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BRASILEIRA 16821-2
Primeira edição
17.08.2020
Número de referência
ABNT NBR 16821-2:2020
25 páginas
© ABNT 2020
Impresso por: M. Baptista (IMPRESSÃO)
ABNT NBR 16821-2:2020
Exemplar para uso exclusivo - SUPERGASBRAS ENERGIA LTDA. - 19.791.896/0002-83
© ABNT 2020
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos gerais................................................................................................................4
4.1 Projeto do tubo multicamada.............................................................................................4
4.2 Materiais...............................................................................................................................4
4.2.1 Composição das camadas do tubo...................................................................................4
4.2.2 Camadas poliméricas.........................................................................................................5
4.2.3 Camada metálica.................................................................................................................5
4.2.4 Camadas de adesivo...........................................................................................................5
4.3 Características gerais.........................................................................................................5
4.3.1 Condições de projeto do tubo multicamada....................................................................5
4.3.2 Coeficiente de projeto.........................................................................................................5
4.3.3 Cor do tubo multicamada...................................................................................................5
4.4 Características construtivas..............................................................................................6
4.4.1 Solda da camada de alumínio............................................................................................6
4.4.2 Aspectos visuais.................................................................................................................6
4.5 Dimensões dos tubos e das camadas dos tubos............................................................6
4.5.1 Dimensões dos tubos.........................................................................................................6
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G.4 Procedimento....................................................................................................................20
G.5 Relatório de ensaio...........................................................................................................21
Anexo H (normativo) Resistência da camada externa a intempéries............................................22
H.1 Princípio.............................................................................................................................22
H.2 Amostras............................................................................................................................22
H.3 Equipamentos....................................................................................................................22
H.4 Procedimento....................................................................................................................22
H.5 Relatório de ensaio...........................................................................................................23
Bibliografia..........................................................................................................................................25
Figuras
Figura 1 – Composição das camadas do tubo..................................................................................5
Tabelas
Tabela 1 – Dimensões dos tubos........................................................................................................6
Tabela 2 – Espessuras dos tubos.......................................................................................................7
Tabela 3 – Classes de diâmetros........................................................................................................7
Tabela 4 – Propriedades físicas .........................................................................................................9
Tabela A.1 – Tabela de normas para polímeros a serem utilizados nas camadas externa
e interna............................................................................................................................. 11
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 16821-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Gases Combustíveis (ABNT/CB-009),
pela Comissão de Estudo de Mangueiras e tubos para a condução de gases combustíveis
(CE-009:301.004). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 05.12.2019
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a 03.02.2020.
A ABNT NBR 16821-2, sob o título geral “Sistema de tubulação multicamada para a condução
de gases combustíveis”, tem previsão de conter as seguintes partes:
Scope
This Part of ABNT NBR 16821 specifies the general requirements, dimensional and performance
requirements for multilayer pipes which at least 60% of the wall thickness is polymeric material,
intended to be used for gaseous fuel multilayer piping system.
This Part of ABNT NBR 16821 is applicable to multilayer piping systems that operates at temperatures
of -20 °C up to + 60 °C, nominal diameter up to 63 mm and maximum operating pressure up to and
including 500 kPa (5 bar).
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1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 16821 especifica os requisitos gerais, dimensionais e de desempenho para
os tubos multicamada, que tenham ao menos 60% da espessura de parede composta de material
polimérico, destinados aos sistemas multicamada para uso com gases combustíveis.
Esta Parte da ABNT NBR 16821 é aplicável aos sistemas de tubulação multicamada com temperatura
de operação entre – 20 °C e 60 °C, diâmetro nominal até 63 mm e pressão de operação de no máximo
500 kPa (5 bar).
