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MANUAL

DE OPERAÇÃO

AERONAVE RV-10
PR-ZHC

IMPORTANTE

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AERONAVE E DISPONÍVEL PARA O PILOTO.

É DE RESPONSABILIDADE DO PILOTO DA AERONAVE


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6,7 Revisão 1
R1 22/02/2015

9 Revisão 2
R2 14/07/2017

15,16,17,18 Revisão 3
R3 15/09/2017

Sumário

1. Geral .............................................................................................................................. 8
1.1. Introdução ........................................................................................................................ 8
1.3. Uso do Manual de Voo ..................................................................................................... 9
1.4. Revisões do Manual de Voo ........................................................................................... 10
1.5. Desenho em três vistas .................................................................................................. 10
Figura 1 – Vistas da aeronave ............................................................................................. 10
1.6. Especificações ................................................................................................................ 11
Tabela 1 – Informações gerais da aeronave ....................................................................... 11
A Tabela 2 apresenta as características do motor. ............................................................. 12
Tabela 2 – Características do motor ................................................................................... 12
Tabela 3 – Características da hélice ................................................................................... 12
1.6.1. Painel de instrumentos ........................................................................................ 12
1.6.2. Sistema de combustível ...................................................................................... 13
1.6.3. Sistema de freios ................................................................................................ 13
1.6.4. Sistema elétrico .................................................................................................. 13
1.6.5. Pitot e tomada de pressão estática ...................................................................... 13
2. Limitações e Especificações ....................................................................................... 13
2.1. Introdução ...................................................................................................................... 13
2.2. Limites de Velocidade .................................................................................................... 13
Tabela 4 - Velocidades Limites............................................................................................ 13
2.3. Marcações nos Instrumentos .......................................................................................... 14
Tabela 5 – Marcações no velocímetro................................................................................. 14
Tabela 6 – Marcações nos instrumentos de monitoramento do motor ........................... 14
2.4. Limitações do Motor ...................................................................................................... 15
Tabela 7 – Limitações do Motor ......................................................................................... 15
2.5. Limitações de Peso ......................................................................................................... 16
Tabela 8 – Limitações de peso ............................................................................................. 16
2.6. Fatores de Carga Limite ................................................................................................. 16
Tabela 9 – Fatores de carga limite ...................................................................................... 16
4

2.7. Tipos de operação ........................................................................................................... 16


2.8. Limites legais de operação ............................................................................................. 17
2.9. Limite de ocupação em todos os tipos de operação ........................................................ 17
2.10. Especificações de combustível ............................................................................... 18
2.11. Gerenciamento de combustível .............................................................................. 18
2.12. Especificações de lubrificante e fluido de arrefecimento ....................................... 18
2.12.1. Lubrificante ........................................................................................................ 18
Tabela 10 – Especificações do lubrificante do motor ........................................................ 18
2.13. Especificações do pneu ........................................................................................... 19
Tabela 11 – Especificações dos pneus ................................................................................. 19
3. PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS NORMAIS ............................................ 19
3.1. Introdução ...................................................................................................................... 19
3.2. Inspeção pré-voo ............................................................................................................ 19
3.2.1. Cabine ................................................................................................................. 19
3.2.2. Capô Esquerdo ................................................................................................... 20
3.2.3. Nariz ................................................................................................................... 20
3.2.4. Capô Direito ....................................................................................................... 20
3.2.5. Bordo de Ataque da Asa Direita ......................................................................... 20
3.2.6. Asa Direita .......................................................................................................... 21
3.2.7. Bordo de Fuga da Asa Direita ............................................................................ 21
3.2.8. Lado Direito da Fuselagem ................................................................................. 21
3.2.9. Empenagem ........................................................................................................ 21
3.2.10. Lado Esquerdo da Fuselagem ............................................................................. 21
3.2.11. Bordo Fuga Asa Esquerda .................................................................................. 21
3.2.12. Asa Esquerda ...................................................................................................... 21
3.2.13. Bordo de Ataque Asa Esquerda .......................................................................... 22
3.2.14. Peso e balanceamento ......................................................................................... 22
3.3. Cheque de Pré-voo do Sistema Elétrico ......................................................................... 22
3.3.1. Cabine ................................................................................................................. 22
3.3.2. Ponta da asa direita ............................................................................................. 22

3.3.3. Empenagens ........................................................................................................ 22


3.3.4. Ponta de asa esquerda ......................................................................................... 22
3.3.5. Cabine ................................................................................................................. 22
3.4. Antes de Ligar o Motor .................................................................................................. 23
3.5. Ligando o Motor ............................................................................................................. 23
3.6. Taxiando ......................................................................................................................... 23
3.7. Antes de Decolar ............................................................................................................ 23
3.8. Decolagem ...................................................................................................................... 24
3.8.1. Decolagem Normal ............................................................................................. 24
3.9. Subida ............................................................................................................................. 24
3.10. Voo de Cruzeiro ..................................................................................................... 24
3.11. Descida ................................................................................................................... 24
3.12. Antes de Pousar ...................................................................................................... 25
3.13. Arremetendo ........................................................................................................... 25
3.14. Pouso ...................................................................................................................... 25
3.14.1. Pouso Normal ..................................................................................................... 25
3.14.2. Pouso Curto ........................................................................................................ 25
3.15. Depois do Pouso ..................................................................................................... 25
3.16. Desligando e Fixando a Aeronave .......................................................................... 26
4. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA .............................................................. 26
4.1. Introdução ...................................................................................................................... 26
4.1.1. Falha no Motor Durante a Rolagem ................................................................... 26
4.1.2. Falha no Motor Imediatamente Após a Decolagem ........................................... 26
4.1.3. Falha no Motor Durante o Voo ........................................................................... 26
4.2. Pouso Forçado ................................................................................................................ 27
4.2.1. Pouso de Emergência sem Potência ................................................................... 27
4.2.2. Pouso na Água .................................................................................................... 27
4.3. Incêndios ........................................................................................................................ 27
4.3.1. Durante a Partida no Solo ................................................................................... 27
4.3.2. Fogo no Motor Durante o Voo ........................................................................... 28
6

