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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16101
Primeira edição
29.08.2012

Válida a partir de
29.09.2012

Filtros para partículas em suspensão no ar —


Determinação da eficiência para filtros grossos,
médios e finos
Particulate air filters for general ventilation — Determination of the filtration
performance

ICS 23.100.60; 23.120 ISBN 978-85-07-03701-9

Número de referência
ABNT NBR 16101:2012
61 páginas

© ABNT 2012
ABNT NBR 16101:2012

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Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
Introdução ............................................................................................................................................v
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................2
4 Símbolos e siglas ...............................................................................................................6
5 Requisitos ...........................................................................................................................9
6 Classificação ......................................................................................................................9
7 Túnel e equipamentos para ensaio .................................................................................10
7.1 Condições de ensaio .......................................................................................................10
7.2 Túnel de ensaio.................................................................................................................10
7.3 Gerador de aerossol ........................................................................................................13
7.4 Sistema de amostragem de aerossol .............................................................................13
7.5 Medição do fluxo ..............................................................................................................14
7.6 Contador de partículas ....................................................................................................14
7.7 Instrumento de medição da pressão diferencial ...........................................................14
7.8 Alimentador de pó ............................................................................................................15
8 Qualificação do túnel de ensaios e seus dispositivos .................................................15
9 Materiais de ensaio ..........................................................................................................15
9.1 Ar de ensaio – limpeza, temperatura e umidade ...........................................................15
9.2 Aerossol de ensaio ..........................................................................................................16
9.3 Pó de carregamento .........................................................................................................16
9.4 Filtro final do túnel de ensaio .........................................................................................16
10 Procedimento de ensaio para o filtro .............................................................................17
10.1 Preparação do filtro a ser ensaiado ...............................................................................17
10.2 Perda de pressão inicial ..................................................................................................17
10.3 Eficiência inicial ...............................................................................................................17
10.4 Carregamento de pó ........................................................................................................18
10.4.1 Procedimento de carregamento de pó ...........................................................................18
10.4.2 Arrestância........................................................................................................................19
10.4.3 Eficiência..........................................................................................................................20
10.4.4 Eficiência média ...............................................................................................................21
11 Ensaio para a verificação da influência da carga eletrostática na eficiência
do meio filtrante (Procedimento para descarga eletrostática do meio filtrante) ........21
11.1 Equipamento.....................................................................................................................21
11.2 Preparação das amostras para ensaio...........................................................................23
11.3 Medição da eficiência do meio filtrante .........................................................................23
11.3.1 Procedimento para o ensaio com Isopropanol (IPA) ....................................................23
11.3.2 Expressão dos resultados...............................................................................................24
11.4 Relatório ............................................................................................................................24
12 Cálculo de incerteza nos resultados do ensaio ............................................................25

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13 Relatório dos ensaios ......................................................................................................26


13.1 Considerações gerais .....................................................................................................26
13.2 Interpretação do relatório dos ensaios ..........................................................................27
13.3 Resumo do ensaio ...........................................................................................................27
13.4 Eficiência...........................................................................................................................29
13.5 Perda de pressão e vazão de ar ......................................................................................30
13.6 Arrestância e capacidade de acumulação de pó ..........................................................30
13.7 Identificação do filtro ensaiado ......................................................................................30

Anexos
Anexo A (informativo) Desprendimento de fibras/particulados dos filtros ...................................31
A.1 Geral ..................................................................................................................................31
A.2 Desprendimento ...............................................................................................................31
A.2.1 Ricochete de partículas ...................................................................................................31
A.2.2 Liberação de fibras ou de material particulado do meio filtrante................................31
A.2.3 Arraste de partículas........................................................................................................32
A.3 Ensaios..............................................................................................................................32
A.4 Bibliografia........................................................................................................................32
Anexo B (informativo) Comentários ..................................................................................................33
B.1 Geral ..................................................................................................................................33
B.2 Classificação ....................................................................................................................33
B.3 Ensaio................................................................................................................................33
B.3.1 Aerossol de ensaio ..........................................................................................................33
B.3.2 Pó de carregamento .........................................................................................................34
B.3.3 Distribuição das amostras de aerossol..........................................................................34
B.3.4 Características do contador de partículas.....................................................................34
B.3.5 Ensaio no material filtrante plano (mantas)...................................................................34
B.4 Características de filtragem ............................................................................................35
B.4.1 Geral ..................................................................................................................................35
B.4.2 Perda de pressão..............................................................................................................35
B.4.3 Eficiência descarregada ..................................................................................................35
Anexo C (informativo) Cálculo da perda de pressão .......................................................................37
Anexo D (informativo) Exemplo de um relatório de ensaio completo............................................39
D.1 Exemplo de relatório de ensaio ......................................................................................39
D.2 Exemplos de cálculos ......................................................................................................47
D.3 Resultados finais a 450 Pa ........................................................................................................50
Anexo E (normativo) Conceitos e definições sobre filtros de ar....................................................51
E.1 Geral ..................................................................................................................................51
E.2 Identificação dos filtros ...................................................................................................51
E.3 Dimensões dos filtros ......................................................................................................51
E.4 Dimensões padronizadas para filtros.............................................................................51
E.5 Orientação da comunicação das dimensões dos filtros ..............................................53

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E.6 Identificação visual dos filtros ........................................................................................53


E.6.1 Filtros grossos..................................................................................................................53
E.6.2 Outros tipos de filtros grossos, médios e finos ............................................................53
E.7 Fichas técnicas/catálogos ...............................................................................................54
E.8 Validade dos ensaios .......................................................................................................54
E.9 Posição dos filtros na instalação....................................................................................54
Anexo F (informativo) Classificação de eficiência energética para filtros de partículas
em suspensão no ar.........................................................................................................55
F.1 Introdução .........................................................................................................................55
F.2 Consumo de energia relacionado aos filtros de ar .......................................................55
F.3 Avaliação e classificação da eficiência energética .......................................................56
F.4 Etiqueta de eficiência energética....................................................................................57
F.5 Símbolos ...........................................................................................................................57
F.6 Exemplo ............................................................................................................................58

Figuras
Figura 1 – Diagrama esquemático do túnel de ensaio...................................................................12
Figura 2 – Dimensões do túnel de ensaio .......................................................................................12
Figura 3 – Diagrama esquemático do sistema de amostragem do aerossol ...............................14
Figura 4 – Equipamento para ensaio da influência eletrostática no meio filtrante .....................22
Figura 5 – Princípio do sistema de ensaio com isopropanol ........................................................22
Figura B.1 – Exemplo de moldura em forma de W e detalhes para ensaiar o material filtrante ....36
Figura D.1 – Sumário de resultados de ensaio .......................................................................................40
Figura D.2 – Eficiência após diferentes etapas de carga de pó ...................................................43
Figura D.3 – Eficiência inicial e média em diferentes ensaios de perda de pressão final..........43
Figura E.1 – Representação da base (B) e altura (H) dos quadros de fixação, da aba de apoio (W)
e da largura (L) e profundidade (d) do encaixe..........................................................52
Figura E.2 – Definição de base (B), altura (H) e profundidade (P) ................................................53
Figura F.1 – Exemplo de apresentação de resultados ...................................................................59
Figura F.2 – Perda de pressão em função da carga de pó de carregamento...............................60
Figura F.3 – Exemplo de etiqueta de eficiência energética para filtros de ar classificados
de acordo com esta Norma .........................................................................................61

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Tabelas
Tabela 1 – Classificação dos filtros de ar........................................................................................10
Tabela 2 – Distribuição por tamanho do pó de ensaio ISO 12103-1 – A2.....................................16
Tabela 3 – Ciclo de contagem para uma faixa de tamanho “i” ......................................................18
Tabela 4 – Valores de desempenho a serem medidos ou calculados após cada etapa
de carregamento de pó ...................................................................................................19
Tabela 5 – Distribuição T Student conforme a ISO 2854 ................................................................25
Tabela D.1 – Eficiência e incerteza após diferentes fases de carga de pó ..................................41
Tabela D.2 – Eficiência média em diferentes ensaios de perda de pressão final ........................42
Tabela D.3 – Vazão de ar e perda de pressão após diferentes fases de carga de pó ..................44
Tabela D.4 – Perda de pressão e arrestância após diferentes fases de carga de pó ..................45
Tabela D.5 – Eficiência e perda de pressão do material do filtro não tratado .............................46
Tabela D.6 – Eficiência e perda de pressão do material do filtro descarregado .........................47
Tabela D.7 – Capacidade de retenção de pó no ensaio e arrestância média...............................48
Tabela D.8 – Cálculo da eficiência para tamanho da partícula de 0,4 μm ....................................49
Tabela E.1 – Dimensões de quadros de fixação e seus correspondentes nos filtros ................51
Tabela F.1 – Limites de eficiência energética relacionados com as classes de filtragem
conforme esta Norma ...................................................................................................56
Tabela F.2 – Exemplo de apresentação de resultados ...................................................................58
Tabela F.3 – Dados do ensaio da perda de pressão em função da alimentação de pó
de carregamento...........................................................................................................59

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 16101 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Equipamentos para Lim-
peza de Ar e Outros Gases (ABNT/CEE-138). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 05, de 07.05.2012 a 05.07.2012, com o número de Projeto 138:000.00-001.

Esta Norma é baseada na EN 779:2012.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard refers to particulate air filters for general ventilation. These filters are classified according
to their performance as measured in this test procedure.

This Standard contains requirements to be met by particulate air filters. It describes testing methods
and the test rig for measuring filter performance.

In order to obtain results for comparison and classification purposes, particulate air filters shall be tested
against two synthetic aerosols, a fine aerosol for measurement of filtration efficiency as a function of
particle size within a particle size range 0,2 μm to 3,0 μm (filter classes M e F), and a coarse one for
obtaining information about dust holding capacity and, in the case of coarse filters (filter classes G),
filtration efficiency with respect to coarse loading dust (arrestance).

This Standard applies to air filters having an initial efficiency of less than 98 % with respect to
0,4 μm particles.

