Você está na página 1de 16

Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

1 OUT 1994 j NBR 13211


Dimensionamento de ancoragens para
tubulação
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA
DE NORMAS
TÉCNICAS
ASNT
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

Av.Treze de Maio. 13 • 28" anaa,


20031-901 • A10 de Jane110 . AJ
Tel + SS 21 3974-2300
FaJC • S5 21 3974-23<16
abnt Cabnt.org.br Procedimento
www.abn1.01g br

Origem: Projeto 02:009.49-003/ 1993


CB-02 - Comitê BrasilE~iro de Construção Civil
CE-02:009.49 - Comissão de Estudo de Projeto e Execução de Tubulação de
Ferro Fundido Dúctil
NBR 13211 - Dimension of anchoring fo r pipi ng - Procedure
C ASNT 1994 Descriptors: Anchorini~ - Piping
T Odos os direitos reservados
Válida a partir de 30.1 1.1994

Palavras-chave: Ancoragem . Tubulação 16 páginas

SUMÁRIO 3.1 Pressão nominal (PN)


1 O bjetivo
2 Documento complementar Pressão de referência da tubulação, expressa por um número
3 Definições inteiro de unidades de pressão.
4 Condições gerais
5 Condições específicas
No a: Todos os componentes de tubulação, e mesmo diâmetro
AN EXO A - Representação esquemática, em perfil, das di-
(DN) e de mesma pressão nominal (PN), têm condições
versas pressões presentes numa canalização de ser acoplados entre sí.
de recalque
ANEXO B - Determinação geral do empuxo
3.2 Pressão de serviço

1 Objetivo Pressão máxima que a tubulação pode suportar em regime


contínuo.
Esta No rma fixa as condições ex1g1ve1s para o pré-
dimensionamento de ancoragens para tubulações submeti- 3.3 Pressão de serviço máxima
das a pressões internas.

M áxima pressão interna que a tubu lação solic ita, conside-


2 Documento complementar radas as eventuais sobrepressões dinâmicas (golpe de aríete).

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 3.4 Pressão de ensaio

NBR 9650 - Verificação da estanqueidade no assenta- Pressão a que deve ser submetida a tubulação ou seu tre-
mento de adutoras e redes de água - Procedimento cho em ensaio, para verificação de sua estanque1dade (ver
NBR9650).
3 Definições
Nota: No Anexo A estão representadas esquematicamente,
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de em perfil, as diversas pressões presentes numa tubulação
3.1 a3.5. de recalque.
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

2 NBR 13211 / 1994

3.5 Ângulo de atrito interno do solo 4.1.2 Quanto à natureza do terreno, as ancoragens classificam-
se em:
3.5.1 Supondo-se estar representada na Figura 1 uma massa
de solo com um plano de falha AA', tem-se que o esforço a) ancoragens em terreno sem coesão;
cortante máximo susceptivel de equilíbrio, portanto, a
resistência do solo a este esforço cortante por unidade de área b) ancoragens em terreno com coesão.
neste plano, é proporcional ao valor de P, pressão normal no
planoAA', ou seja:
Nota: Nas ancoragens para deflexão da tubulação no plano
vertical, devido, em geral, ao pequeno valor da compo-
nente horizontal, não são considerados o efeito da coesão
do terreno nem os efeitos dos empuxos passivo e ativo.
Entretanto, quando o efeito da componente horizontal for
de certa magnitude, deve-se levar em conta o eleito da
coesão, embora nesta Norma não se considere tal eleito.
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

4.1.3 As ancoragens com deflexão da t ubulação no plano ver-


F
tical classificam-se nesta Norma em:
.L._ ~~ r,-+~ A'
Área A
a) ancoragens comprimidas;

b) ancoragens tracionadas;

c) ancoragens com tirantes.


Figura 1
4.1 .4 Além das ancoragens para deflexão da tubulação (cur-
vas), são determinados os esforços (empuxos) que ocorrem
em conexões, tais como: reduções, tês, Junções, vâlvulas,
flanges cegos e caps.

3.5.1.1 Existe, portanto, uma lei de resistência, segundo a qual 4.2 Pressão de cálculo da ancoragem
a falha se produz quando o esforço cortante, T, alcança um
valor S, tal que: No cálculo das ancoragens, deve-s -::onsiderar a pressão
máxima de ensaio a que a tubulação possa estar sujeita.

Nota· as equações, o termo p se refere a esta pressão máxima.