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 3126, Sistemas de tubulações de plástico – Componentes plásticos – Determinação
das dimensões
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ASTM G155, Practice for Operating Xenon Arc Light Apparatus for Exposure of Non-Metallic Materials
ISO 4437-1, Plastics piping systems for the supply of gaseous fuels – Polyethylene (PE) – Part 1:
General
ISO 9080, Plastics piping and ducting systems – Determination of the long-term hydrostatic strength
of thermoplastics materials in pipe form by extrapolation
ISO 1167 (all parts), Thermoplastics pipes, fittings and assemblies for the conveyance of fluids –
Determination of the resistance to internal pressure
ISO 11357-6, Plastics – Differential scanning calorimetry (DSC) -- Part 6: Determination of oxidation
induction time (isothermal OIT) and oxidation induction temperature (dynamic OIT)
ISO 13480, Polyethylene pipes – Resistance to slow crack growth – Cone test method
ISO 14531-1, Plastics pipes and fittings – Crosslinked polyethylene (PE-X) pipe systems for the
conveyance of gaseous fuels – Metric series – Specifications – Part 1: Pipes
ISO 17454, Plastics piping systems – Multilayer pipes – Test method for the adhesion of the different
layers using a pulling rig
ISO 17456:2006, Plastics piping systems – Multilayer pipes – Determination of long-term strength
ISO 24033, Polyethylene of raised temperature resistance (PE-RT) pipes – Effect of time and
temperature on the expected strength
EN 573-3, Aluminium and aluminium alloys – Chemical composition and form of wrought products –
Part 3: Chemical composition and form of products
EN 713, Plastics piping systems – Mechanical joints between fittings and polyolefin pressure pipes –
Test method for leaktightness under internal pressure of assemblies subjected to bending
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
camada
seção circunferencial homogênea da parede do tubo, com características química, mecânica e física
diferentes das camadas em contato
3.2
camada externa
camada exposta ao ambiente externo
3.3
camada interna
camada em contato com o fluido transportado
3.4
coeficiente de projeto
fator C
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coeficiente que considera as condições de serviço, bem como as propriedades dos outros componentes
do sistema, que não foram levadas em conta no valor do limite inferior de confiança (LCL)
3.5
diâmetro externo
de
dimensão externa da seção transversal medida em qualquer ponto de um tubo, aproximada para
o décimo de milímetro superior
3.6
diâmetro interno
di
dimensão interna da seção transversal medida em qualquer ponto de um tubo, aproximada para
o décimo de milímetro superior
3.7
diâmetro nominal
dn
número inteiro que serve para classificar em dimensões os elementos do sistema (tubos, conexões
e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao diâmetro externo do tubo
NOTA O diâmetro nominal não é objeto de medição nesta Parte do Texto Base 009:301.004-001.
3.8
espessura de parede
e
diferença entre o diâmetro externo do tubo e o diâmetro interno, dividido por 2
3.9
espessura média da parede
em
média aritmética de pelo menos quatro medidas regularmente espaçadas ao longo da mesma seção
transversal do tubo incluindo os valores mínimos e máximos obtidos, aproximada para o décimo
de milímetro superior
3.10
gases combustíveis
hidrocarbonetos combustíveis gasosos em fase vapor, como gás natural (GN), gás liquefeito
de petróleo (GLP) ou ar propanado (mistura ar e gás liquefeito de petróleo)
3.11
índice da dimensão da camada metálica
SDRm
razão entre o diâmetro externo do tubo pela espessura de parede da camada de alumínio
3.12
limite inferior de confiança
LCL
quantidade, expressa em megapascals (MPa), que pode ser considerada uma propriedade do material,
representando 97,5% do limite inferior de confiança da média da previsão de resistência hidrostática
a longo prazo para uma dada temperatura (T) e um período de tempo (t)
3.13
pressão de projeto
pD
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3.14
pressão de ensaio
pCDt
pressão resultante da aplicação do método de ensaio prescrito na ISO 17456:2006, 6.2.5