The performance results obtained in accordance with this standard cannot by themselves be
quantitatively applied to predict performance in service with regard to efficiency and lifetime. Other
factors influencing performance to be taken into account are described in Annex A and Annex B.

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Introdução

Geral

Os procedimentos descritos nesta Norma foram desenvolvidos a partir da EN 779. O projeto básico
dos dispositivos de ensaio apresentados na EN 779 é mantido.

Um aerossol de desafio de DEHS (DiEtil/ Hexil/ Sebacato), ou equivalente, é disperso uniformemente


através do duto a montante do filtro a ser ensaiado. As amostras representativas de ar a montante e a
jusante do filtro ensaiado são analisadas por um contador de partículas discretas (CPD) para fornecer
dados de eficiência do filtro de acordo com o tamanho das partículas.

Também é descrito nesta Norma o procedimento para determinar a arrestância.

Complementarmente foi criado o Anexo E, que abrange definições e conceitos para o mercado usuário
de filtros de ar. Esses conceitos e definições dizem respeito basicamente às características físicas,
nomenclatura e identificação dos filtros que são distribuídos no mercado.

Classificação

Os filtros com um valor de eficiência média inferior a 40 % para partículas de 0,4 µm são alocados no
grupo G e têm sua eficiência relatada como “< 40 %”. A classificação de filtros do grupo G (G1 a G4)
é baseada na arrestância média medida pelo método de carregamento de pó sintético.

Os filtros com eficiência média de 40 % até menos que 80 % para partículas de 0,4 μm são alocados
no grupo M (M5 e M6) e a classificação é baseada na sua eficiência média para partículas de 0,4 μm.
A antiga classificação F5 e F6 mudou para M5 e M6, porém com os mesmos requisitos de classificação.

Os filtros com eficiência média de 80 % ou maior para partículas de 0,4 μm serão alocados no grupo F
(F7, F8 e F9) e a classificação é baseada em dois critérios:

1) Conforme a eficiência média (Ei,j) relatada para partículas de 0,4 μm (como nas versões anterio-
res da EN779)

2) Conforme a eficiência mínima (Emin) relatada para partículas de 0,4 μm durante todas as etapas
do ensaio.

Aerossol de ensaio

O aerossol de desafio de DEHS (ou equivalente) foi escolhido para o ensaio de eficiência pelas seguin-
tes razões:

• experiência adquirida por usuários no método de ensaio da EN 779 e da Eurovent 09/04, já que
existem muitos equipamentos adequados para essa finalidade;

• os aerossóis líquidos são facilmente gerados e atendem à concentração e faixa de tamanho


requeridas;

• o DEHS não diluído é usado para gerar aerossol não carregado;

• partículas esféricas de látex são usadas para calibrar os contadores de partículas. A determina-
ção do tamanho das partículas esféricas líquidas com contadores de partículas discretas é mais
precisa do que seria no caso de partículas sólidas não esféricas de sal e do pó sintético de ensaio.

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Características de filtragem

Foram incluídos no Anexo A esclarecimentos sobre os potenciais problemas de arraste e desprendi-


mento de partículas nos filtros.

Em um processo de filtragem ideal, cada partícula deveria ser permanentemente retida no primeiro
contato com o meio filtrante; porém, partículas entrantes podem impactar com partículas retidas,
desalojando-as e as liberando no fluxo de ar. As fibras ou partículas do próprio filtro podem também
ser liberadas, devido a esforços mecânicos. Esse comportamento provavelmente não será identificado
por um contador de partículas usado de acordo com esta Norma.

Certos tipos de meio filtrante contam com efeitos eletrostáticos para atingir alta eficiência com baixa
resistência ao fluxo de ar. A exposição a alguns tipos de desafios − tais como partículas de combustão
presentes no ar atmosférico ou névoa de óleo − pode neutralizar estas cargas eletrostáticas resultando
em uma piora no desempenho do filtro.

É importante notar que há a possível degradação do desempenho quando a perda de carga eletrostática
ocorre. Também é importante que haja meios disponíveis para avaliar os casos em que o problema em
potencial existe. Como parte integrante dos ensaios, um ensaio é utilizado para determinar o quanto
a eficiência do meio filtrante é dependente do efeito da retenção eletrostática e prover informação
quantitativa sobre a importância deste efeito. Isto é obtido através da medição da eficiência de retenção
de meio filtrante não tratado (como fornecido pelo fabricante) e da eficiência deste após a eliminação
ou inibição do mecanismo de retenção eletrostática.

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Filtros para partículas em suspensão no ar — Determinação da eficiência


para filtros grossos, médios e finos

1 Escopo
Esta Norma contém requisitos a serem atingidos pelos filtros de partículas do ar. Ela descreve
os métodos de ensaio e os equipamentos para medir o desempenho do filtro.

Esta Norma refere-se a filtros para partículas em suspensão no ar para sistemas de ventilação e con-
dicionamento de ar. Estes filtros são classificados de acordo com o desempenho verificado por meio
deste procedimento de ensaio.

Esta Norma aplica-se aos filtros de ar com uma eficiência inicial inferior a 98 % em relação a partículas
de 0,4 μm.

A fim de obter resultados para comparação e classificação, os filtros de partículas do ar devem ser
ensaiados com duas fontes de desafio (aerossol e pó de carregamento): um aerossol fino para a medi-
ção da eficiência de filtragem em função do tamanho das partículas na faixa de 0,2 μm a 3,0 μm (filtros
classes M e F) e um pó de carregamento padronizado para obter informações sobre a capacidade
de retenção do filtro e, para o caso de filtros grossos (filtros classe G), a eficiência de filtragem em
relação à retenção de pó (arrestância).

A arrestância, eficiência e acumulação obtidas a partir dos ensaios conforme esta Norma não podem
ser utilizadas para prever o desempenho em campo. Outros fatores que afetam o desempenho do filtro
podem ser consultados no Anexo A e Anexo B.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ISO 2854, Statistical interpretation of data − Techniques of estimation and tests relating to means
and variances

ISO 12103-1, Road vehicles − Test dust for filter evaluation − Part 1: Arizona test dust

ANSI/ASHRAE 52.2, Method of testing general ventilation air-cleaning devices for removal efficiency
by particle size

EN 779, Particulate air filters for general ventilation – Determination of the filtration performance

EN 1822-1, High efficiency air filters (HEPA and ULPA) − Part 1: Classification, performance testing,
marking

EN ISO 5167-1, Measurement of fluid flow by means of pressure differential devices inserted in circular
cross-section conduits running full − Part 1: General principles and requirements

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
acumulação
massa de pó de carregamento, expressa em gramas (g), até atingir o limite de perda de pressão final
do ensaio

3.2
aerossol de ensaio
aerossol usado para desafiar os filtros durante o ensaio

3.3
amostragem isocinética
amostragem cuja velocidade do ar na admissão da sonda é a mesma velocidade no ponto de amos-
tragem dentro do duto do túnel de ensaio

3.4
ar de ensaio
ar utilizado para ensaio do filtro

3.5
área efetiva de filtragem
área efetiva do meio filtrante que realmente é usada na retenção de pó expressa em metros quadra-
dos (m2)

3.6
área de face do filtro em ensaio
área da seção externa do filtro em ensaio (valores reais 0,59 m × 0,59 m = 0,348 m2)

NOTA Tolerâncias estão referidas no Anexo E.

3.7
área de face do túnel de ensaio
área da seção interna do túnel de ensaio imediatamente a montante do filtro em ensaio (valores nomi-
nais 0,61 m × 0,61 m = 0,37 m2)

3.8
arrestância
massa removida do carregamento total de pó com o qual o filtro é ensaiado expressa em porcentagem (%)

NOTA Também conhecida como eficiência gravimétrica.

3.9
arrestância inicial (ensaio)
arrestância imediatamente após o carregamento dos primeiros 30 g de pó sintético de ensaio, no túnel
de ensaio, expressa em porcentagem (%)

3.10
arrestância média (Am)
proporção, expressa em porcentagem (%), entre a quantidade de pó retida pelo filtro e a massa total
de pó carregado até alcançar a perda de pressão final de ensaio
NOTA Usada para classificação de filtros classe G, expressa em porcentagem (%).

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3.11
capacidade de acumulação de pó (TDC)
massa de pó acumulada pelo filtro durante o ensaio até atingir a perda de pressão final do ensaio,
expressa em gramas (g)

3.12
capacidade de retenção de pó
quantidade de pó sintético retido pelo filtro até se atingir a perda de pressão final recomendada,
expressa em gramas (g)

3.13
concentração de partículas
número de partículas por unidade de volume de ar do ensaio

3.14
condição “como recebido”
condição na qual o filtro foi recebido pelo certificador para a realização dos ensaios

3.15
diâmetro médio
média geométrica da faixa de tamanho das partículas, expressa em micrômetros (μm)

3.16
DEHS
líquido (DiEtil/Hexil/Sebacato) para geração do aerossol de ensaio

3.17
desprendimento
partículas que já haviam sido retidas anteriormente pelo filtro e são desprendidas para o fluxo de ar

3.18
desprendimento total
partículas liberadas para o fluxo de ar devido aos efeitos do desprendimento (3.33) e ricochete (3.29),
e partículas ou fibras que se soltam do próprio meio filtrante

3.19
eficiência média para partículas de 0,4 μm (Em)
proporção em porcentagem, entre a quantidade de partículas retida pelo filtro e a quantidade total
a qual foi desafiado, até alcançar a perda de pressão final de ensaio

NOTA Usada para classificação de filtros classe F, expressa em porcentagem (%)

3.20
eficiência média para partículas (Ei,j)
eficiência média para uma faixa de tamanho de partículas “i” em distintos intervalos “j” de carrega-
mento de pó, expressa em porcentagem (%)

3.21
eficiência inicial por tamanho de partícula
eficiência do filtro limpo na vazão de ar do túnel de ensaio expressa em porcentagem (%) para cada
tamanho de partículas selecionado

