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DE OPERAÇÃO
AERONAVE RV-10
PR-ZHC
IMPORTANTE
Controle de Revisões
Páginas
Revisão Data Descrição Aprovação
afetadas
EI 20/05/2013 Todas Emissão Inicial
6,7 Revisão 1
R1 22/02/2015
9 Revisão 2
R2 14/07/2017
15,16,17,18 Revisão 3
R3 15/09/2017
Sumário
1. Geral .............................................................................................................................. 8
1.1. Introdução ........................................................................................................................ 8
1.3. Uso do Manual de Voo ..................................................................................................... 9
1.4. Revisões do Manual de Voo ........................................................................................... 10
1.5. Desenho em três vistas .................................................................................................. 10
Figura 1 – Vistas da aeronave ............................................................................................. 10
1.6. Especificações ................................................................................................................ 11
Tabela 1 – Informações gerais da aeronave ....................................................................... 11
A Tabela 2 apresenta as características do motor. ............................................................. 12
Tabela 2 – Características do motor ................................................................................... 12
Tabela 3 – Características da hélice ................................................................................... 12
1.6.1. Painel de instrumentos ........................................................................................ 12
1.6.2. Sistema de combustível ...................................................................................... 13
1.6.3. Sistema de freios ................................................................................................ 13
1.6.4. Sistema elétrico .................................................................................................. 13
1.6.5. Pitot e tomada de pressão estática ...................................................................... 13
2. Limitações e Especificações ....................................................................................... 13
2.1. Introdução ...................................................................................................................... 13
2.2. Limites de Velocidade .................................................................................................... 13
Tabela 4 - Velocidades Limites............................................................................................ 13
2.3. Marcações nos Instrumentos .......................................................................................... 14
Tabela 5 – Marcações no velocímetro................................................................................. 14
Tabela 6 – Marcações nos instrumentos de monitoramento do motor ........................... 14
2.4. Limitações do Motor ...................................................................................................... 15
Tabela 7 – Limitações do Motor ......................................................................................... 15
2.5. Limitações de Peso ......................................................................................................... 16
Tabela 8 – Limitações de peso ............................................................................................. 16
2.6. Fatores de Carga Limite ................................................................................................. 16
Tabela 9 – Fatores de carga limite ...................................................................................... 16
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1. GERAL
1.1. Introdução
Este manual de operação apresenta as informações requeridas para uma operação segura da
aeronave Vans Aircraft RV-10, construída pela Aero Centro Comércio e Serviços Aeronáuticos
LTDA. Ele foi elaborado com base no RBAC 21 e na Instrução Suplementar IS 21.191-001A.
A aeronave deverá ser operada de acordo com as informações e limitações contidas neste
manual. O manual deve ser mantido na aeronave durante todo o tempo e é responsabilidade do
piloto assegurar que o mesmo esteja completo e atualizado com todos os suplementos e revisões
aplicáveis.
Sendo um manual de especificações, não substitui um treinamento de voo competente e
básico, o conhecimento das instruções do desempenho aerodinâmico assim como os
conhecimentos do regulamento de trafego aéreo.
O proprietário é responsável pela manutenção da validade do CAV - Certificado de
Autorização de Voo e do CME- Certificado de Marca Experimental, bem como pela
manutenção em dia dos sistemas da aeronave.
O piloto é responsável, antes de qualquer voo, pela verificação se a aeronave encontra em
condições de operação. O piloto também é responsável pelo cumprimento dos limites
operacionais que são determinados por placares de aviso, marcações e por este manual.
A base para os valores mencionados neste manual são, desde que não seja explicitado de
outra forma: o peso máximo para a decolagem de 1225 kg e os valores ICAO de Atmosfera
Padrão ao nível médio do mar.
Pela legislação brasileira ninguém pode operar uma aeronave experimental a menos que seja
detentor de uma Licença de Piloto Privado e de um Certificado Médico Aeronáutico de 2ª classe
válidos.
Ninguém pode conduzir operações com um ultraleve a menos que tais operações atendam as
regras estabelecidas RBHA 91.
O piloto e o proprietário são corresponsáveis pelas possíveis infrações cometidas contra o
Código Aeronáutico Brasileiro e as normas da ANAC.
As caixas de informação abaixo são utilizadas ao longo deste manual e devem ser sempre
notadas a fim de garantir a segurança do piloto, da aeronave e de pessoas no solo.
ATENÇÃO
CUIDADO
NOTA
NOTA
Para estender esse benefício a novos proprietários que adquirirem uma aeronave por
transferência de propriedade é necessário que antigo proprietário informe sempre a Aero Centro
Comércio e Serviços Aeronáuticos LTDA sobre a venda e o nome, telefone, e-mail e endereço
do novo proprietário/operador para que um novo cadastro seja feito.
