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O participante do curso poderá:
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INDICE
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CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES DA AERONAVE
GENERALIDADES
O King Air C90A e o C90B são aeronaves de alto desempenho, empenagem convencional,
pressurizada, e conta com dois motores turboélice. Ele foi projetado e equipado para o vôo em
condições IFR, diurno e noturno, em zonas de alta densidade de tráfego aéreo e em áreas onde
é conhecida ou prevista a formação de gelo. Também é capaz de operar em pequenos aeroportos
improvisados ou despreparados desde que dentro dos limites do POH.
Seu projeto é uma combinação de uma estrutura altamente eficiente com componentes da mais
alta tecnologia, proporcionando confiabilidade, economia, versatilidade e produtividade.
Uma nacele carenada e oval, com uma área frontal mínima, estão instaladas em cada lado da
seção central da asa para alojar ambos os motores e trem de pouso principal. As naceles foram
projetadas e são localizadas de modo a maximizar a distância da hélice ao solo, minimizando o
ruído interno da cabine e permitindo o mínimo arrasto provocado pelos motores montados nas
asas.
A estrutura é toda em metal, com asas cantilever, cauda com empenagem convencional. As asas
são eficientes. A seção do aerofólio fornece uma excelente combinação de baixas condições de
arrasto em regime de cruzeiro, e condições de manuseio fácil para baixas velocidades em
operações aeroportuárias.
ARRANJO GERAL – C90A
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VISÃO EXTERNA(Dimensôes) - TRÊS VISTAS – C90A
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Uma entrada de ar, oval, localizado na área frontal da nacele do motor é instalada em cada lado
da asa, na seção central. Tem um desenho geométrico tipo "pitot" (Figura 1.3) e tem a função de
aumentar o desempenho através da redução do arrasto, e a entrada de ar é moldada para reduzir
a área frontal, obtendo um menor atrito possível. As naceles são concebidas e localizadas para
maximizar a hélice no solo, minimizar o ruído e fornecer uma baixa resistência sobre as asas.
ESTRUTURA
O King Air C-90 é um avião metálico, asa baixa, turbo-hélice bimotor com trem de pouso retrátil.
Sua fuselagem é do tipo convencional com estrutura monocoque, fabricada com ligas de alumínio
de alta resistência. O formato básico de corte transversal da cabine foi determinado por um
conjunto favorável de fatores, compostos pelo conforto dos passageiros e pelo eficiente
desempenho em vôo de cruzeiro. O perfil da cabine é um quadrado ovalado. Os passageiros
podem sentar-se confortavelmente sem a necessidade de inclinar suas cabeças devido ao formato
das paredes. O piso é plano, de uma extremidade à outra, de modo a facilitar a entrada e a saída
dos passageiros da cabine. As aeronaves Beechcraft King Air C90A e C90B são certificados para
um máximo de 10 pessoas (Figura 1.4). A configuração mais popular proporciona lugares
confortáveis para seis passageiros e dois tripulantes. Praticamente é possível qualquer arranjo
interno.
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Figura 1.4 – Arranjo Interno
Consulte o POH de sua aeronave para obter mais informações detalhadas e atualizadas.
VELOCIDADES DE OPERAÇÃO
Esta aeronave foi qualificada como uma das mais manobráveis do mundo. Seu manuseio é fácil
em qualquer condição de vôo e seu tipo de construção permitiu que os seguintes valores fossem
alcançados (considerando-se o peso máximo de decolagem do C90A – 9.650 lbs e C90B – 10.100
lbs):
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RAZÃO DE SUBIDA
O King Air proporciona uma margem extra de confiança através de seus motores PT6A. As
informações seguintes são calculadas considerando-se o peso de decolagem do C90A de 9.650
lbs. Os gráficos e cartas usados na seção de performance do livro de operação do piloto do C90A
ou C90B e determinam a razão de subida sobre o peso do avião e uma variedade de condições
meteorológicas.
TETO DE SERVIÇO
Com o peso máximo de decolagem em condições meteorológicas não favoráveis, o teto de serviço
do King Air é mostrado na tabela abaixo. Esses valores foram calculados com o peso máximo de
decolagem do C90A em 9.650 lbs.
AUTONOMIA
A grande maioria dos vôos executivos tem uma distância de aproximadamente, 240 milhas
náuticas.
O King Air C90 pode fazer até quatro viagens com tais comprimentos, com potência máxima de
cruzeiro, 2 pilotos e 2 passageiros, sem precisar reabastecer. Você pode nunca precisar do
alcance máximo de 961 milhas náuticas, mas isto vai lhe ajudar a ganhar tempo entre viagens
com uma redução de tempo em alguns minutos.
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ESPECIFICAÇÕES DO C90A
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Figura 1.5 – Portas de Entrada e de Emergência
A porta de saída de emergência está localizada na terceira janela da cabine do lado direito da
fuselagem. Uma placa na janela dá as informações para se ter acesso ao mecanismo de liberação.
A saída de emergência é liberada a partir do interior do avião, através de dois ganchos e um botão
e uma maçaneta do tipo “Puxar”, que libera a trava. Uma placa na cobertura da saída de
emergência lista a informação necessária para sua abertura.
Uma trava de pressão previne que a porta seja aberta quando a cabine estiver pressurizada. Se
pressurizada, puxando os ganchos libera-se a trava da pressão e permite que o botão seja
pressionado. Este libera a maçaneta de desengate do trinco. Quando a maçaneta for puxada para
cima e os trincos de segurança forem liberados, uma dobradiça na parte inferior permite que a
porta seja liberada para fora e para baixo, abrindo totalmente a saída de emergência.
Um cabo envolvido em material plástico proporciona um suporte para a porta de entrada na
posição aberta e serve para estabilizar o peso na porta quando os passageiros estiverem entrando
ou saindo da aeronave. Há também um corrimão para os passageiros, além de um meio de se
fechar a porta pelo lado de dentro da aeronave.
Um amortecedor hidráulico permite com que a porta desça gradualmente durante sua abertura. É
importante que, não mais do que uma pessoa esteja no degrau da porta ao mesmo tempo pois
um peso excessivo poderia causar um dano estrutural para a porta.
Uma opção disponível só no modelo C90B é uma dupla de cabos tensores para o suporte da porta
na escada de entrada (Figura 1.6).
O cabo é ajustável e torna fácil sua desmontagem a fim de proporcionar mais espaço a grandes
carregamentos no avião.
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MECANISMO DA TRAVA DA PORTA
O mecanismo de travamento da porta (Figura 1.5) é operado por duas maçanetas colocadas
verticalmente, uma pelo lado de dentro e outra pelo lado de fora da porta. As maçanetas, interior
e exterior, são interligadas mecanicamente. Quando uma delas é girada na direção mostrada na
placa de instruções, dois parafusos de trava, uma em cada lado da porta, e dois ganchos de trava
no topo da porta, travam a porta à sua estrutura de sustentação. Um botão adjacente a maçaneta
da porta, deve ser pressionado antes da maçaneta ser girada para abrir a porta. Para maior
segurança da aeronave no solo, a porta pode ser trancada com uma chave.
Para assegurar o fechamento da porta pelo lado de dentro, gire a maçaneta no sentido horário,
até ela tocar no batente. O botão de alívio deve saltar para fora, liberando a trava da porta, e a
maçaneta deve estar no ponto mais baixo. Verifique a segurança no fechamento da porta tentando
rodar a maçaneta de abertura sem pressionar o botão. A maçaneta não deverá se mover.
Cheque quanto a segurança da porta girando a maçaneta no sentido anti-horário sem pressionar
o botão de alívio. A maçaneta não deve se mover. Assegure-se de que a trava de segurança esteja
na posição ao redor do eixo do diafragma quando a maçaneta estiver na posição travada. Para
confirmar a segurança desta área, pressione a chave vermelha perto da janela que ilumina uma
lâmpada do lado de dentro da porta. Se o braço estiver posicionado adequadamente ao redor do
eixo, cheque a indicação de cada orifício de inspeção visual, localizados perto de cada canto da
porta. Confirme se a linha verde pintada no parafuso da trava está alinhada com o ponto preto do
orifício de inspeção visual.
AVISO
Nunca tente destravar ou verificar a segurança da porta em vôo. Se a luz “CABIN DOOR” acender
durante o vôo, ou se o piloto tiver alguma razão para suspeitar de que a porta não esteja
seguramente travada, a pressão interna na cabine deve ser reduzida a zero e todos os ocupantes
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devem ser instruídos a permanecerem sentados e com os seus cintos de segurança apertados.
Depois que o avião tiver seguramente pousado, somente um membro da tripulação é que poderá
verificar a segurança da porta.
A porta do bagageiro é fixada na parte superior para permitir que abra para cima. Uma alavanca
da porta com um botão de liberação, ativa três parafusos de trava do tipo “baioneta” que, quando
travados, vão assegurar a porta na posição fechada. Quando a porta deste compartimento não
estiver bem fechada, uma chave no parafuso da trava dianteiro vai fechar e a luz “BAG DOOR
OPEN” irá acender no painel de alarmes.
Em adição, a porta está equipada com um trinco secundário de segurança para segurar a porta
na posição parcialmente fechada, caso ocorra de que o primeiro parafuso de engate principal do
parafuso não seja travado corretamente.
Um botão do tipo “push”, adjacente à maçaneta da porta, irá impedir que a porta abra
inadvertidamente.
Para maior segurança da aeronave no solo, a porta do compartimento de bagagem do nariz pode
ter um trinco de trava com uma chave.
COMPARTIMENTOS DA CABINE
O interior da cabine pressurizada ou “vazo de pressão” (Figura 1.8) consiste na cabine de
pilotagem, área de assentos de passageiros e uma área traseira de bagagens. A cabine de
comando contém dois assentos lado a lado para o piloto e o co-piloto. Tipicamente para emprego
de vôos corporativos, a cabine de passageiros é arranjada para um total de cinco passageiros.
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A área do lavatório está localizada no compartimento traseiro da aeronave, com um assento
estofado, que pode ser usado como assento de um sexto passageiro.
Outra área mais atrás, definida como área do bagageiro, também pressurizada, tem uma
capacidade de 53,5 pés cúbicos e serve para acomodar carga, bagagens ou vestuário (tudo
ficando acessível em vôo). A localização da área de bagagem perto da porta de entrada e saída
torna o carregamento e o descarregamento muito mais fácil.
Em caso de operação especial, todos os itens, tais como bancos, paredes, divisórias e lavatórios
podem ser rapidamente removidos para uma configuração de aeronave para transporte de carga.
CABINE DE COMANDO
O arranjo interno da cabine de comando tem um desenho otimizado pelo tempo, trazendo mais
eficiência e conforto a tripulação (Figura 1.9). O piloto e o co-piloto se sentam em poltronas
individuais, lado a lado, separados pelo controle do pedestal. Os assentos são ajustáveis
verticalmente e longitudinalmente. Cintos de segurança individuais, tipo “arreios” captam os
movimentos de inércia e são atuados com travamentos sob movimentos bruscos. A configuração
geral da cabine de comando mostra a localização dos instrumentos e controles. Comandos e
controles duplos convencionais tal que a aeronave possa ser comandada tanto pelo piloto como
pelo co-piloto. Os controles e instrumentos são organizados convenientemente do lado esquerdo
da cabine, a fim de proporcionar a operação de um único piloto e instrumentos duplicados, no lado
direito, para a operação de um segundo tripulante, o co-piloto.
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Figura 1.9 – Cabine de Comando
O painel de controle do combustível (Figura 1.10) está localizado no lado esquerdo, próximo ao
piloto. Contém os controles da quantidade de combustível, interruptores, válvula da parede de
fogo do motor (firewall), interruptor de alimentação cruzada e disjuntores.
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O painel de aviônicos, no centro, contém os instrumentos dos rádios de comunicação (Comm1 e
Comm2), rádios de navegação (ADF, VOR, Transponder) e a unidade de radar meteorológico.
No painel inferior central está o pedestal e o quadrante de controles de motor (Figura 1.12),
contendo a alavanca dos flapes, botões dos compensadores do aileron e do leme de direção,
controles de pressurização, diretor de vôo, sistema de piloto automático e disjuntores de carga
elevada, todos montados neste pedestal. No painel do lado direito (Figura 1.12), próximo ao co-
piloto está o painel principal dos disjuntores/fusíveis e dos instrumentos do motor movidos por
corrente alternada. É aí onde se encontra a maioria dos disjuntores do circuito elétrico da
aeronave.
Logo abaixo do painel de instrumentos está o painel inferior do piloto, à esquerda e o painel inferior
do co-piloto, à direita (Figura 1.13). Controles dos sistemas da aeronave, chaves dos motores,
chaves principais, controles do trem de pouso, mostradores de pressão pneumática, de sucção e
pressão de oxigênio estão localizados neste painel inferior. A alavanca de fonte de ar estático está
montada logo abaixo do mostrador de pressão de oxigênio.
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Obs.: Uma descrição mais detalhada dos instrumentos encontrados nesse painel será mostrado
no final deste capítulo.
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PAINEL SUPERIOR
Na área do topo, entre o piloto e o co-piloto está localizado o painel superior (Figura 1.16). Aqui
estão os controles das luzes internas e externas tipo reostatos variáveis, de controle das luzes
dos instrumentos e da cabine de comando, luzes convenientes para ambos os tripulantes.
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Também há o controle de limpeza do pára-brisa, o gerador de tensão de carga, o indicador de
amperagem do sistema de degelo e a luz de acompanhamento do inversor. Certas limitações
operacionais também serão sinalizadas neste painel.
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16. Indicador de Rotação de Hélice (RPM x 100)
17. Indicador da Rotação da Turbina (RPM N1%)
18. Indicador de Consumo Horário (PPH x 100)
19. Indicador de Temperatura e Pressão do Óleo
20. Transponder (Dual Collins TDR-94s)
21. Rádio VOR 1 (Collins VIR-32s)
22. Rádio COMM 1 (Collins VHF-22As)
23. Seletor de Rádio COMM 1 / COMM 2
24. Painel “Master Warning”
25. Sistema de Compasso e Giro Slaving
26. Radar Collins WXR 270 ND
27. GPS IFR (Bendix KLN90B)
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1) INDICADOR DE TEMPERATURA INTERTURBINAS (ITT) - Indica a temperatura dos gases em
exaustão entre as turbinas do compressor e de potência, em ºC. Cada instrumento é conectado
aos “thermocouples”, situados nos geradores de gases, entre as rodas das turbinas.
2) INDICADOR DE TORQUE – Fornece a indicação de torque, em “libras”, pela medição de
pressão do torque do motor e da caixa de engrenagens e redução.
3) INDICADOR DE RPM DA HÉLICE (N2) – É alimentado eletricamente pelo taco-gerador da
hélice.
4) INDICADOR DE ROTAÇÃO DA TURBINA DO COMPRESSOR (N1) - Indica a porcentagem de
rotação da turbina do compressor. É eletricamente alimentado pelo taco-gerador de N1 (caixa de
acessórios do motor). Cada instrumento está interligado ao gerador de tacômetro do respectivo
motor.
5) INDICADOR DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL (Fuel Flow) - Indica o fluxo de combustível
consumido pelo motor, em libras por hora. Indicam a razão do fluxo de combustível consumido,
medidas pelas unidades acopladas nas linhas de fonte do combustível dos respectivos motores.
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6) INDICADOR DE PRESSÃO E TEMPERATURA DO ÓLEO (indicador duplo) - Têm dupla
função, indicar pressão de óleo, em PSI (lb/pol²) e temperatura do óleo, em ºC. Os sensores são
alimentados eletricamente. Uma unidade térmica tipo sensor detecte a temperatura do óleo,
enquanto que uma bomba de pressão mede a pressão. Cada instrumento é conectado aos
transmissores de pressão e temperatura, instalados nos seus respectivos motores.
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AMARRAÇÕES EXTERNAS PARA A SEGURANÇA DO AVIÃO
Quando o avião estiver estacionado ao relento ou durante ventos fortes, ele deve ser amarrado
seguramente com coberturas de proteção externa (figura abaixo). Coloque os calços dianteiro e
traseiro nas rodas do trem principal e nas rodas do trem de nariz. Em condições severas o freio
de estacionamento deve ser colocado. Usando os pontos de amarração da aeronave, amarre a
aeronave com correntes ou cordas. Instale as travas das superfícies de controle e assegure que
os flapes estão colocados para cima. Prenda as hélices com as proteções apropriadas (lâmina
para baixo), para prevenir que rode com a força do vento. Esta aeronave tem as hélices livres e
que podem ser danificadas se não estiverem presas. As engrenagens e os mancais do motor
quando acionados sem lubrificação podem ser danificados.
As amarras poderão ser inseridas no trem dianteiro, trem principal, asas e fuselagem. Em
condições severas, esta amarração deve ser usada.
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Este avião tem cabos elétricos e conectores nos sistemas das hélices, que podem ser danificados
se não forem protegido. Quando houver ventos com poeira ou chuva, instale a capa protetora do
tubo de Pitot, bem como a capa de proteção do escapamento do motor.
TAXIANDO
O raio de curva no solo são creditados ao uso da ação parcial do freio, força diferencial e a curva
total da roda do nariz na direção do giro da bequilha.
O travamento do freio interno, se não usado com cautela, pode causar um dano irreversível no
pneu ou na estrutura. Ao girar a aeronave, se a asa estiver livre de obstáculos, a empenagem
também vai estar. O raio mínimo de giro da ponta da asa é de 35’ 6” (10,82 metros). Enquanto
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girando, o piloto deve assegurar que o estabilizador vertical não irá bater em nada pois sua área
de rolagem mínima do cone de cauda é de 14’ 3” (4,34 metros).
Quando estiver taxiando, dando partida nos motores ou aquecendo os mesmos, existe uma área
diretamente ao redor e atrás dos motores onde o fluxo de vento das hélices pode ser perigoso
para pessoas, objetos ou aeronaves estacionadas.
Embora, muitas vezes, as velocidades e temperaturas não podem ser medidas com precisão, uma
razoável precaução deve ser tomada para evitar incidentes no interior destes nas zonas de perigo.
SERVIÇOS E MANUTENÇÃO
Na seção de “Handling, Servicing, and Maintenance”, no POH, é informado aos operadores, os
requisitos básicos e Avançados para a manutenção do King Air C90A e C90B, para que se consiga
mantê-lo em uma condição igual à de sua fabricação. Esta informação estabelece os prazos em
que o avião deve ser levado para uma manutenção preventiva e periódica em oficinas
homologadas.
Todos os limites, procedimentos, práticas de segurança, prazos, operações de manutenção e
exigências contidas no POH são obrigatórios. Esta seção do POH inclui um vasto material gráfico
que são aprovados recomendados para os serviços no avião (Figura abaixo). O "Calendário de
Lubrificação e Esquema Manutenção" listam e ilustram pontos de manutenção, e materiais
necessários.
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INSPEÇÃO PRÉ-VÔO
O processo de Inspeção Pré-vôo do POH foi dividida em cinco áreas, como mostrado na figura
abaixo.
A inspeção começa na cabine de vôo, prossegue pela parte esquerda do avião, e se move no
sentido horário em torno da aeronave, checando todos os componentes visuais.
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1. Painel Anunciador (Removido)
2. Interruptor do Microfone
3. Interruptor dos Aviônicos
4. Interruptor do Inversor
5. Tampa do interruptor
6. Interruptor da Bateria
7. Interruptor do Gerador 1
8. Interruptor do Gerador 2
9. Freio de Estacionamento
10. Interruptor de partida do motor esquerdo
11. Interruptor de partida do motor direito
12. Interruptor do embandeiramento automático
13. Interruptor de teste do governador de hélice
14. Interruptores dos boots - L & R (anti-gelo)
15. Interruptores do Anti-Ice - L & R
16. Interruptores de auto-ignição dos motores
17. Botão da ventilação para o Piloto
18. Botão de Exaustão de Ar
19. Interruptores das luzes de pouso - L & R
20. Interruptor da luz de Táxi
21. Interruptor da luz “Ice”
22. Interruptor da Luz de Navegação
23. Interruptor da luz Recognition
24. Interruptor do degelo no pára-brisa
25. Interruptor do degelo nas hélices
26. Interruptor Manual de degelo na hélice
27. Interruptor de degelo L & R Fuel Vent
28. Interruptor de degelo na superfície
29. Interruptor de degelo no aviso de Estol
30. Interruptor do aquecedor do Pitot - L & R
31. Alavanca de comando do trem de pouso
32. Interruptor da luz Beacon
33. Interruptor do Strobe Lights
34. Interruptor da luz da deriva (na cauda)
35. Luzes do Trem de Pouso
36. Interruptor do sincronizador de hélice
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1. Painel Anunciador (Removido)
2. Interruptor Coffee/Furn
3. Interruptor da Luz da Cabine
4. Interruptor da luz “Não Fume & FSB”
5. Interruptor de Temperatura Manual
6. Interruptor de ventilação
7. Interruptor de Temperatura da Cabine
8. Interruptor de ajuste de Temp. da cabine
9. Prop Amps (Degelo)
10. Interruptor das válvulas Bleed
11. Interruptor de teste do aviso de Estol
12. Interruptor de ventilação traseira
13. Interruptor de calor elétrico
14. Interruptor de aquecimento de ar na cabine
15. Interruptor de ventilação do Co-piloto
16. Indicador de pressão de sucção do Giro
17. Interruptor do microfone do Co-piloto
18. Indicador de pressão Pneumática
19. Indicador de Temperatura da cabine
20. Indicador do tempo de vôo
21. Indicador de pressão do oxigênio
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CAPÍTULO 2 - SISTEMA ELÉTRICO
GENERALIDADE
A seção de sistema elétrico apresenta uma descrição geral e funcionamento de seus
componentes. A localização, a finalidade dos interruptores, indicadores e disjuntores, correntes
DC e AC, geração e distribuição de energia. Também inclui algumas limitações, possíveis falhas,
sistemas e localização de componentes.
BATERIA E GERADOR
O King Air C90A/B tem um sistema elétrico com fonte de energia a 28 VDC, conduzindo a
polaridade negativa (*Ligação à Massa) pela estrutura do avião. A energia elétrica DC provê 34
amp/hr, suficiente para o funcionamento do sistema de ar condicionado. A bateria é do tipo níquel-
cádmio com 20 células (até o modelo LJ-1534) ou do tipo bateria selada de chumbo-ácido, de 42
amp/hr (LJ-1534 e após), e dois geradores de 250 amperes conectados em paralelo.
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SÍMBOLO BÁSICO DOS COMPONENTES ELÉTRICOS
INTERRUPTORES
Os Interruptores foram projetados especificamente para diversos fins, devem ser usados em todos
os circuitos elétricos. Um mau funcionamento de um interruptor seria perigoso. Tais interruptores
são de construção robusta e possuem capacidade de contato suficiente para interromper, fechar
e conduzir continuamente a carga e à corrente. Os do tipo “ação por mola” são, geralmente
preferidos, por se obter abertura e fechamento mais rápidos, sem considerar a velocidade de
operação do dispositivo, o que, conseqüentemente, diminui o centelhamento dos contatos.
O valor da corrente nominal dos interruptores convencionais está geralmente estampado em seu
alojamento. São valores que representam a corrente de trabalho com os contatos fechados. Os
interruptores devem ter capacidade nominal de corrente reduzida para os seguintes tipos de
circuitos:
1) Circuitos de Alta-Intensidade Inicial – Os circuitos que possuem lâmpadas incandescentes
podem puxar uma corrente inicial que seja 15 vezes maior do que a corrente de trabalho. A queima
ou fusão do contato pode ocorrer quando o interruptor estiver fechado.
2) Circuitos Indutivos - A energia magnética armazenada nas bobinas dos solenóides ou nos relés
é liberada, e aparecem sob forma de arco quando o interruptor estiver aberto.
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3) Motores - Os motores de corrente contínua puxarão diversas vezes sua corrente nominal de
trabalho durante a partida, e a energia magnética armazenada no seu rotor e nas bobinas de
campo, será liberada quando o interruptor de controle estiver aberto.
RELÉS
Os relés são usados como interruptores, onde se possa obter redução de peso ou simplificação
dos controles elétricos. Um relé é um interruptor operado eletricamente e, está, portanto, sujeito a
falhas sob condições de baixa voltagem no sistema. A apresentação anterior sobre os
interruptores é geralmente aplicável para os valores de contato dos relés.
Este avião utiliza um sistema de barramentos múltiplos. São cinco barras principais:
Interruptores localizados na cabine recebem energia a partir da barra central e da barra Triple-
Fed, e são identificados por um círculo branco (ao redor) do próprio interruptor.
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As cargas elétricas são divididas entre as referidas barras e alimentadas pelas barras do sistema
elétrico (Ver os gráficos em “Distribuição do Sistema de Alimentação”). Os equipamentos ligados
a estas barras são organizados sobre a barra de modo que todos os itens, com funções duplicadas
(como as luzes noturnas da direita e da esquerda) estejam conectadas a diferentes barras. Os
disjuntores sobre o alimentador ou sub-barra, são representados (no painel dos disjuntores) por
linhas brancas.
A tensão em cada barra pode ser monitorada por voltímetros (localizado no painel superior).
Selecione o voltímetro desejado utilizando o interruptor VOLTMETER BUS SELECT, adjacente
ao desejado. O sistema elétrico oferece uma proteção contra a perda de energia elétrica quando
ocorrer uma falha externa. O sensor de alta corrente (efeito Hall), os relés, a barra da bateria e os
limitadores de corrente servem para isolar uma possível falha na fonte de alimentação.
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O barramento do sistema elétrico foi projetado para fornecer múltiplas fontes de energia a todos
os circuitos internos.
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DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO – Parte 2/2
Quando o interruptor da bateria estiver ligado - ON, o relê da bateria e o relê da barra da bateria
se fecham, interligando e alimentando este circuito (figura 2.16). A carga da bateria será
encaminhada para a barra do Triple-Fed através do relê da bateria, e através do relê da barra da
bateria para a barra central, e assim, conseqüentemente, para ambos os relés de arranque,
também os fechando.
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Nesta situação, as barras dos geradores não estarão energizadas, pois seus respectivos relés
estão abertos, no entanto, a bateria estará disponível para permitir a partida do motor.
Depois que for dada partida e os motores estiverem funcionando normalmente, o interruptor do
gerador deverá ser mudada para a posição RESET. A unidade de controle do gerador (GCU) irá
reverter o gerador para criar tensão. Após, interruptor do gerador for levado para a posição ON,
teremos o respectivo gerador ligado na barra elétrica, fechando o circuito automaticamente. Esta
ação distribui energia limitada a 250 Ampères através do relê da barra do gerador e limita o
gerador na barra. O gerador de saída será, então, encaminhado à barra central para permitir o
carregamento da bateria. Em contra partida, a barra do gerador e a barra Triple-Fed serão
alimentadas pelo gerador, fornecendo uma carga de 28 VDC para as cinco principais barras do
avião (Figura 2.19). Quando os dois geradores estiverem em funcionamento, cada gerador
alimenta diretamente a sua barra, respectivamente.
As barras dos geradores, a barra quente da bateria e a bateria estarão ligadas à barra central. A
barra Triple-Fed é alimentada pela bateria e por cada barra dos geradores, através dos limitadores
de tensão (60 Ampères) e através dos diodos que fornecem a proteção e isolamento entre as
fontes de energia.
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Quando se instala um equipamento elétrico adicional que consome força elétrica adicional, a carga
elétrica total deverá ser seguramente controlada ou remanejada, dentro dos limites dos
componentes afetados no sistema de alimentação do avião.
Quando a carga elétrica total provável conectada excede os limites de carga de saída dos
geradores ou dos alternadores, a carga deverá ser reduzida para que não ocorra sobrecarga.
Quando uma bateria fizer parte do sistema de força elétrica, devemos nos certificar de que ela
está sendo continuamente carregada em vôo, exceto quando pequenas cargas intermitentes
estiverem ligadas, tais como um transmissor de rádio, um motor de trem de pouso, ou outros
aparelhos semelhantes, que podem solicitar cargas extras da bateria em curtos intervalos de
tempo.