3.5.1.2 A constante de proporcionalidade entre Se cr, isto é,
tg , está então definida em termos de um ângulo denomi- 4.3 As ancoragens devem ser dimensionadas e dispostas no
nado ângulo de atrito interno do solo. terreno de modo a permitir fácil acesso à tubulação nos re-
chos de ancoragens, facilitando suas montagens e desmon-
tagens quando necessârias, bem como as detecções de
4 Condições gerais
eventuais vazamentos.

4.1 Classificação das ancoragens


4.4 Os empuxos nas ancoragens resultam de esforços di-
nâmicos decorrentes das forças cinéticas e da pressão.
As ancoragens, para efeito desta Norma, classificam-se:

4.4.1 Nas tubulações assentadas no plano horizontal, quando


a) quanto à deflexão da tubulação;
os valores de Q e V forem pequenos, o termo p QV pode ser
b) quanto à natureza do terreno. desprezado em relação à grandeza pS (ver Anexo B).

4.1.1 Quanto à deflexão, as ancoragens classificam-se em: 5 Condições específicas

a) ancoragens para deflexão da tubulação no plano hori- 5. 1 Empuxo com uma curva no plano vertical
zontal;
5.1.1 O empuxo, de forma genérica, pode ser calculado pela
b) ancoragens para deflexão da tubulação no plano vertical. seguinte equação (ver Figura 2):
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

NBR 13211 / 1994 3

/ ~2
,,/ / \
/ / \
// / \
/ p \
/ 1 / \

i \
\
\
\
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

Plano horizontal

'

~ -2 - 2
R = Rx + Ry

Onde:

Onde:

R = empuxo final resultante, em N


R, = componente horizontal do empuxo resultante, em N
Rv = componente vertical de empuxo resultante, em N
V, = velocidade média na seção 1, em m/s
V2 = velocidade média na seção 2, em m/s
p 1 = pressão de cálculo na seção 1, em Pa
p2 = pressão de cálculo na seção 2, em Pa
S 1 = área da seção 1, em m'
S2 = área da seção 2, em m2
ex = ângulo que o trecho 1 da curva faz com a horizontal

p = ângulo que o trecho 2 da curva faz com a horizontal


e = ex + p = deflexão total
= massa especifica do fluido, em kg/m

W = w, + W2 = peso total da curva, em N


W, = peso próprio da curva. em N
W2 =peso do fluido, em N
Figura 2 - Curva no plano vertical
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

4 NBR 13211 / 1994

5.1.2 Na prática, pode-se considerar, na maioria dos casos 5.1.5 No caso particular de B =O, como a + ~ = e , tem-
que:
se:

a) P, = p 2 = p = pressão média de cálculo (ver 4.2)


a =e =ângulo da curva
b) s, = S 2, resultando v, = V2
5.1.6 Substituindo a por e ,com ~ =0 em (3) e (4), têm-se:
5.1.3 Nos casos da ocorrência anterior, tem-se:

E, =E2 =pS Rx = - (pS + P QV) (1 - cos 0) (5)

Onde: RY= - (pS - p QV) sen e-W (6)

E,= empuxo do trecho 1, em N


5.1.7 Na Tabela 1 são apresentados os valores de R, e Rypara
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

os casos particulares citados anteriormente, usando-se as


E2 = empuxo do trecho 2 , em N
equações (5) e (6).

S = área da seção, em m 2
5.1.8 A determinação do peso do fluido (W2) é feita utilizando-
se a seguinte equação (ver Figura 3).
p = pressão de cálculo, em Pa

Simplificando, têm-se: 5.2 Ancoragens enterradas para deflexão no plano hori-


zontal

Rx= (pS + P QV) (cos a - cos B) (3)


5.2.1 Terrenos sem coesão

-Rv=pS(sena +sen ~)+ pQV (sen [)·Sen a )+W(4) 5.2.1 .1 A Figura 4 apresenta em planta e em corte uma de-
flexão da tubulação (curva) e o bloco de ancoragem. Os ele-
5.1.4 No caso particular de a curva estar situada na horizontal, mentos que entram no dimensionamento acham-se também
devido à reação do terreno, resulta W = O. esquematizados.

yrr. r e
W2 =y S AB =
180°

Onde:

y = peso específico do fluido, em N/m3

= raio da curva

AB = arco da curva que contém o líquido

Fiigura3
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

NBR 13211 / 1994 5

Tabela 1 - Valores de R, e RY

Valores de e - R, (N) -RV (N)