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3.22
eficiência mínima para partículas (Emin)
a eficiência mínima a 0,4 μm, menor eficiência verificada no decorrer de qualquer uma das etapas
do procedimento de ensaio (eficiência inicial do filtro e/ou da amostra de meio filtrante, eficiência
do meio filtrante carregado ou descarregado eletrostaticamente)

3.23
elemento filtrante
filtro
filtro de ar, que pode ser constituído somente do meio filtrante ou do conjunto da moldura e meio
filtrante, com ou sem selante e/ou vedação

3.24
elemento de fixação
dispositivo normalmente presente no quadro de fixação, capaz de pressionar e/ou ajustar o elemento
filtrante ao quadro de fixação

3.25
encaixe (header)
moldura que fica em contato com os quadros de fixação para o perfeito fechamento e vedação do con-
junto de filtragem

3.26
estrutura de sustentação
suporte que acondiciona um ou mais quadros de fixação, podendo ser construído em uma só peça
para múltiplos elementos filtrantes

3.27
filtro de ar de admissão
filtro destinado a purificar o ar a montante do túnel de ensaio

3.28
filtro carregado
filtro que é carregado eletrostaticamente

3.29
filtro final do túnel de ensaio
filtro de ar usado no túnel de ensaio para coletar o pó de carregamento não retido pelo filtro ensaiado

3.30
filtro fino
filtro classificado em uma das classes de F7 a F9

3.31
filtro grosso
filtro classificado nas classes G1 a G4

3.32
filtro HEPA
filtro de ar de alta eficiência para partículas (High Efficiency Particulate Air Filter), classificado em uma
das classes de H13 a H14, de acordo com a EN 1822-1

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3.33
filtro médio
filtro classificado em uma das classes de M5 a M6

3.34
filtro ULPA
filtro de ar de baixíssima penetração (Ultra Low Penetration Air filter), classificado em uma das classes
de U15 a U17, de acordo com a EN 1822-1

3.35
meio filtrante
material filtrante usado na fabricação do elemento filtrante, responsável pela filtragem do ar

3.36
moldura
estrutura que acondiciona o meio filtrante, com ou sem o selante e/ou vedação

3.37
penetração
razão da concentração de partículas a jusante e a montante do filtro, expressa em porcentagem (%)

3.38
perda de pressão (perda de carga)
diferencial entre a pressão estática a montante e a jusante do filtro, sendo esta causada pela resistên-
cia imposta à passagem do ar, expressa em pascals (Pa)

3.39
perda de pressão final do ensaio
máxima perda de pressão considerada para fins de determinação da eficiência do filtro ensaiado,
expressa em pascal (Pa). Para filtros grossos, a perda de pressão final padronizada para o ensaio é
de 250 Pa. Já para filtros médios e finos, a perda de pressão final padronizada para o ensaio é de 450 Pa

NOTA Outros valores de perda de pressão final do ensaio podem ser aceitos e acordados entre forne-
cedor e cliente, no entanto, a eficiência e classificação do filtro são acompanhadas dos valores de vazão
e perda de pressão final adotado no ensaio, entre parênteses, por exemplo: G4 (0,7 m3/s, 200 Pa).

3.40
perda de pressão final recomendada pelo fabricante
máxima perda de pressão recomendada pelo fabricante para a troca do filtro, expressa em pascals (Pa)

3.41
perda de pressão inicial do ensaio
perda de pressão do filtro limpo para a vazão de ar do túnel de ensaio, expressa em pascals (Pa)

3.42
pó de carregamento (pó sintético de ensaio)
pó especificamente formulado para determinar a arrestância dos filtros grossos e incrementar a perda
de pressão durante o ensaio de eficiência dos filtros médios e finos

3.43
quadro de fixação
suporte onde o elemento filtrante é montado

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3.44
retenção
parcela de partículas ou aerossol retida no filtro para determinar a eficiência e a arrestância

3.45
ricochete (rebote) da partícula
comportamento das partículas que incidem no filtro e não são retidas por ele

3.46
selante
material ou substância que promove a vedação entre o meio filtrante e a moldura

3.47
tamanho da partícula
diâmetro óptico equivalente de uma partícula

3.48
vedação
dispositivo aplicado à moldura ou ao quadro de fixação visando assegurar a estanqueidade do conjunto

3.49
velocidade de face do filtro em ensaio
vazão de ar dividida pela área de face do filtro em ensaio, expressa em metro por segundo (m/s)

3.50
velocidade de face do túnel de ensaio
vazão de ar dividida pela área de face do túnel de ensaio, expressa em metro por segundo (m/s)

3.51
velocidade no meio filtrante
vazão de ar dividida pela área efetiva de filtragem, expressa em metro por segundo (m/s) com três alga-
rismos significativos

4 Símbolos e siglas
Para a aplicação desta Norma, os seguintes símbolos e siglas são aplicáveis:

A Arrestância

Aj Arrestância em fase de carregamento de pó “j”, %

Am Arrestância média durante o ensaio até a perda de pressão máxima, %

CL Limite de concentração do contador de partículas

CV Coeficiente de variação

CVi Coeficiente de variação para uma faixa de tamanho “i”

TDC Capacidade de acumulação de pó, g

di Faixa de diâmetro ou diâmetro médio de uma faixa de tamanho “i”, μm

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ABNT NBR 16101:2012

dl Limite inferior de diâmetro para uma faixa de tamanho, μm

du Limite superior de diâmetro para uma faixa de tamanho, μm

Ei Eficiência média inicial para uma faixa de tamanho “i”, %

Ei,j Eficiência média para partículas

Em,i Eficiência media para uma faixa de tamanho “i” durante o ensaio, até atingir a perda
de pressão final de ensaio, %

Em Eficiência (média para partículas de 0,4 μm)

Emin Eficiência mínima para partículas

ED,I Eficiência média das amostras de meio filtrante tratado (descarregado) para uma faixa
de tamanho “i”

ED,s,i Eficiência média das amostras de meio filtrante tratado “s” (descarregado) para uma faixa
de tamanho “i”

EU,i Eficiência média das amostras de meio filtrante sem tratamento (carregado) para uma
faixa de tamanho “i”

EU,s,i Eficiência média das amostras de meio filtrante sem tratamento “s” (carregado) para uma
faixa de tamanho “i”

G1 a G4 Classes de filtros grossos

M5 e M6 Classe de filtros médios

F7 a F9 Classes de filtros finos

Mj Massa de pó incrementado durante a fase de carregamento “j”, (g)

mean Valor médio

meani Valor médio para faixa de tamanho “i”

md Pó de carregamento no duto depois do filtro ensaiado, g

mj Massa de pó que passou pelo filtro na fase de carregamento “j”, (g)

mtot Massa acumulada de pó no filtro, g

m1 Massa do filtro antes do carregamento do pó, g

m2 Massa do filtro após o carregamento do pó, g

Ni Número de partículas da faixa de tamanho “i” a montante do filtro

n Número de pontos

ni Número de partículas na faixa de tamanho “i” a jusante do filtro

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ABNT NBR 16101:2012

CPD Contador de partículas discretas

p Pressão, Pa

pa Pressão absoluta a montante do filtro, kPa

pD,s Perda de pressão da amostra “s” do meio filtrante tratado (descarregado)

psf Pressão estática no medidor de vazão, kPa

pU,s Perda de pressão da amostra “s” do meio filtrante sem tratamento (carregado), Pa

qm Vazão em massa do ar, kg/s

qV Vazão em volume de ar no filtro, m3/s

qVf Vazão em volume de ar no medidor de vazão, m3/s

s Subscrito indicando o número da amostra (1, 2, 3, …)

t Temperatura a montante do filtro, °C

tf Temperatura do ar no medidor de vazão, °C

t(1 – α/2) Distribuição variável

U Incerteza, % da unidade

δ Desvio-padrão

δi Desvio-padrão para faixa de tamanho “i”

ν Número de grau de liberdade

ρ Massa específica do ar a montante do filtro, kg/m3

ϕ Umidade relativa a montante do filtro, %

Δm Incremento de pó (adição), g

Δmff Ganho de massa no filtro final, g

Δp Perda de pressão medida no filtro, Pa

Δpf Diferencial de pressão no medidor de vazão, Pa

Δp1,20 Perda de pressão do filtro com a massa específica do ar igual 1,20 kg/m3, Pa

ANSI American National Standards Institute

ASHRAE American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers

ASTM American Society for Testing and Materials

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ABNT NBR 16101:2012

CAS Chemical Abstracts

CEN European Committee for Standardization

EN European Norm

EUROVENT European Committee of Air Handling and Refrigeration Equipment Manufacturers

ISO International Organization for Standardization

5 Requisitos
O filtro deve ser projetado ou construído:

— com a indicação de montagem para prevenir montagem incorreta (ver Anexo E);

— para que, quando corretamente montado em um sistema de ventilação, não ocorra vazamento
pela vedação;

— para resistir aos esforços mecânicos oriundos do uso para o qual este tenha sido projetado;

— de tal modo que poeira, gases ou fibras desprendidas do meio filtrante com a passagem do ar
pelo filtro não ofereçam risco para às pessoas ou processos que estarão expostos ao ar filtrado;

— para suportar as condições ambientais de uso (temperatura, umidade, componente corrosivo etc.)
para as quais este tenha sido projetado.

6 Classificação
Os filtros são classificados de acordo com a sua eficiência média ou arrestância média nas seguintes
condições de ensaio:

— vazão de ar de 0,944 m3/s (3 400 m3/h), se o fabricante não especificar outra vazão de ar nominal;

— 250 Pa como a máxima perda de pressão final para filtros grossos (G);

— 450 Pa como a máxima perda de pressão final para filtros médios (M) e finos (F).

Se os filtros forem ensaiados à 0,944 m3/s e à perda de pressão final máxima indicadas acima, devem
então ser classificados de acordo com a Tabela 1, por exemplo: G3 e F7.