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piloto. Os sensores do efeito Hall são unidirecionais. Só será sentido uma sobrecorrente na direção
da seta.
Dois interruptores localizados no painel inferior do piloto controlam o sistema do circuito do
barramento.
O primeiro interruptor (à esquerda) o BUS SENSE RESET - TEST, que sempre estará em NORM
(centro do botão), quando, momentaneamente, for chaveado para a posição TEST, será feito um
teste na tensão dos três sensores dos circuitos (figura 2.23). Esta tensão simula uma resultante
de alta corrente no circuito do relé. O estado natural dos interruptores de cada sensor sempre será
a posição OPEN (desenergizado/centro do botão), para os respectivos relês. Desse modo, ao abrir
o circuito dos relês, irá ativar o aviso luminoso no painel anunciador. Uma vez pressionado o botão
para a posição TEST, o circuito do barramento será fechado, impedindo seu fechamento
automático.
O tempo de reação do sensor é de, aproximadamente, 0.010 segundos para os sensores atuais
do gerador e 0.012 segundos para o sensor da corrente da bateria. Uma vez ativados, os relés
travam em OPEN, e o tempo de reação do sistema é limitado ao tempo da reação dos relés.
Conseqüentemente, somente uma ativação momentânea do interruptor de teste é exigida. A
ativação prolongada deste interruptor danificará ou destruirá os módulos do sensor e isso deve
ser evitado.
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A ativação momentânea do interruptor para RESET irá pôr o relê da bobina no circuito do
barramento, e após soltar o botão, permite energizar o circuito na barra central. A voltagem é
transferida para a linha da barra da bateria, fechando o relê do barramento. Quando uma alta
corrente for detectada pelos sensores, quando em RESET, somente uma ativação do interruptor
será desejada. Isso evita a soltura acidental do contato do relê e/ou operando a uma corrente de
250 Ampères limitada por uma falha externa da barra.
O segundo interruptor, no painel inferior do piloto, controla o sistema no circuito do barramento e
seus comandos são indicados por GEN TIES - MAN CLOSE - NORM - OPEN. Este interruptor
deve ser movido para o centro, para a posição OPEN. Este interruptor é carregada para MAN
CLOSE.
Somente o gerador do circuito do barramento pode ser aberto ou fechado manualmente pelo
interruptor. Fechar manualmente o relé do circuito da barra irá ligar o gerador à barra central e dar
carga a todo o sistema (figura 2.17). Colocando-se momentaneamente o interruptor na posição
CLOSE aplica-se voltagem no circuito do barramento, fechando o relê, completando o circuito e
ativando o sinal luminoso MAN TIES CLOSE, fechando o relé do barramento. O travamento do
circuito se completa quando os contatos dos relês estiverem todos fechados, e os geradores no
circuito das barras.
Um relê na linha da barra não poderá ser fechado manualmente quando houver uma falha no
sistema, pela abertura do circuito. O interruptor do BUS SENSE deverá ser momentaneamente
redefinido para a posição RESET, para restaurar o fechamento do relê.
41
Quando a ligação do gerador estiver fechada, o interruptor GEN TIES pode abrir a ligação do
gerador no circuito da barra, quanto determinados procedimentos normais ou anormais podem
acontecer.
Quando o interruptor GEN TIES estiver posicionado em OPEN, a fonte externa é removida do
circuito do relé, permitindo que o relê fique aberto.
ISOLAMENTO DE BARRAS
O isolamento das barras é uma das características do sistema elétrico multi-barras. As duas barras
dos geradores e a barra central são protegidas por sensores de alta corrente (efeito Hall). Em caso
de corrente excessiva em uma das barras, os sensores irão isolar a barra afetada, pela abertura
do circuito no barramento, permitindo assim que as demais barras continuem funcionando no
sistema.
Durante uma partida de motor com os geradores cruzados, o sensor de alta corrente e os
limitadores de corrente são contornados pelo relé de partida cruzada, a fim de permitir que a alta
corrente flua em direção ao arranque do gerador sem causar uma abertura no circuito da barra. A
partida pela bateria é encaminhada pela linha do circuito, o que estará desenergizado durante o
arranque.
Um limitador de corrente atuando a 250 ampères (após, abertura do fusível) está localizado entre
o circuito e cada uma das barras dos geradores. Uma vez detectado uma corrente alta na linha
(efeito Hall), somente em uma direção, os limitadores fornecerão proteção na direção oposta. Se
uma situação de sobrecarga fizer com que um limitador abra, ele irá causar um isolamento da
barra.
Uma proteção de corrente para a barra Triple-Fed é fornecida exclusivamente por limitadores de
60 ampères. O isolamento da barra Triple-Fed somente poderá ocorrer quando os três limitadores
estiverem abertos.
Um exemplo típico de uma isolação da barra refere-se à figura 2.25 (barra do gerador), figura 2.26
(barra central) e figura 2.27 (barra Triple-Fed).
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CARGAS ELÉTRICAS DESPREZADAS
O descarregamento de carga elétrica é outra característica altamente benéfica do sistema elétrico
tipo multi-barras. O sistema elétrico removerá automaticamente as cargas adicionais (no
barramento do gerador), quando a fonte de energia estiver reduzida somente à bateria. Quando
ambos os geradores estiverem desligados ou fora da linha, as ligações destes geradores estarão
abertas, e as cargas das barras dos geradores serão desprezadas (figura 2.24).
45
A bateria continuará a ser o centro de alimentação da Triple-fed e da barra quente da bateria.
Caso seja necessário, a carga das barras dos geradores poderá ser restaurada fechando-se os
relés dos geradores manualmente movendo o interruptor para a posição GEN TIES (figura 2.17).
Quando houver o descarregamento de cargas durante o vôo, pouse a aeronave assim que
possível, a menos que a situação possa ser remediada e pelo menos um gerador possa ser
restaurado e entrar na linha.
AVISO
Em vôo, a interrupção das ligações do circuito de um gerador com uma perda em ambos os
geradores fará com que a bateria seja descarregada em uma razão muito mais rápida. Nesta
situação se faz necessário ter que interromper as ligações que os geradores o fazem com as
barras o mais rápido possível. Os relés devem ser abertos o quanto antes para que a bateria possa
ser preservada. Se não existir Nenhum gerador operando em vôo, a bateria não terá como ser
carregada durante o vôo. A aeronave deve pousar assim que possível.
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BATERIA
A bateria de níquel-cádmio (Ni-Cad) está localizada na seção central da asa direita, em uma caixa
refrigerada a ar (figura 2.7). O relé da bateria monitora a mudança de carga e a válvula termostática
de ar refrigerado estão montados no compartimento da bateria, imediatamente à frente da bateria.
A potência da barra elétrica principal é distribuída da bateria através do relê da bateria e da ligação
no circuito, onde é controlado pelo interruptor BAT-ON-OFF, localizado no painel inferior esquerdo
do piloto.
A barra quente da bateria fornece potência direta a alguns sistemas do avião (figura 2.15). Este
sistema pode ser operado sem que seja necessário girar o interruptor de bateria para ON.
Entretanto, deve ser tomada medida de precaução para assegurar que a utilização deste sistema
seja mínima quando os geradores estiverem inoperantes e/ou quando o avião estiver no solo, com
motores desligados, a fim de impedir a descarga excessiva da bateria.
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A caixa da bateria tipo chumbo-ácido não é refrigerada a ar e não inclui derivação, monitoração
de carga e válvula termostática de ar refrigerado. Um monitor de sistema da carga da bateria
(anterior ao LJ-1534) adverte ao piloto a taxa da carga da bateria. O sistema é deficiente nos
aviões que foram convertidos para uma bateria de chumbo-ácido. O aviso BATTERY CHARGE,
no painel de advertência, se ilumina quando a carga ultrapassar 7 amperes, por 6 ou mais
segundos, indicando uma taxa excessiva de carga.
O aviso BATTERY CHARGE, também poderá ocasionalmente se iluminar, em curtos intervalos
de tempo, quando determinados componentes elétricos, pesados, estiverem em operação. Por
exemplo, quando ligamos um motor usando a bateria interna, a carga da corrente da bateria estará
muito elevada, causando o aparecimento do aviso luminoso BATTERY CHARGE, fornecendo um
teste rápido e automático no sistema de monitoramento da bateria.
Quando a bateria se aproximar de uma carga máxima, a carga na corrente irá diminuir a um nível
satisfatório.
O sinal luminoso se extinguirá. Isto ocorre normalmente dentro de alguns minutos após o início do
funcionamento do motor, mas pode demorar muito mais, caso a bateria esteja com níveis de carga
muito baixa, baixa tensão de carga por célula (bateria com 20 células) ou baixa temperatura da
bateria.
A bateria do tipo níquel-cádmio (alcalina) são as de melhor uso, devido a grandes vantagens em
relação à de chumbo-ácido tais como, pequeno tempo de recarga, de excelente confiabilidade e
boa capacidade de partida. Quando a bateria de chumbo-ácido estiver sendo carregada, é
produzida certa quantidade de hidrogênio e oxigênio. Como se trata de uma combinação de gases
explosiva é importante adotar medidas de prevenção contra ignição desta mistura. É importante
que se observe bem o sistema de ventilação adequado para a bateria do avião, isso em função
dos gases provenientes das reações químicas internas inerentes a bateria e a própria temperatura
da mesma. A bateria ácida possui eletrólitos e gases extremamente corrosivos.
Baterias de níquel-cádmio e chumbo-ácido são normalmente intercambiáveis. Quando
substituindo uma bateria ácida por níquel-cádmio, o compartimento da bateria deve ser limpo e
enxugado, e precisa estar livre de qualquer resíduo de ácido da antiga bateria. O compartimento
deve ser lavado e neutralizado com amônia ou solução de ácido bórico, e após completamente
seco, ser pintado com um verniz resistente aos álcalis.
STARTER GERADOR
Este sistema consiste de uma única unidade com dois propósitos (figura 2.8). É usada como motor
de partida – para ligar o motor durante a partida inicial e como um gerador de energia – para
fornecer corrente elétrica. Um acionador de partida é usado durante a operação da partida do
motor e um sistema de derivação é usado durante a operação do gerador. O campo de derivação
no gerador é deficiente quando o acionador de partida é ativado pelo próprio interruptor de partida.
A saída regulada do gerador é 28.25 volts ±0.25 com uma carga máxima contínua de 250
ampères.
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Além de acionador de partida/gerador, o sistema gerador consiste de interruptores de controles,
unidades de controle de gerador (GCU), contactores de linha e instrumento medidor de Carga.
A força para fazer funcionar o motor de partida provém da carga da bateria, ou da carga do gerador
do outro motor, já em operação, por meio de uma partida cruzada. O ciclo de partida é controlado
pelo interruptor de partida do tipo “três posições”, um interruptor para cada motor, com seus
comandos indicados por IGNITION AND ENGINE START - LEFT - RIGHT - ON - OFF - STARTER
ONLY, e que ficam localizados do painel inferior do piloto (figura 2.3A).
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Selecionando o interruptor de partida no modo STARTER ou no modo ON, será acionado o motor
de partida, incapacitando a função de geração de energia. A seção do motor de partida está
localizada na caixa de engrenagens e acessórios do motor.
Durante a partida do motor, a bateria é conectada ao motor de partida através do relé de partida.
Com um dos motores já em operação, e seu gerador na linha, o motor oposto pode ser ignitado
através da bateria ou do gerador em funcionamento por meio de uma partida cruzada, usando o
relé de partida cruzada. Isto é conhecido como “partida cruzada”. Normalmente é dada partida em
um motor através da força individual da bateria e no segundo motor a partida será cruzada.
Durante uma partida cruzada (figura 2.20), o painel de controle do sistema de geração de energia,
fecha o relê de partida cruzada, desviando-se da barra do gerador, limitando a corrente e ligando
o relê na barra. Isto assegura uma limitação na corrente de 250 ampères, não abrindo o circuito
devido a impulsos transientes – desde que o gerador forneça a corrente exigida para a partida
normal.
Quando o acionador de partida for selecionado, os sensores no circuito do barramento serão
deficientes, impedindo que abram os relés das respectivas barras.
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CUIDADO
Nunca exceda a partida do motor em 40 segundos ON, 1 minuto OFF, 40 segundos ON, 1 minuto
OFF, 40 segundos ON, 30 minutos OFF.
GERADOR DE CORRENTE DC
As fases de operação de um gerador são controladas por seus respectivos interruptores, situados
no painel inferior esquerdo do piloto, ao lado do interruptor BAT, sob o interruptor MASTER
SWITCH (figura 2.3A). Os interruptores dos geradores têm as posições OFF – ON – RESET. O
sistema de geração de energia é super excitado e, por isso, não exige corrente elétrica do sistema
elétrico para sua operação.
As unidades de controle de carga elétrica nos geradores GGUs, foram projetadas para controlar
e compartilhar as suas cargas em variação de 2,5% na corrente.
As GCUs têm as seguintes funções:
• Regulador de tensão na linha e controle do contactor.
• Proteção a sobre-tensão e excitação.
• Paralelização e distribuição de cargas.
• Proteção de carga reversa.
• Ativação transversal do relé de partida.
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REGULADOR DE VOLTAGEM E CONTROLE DO CONTACTOR EM LINHA
Os geradores são regulados normalmente para 28,25 ± 0,25 VDC. Quando o interruptor do
controle do gerador for movido para a posição RESET, uma tensão residual é aplicada ao campo
de derivação do GCU causando uma tensão na saída do gerador. Quando o interruptor for movido
para a posição ON, o circuito do regulador de 28 volts entra na linha, controlando o campo da
derivação do gerador, mantendo uma tensão constante na saída da voltagem do gerador. A tensão
do circuito no regulador varia com a excitação do campo da derivação, o necessário para manter
uma saída constante de 28 volts no gerador para todas as condições avaliadas de velocidade, de
carga e de temperatura no gerador.
Quando o interruptor do gerador for posto na posição ON, a tensão do gerador é aplicada ao GCU
a fim de permitir o controle no circuito de controle do contactor. O GCU compara a tensão da saída
do gerador com a tensão do barramento. Se a tensão da saída do gerador estiver perto de 0,5
volts da tensão da barra, o GCU emite um sinal à linha do contactor, fechando e conectando o
gerador à barra da aeronave (figura 2.21), fechando ambos os geradores para conectar a barra
central e as barras do gerador. Isto permite que o gerador recarregue a bateria do avião e reponha
todas as cargas elétricas das barras.
Durante a operação de um único gerador, o GCU abre a linha do contactor, isolando o gerador
inoperante de sua barra.
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PROTEÇÃO DE SOBRE-VOLTAGEM E SOBRE-EXCITAÇÃO
O GCU fornece a proteção da sobre-tensão impedindo que um excesso de tensão do gerador seja
aplicado aos equipamentos do avião. Se uma saída de corrente no gerador exceder a voltagem
máxima permissível, 32 volts, os circuitos do sobre-excitação do GCU irão detectar esta sobre-
tensão e saberá que o gerador está produzindo uma saída excessiva de tensão, tentando absorver
todas as cargas elétricas do avião. O circuito do sobre-excitação do GCU irá, então, desconectar
o gerador do sistema elétrico.
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A “Corrente Alternada”, para os equipamentos de aviônicos e os instrumentos AC, são fornecidos
por dois inversores (figura 2.9). Qualquer interruptor pode ser usado pelo piloto através do seletor
do inversor. Cada inversor fornece dois níveis de voltagens, um a 115 volts/400 hertz (para a
aviônicos) e outro de 26 volts/400 hertz (para equipamentos e instrumentos aplicáveis ao motor).
A saída padrão do inversor é regulada a 250 volt/amp. Um inversor opcional é regulado a 300
volt/amp.
Os inversores estão instalados nas asas, imediatamente no exterior de cada nacele. A operação
dos inversores é controlada pelo interruptor INVERTER NO.1 - OFF – NO.2, selecionado no painel
inferior esquerdo do piloto. A seleção de um ou outro inversor atua no respectivo relê a fim de
fornecer alimentação DC. Um relê selecionado pelo inversor fornece permite ao inversor fornecer
corrente de 26 VAC aos aviônicos e instrumento, e 115 VAC aos aviônicos e o painel de teste. O
relé seletor do inversor será energizado quando o inversor Nº 1 for selecionado. Será
desenergizado quando o interruptor do inversor for selecionado para a posição Nº 2 ou posição
OFF.
Fontes duplas de força DC são fornecidas por cada inversor. O relé seletor de corrente de cada
inversor é selecionado automaticamente para fornecer corrente ao inversor da barra do gerador
adjacente ou à barra central, caso a barra do gerador seja desenergizada (figuras 2.10, 2.11, e
2.12).
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Quando a carga da bateria for aplicada à barra central, antes da partida do motor (figura 2.16), a
corrente do inversor é distribuída através do disjuntor e normalmente os contatos estarão fechados
pelos relés dos inversores, podendo-se selecionar o relé de corrente de cada inversor.
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Quando as barras dos geradores estiverem ligadas (figura 2.21), a tensão é distribuída igualmente
através de um disjuntor, localizado sobre o painel de disjuntor do co-piloto, à bobina de cada
inversor para selecionar o relé, causando a inversão na barra do gerador.
Durante a operação normal, o relê energiza a barra do inversor fornecendo energia à barra do
gerador.
Se ocorrer uma falha que interrompa a carga dessa barra, o relê da barra será desenergizada e a
carga de entrada no inversor será fornecida pela barra central, impossibilitando a possível perda
do inversor devido a uma falha na barra do gerador.
A carga inadequada na saída do inversor é indicada pela iluminação do sinal INVERTER, no painel
de advertência. Isto pode acontecer devido à perda de entrada de carga ou falha no inversor.
Outras indicações da perda do inversor seriam comportamento errôneo do instrumento (de
torque), perda de corrente alternada ou perda do instrumento de aviônicos (corrente AC).
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Durante o uso dos inversores (após a partida e táxi), ambos devem devem ser verificados para
ver se há:
Usando o medidor de freqüência volt/AC:
• 115 VAC.
• 400 HZ.
• Luz do sinal luminoso do inversor apagado.
Quando os inversores estiverem ciclando, verifique os medidores de freqüência volt/AC em “zero”
e a luz do sinal luminoso apagado quando o interruptor estiver no centro, posição OFF.
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Se o sinal luminoso EXT PWR estiver piscando e a unidade de fonte externa estiver conectada,
então umas das três circunstâncias seguintes poderão existir:
• O interruptor EXT PWR está na posição OFF.
• A voltagem do EXT PWR está baixa.
• A tensão do EXT PWR está demasiadamente elevada.
A tensão da fonte externa pode ser monitorada por certo tempo, mesmo antes de ligar o interruptor
EXT PWR no painel inferior esquerdo do piloto para ON, girando o interruptor para a posição
VOLTMETER BUS SELECT, no painel superior (figura 2.3C) para a posição de leitura de voltagem
da EXT PWR, no instrumento de voltímetro.
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Um sensor de alta voltagem travará por fora do relé da fonte externa caso a voltagem da fonte
externa estiver acima de 31 ± 0.5 volts DC.
Quando o interruptor EXT PWR ON / OFF – RESET estiver na posição ON, o relê de fonte externa
se fecha. Com o ingresso da fonte externa nas barras do avião, os relés esquerdos e direitos das
barras dos geradores se fecham, permitindo energizar todos os circuitos das barras do sistema
elétrico do avião. Conseqüentemente, o sistema elétrico inteiro pode ser operado.
Observe as seguintes precauções ao usar uma fonte de energia externa:
CUIDADO
DISJUNTORES
Ambas as alimentações de correntes AC e DC são distribuídas ao vários sistemas através de dois
painéis de disjuntores separados que protegem a maioria dos componentes no avião. O painel
menor é localizado abaixo do painel de gerenciamento de combustível, à esquerda do piloto (figura
2.6). O painel maior é posicionado à direita do co-piloto. Cada um dos disjuntores tem sua
capacidade de amperagem impressa.
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Ainda há um modelo diferente de um painel de disjuntores menor, localizado na parte mais baixa
do painel de combustível, contém os disjuntores para o sistema de combustível nas aeronaves LJ-
1361, LJ-1363 e após (figura 2-6A).
O painel de disjuntor maior é posicionado no lado direito do co-piloto (figura 2.6B). Este painel
contém os disjuntores para os sistemas elétricos restantes, que incluem sistemas relacionados
aos motores, todos os componentes de aviônicos, sistema ambiental, luzes, sistemas de alarme
de sinal luminoso, e demais sistemas. Os disjuntores para o sistema de distribuição de energia
elétrica são situados igualmente neste painel.
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Os procedimentos para disjuntores que abrem, e outros avisos de sistema elétrico relacionados,
podem ser encontrados na seção “Emergência” do POH. Se um disjuntor não essencial, em
qualquer um dos dois painéis de disjuntores, quando em vôo, não abrir, pode causar dano ao
componente ou ao sistema.
Se um disjuntor essencial do sistema abrir, espere 30 segundos para restaurá-los. Se abrir
novamente, não tente restaurá-lo outra vez. Tome a ação corretiva de acordo com os
procedimentos na seção “Emergência” de seu POH.
Se todos os equipamentos de aviônicos sairem fora do circuito, mas seus disjuntores não abrirem,
o problema pode estar no interruptor AVIONICS MASTER. Este interruptor pode ser contornado,
e seus rádios retornados ao serviço, bastando puxar o disjuntor do circuito do AVIONICS MASTER
no painel de disjuntores do co-piloto.
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CAPÍTULO 3 - SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
GENERALIDADES
O sistema de iluminação consiste na iluminação interna e externa da aeronave, controlados por
interruptores diretos do painel de comando.
A iluminação interna consiste na iluminação para instrumentos, cabine de comando, cabine de
passageiros, luzes de leitura, luzes de avisos, luzes indicadoras, luzes de entrada e saída (na
porta) e luzes da área de bagagens.
A iluminação externa consiste das luzes de navegação, de pouso, de táxi, anti-colisão, faróis
rotativos, luzes de desembarque, ice lights e luzes de reconhecimento.
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O sistema de luz de inspeção da asa (também chamada de luzes de gelo da asa) consiste de uma
luz de 100 watts faciada no lado externo de cada nacele à frente da asa. Essas luzes permitem a
detecção visual da formação de gelo nos bordos de ataque da asa durante o vôo noturno.
Elas também são usadas freqüentemente como projetores durante os serviços gerais no solo.
Geralmente, são controladas por um relé através de um interruptor de alavanca liga/desliga na
cabine de comando.
Alguns sistemas de luz de inspeção da asa podem incluir ou serem suplementados por luzes
adicionais, algumas vezes chamadas de luzes da nacele, que iluminam áreas adjacentes, tais
como os flapes da capota ou o trem de pouso. Estas são normalmente do mesmo tipo de luzes, e
podem ser controladas pelos mesmos circuitos.
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Constituição dos Interruptores do Painel de Iluminação
1. MASTER PANEL LIGHTS – Interruptor principal que serve para ligar ou desligar o comando
das luzes do painel do piloto e co-piloto;
2. PILOT FLIGHT INSTR – Luzes do painel do piloto.
3. ENGINE INSTR – Luzes dos instrumentos do motor.
4. AVIONICS PANEL – Luzes dos aviônicos.
5. OVHD PED & SUBPANEL – Luzes do pedestal e do sub-painel do piloto e co-piloto.
6. SIDE PANEL – Luz do painel dos disjuntores.
7. COPILOT GYRO INSTR –
8. COPILOT FLIGHT INSTR – Luzes do painel do co-piloto.
9. OVERHEAD FLOOD – Luzes do painel superior.
10. INSTRUMENT INDIRECT – Luzes indiretas do painel de comando – Piloto e co-piloto.
Obs.: As luzes de iluminação indireta de mapa (gerais) são controladas por interruptores tipo
reostatos, montados no painel superior.
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Uma luz na porta (hot-wired) é instalada no lado esquerdo da entrada, ao nível do assoalho.
Luzes na escadaria da porta (opcional), também podem ser instaladas. Estas luzes compartilham
dos mesmos controles, um tipo de interruptor na corrediça (figura 3-3) montado junto à luz da porta
e a um micro-interruptor montado na fechadura da porta. Sempre que o interruptor de corrediça
estiver na posição ON, a porta estará aberta, a luz acenderá quando a porta for fechada e travada
completamente.
Um microswitch na fechadura da porta irá desligar as luzes mesmo que seu interruptor tenha
ficado na posição ON.
Obs.: A luz da porta de embarque e desembarque não irá se apagar simplesmente quando estiver
fechada, mas sim se tiver integralmente na posição travada.
Quando a bateria estiver na posição ON, a luz de leitura individual dos passageiros, na parte
superior da cabine, pode ser ligada ou desligada pelos passageiros, por botões independentes
para cada luz.
A luz no compartimento de bagagens pode ser ligada ou desligada pelo botão adjacente do
interruptor principal da bateria. Esta luz está ligada à barra quente da bateria.
LUZES EXTERIORES
Formado pelas luzes de pouso, de táxi, wing ice, de navegação, de reconhecimento (recog),
rotation beacons, de ponta de asa e de iluminação da deriva (tail flood), seus controles estão
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localizados no sub-painel do piloto (Figura 3.4). Eles estão devidamente assinalados como a sua
função.
As luzes de cauda, ou Flood lights, se instalada, são incorporadas no estabilizador horizontal e
são concebidas para iluminar ambos os lados do estabilizador vertical.
CIRCUIT BREAKERS
São os disjuntores do sistema de iluminação e ficam no painel dos disjuntores, no lado direito do
co-piloto, no painel lateral (Figura 3.5).
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CAPÍTULO 4 - SISTEMA DE AVISOS LUMINOSOS
GENERALIDADES
Os indicadores de aviso e de atenção podem ser a primeira indicação de problemas ou mau
funcionamento em algum sistema ou componentes do avião. Os mecânicos devem ter uma
completa familiarização com esses indicadores e com ações necessárias para corrigir o problema.
No caso de uma indicação em solo, o problema deve ser corrigido antes de levantar vôo.
O painel anunciador é descrito em detalhes, item a item, sua finalidade, bem como os avisos
associados a cada iluminação.
O sistema de avisos luminosos (Figura 4.1) consiste de um painel anunciador, centralmente
localizado no pára-sol, um botão do tipo “pressione para testar”, um reostato para regulagem de
intensidade e uma luz que pisca para avisar uma possível falha.
Os avisos luminosos estão dispostos de acordo com seu grau de prioridade, onde o mais prioritário
se encontra na primeira linha e todos os outros, menos prioritários, estão dispostos mais abaixo.
- O aviso em cor Vermelha exige a atenção imediata do piloto, e que requer uma ação urgente.
- O aviso em cor Amarela exige a atenção do piloto, mas não a sua reação imediata.
- O aviso em cor Verde não exige nenhuma precaução por parte do piloto, pois informa uma
condição normal de funcionamento de um equipamento.
Dois botões do tipo “pressione para reiniciar” (PRESS-TO-RESET) estão localizado mais à direita
do painel de avisos luminosos (Figura 4.3). Sempre que uma avaria abrangida por um determinado
sistema ocorre, é gerado um sinal, e dependendo do tipo de avaria, o aviso, ou os dois avisos,
irão acender e piscar continuamente.
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Uma luz anunciadora de cautela, sobre o painel anunciador, permanecerá acesa até que a falha
ou condição seja corrigida.
A iluminação de uma luz verde no painel anunciador não irá acionar o sistema de alerta, mas uma
luz vermelha irá acionar um aviso FAULT WARNING. Anúncio de luz amarela irá acionar o aviso
MASTER CAUTION.
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Qualquer que seja o aviso de lente vermelha iluminado no painel anunciador permanecerá acesa
até que a falha seja sanada. O aviso FAULT WARNING pode ser apagado comprimindo-se a face
do próprio aviso luminoso, mesmo que a pane não seja sanada. Em tal caso, o aviso FAULT
WARNING voltará a ser ativado quando o anúncio de advertência adicional acender. Quando em
uma advertência, a falha for corrigida, o aviso luminoso da advertência irá apagar, mas o aviso
continuará a piscar até que seja pressionada a face do aviso luminoso.