4.3.3. Incêndio no Sistema Elétrico Durante o Voo ..................................................... 28


4.4. Pouso com um Pneu Furado do Trem de Pouso Principal .............................................. 28
4.5. Pouso com um Pneu da Triquilha Furado ....................................................................... 29
5. PESO E BALANCEAMENTO ................................................................................. 30
5.1. Introdução ...................................................................................................................... 30
5.2. Instruções para pesagem da aeronave ............................................................................. 30
5.3. Medições ........................................................................................................................ 30
5.4. Cálculo do peso e posição do C.G. da aeronave vazia .................................................... 30
5.5. Cálculo do peso e posição do C.G. da aeronave carregada ............................................ 31
5.6. Ficha de Peso e Balanceamento ..................................................................................... 32
6. Referências.................................................................................................................. 35

1. GERAL
1.1. Introdução
Este manual de operação apresenta as informações requeridas para uma operação segura da
aeronave Vans Aircraft RV-10, construída pela Aero Centro Comércio e Serviços Aeronáuticos
LTDA. Ele foi elaborado com base no RBAC 21 e na Instrução Suplementar IS 21.191-001A.
A aeronave deverá ser operada de acordo com as informações e limitações contidas neste
manual. O manual deve ser mantido na aeronave durante todo o tempo e é responsabilidade do
piloto assegurar que o mesmo esteja completo e atualizado com todos os suplementos e revisões
aplicáveis.
Sendo um manual de especificações, não substitui um treinamento de voo competente e
básico, o conhecimento das instruções do desempenho aerodinâmico assim como os
conhecimentos do regulamento de trafego aéreo.
O proprietário é responsável pela manutenção da validade do CAV - Certificado de
Autorização de Voo e do CME- Certificado de Marca Experimental, bem como pela
manutenção em dia dos sistemas da aeronave.
O piloto é responsável, antes de qualquer voo, pela verificação se a aeronave encontra em
condições de operação. O piloto também é responsável pelo cumprimento dos limites
operacionais que são determinados por placares de aviso, marcações e por este manual.
A base para os valores mencionados neste manual são, desde que não seja explicitado de
outra forma: o peso máximo para a decolagem de 1225 kg e os valores ICAO de Atmosfera
Padrão ao nível médio do mar.
Pela legislação brasileira ninguém pode operar uma aeronave experimental a menos que seja
detentor de uma Licença de Piloto Privado e de um Certificado Médico Aeronáutico de 2ª classe
válidos.
Ninguém pode conduzir operações com um ultraleve a menos que tais operações atendam as
regras estabelecidas RBHA 91.
O piloto e o proprietário são corresponsáveis pelas possíveis infrações cometidas contra o
Código Aeronáutico Brasileiro e as normas da ANAC.

1.2. Notação Utilizada

As caixas de informação abaixo são utilizadas ao longo deste manual e devem ser sempre
notadas a fim de garantir a segurança do piloto, da aeronave e de pessoas no solo.

ATENÇÃO

Procedimentos Operacionais ou Técnicos podem


causar danos pessoais ou morte se não seguidas
cuidadosamente.

CUIDADO

Procedimentos Operacionais ou Técnicos podem


causar danos aos equipamentos se não seguidos
cuidadosamente.

NOTA

Informações suplementares ou detalhes julgados


importantes a serem ressaltados.

1.3. Uso do Manual de Voo

Este Manual de Voo é o documento oficial de procedimentos de operação e limitações


recomendados pelo fabricante e é baseado no projeto original. Qualquer modificação - por
menor que seja - no projeto da aeronave ou em sua operação deve ser reportada a fim de garantir
a segurança dos ocupantes e da aeronave.
Este manual apresenta também informações sobre cuidados básicos de manutenção e de
segurança.
Todas as modificações neste manual serão distribuídas gratuitamente aos cadastrados como
proprietários.

NOTA

Para se beneficiar deste suporte de serviço, o proprietário de aeronave RV-10 deve


informar e manter seu endereço atualizado junto a Aero Centro Comércio e Serviços
Aeronáuticos LTDA.

Aero Centro Comércio e Serviços Aeronáuticos LTDA


Estrada Vicinal do Barrocão, km 3,5, s/n, Aeroporto ABA, Zona Rural,
Barreiras-BA Cep: 47.805-970.
Tel.: (55xx77) 3021-3733
e-mail: administrativo@aerocentro.com.br

Para estender esse benefício a novos proprietários que adquirirem uma aeronave por
transferência de propriedade é necessário que antigo proprietário informe sempre a Aero Centro
Comércio e Serviços Aeronáuticos LTDA sobre a venda e o nome, telefone, e-mail e endereço
do novo proprietário/operador para que um novo cadastro seja feito.

1.4. Revisões do Manual de Voo


Sempre que houver necessidade, o Manual de Voo poderá ser modificado em parte ou no seu
todo.
É responsabilidade do proprietário da aeronave atualizar seu exemplar deste manual e anotar
a atualização na página de Controle de Revisões.
O RV-10 é uma aeronave experimental, de quatro lugares, de asa baixa, triciclo com trem de
pouso dianteiro.

1.5. Desenho em três vistas


A Figura 1 mostra as três vistas da aeronave RV-10.

Figura 1 – Vistas da aeronave

10

1.6. Especificações
A Tabela 1 apresenta as informações gerais da aeronave.

Tabela 1 – Informações gerais da aeronave


Descrição Medida Unidade

Comprimento 7,31 m

Envergadura 9,44 m

Área alar 13,75 m²

Altura 2,43 m

32 para cima
Deflexão dos ailerons graus
17 para baixo

Deflexão máxima dos flapes 33 graus

Deflexão máxima do leme 35 graus

Deflexão máxima do profundor 30 graus

Capacidade dos tanques de


170 L
combustível (um em cada asa)

Peso vazio 739 kg

Peso máximo de decolagem


1225 kg
(MTOW)

+3,8
Fator de carga de projeto G
-1,9

Carga alar 90,8 kgf/m²

11

A Tabela 2 apresenta as características do motor.