Filtros ensaiados com vazão de ar e/ou perda de pressão final diferentes daquelas indicadas acima,
devem ser classificados de acordo com Tabela 1. Porém a classificação deve ter a indicação de perda
de pressão e vazão entre parênteses, mesmo que um dos parâmetros seja igual aos indicados nas
condições acima, por exemplo: G4 (0,7 m3/s, 200 Pa) e F7 (1,25 m3/s, 450 Pa).

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Tabela 1 – Classificação dos filtros de ar a

Perda de Arrestância Eficiência média (Em) Eficiência mínima (Emin) b


Grupo Classe pressão final média (Am) para partículas de 0,4 μm para partículas de 0,4 μm
Pa % % %

G1 250 50 ≤ Eg < 65 − −

G2 250 65 ≤ Eg < 80 − −
Grossos
G3 250 80 ≤ Eg < 90 − −

G4 250 90 ≤ Eg − −

M5 450 − 40 ≤ Ef < 60 −
Médios
M6 450 − 60 ≤ Ef < 80 −

F7 450 − 80 ≤ Ef < 90 ≥ 35

Finos F8 450 − 90 ≤ Ef < 95 ≥ 55

F9 450 − 95 ≤ Ef ≥ 70
a As características da poeira atmosférica variam amplamente em comparação. Com as caractérísticas do pó de
carregamento usado nos ensaios. Em razão disso, os resultados dos ensaios não proveem uma base para prever
tanto o desempenho operacional quanto a vida útil. A redução da carga estática do meio filtrante ou o desprendimento
de partículas ou fibras podem também afetar negativamente a eficiência.
b A eficiência mínima (Emin) para partículas de 0,4 μm é a menor eficiência verificada no decorrer de qualquer uma
das etapas do procedimento de ensaio (eficiência inicial do filtro e/ou da amostra de meio filtrante, eficiência do meio
filtrante carregado ou descarregado eletrostaticamente).

7 Túnel e equipamentos para ensaio


7.1 Condições de ensaio

A captação do ar para o ensaio tanto pode ser externa ou interna à sala, desde que a umidade relativa
seja inferior a 75 %. O fluxo de exaustão pode ser descarregado para o exterior, para o interior da sala
ou recirculado. Requisitos de certos equipamentos de medição podem impor limites à temperatura
do ar de ensaio.

É recomendada a filtragem do fluxo de exaustão quando do uso de aerossol ou pó no ensaio.

7.2 Túnel de ensaio

O túnel de ensaio (ver Figura 1) consiste em vários dutos de seção quadrada com dimensões internas
de 610 mm × 610 mm, exceto para a seção onde o filtro é instalado. Esta seção tem dimensões
internas entre 616 mm e 622 mm. O comprimento desta seção do duto deve ser pelo menos 1,1 vez
o comprimento do filtro, com um comprimento mínimo de 1 m.

O material do duto deve ser condutor elétrico e estar eletricamente aterrado, e deve ter um acaba-
mento interior liso e ser suficientemente rígido para manter sua forma na pressão de operação. Partes
menores do duto podem ser feitas de vidros ou plásticos para a visualização do filtro e equipamentos.
É desejável a instalação de visores para permitir o monitoramento do andamento do ensaio.

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Filtros HEPA devem ser colocados a montante da seção misturadora do túnel de ensaio, na qual
o aerossol para o ensaio de eficiência é disperso e misturado para criar uma concentração uniforme
a montante do filtro a ser ensaiado.

A montante da seção condutora do túnel de ensaio existe um orifício de mistura (10), no centro do
qual o bico de descarga do alimentador de pó está posicionado. A jusante do alimentador de pó está
uma placa perfurada (11), que tem o objetivo de conseguir uma distribuição de pó uniforme. A sonda
de amostragem de aerossol a montante deve ser posicionada no último terço desta seção de duto (2).
Para ensaios de arrestância, esta tomada de amostra deve ser coberta ou removida.

Para evitar turbulência, o orifício de mistura e a placa perfurada devem ser removidos durante o ensaio
de eficiência. Para evitar erro sistemático, a remoção destes itens durante medições de perda de
pressão é recomendada.

A seção condutora do túnel de ensaio pode ser usada tanto para medições de eficiência quanto para
medidas de arrestância, e é provida de um filtro final HEPA para o ensaio de arrestância e de tomada
de amostra a jusante para ensaio de eficiência. A seção condutora do túnel de ensaio pode também ser
duplicada, permitindo uma peça ser usada para ensaio de arrestância e a outra para ensaio de eficiência.

O túnel de ensaio pode ser operado com fluxo de ar com pressão negativa ou positiva. No caso de
operação com pressão positiva (ou seja, soprador a montante do túnel de ensaio), o aerossol e o pó
de carregamento podem vazar para o laboratório, enquanto que com a pressão negativa, partículas
podem penetrar no sistema de ensaio e afetar o número de partículas medidas. Estes possíveis
vazamentos de ar devem ser localizados e vedados antes do ensaio do filtro.

As dimensões do túnel de ensaio e as posições das tomadas de pressão são mostradas na Figura 2.

A perda de pressão do filtro ensaiado deve ser medida usando tomadas de pressão estática, localiza-
das como mostrado na Figura 2. Deve-se providenciar tomadas de pressão em quatro pontos sobre
o perímetro do duto e conectá-las através de uma interligação.

A seção condutora do túnel de ensaio é provida de um orifício padronizado de medição de fluxo de ar.
Se um dispositivo alternativo de medição de vazão for usado, esta seção pode ser encurtada.

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9 8 7 10 11 12 13

1 2 3 4 5 6

Legenda

1 seção misturadora do túnel de ensaio.


2 seção condutora do túnel de ensaio.
3 filtro a ser ensaiado.
4 seção condutora incluindo o filtro a ser ensaiado.
5 seção condutora do túnel de ensaio.
6 seção condutora do túnel de ensaio.
7 filtro HEPA (no mínimo H13, conforme a EN 1822)
8 ponto para admissão de partículas de DEHS.
9 bico de injeção de pó.
10 orifício de mistura.
11 placa perfurada.
12 sonda de amostragem de aerossol a montante.
13 sonda de amostragem de aerossol a jusante.

NOTA Mais detalhes construtivos sobre o túnel de ensaio e seus dispositivos estão contemplados na
norma EN 779.
Figura 1 – Diagrama esquemático do túnel de ensaio
622
610

150 > 1 000 150 610 305


Ø 305

> 1 220 305 350 150


> 1 830 1 830 > 1 220
2 130

Figura 2 – Dimensões do túnel de ensaio

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7.3 Gerador de aerossol

Aerossol de ensaio DEHS

O aerossol de ensaio deve consistir de um DEHS (Dietilhexilsebacato). Qualquer outro aerossol que
comprovadamente apresente desempenho equivalente pode ser usado. O aerossol de ensaio de DEHS
produzido por um gerador de aerossol com bico de Laskin é bastante usado em ensaio de desempenho
de filtros EPA, HEPA e ULPA.

O aerossol é produzido pela alimentação de ar comprimido livre de partículas através do bico de Laskin.
As gotículas pulverizadas são então introduzidas diretamente dentro do túnel de ensaio. A pressão
e a vazão de ar para o bico variam de acordo com a vazão de ensaio e a concentração de aerossol
requerida. Para uma vazão de ensaio de 0,944 m3/s, a pressão é cerca de 17 kPa, correspondendo
a uma vazão de ar próxima de 1,4 m3/h através do bico.

Qualquer outro gerador capaz de produzir gotículas em concentração adequada na faixa de tamanho
entre 0,2 μm a 3,0 μm pode ser usado.

Antes de ensaiar, ajustar a concentração à montante para obter um estado estável e ter uma concen-
tração abaixo do nível de coincidência do contador de partículas.

7.4 Sistema de amostragem de aerossol

Dois tubos rígidos de ligação de igual comprimento e geometria equivalente (curvas e comprimentos
retos) devem conectar as sondas de amostragem (a montante e a jusante) ao contador de partículas,
conforme a Figura 3. Esses tubos devem ser eletricamente condutores ou ter uma alta constante
dielétrica. A tubulação deve ter uma superfície interna lisa (aço, polímero etc.)

Sondas de amostragem com perfil apropriado são colocadas no centro das seções de medição a mon-
tante e a jusante. As sondas de amostragem devem estar localizadas no centro da seção transversal
do túnel, com a abertura direcionada para a entrada do túnel e paralela ao fluxo de ar. A amostragem
deve ser isocinética com 10 % de tolerância a uma vazão de 0,944 m3/s.

Três válvulas de uma via tornam possível amostrar o aerossol a montante e a jusante do filtro em
ensaio, ou ter uma sucção sem aerossol através de um filtro HEPA. Estas válvulas devem ser do tipo
passagem reta. Devido à possibilidade de perdas de partículas do sistema de amostragem, a primeira
medição após a abertura da válvula deve ser desprezada.

A vazão pode ser mantida por uma bomba do contador, no caso de um contador de partículas de alta
vazão (por exemplo, 0,47 dm3/s ou 28 L/min), ou por uma bomba auxiliar, no caso de um contador
com uma vazão de amostragem menor. A linha de exaustão (para a bomba) deve então ser ajustada
com um bico de amostragem isocinético diretamente conectado ao contador de partículas para atingir
condições isocinéticas dentro de uma tolerância de ± 10 %.

Perdas de partículas ocorrem no túnel de ensaio, tubos de ligação do aerossol e contador de partículas.
A minimização das perdas de partículas é desejável porque um número menor de partículas contadas
significa maiores erros estatísticos e, portanto, resultados menos precisos. A influência das perdas
de partículas sobre o resultado é minimizada se as perdas de amostragem a montante e a jusante
ficarem tão próximas da igualdade quanto possível.

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2
4

3 5

8
6
7

Legenda

1 filtro ensaiado
2 filtro HEPA (ar limpo)
3 válvula, montante
4 válvula, ar limpo
5 válvula, jusante
6 computador
7 contador de partículas
8 bomba

Figura 3 – Diagrama esquemático do sistema de amostragem do aerossol

7.5 Medição do fluxo

A medição do fluxo deve ser feita por um dispositivo padronizado de acordo com a ISO 5167-1,
por exemplo, placas de orifícios, bicos, tubos do tipo Venturi etc.

