado superior à pressão atmosférica
através da porta estática. Uma mola na
câmara superior calibra a válvula para
permanecer fechada até que diferencial de
cabine/atmosfera atinja 5.5 psi. A função
desta válvula é limitar a pressão diferencial
normal entre cabine e atmosfera.
FIGURA 12-2. Controlador de Pressurização –
Dukes Automático
VÁLVULA DE SEGURANÇA

VÁLVULA CONTROLADORA DE VAZÃO Uma válvula de segurança é montada


(ISOBÁRICA) próxima à válvula controladora de vazão.
Ela é similar à válvula controladora de
Uma válvula controladora de vazão ou vazão no projeto e na operação. Sua
isobárica esta localizada na divisória de câmara superior é submetida à pressão
pressão atrás da área da cabine. A válvula regulada de cabine e a câmara do atuador
controladora de vazão é conectada ao (inferior) à cabine de pressão. A válvula

| 154
está normalmente fechada. Uma mola PROTEÇÃO
mantém a válvula de segurança
parcialmente aberta enquanto a aeronave Uma válvula solenóide na linha de controle
esta no solo, para prevenir pressurização. de pressão do controlador de
pressurização para a válvula controladora
Uma válvula de alívio diferencial de de vazão é normalmente desenergizada em
pressão é montada na válvula de uma posição que conecta a linha de
segurança. Ela é idêntica à sua contraparte controle de pressão à câmara de controle
na válvula controladora de vazão, exceto da válvula controladora de vazão.
que é calibrada para 5.65 psi.
A válvula é energizada por corrente DC no
solo por um interruptor de abaixamento do
INDICAÇÃO E AVISO trem de pouso. Quando energizado,
controle de pressão é desligado da válvula
Um indicador de combinação de altitude controladora de vazão, e a câmara de
de cabine e um indicador de diferencial controle é conectada ao vácuo produzido
cabine/atmosfera esta localizado à por uma válvula ejetora no sistema
esquerda do controlador de pressurização pneumático (veja Capítulo 9). Este vácuo
(Figura 12-1). A altitude da cabine é mantém a válvula controladora de vazão
indicada em escala de 1,000 fts e o aberta e previne a cabine de pressurização
diferencial cabine/atmosfera em psi. no solo.
Um indicador CABIN RATE-OF-CHANGE
esta localizado no mesmo painel e indica a
razão de variação da pressão de cabine TESTE DE PRESSURIZAÇÃO
(subida ou descida) em ft/min.
Um interruptor de duas posições (Figura
Nas aeronaves Cheyenne 1977 e 12-3) rotulado “CABIN PRESSURE” com as
anteriores, uma luz anunciadora rotulada posições “ON” e “OFF” ou “TEST” e
“CABIN PRESS” acenderá se o diferencial de “NORMAL” está localizado no painel de
pressão cabine/atmosfera exceder 5.7 psi. instrumentos do comandante. Esse
Os modelos 1978 – 1980 possuem uma luz interruptor é usado para testar o sistema
adicional rotulada “CABIN ALT” que de pressurização antes da decolagem.
acenderá se a altitude da cabine exceder
10,500 ft. Os Cheyenne 1981 e seguintes
possuem apenas uma luz rotulada “CABIN
PRESS” que acenderá se (1) a altitude da
cabine exceder 10,500 ft ou (2) se o
diferencial de cabine/atmosfera exceder
5.7 psi. Em todos os três casos, essas luzes
são acompanhadas por um aviso sonoro.

| 155
NOTA

A alavanca de controle de ar da
cabine deve ser movida para
cada uma das suas três posições
– OUTSIDE AIR, RECIRCULATED
AIR, e PRESSURIZED AIR antes do
teste de pressurização. Uma
força de mola deve ser sentida
quando mover a alavanca. Se
esta força não é sentida, o cabo
FIGURA 12-3. Interruptor de Teste de operação pode estar
quebrado ou desconectado e o
voo pressurizado não deve ser
Para testar o sistema, a altitude da cabine tentado até que o sistema seja
deve ser selecionada 500 ft abaixo da checado e corrigido. A
pressurização não acontecerá a
elevação do campo. Um ou ambos os
menos que a alavanca de
motores podem estar operando, a porta da
controle de ar esteja na posição
cabine deve estar fechada e trancada, e a PRESSURIZED AIR.
alavanca de controle (Figura 12-4) deve
estar na posição PRESSURIZED AIR.
Selecionando o interruptor de teste CABIN
PRESSURE para ON ou TEST irá permitir
que a válvula solenóide fique
desenergizada, e o controle pressão a
partir do controlador vai começar a fechar
a válvula controladora de vazão. O
indicador de razão de variação de cabine
irá mostrar uma razão de descida e, em
seguida, lentamente voltar a zero.

CUIDADO

Durante o teste de pressurização, a


razão de descida da cabine não deverá
exceder 2,00 ft/min, e a altitude da
cabine não deve descer mais que 300 ft.

FIGURA 12-4. Alavanca de Controle de Ar

| 156
DESPRESSURIZAÇÃO OPERAÇÃO
A cabine pode ser despressurizada por um A figura 12-6 ilustra a operação do sistema
ou dois métodos: (1) puxando o disjuntor Dukes de pressurização. No solo, a válvula
rotulado “PRESS CONT” para esvaziar a solenóide é energizada através do sistema
vedação da porta da cabine ou (2) de abaixamento do trem de pouso,
lentamente levantando a tampa da expondo a câmara de controle da válvula
extensão de emergência do trem de pouso controladora de vazão à pressão de vácuo
(Figura 12-5) localizada no chão entre as criada pela válvula ejetora. A pressão
poltronas dos pilotos. Utilizar a tampa de diferencial produzida através do diafragma
extensão de emergência do trem de pouso da válvula controladora de vazão remove-o
permitirá uma despressurização controlada da posição, e o ar da cabine flui para a
com o mínimo de desconforto. Usar o atmosfera. A válvula de segurança é
botão de controle manual no centro do parcialmente aberta por uma mola,
controlador de pressurização da cabine ou permitindo também o fluxo de ar da cabine
a vedação da porta da cabine pode para a atmosfera. A aeronave permanecerá
produzir rápida e desconfortável taxa de despressurizada.
despressurização. Em adicional, os
Cheyenne II 1977 e anteriores dispõe de
um botão de despejar/alijar (veja Figura A válvula solenóide é desenergizada assim
12-1). que a aeronave sai do solo. O controle da
câmara da válvula controladora de vazão é
desconectada pela entrada de vácuo e
conectada ao controle de pressão a partir
do controlador de pressão. A variação
entre controle de pressão e pressão da
cabine determinará a posição de medição
do diafragma na válvula controladora de
vazão. A válvula de segurança irá
responder ao aumento da pressão de
cabine na sua câmara de controle depois
da aeronave alçar vôo, e o diafragma irá
para a posição fechado, que é a posição
FIGURA 12-5. Tampa de Extensão do Trem de normal de vôo da válvula de segurança.
Pouso de Emergência

| 157
FIGURA 12-6. Operação de Pressurização Dukes

| 158
CONTROLE DE RAZÃO (SUBIDA/DESCIDA) DESCIDA
Quando a descida é iniciada, o controlador
Durante a subida ou descida, o sistema de deve então ser selecionado para a posição
pressurização irá operar na razão 500 ft acima da elevação do aeródromo de
selecionada no controle de razão até que a destino. Durante a descida, a razão de
cabine atinja a altitude selecionada. mudança da cabine deve ser monitorada
para manter uma margem razoável entre
aeronave e altitude de cabine.
CONTROLE DIFERENCIAL
NOTA
As válvulas de alívio de pressão diferencial
juntamente com a válvula controladora de Se as altitudes da aeronave e a
de cabine se igualarem em
vazão e válvula de segurança, ambas
algum momento durante a
sentem a pressão na câmara de controle
descida, as características do
da sua respectiva válvula. Elas também
diferencial negativo do sistema
sentem a pressão atmosférica no lado de pressurização fará com que as
oposto do diafragma. Quando o diferencial válvulas controladora de vazão e
cabine/atmosfera atingir 5.5 psi, a válvula de segurança se abram, e a
de alívio de pressão diferencial na válvula aeronave e a cabine irão descer
controladora de vazão irá abrir e medir o na mesma razão. Isso pode
controle de pressão a partir da câmara de causar graus variáveis de
controle da válvula controladora de vazão, desconforto.
resultando num aumento da abertura da
válvula controladora de vazão para manter
POUSO
o diferencial de 5.5 psi. Se a válvula de
segurança de pressão diferencial da válvula
Se o controlador de pressurização estiver
controladora de vazão falhar ou deixar de
ajustado 500 ft acima da elevação do
responder, a válvula de alívio de pressão
campo de pouso, a cabine e a aeronave
diferencial na válvula de segurança irá
irão descer na mesma razão durante os
então responder de um modo semelhante
500 ft finais. Após o toque, o interruptor de
e limitar o diferencial cabine/atmosfera a
segurança do trem de pouso irá enviar
5.65 psi.
corrente DC para a válvula solenóide,
NOTA
causando a abertura total da válvula
Operar um sistema de controladora de vazão. A mola na válvula
pressurização na faixa diferencial de segurança abrirá parcialmente a válvula
é indesejável. Para prevenir isso, de segurança, e a válvula controladora de
a tripulação deve sempre vazão a partir da cabine irá prevenir a
selecionar o controlador para pressurização no solo.
uma altitude da aeronave
aproximadamente 500 ft acima
da altitude planejada de vôo.

| 159
SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO de girar no centro do controlador é usado
para seleção da altitude de cabine. Uma
GARRETT
escala de altitude de cabine no lado
exterior do instrumento indica a altitude
GERAL de cabine selecionada. Uma outra escala,
no lado interior do instrumento, indica a
O sistema de pressurização Garrett é um altitude diferencial máxima da aeronave a
sistema operado e controlado 5.5 psi.
pneumaticamente que permite pré-seleção
de qualquer altitude de cabine entre 1,000
ft e 10,000 ft e pré-seleção da mudança de
razão de cabine a partir de 250 ft/min até
2,500 ft/min.
Meios automáticos são incorporados para
limitar diferenciais de pressão
cabine/atmosfera negativos e positivos.
Em adição, pressurização no solo é
prevenida por uma válvula de despejo
operada por solenoide controlada por um
interruptor de segurança do trem de
pouso. Meios também são incorporados
FIGURA 12-7. Controlador de Pressurização
para despressurização rápida e controlada,
Garrett
quando necessário.