3.15
pressão de projeto prevista
pCD
pressão de projeto após o tempo de vida de 50 anos, usando a linha de referência de 97,5%
3.16
pressão mínima requerida
MRP
mínima pressão requerida, igual a resistência de pressão estimada de longa duração de um tubo
a temperatura de 20° C em um período de tempo de 50 anos, arredondando para o menor valor
da série R10 da ISO 3:1973 e ISO 497:1973
3.17
resistência à pressão hidrostática de longa duração
valor que representa a resistência média à pressão hidrostática prevista, a uma temperatura (T)
e ao tempo (t)
3.18
sistema de tubulação multicamada
sistema único formado pela união de tubo multicamada com a conexão correspondente ao dimensional
e às características de projeto e de construção do tubo multicamada, através de ferramental
e acessórios, conforme os requisitos de união e instruções do fabricante, de forma a garantir
a segurança e o controle do processo de união, bem como a integridade e a resistência mecânica
do conjunto
3.19
tipo similar de construção
tubos multicamada que possuem: o mesmo processo tecnológico de fabricação (por exemplo, processo
de solda da camada de alumínio, tipo de solda etc.); materiais com as mesmas características para
cada camada estrutural, isto é, tipo de material e especificação; camadas montadas na mesma
sequência para diferentes diâmetros e; para todos os diâmetros, o SDRm é ± 10%, o mesmo
NOTA Se, para uma certa faixa de diâmetros, a espessura de parede da camada metálica for a mesma,
então, o valor do SDRm de todos os diâmetros menores nessa faixa de diâmetros, podem ser ajustados
ao valor do SDRm deste maior diâmetro (por exemplo, uma faixa de diâmetros de 12 mm até 20 mm com
camada metálica de 0,2 mm de espessura).
3.20
tubo multicamada
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tubo composto de cinco camadas, sendo elas: camada externa de material polimérico, camada
de adesivo, camada de alumínio, camada de adesivo e camada interna de material polimérico
NOTA A espessura do tubo é composta por pelo menos 60 % de materiais poliméricos (por exemplo
PEX / Al / PEX ou PE-RT / Al / PEX).
4 Requisitos gerais
4.1 Projeto do tubo multicamada
A pressão de projeto do tubo multicamada deve ser de no mínimo 500 kPa (5 bar).
4.2 Materiais
As camadas interna e externa devem ser projetadas para suportar as condições a que forem submetidas
e devem ser produzidas a partir de compostos em conformidade com as normas especificadas
na Tabela A.1.
No caso de tubos para o sistema de anel deslizante, a camada interna deve ser de PEX, conforme
Anexo A.
A camada de alumínio deve ser fabricada em conformidade com a norma especificada na Tabela A.2.
As camadas de adesivo não são consideradas como camadas projetadas para suportar esforços.
O conjunto de camadas do tubo deve ser projetado para resistir às condições de pressão
e de temperatura de projeto do tubo.
O coeficiente de projeto dos tubos multicamada (fator C) deve ser no mínimo igual a 2, quando usado
para calcular a pressão de projeto prevista (pCD) de acordo com a máxima temperatura de operação.
A cor da camada externa dos tubos multicamada deve ser amarela, preta ou branca. Os tubos nas
cores preta ou branca devem possuir listras amarelas conforme seção 5.
No caso dos tubos de cor preta, o composto de negro de fumo (carbon black) utilizado deve ter
um tamanho médio de partícula de 10 nm a 25 nm.
A cor do tubo não está relacionada à proteção contra a radiação ultravioleta (UV).
No caso de pintura para harmonia arquitetônica, o fabricante deve ser consultado quanto
ao procedimento a ser adotado.
A camada metálica deve ser soldada de forma contínua e por método de topo pelos processos TIG
ou Laser, com monitoramento contínuo no processo de fabricação.
A solda da camada de alumínio não pode ser executada pelo método de sobreposição (overlap).
As superfícies internas e externas dos tubos multicamada devem ser lisas, limpas e isentas
de ranhuras, cavidades e outros defeitos superficiais que possam impedir o atendimento aos requisitos
desta Parte da ABNT NBR 16821.
As extremidades dos tubos multicamada devem ser isentas de rebarbas e estar perpendiculares
ao seu eixo longitudinal.