A incerteza de medição não pode exceder 5 % do valor medido com nível de confiança de 95 %.

7.6 Contador de partículas


O contador de partículas discretas (CPD) deve ter uma faixa de tamanho de partículas de pelo menos
0,2 μm a 3,0 μm. A eficiência da contagem deve ser de ≥ 50 % para partículas de 0,2 μm. A faixa de
tamanho deve ser dividida em pelo menos cinco classes de tamanho, os limites destas aproximada-
mente equidistantes numa escala logarítmica.

A Seção 8 contém mais informações e detalhes sobre a operação e calibração de um CPD usado para
esse ensaio.

7.7 Instrumento de medição da pressão diferencial


As medições da perda de pressão devem ser efetuadas entre os pontos de medição localizados numa
parede do túnel como mostrado na Figura 2. Cada ponto de medição deve conter quatro tomadas
de pressão estática, interconectadas e igualmente distribuídas ao redor do perímetro da seção trans-
versal do túnel.

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O instrumento de medição de pressão usado deve ser capaz de medir diferenças de pressão com
uma exatidão de ± 2 Pa na faixa de 0 Pa a 70 Pa. Acima de 70 Pa, a exatidão deve ser de ± 3 %
do valor medido.

7.8 Alimentador de pó

Qualquer alimentador de pó pode ser escolhido, contanto que apresente o mesmo resultado que
o alimentador de pó mencionado na EN 779. O objetivo do alimentador de pó é abastecer com pó sin-
tético o filtro em ensaio a uma taxa constante durante o período de ensaio. Uma quantidade de massa
de pó previamente pesada é carregada na bandeja móvel do alimentador de pó. A bandeja é move a
uma velocidade uniforme e o pó é coletado por uma roda dentada e conduzido para a abertura do tubo
de captação de pó do ejetor.

O ejetor dispersa o pó com o ar comprimido e o direciona para dentro do túnel de ensaio através
do tubo de alimentação de pó. O bico de injeção de pó deve ser posicionado na entrada da Seção 2
do túnel e ser coincidente com a linha de centro do túnel.

O ar comprimido deve ser seco, limpo e isento de óleo.

O refluxo de ar através do tubo de captação, devido à pressão positiva do duto, deve ser evitado quando
o alimentador não estiver em uso.

O grau de dispersão de pó pelo alimentador é dependente das características do ar comprimido,


da geometria do conjunto aspirador e da vazão de ar através do aspirador. O Venturi do aspirador de
ar está sujeito ao desgaste devido ao pó aspirado e aumentará com o uso; suas dimensões devem ser
monitoradas periodicamente para assegurar que as tolerâncias construtivas originais sejam mantidas.

A pressão manométrica na linha de ar para o Venturi correspondente a uma vazão de ar de


6,8 L/s ± 0,2 L/s no tubo alimentador de pó deve ser medida periodicamente para diferentes perdas
de pressão no túnel. Ver qualificação de alimentador de pó na Seção 8 da EN 779:2012.

8 Qualificação do túnel de ensaios e seus dispositivos


O túnel de ensaios e seus dispositivos devem ser qualificados conforme os seguintes ensaios descri-
tos em 8.1 a 8.13 da EN 779:2012

As frequências de calibração dos instrumentos e manutenção do túnel de ensaio e seus dispositivos


estão descritas na Seção 8 da EN 779:2012.

A qualificação do túnel de ensaio deve estar concluída antes da sua colocação em operação.

9 Materiais de ensaio
9.1 Ar de ensaio – limpeza, temperatura e umidade

Tanto o ar interno como o ar externo do laboratório podem ser usados como fonte do ar de ensaio. Em
ensaio de eficiência, o ar é filtrado com filtros HEPA para se obter um ar de ensaio livre de partículas.
As condições de ensaio devem estar de acordo com o Seção 8. O fluxo de exaustão pode ser liberado
para o exterior, interior ou recirculado.

Quando houver a presença de aerossol ou pó de carregamento no ar de exaustão, é recomendado


o uso de um sistema de filtragem.

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9.2 Aerossol de ensaio

O aerossol de DEHS produzido por um bico de Laskin é bastante usado nos ensaios de filtros EPA,
HEPA e ULPA. O DEHS também é chamado como DES ou DOS.

Qualquer gerador capaz de produzir gotículas em concentração suficiente na faixa de tamanho


de 0,2 μm a 3,0 μm pode ser usado como alternativa ao gerador Laskin.

DEHS/DES/DOS – fórmula:
C26H50O4 or CH3 (CH2)3CH(C2H5)CH2OOC(CH2)8COOCH2CH(C2H5)(CH2)3CH3
CAS NUMBER 122-62-3

As propriedades do DEHS estão descritas na Seção 9 da EN 779:2012.

9.3 Pó de carregamento

O pó de carregamento é o pó de ensaio sintético ASHRAE 52.2 com a seguinte composição:

— 72 % em peso do pó de ensaio fino ISO 12103-1 – A2 (pó do deserto do Arizona);

— 23 % em peso de negro de fumo;

— 5 % em peso de línteres de algodão.

O pó de ensaio ISO 12103-1 – A2 consiste principalmente em partículas de sílica com a distribuição


de tamanho dada na Tabela 2.

Tabela 2 – Distribuição por tamanho do pó de ensaio ISO 12103-1 – A2

Tamanho Volume total maior que o tamanho


μm %
1 96,5 – 97,5
2 87,5 – 89,5
3 78,0 – 81,5
4 70,5 – 74,5
5 64 – 69
7 54 – 59
10 46 – 50
20 26 – 30
40 9 – 12
80 0 – 0,5

9.4 Filtro final do túnel de ensaio

O filtro final do túnel de ensaio capta o pó que passa através do filtro em ensaio durante o procedi-
mento de carregamento.

O filtro final deve reter pelo menos 98 % do pó de carregamento e não ganhar ou perder mais que um
grama, por exemplo, como um resultado da variação de umidade encontrada durante um ciclo de ensaio.

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O tipo do filtro final é opcional. Para atender ao requisito de arrestância > 98 %, o filtro deve possuir
uma eficiência inicial > 75 % com relação a partículas de DEHS de 0,4 μm.

10 Procedimento de ensaio para o filtro


10.1 Preparação do filtro a ser ensaiado

O filtro deve ser montado de acordo com as recomendações do fabricante e, após estabilizar com
o ar de ensaio, pesado com arredondamento ao grama. O filtro, incluindo qualquer moldura de mon-
tagem normal, deve ser selado no interior do duto de maneira que previna vazamentos. A estanquei-
dade deve ser verificada por inspeção visual e nenhum vazamento visível é admitido. Se por alguma
razão, as dimensões do filtro não permitirem o ensaio nas condições padronizadas, a montagem de
dois ou mais filtros do mesmo tipo ou modelo é permitida, contanto que nenhum vazamento ocor-
ra no conjunto resultante. Filtros que requeiram acessórios externos devem ser operados durante
os ensaios com acessórios que tenham características equivalentes àqueles usados na prática.

As condições de operação de tal filtro e acessórios devem ser registradas no relatório de ensaio
(Anexo D).

10.2 Perda de pressão inicial

O valor da perda de pressão inicial deve ser registrado para 50 %, 75 %, 100 % e 125 % da vazão
de ar nominal, para determinar uma curva de perda de pressão em função da vazão de ar. As leituras
da perda de pressão devem ser corrigidas para a densidade do ar de 1,20 kg/m3 (ver Anexo D).

10.3 Eficiência inicial

A Eficiência do meio filtrante descarregado eletrostaticamente deve ser ensaiada de acordo com
a Seção 11 enquanto o filtro propriamente dito é ensaiado de acordo com a Seção 10.

A eficiência E para uma dada faixa de tamanho de partícula (entre dois diâmetros de partículas) deve
ser calculada como segue:

⎛ n⎞
E = ⎜ 1 − i ⎟ 100
⎝ Ni ⎠
onde

ni é o número de partículas na faixa de tamanho “i” a jusante do filtro;

Ni é o número de partículas na faixa de tamanho “i” à montante do filtro.

A curva de eficiência inicial em função das faixas de diâmetro das partículas deve ser “plotada” em um
gráfico. O diâmetro da faixa de tamanho ou o diâmetro médio di é a média geométrica dos diâmetros
dos limites inferior e superior na faixa de tamanho “i”.
di = dI × du

onde

dI é o diâmetro do limite inferior da faixa de tamanho;

du é o diâmetro do limite superior da faixa de tamanho.

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A determinação da eficiência inicial é feita na vazão de ar nominal, e a saída do gerador de aerossol é


ajustada para gerar uma concentração estável de aerossol dentro dos requisitos de nível de coincidência
do contador de partículas e tal que a contagem a jusante seja suficiente para um resultado válido
estatisticamente dentro de uma escala de tempo aceitável.

A medição da eficiência é feita através de uma série de pelo menos 13 contagens de no mínimo
20 s executadas sucessivamente a montante e a jusante do filtro em ensaio e com uma purga antes
de cada contagem, ou com uma amostragem a montante ou a jusante sem contagem (descartada),
a fim de estabilizar a concentração de partículas nas linhas de transferência (sonda e mangueiras).

O ciclo de contagem para a faixa de tamanho “i” é então como mostrado na Tabela 3.

Tabela 3 – Ciclo de contagem para uma faixa de tamanho “i”

Contagem Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Montante N 1,i N 2,i N 3,i N 4,i N 5,i N 6,i N 7,i
Jusante n 1,i n 2,i n 3,i n 4,i n 5,i n 6,i

A primeira eficiência singular para a faixa de tamanho “i” deve ser calculada como segue:

⎛ ⎞
⎜ n1,i ⎟
E1,i = ⎜ 1 − 100
N1,i + N2,i ⎟
⎜⎝ ⎟⎠
2
As 13 medições geram seis resultados de eficiências singulares (E1,i,..., E6,i). A eficiência média inicial E
deve ser calculada para a faixa de tamanho “i” como segue:

Ei = (E1,i +...+ E6,i)/6

onde

Ei é a eficiência média inicial do filtro para a faixa de tamanho “i”.