Um botão de razão abaixo e a esquerda do


COMPONENTES
controlador é usado para pré-seleção da
razão de mudança da cabine. Completo
Os componentes do sistema de
sentido anti-horário do botão seleciona
pressurização consistem de um
uma razão de aproximadamente 250
controlador de pressurização, um tanque
ft/min, enquanto total sentido horário
de volume, uma válvula controladora de
seleciona uma razão de aproximadamente
vazão (isobárica), uma válvula de
2500 ft/min. Quando a seta do botão de
segurança, e um ejetor operado por
girar está posicionada na posição 12 horas,
sangria de ar.
a razão de mudança será de
aproximadamente 500 ft/min.
O controle de pressurização funciona pra
CONTROLADOR
criar controle de pressão e transmitir os
sinais de controle de pressão para
O controlador (Figura 12-7) está localizado
operação da válvula controladora de vazão.
no canto inferior esquerdo do painel de
instrumentos do comandante. Um botão

| 160
TANQUE DE VOLUME VÁLVULA DE SEGURANÇA
A válvula de segurança está montada no
Um pequeno tanque de volume é anteparo de pressão perto da válvula
conectado ao controlador. A função do controladora de vazão e é similar em
tanque de volume é aumentar o volume de design à válvula controladora de vazão. Ela
controle de ar disponível e proporcionar difere no fato de não ser conectada ao
uma operação mais estável da válvula controlador de pressão da cabine. A válvula
controladora de vazão. de segurança é mantida aberta por vácuo
fornecido através do ejetor do sistema
pneumático através da válvula solenoide
VÁLVULA (ISOBÁRICA) CONTROLADORA de descarga. No solo, a válvula solenoide
DE VAZÃO de descarga é energizada aberta por um
interruptor de segurança do trem de pouso
A válvula controladora de vazão é montada e a cabine permanece despressurizada.
no anteparo de pressão traseiro e é Uma válvula de alívio de pressão
conectado ao controlador por uma linha diferencial é montada sobre a válvula de
pneumática. O controle de pressão a partir segurança. Ela é idêntica em todos os
do controlador é fornecido por uma aspectos com a válvula de alívio de pressão
câmara de diafragma flexível na válvula diferencial montada na válvula
controladora de vazão. Diferenças nessas controladora de vazão.
pressões na válvula controladora de vazão
irão deslocar o diafragma e modular a
válvula (aberta ou fechada) para medir o INDICAÇÃO E ALERTA
fluxo de ar da cabine.
Uma válvula de alívio integral de pressão Uma combinação altitude de
diferencial é montada na câmara de cabine/indicador diferencial (Figura 12-7)
controle da válvula controladora de vazão. está montada à esquerda do controlador. A
Sua câmara inferior está exposta ao altitude de cabine é indicada em pés (Ft)
controle de pressão, e sua câmara superior vezes 1.000 e o diferencial de cabine em
está exposta à pressão atmosférica. As psi.
funções da válvula para abrir a válvula Um indicador de razão de mudança de
controladora de vazão. A válvula funciona cabine é montado acima do altímetro de
para abrir a válvula controladora de vazão cabine e indica a razão de mudança de
e prevenir excesso de pressurização da pressão de cabine em pés por minuto. Nos
cabine. A válvula de pressão de alívio é modelos 1980 e anteriores, duas luzes
regulada para operar com diferencial de vermelhas de alerta no painel anunciador
5.5 psi. estão rotuladas “CABIN PRESS” e “CABIN
ALT.” A luz CABIN PRESS irá vir a acender se
o diferencial cabine/atmosfera exceder 5.7
psi. A luz CABIN ALT irá vir a acender se a
altitude de cabine exceder

| 161
aproximadamente 10,500 ft (Cheyenne I)
ou 11,500 ft (Cheyenne II e II XL).
As aeronaves 1981 e posteriores possuem
apenas uma luz rotulada “CABIN PRESS”
que irá acender se: (1) a cabine exceder
10,500 ft (Cheyenne I) ou 11,500 ft
(Cheyenne II e II XL) ou (2) se o diferencial
de cabine exceder 5.7 psi. Em todos os
casos, essas luzes são acompanhadas por
um aviso sonoro.

TESTE DE PRESSURIZAÇÃO E
DESPRESSURIZAÇÃO

Um botão de três posições localizado


acima do controlador (Figura 12-7) está
rotulado “CABIN PRESSURE” e possui as
posições “TEST”, “NORMAL” e “DUMP.”
A posição TEST é usada para checar o
sistema de pressurização antes do vôo.
Para checar o sistema, um ou ambos os
FIGURA 12-8. Alavancas de Controle de Ar de
motores devem estar operando, a alavanca
Cabine
de controle CABIN AIR (Figura 12-8) deve
estar na posição PRESSURIZED AIR, o
controlador de pressurização deve estar
ajustado em 500 ft acima da elevação do
NOTA
campo, e a porta da cabine deve estar
fechada e travada. Segurando o botão na A razão de descida da cabine
posição TEST irá remover energia da durante o teste não deve
válvula solenóide de descarga. A válvula de exceder 500 ft/min, e a altitude
descarga irá ficar sem energia e da cabine não deve descer mais
cortar/fechar o vácuo para a válvula de que 300 ft abaixo da elevação do
segurança. A válvula de segurança irá campo.
começar a fechar e o indicador CABIN RATE
OF CHANGE irá mostrar uma razão de
descida e lentamente voltar a zero.

| 162
NOTA CUIDADO

A alavanca de controle CABIN Desligando o botão BLEED AIR isolará o


AIR deve ser movida para cada fornecimento de ar sangrado para todos
uma das suas posições antes do os serviços pneumáticos incluindo os
teste de pressurização. Uma giros.
força de mola deve ser sentida
quando movendo a alavanca. Se
essa força não for sentida, o
cabo operando poderá estar CUIDADO
quebrado ou desconectado, e o
vôo pressurizado não deverá ser Oxigênio deve ser disponibilizado antes
tentado até que o sistema seja da despressurização.
checado e corrigido.

A posição NORMAL do botão completa um


circuito através do modo solo do OPERAÇÃO
interruptor de segurança do trem de pouso
para a válvula solenóide de descarga. A figura 12-10 ilustra a operação do
A posição DUMP do botão energiza o sistema Garrett de pressurização. No solo,
solenóide de descarga e induzirá à a válvula solenoide de descarga é
despressurização. energizada aberta e vácuo é aplicado à
válvula de segurança, fazendo com que a
mesma se abra completamente. A válvula
CUIDADO controladora de vazão pode também ser
parcialmente aberta como a altitude de
Selecionando o botão para a posição cabine selecionada está acima da elevação
DUMP causará rápida despressurização
e variáveis graus de desconforto. do campo. Esta condição irá prevalecer
enquanto o avião estiver no solo e a cabine
permanecerá despressurizada. Assim que a
aeronave decolar, a válvula solenóide de
Em adição, a cabine pode ser rapidamente descarga e a válvula de segurança se
despressurizada puxando-se o disjuntor fecharão. A válvula controladora de vazão
PRESS CONT para esvaziar a vedação da irá assumir a posição de medição como
porta da cabine. Um meio mais moderado determinado pelos sinais do controle de
de despressurização pode ser realizado por pressurização.
elevação controlada da tampa de extensão
do trem de pouso de emergência (Figura
12-5). No caso do Cheyenne II XL pode-se
desligar o botão BLEED AIR.

| 163
FIGURA 12-9. Interruptores BLEED AIR (CHEYENNE II XL)

FIGURA 12-10. Operação de Pressurização do Sistema Garrett

| 164
CONTROLE DE RAZÃO (SUBIDA/DESCIDA) NOTA

Durante subida ou descida, o sistema irá Para máximo conforto dos


passageiros, operação com faixa
operar na razão selecionada no controle de
diferencial de 5.5 psi deve ser
razão até que a cabine atinja a altitude
evitada. Isto é conseguido
selecionada.
selecionando-se o controlador
para uma altitude de pelo menos
500 ft acima da altitude de vôo
CONTROLE DIFERENCIAL planejada da aeronave.

As válvulas de alívio de pressão diferencial


que esta integrada tanto com a válvula POUSO
controladora de vazão quanto com a
válvula de segurança estão presentes para Normalmente, a aeronave e a cabine
sentir um excesso de pressurização na descerão em uma mesma razão durante os
cabine. Quando o diferencial últimos 500 ft se o controlador estiver
cabine/atmosfera atinge 5.5 psi, a válvula ajustado para 500 ft acima da elevação do
de alívio de pressão diferencial tanto na local de pouso. Após o toque, o interruptor
válvula controladora de vazão quanto na de segurança do trem de pouso irá para o
válvula de segurança irá controlar fluxo de modo solo e a válvula de descarga será
saída de ar da cabine e irá limitar o energizada, causando a abertura total da
diferencial cabine/atmosfera em 5.5 psi válvula de segurança e mantendo a cabine
despressurizada.
__________________________________________________________________________

LIMITAÇÕES

CHEYENNE I CHEYENNE II/II XL

A pressão diferencial de cabine máxima é A pressão diferencial de cabine máxima é


5.5 psi. 5.5 psi.

A altitude máxima de cabine é 10.500 ft. A altitude máxima de cabine é 11.140 ft.

Não pousar a aeronave quando a cabine Não pousar a aeronave quando a cabine
estiver pressurizada ACIMA de 0.3 psi. estiver pressurizada ACIMA de 0.3 psi.

| 165
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 166
CAPÍTULO 14
TREM DE POUSO E FREIOS

INTRODUÇÃO

O trem de pouso das aeronaves Cheyenne I, II, II XL, e T1040 é triciclo, mecanicamente
controlado e hidraulicamente atuado. O trem de nariz recolhe para trás; o trem principal
recolhe lateralmente para dentro da asa da aeronave. O trem de pouso é escamoteável, sendo
totalmente guardado por portas quando recolhido, com exceção do Cheyenne IA, que não
possui portas no trem principal, sendo somente retrátil. Posição e aviso do trem de pouso é
fornecido por uma luz indicadora e um aviso sonoro.

A roda de nariz é mecânica, atuada pelos pedais de leme. Freio e potência diferencial podem
ser usadas para ajudar no táxi.

O sistema de freio hidráulico é pressurizado por cilindros mestres atuados pelos pedais.

GERAL
O trem de nariz é atuado por um atuador
Cada trem principal utiliza dois atuadores hidráulico; as portas do trem são operadas
hidráulicos, um para atuação do trem e mecanicamente pelo movimento do trem
outro para a operação da porta do trem de de pouso. Todos os mecanismos de trava
pouso embaixo da asa. Essa porta é superior e inferior são
mecanicamente atuada pelo movimento acoplados/desacoplados pelo movimento
do trem de pouso. derivado proveniente do respectivo
atuador hidráulico.

| 167
Pressão hidráulica é direcionada para a também reduz o salto da aeronave durante
operação do trem de pouso por uma o pouso.
válvula seletora mecanicamente
posicionada. Operação adequada do amortecedor
depende da manutenção do mesmo.
A indicação da posição do trem de pouso é Verifique se os três amortecedores estão a
dada por uma luz vermelha e três luzes aproximadamente 3.25 polegadas da
verdes no painel de trem de pouso. Em superfície cromada visível, com o avião
adição, um buzina de aviso soa se uma ou vazio e totalmente abastecido de
ambas as manetes de potência forem combustível e óleo (Figura 14-1).
retraídas abaixo de um ajuste suficiente
para manter o vôo, se todas as pernas do
trem de pouso não estiverem baixadas e TREM DE POUSO PRINCIPAL
travadas.
O conjunto do trem de pouso principal
O sistema de direção do trem de nariz é (Figura 14-2) inclui um amortecedor,
mecanicamente atuado através dos pedais articulação em forma de tesouras,
do leme e é inoperante durante em vôo. braçadeira lateral, atuador hidráulico,
mecanismos de trava, portas do trem de
Cada trem principal abriga um disco pouso, e um conjunto de freio. Em adição,
rotativo de freio atuado por pressão para estender e atuar o trem, o atuador
proveniente da atuação dos cilindros hidráulico aciona os mecanismos de trava
mestres operados pelo piloto. O freio de em cima e trava embaixo. A braçadeira
mão pode ser ajustado com a alavanca lateral fornece rigidez ao conjunto quando
localizada no painel de instrumentos logo o trem de pouso é estendido.
abaixo do manche.