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1.6. Especificações
A Tabela 1 apresenta as informações gerais da aeronave.
Comprimento 7,31 m
Envergadura 9,44 m
Altura 2,43 m
32 para cima
Deflexão dos ailerons graus
17 para baixo
+3,8
Fator de carga de projeto G
-1,9
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Fabricante HARTZELL
Modelo C2YR-1BFP/F8068D
Diâmetro 80”
Número de pás 2
Material ALUMINIUM
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2. LIMITAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES
2.1. Introdução
Esta seção inclui limitações operacionais, marcas nos instrumentos e placares básicos
necessários para operação segura deste modelo de aeronave, seu motor, sistemas e
equipamentos padrões de fábrica.
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Operação normal se
Arco Amarelo 25 a 45
Marcador de em marcha lenta
Pressão do Óleo Arco Verde 45 a 89 psi Operação normal
do Motor Arco Amarelo 90 a 99psi Atenção
Operação normal para:
Arco Vermelho Até 115 psi Partida/Taxi/Aquecime
nto/Decolagem
Marcador do
Nível de
Arco Vermelho 0 a 15 Lts. Nunca operar
Combustível de
um Tanque
12 a 14 Volts
Voltímetro Arco Verde Operação normal
(ideal 13.8V a 14.5V)
Arco Amarelo 80°F a 140°F Operação normal
165°F a 245°F
Temperatura do Arco Verde Operação normal
(ideal 180°F)
óleo do motor
245°F ao fim da
Arco vermelho Nunca operar
escala
NOTA
NOTA
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ATENÇÃO
ATENÇÃO
NOTA
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3.1. Introdução
Os procedimentos abaixo listados são simplificados.
3.2.1. Cabine
1. Trava dos comandos - REMOVER
2. Chave de ignição - DESLIGADA
3. Master - DESLIGADO
4. Mistura - CORTADA
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3.2.3. Nariz
1. Hélice e spinner - FIXOS, SEM DANOS
2. Capota - FIXO, SEM DANOS
3. Triquilha e carenagem – SEM DANOS, PNEUS CALIBRADOS
4. Garfo – REMOVIDO E GUARDADO
5. Calços - REMOVIDOS
6. Entradas de ar do motor - DESOBSTRUÍDAS
5. Calços - REMOVIDOS
3.2.9. Empenagem
1. Profundores – LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS
2. Leme - LIVRE PARA MOVIMENTAR E SEM DANOS
3. TrimTabs - FIXOS, SEM DANOS
4. Cone de cauda e luz - FIXOS, SEM DANOS
5. Amarras – REMOVIDAS
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3.3.3. Empenagens
1. Luz de navegação - ACESA
2. Beacon - OPERANDO
3.3.5. Cabine
1. Master - DESLIGADO
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3.6. Taxiando
Todo taxiamento deve ser feito em marcha lenta, e os controles devem ser posicionados de
tal forma que os efeitos de balanço da asa são minimizados.
O taxi sobre o cascalho solto ou terra deve ser feito com o motor em baixa velocidade para
minimizar os danos para as pontas da hélice, trem de pouso e empenagens devido.
3.8. Decolagem
3.8.1. Decolagem Normal
1. Flaps - LEVANTADOS
2. Bomba de combustível auxiliar - LIGADA
3. Acelerador – TODA POTÊNCIA
4. Comando do profundor – PUXAR MANCHE QUANDO ATINGIR 75mph
(65knot)
5. Velocidade de subida – 110mph (96knot)
3.9. Subida
1. Velocidade normal de subida - 120 mph (104knot) ao nível do mar, toda
potência
2. Mistura rica
3. Verificar instrumentos do motor
3.11. Descida
1. Potência – A REQUERIDA PARA DESCER
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3.13. Arremetendo
1. Potência – POTÊNCIA TOTAL
2. Manete de passo – PASSO MÍNIMO
3. Velocidade – 85mph (74knot)
4. Estabeleça atitude de subida
5. Flaps - RECOLHA LENTAMENTE, mantenha velocidade segura
3.14. Pouso
3.14.1. Pouso Normal
1. Estabelecer velocidade 85mph (74knot)
2. Tocar o trem de pouso principal a 70mph (61knot)
3. Flapes conforme requerido
4. Abaixe a triquilha lentamente diminuindo a velocidade
5. Freios – conforme necessário
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4. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
4.1. Introdução
Esta seção enumera procedimentos aplicáveis em casos de emergência. As boas práticas
de manutenção e operação tendem a minimizar esse tipo de procedimento, no entanto,
todo piloto deve ter conhecimento dos mesmos
1. Potência – CORTAR
2. Partida – DESLIGAR
3. Bomba de combustível – DESLIGAR
4. Alternador – DESLIGAR
5. Seletor de combustível – FECHAR
4.3. Incêndios
4.3.1. Durante a Partida no Solo
1. Partida – Continue a dar partida para que o motor sugue as chamas para
dentro do carburador.