INTENSIDADE DE ILUMINAÇÃO
O controle de intensidade está localizado adjacente a chave PRESS-TO-TEST e pode ser usado
para aumentar ou diminuir a intensidade do indicador anunciador para um nível desejado. Se os
anunciadores forem intensificados, qualquer anunciador amarelo ou vermelho irá aparecer com
um brilho total quando eles acendem pela primeira vez. Pressionando a luz de aviso de falha vai
diminuir a intensidade dos anunciadores para níveis mais baixos. Qualquer outra luz amarela ou
vermelha que se ilumine, irá fazer com que as luzes acesas voltem a brilhar com intensidade
máxima. O modo DIM será automaticamente anunciado sempre que houver a totalidade das
seguintes condições:
- Quando um gerador estiver na barra.
- Quando a luz FLOOD LIGHT no painel superior for desativada – OFF.
- Quando o interruptor MASTER PAINEL LIGHTS estiver ligado – ON.
- Quando a luz PILOT FLIGHT LIGHTS estiver ligada – ON.
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- Quando a luz ambiente na cabine de comando (detectado por uma célula fotoelétrica localizado
no painel superior) for inferior a um valor predefinido.
A menos que uma dessas condições seja cumprida, o modo brilhante será selecionado
automaticamente.
Um anúncio de advertência ou precaução fará com que o modo DIM seja brilhante.
Cada unidade leitora no painel anunciador contém duas luzes embutidas. Para substituir qualquer
lâmpada anunciadora, em primeiro lugar comprima o centro do anunciador com seu dedo. Libere
o dedo, e o conjunto estará removido parcialmente para fora. Puxe a unidade para fora do painel,
e remova a lâmpada queimada pela parte traseira do anunciador. Substitua a lâmpada defeituosa
por uma lâmpada reserva contida em um anunciador fora de uso. Encaixe novamente à unidade
no local e empurre-a para a posição correta da unidade no painel anunciador.
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CAPÍTULO 5 - SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
GENERALIDADES
Um entendimento completo do sistema de combustível é essencial para uma operação e
manutenção competente e confiável da aeronave. O gerenciamento do Sistema de Combustível
e seus componentes é uma das principais preocupações quotidianas da manutenção.
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
O Sistema de Combustível no King Air C90A foi projetado para simplificar os procedimentos de
vôo na cabine de comando e proporcionar um manuseio fácil em solo (Figura 5.1). Existem dois
sistemas de combustível separados em cada asa, um para cada motor, interligados através de
uma válvula de controle de cruzamento de combustível (crossfeed). Cada sistema é composto por
um tanque de combustível na nacele e quatro tanques laterais interligados entre si, bombas
elétricas e uma válvula de cruzamento. A capacidade total de combustível utilizável é de 384
galões. Três modos de operação estão disponíveis, cada um dos quais é descrito abaixo:
1. Operação Normal - Cada motor recebe combustível a partir da sua respectiva células de
combustível e da bomba de impulso. A bomba de impulso é obrigada a fornecer combustível sob
pressão para o motor pela bomba de alta pressão.
2. Operação Automática de Cruzamento de Combustível - Na eventualidade de uma bomba
de impulso falhar, uma única bomba de pressão é capaz de impulsionar combustível para ambos
os motores, através da válvula de cruzamento (crossfeed). Uma queda de pressão na saída da
bomba será detectada por um interruptor de baixa pressão, o que faz abrir automaticamente a
válvula de cruzamento quando a pressão cair abaixo de 10 PSI, o aviso luminoso de baixa pressão
de combustível irá se iluminar no painel anunciador de combustível. O anunciador irá cessar
quando o combustível recuperar sua pressão de fluxo de combustível, pela bomba de impulso do
motor.
3. Operação de Alimentação por Sucção (Suction feed) - Este modo de funcionamento poderá
ser utilizado após a falha da bomba de impulso, permitindo o uso do tanque de combustível do
lado onde a bomba falhou. A operação de alimentação por sucção é obtido quando movemos o
interruptor da válvula de cruzamento da posição AUTO para a posição CLOSED. Um vácuo é
criado pelo motor, conduzido à bomba de combustível, a partir do tanque de combustível da
nacele, alimentando o motor. Esta alimentação por sucção é limitada em 10 horas, entre cada
manutenção programada da bomba de combustível.
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SISTEMA DE TANQUES DE COMBUSTÍVEL
O sistema de combustível em cada asa (figura 5.2) consiste de um tanque de borracha no bordo
de ataque da asa com 40 galões, dois tanques centrais no painel externo das asas com,
respectivamente, 23 e 25 galões, um tanque de borracha na seção central da asa com 44 galões
e um último tanque na nacele do motor, com 61 galões. A capacidade útil total de combustível de
cada sistema de combustível, em cada asa, é de 192 galões.
Os tanques externos alimentam os tanques da seção central e da nacele por fluxo de gravidade.
O tanque da seção central é mais baixo do que todos os outros tanques na asa. Do tanque central,
o combustível é transferido ao tanque da nacele pela bomba de transferência de combustível no
ponto mais baixo do tanque da seção central. O combustível para cada motor é bombeado
diretamente do tanque da nacele por meio de uma bomba de impulso elétrica. Cada sistema tem
dois bocais de abastecimento, um na parte superior do tanque da nacele e outro no meio do tanque
do bordo de ataque da asa. Uma válvula tipo sifão é instalada em cada bocal de abastecimento a
fim de impedir a perda de combustível ou o transbordamento do tanque na eventualidade do bocal
de abastecimento ter sido fechado incorretamente. Há uma válvula de verificação entre o tanque
da nacele e o tanque de asa. Devido a uma válvula unidirecional o combustível só pode fluir do
tanque da nacele, ele não retorna ao tanque da asa.
79
Se for necessário um enchimento total dos tanques de combustível, encha primeiro o tanque da
nacele e depois o tanque da asa.
80
do lado da bomba de impulso com a falha irá se iluminar. Agora ponha o interruptor de cruzamento
de combustível na posição OPEN. O sinal luminoso FUEL PRESS irá se apagar.
No caso de uma falha da bomba do impulso durante a fase de vôo, o sistema começará o
cruzamento de combustível automaticamente. Se a bomba de impulso falhar, o interruptor de
cruzamento de combustível pode ser fechado e o vôo continuar, confiando na bomba de alta
pressão do motor.
Em alguns casos o piloto pode escolher para continuar o vôo com a bomba remanescente e cruzar
o sistema em operação.
CUIDADO
A operação com o sinal luminoso FUEL PRESS é limitada em 10 horas, depois do qual a bomba
de pressão do motor deve ser revisada ou substituída. Ao operar com gasolina de aviação, na
operação da bomba de alta pressão do motor é permitida até 8.000 pés por um período que não
exceda 10 horas. Operação acima de 8.000 pés exige alimentação cruzada.
Se o aviso luminoso NO FUEL XFR não se iluminar durante o teste de transferência, indica a
bomba em funcionamento, os interruptores de fluxo podem ser suspeitos. Usando o teste de
transferência iniciará o ciclo, entretanto, a quantidade de combustível na nacele, cairá abaixo do
nível inferior sem ativar a bomba de transferência. Proceda movendo o interruptor da bomba de
transferência (figura 5.3) para a posição OVERRIDE. Neste modo, a bomba de transferência
funcionará continuamente até que o interruptor da bomba de transferência seja retornado para a
posição OFF.
82
Quando o tanque da nacele encher por completo, o combustível adicional retornará ao tanque
central das asas através da linha de ventilação.
O aviso do sinal luminoso NO FUEL XFR pode indicar uma situação normal ou anormal. Durante
a operação normal, quando o combustível nos tanques das asas está completamente vazio, este
sinal luminoso indica que os tanques das asas estão vazios e o interruptor de transferência de
combustível deve ser desligado.
Caso a bomba de transferência não esteja operacional durante o vôo, a alimentação por gravidade
executará a transferência de combustível. Quando o nível do tanque da nacele cair a
aproximadamente 150 libras, ou a aproximadamente 22 galões, o ponto de gravidade no tanque
da nacele abre o fluxo de gravidade no tanque das asas. Todo o combustível das asas será
transferido durante a alimentação por gravidade, mas não os 28 galões do tanque da seção
central.
CAPACIDADE DE COMBUSTÍVEL
O sistema indicador de quantidade de combustível é o sistema de marcação da capacidade de
combustível através da leitura direta de um indicador de quantidade por asa (figura 5.4). Um
interruptor seletor permite que o piloto verifique a capacidade total de combustível ou apenas a
quantidade no tanque da nacele. O sistema tem uma capacidade total de 387 galões, e uma
quantidade de combustível útil máxima de 384 galões. As medidas de leitura da quantidade de
combustível, considerando o valor de 6,7 libras por galão, o combustível útil disponível no sistema
é de 2572,8 libras (1286,4 libras para cada lado).
Não existe nenhuma limitação estrutural para que o peso máximo zero combustível deva ser
ajustada.
83
VENTILAÇÃO DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL
O sistema de combustível é ventilado através de um respiradouro, e é acoplado a um respiradouro
externo (aquecido), situado no lado de baixo da asa, junto à nacele (figura 5.5). Esse respiradouro
externo é aquecido para impedir o congelamento. Cada respiradouro serve de apoio para o outro,
caso algum deles se torne obstruído.
84
OPERAÇÃO DO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
O fluxo de combustível dos tanques das asas ao tanque da nacele é automático, sem nenhuma
ação do piloto (figura 5.6). A alimentação por gravidade nos tanques das asas ao tanque da seção
central ocorre por meio de uma linha que se estende do tanque traseiro interno da asa para o lado
externo do tanque da seção central. Uma válvula de verificação tipo “flapper”, localizado na
extremidade da linha de alimentação por gravidade, impede o recuo do combustível nos tanques
das asas.
A pressão de combustível exigida para operar o motor é fornecida por uma bomba de combustível
acionada pelo motor e é montada conjuntamente com a unidade de controle do combustível, o
FCU. O combustível é conduzido à bomba de combustível de alta pressão por uma bomba de
impulso elétrica submersa no tanque da nacele.
A linha de suprimento de combustível do tanque da nacele é distribuída pelo lado externo do
tanque da nacele, a diante da bomba de combustível do motor através de uma válvula de corte
através da parede de fogo instalada na linha de combustível imediatamente atrás da parede de
fogo.
A válvula de corte da parede de fogo para cada sistema de combustível do motor é atuada pelo
interruptor FW SHUTOFF VALVE, localizado no painel de controle do combustível do piloto.
Quando o interruptor FW SHUTOFF VALVE for fechada, sua respectiva válvula de corte na parede
de fogo fecha-se para cortar o fluxo do combustível do motor. Na válvula de corte da parede de
fogo, o combustível é distribuído ao filtro e ao dreno do filtro do combustível no ponto central mais
85
baixo da parede de fogo do motor, depois ao interruptor de pressão de combustível, ao indicador
do transmissor de fluxo de combustível, e então à unidade de controle da bomba de combustível
do motor. Um filtro de 20 microns incorporado a uma válvula de desvio permite que o fluxo de
combustível seja liberado, caso haja uma obstrução de combustível, e também há uma válvula
dreno usada para drenar o filtro antes de cada vôo. O interruptor de pressão é montado
diretamente acima da bomba de impulso de pressão de combustível no sentido do filtro. Quando
ocorrer uma pressão de, aproximadamente 10 PSI, o interruptor fecha e acende a luz FUEL
PRESS no painel anunciador.
CUIDADO
A operação é restrita em altitudes que não excedam 8.000 pés quando usando gasolina da
aviação. O tempo não é equivalente ao funcionamento do motor em potência máxima no que diz
respeito aos efeitos da cavitação em componentes de bomba do combustível; conseqüentemente,
o tempo de 10 horas não deve ser incluído no limite quando na operação do motor sem fazer uso
da bomba de impulso.
A luz vermelha FUEL PRESS se iluminará quando tiver, aproximadamente 10 PSI da pressão de
combustível. Do filtro de combustível, o combustível é distribuído através do transmissor de fluxo
de combustível montado na parede de fogo, no interior do interruptor de pressão. O combustível
do transmissor é distribuído através do trocador de calor de combustível, que utiliza o calor do
óleo do motor para aquecer o combustível. O combustível é distribuído então à unidade de controle
do combustível – FCU, que monitora o fluxo do combustível aos bocais de combustível do motor.
Um trocador de calor é igualmente instalado na linha de controle do regulador de cada motor.
Cada linha de ar do trocador de calor é protegida por 7.5 ampères, pelo disjuntor “empurre-puxe”
(push pull) montado no painel de disjuntor ao lado do co-piloto. Os trocadores de calor são
controlados pelos interruptores instalados no pedestal e ativados pela manete de condição de
combustível.
A bomba de combustível do motor é montada na caixa de acessório do motor conjuntamente com
a unidade de controle do combustível. Esta bomba é protegida por um filtro interno que protege o
combustível de contaminação. A bomba de impulso preliminar do combustível é uma bomba
eletricamente conduzida é posicionada na parte inferior de cada tanque da nacele. A bomba de
impulso eletricamente conduzida é capaz de fornecer combustível ao motor nas exigências
mínimas determinadas pelo fabricante do motor.
CUIDADO
Se a bomba de impulso falhar, a operação da alimentação por sucção pode ser empregada;
entretanto, a operação da alimentação por sucção é restrita a 10 horas de tempo total entre
períodos de revisão da bomba de combustível. Se esta bomba for operada na alimentação por
sucção além do limite de 10 horas, uma revisão ou substituição da bomba será necessária.
A bomba elétrica de impulso fornece a pressão exigida para a intercomunicação de todo o sistema
de combustível do avião.
A corrente elétrica com que as bombas de impulso são operadas é controlada por interruptores
do tipo alavancas e é localizada no painel de controle de combustível. Uma fonte de força elétrica
é fornecida às bombas de impulso da barra Triple-fed através de disjuntores. Este circuito é
protegido por dois disjuntores de 10 ampères situados no painel de combustível. A proteção deste
circuito está disponível somente quando o interruptor MASTER estiver em ON.
86
A outra fonte de força elétrica às bombas de impulso vem diretamente da bateria através da barra
de emergência da bateria. Durante a parada do motor, ambos interruptores e a intercomunicação
da bomba de impulso devem ser desligados para impedir a descarga da bateria.
Cada válvula de corte na parede de fogo do motor recebe energia elétrica através de seu próprio
disjuntor de 5 ampères no painel de combustível que traz a energia elétrica da barra Triple-fed
assim como da barra do gerador. Esta fonte de força está disponível somente quando os
interruptores da bateria e/ou do gerador estiverem ligados. A única ação necessária do piloto é a
de assegurar a operação do sistema principal de combustível, é ter as válvulas de corte da parede
de fogo do motor na posição OPEN.
87
OPERAÇÃO DE CRUZAMENTO DE COMBUSTÍVEL
Operaração com alimentação cruzada de combustível somente é autorizado no caso da falha do
motor ou falha da bomba elétrica de impulso.
Cada tanque da nacele é conectado ao motor na asa oposta por uma linha de cruzamento de
combustível instalada ao lado da nacele, após a seção central, e transversalmente ao lado da
nacele oposta. A linha de cruzamento de combustível é controlada por uma válvula de cruzamento
(figura 5.9). Com a válvula de cruzamento de combustível na posição OPEN, o sistema pode
fornecer combustível a um ou ambos os motores. O sistema usa a bomba de impulso elétrica no
tanque da nacele. Esta bomba fornece pressão para transferir combustível a ambos os motores.
Com um motor inoperante, o sistema de cruzamento de combustível permite que o combustível
do lado do motor inoperante seja fornecido ao motor em funcionamento.
O sistema de cruzamento de combustível é controlado por um interruptor de três posições:
CROSSFEED OPEN, AUTO e CLOSED. A válvula pode ser aberta ou fechada manualmente,
mas sob circunstâncias de vôo normal deve ser deixada na posição AUTO. Na posição AUTO, os
interruptores de pressão do combustível são conectados no circuito de controle de cruzamento de
combustível.
No caso de uma falha na bomba de impulso, causando uma perda na pressão de combustível,
estes interruptores abrem a válvula de cruzamento de combustível permitindo que a bomba de
impulso forneça o combustível a ambos os motores.
88
No caso de uma falha de bomba do impulso durante a decolagem, o sistema começará a fazer o
cruzamento de combustível automaticamente, o que reduz o desgaste do piloto nesta fase do vôo.
Depois que a decolagem estiver concluída ou se a bomba de impulso falha após a decolagem, o
interruptor de cruzamento de combustível pode ser fechado e a ser continuado o vôo fazendo uso
da bomba de alta pressão sem haver pressão de impulso. Neste exemplo, o piloto pode escolher
em continuar o vôo com a bomba de impulso remanescente e o sistema de cruzamento de
combustível em operação.
Quando o interruptor de cruzamento de combustível no painel de controle de combustível for
atuado, a carga será selecionada de um disjuntor de 5 ampères no painel de controle do
combustível ao solenóide que abre a válvula de cruzamento de combustível. O cruzamento de
combustível é alimentado pela barra quente da bateria através de um fusível de 5 ampères.
Quando a válvula de cruzamento de combustível estiver recebendo alimentação, a luz FUEL
CROSSFEED (amarela) no painel do sinal luminoso se iluminará. O cruzamento de combustível
não transferirá o combustível de uma asa a outra; sua função é fornecer combustível de um lado
ao outro, diretamente ao motor oposto durante uma falha da bomba de impulso ou perda do motor.
Se as bombas de impulso em ambos os lados estiverem funcionando e a válvula de cruzamento
de combustível estiver aberta, o combustível estará sendo fornecido aos motores de maneira
normal, pois a pressão em cada lado da válvula de cruzamento de combustível deve ser igual.
89
SISTEMA DE SANGRIA E DRENO DE COMBUSTÍVEL
O sistema da remoção do combustível, ou sangria (figura 5.10) foi projetado para assegurar que
todo o combustível residual nos distribuidores de combustível seja consumido durante a parada
total do motor. Durante a partida do motor, a pressão do distribuidor de combustível fecha a válvula
em torno do distribuidor de combustível, permitindo que o ar P3 pressurize o tanque de remoção.
90
tanques da asa direita. “Interruptor para baixo”, quantidade total de combustível da nacele direita.
Suas indicações são calibradas em libras.
91
COMPONENTES E OPERAÇÕES
Cada lado do avião tem seu sistema de calibragem independente e consiste em um ponto de
prova na célula do tanque da nacele, um na célula do tanque traseiro interno, dois na célula do
tanque do bordo de ataque da asa e um na célula do tanque da seção central.
Quando o interruptor do seletor de combustível for deixado na posição TOTAL, sua alimentação
elétrica será fornecida de um disjuntor de 5 ampères (no painel de combustível) através do
indicador de quantidade do combustível a todas as pontas de provas do sistema de combustível.
Quando o interruptor de seletor do combustível for colocado na posição NACELE, sua alimentação
elétrica será única, através do indicador de quantidade de combustível e alimentando um único
ponto de prova, o do tanque da nacele.
A densidade do combustível varia constantemente no que diz respeito à temperatura, ao tipo do
combustível, e ao grupo de combustível. O sistema de marcação da capacidade de combustível é
projetado para detectar e compensar estas variações. A ponta de prova da quantidade de
combustível é simplesmente um capacitor variável compreendido de dois tubos concêntricos. O
tubo interno é perfilado, mudando o diâmetro em função da altura, de modo que a capacidade
entre o tubo interno e exterior seja proporcional ao volume do tanque. Os tubos recebem eletrodos
fixos, e o combustível no interior do espaço entre os tubos atua como o dielétrico da ponta de
prova da quantidade de combustível.
A capacidade da ponta de prova da quantidade de combustível varia no que diz respeito à
mudança no eletrodo em relação ao espaço de ar e combustível dentro do tubo. Esse resultado
dá a relação de combustível na célula. Como o nível de combustível entre as ascensões internas
e exteriores dos tubos são inconstantes, o eletrodo do ar será somado ao eletrodo do combustível
como uma constante de duas marcações, aumentando assim a capacidade da ponta de prova e
uma indicação mais correta da quantidade de combustível. Esta variação no volume de
combustível contido na célula combustível produz uma variação da capacidade que atue o
indicador de quantidade do combustível.
92
DRENO DE COMBUSTÍVEL
Durante o pré-vôo, os tanques de combustível, as bombas e os filtros devem ser drenados para
verificar e eliminar uma possível contaminação de combustível. Há quatro drenos, um em cada
tanque e um dreno no filtro para cada asa (figuras 5.13 e 5.14).
O tanque do bordo de ataque tem um dreno no lado de baixo da asa externa apenas na parte
dianteira principal. A válvula dreno do filtro de combustível da parede de fogo é acessível no lado
de baixo da capota do motor. O dreno do depósito da bomba de impulso está no centro inferior da
nacele.
O dreno do depósito do poço de roda está localizado bem na linha da alimentação por gravidade.
O dreno da bomba de transferência está no exterior da raiz de asa, no topo do flape.
Quando for fazer uso de um dreno, não gire o pino do dreno. O giro ou a torção do ponto de
drenagem poderá destruir o selo do anel da unidade e causará vazamento de combustível.
A válvula da base do filtro de combustível pode ser aberta ou fechado com uma moeda, uma chave
de fenda ou uma ferramenta de dreno de combustível que torna a possível sair o combustível do
filtro do combustível para sua verificação no pré-vôo.
O combustível para motores à reação e a água têm densidades similares, mas a água não é tão
facilmente separada quanto à gasolina de aviação. Por este motivo, o avião deve ser alinhado
perfeitamente, sem a adição de combustível, por aproximadamente três horas antes de drenar os
depósitos a fim de remover a água. Embora os motores à turbina não sejam tão críticos como os
motores recíprocos a respeito da ingestão da água, a água deve ser removida periodicamente
para impedir formações de fungo e de irregularidades que podem introduzir contaminação no
sistema de indicação de combustível.
93
PRÁTICAS DA MANIPULAÇÃO DE COMBUSTÍVEL
Uma decolagem não é aconselhada quando o ponteiro indicador da quantidade de combustível
estiver no arco amarelo, com o seletor na posição TOTAL ou quando houver menos de 265 libras
de combustível em cada asa.
O King Air C90A e C90B exigem que ambas as bombas de impulso estejam em operação antes
da decolagem.
Todos os combustíveis de hidrocarboneto contêm alguns produtos dissolvidos adicionado à água.
A quantidade de água contida no combustível depende da temperatura e do tipo de combustível.
O querosene, com seu alto índice aromático, tende a absorver e suspender mais água do que a
gasolina da aviação. Além disso, a água manterá a oxidação e outros materiais estranhos por
muito mais tempo. Suficiente tempo deve ser dado para que contaminações suspeitas sejam
depositadas na parte inferior do tanque.
O tempo para que o estabelecimento de agentes contaminadores seja depositado no fundo do
tanque demora até cinco vezes mais que a gasolina da aviação; conseqüentemente, os
combustíveis para reatores exigem boas práticas da manipulação do combustível a fim de
assegurar que o avião esteja com o combustível totalmente limpo. Os procedimentos
recomendados em terra devem ser seguidos com devido cuidado. Os contaminadores sólidos
poderão ser reduzidos a 30 porções por milhão (ppm), um valor totalmente aceito pelas linhas
principais.
A grande maioria de matérias em suspensão pode ser removida do combustível pelo tempo
mínimo suficiente e em uma filtragem apropriada. Isto não se torna um problema grave. A água
encontrada passa a ser um problema de contaminação principal do combustível. Seus efeitos são
multiplicados no funcionamento dos aviões, primeiramente em regiões úmidas, depois em climas
mornos.
A água pode não ser filtrada do combustível pelos filtros, mas pode ser liberada quando a
temperatura do combustível baixar, o que ocorrerá em vôo. Por exemplo, um combustível tipo
querosene que contem 65 ppm (8 onças/1.000 galões) da água em 80º F. Quando a temperatura
do combustível for reduzida a 15º F, aproximadamente 25 ppm permanecerão na solução. A
diferença de 40 ppm terá sido liberada como gotas de água em uma super-refrigeração que
precisa somente uma parte de contaminador contínuo ou de um choque por impacto e ela sejam
convertida em cristais de gelo.
94
Os testes indicam que as gotas de água não ficarão estáticas durante o vôo e estarão sendo
bombeadas livremente através do sistema. Transformam-se em cristais de gelo no tanque,
também não ficarão estáticos, pois a gravidade específica do gelo é aproximadamente igual
àquela do querosene.
Os 40 ppm de água congelada parecem uma quantidade muito pequena, mas quando adicionado
à água congelada no combustível no momento de seu bombeamento, é suficiente para congelar
um filtro. Quando a escala de temperatura crítica do combustível for entre 0 e 20º F, ela produz
uma crosta de gelo severa no sistema. Gotas de água podem congelar-se em temperaturas abaixo
de 32º F.
Mesmo que o combustível não contenha água ou que você tenha drenado toda a água, há ainda
a possibilidade de ser criadas crostas de gelo voando em temperaturas muito baixas. O aquecedor
do trocador de calor óleo-combustível é usado para aquecer o combustível antes de sua entrada
na unidade de controle do combustível. Desde que nenhum calor ainda esteja disponível para
aquecer o combustível, com o trocador de calor ainda frio, a temperatura de entrada de
combustível no FCU ainda será a mesma que a temperatura de ar exterior.
O gráfico na seção das limitações no manual do piloto é usado como um guia para o planejamento
pré-vôo, baseado em condições conhecidas ou previstas, a fim de determinar as temperaturas de
funcionamento e pontos de congelamento na unidade de controle do combustível. Consulte este
gráfico para prever a temperatura do ar externo e traçar verticalmente a altitude pressão dada.
Neste exemplo (figura 5.15), com temperatura do ar externo em – 30ºC e altitude pressão de 5.000
pés trace uma linha horizontalmente para determinar a temperatura mínima de óleo exigida para
impedir seu congelamento. No exemplo, a temperatura de óleo mínima exigida tem que ser de
38ºC. Se a escala indicar que a temperatura de óleo versus a temperatura do ar externo é tal que
a formação de gelo possa ocorrer durante a decolagem ou em vôo, o aditivo anti-congelante deve
ser misturado ao combustível.
O King Air sempre manterá a temperatura de óleo constante, entretanto, esta temperatura pode
variar de um avião a outro. Para a grande maioria dos aviões a temperatura de óleo estará entre
50 e 60ºC. Compare a temperatura de óleo mínima obtida neste gráfico com a temperatura de
óleo conseguida para seu avião. Caso necessário, adicione o aditivo anti-congelante MIL-I-27686,
já aprovado para uso, o qual deverá ser adicionado durante o abastecimento.
95
A água no combustível para motores à reação cria um ambiente favorável ao crescimento de
“fungos microbiológicos” nas áreas de contatos das células combustíveis. Estes fungos e outros
contaminadores do combustível podem causar a corrosão das peças de metal no sistema de
combustível, assim como a obstrução dos filtros de combustível. Embora este avião use células
combustíveis tipo “blad-der-type”, e todas as peças de metal (exceto as bombas de impulso e as
bombas de transferência) sejam montadas acima das áreas de contatos com os tanques de
combustível, a possibilidade de obstrução do filtro e de ataques corrosivos na bomba de
combustível existe, caso combustíveis contaminados forem usados insistentemente.
Pode ser usado no combustível o biocida-fungicida “BIOBORJF”, concentrado. O BIOBORJF
pode ser usado como o único aditivo adicionado ao combustível ou em adição ao aditivo anti-
congelante, caso estejam em conformidade com a especificação MIL-I-27686. Se usados em
conjunto, os aditivos não têm nenhum efeito prejudicial aos componentes do sistema de
combustível.