10.4 Carregamento de pó
10.4.1 Procedimento de carregamento de pó

O filtro é progressivamente carregado com o pó de ensaio padronizado e as mudanças consequentes


na perda de pressão e eficiência são determinadas. Incrementos de pó são pesados com a precisão
de ± 0,1 g e colocados na bandeja de pó. O pó é carregado para o filtro com concentração de 70 mg/m3
até cada nível (estágio) de perda de pressão ser alcançado. A arrestância e a eficiência média são deter-
minadas após cada incremento de adição de pó. Para filtros que sejam conhecidos por ter uma eficiência
média menor que 40 % somente a arrestância necessita ser determinada.

Antes de parar o carregamento, escovar o pó remanescente na bandeja alimentadora para o tubo


de captação de pó para que seja arrastado pelo fluxo de ar do duto. Vibrar ou sacudir o tubo alimen-
tador de pó por 30 s. O pó carregado para o filtro pode também ser estimado pela pesagem do pó
remanescente no alimentador. Com o fluxo de ar de ensaio mantido, arrastar qualquer pó sintético no
duto a montante do filtro usando um jato de ar comprimido direcionado obliquamente distante do filtro
em ensaio.

Parar o ensaio e pesar novamente o filtro final do túnel de ensaio (com pelo menos 0,5 g de precisão)
para determinar a quantidade de pó de carregamento capturado e calcular a arrestância (a massa

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removida do carregamento total de pó com o qual o filtro é ensaiado, expressa em %). Qualquer
depósito de pó de carregamento no duto após o filtro ensaiado, entre ele e o filtro final, deve ser
coletado com uma escova fina e incluído no peso do filtro final.

A eficiência (para partículas de 0,4 μm) e a perda de pressão inicial são determinadas antes do
carregamento de pó, enquanto que, após o carregamento de 30 g de pó, são determinadas a eficiência
(para partículas de 0,4 μm), perda de pressão e arrestância. Este procedimento deve ser repetido, pelo
menos, com quatro incrementos de pó (aproximadamente 30 g cada) até a perda de pressão final de
ensaio. A arrestância inicial é obtida após os primeiros 30 g de carregamentos de pó e os incrementos
adicionais de pó devem mostrar uma curva suave de eficiência (para partículas de 0,4 μm) e/ou
arrestância versus carregamento de pó até a perda de pressão final de ensaio. A Tabela 4 descreve os
parâmetros a serem determinados durante o procedimento de carregamento de pó.

Tabela 4 – Valores de desempenho a serem medidos ou calculados após cada etapa


de carregamento de pó

Parâmetro a ser determinado


Etapa
Eficiência (para Capacidade de Perda de
Arrestância
partículas de 0,4 μm) retenção de pó pressão
Inicial, antes do carregamento do pó SIM NÃO NÃO SIM
Após 30 g de carregamento de pó
(a primeira carga determina SIM SIM NÃO SIM
a arrestância inicial)
Ao final de cada incremento de pó
SIM SIM NÃO SIM
intermediário
Após o último incremento de pó
SIM SIM SIM SIM
(perda de pressão final de ensaio)

NOTA Incrementos de pó podem ser dimensionados para se obter um mínimo de quatro pontos de medi-
das distribuídos regularmente ao longo da curva de perda de pressão × carregamento de pó. Pontos de medi-
ção adicionais podem ser requeridos em circunstâncias onde os incrementos de pó (30 g) não são suficientes
para determinar uma curva de perda de pressão × carregamento de pó homogênea.

Os valores de capacidade de retenção de pó, eficiência média para partículas de 0,4 μm e arrestância
na perda de pressão final especificada para o ensaio são determinados por interpolação linear dos
respectivos gráficos.

10.4.2 Arrestância

A arrestância deve ser determinada após cada etapa de carregamento de pó.

Após atingir o próximo nível de perda de pressão obtido através do incremento de pó, o filtro final previa-
mente pesado é removido do túnel e pesado novamente. O aumento de peso indica a massa de pó que
passou pelo filtro em ensaio. A arrestância Aj para a etapa de carregamento “j” é calculada como segue:

Aj = (1 − mj / Mj) 100 %

onde

mj é a massa de pó que passou pelo filtro (o ganho de massa do filtro final mais a massa do pó
coletada entre o filtro ensaiado e o filtro final) na etapa de carregamento de pó “j”;

Mj é a massa de pó carregado durante a etapa de carregamento de pó “j”.

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O ensaio é interrompido se:

a) a arrestância determinada na etapa for inferior a 75 % da arrestância máxima obtida em qualquer


das etapas de carregamento anteriores;

b) após a arrestância máxima ter sido determinada, dois valores de arrestância determinados forem
inferiores a 85 % a máxima;

A arrestância inicial é calculada após o carregamento dos primeiros 30 g de pó.

A arrestância média é calculada pela média de todos os valores disponíveis de arrestância (A);
entretanto, para seu cálculo, deve-se ter pelo menos cinco valores de amostras, em perdas de pressão
diferentes, sendo obrigatórias, a inicial e a final. O cálculo da arrestância média é como segue:

Am = (1 / M) × [M1 × A1 + M2 × A2 +...+ Mn × An]

onde

M = M1 + M2 +.... + Mn é a massa total de pó de carregamento fornecida

M1, M2,.... Mn são as massas de pó de carregamento fornecidas sucessivamente para


atingir as perdas de pressão.

Valores de arrestância acima de 99 % devem ser reportados como > 99 %.

Para “plotar” uma curva contínua de arrestância versus pó carregado, a curva deve ser desenhada
através dos pontos médios associados ao incremento de peso.
NOTA Mn é a massa de pó (g) carregado no alimentador previamente pesada para cada etapa de carregamento.

10.4.3 Eficiência

A eficiência deve ser determinada inicialmente e, se possível, imediatamente após cada etapa de
carregamento de pó. Antes do ensaio, todas as fontes onde é possível ocorrer vazamento de ar devem
ser eliminadas.

Após cada etapa de carregamento de pó, o filtro deve ser varrido com ar por 5 min, para reduzir
a emissão de partículas liberadas da parte parcialmente carregada do filtro e da parte interna dos
dutos. O desprendimento, liberação ou arraste de partículas após 5 min está incluído nas medições
e influencia a determinação da eficiência.

A medição da eficiência é feita da mesma maneira que é feita eficiência inicial (ver Seção 10.3), por
meio de uma série de pelo menos 13 contagens pelo mínimo de 20 s, conduzidas sucessivamente
a montante e a jusante do filtro a ser ensaiado.

Cada contagem deve ser precedida por um descarte (purga) do ar ou por uma amostra não contada
intervindo para estabilizar a concentração das partículas nas linhas de amostragem.

A eficiência média após cada etapa de carregamento deve ser calculada para a faixa de tamanho “i”
como segue:

Ei,j = (E1,i + ... + E6,i)/6

onde

E1,i ; … ; E6,i são as eficiências simples para a faixa de tamanho ”i” após a etapa de
carregamento de pó;

Ei,j é a eficiência média para a faixa de tamanho ”i” após a etapa de carregamento “j”.

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ABNT NBR 16101:2012

10.4.4 Eficiência média

A eficiência média é a média das eficiências obtidas através da progressão dos efeitos nas etapas
de carregamento do pó. Para uma série de “n” etapas de carregamento de pó, a eficiência média é
dada pela seguinte fórmula:
n
1 ⎛ Ei, ( j − 1) + Ei, j ⎞
Em,i =
M ∑ ⎜⎝ 2
× Mj⎟

j=1

onde

Em,i é a eficiência média para a faixa de tamanho de partícula “i” para todas as etapas de
carregamento de pó;

Ei,j é a eficiência média para a faixa de tamanho “i” após a etapa de carregamento “j”;

Mj é o total de pó alimentado durante a etapa de carregamento “j”;


n
M é ∑ Mj
j=1

n é o número de etapas de carregamento.

11 Ensaio para a verificação da influência da carga eletrostática na eficiência


do meio filtrante (Procedimento para descarga eletrostática do meio filtrante)
Este ensaio é utilizado para determinar o quanto a eficiência do meio filtrante é dependente do efeito
da retenção eletrostática e prover informação quantitativa sobre a importância deste efeito. Isto é
obtido através da medição da eficiência de retenção do meio filtrante não tratado (como fornecido pelo
fabricante) e da eficiência deste após a eliminação ou inibição do mecanismo de retenção eletrostática.

11.1 Equipamento

O procedimento descrito é baseado em um tratamento padronizado com isopropanol (IPA) para avaliar
a influência eletrostática na eficiência do filtro.

O ensaio para a descarga eletrostática é feito primeiramente medindo a eficiência de amostras de meios
filtrantes como recebidas. Em seguida, as amostras são imersas em IPA (> 99,5 %, °GL). Caso o IPA
seja reutilizado a sua pureza deve permanecer acima de 99,5 % °GL. Após a imersão das amostras de
meio filtrante em IPA, elas são colocadas sobre uma superfície plana e inerte no interior de uma capela
de exaustão para secagem. Após o período de 24 h, as medições de eficiência são repetidas. Para
verificar que a amostra está livre de IPA residual, a massa da amostra deve ser comparada antes e
depois do procedimento do IPA.

A concepção do equipamento de ensaio é mostrada na Figura 4 e consiste em um túnel de ensaio,


um medidor de vazão de ar, uma válvula de controle de fluxo, tubos coletores de amostra de fluido
e um manômetro. A amostra do meio filtrante a ser ensaiada é fixada no túnel de ensaio por meio de um
flange. Este túnel também inclui uma seção de mistura que garante uma amostragem representativa
a jusante do filtro. Os tubos coletores de amostra estão conectados ao contador de partículas.
Ar e aerossol para o ensaio podem ser retirados do túnel principal de ensaio do filtro.