TREM DE POUSO

Os amortecedores do trem de pouso


principal e de nariz são amortecedores
convencionais ar-óleo. O peso do avião é
suportado pela carga de ar dentro dos
amortecedores. No pouso, a parte inferior
de cada amortecedor é forçada para
dentro do cilindro. Essa ação move fluido
através de um orifício, comprimindo ainda
mais a carga de ar e, assim, absorvendo o
choque de pouso. A ação do orifício
FIGURA 14-1. Inflação do Amortecedor

| 168
FIGURA 14-2. Conjunto do Trem de Pouso FIGURA 14-3. Portas do Trem de Pouso
Principal Esquerdo Principal

| 169
TREM DE POUSO DO NARIZ manobrar a roda. Movimento de
trepidação do nariz é transmitido através
O conjunto do trem de pouso de nariz das tesouras para o seu amortecedor
(Figura 14-4) consiste de um amortecedor, shimmy independente.
articulação em forma de tesouras, braço de
arrasto, atuador hidráulico, amortecedor As portas do trem de pouso são
de trepidação (shimmy), e uma roda. O mecanicamente atuadas pelo movimento
montante de arrasto é o componente do trem (Figura 14-5) e permanecem
rígido do conjunto quando o trem de abertas quando o trem está estendido.
pouso é estendido. Em adição à atuação do
trem de pouso, o atuador hidráulico
também atua os mecanismos de trava “em
cima” e trava “embaixo.”

A ligação do controle direcional da roda no


topo do amortecedor do trem de nariz
transmite movimento de direção a partir FIGURA 14-5. Portas do Trem de Nariz
dos pedais através do suporte para

FIGURA 14-4. Conjunto do Trem de Nariz

| 170
CONTROLES E INDICADORES Estas posições serão discutidas
posteriormente neste capítulo.
O trem de pouso é controlado com a No solo, um dispositivo de mola acopla a
alavanca seletora LANDING GEAR, alavanca LANDING GEAR, prevenindo
localizada no painel de instrumentos do movimento inadvertido para a posição UP.
comandante (Figura 14-6). A posição do No ar, o interruptor de segurança do trem
trem de pouso é indicada por uma luz de pouso esquerdo acopla um solenóide
vermelha NOT LOCKED e três verdes para aliviar a trava e a alavanca pode ser
DOWN LOCKED, perto da alavanca posicionada em UP. A interação da manete
seletora. de trem de pouso com a operação do
sistema hidráulico será discutido
posteriormente neste capítulo.

INDICADOR

Quando o ciclo do trem de pouso começa,


uma luz vermelha NOT LOCKED acenderá.
Assim que cada perna do trem de pouso
travar embaixo, a luz verde DOWN LOCKED
correspondente a cada perna acenderá.
Quando as três pernas do trem de pouso
estiverem baixadas e travadas, as três luzes
verdes acenderão e a luz vermelha apagará
(Figura 14-7).

CUIDADO

É possível que a luz verde do trem de


pouso de nariz fique iluminada quando
FIGURA 14-6. Controles e Indicadores do Trem o mesmo não estiver baixado e travado
de Pouso (mau funcionamento do mecanismo
central). Um espelho montado na nacele
do motor esquerdo deve ser usado para
CONTROLES verificar se o trem de nariz está
realmente baixado.
A alavanca seletora do trem de pouso
possui duas posições selecionáveis: UP e
DN. Em adição, há outras duas posições
intermediárias: UP neutro e DOWN neutro.

| 171
Se um dos trens de pouso não travarem
embaixo durante a extensão, a luz verde
correspondente não irá iluminar e a luz Se uma das pernas do trem de pouso falhar
vermelha permanecerá acesa. em recolher completamente, ou se uma
porta do compartimento do trem de pouso
Quando o ciclo de recolhimento do trem falhar em fechar, a luz vermelha
de pouso inicia, a luz vermelha ilumina e as permanecerá acesa.
três luzes verdes irão se apagar. A luz
vermelha permanece acesa até que as três Todas as quatro luzes podem ser testadas
pernas do trem de pouso sejam empurrando para dentro a luz
completamente recolhidas e as portas dos individualmente, ou rodando a mesma
compartimentos do trem de pouso sejam para testar a intensidade.
fechadas. Só então a luz vermelha se
apagará (Figura 14-9).

| 172
SISTEMA DE ALERTA LANDING GEAR. A posição da alavanca
determina se o sistema hidráulico está
Uma aviso sonoro soa se uma ou mais produzindo pressão ou não. Se a alavanca
pernas do trem de pouso não baixarem e está em uma posição neutra, fluxo de
travarem e se ambas as manetes de fluido é direcionado, sem acúmulo de
potência forem retardadas abaixo de um pressão, de volta para a bomba mecânica
ajuste de aproximadamente 150 lb-ft de (Figura 14-11). Mover a alavanca tanto
torque. Nas aeronaves T1040, a buzina para a posição UP quanto DOWN bloqueia
pode ser silenciada pressionando um o desvio de fluxo (bypass), produzindo
interruptor de modo mudo do trem de pressão para a operação do trem de pouso.
pouso localizado no painel de
instrumentos. O interruptor ilumina A quantidade de fluido que as bombas
quando a buzina é silenciada e rearma mecânicas podem extrair do reservatório é
quando a potência do motor é aumentada. limitada pelo tubo vertical que reserva uma
quantidade de fluido para a operação da
bomba manual de emergência do trem de
OPERAÇÃO pouso.

SISTEMA HIDRÁULICO Quando o primeiro motor estiver acionado,


mova a alavanca LANDING GEAR para a
O sistema hidráulico inclui um reservatório, posição DN. Se a alavanca retornar para a
filtros, e válvulas seletoras localizadas na posição neutra baixa, a bomba hidráulica
seção de nariz da aeronave. Duas bombas daquele motor está operando
mecânicas, uma em cada motor, extraem corretamente.
fluido a partir de um tubo vertical e o
bombeia através dos filtros para a válvula
seletora do trem de pouso, que é
mecanicamente posicionada pela alavanca

| 173
FIGURA 14-11. Sistema Hidráulico Sem Pressão (Seletora do Trem de Pouso – NEUTRO)

TREM DE POUSO (OPERAÇÃO NORMAL) suficientemente para abrir a válvula de


prioridade, direcionando pressão através
Mover a alavanca do trem de pouso para a da válvula seletora do trem de pouso para
posição UP ou DN mecanicamente move a retrair ou estender o trem, como aplicável.
válvula seletora do trem de pouso para a
posição selecionada (Figura 14-12), Quando total extensão ou retração do
bloqueando o desvio de fluxo que existia trem de pouso é alcançada, switches são
com a alavanca em uma posição neutra. atuados para energizar a válvula seletora
de porta para a posição fechada. Quando
A válvula seletora da porta é desenergizada as portas estão totalmente fechadas, a
e a mola tenciona para a posição porta pressão aumenta para atuar a válvula de
aberta. Quando as portas estiverem alívio. Isso retorna mecanicamente a
totalmente abertas, a pressão aumenta alavanca LANDING GEAR para a posição
neutra up ou neutra down, desviado fluido
de volta para a bomba mecânica.

| 174
FIGURA 14-12. Operação do Sistema Hidráulico (Normal)

| 175
TREM DE POUSO – EXTENSÃO EM Instruções de operação são fornecidas no
EMERGÊNCIA lado de dentro da tampa de acesso.

No caso de haver falha na bomba mecânica No Cheyenne II XL e T1040, um sistema de


ou perda do sistema de fluido, a bomba extensão de emergência pneumático
manual de emergência, extraindo fluido adicional é fornecido como um backup
reverso do fundo do reservatório, pode ser para a bomba manual. Ele deve ser usado
usada para estender o trem de pouso. A somente quando ambos os sistemas
bomba manual está localizada no piso, falharem, ou seja, o sistema normal e o da
entre os assentos dos pilotos, abaixo de bomba manual de emergência.
uma tampa de acesso escrita “EMERGENCY
GEAR EXTENSION.” Despressurize a cabine Os atuadores hidráulicos do nariz e do
antes levantar a tampa. trem principal estão acompanhados por
atuadores pneumáticos adjacentes, cada
um alimentado por sua própria garrafa de
nitrogênio de 3,000 psi (duas garrafas para
o trem de nariz). Os atuadores hidráulicos
das portas são equipados com válvulas de
prioridade para atuação pneumática.

Controle do sistema de extensão


pneumática é fornecido por cordas de
disparo localizadas abaixo da tampa de
extensão do trem de pouso de emergência
FIGURA 14-13. Controles de Extensão de
(Figura 14-15). Despressurize a cabine
Emergência (Cheyenne I e II)
antes de levantar a tampa.

Antes da extensão de emergência com a


bomba manual (Figura 14-14), a alavanca
LANDING GEAR deve ser colocada na
posição DN.

A atuação da bomba manual abre as portas


e estende as três pernas do trem de pouso
para a posição “baixado e travado”, como
indicado pela iluminação das três luzes
verdes DOWN LOCKED. Continuado
bombeamento fecha as portas internas do
trem de pouso e retorna a alavanca FIGURA 14-15. Controle de Extensão de
LANDING GEAR para a posição neutra Emergência (Cheyenne II XL e T1040)
down.

| 176
A alavanca do trem de pouso deve ser Após desengatar essa trava, pressão é
posicionada para DN para prover um direcionada para o atuador do trem de
retorno para o fluido que será deslocado a pouso (Figura 14-16). No caso de um dos
partir do trem de pouso e atuadores trens principais, uma válvula de prioridade
hidráulicos das portas O sistema deve ser no atuador da porta permite abertura
usado somente se a bomba manual de pneumática da porta antes da extensão do
extensão de emergência falhar em baixar trem de pouso. Não tente recolher o trem
uma ou mais pernas do trem de pouso. de pouso após ter usado extensão
pneumática.
Para baixar uma perna do trem de pouso
individualmente, puxe a corda apropriada
(Figura 14-15) para dirigir a pressão para
soltar a trava superior da respectiva perna
do trem.

FIGURA 14-14. Operação do Sistema Hidráulico (Bomba Manual de Emergência)

| 177
FIGURA 14-16. Abaixamento de Trem de Pouso de Emergência (Pneumático)

| 178
VOLANTE DE DIREÇÃO DA RODA FREIOS
DE NARIZ
Os freios são atuados hidraulicamente por
Movimento do pedal do leme é pressão dos cilindros mestres atuados
mecanicamente transmitido internamente pelos pedais dos pilotos (cilindros mestres
através da estrutura do trem de pouso do lado do co-piloto são opcionais).
para desviar a roda do nariz para condução Pressionar o topo dos pedais direciona
no solo. A roda de nariz pode ser virada 14° pressão dos cilindros mestres através de
para cada lado do centro, com os pedais. uma válvula de freio para o conjunto de
Este ângulo pode ser aumentado para 40° disco rotativo de freio em cada trem de
para cada lado do centro usando-se o pouso principal. Cada pedal controla a
diferencial de ajuste de potência dos frenagem do seu correspondente trem de
motores e o uso do freio. pouso; portanto, frenagem diferencial é
possível. Um reservatório de freio
separado, na seção de nariz, fornece fluido
Quando o trem de pouso é recolhido, a para o sistema.
ligação da direção do trem desengata e
centra-o, tornando o controle direcional da O freio de estacionamento pode ser
roda inoperante. Isso permite o uso sem ajustado aplicando-se os freios e
restrição do pedal e previne que a roda de gentilmente puxando a alavanca manual
nariz se movimente. PARKING BRAKE (Figura 14-17). A pressão
criada prende os freios. Para soltar o freio
de estacionamento, aplique os freios e
empurre para frente a alavanca manual
PARKING BRAKE.

| 179
LIMITAÇÕES

Ao rebocar a aeronave, não exceda os


limites de curva de ± 40° indicados na
estrutura do trem de nariz (Figura 14-18).
Fazer isso resulta em dano à estrutura do
trem e ao mecanismo de direção.