Os meios de controle de contaminação do combustível adotado pelo operador ou proprietário da
aeronave são “boas tarefas domésticas.” Isto se aplica não somente ao fornecimento de
combustível, mas para manter o sistema de combustível do avião sempre limpo. A seguinte lista
com suas etapas podem ser tomadas para reconhecer e impedir problemas de contaminação:
1. Conheça seu fornecedor de combustível. É pouco prático supor que o combustível esteja livre
dos contaminadores sempre disponível, mas é praticável exercitar o cuidado e ser observador
para sinais da contaminação do combustível.
2. Assegure, tanto quanto possível, que o combustível obtido esteve armazenado corretamente,
que foi filtrado enquanto era bombeado ao caminhão, e outra vez como foi bombeado do caminhão
ao avião.
3. Execute inspeções periódicas no filtro para determinar se sua proteção está presente.
4. Mantenha sempre o avião nivelado a fim de poder manter os tanques de combustível e os
sistemas também nivelados. Isto será um fator determinante para uma boa inspeção pré-vôo.
5. A gasolina de aviação é um combustível da emergência. Observe que a operação máxima
fazendo uso deste combustível está limitada a 150 horas de operação entre revisões do motor.
6. Use somente equipamento de conservação limpo.
7. Após o abastecimento, sempre que possível, deixe o avião estacionado por um prazo de pelo
menos quatro horas. A seguir, drene os tanques a uma pequena quantidade de combustível de
cada ponto de drenagem.
CUIDADO
96
Se o King Air C90A ou C90B for abastecido com gasolina da aviação, algumas limitações
operacionais são listadas no POH e devem ser observadas. O tempo máximo de operação com
gasolina da aviação é limitada há 150 horas entre revisões de motor.
O uso de gasolina de aviação é limitado há 150 horas porque a ignição com alto poder calorífico
deforma as pás da turbina durante a queima da gasolina de aviação, causam a degradação da
potência.
Desde que a gasolina de aviação seja misturada, provavelmente com querosene, já nos tanques,
é importante saber a relação da mistura, em galões de gasolina de aviação, adicionado aos
tanques e consumido por cada motor. Determine o consumo de combustível médio para cada hora
de operação. Por exemplo, um motor tem um consumo de combustível médio de 40 Us Gal/h,
cada vez que 40 galões de gasolina de aviação forem adicionados, uma hora da limitação de 150
horas estará sendo usada. Ou seja, usando a taxa do consumo de 40 Us Gal/h como neste
exemplo, o motor só permite usar 6.000 galões de gasolina de aviação entre revisões.
Se os tanques de combustíveis forem usados com gasolina de aviação, os vôos serão limitados a
8.000 pés de altitude pressão ou abaixo, se uma ou outra bomba de impulso estiver inoperante.
Por ser menos densa, a gasolina de aviação é muito mais crítica do que o querosene. As
alimentações de gasolina de aviação em bombeamento sob pressão, não alimentam bem o
sistema de sucção – em particular, em altas altitudes. Por este motivo, os meios alternativos da
alimentação sob pressão devem estar disponíveis para a gasolina de aviação em altas altitudes.
Esta substituição significa no cruzamento de combustível com o lado oposto. Assim, uma
capacidade de cruzamento de combustível é exigida para subidas acima de 8.000 pés de altitude
pressão.
NOTA
3. Sempre que possível, conceda um prazo de repouso do avião de quatro horas. A seguir drene
uma pequena quantidade de combustível de cada ponto de dreno. Verifique o combustível em
cada ponto de dreno para ver se há alguma contaminação.
97
drenos da bomba e do tanque de combustível sempre serão acessíveis pela parte de baixo do
avião.
NOTA
A válvula SHUTOFF da parede de fogo tem que ser, eletricamente, aberta para sair o combustível
do dreno do filtro de combustível da parede de fogo.
O combustível pode ser escoado dos tanques por gravidade e fluir através dos drenos da bomba
de transferência da seção central em recipientes apropriados. O combustível pode, igualmente,
ser bombeado para fora dos tanques, que utilizam uma bomba externa e mangueiras de sucção
introduzidas nas aberturas dos bocais de abastecimento.
98
CAPÍTULO 6 - MOTOR E HÉLICES
GENERALIDADES
A seção de motores, neste capítulo, apresenta a descrição do motor turbohélice Pratt & Whitney
PT6A. O motor usado neste avião será descrito para que a manutenção possa melhor
compreender suas práticas e limitações operacionais.
A finalidade desta seção é dar aos participantes uma suficiente compreensão do motor de modo
que possa se familiarizar com os procedimentos normais e de emergência.
A seção de hélices apresenta uma descrição do sistema de hélice. Posição e uso dos controles
das hélices, princípio de operação, reverso e passo bandeira.
MOTORES
A central energética escolhida pelos projetistas do King Air C90A/B são os motores de turbina-
livre da série PT6A - Pratt & Whitney (figuras 7.1 e 7.2). O C90A e o C90B usam motores PT6A-
21 com 550 SHP no eixo.
Os motores são equipados com hélices de três lâminas convencionais (C90A) ou quatro lâminas
(C90B), de rotação constante, reversível, contra peso, atuação hidráulica e montada no eixo de
saída da caixa de engrenagens de redução do motor. O passo e a velocidade de hélice são
controlados pela pressão de óleo do motor com ação simples, reguladores de hélice. As hélices
serão embandeiradas automaticamente quando os motores forem cortados em solo e
desembandeirados quando os motores forem acionados.
99
Quando a referência é feita ao lado direito ou esquerdo do avião ou do motor, está olhando sempre
da parte traseira à parte dianteira.
100
Mostra preliminar do diagrama do regulador as avaliações e as temperaturas do motor.
TERMOS DO MOTOR
Para compreender corretamente o funcionamento do motor da série PT6A, há diversos termos
básicos que você deve saber:
• N1 ou NG - O gerador RPM do gás é por cento da velocidade da turbina.
• N2 ou NP - RPM de Hélice.
• Nf - RPM da Potência da Turbina (não indicada em instrumentos de motor).
• P3 - Pressão de sangria ar na estação três (fonte de ar drenado).
• ITT ou T5 - Temperatura Interna da Turbina em graus Celsius na estação 5.
Reveja e recorde sempre estes termos. Eles são usados freqüentemente para descrever o motor
PT6A.
101
opostos pelo fluxo dos gases através deles. O termo “fluxo reverso“ refere-se ao fluxo de ar através
do motor. O ar entra no compressor pela extremidade traseira do motor, move-se para frente
através da seção de combustão e das turbinas, e sai pela parte dianteira do motor.
102
A câmara de combustão tem perfurações de vários tamanhos que permitem a entrada de ar ao
compressor. Aproximadamente 25% do ar são misturados ao combustível para criar a combustão.
O restante, 75% permanece na câmera de combustão para fornecer refrigeração interno ao motor.
O fluxo de ar que entra na área da combustão mistura-se ao combustível mudando seu sentido
em 180º. A mistura ar-combustível é inflamada, e os gases de expansão resultantes são dirigidos
às turbinas. A posição linear da câmara de combustão elimina a necessidade de um eixo longo
entre o compressor e a turbina do compressor, reduzindo assim o comprimento total e o peso do
motor.
Durante a operação normal, o combustível é injetado no interior da câmara de combustão através
de 14 bicos injetores, que são fornecidos por um distribuidor duplo que consiste de tubos e
adaptadores preliminares e secundários de transferência. Durante a partida do motor, a mistura
ar-combustível é inflamada por dois dispositivos de ignição, as velas, que provocam a faísca, que
se projetam na câmara de combustão. Após a partida, as velas de ignição são desligadas, quando
assim a combustão é auto-alimentada.
103
Os gases resultantes da expansão da combustão, em sentido reverso na zona do duto de saída,
passam através das aletas guia de entrada da turbina do compressor à turbina estágio simples do
compressor. As aletas guia asseguram que os gases de expansão percorram as lâminas de
turbina no ângulo correto, com uma perda mínima de energia. Os gases de expansão são dirigidos
então para frente em direção a seção da turbina de potência.
A turbina de potência de estágio único consiste de uma aleta e uma turbina guia de entrada,
conduzindo o eixo da hélice através de uma caixa de engrenagens e redução.
O compressor e as turbinas de potência são situados praticamente no centro do motor, com seus
respectivos eixos que se estendem em sentidos opostos. Esta característica simplifica os
procedimentos de instalação e de inspeção. Os gases de exaustão da turbina de potência são
dirigidos através de um escape anular de exaustão à atmosfera através dos portos de exaustão
fornecidos no duto de exaustão.
104
ESTAÇÕES DO MOTOR
Para identificar pontos no motor, é prática e comum estabelecer números de estação no motor em
vários pontos (figura 7.6). Para referir-se a pressão ou a temperatura em um ponto específico no
trajeto do fluxo de ar no motor, um número de estação é usado, como P3 para a pressão da
estação 3 ou T5 para a temperatura dos gases na estação 5. Por exemplo, a temperatura do fluxo
de ar é medida entre a turbina do compressor e a turbina de potência na estação número 5 do
motor. Isto é chamado a temperatura Inter Turbina (ITT) ou o T5. O ar drenado é descolado do
motor após o estágio do compressor centrífugo e antes de ingressar à câmara de combustão. Este
referido ar, geralmente o ar P3, é usado para o calor da cabine, a pressurização e o sistema
pneumático.
105
O trabalho de seção de potência é converter o fluxo dos gases da seção do gerador de gases em
ação mecânica para funcionar a hélice. Isto é feito através de uma caixa integral de engrenagens
planetárias, que converta o torque da alta velocidade da turbina a uma rotação mais baixa exigida
pela hélice. A taxa de redução do eixo da turbina versus rotação de hélice é aproximadamente 15:
1 (em RPM).
DISPOSITIVOS DE IGNIÇÃO
Os interruptores de partida do motor estão situados no painel inferior esquerdo do piloto (figura
7.13A). Este painel contém os interruptores IGNITION AND ENGINE START e os interruptores
ENG AUTO IGNITION.
106
Os interruptores IGNITION AND ENGINE START têm três posições: ON, OFF e STARTER ONLY.
A posição ON ativa o acionador de partida e o dispositivo de ignição. A posição STARTER ONLY
é uma posição momentânea. Ativa o acionador de partida, mas mantém a ignição desligada. Esta
posição serve para a limpeza do compressor. Com o interruptor nesta posição, não há nenhuma
ignição.
A câmara de combustão tem dois tipos de dispositivos de ignição para fornecer centelha durante
a partida do motor. Quando o motor for equipado com os dois dispositivos de ignição, Irá ligar
usando somente um deles. O sistema é projetado de modo que, se um dispositivo de ignição for
aberto ou curto-circuitado, o dispositivo de ignição restante continuará a funcionar. Uma vez com
o motor ligado, os dispositivos de ignição estarão desenergizado, com a combustão auto
alimentada.
As características do sistema de ignição têm uma função do apoio automático para emergências.
Este sistema alternativo é chamado “auto-ignição.” Os interruptores ENG AUTO IGNITION devem
ser movidos para a posição ARM apenas antes da decolagem. Se o torque de motor cai abaixo
de, aproximadamente 400 pés/lbs, o dispositivo de ignição energizará automaticamente, tentando
reascender o motor. O alerta IGNITION ON no painel luminoso será iluminado.
107
A ignição tipo faísca fornece ao motor um sistema de ignição capaz de, rapidamente, elevar a
inflamação sobre uma escala de temperatura muito ampla. O sistema consiste em um excitador
de ignição montado sobre a fuselagem, em dois conjuntos de cabos individuais de alta tensão em
dois dispositivos de ignição de faísca. É energizado da fonte 28-VDC nominal do avião e operar-
se-á entre 9 a 30 Volts, variáveis. A caixa de controle do dispositivo de ignição produz até 3.500
Volts. O excitador de ignição é energizado somente durante a seqüência de partida ou de
emergência para iniciar a combustão na câmara de combustão.
A maioria dos acessórios do motor, exceto os reguladores de hélice e o taco gerador de hélice,
são montados na caixa de engrenagens e acessória posicionada na parte traseira do motor (figura
7.14A). Os acessórios são introduzidos no eixo de compressor através de um eixo de
acoplamento.
108
O sistema de limpeza e lubrificação das bombas de óleo, é montado dentro da caixa de
engrenagens e acessórios, com a exceção de dois sistemas de limpeza de bombas que são
montadas externamente.
O acionador de partida e gerador, o gerador de alta pressão da bomba de combustível, o
tacômetro de N1 e outros acessórios opcionais são montados sobre mancais na parte traseira da
caixa de acessória. Há sete tipos de mancais de montagens, cada um com sua própria relação
diferente de engrenagem.
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
O sistema de lubrificação do motor de PT6A tem dupla função (figura 7.15). Sua função primária
é refrigerar e lubrificar os rolamentos e as buchas do motor. Sua função secundária é fornecer
óleo ao governador de hélice e, também, poder inverter o sistema de controle das hélices.
O tanque de óleo principal abriga uma bomba de pressão, um regulador de pressão e um filtro de
óleo. O tanque de óleo do motor é uma parte integrante da caixa de entrada do compressor e fica
situado na frente da caixa de engrenagens e acessórios.
O tanque de óleo é fornecido com um bocal acoplado a uma vara medidora que fica mergulhada
no interior do tanque (Figura 7.16A). O tampão e a vara medidora são fixados ao bocal de
enchimento, que passa através do diafragma da carcaça, do acessório da caixa de engrenagens
e do tanque. As marcações da vara medidora indicam o número de quartos de galões de óleo.
109
O sistema de óleo do motor tem uma capacidade total de 3,5 US/Gal, incluindo o tanque de óleo
de 2,3 galões. O consumo máximo de óleo é de ¼ de galão para cada 10 horas de operação. O
consumo normal de óleo pode ser tão pouco quanto à ¼ de galão por 50 horas de operação.
A vara medidora indicará de 1 a 2,5 quartos de galão quando o nível de óleo for normal. Não encha
o tanque de óleo em demasia. Não misture tipos de óleo de diferentes fabricantes devido à
possibilidade de incompatibilidade química e à perda das qualidades de lubrificação.
Um decalque no interior da tampa do motor mostra o tipo de óleo usado nesse motor. Embora a
lista de verificação de pré-vôo mande fazer a verificação do nível de óleo, o melhor momento de
verificar a quantidade do óleo é imediatamente depois da parada do motor, pois o verdadeiro nível
de óleo é indicado no exato momento da parada do motor.
110
111
As verificações do nível de óleo durante o pré-vôo podem requerer um monitoramento do motor
por um breve tempo, para que uma leitura seja mais exata. Cada motor tende a acomodar seu
próprio nível de óleo. A manutenção deve monitorar o nível de óleo para assegurar a operação
apropriada.
O óleo, sob pressão, sai do tanque, passa com pressão entre os bulbos de detecção de
temperatura, montados próximo aos acessórios traseiros. Prossegue então aos vários
compartimentos de rolamentos até ir parar na caixa do nariz, através de uma linha de transferência
externa de óleo abaixo do motor. Retorna então da caixa do nariz e aos compartimentos dos
rolamentos, limpando as bombas através das linhas de transferência externas do óleo, e atravessa
o refrigerador de óleo em baixo do motor.
O refrigerador de óleo é o controlador termostático que serve para manter a temperatura de óleo
desejada. Outra unidade externa, montada sobre o trocador de calor óleo-combustível, permite
aquecer o combustível antes de circular no sistema de combustível do motor. Quando a velocidade
do gerador de gases estiver acima de 72% N1, a temperatura do óleo estará entre 60 e 70º C. A
pressão normal de óleo normal estará entre 80 e 100 PSI.
112
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL DO MOTOR
O sistema de controle de combustível para os motores PT6A é, essencialmente, um regulador de
combustível que aumente ou diminua o fluxo de combustível ao motor para manter as velocidades
de funcionamento do motor.
Em um primeiro momento, o sistema pode parecer completamente complicado. O sistema de
controle de combustível do motor consiste nos componentes principais mostrados no diagrama do
bloco (figura 7.18). São a bomba elétrica de impulso de baixa pressão, trocador de calor óleo-
combustível, bomba de combustível de alta pressão, unidade de controle de combustível, válvula
de interrupção de combustível, divisor de fluxo e distribuidor de combustível duplo com os 14 bicos
injetores simples.
O motor PT6A-21 usa a bomba elétrica de impulso de baixa pressão para fornecer pressão de 30
PSI à bomba de combustível de alta pressão no motor. Esta pressão impede a cavitação do
combustível na bomba de alta pressão.
O combustível também é usado para refrigerar e lubrificar a bomba. O trocador óleo-combustível
usa o óleo quente do motor para aquecer o combustível na entrada da bomba do combustível,
impedindo assim que se congele no filtro da bomba. Isto é feito com o sensor automático de
temperatura e não exige nenhuma ação do piloto.
O combustível entra no sistema de combustível do motor através do trocador de calor óleo-
combustível, e flui então da bomba de combustível de alta pressão para a unidade de controle do
combustível (FCU).
A bomba de combustível de alta pressão é um motor tipo bomba da engrenagem em
movimentação com um filtro de tomada e de tomada. As taxas e as pressões de fluxo variam com
a rotação do gerador de gases (N1 RPM).
Sua finalidade primária é fornecer pressão suficiente nos bicos injetores de combustível a fim de
estabelecer um teste padrão de pulverizador apropriado durante todos os modos de operação do
motor. A bomba de alta pressão fornece combustível a aproximadamente 800 PSI ao lado do FCU.
Duas válvulas incluídas no FCU asseguram uma partida consistente no motor. Quando o sistema
de ignição ou de partida for energizado, a válvula da remoção de combustível estará aberta
eletricamente para eliminar possíveis vapores ou bolhas de ar do FCU. Os fluxos adicionais de
combustível retornam ao tanque da nacele. A válvula de derramamento, provida da pressão
atmosférica, ajusta o fluxo de combustível para partidas em grandes altitudes.
Entre a válvula de combustível do FCU e a câmara de combustão do motor, a válvula de
pressurização mínima do FCU permanece fechada durante uma partida do motor, até que a
pressão de combustível seja suficientemente apropriada para manter a pulverização na câmara
de combustão. Aproximadamente 80 PSI são exigidas para abrir
113
A válvula de interrupção de combustível fica situada abaixo da válvula de pressurização mínima,
no FCU. Esta válvula é controlada pela manete de condição, estando aberta ou fechada. Não há
posição intermediária desta válvula.
Na partida do motor, o fluxo de combustível passa inicialmente através do divisor de fluxo através
de 10 bocais de combustível preliminares, na câmara de combustão. Quando o motor acelerar
para, aproximadamente, 40% N1, a pressão de combustível será suficiente para abrir o divisor de
fluxo aos 4 bocais secundários de combustível.
Neste tempo, todos os 14 bocais, estarão entregando o combustível atomizado à câmara de
combustão. Esta seqüência progressiva de operação preliminar e secundária do bocal de
combustível fornece uma partida mais fria. Durante a partida do motor, haverá um aumento visível
no ITT quando os bocais de combustível secundários Forem ativados.
Durante o corte do motor, todo o combustível deixado no distribuidor é forçado para fora através
dos bocais de combustível e na câmara de combustão pela pressão do tanque de remoção.
Quando o combustível estiver sendo queimado, pode ser observado um aumento momentâneo
de N1 RPM. A operação inteira é automática e não exige nenhuma ação do piloto.
114
regulador controla a pressão de ar na unidade de controle do combustível variando a taxa de
sangria do P3.
A câmara de ar P3 e a câmara do combustível são separadas por um diafragma, que contém uma
válvula tipo “agulha” montada nela, que é chamado de válvula medidora. Enquanto o diafragma é
influenciado para fazer variar as pressões do ar-combustível, a válvula medidora estará
reposicionada para conseguir o fluxo de combustível desejado. O regulador de N1 controla o fluxo
de combustível permitindo que a pressão P3 flua para fora em grandes variações, dependendo do
fluxo desejado de combustível.
Em uma condição de velocidade inferior, no regulador de N1, atua aumentando a pressão P3. Isto
reposiciona a válvula medidora, permitindo que mais combustível ingresse na câmara de
combustão, aumentando a N1.
Em uma condição de velocidade excessiva, o regulador de N1 permite que a pressão P3 seja
reduzida no FCU, reposicionando a válvula medidora, reduzindo o fluxo de combustível na câmara
de combustão, diminuindo a N1.
Se a pressão de ar P3 for perdida, devido a um mau funcionamento, a válvula medidora será
posicionada no batente de fluxo mínimo. A potência de fluxo mínimo é de, aproximadamente 48%
N1. A manete de potência e a manete de condição não terá então nenhum efeito na velocidade
do motor.
115
No caso de uma falha na bomba de alta pressão de combustível, o motor inflamar-se-á para fora.
CUIDADO
A operação do motor com a luz FUEL PRESS é limitada em 10 horas entre revisões ou substituição
da bomba de alta pressão de combustível do motor.
O óleo de motor é usado para aquecer o combustível antes de entrar no FCU. Desde que nenhuma
medida da temperatura esteja disponível para o combustível neste momento, deve-se supor que
o mesmo esteja com a mesma temperatura do ar externo. A temperatura mínima do óleo é
fornecida para uso como referência no planejamento pré-vôo, baseado em condições conhecido
ou na previsão de funcionamento, para indicar as temperaturas de funcionamento onde um
116
congelamento no FCU pode ocorrer. Se a tabela indicar que a temperatura de óleo versus a
temperatura do ar externo é tal que a formação de gelo possa ocorrer durante uma decolagem ou
em vôo, o aditivo anti-congelante MIL-1-27686 deve ser misturado ao combustível no
abastecimento a fim de assegurar uma operação segura.
Obs.: O aditivo anti-congelante com a especificação MIL-1-27686 é o único aditivo aprovado para
o combustível.
CONTROLES DE MANETES
Seis manetes controlam a operação do motor. Duas manetes de potência – POWER LEVER, duas
manetes de hélice – PROPELLER CONTROL, e duas manetes de combustível - FUEL
CONDITION LEVER.
CUIDADO
Com o motor parado, o mecanismo do reverso pode ser danificado caso a manete de potência
seja movida abaixo da posição IDLE.
117
listrada em vermelha e branca do quadrante. Ao embandeirar a hélice, adiante a manete de hélice
para frente. As hélices vão à posição de embandeiramento por que há uma perda de pressão de
óleo no cubo da hélice.
Na posição MAX o governador da hélice controla a rotação para o máximo de 2.200 RPM; a
posição FEATHER (bandeira) é mais comumente utilizada durante o corte do motor, para se
conseguir uma parada mais rápida da turbina de potência e da própria hélice.
INSTRUMENTO ITT
O instrumento do ITT monitora a temperatura no interior da turbina na estação nº 5 (figura 7.23).
O ITT é um indicador de limitação principal da quantidade de potência disponível no motor sob a
variação de condições da temperatura ambiental e de altitude. A indicação normal em sua escala
é indicada pelo arco verde, 400 a 695ºC. Estes limites aplicam-se à potência máxima contínua. A
temperatura máxima é de 1.090ºC e é indicada pela linha vermelha tracejada no instrumento, ou
por um diamante vermelho (LJ-1361, 1363 e após). Este limite está limitado há 2 segundos.
Os instrumentos do ITT são auto-energizados e não exigem corrente elétricas (LJ-1361, LJ-1363,
e após usam corrente DC). Os motores serão danificados se as temperaturas de limitação
indicadas no instrumento do ITT forem excedidas.
118
TORQUÍMETRO
O torquímetro, com marcação em lbs/ft, mede constantemente a força rotatória aplicada ao eixo
da hélice (figura 7.23). O torque máximo sustentável e permissível é de 1.315 lbs/pés,
correspondendo à linha radial vermelha na parte superior do arco verde do instrumento. Um limite
transiente de torque de 1.500 lbs/pés é limitado há 2 segundos. Os torques em cruzeiro variam
com a altitude e temperatura.
CONTROLE DO PEDESTAL
O controle do pedestal está localizado entre o piloto e o co-piloto (figura 7.24). Os três jogos de
manetes de controle são posicionados para o lado direito: as manetes de potência, manetes de
hélice e as manetes de condição.
119
LIMITAÇÕES DO MOTOR
Os limites do avião e do motor são descritos na seção “limitações” do POH (figura 7.25). Estas
limitações foram aprovadas pela FAA e devem ser observadas na operação do King Air C90A e
C90B. A carta dos limites de funcionamento do motor dá os limites principais de seu
funcionamento. As marcações dos instrumentos de motor, Hélice e combustível fazem um mapa
listando seus limites mínimos, normais e máximos.
Durante a partida do motor, a temperatura é o limite o mais crítico. O ITT em 1.090ºC representa
o limite (linha vermelha tracejada) máximo de temperatura interturbinas e é limitado em dois
segundos. Durante todas as partidas, se o indicador se aproximar desse limite, a partida deve ser
abortada antes que a marcação passe a linha vermelha tracejada. Por este motivo, é útil, durante
as partidas, manter a manete de condição fora do limite de LOW IDLE de modo que a manete
possa, rapidamente, ser puxada de volta à posição FUEL CUTOFF.
Monitore a pressão de óleo e a temperatura de óleo. Durante a partida, a pressão de óleo deve
vir até a linha vermelha de mínima, em 40 PSI rapidamente, mas não deve exceder o máximo de
100 PSI. Durante a operação normal as indicações de temperatura e pressão de óleo devem estar
na escala de funcionamento normal, arco verde. O arco verde vai de 80 a 100 PSI.
A pressão de óleo entre 40 e 80 PSI é indesejável; deve ser tolerada somente para a conclusão
do vôo, e em regime de potência reduzido.
A pressão de óleo abaixo de 40 PSI é insegura; exige que ou o motor esteja cortado ou que um
pouso seja feito o mais breve possível, usando a potência mínima exigida para manter o vôo.
Para aumentar a vida útil do motor e diminuição de serviços, é recomendado que o óleo do motor
fique com a temperatura entre 74 e 80ºC. A temperatura mínima do óleo é de 55ºC, recomendada
120
para a operação do trocador de calor de óleo-combustível em potência de decolagem. Os limites
da temperatura de óleo são – 40 e 99ºC. Durante as partidas do motor, extremamente frios, a
pressão de óleo pode alcançar 200 PSI. Procure na carta dos limites do motor, no POH, para
saber suas limitações mínimas de operação da temperatura do óleo.
Durante as operações em terra, as temperaturas do ITT são críticas. Com as manetes de condição
em LOW IDLE, o ITT elevado pode ser corrigido reduzindo o gerador DC e outras cargas, a seguir
aumentando o RPM N1 avançando as manetes de condição para a posição HI IDLE. O ar
condicionado, por exemplo, extrai uma carga pesada em ambos os motores, e pode ter que ser
desligado temporariamente. Em aproximadamente 70% N1 RPM, a posição da alavanca da
condição em HI IDLE reduzirá o ITT. Em alguns casos, com N1 abaixo de 70%, há uma limitação
do ITT restrito ao máximo de 660ºC. Se o ITT estiver acima de 660ºC, com N1 abaixo de 70%, a
carga do gerador deve ser reduzida e a velocidade de N1 deve ser aumentada antes de
reintroduzir uma carga nos motores.
121
A temperatura excessiva na área B exigirá que uma inspeção da seção quente seja executada.
Durante a inspeção na seção quente, os componentes da parte frontal da câmara de combustão
serão examinados e substituídos. As peças podem ser reparadas ou substituídas, caso
necessário. Na área C as temperaturas excessivas podem exigir que o motor seja enviado para a
revisão. Exceder limites de ITT nesta área por mais do que alguns segundos, pode causar dano
extensivo no motor.
MONITORAÇÃO DE TENDÊNCIAS
Durante operações normais, os motores de turbina a gases são capazes de produzir potência
avaliado por períodos de tempo prolongados. Os parâmetros de funcionamento do motor, tais
como o torque da saída, temperatura da turbina, velocidade do compressor, e fluxo de combustível
inter estágio para os motores individuais são predizíeis sob circunstâncias ambientais específicas.
Nos motores de PT6A, estas características predizíeis podem ser aproveitadas estabelecendo e
gravando parâmetros de desempenho individuais do motor. Estes parâmetros podem então ser
comparados periòdicamente aos valores previstos para fornecer a confirmação visual do dia a dia
da eficiência do motor.