Tabela 2 – Características do motor


Fabricante Lycoming
Modelo YIO-540-D
Potência 260hp
Cilindrada 8850[cm³]
Taxa de compressão 8,5:1
Cilindros 6
Alimentação Injeção
Arrefecimento Ar
Caixa de redução Não

A Tabela 3 apresenta as características da hélice.

Tabela 3 – Características da hélice


Fabricante MT-PROPELLER
Modelo MTV-12B/193-53

Diâmetro 76”
Número de pás 3
Material COMPOSTO

Fabricante HARTZELL
Modelo C2YR-1BFP/F8068D

Diâmetro 80”
Número de pás 2
Material ALUMINIUM

1.6.1. Painel de instrumentos


O painel de instrumentos é equipado com os seguintes componentes básicos:
• Indicador de atitude;
• Altímetro;
• Indicador de velocidade no ar;
• Giro direcional;
• Indicador de velocidade vertical;
• Tacômetro;
• Indicador de pressão de admissão;
• Indicador de pressão de óleo;
• Indicador de temperatura do óleo;
• Indicador de pressão de combustível;
• Indicador de temperatura dos gases de escape;
• Indicador de temperatura da cabeça do cilindro; e
• Voltímetro.
Outros instrumentos podem ser adicionados, de acordo com o requerido pelo proprietário.

12

1.6.2. Sistema de combustível


O sistema de combustível é composto de dois tanques de combustível, um tanque com
capacidade para 115L em cada semi-asa, cada um com um sensor elétrico de nível
independente, com uma válvula seletora, um indicador de nível para cada tanque.

1.6.3. Sistema de freios


O sistema de freios atua em ambas as rodas do trem de pouso principal via atuadores
hidráulicos. Esses atuadores são comandados através dos pedais de comando posicionados
próximos aos assentos do piloto e copiloto. Cada pedal comanda, independentemente, o freio do
seu respectivo lado.

1.6.4. Sistema elétrico


O sistema elétrico é controlado por uma chave mestra (Master Switch) posicionada no painel
de instrumentos esquerdo. Essa chave liga e desliga todo o sistema elétrico da aeronave, além de
ligar a partida do motor.
Seu RV-10 também é equipado com interruptores para as luzes de pouso, luzes de
navegação, luz estroboscópica e beacon.

1.6.5. Pitot e tomada de pressão estática


A tomada de pressão dinâmica é feita por um tubo instalado no intradorso da asa esquerda.
Essa tomada alimenta o indicador de velocidade no ar.
As tomadas de pressão estáticas localizam-se na cauda da aeronave. Essas tomadas
alimentam o altímetro e o indicador de velocidade no ar.

2. LIMITAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES
2.1. Introdução
Esta seção inclui limitações operacionais, marcas nos instrumentos e placares básicos
necessários para operação segura deste modelo de aeronave, seu motor, sistemas e
equipamentos padrões de fábrica.

2.2. Limites de Velocidade


A Tabela 4 apresenta os valores de velocidades limites.
Tabela 4 - Velocidades Limites

Descrição Velocidades km/h kt mph

Velocidade nunca exceder VNE 370 200 230


Velocidade máxima de cruzeiro V#$ 290 156 180
Velocidade máxima de
VA 232 125 144
manobra

13

Velocidade máxima com flapes


V%& 161 87 100
abaixados
Velocidade de estol fullflape
VSO 97 52 60
33°
Velocidade de estol sem flap
VS1 113 61 70
(posição neutra)

2.3. Marcações nos Instrumentos


A Tabela 5 apresenta as marcações no velocímetro.
Tabela 5 – Marcações no velocímetro

Velocidades Velocidades Velocidades


Indicação Descrição
mph km/h kt
Velocidades limites com
Arco Branco 60-100 97-161 52-87
flapes totalmente defletidos
Velocidades limites com
Arco Verde 70-180 113-290 61-156 flapes totalmente recolhidos
em ar turbulento
Arco Operação deve ser conduzida
180-230 290-370 156-200
Amarelo em ar calmo e com cuidado
Arco 230 - fim da
370 200 Nunca operar
Vermelho escala
Faixas de operação assinaladas em Verde (ou Branco) representam as condições normais de
operação.
Faixas de operação assinaladas em Amarelo representam as condições acima das normais de
operação sem, contudo, superar os limites.
ATENÇÃO

Faixas de operação assinaladas em Vermelho


representam as condições anormais de operação, isto é,
superior aos limites permitidos.
A Tabela 6 apresenta as marcações nos instrumentos de monitoramento do motor.

Tabela 6 – Marcações nos instrumentos de monitoramento do motor


Instrumento Indicação Faixa Descrição

Arco Amarelo 32ºF A 150°F Operação normal


Arco Verde 150°F A 435°F Operação normal
Marcador de
Operação normal para
Temperatura do Arco Amarelo 435°F a 500°F
subida
Cabeçote (CHT)
500°F ao fim da
Arco Vermelho Nunca operar
escala

14

Arco Vermelho 0 a 14 PSI Atenção


Marcador de Arco Verde 14 a 45 psi Operação normal
Pressão de
De 45 ao fim da
Combustível Arco Amarelo Atenção
escala