FIGURA 14-18. Limites de Giro Durante o


Reboque

As velocidades máximas (KIAS) de


operação do trem de pouso são as que
seguem:

I II II XL T1040
Extensão (VLO)/ 154 153 153 156
Estendido (VLE)
Retração (VLO) 141 139 139 142

FIGURA 14-17. Alavanca Parking Brake

| 180
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 181
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA AMPLIADOS

Os parágrafos a seguir são apresentados para prover informação adicional com a


finalidade de fornecer ao piloto um mais completo entendimento das ações
recomendadas e prováveis causas de uma situação de emergência.

PROCEDIMENTOS DE MOTOR INOPERANTE

IDENTIFICANDO O MOTOR E VERIFICANDO PERDA DE POTÊNCIA

Se há a suspeita de que um motor tenha perda de potência, o motor defeituoso deve


ser identificado, e sua perda de potência verificada. Primeiramente verifique os
instrumentos do motor e veja se há uma queda no ITT e no torque. Quando as asas
estiverem niveladas, a pressão do leme requerida para manter o controle direcional
estará do lado do motor operante – em resumo, pé com pedal inoperante/mole é igual
a motor inoperante.

NOTAS

A velocidade mínima de controle (Vmca) é 91 KIAS.

Quando praticando ou demonstrando Vmca ou com uma falha


real de motor, é importante perceber que a atitude do nariz é
bastante elevada, aproximadamente 20° a 25° de nariz pra
cima. Quando um motor é cortado ou falha nesta atitude, a
velocidade do ar dissipa muito rapidamente; portanto, para
manter Vmca (91 KIAS) a atitude do nariz deve estar
prontamente abaixado para 2° a 5° acima do horizonte. Acelere
para a melhor velocidade de razão de subida monomotor (113
KIAS) tão logo possível.

Não pratique estóis ou demonstrações de Vmca abaixo de


7.000 pés.

| 182
PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA DO MOTOR (PROCEDIMENTO DE
EMBANDEIRAMENTO)

Comece o procedimento trazendo a manete de potência para IDLE e a manete de


hélice para a posição FEATHER (embandeirar). Puxe a manete de condição para STOP.
Desligue o gerador do motor inoperante, e feche a porta de refrigeração de óleo. O
sincronizador de hélice (se instalado) deve ser desligado. Complete o procedimento
reduzindo a carga elétrica e considerando o uso de alimentação cruzada conforme a
quantidade de combustível determinar.

FALHA DO MOTOR DURANTE A DECOLAGEM

Se a falha do motor ocorrer em uma velocidade abaixo de 91 KIAS e houver pista


suficiente restando, mantenha o controle direcional com o leme e o freio. Reduza a
potência para IDLE e pare em frente, usando freios e reverso como requerido.
Se a falha do motor ocorrer em uma velocidade abaixo de 91 KIAS e não houver pista
suficiente restando para parar em frente, puxe as manetes de condição para STOP,
feche as válvulas de corte da parede contra fogo (fire wall shut-off valves), e desligue o
BATERY MASTER e ambos os interruptores dos geradores. Mantenha o controle
direcional manobrando para evitar obstáculos se necessário.

Se em uma falha enquanto a velocidade estiver acima de 91 KIAS e se as condições


impedirem um pouso imediato (logo após a decolagem) ou uma parada na pista,
mantenha o controle direcional e avance todas as manetes de controle para máxima
potência mantendo o torque e o ITT dentro dos limites. Recolha o trem de pouso. Com
a coordenação das manetes de potência definidas, a aeronave tenderá a voltar-se para
o lado do motor afetado. Verifique a perda de potência do motor suspeito reduzindo a
respectiva manete de potência para IDLE. Logo que o motor afetado é identificado e
verificado, puxe a manete deste motor para FEATHER (embandeirar) e a manete de
condição para STOP. Acelere para 104 KIAS até que todos os obstáculos sejam livrados,
então mantenha uma velocidade mínima de 113 KIAS.
Compense a aeronave 5° na direção do motor em operação e continue a subida em
frente. Se concentre em ganhar altitude evitando obstáculos. Esteja extremamente
atento a manter a velocidade de 113 KIAS ou mais. Complete o procedimento de
segurança do motor para o motor afetado/inoperante desligando o IGNITION e o
gerador do respectivo motor e fechando a sua porta de refrigeração de óleo. Não
empregar o STARTER (motor de arranque). Desligue o sincronizador de hélice (se
instalado).

Uma vez que o avião está sob controle e a uma altitude segura, preparações podem
ser feitas para um pouso monomotor logo que possível.

| 183
FALHA DO MOTOR DURANTE O VÔO (ACIMA DE 91 KIAS)

Caso um motor falhe durante o vôo acima de 91 KIAS, acelere para uma velocidade
mínima de 113 KIAS, e mantenha o controle direcional. Certifique-se de que o trem de
pouso e o flape estejam recolhidos.

Identifique o motor defeituoso e verifique a perda de potência. Siga os procedimentos


apropriados para Partida do Motor em Vôo no caso de uma tentativa de reacionar o
motor.
Se a tentativa de reacionar não obtiver sucesso, complete os Procedimentos de
Segurança do Motor para o motor afetado/inoperante. Mantenha o vôo monomotor.
Pouse assim que possível em um aeroporto adequado.

FALHA DO MOTOR DURANTE O VÔO (ABAIXO DE 91 KIAS)

Se um motor falhar durante o vôo em uma velocidade abaixo de 91 KIAS, aplique leme
para o lado do motor em operação para manter controle direcional. Retardando as
manetes de potência para aliviar a tendência da aeronave de curvar para o lado do
motor em falha. Acelere para uma velocidade acima de 91 KIAS baixando o nariz da
aeronave. Compense como necessário. Uma vez alcançada a velocidade de 91 KIAS,
aplique potência para o motor em operação para atingir um mínimo de 113 KIAS.

Siga os Procedimentos para Partida em Vôo apropriados em uma tentativa de religar o


motor inoperante. Se a tentativa de religar o motor não obtiver sucesso, complete os
Procedimentos de Segurança do Motor para o motor afetado e mantenha o vôo
monomotor. Pouse assim que possível em um aeroporto adequado.

CORTE INTENCIONAL E REACIONAMENTO DE UM MOTOR

Para cortar um motor, desligue o botão do gerador do motor a ser cortado. Isso deve
ser feito após redução de potência. Então complete os procedimentos de corte do
motor conforme descrito acima em Falha do Motor em Vôo.

Para reacionar um motor que tenha sido cortado em vôo, complete os Procedimentos
de Partida em Vôo adequados. Deixe o interruptor do gerador do motor em OFF até
ultrapassar NG 68%, então coloque o gerador em ON.

| 184
EXTINÇÃO DE FOGO (2° MOTOR)

Se um motor está em falha ou cortado e o segundo motor experimenta uma situação


de fogo, imediatamente puxe a manete de potência para IDLE e a manete de condição
para STOP. Não embandeire a hélice a menos que uma aterragem seja iminente.
Dependendo do NG, imediatamente execute os procedimentos apropriados para
religar ou reacionar tal como descrito em Partida em Vôo.

NOTA

A hélice não deverá ser desembandeirada sem que o motor


esteja operando.

APROXIMAÇÃO E POUSO MONOMOTOR

Para uma aproximação e pouso monomotor, certifique-se que o embandeiramento de


hélice e os Procedimentos de Segurança do Motor estejam completos. Antes de tentar
um pouso monomotor, cheque o funcionamento da bomba hidráulica no motor em
operação para assegurar-se de que o trem de pouso possa ser estendido/abaixado
normalmente. Coloque a alavanca seletora do trem de pouso na posição UP enquanto
o trem de pouso é retraído. Se a alavanca retornar automaticamente para neutro, a
bomba está produzindo pressão suficiente para extensão do trem de pouso. Se a
bomba hidráulica se revelar inoperante, o trem de pouso deverá ser baixado usando-
se a bomba hidráulica de emergência operada manualmente. Se o barramento não
essencial (non-essencial) estiver desligado, ligue-o.

Ligue os avisos de apertar cintos e não fume e assegure-se que todos os ocupantes
cumpriram os avisos. Na perna do vento, em uma velocidade abaixo de 181 KIAS, dê
flape 15°. Mantenha-se a uma velocidade mínima de 113 KIAS. Tenha certeza de que a
cabine esteja despressurizada para pousar. O sincronizador de hélice deverá ser
desligado. A aproximação deverá ser planejada para que grandes mudanças de
potência não sejam necessárias. Coloque a manete de hélice do motor em operação
toda para frente. Desligue o Piloto Automático/Yaw Damper. Abaixe o trem de pouso,
e cheque as três luzes verdes.

Continua na próxima página...

| 185
Quando o pouso está garantido e, a uma velocidade abaixo de 148 KIAS, estenda os
flapes para 40°. Reduza a potência lentamente durante o planeio de pouso (flare), e
mantenha o controle direcional. Reduções repentinas de potência resultam em
grandes ângulos de incidência.

Após o toque, lentamente puxe a manete de potência do motor em operação para


IDLE. Se a potência do reverso for necessária, ele deve ser aplicado lentamente e com
cuidado. Mantenha o controle direcional com o leme e o freio.

NOTA

Um Before Landing check list deve ser completado antes do


pouso.

ARREMETIDA MONOMOTOR

Uma arremetida monomotor deve ser evitada sempre que possível. Uma arremetida a
partir da posição full flape não é possível a menos que haja altitude suficiente para
recolher os flapes em uma descida. Se for necessário executar uma arremetida
monomotor, mantenha o controle direcional da aeronave. Quando um motor está
inoperante, aplicação de potência para o motor em operação exigirá maior esforço
para manter o controle. Uma velocidade na aproximação final acima de 113 KIAS
colocará a aeronave na melhor configuração caso uma arremetida seja necessária.

Para executar uma arremetida monomotor aplique máxima potência (620 SHP) para o
motor em operação. Mantenha o controle direcional, e compense para 113 KIAS.
Recolha os flapes e trem de pouso para manter velocidade em/acima de 113 KIAS.

ALERTA

Uma arremetida não deve ser tentada após a velocidade


estar abaixo de 113 KIAS ou com flape 40°.

NOTA

Lembre-se de completar o Before Landing check list antes de


cada tentativa de pouso.

| 186
PARTIDA EM VÔO (PARTIDA ASSISTIDA)

CUIDADO

Acima de 20.000 pés, partidas tendem a ser quentes.


Recomenda-se que acima de 20.000 pés, 20% de NG seja
alcançado antes da introdução de combustível e de ignição.
Pode ser necessário deixar cair toda carga elétrica não
essencial e usar o gerador do motor bom para obter esse N G.
Se NG insuficiente estiver disponível a partir da bateria
somente, então ligue o gerador operável após o RPM do N G
estar estabilizado. Se as condições permitirem, é
recomendado que partidas em vôo sejam feitas abaixo de
20.000 pés.

Após toda partida assistida com gerador, os disjuntores do


barramento principal devem ser checados e empurrados para
dentro.

Para uma partida assistida em vôo, o barramento não-essencial deve ser desligado, o
radar em OFF ou STAND BY, e a carga elétrica reduzida para o mínimo requerido.
Coloque a manete de potência na posição IDLE, e cheque se a manete de hélice está
dentro da sua faixa operacional.

A manete de condição deve estar na posição STOP. Cheque a quantidade de


combustível. Abra a válvula de corte da parede de fogo (fire wall shut-off valve), e ligue
a bomba elétrica do motor que está sendo acionado. Ligue a ignição, e desligue ambos
os geradores.