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10 3 2 6

7 8
11

9 4 5

Legenda
1 manômetro
2 duto de ensaio
3 amostra do meio filtrante
4 seção de mistura
5 tubo coletor de amostragem a jusante
6 medidor de vazão
7 válvula de controle de fluxo
8 ventilador
9 tubo coletor de amostragem à montante
10 duto à montante da amostra
11 ponto de entrada de aerossol
Figura 4 – Equipamento para ensaio da influência eletrostática no meio filtrante
O tratamento com IPA é feito usando o sistema mostrado na Figura 5. Esse sistema inclui um recipiente
para a colocação do IPA. O sistema também inclui superfícies planas nas quais as amostras de meio
filtrante são colocadas para secar. A secagem das amostras de meio filtrante deve ocorrer em uma
capela de exaustão de gases.
1

2 4

3 6

Legenda
1 túnel (Figura 11)
2 amostras do meio filtrante
3 imersão em IPA
4 recipiente para IPA
5 capela de exaustão de gases
6 superfície plana e inerte para a secagem

Figura 5 – Princípio do sistema de ensaio com isopropanol

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11.2 Preparação das amostras para ensaio

Amostras representativas do meio filtrante do filtro em avaliação devem ser fornecidas pelo cliente ou
selecionadas a partir de um segundo filtro, idêntico ao filtro utilizado no ensaio principal. As amostras
provenientes do filtro devem ser selecionadas (por exemplo, por corte) de forma a serem representati-
vas de todo o meio filtrante do filtro. Os locais de onde as amostras de meio filtrante são retiradas de-
vem ser escolhidos aleatoriamente. Se não for possível obter amostras cortadas do filtro, um pedaço
pequeno do filtro deve ser cortado e selado em um quadro de montagem que se ajuste ao dispositivo
de ensaio. A área de cada amostra a ser ensaiada deve ser de 600 cm2 (área filtrante efetiva), e deve-se
trabalhar com pelo menos três amostras.

11.3 Medição da eficiência do meio filtrante

As medições da influência do efeito eletrostático (nas amostras de meio filtrante “como recebidas” −
sem tratamento e, após tratamento com isopropanol, com tratamento) devem ser feitas com 100 %
e 50 % da velocidade nominal do ar através da amostra. Os resultados com a velocidade nominal
a 100 % devem ser utilizados para determinar a classificação do filtro (Tabela 1). Os resultados com
a velocidade de 50 % são reportados e podem ser utilizados para avaliar a efetividade do tratamento
de descarga eletrostática.

O ensaio é iniciado com a montagem de uma amostra do meio filtrante do filtro no equipamento de
ensaio (Figura 4). A velocidade nominal de 100 % é a mesma velocidade nominal média utilizada no
filtro inteiro (utilizando a área efetiva de filtragem). A velocidade é ajustada e a perda de pressão na
amostra é medida.

A eficiência de filtragem de partículas da amostra é determinada pela medição da concentração de


partículas a montante e a jusante da amostra. Os critérios do ensaio com aerossol, faixa de tamanho
de partículas e medida de eficiência estão de acordo com a Seção 10.3 (eficiência inicial).

11.3.1 Procedimento para o ensaio com Isopropanol (IPA)

O ensaio com isopropanol é realizado da seguinte forma:

a) pesar as amostras de meio filtrante;

b) medir a eficiência e o valor da perda de pressão das amostras “como recebidas” (sem tratamento).
Nomear as medições de eficiência e perda de pressão das amostras sem tratamento como E U,S,i
e pU,s, respectivamente;

c) imergir as amostras que devem sofrer tratamento por 2 min em isopropanol (IPA); em seguida
colocá-las sobre uma superfície plana e inerte para a secagem. Para permitir a rápida evaporação
do IPA, as amostras devem ser colocadas sobre uma superfície perfurada com circulação de ar;

Atenção – Este procedimento deve ser feito em uma capela de exaustão de gases!

d) após um período de secagem de 24 h, pesar e determinar a massa das amostras do meio filtrante.
Se a massa for maior que alguns décimos de grama em relação ao valor inicial, a amostra ainda
contém isopropanol e necessita de um período maior de secagem;

e) medir a eficiência e o valor da perda de pressão das amostras após o tratamento com IPA (com
tratamento). Nomear as medições de eficiência e perda de pressão das amostras sem tratamento
como E D,S,i e pD,s, respectivamente.

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11.3.2 Expressão dos resultados

A eficiência média do meio filtrante das amostras sem tratamento e com tratamento (descarregadas)
é calculada.

A eficiência média, EU,i, das amostras sem tratamento é calculada conforme indicado na seguinte
equação:

E U, i = (E U, 1 i + E U, 2, I + E U, 3, I + ..... + E U, s, i ) n

onde

i é o intervalo do tamanho das partículas;

s é o número da amostra (1, 2, 3, ...);

n é o número total de amostras.

A eficiência média, E U,i, das amostras com tratamento é calculada conforme indicado na
seguinte equação:
E D, i = (E D, 1, i + E D, 2, I + E D, 3, I + ..... + E D, s, i ) n

onde

i é o intervalo do tamanho da partícula;

s é o número da amostra (1, 2, 3, ...);

n é o número total de amostras.

A eficiência média E U,i para as partículas de 0,4 μm das amostras sem tratamento é comparada com
a eficiência inicial E i para as partículas de 0,4 μm do filtro todo utilizado no ensaio principal (no túnel de
ensaio); se a eficiência média das amostras sem tratamento, E U,i estiver fora do intervalo de (E i ± 8) %,
mais duas amostras devem ser ensaiadas e incluídas em um novo cálculo da média.

11.4 Relatório

A eficiência média das amostras sem tratamento e das amostras com tratamento deve ser reportada
para cada intervalo de tamanho de partícula “i”.

Os resultados com 100 % da velocidade nominal devem ser utilizados para fins de classificação
(Tabela 1).

Para partículas de 0,4 μm, as eficiências médias das amostras com tratamento e das sem tratamento
(a 100 % da velocidade nominal) devem ser reportadas no sumário do relatório de ensaio.

Os resultados com a taxa de 50 % da velocidade nominal devem ser reportados ao longo do relatório
e podem ser utilizados para julgar a efetividade do tratamento de descarga eletrostática (tratamento
com IPA).

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12 Cálculo de incerteza nos resultados do ensaio


A incerteza da eficiência média por definição é a correspondência dos dois lados do intervalo de con-
fiança da média com base no nível de 95 %. Uma amostra a montante com não menos que 500 par-
tículas em cada faixa avaliada, inferior a 1 μm, deve ser contada, e os resultados avaliados conforme
a ISO 2854.
E −U ≤E ≤E +U
1
E=
n ∑ Ei
α δ
U = t ⎛⎜ 1 − ⎞⎟ ×
⎝ 2⎠ n

v=n–1

δ=
∑ (Ei − E )2
n −1

onde

E é a eficiência média;

U é a incerteza;

Ei é o valor do ponto da eficiência;

V é o número de amostras – 1;

T é a distribuição T Student (ver Tabela 5), dependente do número de amostras − 1 (V);

N é o número de amostras de eficiência medido;

δ é o desvio-padrão.

Tabela 5 – Distribuição T Student conforme a ISO 2854

Amostras Nº de graus de liberdade ⎛ α⎞ 1


t ⎜1 − ⎟ ×
n v=n−1 ⎝ 2⎠ n

4 3 1,591
5 4 1,242
6 5 1,049
7 6 0,925
8 7 0,836
NOTA 95 % de nível de confiança (α = 0,05).

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O somatório da incerteza das eficiências médias para a classificação deve ser calculado como:

n
1 ⎛ Ui, ( j − 1) + Ui, j ⎞
Ui =
M
× ∑ ⎜⎝ 2
× Mj⎟

j= 1
n
M= ∑ Mj
j=1

onde

Ui é a incerteza da média das eficiências para a faixa de tamanho de partículas “i”;

Ui,j é a incerteza da média das eficiências para a faixa de tamanho de partículas “i” após
a etapa de carregamento de pó “j”;

Mj é a quantidade de pó alimentado durante a etapa de carregamento de pó “j”;

n é o número de etapas de carregamento de pó.

13 Relatório dos ensaios


13.1 Considerações gerais

O relatório dos ensaios deve incluir a descrição do método de ensaio e quaisquer desvios ocorridos no
ensaio. O modelo e número de identificação do contador de partículas usado devem ser apresenta-
dos, assim como o método de medição da vazão de ar. O relatório dos ensaios deve incluir o seguinte:

— resumo dos resultados;

— eficiências medidas e suas incertezas;

— eficiências calculadas;

— dados e resultados das medições de vazão de ar e perda de pressão;

— dados e resultados das medições de carregamento de pó.

Os resultados dos ensaios devem ser apresentados conforme o formato usado nesta Norma e indi-
cado no Anexo D. Formatos idênticos não são requeridos, porém o relatório de ensaios deve incluir
os itens apresentados. A legenda de cada tabela e gráfico deve preferencialmente incluir o seguinte:

— tipo do filtro;

— número desta Norma;

— número do ensaio;

— aerossol utilizado no ensaio;

— vazão de ar do ensaio.

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O carregamento de pó, capacidade de acumulação de pó e arrestância média devem ser mencio-


nados para cada perda de pressão final especificada, de 150 Pa e 250 Pa para filtros G (grossos).
O carregamento de pó, capacidade de acumulação de pó e eficiência média devem ser mencionados
para cada perda de pressão final especificada, de 250 Pa, 350 Pa e 450 Pa para filtros M (médios)
e F (finos). Interpolação linear ou extrapolação pode ser usada com o objetivo de converter os valores
mais próximos obtidos no valor de perda de pressão final especificado.

13.2 Interpretação do relatório dos ensaios

Este breve sumário deve ser incluído nos relatórios de ensaio. A interpretação deve ser incluída após
a emissão do relatório e deve ser uma página adicional com o texto dimensionado para ocupar cerca
de meia página.