90º pS + p QV pS · pQV + W

60º 0,5 (pS + p QV) 0,866 (pS - QV) w

45° 0,293 (pS+ P QV) 0,707 (pS-p QV) + W

30° 0,1 34 (pS + p QV) 0,5 (pS- OV) w


Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

22° 30' 0,077 (pS + QV) 0,382 (pS - p QV) +W

15° 0,034 (pS+ p QV) 0,259 (pS-p QV) +W

11 º 15' 0,01 92 (pS + P QV) 0,195 (pS- p QV)+ W

Oº o w

H
tg (45°-fl

°a_º! °a.Q j o
PP tg 0
,--
1
-------7
1
1

1
1
- Pp
1

1
1

1
____ _ _J
-
1
L _ _
- P ~ tg 0

º~Q l
Planta

/~ho .
passivo

Corte

Nota: As dimensões das cunhas dos empuxos ativos e passivos são fornecidas pela mecânica do solo.

Figura 4 - Ancoragem enterrada para deflexão no plano horizontal - Terreno sem coesão
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

6 NBR 13211 / 1994

5.2.1.2 O equilíbrio do sistema terreno/ancoragem/tubulação é


dado pelas seguintes equações da estática: KP=-
1- = tg
2
(45°+!)
K. 2
a) somatório das forças horizontais ( I FH) = O
Nota: Estes coeficientes são apresentados na Tabela 2, para os
diversos tipos de solo.

5.2.1.4 A determinação das forças de resistência do solo P~~ e


b) somatório dos momentos (IM) = O
P~ é feita da maneira a seguir:
Onde:
5.2.1.4.1 Em serviço, o bloco de ancoragem age contra o solo,
H = profundidade total do bloco, em m
enquanto a pressão do solo atrás do bloco assume um estado
passivo. O solo dentro da cunha passiva tende a elevar-se,
Pa = empuxo ativo do terreno no bloco, em N
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

movendo-se ligei ramente ao longo dos planos de desliza-


mento, do fundo e dos lados da cunha passiva, pouco antes do
colapso.
P~ = resistência total do solo agindo na região do em-
puxo ativo, em N 5.2.1 .4.2 Assim sendo, a cunha desenvolve resistênc ia de
cisalhamento ao longo do fundo, a qual está considerada em
Pp = empuxo passivo do terreno no bloco, em N PPe ao longo dos lados, causada pela pressão de terra em
repouso. Esta resistência lateral de cisalhamento age nos lados
dos triân gulos da cunha passiva, sendo determinada pela
Pg = resistência total do solo agindo na região do empuxo seguinte equação:
passivo, em N

Pº = H H
Q = ângulo de atrito interno do solo
P
2 tg 45° - _1__'
2
Nota: Das equações acima. tira-se o valor de H.

5.2.1.4.3 Corno mostrado na Figura 4, a força ativa Pª é então


5.2.1.3 A determinação do empuxo ativo do solo ( Pa ) e do
gerada e, adicionada à resultante R, desenvolvida pela cur-
empuxo passivo do solo (PP) é feita da maneira a seguir: va. Ao mesmo tempo, gera-se uma contra-resistência de
cisalhamento ao longo do fundo e dos lados da cunha ativa. A
5.2.1.3.1 Na Figura 4, tem-se um bloco de ancoragem atuan- resistência de cisalhamento é P~ . A grandeza da resistência
do contra o terreno. A força resultante gerada pela curva junto de cisalhamento é determinada pela seguinte equação:
com a pressão ativa do solo é transmitida ao bloco e resistida
pela pressão passiva do solo adjacente. A resistência do solo
é desenvolvida pelas forças ativa e passiva e é determinada
pelas seguintes equações:

Nota: Se o valor de 2 P~ tg <\J for maior que Pa não há pressão


do solo da cunha ativa sobre o bloco, devendo-se cancelar
este termo na composição das forças.