Use o STARTER, e após o NG estabilizar acima de um mínimo de 10%, avance a manete


de condição para RUN. A luz de ignição deve acender. Se o NG estabilizar abaixo de
10% ligue o gerador do motor operando. (Ver acima CUIDADO)

Ajuste as manetes de potência e hélice como requerido, e em 45% de N G, desligue o


STARTER e desligue também o interruptor do IGNITION.
Quando o NG estabilizar acima de 68% ligue ambos os geradores. Ligue o barramento
não essencial.

| 187
PARTIDA EM VÔO – GIRO LIVRE DO MOTOR E HÉLICE EM MOLINETE (NG
ACIMA DE 10%) (SEM PARTIDA ASSISTIDA)

Se o motor e a hélice giram livres (em molinete) e o NG não tenha caído abaixo de
10%, pode ser dada a partida do motor sem o STARTER. Desligue o barramento não-
essencial, e coloque o radar em OFF ou em STANDBY. Reduza a carga elétrica para o
mínimo necessário.

Coloque a manete de potência na posição IDLE, a manete de hélice toda para frente, e
a manete de condição para a posição em STOP para o motor a ser acionado. Cheque a
quantidade de combustível. Abra a válvula de corte da parede de fogo (shut-off valve),
e ligue a bomba de combustível. O gerador do motor inoperante deve estar deve estar
na posição OFF.

A velocidade deve ser mantida a um mínimo de 140 KIAS, e a altitude deve estar
abaixo de 20.000 pés. Coloque o interruptor de IGNITION em ON. Quando o NG
estabilizar acima de 10%, avance a manete de condição para a posição RUN. A luz de
ignição deve acender.
Após pico do ITT, configure potência e hélice como necessário. Quando NG exceder
68%, ligue o interruptor do gerador, coloque o interruptor do IGNITION em OFF, e
ligue o barramento não-essencial.

NOTA

Em ar turbulento , se a quantidade de combustível estiver


abaixo de 250 libras de cada lado, deixe o interruptor do
IGNITION em ON.

NOTA

Independentemente da velocidade ou altitude, há sempre a


chance do motor acender com sucesso quando o IGNITION e o
combustível estão ligados. Em uma emergência, ligue o
IGNITION tão logo seja possível após apagamento/extinção de
chama desde que o NG não tenha caído abaixo de 52%. Não é
necessário cortar o combustível quando tentando uma partida
em vôo sob essas circunstâncias. A manete de potência,
contudo, deve ser retraída para IDLE.

CUIDADO

Não tente um reacendimento se o tacômetro de NG indicar


zero RPM.

| 188
PARTIDA EM VÔO – EMERGÊNCIA (NG ABAIXO DE 10%)

Se uma partida em vôo for necessária em uma situação de emergência e o NG tenha


caído abaixo de 10%, avance a manete de controle de hélice para uma posição dentro
da sua faixa de operação e reduza a manete de potência para IDLE e a manete de
condição pra STOP.

O interruptor do gerador do motor a ser acionado deve estar em OFF e a bomba de


combustível e o interruptor de ignição em ON. Efetue um mergulho para aumentar a
velocidade e consequentemente aumentar o NG, no entanto, não deixe a velocidade
exceder a Vmo (242 KIAS).

Avance a manete de condição para RUN e monitore o ITT. Se houver tendência de


excesso de temperatura durante a aceleração do motor para IDLE, faça um movimento
rápido levando a manete de condição para STOP e depois novamente para RUN, para
manter a temperatura dentro dos limites. Esse procedimento deve ser realizado com
movimentos rápidos para evitar a perda de partida do motor.

Quando o NG exceder 52%, avance a manete de potência para o ajuste desejado.


Quando o NG exceder 68%, coloque o interruptor do gerador na posição ON, o
interruptor de ignição em OFF, e o barramento não-essencial em ON.

FOGO NO MOTOR NO SOLO (Partida do motor, táxi e distância suficiente


para parada durante a decolagem)

Se ocorrer fogo em um motor durante a partida ou durante a operação no solo,


imediatamente posicione a manete de condição do motor afetado para STOP. Feche a
válvula da parede de fogo (Fire Wall Shut-Off Valve). Posicione o interruptor de partida
para ON. Desligue o interruptor da bomba de combustível e de ignição. Aplique freio
para parar a aeronave, caso ela esteja em movimento.

Se a aeronave estiver parada, as hélices devem ser embandeiradas e os passageiros


devem ser evacuados. Se o fogo persistir, o piloto deve cortar ambos os motores e
evacuar da aeronave.

Se o tempo permitir e ajuda estiver disponível, chame assistência pelo rádio. Se o


extintor de fogo opcional, localizado no motor, estiver instalado e o fogo persistir,
levante a tampa do botão de extintor de incêndio do motor afetado e aperte-o.

Se o fogo estiver no chão, próximo à aeronave, pode ser possível realizar o táxi da
aeronave para longe do fogo a fim de salva-la.

| 189
FOGO DO MOTOR EM VÔO

S/N 31T-8020001 até 31T-8020092

Se fogo em um motor ocorrer durante o vôo, aplique potência como necessário para
manter pelo menos 113 KT. Identifique e verifique o motor em chamas, e embandeire
sua hélice. Proceda para proteger o motor embandeirado, desligando o seu gerador e
posicionando a manete de condição do motor afetado para STOP. Feche a válvula da
parede contra fogo, a ignição, e a bomba de combustível do motor afetado.

Se o sistema opcional de extinção de fogo estiver instalado, e se o fogo persistir,


levante a tampa e pressione o botão do extintor para o motor em chamas.

NOTA

Na realização de treinamento desses procedimentos, NÃO


FECHE a válvula da parede contra fogo e a bomba de
combustível, e NÃO ATUE o extintor de fogo do motor.

Para continuar a operação monomotor, desligue o


sincronizador de hélice, e desligue o interruptor do barramento
do motor inoperante. Monitore a carga elétrica, e reduza-a se
necessário. Considere o uso da alimentação cruzada para
aumentar o alcance do vôo, se necessário.

S/N 31T-8120001 e seguintes

Se fogo em um motor ocorrer durante o vôo, aplique potência como necessário para
manter pelo menos 113 KT. Identifique e verifique o motor em chamas, e embandeire
sua hélice. Proceda para proteger o motor embandeirado, desligando o seu gerador e
posicionando a manete de condição do motor afetado para STOP. Feche a válvula da
parede contra fogo, a ignição, e a bomba de combustível do motor afetado.

Se o sistema opcional de extinção de fogo estiver instalado, e se o fogo persistir,


levante a tampa e pressione o botão do extintor para o motor em chamas.

Continua na próxima página...

| 190
NOTA

Na realização de treinamento desses procedimentos, NÃO


FECHE a válvula da parede contra fogo e a bomba de
combustível, e NÃO ATUE o extintor de fogo do motor.

Para continuar a operação monomotor, desligue o


sincronizador de hélice, puxe o disjuntor do barramento do
gerador do motor inoperante. Monitore a carga elétrica, e
reduza-a se necessário. Considere o uso da alimentação
cruzada para aumentar o alcance do vôo, se necessário.

*O trecho sublinhado serve para tornar mais fácil a visualização da diferença de operação entre
aeronaves com diferentes números de série.

OPERAÇÃO DO EXTINTOR DE FOGO DO MOTOR (EQUIPAMENTO


OPCIONAL)

Se depois de completar os procedimento de fogo no motor (FOGO NO MOTOR NO


SOLO OU FOGO NO MOTOR EM VÔO) o fogo persistir, o extintor de fogo do motor (se
instalado) deve ser usado.

Levante a tampa do botão do sistema de extinção do motor afetado e atue o botão.

CUIDADO

O extintor de incêndio é um sistema de disparo único, com


um cilindro para cada motor. Operação inadvertida do
cilindro pode causar parada do motor.

SOBREVELOCIDADE DE HÉLICE (DISPARO DE HÉLICE)

Se a hélice exceder 2300 RPM, posicione a manete de potência do motor com


sobrevelocidade para IDLE. Embandeire a hélice; coloque a manete de condição na
posição STOP, e complete os procedimentos para corte do motor descritos acima na
seção FALHA DO MOTOR DURANTE O VÔO.

| 191
ALTA TEMPERATURA DO ÓLEO

Se as temperaturas do óleo excederem os limites, abra as portas dos radiadores de


óleo (Oil Cooler Doors) para manter as temperaturas abaixo da linha vermelha.

PERDA DA PRESSÃO DE ÓLEO

Se a pressão de óleo cair abaixo de 80 PSI, o ajuste de potência deve ser reduzido.
Pressão de óleo abaixo de 40 PSI é inseguro, e o motor afetado deve ser cortado.

OPERAÇÃO ÁSPERA DO MOTOR

Em condições de extrema turbulência, reduza a aeronave para a velocidade de


manobra ou um pouco abaixo. A velocidade de manobra irá diminuir com o peso da
aeronave. Por exemplo: 177 KIAS com 9000 lbs, 165 KIAS com 7200 lbs. Uma redução
na velocidade irá aliviar o estresse que a aeronave está sujeita pela turbulência. Aperte
o cinto de segurança e o cinto de ombro como uma precaução contra trepidações e
balanços. Quando voando em chuva pesada ou com menos de 250 lbs de combustível
em cada lado, operação com o interruptor de IGNITION em ON reduzirá a possibilidade
de apagamento do motor (flame-out).

MAU FUNCIONAMENTO ELÉTRICO

SUPERAQUECIMENTO DA BATERIA

Se a luz anunciadora “BAT OVERTEMP” iluminar em vôo, posicione o interruptor da


bateria deve ser posicionado para OFF. Se a luz apagar dentro de 10 minutos,
posicione o interruptor da bateria novamente para ON. Se a luz não apagar em 10
minutos, desligue novamente o interruptor da bateria e pouse tão logo seja possível.

Quando a luz de “BAT OVERTEMP” permanece acesa, nenhum vôo é permitido até que
seja feita manutenção nesse sistema e a condição seja corrigida.

| 192
FALHA EM UM DOS GERADORES (S/N 31T-8020001 até 31T-8020092)

Se uma luz de alerta “GEN INOP” iluminar ou se houver uma leitura zero no
amperímetro, isso indica que há uma falha em um dos geradores. Se essa condição
ocorrer, desligue o gerador suspeito e verifique se há algum disjuntor saltado.
Verifique o disjuntor “GEN CONT” (5 amp), localizado no painel lateral, e o disjuntor
“GEN BUS TIE” (200 amp), localizado no piso entre a poltrona do piloto e do co-piloto,
para o motor afetado.

Uma vez que uma falha no gerador seja verificada, veja se os barramentos do motor
estão ligados. Se a carga elétrica do gerador remanescente exceder 150 amps, desligue
o barramento não-essencial (Non-essential Bus). Para operação do flap antes do
pouso, o barramento não-essencial deve estar ligado. Aguarde 15 minutos e tente
reiniciar o disjuntor.

FALHA EM UM DOS GERADORES (S/N 31T-8120001 e Superior)

Se uma luz de alerta “GEN INOP” iluminar ou se houver uma leitura zero no
amperímetro, isso indica que há uma falha em um dos geradores. Se essa condição
ocorrer, desligue o gerador suspeito e verifique se há algum disjuntor saltado.
Verifique o disjuntor do regulador de voltagem, localizado no painel lateral. Restaure o
interruptor “GEN CONT” de OFF para ON.