As dimensões dos tubos multicamada para as tecnologias de conexões por compressão radial por
crimpagem, compressão radial por rosca bicônica devem ser de acordo com a Tabela 1.
A espessura da camada interna de polímero não pode ser inferior a 0,5 mm. A tolerância da espessura
do tubo multicamada deve ser conforme a Tabela 2.
As classes de diâmetros são definidas com base nas faixas dos diâmetros externos conforme Tabela 3.
2 16 ≤ de < 20
3 20 ≤ de < 26
4 26 ≤ de < 40
5 40 ≤ de < 50
6 50 ≤ de < 60
7 60 ≤ de ≤ 63
4.6.1.1 Geral
A resistência à pressão hidrostática de longa duração deve ser determinada de acordo com
os seguintes requisitos:
a) pressão de ensaio (pCDt) deve ser igual ou maior que a pressão de projeto prevista (pCD);
b) a temperatura de operação deve ser levada em consideração. O tubo multicamada deve ser
projetado para uma temperatura máxima de + 60° C;
c) o comportamento viscoelástico do PEX e PE são similares. As curvas de referência para o PEX
podem ser encontradas na ISO 10146.
Ao menos um diâmetro de cada “tipo similar de construção” deve ser ensaiado de acordo com a ISO
9080, sendo que o diâmetro com o maior SDRm é o que deve ser ensaiado.
Os parâmetros de pressão de projeto prevista (pCD) e pressão mínima requerida (MRP) para
a construção de cada tubo devem ser determinadas de acordo com a ISO 17456.
Todos os diâmetros do tipo similar de construção, excluindo o diâmetro ensaiado de acordo com
o previsto em 4.6.1.1 devem ser submetidos ao ensaio de confirmação de acordo com a ISO 17456.
[Se o índice da dimensão da camada metálica (SDRm), de um tubo de diâmetro menor que o tubo
ensaiado por completo, for menor que 90% do valor do SDRm do tubo ensaiado por completo, o tubo
com menor diâmetro pode ser ensaiado de acordo com o ensaio de confirmação da ISO 17456.]
Os pontos de controle de falha para cada diâmetro nos períodos de 22h, 165h e 1000h (ou outro
tempo de ensaio requerido) devem ser calculados utilizando 97,5% do valor da linha do limite inferior
de confiança para pressão hidrostática prevista (PLCL) do diâmetro ensaiado por completo.
Quando o diâmetro externo do tubo é aumentado em 10%, não pode ocorrer falha relativa à linha
de solda da camada metálica. O ensaio deve ser realizado de acordo com o Anexo B.
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4.6.3 Resistência à propagação lenta de trincas na camada externa (ensaio com cone)
Quando ensaiado de acordo com a ISO 13480, a taxa de crescimento da trinca da camada externa
deve ser menor que 10 mm / dia.
O ensaio deve ser realizado em um tubo monocamada fabricado a partir do material utilizado para
a camada externa.
4.7.1 Geral
As características físicas aplicáveis para cada camada projetada para esforço e para a camada
interna devem ser verificadas de acordo com as seções correspondentes nas normas de referência
do produto.
i) a frase: “Resistente à UV” somente para os tubos que atendam aos requisitos de desempenho
de resistência a intempéries ou que contenham negro de fumo conforme Tabela 4.
5.2 Os tubos brancos e pretos devem possuir, além da identificação descrita anteriormente, pelo
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menos duas faixas amarelas equidistantes, em todo o comprimento, que permaneçam visíveis á vista
desarmada.
NOTA 2 O fabricante não é responsável pela ilegibilidade da marcação no caso de: Pintura, raspagem,
cobertura dos componentes ou uso de detergentes etc., a menos que acordado ou especificado pelo
fabricante.
5.3 A identificação não pode iniciar rachaduras ou outros tipos de defeitos que influenciem
adversamente no desempenho do tubo.