5.2.1.5 A resistência de atrito, devido ao peso da curva e ao


Onde: peso do bloco de ancoragem , é desprezada. Ela pode ser
computada pela soma do peso próprio da curva da água nela
K. = coeficiente do empuxo ativo contida, o peso do bloco do concreto e o peso da terra sobre
ela, multiplicando-se a soma total pelo coeficiente de atrito
apropriado.
KP = coeficiente do empuxo passivo
5.2.1.5.1 Quando a superfície do solo não é paralela à resul-
y t = peso específico do solo, em N/m3 tante, outros valores de K, e KPdevem ser usados. Quando se
tratar de bloco submerso, substituir o peso do solo pelo peso
/: = largura do bloco, em m do solo submerso (empuxo hidrostático), bem como o peso
do bloco e da curva. Quando a altura do bloco for menor que
0,5 H, algumas modificações são necessárias.
5.2.1.3.2 A determinação dos coeficientes Ka e KP é dada
pelas seguintes equações: 5.2.2 Terrenos com coesão

A Figura 5 mostra uma curva na horizontal e seu respectivo


bloco ancorados em terreno com coesão.
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

NBR 13211/ 1994 7

Tabela 2 - Valores dlos coeficientes de empuxo K0 e ~

~
Areia siltosa Areia densa Terreno
saturada fina Areia seca +cascalho compactado

Oº 5º 12º 20° 30º 37º 46° 51º 55" 61°

2
K. = tg ( 45°-~ J 1,0 0,85 0,66i 0,49 0,34 0,25 0,16 0,12 0,10 0,07

2
KP= tg ( 45º+½) 1,0 1,1 9 1,52 2,05 3,00 4,05 6,15 7,95 10,01 4,90
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

K (A)
o 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0 50 0,50 0,40 04 0,40

tg ( 45º-~ ) 1,0 0,92 0.81 0,70 0,58 0,50 0,40 0,35 0,32 0.26

tg ( 45º-%) 1,0 1,09 1,23 1,43 1,73 2.01 2,48 2,82 3,17 3,80

tg ~ o 0,09 0,21 0,36 0,58 0.75 1,04 1,23 1,43 1.80

y
(:3) 13700 13700 13700 4700 14700 15700 17600 17600 18600 19600

(Al K 0 = coeficiente de empuxo no repouso (ver 5.2.1.4).

5.2.2 .1 O equilíbrio do sistema terreno/ancoragem/tubulação 5.2.2.2 A determinação dos empuxos passivo e ativo do solo
é dado pelas equações da estática: é feita da maneira a seguir:

5.2.2.2.1 A resultante das forças criadas pela deflexão da tu-


bulação (curva ) é transmitida ao bloco e resistida por um
segmento circular. A resistência do solo é desenvolvida pela
b) I,M =O : . 0,75 RH + 0,25 HPa - 0,25 H PP força de coesão ao longo da adjacência do segmento circular.

5.2.2.2.2 O valor da força PPdo cilindro passivo pode ser obti-


do pelo somatório das componentes horizontais das forças de
coesão agindo sobre a proJeção vertical do cilindro e e dado
Onde:
pela seguinte equação:

Pa = empuxo ativo, em N

PP = empuxo passivo, em N Onde:

c = coesão do solo, em Pa
Pt = resistência total do solo agindo do lado do empuxo
passivo devido à coesão das bases do cilindro pas- H = profundidade total do bloco, em m
sivo com o terreno adjacente, em N
L = comprimento do bloco, em m
2
ít H
W1= peso do terreno sobre o bloco =- - LY t , em N 5.2.2.2.3 Adicionalmente, existem as forças das bases do ci-
4
lindro ( P; ) que devem ser calculadas pela seguinte equação:
y = peso específico do terreno. em m3

5.2.2.1.1 A tabela 3 fornece os valores de c, y I e Z0 em função Pt = TIH2 e


do ângulo de atrito interno do solo. 4
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

8 NBR 13211 /1994

r----
1
--- e e
~--=7
1 1
1 1
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

l 1
1 1
1
L ___ _ l
- ---- e --
_
------
_ _ _ _j
~ .....,..__
e
~

Planta

Is Segmento
ativo Bloco de concreto

-1- -\--1o \ ai"

Corte

Nota: Os elementos que entram no dimensionamento acham-se esquematizados na Figura.

Figura 5 -ancoragem enterrada - Deflexão no plano horizontal - Terreno com coesão


Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

NBR 13211/1994 9

Tabela :3 - Valores de c, Y, e 2 0

Argila Argila recente Argila


Parâmetros Silte Arenosa mole compacta Unidades

<P 3) 35 26 3) 16 28 12 18 Graus

c 1000 3000 2000 5000 500 5000 5000 2000 Pa

y t 14700 14700 17600 17600 18600 18600 19600 20600 N/m3

Z o (AI 2,31 7,68 4,27 9,61 0,70 11 ,09 6,17 26,20 m


Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

(Ai Z 0 está definido em 5.2.2.2.4.