Uma vez que uma falha no gerador seja verificada, veja se os disjuntores do
barramento do gerador não estão saltados. Se a carga elétrica do gerador
remanescente exceder 150 amps, puxe o disjuntor do barramento não-essencial (Non-
essential Bus). Para operação do flap antes do pouso, o barramento não-essencial deve
estar ligado. Aguarde 15 minutos e tente reiniciar o disjuntor.

*O trecho sublinhado serve para tornar mais fácil a visualização da diferença de operação entre
aeronaves com diferentes números de série.

DISJUNTOR DO BARRAMENTO DO GERADOR FORA

Se o disjuntor “GEN BUS TIE” localizado no piso entre o assento do piloto e do co-
piloto abrir/saltar, verifique o amperímetro. Reduza a carga elétrica como necessário
para trazer a leitura do amperímetro abaixo de 200 amps.

Reinicie o disjuntor “GEN BUS TIE”. Se ele permanecer reiniciado, ligue o gerador. Se o
disjuntor não reiniciar ou se ele reabrir imediatamente, deixe o gerador desligado, e
continue o vôo com uma carga elétrica reduzida. Espere 15 minutos e tente reiniciar
novamente o disjuntor.

| 193
DISJUNTOR DA BATERIA FORA

Se o disjuntor da bateria abrir, coloque o interruptor do battery master em OFF, e


reinicie o disjuntor. Se o disjuntor não abrir novamente, coloque o interruptor do
battery master novamente em ON. Se o disjuntor não permanecer reiniciado, coloque
o interruptor do baterry master em OFF e pouse tão logo seja possível.

FALHA NOS DOIS GERADORES (S/N 31T-8020001 até 31T-8020092)

Se a luz de alerta “GEN INOP” iluminar ou se houver leitura zero (0) dos amperímetros
indicando uma falha em ambos os geradores, desligue os geradores. Desligue o
barramento não essencial, e reduza a carga elétrica para um mínimo. Verifique se há
disjuntores abertos.

Se a falha em ambos os geradores for verificada, deixe os interruptores dos geradores


em OFF, reduza o consumo elétrico e pouse assim que for possível. Quando estiver
operando com ambos os geradores em OFF, NÃO COLOQUE o interrutor do battery
master em OFF. Antes de estender os flaps para pouso, o barramento não essencial
deve ser novamente ligado.

FALHA NOS DOIS GERADORES (S/N 31T-8120001 e Superior)

Se a luz de alerta “GEN INOP” iluminar ou se houver leitura zero (0) dos amperímetros
indicando uma falha em ambos os geradores, desligue os geradores. Desligue o
barramento não essencial, e reduza a carga elétrica para um mínimo. Verifique se há
disjuntores abertos. Alterne o interruptor dos geradores de OFF para ON.

Se a falha em ambos os geradores for verificada, deixe os interruptores dos geradores


em OFF, reduza o consumo elétrico e pouse assim que for possível. Quando estiver
operando com ambos os geradores em OFF, NÃO COLOQUE o interrutor do battery
master em OFF. Antes de estender os flaps para pouso, o barramento não essencial
deve ser novamente ligado.

*O trecho sublinhado serve para tornar mais fácil a visualização da diferença de operação entre
aeronaves com diferentes números de série.

| 194
FALHA NO BARRAMENTO DOS AVIÔNICOS (S/N 31T-8020001 até 31T-
8020092)
Quando uma perda de força elétrica é experimentada em algum barramento, o disjuntor do
aviônico associado à este barramento deve ser checado e reiniciado. Se o disjuntor falhar em
rearmar, deixe-o fora e reinicie o disjuntor de alimentação do barramento de aviônicos. Isso
irá restaurar a energia na barra que antes não funcionava. Reduza a carga total de aviônicos e
mantenha abaixo de 50 amps. Se a operação segura da aeronave requerer uma carga elétrica
superior a 50 amps, o interruptor alternativo de alimentação dos aviônicos deve ser ligado.
Após suficiente resfriamento, tente rearmar o disjuntor ligado ao barramento de aviônicos que
deu pane anteriormente.

Quando uma perda de força elétrica tenha ocorrido em ambos os barramentos dos aviônicos,
verifique se o interruptor AVIONICS MASTER está em ON. Puxe o disjuntor do barramento dos
aviônicos e verifique se os disjuntores ligados a esse barramento estão armados, e rearme os
que estiverem desarmados. Retome a operação normal se a energia for restaurada. Se apenas
um dos barramentos dos aviônicos retornar ao serviço, proceda de acordo com uma falha em
um só barramento. Se todos os disjuntores ligados a esse barramento estiverem armados e
perda de força elétrica ainda estiver evidente, puxe o disjuntor de alimentação do barramento
de aviônicos e ligue o interruptor do barramento de emergência. O disjuntor de alimentação
do barramento de aviônicos pode ser reiniciado se a força elétrica dos aviônicos estiver abaixo
que 50 amps.

FALHA NO BARRAMENTO DOS AVIÔNICOS (S/N 31T-8120001 e Superior)


Quando uma perda de força elétrica é experimentada em algum barramento, o disjuntor do
aviônico associado a este barramento deve ser checado e reiniciado. Se o disjuntor falhar em
rearmar, deixe-o fora e reinicie o disjuntor de alimentação do barramento de aviônicos. Isso
irá restaurar a energia na barra que antes não funcionava. Reduza a carga total de aviônicos e
mantenha abaixo de 50 amps.

Quando uma perda de força elétrica tenha ocorrido em ambos os barramentos dos aviônicos,
verifique se o interruptor AVIONICS MASTER está em ON. Puxe o disjuntor do barramento dos
aviônicos e verifique se os disjuntores ligados a esse barramento estão armados, e rearme os
que estiverem desarmados. Retome a operação normal se a energia for restaurada. Se apenas
um dos barramentos dos aviônicos retornar ao serviço, proceda de acordo com uma falha em
um só barramento. Se todos os disjuntores ligados a esse barramento estiverem armados e
perda de força elétrica ainda estiver evidente, puxe o disjuntor de alimentação do barramento
de aviônicos. O disjuntor de alimentação do barramento de aviônicos pode ser reiniciado se a
força elétrica dos aviônicos estiver abaixo que 50 amps.

*O trecho sublinhado serve para tornar mais fácil a visualização da diferença de operação entre
aeronaves com diferentes números de série.

| 195
LEITURAS ANORMAIS DO AMPERÍMETRO DE DEGELO

O amperímetro para os degeladores eletrotérmicos deve apresentar uma leitura


normal de 26 a 30 amps quando o sistema estiver ON.
Se o amperímetro do sistema de degelo apresentar a leitura zero (0) quando o
interruptor estiver em ON, verifique o(s) disjuntor(es). Se um disjuntor estiver
desarmado, rearme-o. Se o interruptor estiver em ON e o disjuntor estiver armado e o
amperímetro mesmo assim ler zero, desligue o sistema e evite condições de gelo.

Se a leitura amperímetro do sistema de degelo estiver abaixo de 26 amps, evite


condições de gelo, já que uma operação continuada do sistema não pode ser
assegurada nessas condições.

FOGO NO SISTEMA ELÉTRICO

Fogo no sistema elétrico pode ser detectado pelo odor distinto de fiação queimada.
Uma vez que todas as luzes da cabine e do painel estarão desligadas durante os
procedimentos seguintes, tenha uma lanterna em mãos, à noite, antes de iniciar o
Electrical Fire check list. Esteja atento e ciente de que o corte de toda a energia elétrica
da aeronave causará despressurização.

Desligue o interruptor do BATTERY MASTER e ambos os geradores. Uma vez que os


giroscópios elétricos deixarão de serem confiáveis, use o turn indicator pneumático
para vôo por instrumento. A perda da energia elétrica irá causar despressurização.

Desligue o interruptor AVIONICS MASTER, o MASTER do controle climático e todos os


outros interruptores elétricos. Verifique se há disjuntores desarmados, então puxe
TODOS os disjuntores.
Ligue o BATTERY MASTER e ambos os geradores em ON. Então, um por vez, rearme os
disjuntores e ligue os interruptores elétricos até que a unidade com falha seja
localizada. Deixe o disjuntor da unidade com defeito puxado pelo resto do vôo.

CUIDADO

Sempre que um gerador for desligado, tenha cuidado para


não acionar inadvertidamente o starter.

Quando o sistema elétrico falhou ou foi cortado, as buzinas e


luzes de alarme ficam inoperantes.

Continua na próxima página...

| 196
NOTA

Quando o interruptor BATTERY MASTER e ambos os


interruptores dos geradores estiverem em OFF, a cabine irá
despressurizar devido ao esvaziamento da vedação da porta.

FALHA NO SISTEMA DE AUMENTO DE ESTABILIDADE SAS

Os procedimentos de falha do SAS a seguir devem ser realizados se uma luz de aviso
SAS iluminar. A luz de aviso SAS não ativará o MASTER CAUTION.

FALHA DO SAS NA DECOLAGEM

Se uma falha do SAS ocorrer durante a decolagem, reduza a potência para 400 SHP
(2000 RPM a 1050 lb.ft. torque) em cada motor e acelere para 121 KIAS. Então
complete os procedimentos descritos abaixo.

FALHA DO SAS EM VÔO

Quando o SAS falhar, o sistema deve ser atuado para prover características de manejo
adequadas para o resto do vôo. Remova o pino de liberação/anel de cobertura do SAS
no lado direito do pedestal de controle, e remova a tampa de acesso. Segure o manche
firmemente e aplique força para baixar o nariz do avião. Puxe a corda do SAS.

O sistema é projetado para requerer cerca de 20 segundos para alcançar o curso total.
A compensação irá requerer cerca de uma volta completa do compensador do
profundor. Se a compensação não for realizada, uma força de 20 libras no manche será
necessária para manter a mesma atitude.

SUBIDA COM O SAS ATIVADO

Para subir com o sistema SAS ativado, trem de pouso e flaps devem ser recolhidos e
uma velocidade mínima de subida de 121 KIAS deve ser mantida. A potência máxima
para ser usada durante a subida é 400 SHP (2000 RPM a 1050 lb.ft.torque) por motor.
Com peso bruto, em um dia normal, ao nível do mar, este ajuste de potência trará uma
razão de subida de aproximadamente 1300 ft por minuto.

| 197
CRUZEIRO COM SAS ATIVADO

Use os procedimentos normais.

APROXIMAÇÃO E POUSO COM SAS ATIVADO

Mantenha uma velocidade mínima de aproximação de 109 KIAS, até o pouso ser
assegurado, quando o SAS estiver ativado. Todos os outros procedimentos de pouso
permanecem os mesmos.

ARREMETIDA COM O SAS ATIVADO

Para executar uma arremetida com o sistema SAS ativado, aplique potência de 400
SHP (2000 RPM a 1050 lb.ft.torque) em cada motor. Mantenha uma velocidade
mínima de 109 KIAS enquanto o trem de pouso e os flapes estiverem abaixados.
Quando trem de pouso e flapes forem recolhidos, aumente a velocidade para um
mínimo de 121 KIAS.

VÔO MONOMOTOR COM O SAS ATIVADO

Use os procedimentos normais de operação monomotor. Máxima potência permitida


é 620 SHP.

| 198
MAU FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO

DIFERENCIAL DA CABINE ACIMA DE 5.7 PSI OU FLUTUAÇÃO CONTÍNUA


DA PRESSÃO DA CABINE EM 5.5 PSI

O diferencial de pressão da cabine é automaticamente regulado para 5.5 PSI pela


válvula isobárica e de segurança. Se um mau funcionamento ocorrer causando
diferenciais de pressão que excede 5.7 PSI, haverá um aviso sonoro e visual no sistema
anunciador, e o indicador de pressão diferencial irá ultrapassar a linha vermelha no
mostrador.