122
SISTEMA DE HÉLICE
Esta seção operacional do sistema de hélice no King Air C90A e C90B da Beechcraft é dirigida a
aumentar a compreensão da manutenção na teoria de operação do sistema de hélices a respeito
de sua velocidade constante, embandeiramento completo e reverso, ajudando a compreender
melhor as verificações do sistema de hélice.
Cada motor é equipado com três pás convencionais (C90A) ou quatro pás (C90B),
embandeiráveis, de velocidade constante, com contrapeso, reversível, de passo variável e
montadas no eixo de saída da caixa de redução das engrenagens.
O passo da hélice é controlado pela pressão de óleo do motor e impulsionado por uma bomba
integral reguladora localizada dentro do regulador da hélice. Os contrapesos e as molas centrífugas
de embandeiramento movem as lâminas da hélice desde o passo elevado até a posição
embandeirada. Sem pressão de óleo, o sistema neutraliza os contrapesos e as molas de comando
de hélice e as lâminas da hélice movem-se para o passo bandeira. Uma bomba de óleo, peça do
regulador da hélice, impulsiona a pressão de óleo do motor para mover a hélice desde o passo
mínimo até o passo invertido. As hélices ficam no passo bandeira após a parada do motor.
A posição da hélice em mínimo é determinada por um batente mecânico de acionamento hidráulico.
Todos os angulos das pás são controlados pelas alavancas de potencia no pedestal de controle.
Há três governadores que podem controlar a rpm da hélice. Eles são o governador da hélice, de
sobrevelocidade, e o acionamento de combustível (FCU). Os governadores da hélice e o de
sobrevelocidade usam a pressão de óleo para alterar o ângulo da hélice, de modo que a rotação
da hélice seja ajustada ou limitada. A alavanca de controle da hélice ajusta o governador da hélice
através de sua escala normal de governo 1.800 a 2.200 rpm.
Se ocorrer um mau funcionamento do governador da hélice, o governador de sobrevelocidade
impede que a velocidade da hélice exceda 2288 rpm. No caso do ângulo da pá da hélice não puder
ser alterado por um ou outro regulador de sobrevelocidade, o regulador de combustível irá intervir.
123
HÉLICES DE 4 PÁS MCCAULEY E HARTZELL
O C90B está equipado com Hélices Hartzell do LJ-1542 em diante (Hélices McCauley do C90B
LJ-1542 e anteriores), quatro pás com 90 polegadas de diâmetro, totalmente reversíveis, hélices
dinamicamente equilibradas. As principais vantagens do conjunto de hélices de quatro pás, são
de que eles têm velocidades menores nas pontas das pás (e, assim, geram menos ruído), criam
menos vibração na fuselagem. Absorvedores de vibrações dinâmicos montados no interior da
cabine (um total de 26 absorventes) são usados em conjunto com as hélices de quatro pás para
reduzir o ruído e as vibrações.
124
GOVERNOR DA HÉLICE
O governador da hélice é necessário para converter uma hélice de passo fixo para uma hélice de
passo variável. Ele faz isso, alterando o ângulo da lâmina para manter a velocidade da hélice, que
o operador tenha selecionado. O governador pode manter qualquer velocidade hélice selecionado
entre 1800 rpm a 2200 rpm.
125
OPERAÇÃO DO GOVERNADOR DA HÉLICE
As alavancas de hélice ajustam as configurações de hélices por meio do governador, entre 1800
rpm e 2200 rpm. O governador da hélice (Figura 7-31), montado na parte superior do motor na caixa
de redução, mantém a rpm da hélice constante dentro do intervalo de 1800 a 2200. O governador
ajusta a rpm da hélice pelo controle da alimentação de óleo para o mecanismo da hélice.
Uma parte integral do governador é a bomba do governador. Esta bomba é acionada pelo eixo de
Np, e aumenta a pressão de óleo do motor, para cerca de 375 psi. Quanto maior for a pressão do
óleo enviado para a cúpula de hélice, menor o passo da hélice e maior a rpm da hélice.
A linha de transferência rodeia o eixo da hélice. Esta linha de transferência permite que o óleo entre
e saia da cúpula da hélice, a medida em que o passo da hélice é ajustado O governador da hélice
usa um conjunto de rotação com contrapesos que são voltados para o eixo da hélice. Os
contrapesos fornecem um meio de comparação entre a velocidade de referência desejada (como
solicitado pelas alavancas da hélice no cockpit) e rotação real que a hélice está girando.
Estas hastes são ligadas a uma válvula piloto de flutuação livre. Quanto mais lenta as hastes estão
girando em relação à velocidade de referência desejada, a posição da válvula piloto é mais baixa.
Se a hélice e os contrapesos giram mais rápido, a força centrifuga adicional faz com que a válvula
piloto se desloque para cima dentro do governador. A posição da válvula piloto determina o quanto
de pressão de óleo está sendo enviado para a cúpula da hélice.
Se for selecionado um regime de 1900 rpm para uma hélice, quando a hélice alcançar as 1900 rpm,
os contrapesos estarão em seu centro ou condição"Onspeed" (Figura 7-32). A válvula piloto está
na posição intermediária. Isto mantém uma pressão constante de óleo para a cúpula de hélice, o
que cria um passo constante e uma constante rpm.
126
GOVERNADOR DE SOBREVELOCIDADE
Se o avião entra numa descida, ou se a potência do motor é aumentada sem qualquer alteração
nas alavancas da hélice na cabine, haverá uma tendência de aumento de velocidade da hélice
(Figura 7-33). Os contrapesos, por sua vez, giram mais rapidamente. A força centrífuga adicional
fará com que a válvula piloto suba. Com isso o óleo pode agora escapar através da válvula piloto.
Baixa pressão do óleo resulta em um angulo menor e uma redução de rpm da hélice. A hélice,
então, retorna à sua configuração de rpm original. Os contrapesos, então, abaixam e a válvula piloto
volta para a posição intermediária, para manter o número de rotações da hélice seleccionado.
127
Se o avião entra numa subida, ou se a potência do motor é reduzida sem qualquer alteração nos
controles de hélice na cabine de pilotagem, a velocidade do ar diminui e a hélice terá uma tendência
de diminuir a rpm (Figura 7-34). Os contrapesos no regulador de hélice também irão diminuir a rpm,
com isso eles baixam, devido a perda de força centrífuga, a válvula piloto se moverá para baixo.
Isto irá permitir que a pressão de óleo aumente na cúpula de hélice. Maior pressão do óleo resultará
em um passo menor. Isto, por sua vez, irá provocar um aumento da rpm da hélice. Como a hélice
aumenta a rpm, ela volta para sua configuração de rpm original, os contrapesos vão acelerar, e a
válvula piloto irá retornar para sua posição intermediária "Onspeed".
Os contrapesos e a válvula piloto estão sempre fazendo pequenos ajustes para que a rpm da hélice
seja mantida constante, alterando os ângulos de hélice. A alavanca de hélice na cabine ajusta para
a condição "Onspeed". O piloto pode selecionar qualquer rpm hélice entre 1800-2200 rpm. 2200
rpm é usada para a decolagem em potencia máxima, em potencia de cruzeiro é recomendado 1900
rpm. No caso de uma falha na ligação de controle do governador, uma mola exterior na parte
superior do regulador de ajuste, irá mover o governador para a posição de 1900 rpm de velocidade
da hélice.
128
OPERAÇÃO “LOW PITCH STOP”
A posição da Hélice de angulo baixo é determinada por um batente mecânico de parada hidráulica
(Figura 7-35). A cúpula da hélice é ligada a quatro hastes de mola ao anel de retorno montado
atrás da hélice. Um bloco de carbono encaixado no anel de atuação transfere o movimento por
meio da alavanca de inversão de hélice para a válvula beta no regulador. O movimento inicial para
frente dos comandos da válvula beta, diminuem o fluxo de óleo para a hélice. O óleo de hélice é
direcionado para o cárter da caixa de redução de velocidades de redução. Um batente mecânico
limita o movimento para frente da válvula de beta.
O movimento para trás da válvula de beta não afeta o controle normal da hélice.
129
GOVERNADOR DE SOBREVELOCIDADE
O governador de sobrevelocidade (Figura 7-41) proporciona proteção contra a velocidade excessiva
da hélice, no caso de um mau funcionamento do governador da hélice. Uma vez que a hélice é
impulsionada por um PT6 de turbina livre (independente do compressor do motor), a velocidade
excessiva pode ocorrer rapidamente se o regulador principal falhar. Ele está localizado no lado
esquerdo da caixa de redução da hélice.
O governador de sobrevelocidade é ajustado para 1.900 rpm. A operação do governador de
sobrevelocidade é muito semelhante à do governador da hélice. No entanto, existem duas
diferenças principais. O piloto não pode selecionar uma velocidade específica, como ele faz no
governador da hélice, exceto quando o governador de sobrevelocidade é testado, e o governador
de sobrevelocidade só pode reduzir a pressão de óleo para a cúpula da hélice. O aumento da
pressão do óleo para a cúpula só pode ser feito pelo governador da hélice.
Se a velocidade uma hélice atingir cerca de 1900 rpm, contrapesos do governador de
sobrevelocidade estarão girando rápido o suficiente para superar a tensão da mola. Os contrapesos
puxam a válvula do governador de sobrevelocidade para cima. Isto irá permitir que a pressão do
óleo a seja drenada da cúpula da hélice de volta para o reservatório, o que aumenta o ângulo da
pá da hélice e diminuir a rpm da hélice.
130
MANETES DE POTENCIA
As manetes de potencia (Figura 7-42) estão situadas no console central de controle (duas primeiras
alavancas do lado esquerdo). Elas são interligadas mecanicamente com a unidade de controle de
combustível, alavanca de reverso, válvula de beta. O quadrante da alavanca de potencia permite o
movimento da alavanca de potência na faixa para a frente de IDLE até o máximo, e permite o
comano de IDLE para REVERSO, um dente (encaixe), logo embaixo da posição IDLE, evita que
seja comandado inadvertidamente o REVERSO, para acionar o reverso, o piloto deve puxar as
travas das manetes de potencia para poder ultrapassar o dente trava, e apartir daí acionar o reverso
131
Quando as manetes de potencia são trazidas para faixa REVERSO, as funções de alimentação da
alavanca selecionam um ângulo de hélice proporcional ao deslocamento para trás da alavanca,
mais combustível será enviado para camara, para que a rotação de N1 sustente o angulo de
reverso selecionado, esses valores podem chegar a 106% N1 e 95% da rpm da hélice, em poucas
palavras, quando o reverso é acionado, o motor será acelerado.
MANETES DA HÉLICE
O governador da hélice mantém a rpm da hélice, dentro da gama de 1800-2200 rpm, esse controle
é definido pela posição das alavancas de controlo da hélice (Figura 7-43). Estas alavancas, uma
para cada um dos motores, encontram-se entre as alavancas de potencia e as alavancas de
combusível, sobre o pedestal central. A posição toda a frente define o regime de 2200 rpm. Na
posição completamente para trás é definido o regime de 1800 rpm. Posições intermédias da rpm
da hélice podem ser selecionadas, os valores serão indicados no tacômetro da hélice. Estes
tacômetros indicam em rotações por minuto. As listras vermelhas e brancas na parte inferior do
curso das manetes da hélice, indicam a posição de embandeiramento.
133
TESTE DO SISTEMA AUTOFEATHER
O sistema pode ser testado como se segue (Figura 7-47).
1. Alavancas de potencia em aproximadamente 22% de torque. 22% de torque é uma configuração
de potencia suficiente para simular o funcionamento normal dos dois motores.
2. AUTOFEATHER-Switch Segure para testar. Esta ação completa um circuito ignorando os
interruptores autofeather que se armam em 88%, o que permite que o teste seja realizado em
configurações de potencia abaixo da gama de funcionamento normal do sistema. Ambos os
anunciadores autofeather devem acender quando a chave é movida para a posição de teste.
134
3. Alavancas de Potencia – Retardo Individual. "Engine-out" situações são simuladas pelo retardo
de cada alavanca de potência do motor individualmente. Em, aproximadamente, 17% do torque, o
indicador deve extinguir autofeather do motor que tiver a manete retardada. Esta verificação serve
para verificar se o sistema autofeather desarma-se no motor "em operação". Continuando a retardar
a alavanca de potencia, resultará na iniciação da ação de bandeira em cerca de 10% do torque.
Nesta altura, a hélice no motor simulado inoperante tentará embandeirar, indicado por uma luz
intermitente do anunciador de torque flutuante.
4. Alavancas de potencia – trazer ambas para IDLE. Após a conclusão da etapa "3" para cada
alavanca de potencia, verifique, se com as duas alavancas retardadas mantendo o interruptor
autofeather na posição de teste, se nenhuma das hélices embandeirou. A perda de ambas as luzes
autofeather verifica ambos os sistemas foram desarmados, devido à redução intencional de
potencia. Após a conclusão deste teste, armar o sistema para a decolagem.
Então, com as alavancas em Low Idle, e hélices embandeiradas (manual, em comparação com
AUTOFEATHER) está checada. Neste motor de turbinas livres a hélice pode ser autorizada a
embandeirar completamente com o funcionamento do compressor em marcha lenta sem danos ao
motor sustentado.
Operação no solo com as hélices embandeiradas por longos períodos de tempo pode superaquecer
a fuselagem e, possivelmente danos aos aviõnicos montados na parte frontal, porque os gases de
escape quentes não estão sendo soprados para trás pelo sopro da hélice.
HÉLICE SYNCHROPHASER
O synchrophaser da hélice (Figura 7-48) combina automaticamente as rpm das duas hélices, e
mantém as pás de uma hélice a uma posição pré-determinada relativa às pás da hélice do outro
conjunto. O objetivo do sistema é reduzir vibração da hélice e o ruído da cabine, que ocorre em
hélices não sincronizadas.
135
OPERAÇÃO DO SYNCHROPHASER
O sistema synchrophaser é um sistema eletrônico, certificado para uso durante todas as operações
de voo, incluindo decolagem e pouso. Não é designado como sistema “master-slave”, como ele
funciona para coincidir com o regime de rotação da hélice mais lenta para a mais rápida, e
estabelecer uma relação de fase entre as pás, para reduzir o ruído da cabine a um mínimo.
O synchrophaser tem uma gama limitada de autoridade em relação à configuração governador da
hélice. O aumento máximo possível é de cerca de 20 rpm. Em nenhum caso, a queda rpm abaixo
do selecionado pela alavanca de controle da hélice. Operação normal do governador é inalterada,
mas a synchrophaser vai monitorar continuamente rpm hélice e repor a rpm, conforme necessário.
A rpm da hélice é detectada por um captador magnético montado adjacente a cada anteparo
giratório da hélice. Este captador magnético irá transmitir impulsos elétricos a cada revolução a uma
caixa de controle instalada à frente do pedestal.
A caixa de controle transforma as diferenças de taxa de pulso em comandos de correção, que são
transmitidos para bobinas montadas perto das flyweights de cada governador da hélice. Através da
variação da tensão da bobina, as definições de velocidade do governador são inclinadas até que
as rpms das hélice estejam sincronizadas. Um interruptor na alavanca aciona o sincronoscópio. No
synchrophaser posição OFF, os governadores operam nas configurações de velocidade manuais
selecionadas pelo piloto. Para operar o sistema synchrophaser, para sincronizar as hélices
manualmente ou estabelecer um máximo de 20 rpm de diferença entre as hélices.
136
SINCRONOSCÓPIO DA HÉLICE
A sincronoscópio da hélice está localizado à esquerda dos indicadores de pressão e temperatura
do óleo e dá o estado de sincronização de hélice. A face do sincronoscópio tem um padrão de cruz
preta e branca, que pode girar para a esquerda ou direita. Se o número de rotações da hélice direito
é maior do que o lado esquerdo, a face esquerda ou a direita se transforma. Com a rpm da hélice
esquerda maior que a direita, o rosto fica a esquerda ou para a esquerda. Nenhuma rotação da
face, indica que ambas as hélices estão sincronizadas.
137
CAPÍTULO 7 - SISTEMA DE DETECÇÃO DE FOGO
GENERALIDADES
Este capítulo apresenta um exame no sistema de detecção de fogo, descrição dos componentes
de detecção de fogo, posição e finalidade dos interruptores e indicadores.
138
SISTEMA DE DETECÇÃO DE FUMAÇA
(LJ-668 e seguintes / LW-15 e seguintes)
Um detector de fumaça, com uma luz que queima constantemente e uma célula fotocondutiva e
um amplificador fechado em uma caixa perfurada, estão localizados no compartimento dos
aviônicos do nariz para avisar uma possível presença de fumaça. Partículas de fumaça entrando
na caixa refletem raios infravermelhos da luz de dentro da célula, a qual transmite um sinal para
o amplificador detector de fumaça. A potência deste sinal é proporcional a densidade da fumaça.
Quando o sinal é forte suficiente para fechar o relé no amplificador localizado à frente da longarina
principal sob o corredor principal, a luz indicadora vermelha no painel anunciador, com a inscrição
SMOKE, acende.
139
As três posições de teste para o sistema detector de fogo são localizadas no lado direito da chave
(3-2-1). Quando a chave for girada para a posição OFF (em baixo) para qualquer uma dessas três
posições, a voltagem de saída de um detector de chama correspondente em cada motor é
aumentada para um nível suficiente para dar um sinal ao amplificador de que há uma eminência
de fogo.
As seguintes luzes devem se iluminar quando o seletor for girado através de cada uma das três
posições:
- Os anunciadores L ENG FIRE, R ENG FIRE (Iluminar) e a luz FAULT WARNING (piscar no
painel de advertência).
- As luzes vermelhas L ENG FIRE EXT–PUSH e R ENG FIRE EXT–PUSH irão piscar no painel
de ativação dos extintores, caso o sistema opcional de extinção de fogo estiver instalado.
O sistema pode ser testado a qualquer momento, tanto em solo como em vôo. O interruptor de
teste TEST SWITCH deve ser colocado em todas as três posições, para verificar que o circuito
para todos os seis detectores de fogo estão funcionando corretamente. A falha na iluminação de
todos os sinais luminosos do sistema de detecção de fogo quando o TEST SWITCH estiver em
qualquer uma das três posições de teste, indica um mal funcionamento em um ou ambos os
circuitos de detecção de fogo (um em cada motor), sendo testado pela posição particular da chave
de teste.
140
Esse sistema não pode ser usado de um motor para o outro. Quando a válvula de ativação for
aberta, o agente extintor pressurizado é descarregado através de uma tubulação a qual termina
estrategicamente no local dos bicos injetores.
As chaves de controle do extintor de fogo, no King C90A, usadas para ativar o sistema, são
localizadas abaixo do painel anunciador do pára-sol. Já no King C90B, essas chaves de controle
são localizadas uma de cada lado do painel de alarmes. Sua força é derivada da barra quente da
bateria. O sistema de detecção é operável sempre que as barras dos geradores estiverem ativas,
mas o sistema de extinção pode ser descarregado a qualquer momento, desde que seja operada
pela barra quente da bateria. Desse modo, mesmo que a aeronave esteja estacionada com
motores desligados, o sistema extintor de fogo pode ser descarregado.
Cada chave tipo “pressione para atuar” (figura 7.3) incorpora uma lente indicadora vermelha.
A lente vermelha, com inscrição L ENG FIRE EXT – PUSH ou R ENG FIRE EXT – PUSH,
advertem a presença de fogo no motor. A lente âmbar D, se estiver acesa, indica que o sistema
está descarregado e o conteúdo do cilindro está vazio. A lente verde, OK, serve somente para a
função de teste pré-vôo.
141
Para descarregar o cartucho, levante a cobertura de plástico (transparente) e pressione a face da
lente. Este é um sistema de disparo único, ou seja, será completamente expelido após sua
ativação. Após seu uso, a luz âmbar D irá se iluminar e permanecerá iluminada, não obstante a
posição do interruptor da bateria, até que um novo cartucho pirotécnico seja substituído.
142
CAPÍTULO 8 - SISTEMA PNEUMÁTICO E VÁCUO
GENERALIDADES
Os sistemas de vácuo e pneumático são necessários para a operação das superfícies de degelo,
instrumentos de ar a vácuo, horímetro de vôo, impulso do leme de direção, selo de porta da cabine,
controlador de pressurização e válvulas de segurança de pressurização. A manutenção precisa
saber como o ar é sangrado, distribuído e controlado para seus vários usos. Esta seção identifica
e detalha esses sistemas. Cobre a distribuição pneumática e controles em detalhes.
DESCRIÇÃO
Os sistemas de vácuo e pneumático da seção desse Manual apresentam uma descrição e
discussão desse sistema. As fontes para ar pneumático, vácuo e leitura dos instrumentos
indicadores, relativos ao sistema serão discutidos nos mínimos detalhes.
143
FONTE DE AR PNEUMÁTICA
O ar de sangria a uma taxa máxima de fluxo de 1,5 libras por minuto a uma pressão de 90 a 120
PSI é obtido de ambos os motores e flui através de linhas pneumáticas para uma conexão em
forma de “T” localizada na fuselagem. As válvulas de cheque são instaladas para prevenir o fluxo
reverso durante a operação monomotora.
Logo após a conexão em “T”, todo ar sangrado passa através de um regulador de 18 PSI o qual
incorpora uma válvula de alívio ajustada para operar em 21 PSI, no caso de falha no regulador.
Esse ar sangrado regulado é distribuído para o abastecimento de pressão pneumática para inflar
as superfícies de degelo, os selos da porta e da saída de emergência, e para proporcionar fluxo e
pressão para o ejetor de vácuo.
O ar sangrado é extraído do quarto estágio da seção do compressor do motor à uma temperatura
máxima de, aproximadamente 450ºF. Ele é resfriado para aproximadamente, 70ºF acima da
temperatura ambiente na conexão em “T” na fuselagem devido a transferência de calor nas
tubulações pneumáticas.
Ordinariamente, a válvula reguladora de pressão, a qual é montada sob a cadeira direita
imediatamente a frente da longarina principal, vai proporcionar uma pressão de 18 +/- 1 PSI com
o motor girando entre 70% e 80% de N1. O instrumento mostrador PNEUMATIC PRESSURE,
144
localizado no painel lateral do piloto é instalado para permitir um monitoramento de pressão do
sistema (figura 8.2).
FONTE DE VÁCUO
O vácuo é obtido através de um ejetor de vácuo comandado pelo ar sangrado. O ejetor é capaz
de fornecer vácuo a 15 polegadas de Hg ao nível do mar, e até 6 polegadas de Hg a 31.000 pés.
O ejetor fornece vácuo para o sistema de controle de pressurização a uma pressão de vácuo de
4.3 a 5.9 polegadas de mercúrio através de uma válvula reguladora.
O regulador de vácuo é montado no compartimento do nariz, do lado esquerdo da caverna de
pressão. A válvula é protegida por um filtro de espuma. Com um motor funcionando entre 70% a
80% de N1, o instrumento medidor de vácuo, localizado no painel inferior do co-piloto,
normalmente deve ter aproximadamente, 5,9 +0/-0,2 polegadas de Hg.
A linha de vácuo para os instrumentos é montada através de uma válvula de alívio de sucção que
é projetada para admitir dentro do sistema uma quantidade de ar necessário para manter um
vácuo suficiente para uma operação adequada dos instrumentos. O instrumento giroscópio de
sucção (figura 8.3), o qual é calibrado em polegadas de mercúrio (Hg) está localizado no painel
lateral direito do co-piloto e indica vácuo dos instrumentos.
145
CONTROLE DE AR SANGRADO
O ar sangrado que entra na cabine é usado para o controle da pressurização e funções de
condicionamento ambiental. É controlado por dois interruptores denominados BLEED AIR VALVE
(figura 8.4) as quais marcadas com OPEN e CLOSED.
Quando estes interruptores estiverem na posição OPEN, o ar sangrado alimenta todo o sistema
de pressurização e condicionamento ambiental. Quando os interruptores estiverem na posição
CLOSED, o ar sangrado é cortado de todo o sistema de pressurização e condicionamento
ambiental.
SISTEMA DE DEGELO
Os bordos de ataque das asas e dos estabilizadores horizontais são protegidos contra o acúmulo
de gelo formado (figura 8.5). BOOTS infláveis presos a essas superfícies são infladas quando
necessárias pela pressão pneumática, para quebrar e retirar o acúmulo de gelo, e são desinfladas
pelo vácuo derivado das linhas pneumáticas. O vácuo sempre será fornecido enquanto os BOOTS
não estiverem em uso e estão seguras firmemente contra o revestimento das asas. A pressão de
vácuo é superada pela pressão pneumática quando os BOOTS estão inflados.
146
Cada asa tem seu BOOT independente no bordo de ataque. A seção horizontal da cauda tem,
nos segmentos esquerdo e direito, BOOTS do estabilizador horizontal e no estabilizador vertical.
O sistema de degelo das superfícies remove os acúmulos de gelo dos bordos de ataque das asas
e estabilizadores. O gelo é removido pela inflação e desinflação alternadamente dos BOOTS de
degelo (figura 8.6).
O ar sangrado de pressão regulada fornece a pressão para inflar BOOTS. Um ejetor tipo Venturi,
operado pelo ar de sangria, criar um vácuo para desinflar os BOOTS e mantê-las no seu lugar
enquanto não estiver em uso. Para assegurar a operação do sistema no caso de falha de um dos
motores, uma válvula de cheque é instalada na linha de ar de sangria de cada motor para prevenir
a perda de pressão através do compressor do motor inoperante. As fases de inflação e desinflação
são controladas por uma válvula distribuidora.
147
Um interruptor de três posições, localizado no painel inferior do co-piloto, com a inscrição DEICE
CYCLE - SINGLE / OFF / MANUAL, controla a operação de degelo (figura 8.7). O interruptor é
acionado por mola para retornar a posição OFF da posição SINGLE ou MANUAL. Quando a
posição SINGLE for selecionada, a válvula distribuidora abre para inflar os BOOTS das asas.
Após o período de inflação, em aproximadamente 7 segundos, um temporizador eletrônico aciona
o distribuidor para desinflar os BOOTS. Quando esses BOOTS forem inflados e desinflados, o
ciclo estará completo.
Obs.: Nas versões LJ-1138 e após, as asas e a cauda inflam separadamente. As asas inflam por
6 segundos e a cauda infla por 4 segundos.
Quando o interruptor for posicionado na posição MANUAL, todos os BOOTS vão se inflar
simultaneamente e permanecer inflados até que o interruptor seja liberado. Após o ciclo, os
BOOTS vão permanecer na condição de desinflados seguras pelo vácuo até que o interruptor seja
atuado novamente.
Alimentação elétrica para o sistema BOOTS é necessária para a válvula de controle inflar os
BOOTS, tanto na operação manual como em ciclo simples. Com uma perda dessa força, o vácuo
vai segurar os BOOTS fazendo com que elas fiquem presas contra o bordo de ataque.
Um disjuntor simples, localizado no painel inferior direito do co-piloto, recebe força da barra central,
o qual fornece força elétrica para ambos os sistemas de BOOTS. Se o temporizador falhar na
posição inflada, o disjuntor de degelo da superfície pode ser usado como um controle manual.
Puxe o disjuntor para fora para desinflar os BOOTS, e empurre para dentro, para inflá-las. Trate o
disjuntor como um controle manual.
Para uma operação de degelo mais efetiva, permita que pelo menos ½ polegada de gelo se forme
antes de tentar a remoção do gelo.
Uma espessura muito fina de gelo pode quebrar e agarrar ao invés de tirar o gelo. Ciclos
subsequentes dos BOOTS vão então ter a tendência de acumular uma concha de gelo externa ao
contorno dos bordos de ataque, fazendo então os esforços de remoção de gelo ineficientes.
148
CAPÍTULO 9 - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA
CHUVA E GELO
DESCRIÇÃO
A seção de proteção contra gelo e chuva desse Manual apresenta uma descrição e discussão dos
sistemas de proteção contra chuva e gelo na aeronave, mostrando a localização, controles e como
devem ser usados. Os propósitos dessa seção é familiarizar o mecânico com todos os sistemas
disponíveis para a proteção contra a chuva forte e gelo, e seus controles.