Arco Vermelho 0 a 25 PSI Atenção

Operação normal se
Arco Amarelo 25 a 45
Marcador de em marcha lenta
Pressão do Óleo Arco Verde 45 a 89 psi Operação normal
do Motor Arco Amarelo 90 a 99psi Atenção
Operação normal para:
Arco Vermelho Até 115 psi Partida/Taxi/Aquecime
nto/Decolagem
Marcador do
Nível de
Arco Vermelho 0 a 15 Lts. Nunca operar
Combustível de
um Tanque
12 a 14 Volts
Voltímetro Arco Verde Operação normal
(ideal 13.8V a 14.5V)
Arco Amarelo 80°F a 140°F Operação normal
165°F a 245°F
Temperatura do Arco Verde Operação normal
(ideal 180°F)
óleo do motor
245°F ao fim da
Arco vermelho Nunca operar
escala

NOTA

Para maiores informações consultar o Manual de Operação do Motor –


Referência 1)

2.4. Limitações do Motor


Tabela 7 – Limitações do Motor
Limites de operação
Pressão máxima do óleo do motor em cruzeiro 95 psi
Pressão Máxima na Partida / Aquecimento / Taxi
115 Psi
e Decolagem
Pressão mínima do óleo do motor 55 psi
Pressão mínima do óleo do motor em marcha
25 psi
lenta
Temperatura desejável do óleo do motor 180ºF
15

Faixa Normal de Operação Óleo do Motor 140 à 245ºF


Faixa Amarela de Operação Óleo do Motor 245ºF à 260ºF
Pressão mínima de combustível 14 psi
Pressão máxima de combustível 45 psi
Temperatura Máxima de CHT na subida 500ºF
Temperatura Máxima em voo de cruzeiro 435ºF
Consumo de Óleo Máximo (@ 75%) 0.4Lts/hr
Não existem Limites
EGT
Operacionais
RPM mínimo marcha lenta 650 RPM (min.)

NOTA

Para maiores informações consultar o Manual de


Operação do Motor – Referência 1)

2.5. Limitações de Peso


Tabela 8 – Limitações de peso
Peso máximo de decolagem (MTOW) 1225kg
Peso máximo de aterrissagem 1225kg
Peso máximo de combustível 244kg (340L AVGAS)
Peso máximo de bagagem 45kg

2.6. Fatores de Carga Limite


A Tabela 9 a seguir apresenta os fatores de carga limite.

Tabela 9 – Fatores de carga limite


Fator de carga Fator de carga
positivo negativo
Com flapes recolhidos 3,8g -1,9g
Com flapes aplicados +2,0g 0g

2.7. Tipos de operação


O RV-10 é Certificado como uma Aeronave Experimental para voos visuais e não
comerciais.
Seu RV-10 pode ser modificado e aprovado para voo IFR.

16

ATENÇÃO

O RV-10 não é adequado nem certificado para voos


acrobáticos. Por este motivo também devem ser
evitadas manobras bruscas em velocidades altas.
Devem também ser evitadas condições
meteorológicas sucetíveis a turbulência.

Decolagem por guincho, lançamento por catapulta, manobras acrobáticas, hammerhead,


parafuso, voo em nuvens e voo noturno não são permitidos. Evitar curvas de grande inclinação e
glissadas prolongadas, pois o combustível passa de uma asa para outra provocando
desbalanceamento lateral e riscos de entradas de ar nas linhas de alimentação do motor com
consequente parada do motor.
Manobras comandadas ou acidentais com fator de carga estrutural zero ou negativos devem
ser evitadas incondicionalmente.

2.8. Limites legais de operação


São obrigatórios para operação do RV-10:
- Marcas de Nacionalidade e Matrícula;
- Certificado de Marca Experimental – CME;
- Certificado de Autorização de Voo - CAV;
- Placa metálica de identificação com nome de fabricante, modelo, número de serie e
ano de fabricação;
- Se equipada com rádio de comunicação, ter Licença de Estação e Taxa de Fiscalização
paga;
- Aeronave ter apólice de seguro de responsabilidade civil, no mínimo, com as garantias
RETA 2, 3 e 4;
- Aeronave ter manutenção adequada, de acordo com seu manual de manutenção
emitido pela fábrica devendo ser submetida a uma IAM - Inspeção Anual de Manutenção;
- Piloto em comando portador de Licença de Piloto Privado (PP) e Certificado Médico
Aeronáutico de 2ª Classe (CMA);
- Voo visual, VFR;
- Voo IFR, desde que piloto e aeronave sejam adequados para tal;
-Manual de manutenção e operação a bordo em sua última publicação.

2.9. Limite de ocupação em todos os tipos de


operação
A aeronave RV-10 é limitada para transporte de 3 (três) passageiros, além do piloto.
Configurações superiores de transporte são proibidas.
17

ATENÇÃO

O peso dos tripulantes, mais do combustível e mais o


da bagagem adicionados ao peso vazio não deve
exceder o peso máximo de decolagem, igual a
1225kg.

NOTA

Para fins de cálculo do peso do combustível, utilizar


como densidade do combustível valor de 0,72 kg/L.

A Seção5 apresenta maiores informações sobre o peso e balanceamento da aeronave.

2.10. Especificações de combustível


Os tanques de combustível tem capacidade para 230 litros, sendo 115 litros em cada tanque
de cada semi-asa. A quantidade de combustível utilizável se restringe a 215 litros, ou 107 litros
em cada tanque da aeronave.
O tipo de combustível indicado pela Aero Centro Comércio e Serviços Aeronáuticos LTDA
e pelo fabricante do motor para o RV-10 equipado com o motor Lycoming IO-540 é o AVGAS
100LL.

2.11. Gerenciamento de combustível


Todo voo, por mais curto que seja, deve ser planejado com antecedência. É indispensável
que o piloto responsável calcule o consumo de combustível necessário para execução do voo e
abasteça a aeronave com esta quantidade acrescida do volume necessário que permita mais 45
minutos de voo, no mínimo.
É obrigação do piloto em comando monitorar o consumo do combustível durante o voo e
pousar para abastecimento em tempo hábil com uma margem de segurança que evite uma pane
seca.