Se o diferencial de pressão da cabine exceder 5.5 PSI, medidas devem ser tomadas
imediatamente para reduzir a pressão a limites aceitáveis. Ajustando o controlador de
altitude da cabine para uma altitude acima deve baixar o diferencial de pressão.
Descer o avião a uma altitude menor também deve reduzir o diferencial de pressão.

Se a pressão diferencial não puder ser mantida sob controle, pode se tornar necessária
a descarga de pressão da cabine. Isso deve ser feito levantando-se lentamente a tampa
da cobertura da alavanca do trem de pouso de emergência. Rápida despressurização é
possível selecionando a posição DUMP no interruptor DUMP/TEST. O uso do
interruptor dump é recomendado apenas em situações de extrema emergência.

Os procedimentos acima também se aplicam quando houver flutuações severas de


centenas de pés continuamente.

| 199
RÁPIDO AUMENTO DO DIFERENCIAL DA CABINE OU FUMAÇA NA CABINE

Se o diferencial de cabine aumentar rapidamente, ou se o ar pressurizado na cabine


tornar-se contaminado com fumaça ou gases, imediatamente despressurize a cabine
lentamente levantando a tampa da alavanca extensora do trem de pouso de
emergência. Coloque a alavanca do CABIN AIR CONTROL na posição OUTSIDE AIR. Em
altas altitudes, inicie uma descida e use oxigênio como necessário.

Se houver suspeita de fogo, não utilize oxigênio quando a cabine estiver pressurizada
ou em baixas altitudes onde o uso do oxigênio não for requerido.

ALTITUDE DA CABINE ACIMA DE 11.500 FT

Se o aviso anunciador ou se o indicador de altitude da cabine indicar que a altitude da


cabine excedeu 11.500 pés, desça até que a altitude da cabine caia abaixo de 11.500
pés. Use oxigênio de emergência se necessário.

NOTAS

Para procedimentos do sistema de oxigênio, veja “SISTEMA DE


OXIGÊNIO DE EMERGÊNCIA”, na página seguinte.

Se houver um mau funcionamento no sistema de


pressurização, não tente realizar um vôo pressurizado até que o
sistema seja consertado e a falha corrigida.

| 200
SISTEMA DE OXIGÊNIO DE EMERGÊNCIA

As máscaras de oxigênio devem ser usadas a qualquer momento quando a altitude da


cabine exceder 11.500 pés*. Caso seja necessário o uso do oxigênio, puxe a alavanca
de controle para a posição abrir o sistema e verifique a indicação de fluxo na máscara
com certa freqüência.

Para usar oxigênio na área da cabine de aeronaves com os números de sério 31T-
8020001 até 31T-8120050, 31T-8120055, 31T-8120056, 31T-8120058, e 31T-8120059,
abra o no compartimento de armazenamento central no painel superior, insira os
encaixes das máscaras nos receptáculos, coloque a máscara e verifique com
freqüência se há fluxo de oxigênio. Para usar oxigênio na área da cabine em aeronaves
com número de série 31T-8120051, 31T-8120052, 31T-8120053, 31T-8120054, 31T-
8120057, 31T-8120060 e superiores, abra o compartimento de armazenamento
central no painel superior e puxe a máscara para o rosto (uma corda puxa um pino que
ativa o fluxo de oxigênio) e verifique com freqüência o indicador de fluxo.

O piloto deve monitorar o manômetro de pressão de oxigênio para determinar o


fornecimento e o consumo de oxigênio.

CUIDADO

Certos substâncias à base de petróleo (cera, batom, etc.) são


combustíveis na presença de 100% de oxigênio. Vestindo a
máscara com 100% de oxigênio pode causar queimaduras
nas áreas onde essas substâncias a base de petróleo são
aplicadas.

A disponibilidade de oxigênio em várias pressões de cilindros, tamanhos e pessoas


usando oxigênio, estão listados nas tabelas a seguir.

* F.A.R. 13.83, Táxi Aéreo requerem procedimentos especiais de uso de oxigênio com
altitudes de cabine acima de 10.000 pés.

| 201
| 202
| 203
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| 209
PROCEDIMENTO DE ALIMENTAÇÃO CRUZADA

O sistema de alimentação cruzada de combustível pode ser usado se durante um vôo


monomotor vier a ser necessário usar combustível proveniente do lado do motor
inoperante para estender o alcance.

Para usar a alimentação cruzada, ligue a bomba elétrica de combustível do motor


inoperante, puxe a válvula crossfeed para cima, e desligue a bomba de combustível do
motor em funcionamento.

A alimentação cruzada não deve ser usada durante pousos; portanto, certifique-se que
antes do pouso a bomba de combustível do motor em funcionamento seja retornada
para ON e a válvula crossfeed e a bomba de combustível do motor inoperante sejam
fechada e desligada.

PROCEDIMENTOS DE DESCIDA DE EMERGÊNCIA


Se vier a ser necessário descer rapidamente para uma altitude mais baixa, retarde a
manete de potência para IDLE e avance a manete de hélice toda para frente a 2200
RPM. Quando baixando o nariz na descida inicial, role a aeronave 30° até que o nariz
da mesma baixe ao ângulo de descida desejado, então nivele as asas.

Quando descendo em ar calmo, ou se uma alta velocidade de descida for desejada, o


trem de pouso e os flapes devem ficar recolhidos. Mantenha a velocidade na linha
vermelha, asas niveladas e uma atitude de nariz para baixo. Use o compensador como
necessário.

Quando descendo em ar turbulento, ou se uma baixa velocidade de descida for


desejada, reduza para 181 KIAS e baixe flapes 15°. Em uma velocidade abaixo de 153
KIAS baixe o trem de pouso. Quando a velocidade cair abaixo de 148 KIAS, baixe flapes
40°. Continue descendo sem exceder 148 KIAS. Mantenha as asas niveladas, atitude de
nariz para baixo, e compensando a aeronave como necessário.

Se ocorrer uma falha de pressurização, empregue o uso de oxigênio em altitudes


maiores que 11.500 pés (Veja “Sistema de Oxigênio de Emergência).

A velocidade vertical de descida deve ser de aproximadamente 5000 pés por minuto.
Desça fora da aerovia, e esteja ciente da elevação do terreno.

| 210
ABAIXAMENTO DO TREM DE POUSO DE EMERGÊNCIA
Se o trem de pouso não baixar pelos meios normais, o extensor de abaixamento de
emergência do trem de pouso fornece pressão hidráulica para abaixamento do
mesmo. Lembre-se que se a cabine estiver pressurizada, elevando a tampa do extensor
do trem de pouso de emergência fará com que haja despressurização.

Mantenha a velocidade abaixo de 130 KIAS. Levante a tampa do extensor do trem de


pouso de emergência localizada no piso, entre o assento dos pilotos. Perceba que os
procedimentos para extensão de emergência do trem de pouso estão impressos sob a
parte inferior da tampa.

Coloque a alavanca do trem de pouso na posição DOWN; extenda a bomba manual de


emergência e, então, bombeie para cima e para baixo até que as três luzes verdes de
abaixamento do trem de pouso iluminem e a alavanca de abaixamento do trem de
pouso retorne para neutro. Visualmente verifique a extensão do trem de pouso
observando o trem de nariz no espelho localizado na nacele esquerda. O interruptor
master ou um gerador deve estar ligado para que as luzes do trem de pouso iluminem.

| 211
POUSO COM TREM DE POUSO RECOLHIDO
Se todos os procedimentos normais e de emergência de extensão do trem de pouso
falharem, um pouso com o trem de pouso recolhido será necessário. Escolha um local
de pouso adequado. Se possível, avise ao pessoal de solo sobre a situação de
emergência. Se o tempo permitir, queime o excesso de combustível. Faça um briefing
com os passageiros sobre o uso das saídas de emergência e esteja seguro de que todos
os passageiros estejam com os cintos de segurança presos.

Quando pronto para o pouso, complete o check list como para um pouso normal,
exceto que o seletor do trem de pouso deve estar na posição UP. Desligue o A/P, o
interruptor MASTER e ambos os GERADORES.

Faça uma aproximação normal, e quando a pista estiver garantida e o pouso


assegurado, posicione as manetes de condição para STOP, hélices para FEATHER e
feche a válvula da parede contra fogo (FIRE WALL SHUT-OFF valve). Pouse
suavemente, tocando em uma atitude nivelada. Todos os ocupantes devem evacuar a
aeronave tão logo ela tenha parado.

CUIDADO

O arrasto total da aeronave será significativamente reduzido


com as hélices embandeiradas. Deve-se estar ciente para o
aumento da distância para pouso nesta situação.

SAÍDA DE EMERGÊNCIA

Uma saída de emergência está localizada no lado direito da fuselagem, e é a segunda


janela atrás do pára-brisa.

Para usar a saída de emergência, remova a tampa de acrílico sobre a alça, e então puxe
a alça e puxe a janela de saída de emergência para dentro da aeronave.

NOTA

A cabine deve estar despressurizada antes de tentar abrir a


saída de emergência.

| 212
MAU FUNCIONAMENTO DOS FLAPES
No caso do anunciador “FLAP” iluminar, o seletor de flape deve ser verificado quanto à
sua operação normal. Se o flape responder ao comando, um componente interno do
amplificador falhou. Os flapes ainda podem ser usados e o amplificador deve ser
reparado antes do próximo vôo. Se os flapes não responderem, um desligamento do
sistema de atuação de flape ocorreu. Verifique a simetria dos flapes. O amplificador
pode ter desligado o sistema porque detectou uma diferença de 5° na posição entre o
flape direito e esquerdo, ou ainda um dos reostatos pode ter falhado. Determine
através do controle de entrada da roda que uma condição de assimetria não existe
(isto é, a roda de controle não é deslocada em direção ao maior ângulo de deflexão
para manter a posição). Verifique e reinicie o disjuntor do motor do flape. Se os flapes
permanecerem inoperantes, um reostato pode ter falhado. O desligamento
permanecerá até que o sistema seja reparado pelo pessoal de manutenção.

Quando o flape ficar inoperante e o anunciador não iluminar, verifique o indicador de


posição do flape. Se o indicador estiver apontando para OFF, houve perda de força
elétrica do amplificador. Sem força o amplificador não pode ativar o anunciador.
Verifique e reinicie o disjuntor do controle de flape. Se o indicador estiver mostrando a
posição do flape, teste o anunciador para a operação adequada. Se o anunciador falhar
a iluminar, desligue o sistema e determine a causa. Quando for determinado que o
desligamento não foi causado por uma condição de assimetria de flapes, verifique e
reinicie o disjuntor do motor do flape.
Se o anunciador funcionar corretamente quando testado, verifique e reinicie o
disjuntor do motor do flape.

FONTE ESTÁTICA ALTERNATIVA


No caso da fonte estática alternativa ter de ser usada, a alavanca de controle
localizada no painel de instrumentos, à direita do pedestal de manetes, deve ser
movida para a direita (ALTERNATE SOURCE).

Corrija as indicações de velocidade e altímetro utilizando as tabelas de desempenho.

| 213
VÔO COM FALHA NO CONTROLE LONGITUDINAL PRIMÁRIO
Se o controle longitudinal primário falhar e o sistema de aumento de estabilidade
(SAS) estiver operando, deixe o SAS ligado. Quando pronto para uma aproximação
para pouso, compense a aeronave em vôo nivelado para 121 a 135 KIAS. Selecione a
pista mais longa disponível na área.