Também são incluídas cheques pré-vôo dos sistemas.
149
A aeronave é equipada com uma variedade de sistemas de proteção contra gelo e chuva que
podem ser utilizados durante operações sob condições climáticas desfavoráveis. Elementos de
aquecimento elétrico embutidos no pára-brisa proporcionam proteção adequada contra a
formação de gelo, enquanto o ar do sistema de aquecimento da cabine previne o embaçamento,
para assegurar visibilidade durante a operação sob condição de gelo. Limpadores de pára-brisa
para ambos os pilotos proporcionam visibilidade suficiente durante condição de chuva em vôo ou
em solo.
Boots pneumáticos de degelo nas asas, e nos estabilizadores vertical e horizontal previnem a
formação de gelo durante o vôo. Pressão de ar sangrado regulado a vácuo são ciclados para os
Boots pneumáticos para o ciclo de deflação e inflação. O interruptor que controla o sistema permite
a operação em ciclo simples automático ou operação manual.
150
A proteção contra gelo para o motor é proporcionada por um sistema de separação inercial. O
bordo de ataque de entrada de ar do motor evita o congelamento através de um aro metálico
aquecido eletricamente. As hélices são protegidas contra o congelamento por Boots eletrotérmicos
em cada pá que cicla automaticamente para prevenir a formação de gelo.
Um elemento aquecedor no tubo de Pitot previne que a abertura do tubo de Pitot se torne
bloqueado pelo gelo. O elemento aquecedor é conectado ao sistema elétrico da aeronave através
de um disjuntor de 5 amperes.
151
AQUECEDOR DO TUBO DE PITOT
As duas tomadas do tubo de Pitot, localizados no nariz da aeronave, contém elementos de
aquecimento para proteger contra o acúmulo de gelo (figura 10.3). As tomadas do tubo de Pitot
são aquecidas eletricamente para assegurar que a velocidade do ar seja indicada corretamente
durante condições de congelamento. O aquecedor do tubo de Pitot é controlado por dois
interruptores disjuntores localizado no painel inferior direito do piloto (figura 10.3). Os dois
interruptores com a inscrição PITOT, uma para a tomada esquerda e a outra para a tomada direita
são chaves de duas posições, com a posição OFF para baixo e a posição ON para cima.
O sistema de aquecimento do tubo de Pitot não deve ser operado no solo, exceto no caso de teste
ou por intervalos curtos a fim de remover neve ou gelo no tubo de Pitot. O aquecimento do tubo
de Pitot pode ser ligado durante a decolagem e pode ser deixado ligado em vôo no caso de
condições de congelamento, ou sempre que condições de congelamento forem esperadas. Se
durante o vôo em grandes altitudes existir uma redução gradual na indicação da velocidade do ar,
o tubo de Pitot pode estar congelando. Se ligando o aquecimento do tubo de Pitot a velocidade do
ar for restaurada, deixe o aquecimento do tubo de Pitot ligado devido às condições de
congelamento.
Como muitos pilotos, é uma prática normal deixar o aquecimento do tubo de Pitot ligado durante
todo o vôo em grandes altitudes para prevenir o congelamento do tubo de Pitot.
A palheta de aviso de estol e seu suporte de fixação (figura 10.4) são providos de um aquecimento
para assegurar que ela não congele durante condições de congelamento. O sistema é ativado por
um interruptor de duas posições, localizado à esquerda do interruptor de aquecimento do tubo de
Pitot, no painel inferior direito do piloto. A posição em baixo é OFF, e a posição superior é ON. O
conjunto aviso de estol e suporte de fixação é aquecido através do interruptor da bateria, isto é,
só é aquecido quando o interruptor da bateria estiver ligado (ON).
Elementos aquecedores protegem a palheta transdutora e o suporte de fixação da formação de
gelo. Uma formação de gelo na asa pode mudar ou descolar o fluxo de ar e prevenir o sistema de
indicações incorretas em uma indicação intermitente de estol. Lembre-se de que a velocidade de
estol sempre aumenta quando o gelo se acumula, em qualquer aeronave.
152
ANTI-GELO DO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
Existem muitos sistemas anti-gelo para proteger o fluxo de combustível através das linhas de
combustível para o motor (figura 10.5). Sem aquecimento, a unidade do combustível pode
congelar, diminuir ou cortar o fluxo de combustível para o motor em temperaturas muito frias.
153
A formação de gelo no sistema de ventilação de combustível é prevenida por uma entrada de ar
aquecida eletricamente em cada asa. O aquecimento da ventilação de combustível é operado
pelos interruptores esquerdos e direito, localizada no grupo ICE PROTECTION localizado no
painel inferior direito do piloto. Esses interruptores sempre devem estar ligados sempre que
formação de gelo seja encontrada ou esperada.
154
seco. O disjuntor do limpador de pára-brisa está localizado no painel de disjuntor do lado direito
do co-piloto, no grupo WEATHER.
ANTI-GELO DO PÁRA-BRISA
Os pára-brisas do piloto e do co-piloto têm circuitos independentes de aquecimento e controle. O
interruptor de controle permite ao piloto selecionar um nível de aquecimento de intensidade alta
(HIGH) ou baixa (LOW). Os pára-brisas são compostos de três camadas físicas (figura 10.7):
• A camada interna é um painel de vidro que atua como membro estrutural.
• A camada do meio é uma folha de polivinil a que leva os fios aquecedores.
• A camada externa é uma camada protetora de vidro protegendo as duas primeiras camadas.
O lado de fora do pára-brisa é tratado como um filme descarregador de estática chamado de
NESA.
Força elétrica é usada para aquecer os elementos aquecedores do pára-brisa instalados no vidro.
Um controlador com uma unidade sensora de temperatura mantém a temperatura adequada para
as superfícies do pára-brisa.
Os pára-brisas são protegidos contra congelamento por elementos aquecedores elétricos (figura
10.8). Os elementos aquecedores são conectados em blocos de terminais, no canto do vidro, para
as ligações elétricas e para o interruptor de controle montado no painel inferior direito.
155
Um material transparente (óxido stannic) dotado de resistência elétrica elevada é incorporado nas
laminações de cada pára-brisa, do piloto e do co-piloto. Cada pára-brisa independente tem sua
própria conexão elétrica, com material resistivo e elementos de detecção. O material resistivo é
arranjado para fornecer uma superfície preliminar e secundária pré-aquecidas.
156
OBS 1.: As áreas preliminares são as áreas menores com aquecimento mais rápido às mesmas
temperaturas do que a posição NORMAL.
OBS 2.: Cada interruptor deve pular um batente antes que possa ser movido para a posição HI.
Esta característica impede a seleção inadvertida da posição HI ao mover os interruptores da
posição NORMAL para a posição OFF.
A temperatura do pára-brisa é controlada automaticamente por um elemento de detecção
encaixado em cada pára-brisa, e que controla a temperatura em cada circuito do pára-brisa. Os
controladores de temperatura operam entre 90ºF e 110º F, para manter a temperatura média
desejada das superfícies de aquecimento do pára-brisa.
Quando for selecionada a posição NORMAL, o controlador automático de temperatura tenta
manter a temperatura de pré-aquecimento em aproximadamente 90ºF a 110º F. Faz assim
energizando o relé de baixa temperatura como necessário. Neste modo, o pára-brisa inteiro será
aquecido (figura 10.10).
157
Quando for selecionada a posição HI, o controlador automático de temperatura tenta manter a
temperatura de pré-aquecimento entre 90ºF a 110ºF. Neste modo, entretanto, o controlador
energizará o relé de alta temperatura, o qual aplica um calor elétrico concentrado nas áreas mais
essencial da visão do pára-brisa. Neste modo, os párabrisas têm uma elevação de temperatura
de aproximadamente 2/3 a mais do que sua parcela externa (figura 10.11).
158
O circuito da corrente elétrica de cada sistema é protegido por um disjuntor de 50 ampères
situados no armário elétrico de distribuição dos disjuntores. Os circuitos de controle do calefator
do pára-brisa são protegidos com disjuntores de 5 ampères situados em um painel montado no
anteparo dianteiro (adiante à esquerda do painel inferior do piloto).
O calor do pára-brisa pode ser usado a qualquer hora e dentro de algumas combinações. O uso
do aquecedor do pára-brisa, entretanto, pode causar erros na bússola magnética por causa do
campo elétrico criado pelos elementos de aquecimento.
AVISO
No caso de formação de crosta de gelo nos pára-brisas durante condições de alta formação de
gelo sustentadas, pode ser necessário reduzir a velocidade aerodinâmica a fim manter o párabrisa
longe dessa formação de gelo.
159
Um coletor localizado no exaustor de escapamento esquerdo do motor desvia uma pequena
parcela dos gases quentes da exaustão para baixo, forçando para que sigam caminho por um
tubo oco localizado nas bordas que cerca a entrada de ar do motor. Os gases são expelidos
através de outro tubo localizado no exaustor de escapamento direito do motor, onde são liberados
para fora junto com os gases de exaustão do motor. O calor sempre circulará através das bordas
metálicas sempre que o motor estiver em funcionamento.
160
Como as partículas de gelo e gotas de água entram pela entrada de ar do motor, o fluxo de ar com
essas partículas é acelerado pelo efeito Venturi. A aceleração dessas partículas separa as
partículas com inércia maior, que conseqüentemente, são descarregadas para o exterior através
de uma porta de desvio.
As palhetas de desvio de gelo sempre devem ser manualmente comandadas pelo piloto quando
houver umidade visível em +5ºC, ou menor. Quando as palhetas de desvio de gelo são
prolongadas, dois sinais luminosos verdes se iluminarão. Como o fluxo de ar no motor será mais
restrito, haverá uma ligeira redução no torque e um pequeno aumento no ITT. Quando as palhetas
de desvio de gelo e as portas do desvio são retraídas, os sinais luminosos se apagarão, o torque
será restaurado e o ITT voltará para o valor anterior.
As palhetas de desvio de gelo são controladas por interruptores individuais, um para cada motor,
localizado no painel inferior esquerdo do piloto. Os interruptores LEFT ENGINE ANTI-ICE e RIGHT
ENGINE ANTI-ICE, tem as posições ON e OFF. Em algumas aeronaves também podem existir as
posições STANDBY e MAIN.
Os atuadores têm motores duplos para fornecer um sistema redundante. O interruptor dos
atuadores permitem a seleção do motor MAIN ou do motor STANDBY. Esses atuadores são
providos de circuitos diferentes e independentes mas compartilham do mesmo sistema.
As palhetas de desvio de gelo têm somente duas posições; não há nenhuma posição
intermediária. O sistema é monitorado pelos sinais luminosos L ENG ANTI-ICE e R ENG ANTI-
ICE e também pelos sinais luminosos L ENG ICE FAIL e R ENG ICE FAIL (figura 10.16). A
iluminação das luzes amarelas indica que o sistema está atuando.
161
O sinal luminoso L ENG ICE FAIL ou R ENG ICE FAIL indica que o sistema não está operando na
posição desejada.
Também indicam a perda de corrente elétrica, visto que a iluminação atrasada indica um atuador
inoperante.
O circuito luminoso ENG ICE FAIL compara a posição de interruptor do ANTI-ICE aos micro-
interruptores, verificando a palheta de desvio de gelo se está aberta ou fechada. Após 35
segundos de atraso, o sinal luminoso iluminará se a posição do interruptor e os micro-interruptores
não estiverem de acordo. Além disso, se a fonte de energia para o sistema do atuador selecionado
(MAIN ou STANDBY) for removida, o sinal luminoso ICE VANE FAIL se iluminará imediatamente.
Em outro evento, o atuador STANDBY deverá ser selecionado.
Se por alguma razão o torque do motor cair abaixo de 400 Lbs/pés, uma força energiza o ignitor
do motor. Com isso, o anunciador IGNITION ON, no painel, vai acender indicando que o sistema
de ignição está energizado. Ao mesmo tempo, a luz ARM vai se apagar dando uma indicação de
que o sistema de ignição está funcionando.
Durante a operação no solo, o sistema deve ser desligado para prolongar a vida útil das unidades
ignitoras. A auto-ignição deve ser ligada para a decolagem, pouso, vôos em condições de gelo, e
a noite, em vôos acima de 14.000 pés.
162
SISTEMA DE DEGELO ELÉTRICO DAS HÉLICES
Duas configurações existem no King Air para o sistema de aquecimento das hélices. Cada um
deles proporciona BOOTS aquecidos eletricamente para cada pá das hélices, anéis, conjunto de
escovas, um temporizador (TIMER), interruptor ON-OFF, e um amperímetro. Entretanto, as
diferenças estão nos Boots de aquecimento das pás das hélices, na seqüência do temporizador e
no sistema de operação manual (figura 10.18).
163
AVISO
O calor produzido pelos elementos aquecedores nos Boots degeladores, permite que o gelo seja
removido pela força centrífuga das hélices. Força para os Boots degeladores é ciclado em fase de
90 segundos. A primeira fase de 90 segundos aquece todos os Boots degeladores da hélice
direita. A segunda fase aquece todos os Boots degeladores da hélice esquerda. O temporizador
degelador completa um ciclo inteiro a cada 3 minutos. Quando o temporizador degelador se move
de uma fase para a próxima, uma deflexão momentânea da agulha do amperímetro da hélice pode
ser notada.
As luzes de gelo nas asas podem ser usadas como necessário em vôos à noite a fim de verificar
o acúmulo de gelo nas asas. As luzes de gelo das asas operam a uma alta temperatura e por isso
não devem ser usadas por períodos prolongados enquanto a aeronave estiver no solo.
164
As superfícies de controles, dobradiças, o pára-brisa, tubos de Pitot, tampas de tanque de
combustível e ventilações devem ser verificadas se estão livres de gelo. O fluido de degelo deve
ser usado quando necessário.
Os drenos de combustível devem ser testados quanto ao fluxo livre. A água no sistema de
combustível tem uma tendência de condensar mais rapidamente durante os meses de inverno, e
se não for checado, grandes quantidades de umidade podem acumular nos tanques de
combustível.
A umidade não é sempre assentada no fundo do tanque de combustível. Ocasionalmente uma
camada fina de combustível pode estar abaixo de uma grande massa de água a qual pode
enganar o testador. Tenha certeza de que uma amostra de uma boa quantidade de combustível
seja drenada.
Também é importante adicionar a quantidade correta de aditivo anti-congelante no combustível.
Uma concentração muito grande de aditivo não assegura temperaturas de congelamento do
combustível menores, e pode atrapalhar a performance do motor durante o vôo. Consulte a seção
de Procedimentos Normais do livro de Operação do Piloto (POH) para determinar a quantidade
correta.
Os freios e os contatos dos pneus no solo devem ser checados quanto ao travamento. Nenhum
lubrificante a base de óleo contendo solução anti-gelo deve ser usado nos freios. Se os pneus
estiverem congelados no solo, use um fluido de degelamento não diluído ou um aquecedor no
solo para derreter o gelo ao redor do pneu, então mova a aeronave tão logo os pneus estiverem
livres. O aquecimento aplicado aos pneus não deve exceder 160ºF ou 71ºC.
As amarras para as hélices devem ser instaladas para assegurar que não haja dano nos
componentes internos do motor que não estão lubrificados quando os motores não estão
operando. O giro das hélices também pode ser uma fonte de perigo para a tripulação, os
passageiros e ao pessoal de suporte no solo. As pás das hélices seguras em suas posições de
amarras canalizam a umidade para baixo das pás, passa o cubo das hélices, saindo através da
pá inferior, dando assim uma maior eficiência do que em qualquer outra posição ou quando
deixada sem as amarras. Durante as condições particularmente geladas no solo, os cubos das
hélices devem também ser inspecionados quanto ao acúmulo de gelo e neve.
Os tubos de Pitot devem sempre ser cobertos enquanto a aeronave estiver descansando. As
coberturas devem somente ser removidas tendo a certeza de que ambos os tubos e drenos
estejam livres de gelo ou água. Leituras falsas podem ser obtidas se eles estiverem obstruídos.
Durante períodos extensos de taxi ou giro no solo, o sistema de auto-ignição deve ser desligado
até um pouco antes da decolagem. Isto vai ajudar a prolongar a vida útil das unidades ignitoras.
Neve ou água gelada diminui a performance da aeronave, tanto na decolagem como no pouso.
Durante uma decolagem, maior o espaço de corrida será necessário para atingir a velocidade de
decolagem necessária, enquanto que no pouso o espaço de corrida é maior devido à efetividade
reduzida dos freios.
Somente os degeladores das superfícies (BOOTS) são os degeladores verdadeiros. Os restantes
são realmente anti-congelante e devem ser usados para prevenir a formação de gelo, não para
derreter o gelo já presente. Gelo acumulado, mesmo para uma aeronave bem equipada, vai
diminuir sua performance e modificar os cálculos de combustível e tempo usados nos planos de
vôos. Uma velocidade mínima de 140 nós é necessária para prevenir a formação de gelo no lado
inferior da asa, o qual não pode ser degelado adequadamente.
Devido à distorção dos contornos das asas, a velocidade do ar para Estol deve ser esperada que
aumente com o gelo acumulado na aeronave. Por essa mesma razão, os avisos de indicação de
Estol não serão corretos e não devem ser levados em consideração. Mantenha uma margem
confortável da velocidade do ar acima da velocidade do ar normal para o Estol quando o gelo
estiver acumulado na aeronave. Para prevenir o acúmulo de gelo em superfícies não protegidas
das asas, mantenha um mínimo de 140 nós durante operações em condições onde há a suspeita
165
de congelamento. No caso de congelamento do pára-brisa, pode ser necessária uma redução na
velocidade do ar.
Durante o vôo, as palhetas de remoção de gelo no motor (separador inercial) devem ser
extendidas e as luzes anunciadoras apropriadas devem ser monitoradas quando:
- Antes da unidade visível é encontrada em OAT +5ºC ou abaixo.
- À noite, quando a liberdade de umidade visível não é assegurada e a OAT é +5ºC ou abaixo.
Durante vôos em condições de congelamento, o aquecimento da ventilação de combustível,
aquecimento do tubo de Pitot, degelador da hélice, aquecedor do pára-brisa e aquecedor de aviso
de Estol devem todos estar ligados (ON).
166
CAPÍTULO 10 - SISTEMA DE AR CONDICIONADO
DESCRIÇÃO
Esta seção descreve o sistema ambiental de forma a apresentar uma descrição detalhada do
sistema de ar condicionado, sangria de ar, aquecimento e sistema de ar refrigerado. Cada sistema
inclui uma descrição geral, princípio do funcionamento, controles, e procedimentos de emergência.
SISTEMA DE CONDICIONAMENTO DE AR
O sistema de condicionamento de ar refere-se aos dispositivos nos quais se controla o
condicionamento do ar. Além de assegurar uma circulação de ar, esse sistema controla a
temperatura pela utilização de aquecedores e refrigeradores, conforme necessário.
O sistema de condicionamento de ar consiste na pressurização do ar de sangria, sistemas de
aquecimento e resfriamento e seus respectivos controles associados. O sistema de
condicionamento de ar no King Air usa ar sangrado do motor da turbina para a pressurização e
aquecimento da cabine. O sistema de condicionamento de ar (figura 11.1), comandado pelo
sistema elétrico, proporciona ar frio para a cabine da aeronave.
A seção de controle do sistema de condicionamento de ar, localizado no painel inferior esquerdo
do co-piloto (Figura 11.2) proporciona um controle manual ou automático desse sistema. Essa
seção contém todos os controles principais das funções de condicionamento, tais como:
• Interruptor da válvula de sangria de ar;
• Interruptor de controle do ventilador de ar;
• Interruptor de temperatura manual para o controle da válvula de controle da temperatura da
cabine no trocador de calor ar-ar;
• Controle de nível de temperatura da cabine;
• Interruptor seletor de modos de temperatura da cabine, para seleção automática de
arrefecimento ou aquecimento, manual, automático ou desligado; • Interruptor de controle de
aquecimento elétrico.
167
Os controles manuais (figura 11.2), no painel inferior de instrumentos principais, podem ser
utilizados para regular o conforto da cabine de comando quando a cortina de divisão da cabine de
comando estiver ou não fechada e o nível de conforto da cabine for satisfatório. São eles:
• Controle de ar do piloto (figura 11.3).
• Degelador de ar (figura 11.4).
• Controle de ar na cabine (figura 11.5).
• Controle de ar do co-piloto (figura 11.6).
168
A posição totalmente para fora de todos esses controles vai proporcionar o aquecimento máximo
da cabine de comando e a posição totalmente para dentro vai proporcionar o aquecimento mínimo
da cabine de comando.
169
SISTEMA DE VENTILAÇÃO E AR FRESCO NA CABINE
A ventilação e o ar fresco na cabine são fornecidos de duas fontes distintas. A saber:
• Tomada de ar no modo pressurizado.
• Tomada de ar no modo não pressurizado.
No modo pressurizado, o sistema de aquecimento do ar externo drenado é misturado com o ar
interno da cabine, entrando na cabine do piloto através das tomadas tipo “globo ocular”,
localizados no painel dos pilotos (figura 11.8) e através da tomada de ar do assoalho (figura 11.9).
O volume de ar que entra pela tomada do assoalho é regulado usando-se o botão de controle de
ar da cabine, situado no painel inferior do co-piloto.
No modo não pressurizado, o ar ambiente é obtido através de uma fenda lateral localizada no lado
esquerdo do nariz do avião (figura 11.10). Durante a operação pressurizada, um eletroímã,
encontrado no interior do compartimento de instrumentos, força essa fenda lateral para a posição
fechada (CLOSED). Durante o modo não pressurizado, o ar entra pela entrada de ar lateral
esquerda, liberada pelo eletroímã. O ar circula na cabine forçado pelo ventilador do evaporador,
misturando-se com o ar que vem de fora, e é canalizado em torno do aquecedor elétrico e
misturado pelo duto da tomada do teto. O ar canalizado é distribuído individualmente a cada
membro da cabine (figura 11.11) através de várias tomadas individuais do tipo “globo ocular”, uma
unidade para cada indivíduo, no teto da cabine (figura 11.12) e pode ser direcionalmente
170
controlada movendo o soquete do “globo ocular”. A vazão de ar é regulada torcendo no sentido
horário ou anti-horário para abrir ou fechar a tomada.
171
ar sangrado e o ar ambiente da entrada da carenagem são misturados pela unidade de controle
de fluxo, e são direcionados para a parte traseira da parede de fogo, do lado de dentro de cada
nacele, e de lá para a seção central frontal da longarina principal.
Quando o interruptor de segurança (micro-interruptor) do trem de pouso esquerdo estiver na
posição retraída (posição solo), a válvula de ar ambiente, (figura 11.13) em cada unidade de
controle de fluxo, estará fechada.
Conseqüentemente, somente ar de sangria é liberado para o duto de ar de sangria do
condicionamento de ar, quando a aeronave estiver no solo. A exclusão do ar ambiente permite um
rápido aquecimento da cabine durante operações de tempo frio.
Em vôo, a válvula de ar ambiente está aberta, e quando o ar ambiente estiver com temperatura
acima de 30ºF, será misturado ao ar de sangria do motor na unidade de controle de fluxo. Durante
a operação em tempo quente, o ar de sangria do motor que vai para dentro da cabine, pode ser
bloqueado pela colocação do interruptor da válvula de ar sangrado, localizado no painel inferior
do co-piloto, na posição CLOSED. Fechando as válvulas de ar sangrado, previne que o ar de
sangria quente entre na área da cabine, maximizando a operação do condicionamento de ar.
O calor no ar pode tanto ser retido para aquecimento da cabine como dissipado para resfriamento,
quando o ar passa através da seção central da fuselagem. Se a mistura de ar sangrado para o
sistema é muito quente, para o conforto da cabine, a válvula de desvio do controle de temperatura
da cabine (figura 11.14) direciona algum ou todo esse ar através do trocador de calor ar-ar,
localizado na seção central da asa.
172
A posição do abafador na válvula de desvio do controle de temperatura da cabine é determinada
pelo posicionamento dos controles do grupo ENVIROMMENTAL no painel inferior do co-piloto.
Uma entrada de ar no bordo de ataque das asas internas leva o ar de impacto para dentro do
trocador de calor para a refrigeração do ar sangrado.
Dependendo da posição das válvulas de desvio do controle de temperatura da cabine, um maior
ou menor volume de mistura de ar sangrado vai ser jogado através ou ao redor do trocador de
calor. A temperatura do ar fluindo através do trocador de calor é mais baixa quando o calor é
transferido para as aletas de refrigeração, as quais são resfriadas pelo fluxo de ar de impacto
através das aletas do trocador de calor. Após deixar o trocador de calor, o ar de impacto é
direcionado através de uma abertura no lado inferior da asa.
O ar de sangria condicionado deixa ambas (direita e esquerda) válvulas de desvio do controle de
temperatura da cabine é então direcionado para dentro de um silenciador simples, localizado sob
a parte frontal direita da longarina principal, a qual assegura uma operação silenciosa do sistema
de ar de sangria do condicionamento. A mistura de ar é então jogada do silenciador para dentro
de um plenum misturador, localizado sob os pés do co-piloto.
Uma partição divide o plenum misturador em duas seções. Uma seção abastece o duto de saída
do chão e a outra abastece o duto de saída do teto. Ambas as seções recebem ar recirculado da
cabine da ventoinha do ventilador.
O ar passa através do evaporador, tal que ele irá ser resfriado se o condicionador de ar estiver
operando. No caso da ventoinha do ventilador se tornar inoperante, algum ar vai ser circulado,
através de um duto do lado de descarga do plenum misturador.
O duto de ar de sangria de condicionamento é direcionado para dentro da seção do duto do chão
do plenum misturador, então vira para trás para descarregar ar de sangria do condicionamento
em direção à parte traseira da seção do duto do chão do plenum misturador. A frente final de
descarga do duto do ar de sangria do condicionamento de ar quente (figura 11.15) é barrado e
lançado para o topo do plenum misturador e é liberado para o duto de aquecimento do piloto/co-
piloto, o qual é localizado abaixo do painel de instrumentos. Uma saída de cada final desse duto
é proporcionada para liberar ar quente para o piloto e o co-piloto.
173
Em cada saída de ar, um amortecedor, controlado mecanicamente, permite que o volume de fluxo
de ar seja regulado. O amortecedor do piloto é controlado pelo botão PILOT AIR (figura 11.3)
localizado no painel inferior esquerdo do piloto, na borda externa da coluna de controle. O
amortecedor do co-piloto é controlado pelo botão COPILOT AIR (figura 11.6), localizado no painel
inferior direito do co-piloto, na borda externa da coluna de controle. O botão de controle DEFROST
AIR (figura 11.4) está localizado no painel inferior direito do piloto, na parte interior da coluna de
controle.
Este botão controla uma válvula na parte da frente do duto de aquecimento do piloto/co-piloto o
qual admite ar para os dois dutos que liberam o ar quente para o degelador, localizado logo abaixo
do pára-brisa, no topo do pára-sol. Um plenum de ar construído dentro do pára-sol alimenta a
fonte de ar para as saídas tipo “globo ocular” do pára-sol do piloto e co-piloto, logo o uso do botão
de controle DEFROST AIR também controla o ar para as saídas tipo “globo ocular”.
O restante do ar do duto de ar sangrado do condicionamento é descarregado dentro da seção do
duto de saída dos rodapés do plenum misturador e misturado com o ar recirculado da cabine.
Essa mistura do ar passa através da válvula de controle de ar da cabine. Essa válvula é controlada
pelo botão de controle CABIN AIR (figura 11.5) localizado no painel inferior do co-piloto, abaixo da
borda da coluna de controle. Quando esse botão é puxado para fora, somente uma quantidade
mínima de ar vai ser permitida passar através da válvula, aumentando a quantidade de ar
disponível para as saídas de ar do piloto e do co-piloto, e para o degelador. Quando esse botão é
empurrado totalmente para dentro, a válvula é aberta e o ar do duto vai ser direcionado para os
registros de saída dos rodapés na cabine.