2.12. Especificações de lubrificante e fluido de


arrefecimento
2.12.1. Lubrificante
Tabela 10 apresenta as especificações do lubrificante do motor, indicado pelo fabricante do
mesmo.

Tabela 10 – Especificações do lubrificante do motor


Abaixo, uma tabela utilizada para identificar o melhor óleo pelo gradiente de temperatura
operacional de cada aeronave, disponibilizado pela Shell.

18

AeroShell Oil 65 80, W80 e W80 100, W100 e 120 e


Plus W100 Plus W120
Temperatura externa Abaixo de - -17°C até 21°C 16°C até 32°C Acima
°C 12°C de 26°C
SAE Correspondente 30 40 50 60
***Nota: Essa tabela não se aplica ao AeroShell Oil W 15W-50

SAE 50 (Para operações com temperatura do ar acima de


Viscosidade
16°C)

11,4L (mínimo 2,95L)


Capacidade Importante: A aeronave deve estar nivelada e com motor frio
quando da verificação do nível de óleo.

2.13. Especificações do pneu


A Tabela 11 apresenta as especificações dos pneus da aeronave.
Tabela 11 – Especificações dos pneus
Calibragem [psi]
Pneu do trem de pouso
Pneu aeronáutico 6,00-6 45
principal
Pneu da triquilha Pneu aeronáutico 5,00-5 38

3. PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS NORMAIS


3.1. Introdução
Os procedimentos abaixo listados são simplificados.

3.2. Inspeção pré-voo


Nesta seção são listados os procedimentos de inspeção pré-voo.

3.2.1. Cabine
1. Trava dos comandos - REMOVER
2. Chave de ignição - DESLIGADA
3. Master - DESLIGADO
4. Mistura - CORTADA

19

3.2.2. Capô Esquerdo


1. Para-brisa – LIMPO, SEM DANOS
2. Dreno do suspiro da bomba de combustível - DESOBSTRUIDO
3. Entradas de ventilação - DESOBSTRUIDA
4. Dreno do filtro de ar - DESOBSTRUÍDO
5. Radiador de óleo - DESOBSTRUIDO
6. Capota - ABERTA, FIXO
7. Defletoras – FIXADAS, SEM DANOS
8. Capota- FECHADO, FIXO

3.2.3. Nariz
1. Hélice e spinner - FIXOS, SEM DANOS
2. Capota - FIXO, SEM DANOS
3. Triquilha e carenagem – SEM DANOS, PNEUS CALIBRADOS
4. Garfo – REMOVIDO E GUARDADO
5. Calços - REMOVIDOS
6. Entradas de ar do motor - DESOBSTRUÍDAS

3.2.4. Capô Direito


1. Capô - ABERTO
2. Defletoras do motor - DESOBSTRUÍDAS, SEM DANOS
3. Duto de ar do carburador - DESOBSTRUÍDO
4. Aberturas de refrigeração do motor - DESOBSTRUÍDAS
5. Nível do óleo do motor – 2,9 L MÍNIMO, CAPACIDADE 11,4 L
6. Vareta de medição de óleo - FIXA (APERTADA COM DEDO)
7. Ventilação da bomba de vácuo - DESOBSTRUÍDA
8. Correia do alternador – TENSÃO CORRETA
9. Carenagens – FIXAS, SEM DANOS
10. Capo - FECHADO, TRAVA FIXA
11. Medidor OAT - FIXO, SEM DANOS

3.2.5. Bordo de Ataque da Asa Direita


1. Tanque de combustível – CHEIO, COM TAMPA FIXA E SEM DANOS
2. Dreno do tanque – COMBUSTÍVEL LIVRE DE ÁGUA E SEDIMENTOS,
FIXO
3. Dreno do cárter - COMBUSTÍVEL LIVRE DE ÁGUA E SEDIMENTOS,
FIXO
4. Trem de pouso, calota da roda, pneus – SEM DANOS, PNEUS
CALIBRADOS.
20

5. Calços - REMOVIDOS

3.2.6. Asa Direita


1. Ponta da asa e luz – SEM DANOS
2. Janelas de inspeção - FIXAS
3. Amarras - REMOVIDAS
4. Entrada de ar do tanque - DESOBSTRUÍDA

3.2.7. Bordo de Fuga da Asa Direita


1. Aileron - LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS
2. Flap - LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS

3.2.8. Lado Direito da Fuselagem


1. Entrada de ar estático - DESOBSTRUÍDA
2. Antenas - FIXAS, SEM DANOS
3. Fuselagem – SEM DANOS

3.2.9. Empenagem
1. Profundores – LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS
2. Leme - LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS
3. TrimTabs - FIXOS, SEM DANOS
4. Cone de cauda e luz - FIXOS, SEM DANOS
5. Amarras – REMOVIDAS

3.2.10. Lado Esquerdo da Fuselagem


1. Entrada de ar estático - DESOBSTRUÍDA
2. Fuselagem – SEM DANOS

3.2.11. Bordo Fuga Asa Esquerda


1. Flap - LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS
2. Aileron - LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS

3.2.12. Asa Esquerda


1. Ponta de asa e luz – SEM DANOS
2. Janelas de inspeção - FIXAS
3. Amarras - REMOVIDAS
4. Tubo do Pitot - DESOBSTRUÍDO
5. Ventilação do tanque - DESOBSTRUÍDO

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3.2.13. Bordo de Ataque Asa Esquerda


1. Tanque de combustível - CHEIO, COM TAMPA FIXA E SEM DANOS
2. Dreno do tanque – COMBUSTÍVEL LIVRE DE AGUA E SEDIMENTOS,
FIXO
3. Trem de pouso, calota da roda, pneus – SEM DANOS, PNEUS
CALIBRADOS.
4. Calços – REMOVIDOS

3.2.14. Peso e balanceamento


Verificar se a aeronave está dentro dos limites impostos para o C.G. na Seção 5.