Baixe o trem de pouso e continue mantendo a velocidade entre 121 a 135 KIAS.

CUIDADO

Não baixar flapes para a posição approach antes do trem de


pouso estar baixado e travado.

Após o trem de pouso estar baixado e travado (3 luzes verdes) os flapes podem ser
baixados para 15° (posição approach). Compense a aeronave para manter velocidade
de 109 a 114 KIAS (aproximadamente 600 lb.ft.torque a 2000 RPM N P). Quando
posicionado sobre a pista de pouso, arredonde (flare) a aeronave somente com o
compensador e reduza a potência lentamente.

CUIDADO

Neste caso não baixe flapes para a posição 40° (full flap).

| 214
FALHA NO PAINEL ANUNCIADOR

NOTA

Os procedimentos seguintes são entendidos como soluções em


vôo. Se um mau funcionamento do sistema anunciador ocorrer,
manutenção deve ser realizada por um mecânico certificado
assim que possível.

ILUMINAÇÃO DA LUZ “ANNUNCIATOR POWER”

A iluminação da luz do “ANN POWER” indica que um ou ambos dos seguintes maus
funcionamentos requerem atenção.

(a) Força Essencial OFF

AERONAVE COM S/N 31T-8020001 ATÉ 31T-8020092

O controlador do anunciador recebe voltagem de entrada de 28 volts do barramento


essencial através de três fontes: o circuito de energia/alimentação do anunciador e o
circuito inoperante de extinção de fogo do motor esquerdo e direito (se o extintor de
fogo do motor, que é opcional, não estiver instalado, as três fontes são: circuito de
energia do anunciador, anunciador de alerta 1 e 2). Os disjuntores são
rotulados/nomeados adequadamente. Perda de energia do circuito do anunciador irá
iluminar a luz “ANN POWER”. Se uma falha do circuito de energia do anunciador
ocorrer, o sistema anunciador continuará funcionando alimentado pelas outras duas
fontes de energia remanescente.

AERONAVE COM S/N 31T-8120001 E SUPERIOR

O controlador do anunciador recebe voltagem de entrada de 28 volts do sistema de


barramento através de duas fontes: o disjuntor de alimentação do painel anunciador
localizado no painel de disjuntores principal esquerdo e através de um fusível de
alimentação alternativa do painel anunciador localizado no barramento de fusíveis da
bateria. Perda de energia de uma fonte de alimentação do painel anunciador acenderá
a luz “ANN POWER”. Se falha de um circuito de energia/alimentação do anunciador
ocorrer, o sistema anunciador continuará funcionando, alimentado pela fonte de
energia remanescente.

Continua na próxima página...

| 215
(b) FALHA NO FORNECIMENTO INTERNO DE ENERGIA FLASHER

Se o fornecimento interno de energia flasher falhar, a luz anunciadora Annunciator


Power irá iluminar. Se pressionando o botão de teste do painel anunciador o indicador
Master Caution não ativar mas fazer com que as luzes pisquem, esse tipo de problema
é indicado. Com o fornecimento interno de energia flasher falho, o anunciador
funciona como um visor somente.

FALHA NO FORNECIMENTO DE POLARIZAÇÃO INTERNA

O controlador do anunciador contém um fornecimento de polarização interno. Se esse


fornecimento falhar, o botão indicador/reset do Master Caution é desarmado. A luz
Annunciator Power não irá piscar, no entanto, ambas as luzes de temperatura do óleo
piscarão. Se um canal de exibição é ativado enquanto o sistema está em tal condição
de falha, a luz correspondente de exibição irá piscar, e permanecerá piscando.
Qualquer outro canal adicional que é ativado também piscará. Pressionando o botão
de teste fará com que todas as luzes vermelhas, estando ativas ou não, pisquem.

No caso de uma falha no fornecimento de polarização interno, o sistema ainda é


funcional como um visor. Um mau funcionamento sob estar condições farão com que
a luz anunciadora associada pisque sem uma indicação do Master Caution.

CUIDADO

No caso de uma falha no fornecimento de polarização


interna, a luz de temperatura de óleo irá piscar
independentemente se a temperatura estiver alta ou não. É,
portanto, imperativo o monitoramento, por parte do piloto,
do manômetro medidor de temperatura de óleo para o
restante do vôo, independente se a luz anunciadora de
temperatura de óleo está acesa.

FALHA NO REGULADOR DE BRILHO (DIMMER)

No caso de falha do circuito regulador de brilho, o display não terá a capacidade de ter
o brilho regulado. Tal falha fará com que o display automaticamente vá e permaneça
no modo de brilho sem nenhuma medida de correção necessária.

| 216
CHEYENNE II XL

PROCEDIMENTO DE ALIMENTAÇÃO CRUZADA (CROSSFEED)

O sistema de combustível cruzado pode ser usado se durante um vôo monomotor


venha a ser necessário o uso do combustível do lado do motor inoperante para
aumentar o alcance da aeronave.

Para usar a alimentação cruzada, ligue a bomba de combustível do motor inoperante,


abre a válvula crossfeed, e então desligue a bomba de combustível do motor em
operação.

Alimentação cruzada de combustível deve ser DESLIGADA/FECHADA durante pousos;


portanto, certifique-se de que a bomba de combustível do motor em operação tenha
sido retornada para ON e a válvula crossfeed para OFF antes de realizar uma
aproximação. Assim que religar a bomba de combustível do motor em operação,
desligue a do motor inoperante.

PROCEDIMENTO DE DESCIDA EM EMERGÊNCIA


Se for necessária uma rápida descida a uma baixa altitude, retarde a manete de potência para
IDLE e avance a manete de hélice toda para frente. Durante a descida inicial, role a aeronave
30° até que o nariz abaixe ai ângulo desejado, então nivele as asas.

Quando descendo em ar calmo, ou se uma alta velocidade de descida é necessária, o trem de


pouso e os flapes devem ser deixados RECOLHIDOS. Mantenha a velocidade na linha vermelha,
e assuma uma atitude de asas niveladas, com nariz embaixo. Compense como necessário.

Quando descendo em ar turbulento, ou se uma baixa velocidade de descida é necessária,


desacelere para 181 KIAS e estenda flapes 15°. Quando em uma velocidade abaixo de 153
KIAS, abaixe o trem de pouso. Quando a velocidade cair abaixo de 148 KIAS, estenda flapes
40°. Continue descendo sem exceder 148 KIAS. Mantenha as asas niveladas, atitude de nariz
embaixo, e compensando conforme necessário.

Se uma falha de pressurização ocorrer, empregue o uso de oxigênio em altitudes acima de


11,500 ft.

A velocidade vertical durante a descida será de aproximadamente 5,000 pés por minuto. Desça
fora da aerovia e esteja ciente da elevação do terreno.

| 217
INTENCIONALMENTE EM BRANCO

| 218
TABELAS DE DESEMPENHO
Nas páginas seguintes estão apresentadas algumas das principais tabelas de
desempenho das aeronaves Cheyenne I, IA, II e II XL.

| 219
POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 1900 RPM – ISA
CHEYENNE I

POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 2000 RPM – ISA


CHEYENNE I

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POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 1800 RPM – ISA
CHEYENNE IA

POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 1900 RPM – ISA


CHEYENNE IA

| 221
POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 2000 RPM – ISA
CHEYENNE IA

POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 1900 RPM – ISA


CHEYENNE II XL

| 222
POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 1900 RPM – ISA
CHEYENNE II

POTÊNCIA MÁXIMA DE CRUZEIRO – 2000 RPM – ISA


CHEYENNE II

| 223
POTÊNCIA ECONÔMICA DE CRUZEIRO – 1900 RPM – ISA
CHEYENNE II

POTÊNCIA ECONÔMICA DE CRUZEIRO – 2000 RPM – ISA


CHEYENNE II

| 224
CONVERSÃO DE TEMPERATURA

| 225
CONVERSÃO ISA
ALTITUDE PRESSÃO x TEMPERATURA DO AR EXTERNO

| 226
COMPONENTE DE VENTO

| 227
AJUSTE DE POTÊNCIA DE DECOLAGEM –
CHEYENNE I

| 228
AJUSTE DE POTÊNCIA DE DECOLAGEM –
CHEYENNE IA

| 229
AJUSTE DA POTÊNCIA DE DECOLAGEM –
CHEYENNE II

| 230
AJUSTE DE POTÊNCIA DE DECOLAGEM –
CHEYENNE II XL

| 231
DISTÂNCIA DE DECOLAGEM COM OBSTÁCULO DE 50 FT –
CHEYENNE I

| 232
DISTÂNCIA DE DECOLAGEM COM OBSTÁCULO DE 50 FT –
CHEYENNE IA

| 233
DISTÂNCIA DE DECOLAGEM COM OBSTÁCULO DE 50 FT –
CHEYENNE II

| 234
DISTÂNCIA DE DECOLAGEM COM OBSTÁCULO DE 50 FT –
CHEYENNE II XL

| 235
POTÊNCIA MÁXIMA DE SUBIDA – 2000 RPM (FUEL FLOW)
CHEYENNE I

| 236
POTÊNCIA MÁXIMA DE SUBIDA – 2000 RPM (TORQUE)
TODOS OS CHEYENNE

| 237
TEMPO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA SUBIDA –
CHEYENNE I

| 238
TEMPO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA SUBIDA –
CHEYENNE IA

| 239
TEMPO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA SUBIDA –
CHEYENNE II

| 240
TEMPO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA SUBIDA –
CHEYENNE II XL

| 241
VELOCIDADE x ALTITUDE –
CHEYENNE I

| 242
VELOCIDADE x ALTITUDE –
CHEYENNE IA

| 243
VELOCIDADE x ALTITUDE –
CHEYENNE II

| 244
VELOCIDADE x ALTITUDE –
CHEYENNE II XL

| 245
ALCANCE (TEMPO DE VÔO x ALTITUDE) –
CHEYENNE I

| 246
ALCANCE (TEMPO DE VÔO x ALTITUDE) –
CHEYENNE IA

| 247
ALCANCE (TEMPO DE VÔO x ALTITUDE) –
CHEYENNE II

| 248
ALCANCE (TEMPO DE VÔO x ALTITUDE) –
CHEYENNE II XL

| 249
ALCANCE (DISTÂNCIA PERCORRIDA x ALTITUDE) –
CHEYENNE I

| 250
ALCANCE (DISTÂNCIA PERCORRIDA x ALTITUDE) –
CHEYENNE IA

| 251
ALCANCE (DISTÂNCIA PERCORRIDA x ALTITUDE) –
CHEYENNE II

| 252
ALCANCE (DISTÂNCIA PERCORRIDA x ALTITUDE) –
CHEYENNE II XL

| 253
TEMPO DE VÔO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA A DESCIDA –
CHEYENNE I

| 254
TEMPO DE VÔO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA A DESCIDA –
CHEYENNE IA

| 255
TEMPO DE VÔO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA A DESCIDA –
CHEYENNE II

| 256
TEMPO DE VÔO, CONSUMO E DISTÂNCIA PARA A DESCIDA –
CHEYENNE II XL

| 257
DISTÂNCIA DE POUSO COM OBSTÁCULO A 50 FT –
CHEYENNE I

| 258
DISTÂNCIA DE POUSO COM OBSTÁCULO A 50 FT –
CHEYENNE IA

| 259
DISTÂNCIA DE POUSO COM OBSTÁCULO A 50 FT –
CHEYENNE II

| 260
DISTÂNCIA DE POUSO COM OBSTÁCULO A 50 FT –
CHEYENNE II XL

| 261

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