5.4 A cor da camada externa dos tubos deve ser conforme seção 4.3.3.
5.5 As embalagens dos tubos devem protegê-los no transporte e manuseio. Os tubos multicamada
podem ser fornecidos em barras ou em bobinas.
Anexo A
(normativo)
A partir da data de publicação desta Parte da ABNT NBR 16821, as normas de referência para
os produtos, publicadas ou sob preparação, estão listadas nas Tabelas A.1 e A.2. As normas
apresentadas nestas tabelas devem ser utilizadas como normas de referência a serem cumpridas
pelo material.
Tabela A.1 – Tabela de normas para polímeros a serem utilizados nas camadas externa
e interna
Material Norma
PE ISO 4437-1
ISO 4437-1
PE-RT
e ISO 24033
ISO 14531-1
PE-X
e ISO 10146
Esta lista somente é aplicável para os materiais utilizados nas camadas sujeitas a esforços
e nas camadas internas
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Tabela A.2 – Tabela de normas para alumínio a ser utilizada na camada metálica
Material Norma
Al EN 573-3
Anexo B
(normativo)
B.1 Princípio
Conjuntos de amostras são submetidos a um ensaio com cone, com o objetivo de determinar o grau
de delaminação e a resistência da linha de solda das camadas. Com um cone de formato específico,
uma expansão padronizada é criada no tubo.
B.2 Amostras
Os ensaios devem ser conduzidos em amostras cujo comprimento do tubo multicamada seja
no mínimo 5 x de.
B.3 Cone
Um cone com um ângulo de 15° deve ser aplicado. O comprimento do cone deve ser tal, que proporcione
uma expansão de 10% na extremidade do tubo.
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B.4 Procedimento
B.4.1 Medir o diâmetro externo da amostra do tubo multicamada utilizando um equipamento com
precisão de pelo menos 0,1%.
B.4.2 Multiplicar o valor encontrado por 1,1 (10% de expansão). Este é o valor do diâmetro externo
da amostra de tubo multicamada após a expansão aplicada pelo cone.
B.4.3 Medir a espessura de parede da amostra de tubo multicamada de acordo com a ISO 3126
em oito pontos equidistantes em uma mesma seção transversal, utilizando um equipamento com
precisão de pelo menos 1%. O valor calculado corresponde a em (espessura média da parede).
B.4.4 Calcular o diâmetro necessário do cone (dcone) para obter uma expansão de 10 %, utilizando
a equação a seguir:
dcone=1,1de−(2em)
B.4.6 Inserir o cone na amostra do tubo multicamada até o ponto determinado. A extremidade
do tubo multicamada é expandida em 10%.
B.4.8 Aguardar 15 min após a remoção do cone, e inspecionar visualmente a amostra detectando
possíveis fissuras e delaminações.
Anexo C
(normativo)
C.1 Princípio
Conjuntos de amostras formadas por tubos multicamada e conexões são preenchidos com
um líquido contendo uma fração de 50 % n-decano e 50 % 1,3,5 – trimetilbenzeno sob pressão por
um período específico de tempo. Após um período de condicionamento, é realizado um ensaio com cone
com o objetivo de determinar o grau de delaminação da amostra (C.3.1). Adicionalmente um ensaio
de pressão interna é realizado a uma temperatura de 80 °C durante 20 h a fim de determinar o grau
de delaminação (C.3.2).
C.2 Amostras
Preparar quatro conjuntos de amostras conforme a ISO 1167 (todas as partes). As amostras devem
ser preferencialmente realizadas com tubos das dimensões da Classe 6 (ver 4.5.3). Os tampões
de fechamento devem ser montados de forma que o líquido tenha livre acesso à extremidade do tubo.
C.3 Procedimentos
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C.3.1.1 Preparar um líquido contendo, em fração de massa, 50% de n-decano (99%) e 50%
de 1,3,5-trimetilbenzeno.
C.3.1.4 Checar as amostras a fim de detectar possíveis vazamentos e delaminação das camadas.
C.3.2.1 Preparar um líquido contendo, em fração de massa, 50% de n-decano (99%) e 50%
de 1,3,5-trimetilbenzeno.