3.3. Cheque de Pré-voo do Sistema Elétrico


3.3.1. Cabine
1. Master - LIGADO
2. Luzes de instrumentos – CHECAR REOSTATO, DESLIGAR
3. Luz de mapa e luz do teto - LIGADO
4. Luz de navegação - LIGADA
5. Beacon - LIGADO
6. Luzes Estroboscópica - LIGADO
7. Aquecimento do Pitot - LIGADO
8. Luz de Pouso - LIGADO

3.3.2. Ponta da asa direita


1. Luz de navegação - ACESA
2. Luz estroboscópica - OPERANDO

3.3.3. Empenagens
1. Luz de navegação - ACESA
2. Beacon - OPERANDO

3.3.4. Ponta de asa esquerda


1. Luz de navegação – ACESA
2. Luz estroboscópica - OPERANDO
3. Luz de pouso - ACESA

3.3.5. Cabine
1. Master - DESLIGADO
22

2. Luz de navegação - DESLIGADA


3. Beacon - DESLIGADO
4. Luz estroboscópica - DESLIGADO
5. Luz de pouso - DESLIGADO

3.4. Antes de Ligar o Motor


1. Inspeção de pré-voo - COMPLETA
2. Assentos e cintos de segurança – AJUSTADOS E TRAVADOS
3. Rádios, piloto automático e equipamentos elétricos - DESLIGADOS
4. Freio de estacionamento - ACIONADO
5. Comandos – CHECAR O FUNCIONAMENTO

3.5. Ligando o Motor


1. Chave Master/ Alternador - LIGADO
2. Mistura - RICA
3. Aquecimento de carburador - DESLIGADO
4. Seletora de combustível – DIRECIONADA PARA O TANQUE MAIS CHEIO
5. Flaps - ABAIXADOS
6. Bomba de combustível auxiliar – LIGADA (Checar pressão)
7. Hélice - LIVRE
8. Magneto esquerdo - LIGADO
9. Acelerador – ABERTO
10. Chave de partida – GIRE E SOLTE QUANDO O MOTOR FUNCIONAR
11. Magnetos esquerdo e direito – AMBOS LIGADOS
12. Pressão de óleo – CHEQUE, CASO A PRESSÃO NÃO SUBA EM 30
SEGUNDOS, DESLIGUE O MOTOR
13. Aqueça o motor entre 1000 e 1200 RPM
14. Bomba de combustível auxiliar – DESLIGADA

3.6. Taxiando
Todo taxiamento deve ser feito em marcha lenta, e os controles devem ser posicionados de
tal forma que os efeitos de balanço da asa são minimizados.
O taxi sobre o cascalho solto ou terra deve ser feito com o motor em baixa velocidade para
minimizar os danos para as pontas da hélice, trem de pouso e empenagens devido.

3.7. Antes de Decolar


1. Freios - ACIONADOS
2. Rotação do motor – AJUSTE PARA 1800 RPM
3. Instrumentos do motor – NOS ARCOS VERDE
4. Voltímetro – 14V
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5. Magnetos - VERIFICAR, QUEDA MÁXIMA DE 175 RPM, NÃO MAIS QUE


50 RPM DE DIFERENÇA ENTRE OS MAGNETOS
6. Acelerador - AJUSTE 1000 RPM
7. Rádios- LIGADOS, CHECADOS, TRANSPONDER - STANDBY
8. Motor – MARCHA LENTA
9. O motor estará pronto para Decolagem quando acelerar sem hesitar ou engasgar
e a temperatura do óleo estiver na faixa verde.
10. TrimTab - AJUSTADO
11. Flaps - CHECADOS PARA OPERAÇÃO, LEVANTADOS
12. Mistura - RICA (DE ACORDO COM A ALTITUDE DA PISTA)
13. Bomba de combustível auxiliar - LIGAR, CHECAR PRESSÃO, DESLIGAR
14. Instrumentos de voo - AJUSTADOS (relógio, gyro direcional, altímetro, rádios)
15. Luzes - LIGADAS, SE REQUERIDO
16. Freios de estacionamento - LIBERADOS

3.8. Decolagem
3.8.1. Decolagem Normal
1. Flaps - LEVANTADOS
2. Bomba de combustível auxiliar - LIGADA
3. Acelerador – TODA POTÊNCIA
4. Comando do profundor – PUXAR MANCHE QUANDO ATINGIR 75mph
(65knot)
5. Velocidade de subida – 110mph (96knot)

3.9. Subida
1. Velocidade normal de subida - 120 mph (104knot) ao nível do mar, toda
potência
2. Mistura rica
3. Verificar instrumentos do motor

3.10. Voo de Cruzeiro


1. Bomba de combustível auxiliar – DESLIGADA
2. Verificar instrumentos do motora
3. Potência – AJUSTE PARA 2400RPM
4. TrimTab - AJUSTAR SE NECESSÁRIO
5. Mistura – AJUSTE COMO REQUERIDO. Totalmente rica quando operando
com mais de 75% de potência.

3.11. Descida
1. Potência – A REQUERIDA PARA DESCER

24

2. Mistura – A REQUERIDA PARA ALTITUDE


3. TrimTab - AJUSTE QUANDO NECESSÁRIO

3.12. Antes de Pousar


1. Assentos e cintos de segurança - AJUSTADOS E TRAVADOS
2. Seletora de combustível – NO TANQUE MAIS CHEIO
3. Mistura - RICA
4. Freio de estacionamento - DESLIGADO
5. Flaps - AJUSTADOS COMO DESEJADO
6. Velocidade - 90mph (78knot)
7. Luz de pouso – LIGADA SE REQUERIDO

3.13. Arremetendo
1. Potência – POTÊNCIA TOTAL
2. Manete de passo – PASSO MÍNIMO
3. Velocidade – 85mph (74knot)
4. Estabeleça atitude de subida
5. Flaps - RECOLHA LENTAMENTE, mantenha velocidade segura