5.2.2.2.4 O empuxo ativo deve ser considerado, pois quando Esta expressão indica que o solo a esta profundidade está em
da abertura da vala para instalação da curva, os lados de;vem estado de tensão e, teoricamente, não reque r escoramento.
permanecer sem escoramento a uma profundidade Z 0 , Portanto, se H ~ Z 0 , não há pressão lateral do cilindro ativo. Se
determinada pela seguinte equação: H > Z0 , a força horizontal para o cilindro ativo deve ser calculada
e inclu ída na equação de equilíbrio das fo rças do sistema.
Neste caso, o valor de P a' ·em N, é dado por:
Z 0 =2c- tg ( 45º+~· )
Y, 2
Pa =1 / 2(Y/ - 1tc)(H -Z 0 )2
Onde:
5.3 Ancoragens para deflexão no plano vertical
Z 0 = altura-limite para não haver empuxo ativo
5.3.1 As ancoragens são determinadas desprezando-se os
efeitos de P ª e PP' devido ao pequeno valor da componente
Tomando q> = O(argila pura), tem-se:
horizontal, bem como o efeito da coesão.

5.3.2 Para blocos comprimidos, de acordo com a Figura 6, são


zo = ~
Y, definidos os seguintes elementos:

Figura 6-Ancoragens para deflexão no plano vertical - Bloco comprimido

R = empuxo da curva, em N

R, e Ry, respectivamente, componentes horizontal e vertical de R, em N


P = peso das componentes (bloco, terra e curva), em N
= coeficiente de atrito entre o material do bloco ,s o solo (ver Tabela 4)
e = excentricidade das torças verticais em relação ao centro de gravidade da base, em m

I, V = somatório das forças verticais, em N


cr 1 =tensão de tração, em Pa
cr e = tensão de compressão, em Pa
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

1O NBR 13211 / 1994

5.3.2.1 As condições para o equil1b rio do sistema são: 5.3.2.2 Existe ainda mais uma condição relativa à compressão
do solo:
a) não haver tração na base do bloco

CTt = r.V (1- ~ ) = 0


0
e
=Y._(1+~ )
bt l
:e; 0 , 1
b( t

Onde: Onde:

b = largura da base _d o bloco, em m = tensão admissível à compressão do te rre no, em


0 cl
Pa (verTabela 4)
í = altura da base do bloco, em m

Nota: Os demais elementos já foram definidos. 5.3.2.3 A Tabela 5 fornece os valo res do c oeficiente de atrito
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

entre o concreto e o solo.


b) não haver deslizamento do bloco
5.3.3 Para o d imensioname nto de b locos tracionados, como
no caso de blocos comprimidos , nã o são considerados os
efeitos dos empuxos Pª e PPdo terreno, bem como a coesão
Nota: Estes elementos já foram definidos. do solo, quando se tratar de terrenos coesos.

Tabela 4- Tensão admissível à compressão de diversos tipos de solo

Tipo de terreno Tensão admissível ( 0 01)


(Pa)

Lodo estaque ar

Argila mole 49000

Terreno vegetal 98000

A rgila arenosa 147000

Areia seca 147000

Argila compacta 245000

Saibro 245000

Rocha estratificada, xistosa 490000

Rocha sã 980000

Tabela 5 - Coeficiente de atrito f

T ipo de solo Areia A reia


Rocha Rocha siltosa e Areia adensada e Areia Argila Terreno
sã estratificada saturada seca cascalho Silte arenosa mole compacto
Areia fina

Coeficiente (f) 0,90 0,6 0,32 0,35 0,4 0,3 0,32 0,25 0,50
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

NBR 13211/1994 11

Tirante
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

Figura 7 - Bloco tracionado

5.3.3.1 Da mesma maneira que para os blocos comprimidos, 5.4.3 Cumpridos os requisitos de 5.4.2- a) e b), têm-se:
as condições de equilíbrio são:
a) para curva:
a) primeira condição: não haver tração na base do bloco

R, = - pS ( 1 - cos e)
<J
t
= í:.V
be
. (1- ~ ) = O
e
b) segunda condição: não haver deslizamento
resultando, então, para R:

e
c) terceira condição: haver resistência do terreno à R=2 pS sen Z
compressão

Nota: Estes elementos já foram definidos.


e,
e
= "i,V(1+~e )
bf b) para junção (ver Figura 8);

5.3.4 Para o dimensionamento do tirante, devem ser utilizadas c) para tê;


as equações usuais de resistência dos materiais.