C.3.2.2 Condicionar o tubo preenchendo as amostras com o líquido, e deixá-las ao ar durante 1 500 h
à temperatura de 23 ± 2 ºC, sob uma pressão de 0,4 x pD.
C.3.2.4 Checar as amostras a fim de detectar possíveis vazamentos e delaminação das camadas.
Anexo D
(normativo)
D.1 Princípio
Amostras de tubo são levadas a um forno e mantidas sob tempo e temperatura determinadas.
Após este envelhecimento no forno, as amostras são submetidas à curvatura a fim de produzir
uma deformação axial na camada externa. A camada externa é observada visualmente à procura
de fissuras.
D.2 Equipamentos
D.2.1 Forno.
D.3 Procedimento
D.3.1 O envelhecimento do PE, PE-X ou PE-RT deve ser realizado em um forno por 0,5 ano a uma
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temperatura de 100 ± 2°C ou por 0,25 ano a uma temperatura de 110 ± 2 °C(*).
NOTA Isto pressupõe uma duração de 25 anos a uma temperatura de 60 °C durante os 50 anos de vida
do tubo multicamada. Levando em consideração o método de extrapolação tempo/temperatura da ISO 9080,
que determina um tempo de ensaio de 0,5 ano (6 meses) a uma temperatura de 100°C ou 0,25 ano (3 meses)
a uma temperatura de 110°C.
A deformação da fibra externa é calculada em relação ao eixo neutro do tubo da seguinte forma:
Anexo E
(normativo)
Delaminação
E.1 Princípio
A força de adesão deve ser determinada por um ensaio de delaminação de acordo com a ISO 17454.
Este ensaio deve ser realizado antes e depois do ensaio de ciclo térmico (ver Anexo G).
E.2 Amostras
As amostras para os ensaios de adesão e de ciclo térmico devem ser preparadas de acordo com
a ISO 17454. Todas as amostras devem ser preparadas a partir do mesmo tubo multicamada.
E.3 Procedimento
E.3.1 Realizar o ensaio de delaminação de acordo com a norma ISO 17454 a uma temperatura
de 23 ± 2 °C.
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E.3.2 Realizar o ensaio de ciclo térmico de acordo com o Anexo G, com o ciclo térmico entre
− 20 °C e 60 °C. O número de ciclos é 10. O tubo multicamada é pressurizado.
E.3.3 Depois do ensaio de ciclo térmico, uma amostra deve ser preparada para o ensaio
de delaminação de acordo com a norma ISO 17454.
E.3.4 Realizar o ensaio de delaminação de acordo com a norma ISO 17454 a uma temperatura
de 23 ± 2 °C. As zonas de delaminação devem estar localizadas nas extremidades e no centro
da amostra ensaiada.
Anexo F
(normativo)
Permeabilidade ao odorante
F.1 Princípio
Um fluxo com concentração definida de THT (Tetrahidrotiofeno C4H8S) é conduzido através de uma
amostra de tubo multicamada. Depois de um determinado período, a permeabilidade do THT através
da parede do tubo multicamada deve ser verificada por uma pessoa experiente.
F.2 Amostras
Colocar uma válvula em cada um dos extremos do tubo multicamada.
F.3 Procedimento
F.3.1 Um fluxo de ar contendo uma concentração de 100 mg/m³ de THT, a uma pressão
de 0,1 ± 0,02 MPa (1 ± 0,2 bar) é conduzida através do tubo multicamada a uma temperatura
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de 23 ± 2 °C.
F.3.2 Após 60 dias de exposição, um observador experiente deve detectar pelo odor se há presença
de THT no ambiente onde o ensaio foi realizado.
Anexo G
(normativo)
Propagação de chama
G.1 Princípio
Consiste em expor os tubos multicamada a uma chama durante um período para determinar o tempo
que demora a extinguir a chama por si só.
G.2 Equipamentos
G.2.1 Bico de Bunsen.
G.2.6 Trena.