3.14. Pouso
3.14.1. Pouso Normal
1. Estabelecer velocidade 85mph (74knot)
2. Tocar o trem de pouso principal a 70mph (61knot)
3. Flapes conforme requerido
4. Abaixe a triquilha lentamente diminuindo a velocidade
5. Freios – conforme necessário

3.14.2. Pouso Curto


1. Flapes totalmente estendidos
2. Estabelecer velocidade 80mph (70knot)
3. Tocar o trem de pouso principal a 65mph (56knot)
4. Freios – conforme necessário

3.15. Depois do Pouso


1. Flaps - RECOLHIDOS
2. Bomba auxiliar de combustível - DESLIGADA
3. Freios - LIBERAR
4. Luz estroboscópica - DESLIGADA

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3.16. Desligando e Fixando a Aeronave


1. Equipamentos elétricos, Rádios, Luzes - DESLIGADOS
2. Mistura - CORTAR
3. Ignição - DESLIGAR (apenas com a hélice parada)
4. Master Switch - DESLIGADO
5. Trava de comandos - COLOCAR
6. Freio de estacionamento - ACIONAR
7. Calços e Amarras - POSICIONADOS
8. Freio de estacionamento – LIBERAR

4. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

4.1. Introdução
Esta seção enumera procedimentos aplicáveis em casos de emergência. As boas práticas
de manutenção e operação tendem a minimizar esse tipo de procedimento, no entanto,
todo piloto deve ter conhecimento dos mesmos

4.1.1. Falha no Motor Durante a Rolagem


1. Potência - REDUZIR
2. Freios - APLICADOS
3. Mistura - CORTADA
4. Chave de ignição - DESLIGADA
5. Master - DESLIGADA
4.1.2. Falha no Motor Imediatamente Após a Decolagem
1. Velocidade - 100mph (87knot)
2. Mistura - CORTADA
3. Seletora de combustível - DESLIGADA
4. Chave de ignição - DESLIGADA
5. Master - DESLIGADA
4.1.3. Falha no Motor Durante o Voo
1. Velocidade – 100mph (87knot)
2. Seletora de combustível – MUDAR DE TANQUE
3. Mistura - POBRE
4. Master - LIGADA
5. Bomba auxiliar de combustível - LIGADA
6. Potência - TOTAL
7. Magneto – AMBOS LIGADOS
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8. Partida – ACIONE (se a hélice não estiver girando)

Caso não volte a funcionar:

1. Potência – CORTAR
2. Partida – DESLIGAR
3. Bomba de combustível – DESLIGAR
4. Alternador – DESLIGAR
5. Seletor de combustível – FECHAR

4.2. Pouso Forçado


4.2.1. Pouso de Emergência sem Potência
1. Velocidade – 85mph (74knot)
2. Rádio - TRANSMITIR MAYDAY em 121.5 MHz fornecendo localização e
intenções
3. Mistura - CORTADA
4. Seletora de combustível - DESLIGADA
5. Magnetos - DESLIGADOS
6. Flap s- COMO REQUERIDO
7. Master - DESLIGADO
8. Portas – DESTRAVADAS ANTES DE TOCAR O SOLO
9. Freios – APLICAR COMO NECESSÁRIO
4.2.2. Pouso na Água
1. Rádio- TRANSMITA MAYDAY EM 121.5 MHz, fornecendo a localização e
intenções (se tiver eletricidade)
2. Objetos pesados - SEGUROS
3. Flaps - RECOLHIDOS
4. Velocidade – 75mph (65knot)
5. Portas - DESTRAVADAS
6. Pouso – TOCAR CAUDA ANTES. PROTEJA-SE
7. Evacuar aeronave rapidamente

4.3. Incêndios
4.3.1. Durante a Partida no Solo
1. Partida – Continue a dar partida para que o motor sugue as chamas para
dentro do carburador.
2. Potência - 1800 RPM por alguns minutos.
3. Motor – DESLIGUE para verificar possíveis danos.
4. Seletora de combustível - DESLIGADA
5. Master - DESLIGADA
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6. Magnetos - DESLIGADOS

Se o motor não ligar:

7. Evacue os passageiros.
8. Mistura - CORTADA
9. Chave Master - DESLIGADA
10. Chave de partida - DESLIGADA
11. Seletora de combustível – DESLIGADA
12. Apague o fogo, utilizando o extintor de incêndio, cobertores ou terra
4.3.2. Fogo no Motor Durante o Voo
1. Mistura - CORTADA
2. Seletora de combustível - DESLIGADA
3. Chave Master - DESLIGADA
4. Pouso forçado - EXECUTE (como descrito em pouso sem motor)
4.3.3. Incêndio no Sistema Elétrico Durante o Voo
Se o fogo é no compartimento do motor:

1. Chave Master - DESLIGADA


2. Ventilação cabine – DESLIGADA / FECHADA
3. Pousar aeronave

Se o fogo é na cabine:

4. Chave Master - DESLIGADA


5. Ventilação cabine – DESLIGADA / FECHADA
6. Extintor de incêndio – UTILIZAR COMO NECESSÁRIO

Se o fogo aparentar ser fora e for necessária eletricidade para continuar o voo:
7. Chave Master - DESLIGADA
8. Fusíveis – VERIFICAR CIRCUITO DEFEITUOSO. NÃO RELIGAR
9. Rádio / Chaves elétricas – LIGAR uma por vez, verificando aonde está o
curto-circuito
10. Ventilação cabine – ABERTA QUANDO O FOGO TERMINAR

4.4. Pouso com um Pneu Furado do Trem de Pouso


Principal
1. Flapes - COMO DESEJADO
28

2. Controle de aileron – VIRE PARA O LADO DO PNEU BOM


3. Pouso – PNEU BOM PRIMEIRO
4. Priorizar pistas com vento de través e utiliza-la a seu favor como mostra na
figura abaixo:

4.5. Pouso com um Pneu da Triquilha Furado


1. Flapes - COMO DESEJADO
2. Profundor – NARIZ ERGUIDO
3. Pouso – SEGURE a triquilha acima da pista o quanto for possível
4. Freios – Use freios como necessário.