5.4 Ancoragens em redes de distribuição sendo uma junção em que e = 90º, resulta:
5.4.1 Em redes de distribuição em geral, as equações podem
ser simplificadas. nD 2
R =-p
4
5.4.2 Estas simplificações podem ser efetuadas desde que
(ver Anexo B): Nota: Estes elementos já foram definidos.

a) a deflexão seja no plano horizontal;


d) para redução de seção: (ver Figura 9);
b) os valores de O e V sejam pequenos e o termo pQV
possa ser desprezado em relação à grandeza pS. e) para flange cego ecap (ver Figuras 10-(a) e 10-(b)).
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

12 NB R 13211 / 1994

<D
e:
Q)

"'
LL.
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

F =~p
4

rcD 2
R =F sena R=- - p sena
4

Onde:

F = força no conduto de entrada da junção, em N

R =empuxo a ser resistido pelo bloco, em N

D = diâmetro do ramo de entrada, em m

Figura 8- ,Junção

Onde:

D= diâmetro maior, em m

d = diâmetro menor, em m

Nota: Os demais elementos já foram definidos.

Figura 9- Redução de seção


Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

NBR 13211 / 1994 13


Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

nD 2
R=-p
4

Nota· Estes elementos já foram definidos.

Figura 1O- (a)- Flange cego Figura 10-(b}- Cap

Figura 10

/ANEXO A
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

NBR 13211/ 1994 15

ANEXO A - Representação esquemática, em perfil, das diversas pressões presentes numa


tubulação de recalque

A representação esquemática, em pertil, das diversas pres-


sões p resentes numa tubulação de recalque é mostrada na
Figura 11.

Pressão de ensa io (e cálcu lo das oncorogens )


Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

Pressão nominal

50o/o ou
0,5 MPo

Sob repressão
dinâmico

Perdas
de coroo 1
1
--- - - - - - - - -- -1- - --- -
1
1
1
1
1

-~
...
-
-o

Figura 11

/ANEXO B
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

16 NBR 13211 /1994

ANEXO B - Determinaição geral do empuxo

8-1 Geral B-2.1.1 A resultante das fo rças que atuam em determinada


massa de fluido em movimento num conduto. entre suas duas
De acordo com o teorema da quantidade de movimento, tem- seções, vale a diferença entre as quantidades de movimento
se (ver Figura 1 e 5. 1.1): das seções de saída e entrada deste conduto.

B-3 Determinação geral dos empuxos

De acordo com a Figura 1. tem-se:

Onde:
Documento impresso em 20/02/2020 15:29:14, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF

~
IF1 = somatório das forças que agem ou em módulo:
~

I fi = somatório das forças internas

mi Vi = somatório das quantidades de movimento


Tem-se ainda que:
~ ~ ~
Nota: Por se tratar das somas de esforços de ação e reação
entre partículas em movimento, tem-se:
E1 =E,x + E,y• ou em módulo: E,x =p S 1 1
cos a

~ ~ ~
E2 =E2x + E2v, ou em módulo: E2x =p2S2 cos p
Donde resulta:

~ d ~
IF = - m. V. ~ ~ ~
' dt 1 1
V 1 = V,x + v,r ou em m ódulo: v,x= V, cosa
8-2 Equação da quantidade de movimento entre duas se- V,v = V 1 sen ex
ções - 1 e 2 - de um fluido em movimento num conduto:
~ ~ ~

V2= v 2X + v 2Y' ou em módulo: v 2X = v 2 cos 0


B-2.1 Entreasseções 1 e2doconduto, tem-se:

Logo:
Onde:
a) segundo o eixo OX:
~

IFi = já definida em 8- 1
-R. +p,S1 cosa -p2S 2 cos 0 = P Q (V, cos 0 - V, cosa )
p = massa específica do fluido, em kg/m3 Ax= p,S1 coso: - p2 S2 cos 0 - P Q (V, cos 0 - V, cosa)
Q = vazão no conduto, em m 3/s b) segundo o eixo OY:

V2 = velocidade média na seção 2, em m/s - Rv · W- p1S. seno: - p2S2 sen 0 = P Q (V, sen 0 -V, sen ex)

V1 = velocidade média na seção 1, em m/s - Rv= p1S1 sencx +p2 S2 senp + P O(V2 senp - V 1 sena ) + W

Você também pode gostar