G.3 Amostras
Preparar três amostras de 1 m ± 10 mm de comprimento, nas quais se realizam marcações
a 300 mm ± 10 mm e a 340 mm ± 5 mm de um dos extremos, que devem permanecer no mínimo por
1 h em um ambiente a 23 °C± 2 °C.
G.4 Procedimento
G.4.1 Fixar o bico de Bunsen entre as marcas do tubo, de modo que a chama esteja posicionada
de maneira perpendicular ao eixo do tubo, que deve estar na posição horizontal, iniciando a contagem
do tempo de ensaio quando a extremidade da chama, de cor azul, entrar em contato direto com a
superfície inferior do tubo. O tempo de ensaio é de 1 min + 2s. Ao término do tempo deve ser retirado
o bico, de tal forma que não haja contato da chama com o tubo.
G.4.2 Uma vez que a chama do bico de Bunsen deixar de fazer contato com o tubo, medir o tempo
que resta para extinguir a chama no tubo, o qual não pode exceder 30s. Realizar o ensaio dentro de
uma capela, extraindo o ar para o ambiente externo depois que a chama se extinguir por ela mesma.
A porta da capela deve permanecer fechada depois de retirar o tubo da chama do bico de Bunsen.
G.4.3 Ao menos duas das amostras inspecionadas devem autoextinguir a chama no tempo máximo.
Caso ultrapassem o tempo máximo da extinção da chama em duas ou mais amostras, é considerada
a falha do tubo.
Anexo H
(normativo)
H.1 Princípio
Amostras de tubos são expostas a uma energia de 32,3 GJ/m² (relativa a 8 000 h de exposição)
em uma câmara de arco xênon de exposição acelerada à radiação ultravioleta. Após o período
de exposição, as amostras são submetidas à inspeção visual (a vista desarmada), não podendo
apresentar craquelamento.
H.2 Amostras
A quantidade de amostras para cada período de exposição ou condição de ensaio deve ser aquela,
especificada no método apropriado de ensaio, para as propriedades a serem medidas após exposição,
conforme ASTM G 155.
A menos que seja especificado ou requerido, utilizar no mínimo três amostras onde as propriedades
sejam medidas com ensaios não destrutivos e seis amostras onde as propriedades sejam medidas
com ensaios destrutivos.
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H.3 Equipamentos
Câmara de arco xênon.
H.4 Procedimento
O ensaio deve ser conduzido de acordo com a Tabela H.1 e conforme ciclo 7 da ASTM G155.
NOTA Se os ensaios de exposição forem executados por laboratório contratado, as amostras são
normalmente identificadas por um código. Nestes casos, é de responsabilidade do laboratório de origem
prover a descrição completa das amostras quando da declaração do resultado do ensaio de exposição.
— se requerido, média e tolerâncias para a potência utilizada para a fonte de luz do laboratório;
— média e limite de tolerâncias para umidade relativa do ar através do ensaio das amostras;
— tempo do período do jato de água e as condições da água utilizada no jato das amostras,
se utilizado, incluindo o teor de sólidos e sílica, se o total de sólidos for maior que 1 ppm;
— resultados das medições das propriedades do grupo de amostras não expostas, se determinado;
Bibliografia
[1] ISO 17484-1:2014, Plastics piping systems – Multilayer pipe systems for indoor gas installations
with a maximum operating pressure up to and including 5 bar (500 kPa) – Part 1: Specifications
for systems
[2] ISO 18225, Plastics piping systems – Multilayer piping systems for outdoor gas installations –
Specifications for systems
[3] ISO 10146, Crosslinked polyethylene (PE-X) and crosslinked medium density polyethylene
(PE-MDX) – Effect of time and temperature on expected strength
[5] ISO 497:1973, Guide to the choice of series of preferred numbers and of series containing more
rounded values of preferred numbers
[6] CEN/TS 1555-7, Plastics piping systems for the supply of gaseous fuels – Polyethylene (PE) –
Part 7: Guide for the asses
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