2. Potência - 1800 RPM por alguns minutos.
3. Motor – DESLIGUE para verificar possíveis danos.
4. Seletora de combustível - DESLIGADA
5. Master - DESLIGADA
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6. Magnetos - DESLIGADOS
7. Evacue os passageiros.
8. Mistura - CORTADA
9. Chave Master - DESLIGADA
10. Chave de partida - DESLIGADA
11. Seletora de combustível – DESLIGADA
12. Apague o fogo, utilizando o extintor de incêndio, cobertores ou terra
4.3.2. Fogo no Motor Durante o Voo
1. Mistura - CORTADA
2. Seletora de combustível - DESLIGADA
3. Chave Master - DESLIGADA
4. Pouso forçado - EXECUTE (como descrito em pouso sem motor)
4.3.3. Incêndio no Sistema Elétrico Durante o Voo
Se o fogo é no compartimento do motor:
Se o fogo é na cabine:
Se o fogo aparentar ser fora e for necessária eletricidade para continuar o voo:
7. Chave Master - DESLIGADA
8. Fusíveis – VERIFICAR CIRCUITO DEFEITUOSO. NÃO RELIGAR
9. Rádio / Chaves elétricas – LIGAR uma por vez, verificando aonde está o
curto-circuito
10. Ventilação cabine – ABERTA QUANDO O FOGO TERMINAR
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5. PESO E BALANCEAMENTO
5.1. Introdução
Em função do modelo de motor, dos acessórios instalados, do tipo de acabamento interno e
pintura cada aeronave possui um vazio próprio e a ele uma posição de C.G. típica. Antes de a
aeronave ser colocada em operação ela deve ser pesada vazia e seu C.G. calculado.
Ao longo dos anos devido a reparos estruturais e modificações feitas na aeronave tanto seu peso
vazio quanto a posição C.G. podem mudar.
O desempenho, o controle e a estabilidade de uma aeronave são diretamente afetados tanto pelo
peso como pela posição C.G. Nesta seção estão descritos os procedimentos para pesagem da
aeronave vazia e instruções para cálculo do peso e da posição do C.G.
5.3. Medições
Na eventual necessidade de se medir algum valor de braço:
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5) Dividir o momento total encontrado pelo peso vazio. Obter o C.G. da aeronave
vazia.
ATENÇÃO
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Na imagem acima, é possível notar um lock no comando de profundor gerado por uma
má fixação no acabamento de fibra da empenagem. Neste caso, vale ressaltar a
importância de um cheque pré-voo e priorizar a manutenção ser realizada em centros
especializados nessas aeronaves.
Na imagem ao lado, é
enfatizado a importância de
manter sempre os pneus
calibrados, e sempre atentos
quando for necessária a
operação em pistas não-
pavimentadas, pois como os
pneus são baixos, caso haja a
colisão do tubo diretamente
com o solo, pode causar em
casos extremos, a pilonagem
da aeronave.
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Existe um procedimento padrão para esta ocorrência. Caso seja identificado que há
óleo vindo do compartimento do motor, deve-se imediatamente fazer um voo guinado,
pra o lado do piloto, priorizando manter o lado do canopy e a visão do piloto
desobstruída até o pouso, sendo desfeita a guinada segundos antes do toque, caso
isso não ocorra, o piloto pode ter a sua visão obstruída pelo óleo, o que dificultaria um
pouso bem sucedido.
Nas imagens acima, é esclarecido o que muitos pilotos de RV’s em voos de acrobacia
sentem no manche quando utilizam 100% do comando de Aileron.
A vibração sentida por muitos pilotos neste caso, é estritamente pela turbulência
criada pelo aileron da aeronave que excede o seu ângulo crítico, fazendo com que o
perfil entre em stall. Neste caso, não há com que se preocupar, pois nenhum esforço é
está sendo exercido demasiadamente em nenhuma estrutura.
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6. REFERÊNCIAS
1) Lycoming O-540 Series Operator’s Manual
2) MT Propeller Owner’s Manual and Logbook.
3) RBH 91 – Regras Gerais de Operação para Aeronaves Civis
4) RBAC 21 – Certificado de ProdutoAeronáutico
5) InstruçãoSuplementar - IS 21.191-001A
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