AQUECEDOR ELÉTRICO
174
(figura 11.17) são divididos em dois conjuntos com 4 elementos cada. Um desses conjuntos
proporciona calor para operação normal em NORMAL HEAT e ambos os conjuntos combinados
para operação em GROUND MAX HEAT, durante o voo somente quatro elementos estarão
disponíveis. O sistema elétrico da aeronave é protegido contra sobrecargas por um circuito de
trava que previne o uso do aquecedor elétrico durante a operação do sistema de degelo das
hélices ou dos pára-brisas.
O interruptor ELEC HEAT (figura 11.18), localizado no grupo ENVIROMMENTAL no painel inferior
do co-piloto, tem três posições: GND – MAX – NORM – OFF. Esse interruptor é um solenóide
seguro na posição GND MAX no solo e cai para a posição NORM quando o micro-interruptor de
segurança do trem de pouso estiver aberto. Isto proporciona um aquecimento máximo elétrico
para o aquecimento inicial da cabine.
Se o uso de todos os elementos aquecedores não é necessário para o aquecimento inicial, como
na posição GND MAX, o interruptor pode ser colocado na posição NORM, usando somente 4
elementos. Na posição NORM os quatro elementos aquecedores, suplementa automaticamente o
aquecimento do ar sangrado, em conjunto com o termostato da cabine. A posição OFF desliga
todos os aquecedores elétricos, deixando somente o ar sangrado para abastecer o aquecimento
da cabine.
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
A refrigeração da cabine é proporcionado pelo sistema de refrigeração de ciclo do refrigerante
gás-vapor consistindo de:
• Um compressor comandado por uma correia, instalado no nariz do avião.
• Um condensador.
• Uma ventoinha condensadora.
• Um evaporador.
• Um receptor-secador.
• Uma válvula de expansão.
• Uma válvula de controle de aquecimento da cabine.
O ar é mandado para o condensador, depois ao receptor-secador, depois para a válvula de
expansão, após para a válvula de controle de aquecimento da cabine, depois para o evaporador,
os quais todos estão localizados no nariz da aeronave (figura 11.19). A taxa de saída da instalação
normal no nariz da fuselagem é de 16.000 BTU.
175
O evaporador utiliza uma válvula de controle de aquecimento a gás-quente da cabine, e é operada
por um solenoide a fim de prevenir o congelamento. Uma chave térmica de 33ºF no evaporador
controla a válvula solenóide.
A ventoinha do ventilador sopra o ar da cabine recirculando através do evaporador, dentro de um
plenum de mistura, e dentro de ambas as saídas do rodapé e do teto (dutos). Se o modo
refrigeração estiver operando, um refrigerante vai circular através do evaporador e o ar que sair
vai passar a ser frio, dessa forma, todo o ar que entra no duto de saída do teto vai sair frio. Esse
ar é descarregado através dos bicos de saída do tipo “globo ocular” na cabine de comando e de
passageiros. Caba bico é móvel, de tal modo que o fluxo de ar pode ser direcionado como
desejado. Quando o bico é r[girado, um abafador abre ou fecha para regular o volume do fluxo de
ar.
O ar frio vai entrar no duto de saída do rodapé, proporcionando pressurização para a cabine. Ar
sangrado do condicionamento mais quente também pode entrar no duto de saída dos rodapés a
qualquer hora, bastando que a válvula BLEED AIR esteja na posição OPEN. O ar pressurizado é
descarregado nas saídas do teto e já não mais importa qual o modo de temperatura que está em
uso.
Uma ventoinha no condensador, na seção do nariz, leva ar ambiente através do condensador
quando o condicionador de ar estiver funcionando. O receptor-secador (figura 11.20) está
localizado na parte superior do compartimento do trem de pouso.
176
A seção de controle do sistema de condicionamento de ar no painel inferior do co-piloto (figura
11.2) proporciona um controle automático ou manual do sistema. Essa seção contém todos os
controles principais de função de condicionamento ambiental:
• Interruptor das válvulas de ar de sangria.
• Interruptor de controle de ventoinha do ventilador.
• Um interruptor manual de controle da temperatura para controlar a temperatura da cabine nos
trocadores de calor ar-ar.
• Controle do nível da temperatura da cabine.
• Interruptor seletor da temperatura da cabine para seleção de aquecimento ou resfriamento
automático.
• Aquecimento ou resfriamento, manual ou desligado.
• Interruptor de controle do aquecimento elétrico.
Quando os controles manuais adicionais no painel inferior dos instrumentos principais podem ser
utilizados para a regulação parcial do conforto na cabine de comando, quando a cortina de partição
da cabine de comando estiver fechada, o nível de conforto da cabine será satisfatório. Eles são:
• Ar do piloto.
• Ar de degelamento.
• Ar da cabine.
• Ar do co-piloto.
A posição totalmente para fora de todos esses controles vai proporcionar o aquecimento máximo
para a cabine de comando, e a posição totalmente para dentro vai proporcionar o aquecimento
mínimo para a cabine de comando.
Para vôos em climas quentes, tais como vôos em baixa altitude e curtos no verão, todas as
aberturas dos rodapés da cabine e das saídas do teto devem ser totalmente abertas para a
refrigeração máxima. Para vôos em climas frios, tais como vôos em grandes altitudes, vôos à noite
e vôos em clima frio, as saídas do teto devem estar todas fechadas e as saídas dos rodapés
totalmente abertas para um aquecimento máximo da cabine.
178
Como resultado, a temperatura da cabine vai variar de acordo com a posição das válvulas de
controle de aquecimento da cabine, se o ar condicionado estiver ou não em funcionamento.
Quando o seletor CABIN TEMP MODE estiver na posição MAN COOL, o sistema de
condicionamento de ar vai funcionar, até que se desligue ou quando o evaporador alcançar 33ºF,
quando o sensor térmico do ar condicionado irá desligar.
179
CAPÍTULO 11 - SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO
DESCRIÇÃO
A seção de pressurização deste manual apresenta a descrição do sistema de pressurização.
A função de vários componentes maiores, suas localizações físicas e a operação dos controles
do sistema de pressurização também são discutidas. Quando necessário, referências serão feitas
ao sistema de condicionamento de ar e como ele afeta a pressurização.
SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO
O sistema de pressurização do King Air C90A/ B (figura 12.1) foi projetado para proporcionar uma
condição ambiental na cabine com oxigênio suficiente para a respiração normal, independente da
altitude de vôo da aeronave, até certo teto determinado. Quando a aeronave sobe, a pressão do
ar ambiente externo diminui em até, aproximadamente, 12.500 pés, onde se pode suportar uma
respiração normal. O sistema de pressurização mantém uma altitude interna na cabine
proporcionalmente baixa. A pressão diferencial entre a pressão interna da cabine e a pressão do
ar ambiente externa é medida em lbs/pol².
Como o gráfico de altitude da cabine (figura 12.2) mostra sempre que a altitude da cabine e a
altitude da aeronave são iguais, não existe nenhuma pressão diferencial. Sempre que a pressão
da cabine for maior que a pressão externa, a pressão diferencial será um número positivo. Se a
pressão da cabine for menor que a pressão do ar ambiente externo, a pressão diferencial é um
número negativo. O diferencial máximo é definido como uma medida de pressão diferencial
positiva, mais alta do que a estrutura da aeronave pode suportar por um longo período de tempo.
O King Air C90A/ B, equipado com o motor PT6A-21, mantém um diferencial de 5,0 +/ - 0,1 PSI
proporcionando uma altitude pressão na cabine de, aproximadamente, 8.500 pés com altitude da
aeronave a 20.000 pés, e de 12.000 pés com o avião a 30.000 pés. Apesar do vaso de pressão
do King
Air ser projetado para suportar um máximo diferencial normal maior que 5,0 +/- 0,1 PSI, o
diferencial mínimo permissível é de 0. Isto quer dizer que, a estrutura da aeronave não foi
projetada para suportar um diferencial de pressão negativa.
180
O sistema de condicionamento de ar e pressurização (figura 12.1) opera em conjunto, um com o
outro ou como sistemas separados, para manter a altitude pressão e temperatura do ar na cabine
em valores determinados. Os compartimentos são pressurizados, aquecidos e resfriados através
de um sistema de tubulação comum.
181
“ Vaso de Pressão” significa a parte da aeronave projetada para suportar pressão diferencial. No
King Air, o vaso de pressão vai desde a caverna de pressão dianteira, entre a cabine de comando
e a seção do nariz até a caverna de pressão t raseira, logo atrás do compartimento de bagagem.
O revestimento exterior faz o selo externo.
As janelas foram projetadas para suportar esforço máximo. Todos os cabos, fiações elétricas e
tubulações que passam através das fronteiras do vaso de pressão são selados para reduzir
vazamentos.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE AR
Ar sangrado da seção P3 do compressor de cada motor é utilizado para pressurizar o vaso de
pressão. Uma unidade de controle de fluxo na nacele de cada motor controla a pressão do ar
sangrado e mistura o ar ambiente com ele, a fim de proporcionar uma mistura de ar mais frio na
função de pressurização.
A mistura flui para a válvula de corte de ar sangrado de condicionamento de ar, a qual contém
uma válvula solenóide, normalmente fechada.
Essa solenóide é controlada pela chave com a inscrição BLEED AIR VALVES – LEFT ou RIGHT
– OPEN – CLOSED no controle ENVIRONMENTAL (figura 12.3), localizado no painel inferior
esquerdo do copiloto.
A válvula solenóide estará fechada e não haverá ar sangrado que possa entrar na unidade de
controle de fluxo ou na cabine. Quando a BLEED AIR VALVE estiver na posição OPEN, a válvula
182
solenoide estará eletricamente aberta e a mistura de ar fluirá através da válvula para a unidade
de controle de fluxo. É necessário um controle elétrico para manter a solenóide com o fluxo aberto.
Se houver uma completa falha elétrica, a solenóide irá para a posição fechada. Não entrará mais
ar sangrado no vaso de pressão e a pressão da cabine irá diminuir gradativamente.
O ar que entra na aeronave flui através do duto de condicionamento de ar sangrado (figura 12.1).
O ar nesse duto de sangria é misturado com o ar recirculado da cabine (o qual pode ou não ser
ar-condicionado) no plenum misturador; vai através do duto central para a direção frontal até o
duto de aquecimento de ar para a tripulação, depois é direcionado para o duto de saída no chão.
Esse ar pressurizado é então introduzido na cabine através do sistema de condicionamento de ar.
Finalmente, o ar sai do vaso de pressão através da válvula de saída (figura 12.4), localizada na
caverna de pressão traseira. Um silenciador nas válvulas de segurança (figura 12.5) e de saída
assegura uma operação silenciosa.
183
A mistura de ambas as unidades de controle de fluxo de ar pressurizado é distribuída para o vaso
de pressão a uma taxa de, aproximadamente, 14 lbs/ min, dependendo da temperatura ambiente
e da altitude pressão. A pressão dentro da cabine e a razão de mudança da pressão da cabine
são reguladas pela válvula de saída de modulação pneumática (figura 12.6) a qual controla a taxa
de ar que pode escapar do vaso de pressão. Uma válvula de segurança (a vácuo) é montada
adjacente a essa válvula de modulação pneumática e está localizada na saída da caverna da
pressão traseira. Ela é possui funções:
Proporcionar um alívio de pressão no caso de uma má função da válvula de saída normal.
Permitir a despressurização do vaso de pressão sempre que a chave de pressão da cabine for
colocada na posição DUMP.
Manter o vaso de pressão sem pressurização enquanto a aeronave estiver no solo, quando o
micro-chave de segurança do trem de pouso esquerdo estiver comprimido.
184
Cada unidade de controle de fluxo de ar deixa o orifício de entrada de ar ambiente fechado,
permitindo somente que ar sangrado seja jogado no vaso de pressão.
Na decolagem, a válvula de segurança se fecha abrindo a válvula solenóide de corte de ar
ambiente na unidade de controle de fluxo de ar da esquerda em, aproximadamente, 6 segundos
após a abertura da válvula solenóide (na unidade de controle de fluxo direto).
185
marca do índice na posição frontal, no topo do mostrador. Ambas as escalas giram juntas quando
for girado o botão seletor de altitude da cabine.
186
despressurizar. Quando a chave estiver na posição TEST (atrás), a válvula de segurança será
fechada, e a micro-chave de segurança do t rem de pouso será desativada, facilitando o teste do
sistema de pressurização no solo.
Disjuntores de segurança para o sistema (figura 12.12) estão localizados abaixo, no painel do lado
esquerdo do co-piloto, no cabeçário ENVIRONMENTAL.
187
1. Indicador de posição dos flapes.
2. Razão de subida e descida da cabine.
3. Altitude da cabine e diferencial de Pressão.
4. Seletor de altitude da cabine.
5. Botão de razão de subida da cabine.
6. Botão de altitude da cabine.
7. Chave de teste de pressão da cabine.
8. Chave de controle direcional do leme de direção.
9. Chave do compensador do profundor.
188
VERIFICAÇÃO DA PRESSURIZAÇÃO EM VÔO DE SUBIDA
Quando a aeronave estiver subindo, a altitude pressão da cabine sobe a uma razão de variação
pré-selecionada até que a cabine alcance a altitude pressão selecionada. O sistema então irá
manter a altitude pressão da cabine no valor selecionado.
Se a aeronave subir para uma altitude maior que o valor determinado na escala CABIN ALT, o
diferencial de pressão entre a cabine e o ambiente externo vai aumentar até que seja alcançada
o ajuste de alívio de pressão da válvula de saída na válvula de segurança.
Qualquer uma ou ambas as válvulas vão ter autoridade sobre o controlador de pressurização da
cabine dentro de um limite de diferencial de pressão entre a cabine e o ambiente externo para o
diferencial de pressão normal de trabalho. Se a altitude pressão interna da cabine alcançar o valor
de 10.000 pés (12.500 pés para LJ-1353 e superior), uma chave sensora de pressão vai fechar.
Isso
causa a iluminação da luz anunciadora amarela ALTITUDE WARN, avisando ao piloto que para
essa operação requer o uso de oxigênio. Durante o vôo de cruzeiro, se o piloto necessitar de uma
mudança de altitude de 1.000 pés ou mais, mova a nova altitude para 500 pés acima da nova
altitude no mostrador CABIN ALT.
189
Tabela de ajuste de Controle de pressurização para pouso
190
A válvula de ar ambiente, associada ao sensor de temperatura, também é controlada pela micro-
chave de segurança do trem de pouso esquerdo. Quando a aeronave está no solo, a válvula é
direcionada para cortar a fonte de ar ambiente da válvula de controle de fluxo. A exclusão do ar
ambiente permite um rápido aquecimento da cabine durante operação em tempos frios.
Após a decolagem, a liberação da micro-chave de segurança do trem de pouso esquerdo faz com
que abra a válvula moduladora de ar ambiente. Elas fazem uso seqüencialmente para prevenir a
abertura simultânea das válvulas moduladoras e um surto repentino de pressão na cabine.
O pneumostato (termostato pneumático) proporciona uma entrada de ar a certa temperatura para
a unidade de controle de fluxo, o qual modula a quantidade de ar ambiente que entra na unidade
de fluxo. O ar externo e quente abre a válvula moduladora e permite mais ar ambiente para a
mistura.
O ar frio fecha a válvula até que se feche completamente até uma temperatura pré determinada.
Uma válvula de cheque previne o ar de vazar para fora da entrada de ar ambiente. Uma cápsula
aneróide, localizada perto do atuador de controle de fluxo do ejetor de ar sangrado, tem influência
na quantidade de ar sangrado que entra na unidade de controle de fluxo. Essa cápsula aneróide
proporciona informações sentidas pela altitude para a unidade de controle de fluxo, e combinando
com a unidade pneumostática, proporciona uma entrada exata de ar sangrado para o vaso de
pressão.
A quantidade de fluxo de ar dentro do vaso de pressão é influenciada diretamente pela
temperatura e pressão ambiente. Aumentando a temperatura e/ ou a pressão ambiente, vai causar
um decréscimo no fluxo de ar sangrado entrando no vaso de pressão. Uma diminuição em
qualquer um dos dois (pressão ou temperatura ambiente) permite mais ar sangrado de entrar na
cabine.
191
CAPÍTULO 12 - SISTEMA DE TREM DE POUSO E
FREIOS
DESCRIÇÃO
A seção do sistema de trem de pouso desse manual apresenta uma descrição do sistema de trem
de pouso, controles, suas limitações e emergências, sistema de indicação, extensão do sistema,
rodas, correções dos freios, freios de estacionamento, sua descrição, inspeção e detalhes.
192
Na decolagem, a parte inferior do amortecedor se extende até que um batente interno seja travado.
Uma tesoura de torque conecta a parte superior a parte inferior do amortecedor, isso permite a
compressão e extensão do amortecedor, mas resiste a forças rotacionais, dessa forma deixa as
rodas alinhadas com o eixo longitudinal da aeronave.
No conjunto do trem de nariz, a tesoura de torque também transmite o movimento de direcional
para a roda do nariz, e o movimento de vibração da roda do nariz para o amortecedor de vibração.
O conjunto dos tubos de torques contém um conjunto de suporte de rolete que trava o trem em
cima. Quando contactados pelo came da trava em cima, no cilindro do amortecedor do trem
principal, gira o tubo de torque para puxar as portas fechando-as durante o recolhimento do trem
de pouso ou empurrando-as na posição aberta durante sua extensão.
O movimento do rolete é transmitido através de um mecanismo para fechar as portas. Durante o
abaixamento do trem de pouso, a ação do rolete reverte o movimento do came para abrir as portas.
Quando o came tiver deixado o rolete, molas puxam o mecanismo sobre o centro para segurar as
portas na posição abertas.
193
SISTEMA DE DIRECIONAMENTO DA BEQUILHA
Um mecanismo ligado direto dos pedais do leme de direção permite o direcionamento da roda do
nariz da aeronave quando o trem de nariz estiver em baixo. Um elo fixado por molas no sistema
absorve as forças aplicadas de algum dos pedais interconectados até que a roda do nariz esteja
rolando.
Nesse momento a força da resistência no pedal é menor, e maior movimento no pedal resulta em
maior deflexão na roda do nariz. Desde que o movimento do pedal é transmitido por meio de cabos
até o mecanismo do leme, a deflexão do leme ocorre quando a força é aplicada nos pedais do
leme. Como o trem de pouso de nariz está recolhido, algumas dessas forças aplicadas em
qualquer dos pedais do leme é absorvida pelos elos acionados por molas no sistema de
direcionamento, só que não haverá movimento da roda do nariz, mas a deflexão do leme de
direção vai ocorrer. A roda de nariz é auto-centrável durante seu recolhimento.
Quando o esforço no pedal do piloto for aumentado pela ação dos freios, na roda principal, a
deflexão da roda do nariz pode ser consideravelmente aumentada.
194
Atuadores individuais no trem de pouso incorporam travas mecânicas internas que servem para
travar o trem de pouso quando inteiramente prolongada. O trem de pouso é recolhido por pressão
hidráulica.
Um motor de 28 volts do tipo engrenagens, localizado no lado dianteiro da longarina principal da
seção central, extende e retrai o trem de pouso. O motor incorpora um sistema de freios dinâmicos
controlado com chaves limites de “em cima” e “em baixo”, as quais em conjunto com o mecanismo
de travamento do trem de pouso previne um curso maior que o normal do trem de pouso.
A pressão hidráulica no sistema é fornecida por uma bomba de pressão hidráulica (figura 14.5).
Um reservatório hidráulico localizado na seção esquerda central da asa fornece o líquido hidráulico
ao bloco de comando. O reservatório incorpora um dip-stick para fornecer uma verificação visual
do nível do fluido.
Uma válvula seletora atuada eletricamente controla o fluxo do líquido hidráulico aos atuadores
individuais da engrenagem.
A válvula seletora recebe a corrente elétrica através do interruptor de controle do trem de pouso.
O recolhimento acidental do trem de pouso é impedido através dos interruptores de segurança
situados nos trens de aterragem principais.
Eixos de torque dirigem os atuadores dos trens principais, e correntes duplas dirigem o atuador
do trem do nariz. Uma embreagem de sobrecarga de fricção atuada por mola na caixa de
195
engrenagens previne danos à estrutura e aos eixos de torque no caso de má função mecânica.
Um disjuntor de 50 amperes localizado no painel de disjuntores do pedestal protege o sistema de
uma sobrecarga elétrica.
Um gancho e pratos de fixação, presos em cada braço de arrasto do trem de pouso principal atua
sobre o centro do braço de arrasto do trem de nariz proporcionando um travamento do trem na
posição DOWN. Um parafuso em cada atuador segura o trem na posição UP.
O bloco de potência (figura 14.7) consiste de uma bomba hidráulica, um motor 28-VDC, um
reservatório de fluidos em duas seções, telas de filtro, uma válvula seletora de quatro vias, um
seletor solenóide ascendente, um sensor de fluido hidráulico e um interruptor de pressão. Para a
extensão manual o sistema tem uma alavanca manual.
O punho da bomba é posicionado no assoalho entre o assento de piloto e o pedestal.
Três linhas hidráulicas (uma para a extensão normal, outra para o recolhimento e a terceira para
a extensão da emergência) são distribuídas aos atuadores do trem de nariz e trem principal. As
linhas de extensão normal e as linhas de extensão manuais são conectadas à extremidade
superior de cada atuador hidráulico.
As linhas hidráulicas para o recolhimento são montadas na extremidade mais baixa dos atuadores.
O líquido hidráulico sob pressão (gerada pela bomba do bloco de potência e contida no
acumulador) atua nas faces dos pistões dos atuadores (que são unidos as pontas de dobramento),
tendo por resultado a extensão ou a recolhimento do trem de aterragem.
196
Quando os pistões dos atuadores forem posicionados para baixar o trem de pouso, um mecanismo
interno no atuador do trem de nariz arrasta o trem de nariz e fecha o conjunto da engrenagem de
nariz para a posição inferior. Nesta posição, o mecanismo de travamento interno no atuador do
trem de nariz atuará no interruptor do atuador para interromper a corrente ao motor da bomba. O
motor continuará a funcionar até que todas as três pernas do trem estejam baixadas e travadas.
Um conjunto de molas é montado na parte superior de arrasto da engrenagem principal,
fornecendo ação positiva de travamento para o trem principal.
Em vôo, com a alavanca de comando do trem de pouso na posição DN, com os movimentos do
trem de pouso inteiramente na posição inferior, os interruptores são atuados, fazendo com que o
relé do trem de pouso interrompa a corrente no motor da bomba. Quando a luz vermelha GEAR-
IN-TRANSIT se apaga, as três luzes verdes NOSE – L - R se iluminam, e o trem de pouso vai
estar na posição baixado e travado.
Um solenóide montado na extremidade do corpo da válvula da bomba é energizado quando a
alavanca de comando do trem estiver na posição UP, atuando a válvula seletora do trem,
permitindo que o líquido hidráulico flua no sistema. A válvula seletora de trem e a mola na posição
inferior mover-se-ão para a posição UP somente quando energizada. O atuador do trem de nariz
destravará quando 200 a 400 PSI de pressão hidráulica forem aplicadas ao atuador do trem de
nariz. O trem de pouso irá retrair somente após o atuador do trem de nariz estar destravado.
A pressão hidráulica no sistema executa a função de travamento, prendendo o trem de pouso na
posição em cima.
Quando a pressão hidráulica alcançar aproximadamente 1.850 PSI; o interruptor de pressão da
trava abrirá o relé do trem de pouso e interromper a corrente ao motor da bomba. O mesmo
interruptor de pressão fará com que a bomba atue caso a pressão hidráulica caia abaixo de,
aproximadamente, 1.600 PSI.
O circuito de controle do trem de pouso é protegido por um disjuntor de 2 ampères situado no
Painel inferior interno do piloto. A força para o motor da bomba é fornecido através de um relé
montado no trem de pouso e de um disjuntor de 60 ampères. Ambos estão situados sob o assoalho
da cabine, na seção central da asa. O relé do motor é energizado pela corrente do disjuntor de 2
ampères e pelo interruptor de fechamento.
197
SISTEMA INDICADOR DE FLUIDO HIDRÁULICO
O sinal luminoso HYD FLUID LOW, localizado no painel de sinais luminosos (figura 14.9), se
iluminará sempre que o nível do fluido hidráulico, no reservatório do bloco do trem de pouso, for
baixo. O sinal luminoso é testado pressionando a tecla HYD FLUID SENSOR TEST, localizada no
painel inferior do piloto.
Se o anunciador HYD FLD LOW aparecer, uma extensão normal pode ser tentada, mas o piloto
deve estar preparado para uma extensão manual do trem de pouso em emergência.
CONTROLES E INDICADORES
O motor do trem de pouso é controlado pelo movimento da alavanca de comando do trem de
pouso com a inscrição LDG GEAR CONT – UP – DN, localizado no painel inferior esquerdo do
co-piloto (figura 14.8). A alavanca deve ser puxada para fora sobrepondo um calço antes de poder
ser movida a qualquer das posições UP ou DN.
198
Um micro-interruptor de segurança (figura 14.10), localizado na articulação do trem de pouso
principal direito, interrompe o circuito de controle quando o amortecedor estiver comprimido. O
micro-interruptor também atua um solenóide que move o gancho da trava embaixo na chave LDG
GEAR CONT para a posição travada. Esse mecanismo previne a alavanca do trem de pouso de
ser levantada quando a aeronave está no solo. O gancho da trava em baixo automaticamente
destrava quando a aeronave deixa o solo. No caso de uma má função do solenoide da trava em
baixo ou no circuito do micro-interruptor, o gancho da trava em baixo pode ser liberado pela
pressão do botão vermelho DOWN LOCL REL. O botão de liberação está localizado logo a
esquerda da chave da alavanca do controle do trem de pouso.
A alavanca de comando do trem nunca deve ser movida para fora da posição DN com a aeronave
no solo. Se isso acontecer, a buzina de aviso do trem de pouso irá tocar intermitentemente e as
luzes GEAR – IN – TRANSIT vai acender (só se a bateria estiver em ON), avisando ao piloto para
retornar a alavanca para a posição DN. A posição do trem de pouso é indicada por um conjunto
de três luzes individuais localizados no painel inferior do piloto.
199
Duas luzes em um circuito paralelo (vermelhas), localizadas na alavanca do trem de pouso
ilumina-se para mostrar que o trem está em trânsito ou destravado (figura 14.13). O trem de pouso
em cima (UP), é indicado quando a luz vermelha se apaga. As luzes vermelhas na alavanca
também se acendem quando a buzina de aviso do trem de pouso está atuando.
As luzes de controle vermelhas podem ser checadas pressionando-se o botão HOL LT TEST
(figura 14.14), localizado adjacente à alavanca do trem de pouso.
Cada chave de posição em cima, normalmente fechada, está localizada na parte superior de seu
respectivo compartilhamento da roda. Quando o trem está na posição totalmente recolhido, cada
amortecedor atua em sua respectiva chave para cortar o circuito das luzes em trânsito ou no solo.
Tão logo o trem se mova da posição em cima, para acender as luzes em trânsito, proporcionando
um caminho para baixo através da chave na posição em baixo. As luzes em trânsito vão se apagar
quando o braço de arrasto, em cada trem de pouso, passa sobre o centro para atuar sua respectiva
chave de posição em baixo para contatos momentâneos. Nessa posição, a chave corta o circuito
200
das luzes GEAR – IN – TRANSIT e completa o caminho para DN, com as luzes na posição em
baixo.
A chave de posição em baixo, em cada trem, também funciona como uma chave de aviso do
sistema.