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5. PESO E BALANCEAMENTO
5.1. Introdução
Em função do modelo de motor, dos acessórios instalados, do tipo de acabamento interno e
pintura cada aeronave possui um vazio próprio e a ele uma posição de C.G. típica. Antes de a
aeronave ser colocada em operação ela deve ser pesada vazia e seu C.G. calculado.

Ao longo dos anos devido a reparos estruturais e modificações feitas na aeronave tanto seu peso
vazio quanto a posição C.G. podem mudar.

O desempenho, o controle e a estabilidade de uma aeronave são diretamente afetados tanto pelo
peso como pela posição C.G. Nesta seção estão descritos os procedimentos para pesagem da
aeronave vazia e instruções para cálculo do peso e da posição do C.G.

5.2. Instruções para pesagem da aeronave


1) Remover todos os objetos soltos (manuais, equipamentos não fixos, capas de
proteção, calços, etc.);
2) Manter os equipamentos necessários para a operação segura da aeronave
(headset, almofadas do assento, extintor, etc.);
3) Pneus inflados na pressão de operação recomendada;
4) Drenar todo combustível pelos seus drenos normais, mas manter as linhas
cheias;
5) Verificar o nível de óleo do motor e mantê-lo no nível recomendado;
6) Recolher flapes para posição neutra;
7) Colocar todos os comandos na posição neutra;
8) Posicionar os balanços sob os pneus;
9) Nivelar aeronave (todas as rodas de ambos os trens de pouso niveladas);
10) Soltar freios; e
11) Pesar e subtrair eventuais taras (calços, etc.).

5.3. Medições
Na eventual necessidade de se medir algum valor de braço:

1) Nivelar a aeronave no chão;


2) Aplicar os freios;
3) Escolher uma referência já conhecida (trens de pouso, bordo de ataque, etc.); e
4) Fazer a medição na horizontal.

5.4. Cálculo do peso e posição do C.G. da aeronave


vazia
Na Seção 5.6é apresentado um exemplo de Ficha de Peso e Balanceamento. Esse exemplo deve
ser utilizado para o cálculo do peso e posição do C.G. da aeronave vazia, como se segue:

1) Definir o DatumLine (linha de referência, adotar o bordo de ataque da asa);


2) Multiplicar cada um dos pesos encontrados (roda dianteira ou de nariz, roda do
tem principal esquerdo e roda do trem principal direito) pelos seus respectivos
braços. Encontrar todos os momentos;
3) O peso da aeronave vazia é a soma dos pesos encontrados (excluídas as taras);
4) Somar todos os momentos encontrados; e

30

5) Dividir o momento total encontrado pelo peso vazio. Obter o C.G. da aeronave
vazia.

5.5. Cálculo do peso e posição do C.G. da aeronave


carregada
Na Seção 5.6é apresentado um exemplo de Ficha de Peso e Balanceamento. Esse exemplo deve
ser utilizado para o cálculo do peso e posição do C.G. da aeronave vazia, como se segue:

1) Pesar cada item a ser carregado;


2) Multiplicar os item adicionados (tripulante, combustível, bagagem, etc.) pelos
respectivos braços. Obter momentos de cada item.
3) O peso da aeronave carregada é a soma dos pesos encontrados (excluídas as taras);
4) Somar todos os momentos. Dividir pelo peso da aeronave carregada. Obter a
posição do C.G. d aeronave carregada em relação ao DatumLine (linha de
referência, adotar o bordo de ataque da asa); e
5) Verificar se a posição encontrada está dentro dos limites permitidos.

ATENÇÃO

Não opere a aeronave se o peso da mesma carregada for maior o peso


máximo de decolagem (MTOW = 1225kg)

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5.6. Ficha de Peso e Balanceamento

32

Procedimentos Extras de Segurança

Na imagem acima, é possível notar um lock no comando de profundor gerado por uma
má fixação no acabamento de fibra da empenagem. Neste caso, vale ressaltar a
importância de um cheque pré-voo e priorizar a manutenção ser realizada em centros
especializados nessas aeronaves.

Na imagem ao lado, é
enfatizado a importância de
manter sempre os pneus
calibrados, e sempre atentos
quando for necessária a
operação em pistas não-
pavimentadas, pois como os
pneus são baixos, caso haja a
colisão do tubo diretamente
com o solo, pode causar em
casos extremos, a pilonagem
da aeronave.

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Procedimento Padrão para óleo no Canopy.

Existe um procedimento padrão para esta ocorrência. Caso seja identificado que há
óleo vindo do compartimento do motor, deve-se imediatamente fazer um voo guinado,
pra o lado do piloto, priorizando manter o lado do canopy e a visão do piloto
desobstruída até o pouso, sendo desfeita a guinada segundos antes do toque, caso
isso não ocorra, o piloto pode ter a sua visão obstruída pelo óleo, o que dificultaria um
pouso bem sucedido.

Nas imagens acima, é esclarecido o que muitos pilotos de RV’s em voos de acrobacia
sentem no manche quando utilizam 100% do comando de Aileron.

A vibração sentida por muitos pilotos neste caso, é estritamente pela turbulência
criada pelo aileron da aeronave que excede o seu ângulo crítico, fazendo com que o
perfil entre em stall. Neste caso, não há com que se preocupar, pois nenhum esforço é
está sendo exercido demasiadamente em nenhuma estrutura.

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6. REFERÊNCIAS
1) Lycoming O-540 Series Operator’s Manual
2) MT Propeller Owner’s Manual and Logbook.
3) RBH 91 – Regras Gerais de Operação para Aeronaves Civis
4) RBAC 21 – Certificado de ProdutoAeronáutico
5) InstruçãoSuplementar - IS 21.191-001A

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