Obs.: As luzes do trem de pouso em trânsito (GEAR – IN – TRANSIT) indicam uma ou todas as
seguintes condições:
a. A alavanca do trem de pouso está na posição em cima (UP) e a aeronave está no solo com o
peso sobre o trem de pouso.
b. Uma ou ambas as alavancas de potência estão retardadas abaixo de aproximadamente 79 +/-
2% de N1 e um ou mais trens de pouso não estão abaixados e travados. A buzina de aviso vai
soar.
c. Algum ou todos os trens de pouso não estão na posição totalmente recolhido ou na posição DN.
d. A buzina de aviso foi silenciada e não vai operar com os motores abaixo de 79 +/- 2% de N1.
e. Os flapes foram colocados na posição APPROACH (36% ou mais) com o trem de pouso na
posição UP (LJ-609 e seguintes, LW-74 e seguintes).
Logo, a função das luzes de trem de pouso em transito (GEAR – IN – TRANSIT) é indicar que o
trem está em transito. A posição do trem de pouso não é aquela da alavanca ou se a buzina de
aviso do trem de pouso foi silenciada e não rearmada. As luzes permanecem acesas mesmo
quando a buzina for silenciada.
O indicador UP, DN e o silenciador da buzina de aviso são completamente independentes. Uma
má função em qualquer um dos sistemas provavelmente vai deixar os outros dois sistemas
inafetados.
201
EXTENSÃO MANUAL DO TREM DE POUSO
A extensão do trem de pouso manualmente (figura 14.15) é proporcionada através de um sistema
comandado por correntes operado manualmente, totalmente separado. Puxe o disjuntor LANDING
GEAR RELAY, localizado no painel inferior esquerdo do co-piloto, e tenha certeza de que o
interruptor da alavanca do trem de pouso está na posição DN antes de extender o trem
manualmente.
Puxe a alavanca EMERGENCY ENGAGE, localizado no chão, e gire no sentido horário, travando
nessa posição.
Quando a alavanca EMERGENCY ENGAGE for puxada para cima, o motor de comando do trem
de pouso é mecanicamente desconectado do sistema, e o sistema de emergência é travado na
caixa de engrenagens. Quando o diretor de emergência for travado, a corrente é dirigida por uma
catraca de ação contínua, a qual é ativada pelo bombeamento da alavanca adjacente à alavanca
do sistema de emergência.
Para acoplar o sistema, puxe o disjuntor LANDING GEAR RELAY, localizado abaixo e a esquerda
do punho de comando do trem de pouso, no painel inferior do piloto (figura 14.16), assegurando-
se que o punho já esteja na posição DN.
202
Remova o grampo de fixação do punho da bomba de emergência, e bombeie o punho para acima
e para baixo até que as luzes de indicação do trem de pouso NOSE – L - R se iluminem. Após,
coloque o punho totalmente na posição inferior e fixe o grampo de retenção.
AVISO
PARE DE BOMBEAR QUANDO AS 3 LUZES NOSE – L - R ACENDEREM. UMA
MOVIMENTAÇÃO DA ALAVANCA APÓS ISSO PODERÁ DANIFICAR O MECANISMO DE
ACIONAMENTO E PREVENIR UMA SUBSEQUENTE RECOLHIMENTO DO TREM
ELETRICAMENTE.
AVISO
SE POR ALGUMA RAZÃO, AS LUZES VERDES NOSE – L - R NÃO SE ILUMINAREM, NO CASO
DE UMA FALHA ELÉTRICA, CONTINUE BOMBEANDO ATÉ QUE UMA RESISTÊNCIA
SUFICIENTE SEJA SENTIDA PARA ASSEGURAR QUE O TREM DE POUSO ESTEJA EM
BAIXO E TRAVADO, MESMO QUE ATRAVÉS DESSE PROCEDIMENTO POSSA CAUSAR UM
DANO NO MECANISMO DE DIREÇÃO.
Após uma extensão de emergência do trem de pouso, não coloque a alavanca da bomba na
posição de recolhimento; não mova qualquer controle do trem de pouso ou recoloque qualquer
interruptor ou disjuntor em seu lugar de origem, até que a aeronave esteja sobre macacos, desde
que a falha possa ter sido no circuito do trem em cima, e o trem poderia retrair no solo. O trem de
pouso não pode ser recolhido manualmente.
Após uma prática de extensão manual, o trem de pouso pode ser retraído eletricamente. Gire a
alavanca EMERGENCY ENGAGE no sentido anti-horário e empurre-a para baixo. Recolha a
alavanca de extensão, empurre o disjuntor LANDING GEAR RELAY, localizado no painel inferior
do co-piloto, e retraia o trem de pouso de maneira normal, com a alavanca.
203
1.850 PSI. O interruptor de pressão da trava em cima abre nesse momento, quebrando o circuito
de força para o motor da bomba, e parando a bomba hidráulica.
Esse interruptor de pressão vai fechar periodicamente quando a pressão cai a aproximadamente
1.600 PSI, devido a um vazamento normal do sistema, e re-energiza a bomba para restaurar a
pressão necessária para travar o trem em cima. Conseqüentemente, quando o trem de pouso for
recolhido, a pressão será mantida entre aproximadamente 1.600 e 1.850 PSI para manter o trem
de pouso em sua posição recolhida.
Um acumulador pré-carregado com 800 PSI, localizado no interior da nacele da asa esquerda, é
projetado para ajudar a manter a pressão do sistema no modo trem em cima.
204
205
EXTENSÃO MANUAL DO TREM DE POUSO
Uma alavanca da bomba manual, com a inscrição LANDING GEAR ALTERNATE EXTENSION,
está localizada no chão entre o assento do piloto, no pedestal. A bomba está localizada abaixo,
no chão, abaixo da alavanca, e é usada quando a extensão da emergência do trem for necessária.
Para engatar o sistema, puxe o disjuntor LANDING GEAR RELAY, localizado abaixo e a esquerda
do interruptor da alavanca LDG GEAR CONT, no painel inferior do piloto, e assegure que o
interruptor da alavanca LDG GEAR CONT está na posição DN (figura 14.19). Remova a alavanca
da bomba do clip de segurança e bombeie para cima e para baixo até que as luzes indicadoras
de trem em baixo NOSE - L - R se acendam. Uma grande resistência é sentida. Coloque a
alavanca na posição toda para baixo e fixe o clip de retenção.
206
AVISO
207
Após uma prática de extensão manual do trem de pouso, o trem pode ser recolhido
hidraulicamente empurrando o disjuntor LANDING GEAR RELAY para dentro e movendo o
interruptor da alavanca LDG GEAR CONT para a posição em cima (UP).
Se uma extensão alternada do trem de pouso se torna necessária, não há nenhum limite à
quantidade de ciclos que a engrenagem hidráulica pode ser bombeada. Durante uma falha elétrica
completa ou parcial, as luzes do trem de pouso em baixo, luzes de trânsito e os avisos de
advertência de trem em trânsito, podem não operar. Um método positivo para certificar que o trem
de pouso esteja em baixo é com a resistência ao bombear o punho de extensão. Quando todas
as três pernas do trem estiverem em baixo, a pressão hidráulica estará acumulada até que a
válvula de escape de pressão abra, aliviando a pressão acumulada pelo punho. Isto pode ser
sentido pelo piloto como uma grande resistência ao bombear.
208
RECOLHIMENTO E MANUTENÇÃO DO TREM DE POUSO
Uma válvula do serviço (figura 14.20), localizada à frente do conjunto do bloco do motor, pode ser
usada em conjunto com a bomba manual de recolhimento do trem de pouso para manutenções.
Com o avião alimentado pela fonte externa, solte o retentor articulado e levante-o no botão
vermelho localizado sobre a válvula do serviço. A bomba manual pode então ser usada para
levantar o trem de pouso para a posição desejada. Depois que a manutenção exigida for
executada, abaixe o botão vermelho, e use a bomba manual para baixar o trem de pouso. Essa
válvula não é acessível ao piloto.
ATENÇÃO
PNEUS
A roda do trem de pouso de nariz é equipada com pneu inflável, sem câmera, do tipo 6,50 x 10,
com 6 camadas.
Cada roda do trem principal é equipada com pneu inflável, sem câmara, do tipo 8,50 x 10, com 8
camadas. Para aumentar a vida útil de serviço de um pneu de 10 camadas pode ser instalado
desde que seja 8,50 x 10. Cheque o livro de Operação dos Pilotos quanto à pressão correta dos
pneus.
AMORTECEDORES
Os amortecedores devem sempre ser inflados adequadamente. Não infle acima nem abaixo do
normal, e nunca reboque ou faça taxi quando qualquer dos amortecedores estiver sem pressão.
A inflação correta é de aproximadamente 3 polegadas para o amortecedor principal e de 3,9 a 3,5
polegadas para o amortecedor do nariz.
209
A pressão hidráulica resultante do movimento dos pistões nos cilindros máster é transmitida
através de mangueiras flexíveis e tubos de alumínio fixados para os conjuntos de freios de disco
nas rodas do trem de pouso principal. A pressão força os pistões do freio na roda para pressionar
um com o outro nas pastilhas e nos discos do conjunto de freios.
Como em qualquer aeronave, a tração apropriada e controle do freio não podem ser esperados
até que o trem de pouso esteja carregando o peso total da aeronave. Use um extremo quando
freando para prevenir bloqueio, e assim, seções de desgastes nos pneus causados por esse
bloqueio. A frenagem deve ser suave e constante durante todo o caminho para o final da rolagem
no solo.
210
As linhas hidráulicas dos cilindros mestres do piloto e do co-piloto são interconectadas por uma
válvula lançadora em linha. O sistema tem a pressão de frenagem aplicada para reter o controle,
pois a válvula lançadora bloqueia o outro sistema. Os pedais direito do piloto e do co-piloto
controlam o freio do trem de pouso principal direito. Similarmente, os pedais esquerdos do piloto
e do co-piloto controlam o freio do trem de pouso principal esquerdo.
Esse arranjo permite uma frenagem diferenciada para táxi e manobras no solo.
FREIOS DE ESTACIONAMENTO
O freio de estacionamento utiliza os freios regulares e um conjunto de válvulas (figura 14.22).
Válvulas duplas de freio de estacionamento são instaladas adjacentes aos pedais do leme de
direção entre os cilindros mestre dos pedais do piloto e os freios das rodas. As duas válvulas do
tipo alavanca são localizadas logo abaixo do compartimento de vôo, em baixo do piso do corredor
central.
Um cabo empurre/puxe das alavancas de controle da válvula corre para o painel inferior esquerdo
do piloto, terminando com um botão. O botão de controle das válvulas de freio de estacionamento,
211
com a inscrição PARKING BRAKE – PULL ON está no canto superior esquerdo do painel inferior
esquerdo do piloto.
Para selecionar o freio de estacionamento use os pedais de freio para aumentar a pressão no
sistema de freios, então desaperte o botão no centro de controle do freio de estacionamento e
puxe a alavanca de controle para trás em ON. Esse procedimento fecha ambas as válvulas do
freio de estacionamento simultaneamente. As válvulas de freio de estacionamento devem reter a
pressão previamente bombeando dentro do sistema.
O freio de estacionamento pode ser liberado do lado do piloto quando os pedais de freios são
descomprimidos, para equalizar a pressão em ambos os lados da válvula, e a alavanca PARKING
BREAK é empurrada para dentro, a fim de permitir que a válvula de freio de estacionamento se
abra.
Para prevenir danos no sistema de freios de estacionamento, pneus e trem de pouso, o freio de
estacionamento deve ser deixado solto, com calços nas rodas ou amarras instaladas nos pneus,
caso o avião necessite ficar estacionado, pois o avião bem pode ser movido por pessoas em terra
na ausência do piloto. Mudanças de temperatura ambiente também podem expandir ou contrair o
fluido hidráulico do freio causando pressão excessiva ou alívio de pressão nos freios.
212
LIMITES DE DESGASTE DOS FREIOS
O ajuste das pastilhas de freio é automático, eliminando assim a necessidade de ajustes
periódicos por folgas.
Cheque o desgaste dos freios periodicamente para assegurar que a dimensão “A”, na ilustração
de desgaste de freio (figura 14.24). Não alcance os limites mínimos como escritos no POH.
Quando as pastilhas alcançarem esses limites, veja em “Referência”, na parte de Instrução de
Manutenção e Serviços da BEECHCRAFT para as rodas e freios. O freio de estacionamento deve
ser ajustado (pressão nos freios) antes que isso possa ser feito.
213
214
215
216
CAPÍTULO 13 - SISTEMA DE CONTROLES DE VÔO
GEMERALIDADES
Este capítulo apresenta uma descrição e um exame do sistema de controles de voo, seus
controles e limites que são considerados como referência as operações e para manutenção.
CONTROLES DE VÔO
A aeronave é equipada com ailerons convencionais, profundores e leme direcional. Controles de
Voo primários incluem os ailerons, leme e profundores. Estes controlam o Avião atraves da
inclinação, Rotação nos Eixos de guinada e rolagem. Cada um dos controlos de Voo primários tem
um sistema de Comando Mecânico de compenssação, o sistema de compenssação do profundor
dispõe de um sistema elétrico de compenssação.
Mecanismos de Operação
A aeronave é equipada com comandos duplos, para o comandante e para o co-piloto. Os ailerons
e profundores são operados por manches interconectados por uma barra em formato de “T”. Os
pedais do leme direcional são interconectados por linkagem abaixo do assoalho. Esses sistemas
são conectados às superfícies de controle através de roldanas e cabos. Leme, profundor e aileron
são ajustados através de compensadores localizados no pedestal central. Um indicador de posição
para cada um dos compensadores está integrado com o respectivo controle de trimagem.
217
CONTROLES DE VOO PRIMÁRIOS
Ailerons instalados no bordo de fuga de cada asa fornece, o controle de rologem, mecanicamente
através da roda de controle ou eletricamente através do servo do piloto automático. Girando a roda
de controle esquerdo ou direito de neutro, mecanicamente aciona os ailerons através de um sistema
de cabos e bellcranks. Batentes mecânicos sobre os ailerons limitam o movimento total para cerca
de 25 ° para cima e 15 ° para baixo a partir de neutro. O piloto automático também atua nos ailerons
através de um servo, ligado a cabos do circuito de controle do aileron.
218
219
PROFUNDOR
O comando da superfície primária do profundor,que é instalado no bordo de fuga do estabilizador
horizontal que fica na extremidade da empenagem, é responsável pela arfagem e pela picagem
da aeronave, ou seja pela subida e descida da aeronave. Um sistema de impulso mecanico ou
eléctrico de compenssação, impulsiona as guias do profundor, para reduzir as forças de controle
do profundor e aparar a aeronave no eixo longitudinal. Girando a roda TAB ELEVADOR para frente
ou para trás a partir de neutro, mecanicamente aciona os atuadores do compensador. Os
atuadores rosca sem fim em seguida, estendem ou retraem para mover as guias do profundor de
compenssação na direção necessária para lançar o nariz para cima ou para baixo. Com o
interruptor ELEV TRIM na posição ON, o sistema de impulso elétrico de compenssação é ativado.
Atuação de um conjunto de opções TRIM para o nariz ou a posição DN NARIZ dirige e alimenta o
atuador guia elétrico de compenssação.
220
LEME DE DIREÇÃO
O leme proporciona o controlo direcional da aeronave em relação ao eixo vertical. Ele é instalado
no bordo de fuga do estabilizador vertical na empenagem Um sistema de cabo de conexão direta
de ambos os conjuntos de pedais para a cauda impulsionam o leme. Deflexão de um conjunto de
pedais a partir de neutro, mecanicamente desvia o leme para produzir um movimento de guinada.
Movimento do leme total é de 25 ° para a esquerda ou para a direita partindo de neutro.
Girando a roda de leme esquerdo TAB ou direito a partir de neutro, mecanicamente move o
compenssador do leme para reduzir as forças de controle de pedal do leme. Deflexão total da guia
é de aproximadamente 15 ° para a esquerda ou para a direita a partir de neutro.
221
Compensador Manual de Profundor
O controle manual do compensador do profundor é feito através da roda do compensador do
profundor localizada no lado esquerdo do pedestal. Girando-a para frente irá causar um movimento
picado enquanto que para trás irá cabrar a aeronave.
SISTEMA DE FLAPES
Os flapes são do tipo Fowler e são formados pelo conjunto de dois painéis em cada asa. São
comandados por um motor elétrico através de uma caixa de engrenagens montada sobre o lado
dianteiro da longarina traseira (figura 15.1). O motor incorpora um sistema de freios dinâmicos
através do uso de dois ajustes no motor. Este sistema ajuda a prevenir um movimento anormal
dos flapes (assimetria).
A caixa de engrenagens comanda quatro eixos diretores flexíveis, cada um é conectado a um
atuador tipo parafuso em cada flape.
Os flapes são operados por um controle manual localizado no pedestal, logo abaixo das manetes
de condição de combustível (figura 15.2). O curso dos flapes vai de 0% (UP) até 100% (DOWN),
é indicada em 20, APPROACH, 40, 60, 80 e DOWN em porcentagem de curso em um indicador
elétrico no topo do pedestal (figura 15.3).
222
O controle da flape tem um sensor de posição quando for selecionado 30% (15º) - APPROACH.
A deflexão total dos flapes é de, aproximadamente 43º. O indicador é operado por um
potenciômetro dirigido pelo flape interno direito. As chaves de limite das posições do flape são
dirigidas pelo flape interno direito.
223
Do mesmo modo, os flapes podem ser movidos para qualquer posição entre DOWN e APPROACH
pela elevação da alavanca para UP até que o ajuste desejado seja alcançado, depois volte à
alavanca para APPROACH. O calço da posição APPROACH atua como uma parada para
qualquer posição maior que 35%. Movendo a alavanca de DOWN para APPROACH não vai retrair
os flapes. Quando os flapes estiverem na posição de APPROACH e a alavanca for movida de
APPROACH para a posição UP, os flapes se retraem completamente não podendo parar em
posições intermediárias.
O circuito de força para o motor do flape é protegido por um disjuntor de 20 amperes com a
inscrição FLAP MOTOR, localizado no painel de disjuntores do pedestal (figura 15.4).
Um disjuntor de 5 ampères, com a inscrição FLAP IND, para o circuito de controle do flape está
localizado no painel inferior direito do co-piloto.
224
SISTEMA DE COMANDO DO LEME DE DIREÇÃO
O sistema de controle do leme de direção (figura 15.6) é necessário no auxílio do piloto em manter
o controle direcional no caso de uma falha em um motor ou de uma grande variação de potência
direcional entre os motores.
O sistema é formado por cabo no leme e dois servos de impulso pneumáticos que atuam nos
cabos para fornecer pressão no leme a fim de ajudar a compensar a pressão assimétrica.
O sistema de impulso do leme de direção consiste em atuadores pneumáticos localizados na
empenagem que fornecem deflexão exigida ao leme quando houver uma perda de motor. Um
interruptor de pressão diferencial, montado no distribuidor pneumático, gerencia a sangria de ar
P3 dos motores. No caso de perda de ar sangrado P3 em um motor (inoperante), este interruptor
de pressão energizará um solenóide que atuará no sistema pneumático desviando ar sangrado
do outro motor ao atuador apropriado.
Durante sua operação, um interruptor sensor de diferencial de pressão faz sangrar ar drenado dos
motores. Se o diferencial de pressão do ar drenado exceder a, aproximadamente 50 PSI de
pressão diferencial, um sinal proveniente deste interruptor de pressão diferencial abre uma válvula
solenóide a uma das linhas do leme de direção, impulsionando somente um dos servos. Com isso,
somente um servo pressurizado atuará então sobre um dos cabos do leme. Molas de tensão na
conexão entre os servos e o leme os cabos diminuem as folgas no cabo do leme quando um ou
outro servo é atuado.
225
A pressão de ar drenado do motor esquerdo atuará no servo e no pedal direito do leme de direção,
movendo-se para frente. A pressão de ar drenado do motor esquerdo atuará no servo e no pedal
esquerdo do leme de direção, movendo-se para frente. Um movimento oposto no pedal faz mudar
o sentido de atuação do servo. Este sistema somente serve para ajudar a compensar a pressão
assimétrica. Deve-se fazer uso dos compensadores do leme de direção para regular um comando
apropriado.
O sistema é controlado por uma alavanca localizada abaixo da manete de potência (figura 15.7),
um botão interruptor com a descrição RUDDER BOOST - OFF, localizado abaixo do compensador
do aileron e sua posição correta deste interruptor, antes do vôo, é RUDDER BOOST.
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CAPÍTULO 14 - SISTEMA DE OXIGÊNIO
GENERALIDADES
A seção do sistema de oxigênio inclui sua descrição geral, princípio de operação, controles e
procedimentos de emergência. O uso do gráfico de duração do oxigênio envolve problemas
simulados de trabalho sob várias condições de vôo.
Requerimentos do FAR para as necessidades dos passageiros e tripulantes são parte em
discussão, assim como os tipos e disponibilidade das máscaras de oxigênio.
SISTEMA DE OXIGÊNIO
De acordo com o FAR, a qualquer aeronave que pretenda voar acima de 25.000 pés, o sistema
de oxigênio deve estar imediatamente, disponível para a tripulação e os passageiros. O sistema
do King Air C90A/B está de acordo com esse requerimento.
O sistema de oxigênio (figura 17.1) do King Air C90A/B é do tipo de fluxo constante baseado em
um fluxo adequando para uma altitude de 30.000 pés.
As máscaras dos tripulantes e passageiros e o gráfico de duração de oxigênio (disponível na seção
de procedimentos normais do POH) são baseados em 3.7 LPM NTPD. A única exceção é a
máscara opcional da tripulação do tipo diluidora-por-demanda quando usada no modo 100%. Para
o computo da duração do suprimento de oxigênio, cada máscara, sendo usada no modo 100%, é
contada como duas máscaras e 3.7 LPM NTPD, cada.
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Para usar as máscaras, coloque (cubra) o nariz e a boca e ajuste o elástico ao redor da cabeça
para segurar a máscara firmemente no lugar. Todas as máscaras são facilmente ligadas nas suas
respectivas tomadas pela colocação do plug no orifício empurrando firmemente e girando por
aproximadamente ¼ de volta no sentido horário.
Para desconectar a máscara facilmente, faça a operação reversa.
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Quando esse controle é empurrado para dentro, nenhum abastecimento de oxigênio estará
disponível para o interior da aeronave. Quando esse controle for puxado para fora, o sistema de
oxigênio será abastecido com oxigênio, pronto para uso, desde que o cilindro de abastecimento
de oxigênio não esteja vazio.
O controle de oxigênio deve ser puxado para fora antes de alcançar 18.000 pés, a fim de assegurar
que o oxigênio vai estar imediatamente disponível a qualquer hora, quando for necessário. O
suprimento de oxigênio pode ser interrompido descendo-se abaixo de 18.000 pés.
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nenhuma perda de oxigênio quando as máscaras forem conectadas e a alavanca PULL ON for
puxada para fora, através da qual o oxigênio é imediatamente colocado em disponibilidade.
Uma pequena alavanca em cada máscara de oxigênio permite a seleção de dois modos de
operação:
• NORMAL – O ar da cabine é misturado com o oxigênio abastecido através da máscara. Isto
reduz o consumo da quantidade do suprimento de oxigênio e também é mais confortável do que
o uso do oxigênio em 100%.
• 100% - Usado quando há fumaça ou vapores na cabine de comando. Esta posição deve ser
usada para prevenir a inalação de ar contaminado. Por esta razão a alavanca seletora sempre
deve ser deixada na posição 100%, quando as máscaras não estão sendo usadas de modo que
elas estarão sempre prontas para o uso máximo em emergência.
As máscaras de oxigênio dos passageiros na cabine (figura 17.2) foram projetadas para serem
ajustáveis ao uso de uma pessoa normal com uma vazão mínima de oxigênio. Para usar a
máscara, cubra a boca e o nariz com a face da máscara e ajuste o elástico ao redor da cabeça
para assegurar a máscara no lugar. Coloque a conexão em uma das saídas de oxigênio,
empurrando firmemente para dentro, e gire por aproximadamente ¼ de volta no sentido horário
para travá-la no lugar. Se o oxigênio estiver disponível (o sistema está ligado e o cilindro de
oxigênio está carregado), o indicador de fluxo vermelho (ou laranja) vai mover e a porção verde
vai entrar no campo de visão. O saco de mistura vai inflar com a respiração. Respire normalmente.
A eficiência do sistema é determinada pela adaptação da máscara de oxigênio. Tenha certeza de
que as máscaras de oxigênio estejam ajustadas adequadamente e estão em boas condições. O
plug da mangueira deve ser conectado para parar o fluxo de oxigênio.
Estas considerações são importantes a qualquer hora que o oxigênio estiver em uso. Não use
produtos inflamáveis próximo ao oxigênio. Itens comuns como batons, maquiagem de mulher,
protetores de lábios ou cera para bigode podem inflamar espontaneamente na presença de
oxigênio. Esses itens devem ser removidos antes de fazer uso do oxigênio. Não é permitido fumar
na aeronave quando o oxigênio for usado.
As seguintes precauções devem ser tomadas quando for fazer serviços no sistema de oxigênio:
1. Não faça nenhuma operação que possa criar faíscas. Deixe cigarros acesos ou fogo longe da
vizinhança da aeronave quando as saídas de oxigênio estão em uso.
2. Inspecione a conexão de abastecimento quanto à limpeza antes de fixá-la na válvula de
abastecimento.
3. Tenha certeza que suas mãos, ferramentas e roupas estão limpas, particularmente de graxa ou
óleo. Esses contaminantes são extremamente perigosos em vizinhanças com oxigênio.
4. Como uma precaução maior contra fogo, abra e feche todas as válvulas de oxigênio
vagarosamente durante o abastecimento.
AVISO
NÃO USE OXIGÊNIO MEDICINAL. ELE CONTÉM SIÓXIDO DE CARBONO, NÃO APROVADO
PARA VÔO.
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AVISO
CILINDROS DE OXIGÊNIO
O oxigênio para o vôo em altas altitudes é abastecido por um cilindro montado atrás da caverna
de pressão traseira, fora do vaso de pressão (figura 17.5). O cilindro é abastecido por uma válvula
acessível através de uma porta de acesso do lado direito traseiro da fuselagem. O sistema de alta
pressão tem dois mostradores de pressão, um localizado no painel do lado direito do co-piloto, na
cabine de comando para uso em vôo (figura 17.7), e um adjacente a válvula de abastecimento,
que serve para checar a pressão do sistema durante operação de abastecimento no solo (figura
17.8).
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Um regulador de válvula de corte, localizado no cilindro de oxigênio, é comandado por um controle
de corte empurre/puxe localizado no teto da aeronave entre os assentos do piloto e do co-piloto
(figura 17.6). Empurrando para dentro a alavanca ativa o suprimento de oxigênio. O regulador é
do tipo fluxo constante o qual alimenta com oxigênio de baixa pressão através de tubulações de
alumínio para as saídas.
AVISO
A ALAVANCA PULL ON DEVE SER PUXADA PARA FORA PARA ARMAR O SISTEMA DE
OXIGÊNIO ANTES DE ALCANÇAR 18.000 PÉS, POIS O CABO DA GARRAFA DE OXIGÊNIO
OU O MECANISMO DA GARRAFA PODEM CONGELAR. SE ESSE CABO OU MECANISMO
CONGELAR QUANDO A ALAVANCA ESTIVER NA POSIÇÃO OFF (EMPURRADA PARA
DENTRO), A ALAVANCA NÃO PODE SER PUXADA PARA FORA E O OXIGÊNIO NÃO ESTARÁ
DISPONÍVEL.
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Para calcular a duração em minutos de oxigênio disponível para 8 pessoas, assume-se o
mostrador de pressão mostrando 1.500 libras. Entre no gráfico PERCENT OF USABLE
CAPACITY (figura 17.9) em 1.500 libras e leia na interseção da diagonal de 32ºF, então desça
para ler 85% de capacidade útil. Para calcular a duração disponível, entre no gráfico DURATION
IN MINUTES (tabela 17.1) para a coluna 8 pessoas usando e leia em baixo para 55 minutos
disponíveis para a garrafa de abastecimento de 66 pés cúbicos. Agora pegue 85% de 55 e ache
a duração disponível de oxigênio correta de aproximadamente 46 minutos.
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