Esta breve revisão dos procedimentos de ensaio, incluindo aqueles direcionados aos ensaios de filtros
carregados eletrostaticamente, é necessária para aqueles não familiarizados com os procedimentos
desta Norma e sua norma-base, a EN 779. A intenção é auxiliar na compreensão e na interpretação
dos resultados no resumo (sumário) do relatório dos ensaios. (Para detalhes adicionais, os procedi-
mentos desta Norma ou da EN 779 devem ser consultados).

Muitos tipos de filtros de ar dependem dos efeitos da carga eletrostática nas fibras para atingir altas
eficiências, particularmente no início da sua vida útil. Fatores ambientais encontrados ao longo do
ciclo de vida podem afetar a ação dessas cargas elétricas de tal maneira que a eficiência inicial cai
substancialmente após um período inicial da vida útil.

Em muitos casos, isso é compensado por um aumento da eficiência (“eficiência mecânica”) à medida
que o pó é depositado, criando uma camada de pó. No final da sua vida útil, a eficiência pode atingir
ou até exceder a eficiência inicial.

A eficiência reportada sem tratamento (filtro/amostra como recebido) e a com tratamento (descarregada)
mostram a extensão do efeito eletrostático no desempenho inicial e indicam o nível de eficiência
que se obtém quando a carga eletrostática é completamente removida e já não existem fatores para
o aumento compensatório da eficiência mecânica.

As eficiências reportadas sem e com o tratamento (descarregada) mostram a extensão do impacto


que os efeitos da carga eletrostática produzem no desempenho inicial. Não pode ser assumido que a
eficiência medida e que fora condicionada (descarregada) representa o comportamento na vida real.
Ela simplesmente indica o nível de eficiência que se pode atingir quando o efeito da carga for completa-
mente removido e não existir nenhum fator compensatório que possa aumentar a eficiência mecânica.

13.3 Resumo do ensaio

O resumo do relatório de desempenho (Figura D.1) deve incluir as seguintes informações:

a) informações gerais:

— instituição/empresa que realizou os ensaios;

— data dos ensaios;

— nome do condutor dos ensaios;

— número do relatório de ensaios;

— nome do solicitante dos ensaios;

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— nome de quem enviou a amostra;

— data de recebimento da amostra;

b) dados do fabricante da amostra ensaiada:

— descrição da amostra;

— tipo, identificação e marca da amostra;

— fabricante;

— descrição do formato construtivo da amostra (por exemplo, filtro do tipo bolsa, número de
bolsas etc. – ver Anexo E para definição do formato);

— dimensões (base, altura, profundidade);

— tipo do meio filtrante, se possível ou disponível, devendo as seguintes informações ser descritas:

— código de identificação (por exemplo, fibras de vidro tipo ABC 123, fibras sintéticas
tipo XXX000);

— área de filtragem efetiva;

— tipo e quantidade de aglutinante.

— informações adicionais, se necessário;

c) dados do ensaio:

— vazão de ar durante o ensaio;

— temperatura e umidade relativa durante o ensaio;

— tipo de pó de carregamento e aerossol do ensaio;

d) resultados obtidos:

— perdas de pressão inicial e final medidas;

— eficiência inicial e média (0,4 μm), incluindo a incerteza da eficiência média;

— arrestância inicial e média;

— capacidade de acumulação de pó;

— eficiência da amostra sem tratamento ou descarregada eletrostaticamente;

— classe de filtragem obtida para a amostra, mencionando entre parênteses se a vazão de ar


do ensaio ou a perda de pressão final está fora dos parâmetros normalizados.

e) curvas (gráficos) de desempenho:

— perda de pressão versus vazão de ar para amostra limpa;

— perda de pressão versus carregamento de pó;

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— eficiência (0,4 μm) versus carregamento de pó;

— arrestância versus carregamento de pó. A curva deve ser desenvolvida usando os valores
de arrestância médios encontrados e seus acréscimos de peso associados;

f) notas obrigatórias:

— os resultados obtidos são válidos apenas para a amostra ensaiada;

— os resultados de desempenho em ensaio não podem, por si só, ser aplicados quantitativa-
mente para prever a desempenho do filtro em campo.

g) resumo do relatório:

— os resultados devem ser arredondados para o número inteiro mais próximo (por exemplo,
99,3 % = 99 %);

— com exceção da eficiência média para 0,4 μm, as incertezas dos valores de eficiência não
precisam ser mencionadas.

13.4 Eficiência

Em complemento ao resumo do relatório de ensaios, os resultados das medidas de eficiência devem


ser mencionados nas tabelas e gráficos, conforme a seguir:

a) tabelas:

— eficiência e incerteza para cada tamanho de partícula após cada etapa de carregamento
de pó (Tabela D.1);

— eficiência média para cada tamanho de partícula nas perdas de pressão relacionadas
(a capacidade de acumulação de pó e a classe do filtro podem ser incluídas) (Tabela D.2);

— perda de pressão versus vazão de ar e carregamento de pó (Tabela D.3);

— arrestância versus perda de pressão e carregamento de pó (Tabela D.4);

— eficiência do elemento filtrante sem tratamento e descarregado eletrostaticamente (Tabelas D.5


e D.6).

b) gráficos:

— eficiência versus tamanho de partículas após diferentes etapas de carregamento de pó


(Figura D.2);

— eficiência média em cada perda de pressão final (Figura D.3);

— eficiência inicial (Figura D.1).

A interpolação linear ou extrapolação do valor mais próximo medido em relação à eficiência de filtragem
para uma perda de pressão final especificada (normalizada) pode ser obtida pelo cálculo da eficiência
numa perda de pressão especificada. Alternativamente, a média dos resultados pode ser interpolada
ou extrapolada para o valor mais próximo da perda de pressão especificada.

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13.5 Perda de pressão e vazão de ar

Todos os dados e resultados requeridos de medida de vazão de ar e perda de pressão durante


o ensaio devem ser reportados em uma tabela. As curvas de perda de pressão do filtro limpo e do filtro
carregado de pó são reportadas no sumário apresentado no Anexo D, seção D.1.

O relatório de perda de pressão deve ser corrigido para a densidade do ar de 1,20 kg/m3. As correções
podem ser feitas conforme descritos no Anexo D.

13.6 Arrestância e capacidade de acumulação de pó

Todos os dados e resultados requeridos para o carregamento de pó e as medições de arrestância


devem ser mencionados em uma tabela.

A arrestância inicial, a arrestância média, a capacidade de acumulação de pó em diferentes perdas


de pressão e a curva de arrestância são mencionadas no sumário apresentado no Anexo D, Seção D.1.

13.7 Identificação do filtro ensaiado

A amostra deve ser marcada com um tipo de registro (etiqueta) de identificação. Os detalhes a seguir
devem ser fornecidos:

— nome, marca e outras formas de identificação do fabricante;

— tipo de número de referência do filtro;

— número desta Norma;

— grupo ou classe de filtragem de acordo com esta Norma;

— vazão de ar na qual o filtro foi classificado.

— identificação de instalação adequada no túnel de ensaio (por exemplo, este lado para cima, dire-
ção do fluxo do ar etc.).

A identificação deve ser claramente visível e ter a máxima durabilidade possível.

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Anexo A
(informativo)

Desprendimento de fibras/particulados dos filtros

A.1 Geral
O termo “desprendimento” inclui três aspectos independentes do comportamento do filtro: ricochete
de partículas, liberação de fibras ou de material particulado do meio filtrante e arraste de partículas.
É provável que um ou todos estes fenômenos aconteçam em algum período do ciclo de vida de um
filtro instalado.

A.2 Desprendimento

A.2.1 Ricochete de partículas


Num processo ideal de filtragem, cada partícula seria retida na primeira colisão com a superfície
filtrante tal como uma fibra do filtro, ou com uma partícula já retida. Para partículas pequenas ou para
baixas velocidades do ar, a energia de aderência excede muito a energia cinética da partícula em
suspensão no fluxo de ar, e uma vez retidas, é improvável que tais partículas sejam desalojadas do
filtro. Com o aumento do tamanho de partícula e da velocidade do ar, isso diminui progressivamente;
as partículas maiores podem “ricochetear” fora da fibra. Normalmente com isso elas perdem suficiente
energia para serem retidas numa colisão subsequente com uma fibra. Todavia, se nenhum contato
efetivo com uma fibra seguir, as partículas serão desprendidas, ou seja, liberadas do filtro, o qual
acusará uma redução correspondente na eficiência aparente para tais partículas.

Um método de medição para quantificar este tipo de desprendimento é definido na


ANSI/ASHRAE 52.2:1999, que utiliza partículas sólidas. O efeito de ricochete das partículas
não pode ser medido em acordo com a EN 779 com aerossol líquido.

O efeito de ricochete das partículas é maior para filtros do grupo G do que para os do grupo F.

Alguns pesquisadores [ver referências 1 e 2 A.4] encontraram uma redução na eficiência do filtro para
a faixa de tamanho de 4 μm a 8 μm, que pode ser devida a este efeito.

Os procedimentos desta Norma não fornecem meios para medir eficiências para partículas sólidas
de tamanho acima de 3,0 μm.

A.2.2 Liberação de fibras ou de material particulado do meio filtrante


Algumas configurações de filtro incluem um meio filtrante contendo e/ou gerando liberação de fibras ou
material particulado durante a utilização. Durante a operação do filtro este material desprendido pode
ser liberado no fluxo de ar. A extensão da liberação de tais fibras depende da integridade da estrutura
do meio filtrante, sua rigidez e estabilidade frente à variação de cargas de pó e de velocidades de ar
durante o ciclo de vida do filtro. Deve ser notado que a quantidade de fibras liberadas deste modo é
normalmente desprezível em comparação com o total de pó penetrando num filtro submetido a cargas
tipicamente ambientais de pó.

O efeito de liberação de fibras ou de material particulado do meio filtrante é maior para filtros do grupo F
que para os dos grupos M e G.

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A.2.3 Arraste de partículas

Quando a quantidade de pó incidente sobre o filtro aumenta, outros efeitos podem aparecer de acordo
com o seguinte:

a) uma partícula incidente pode colidir com uma partícula já retida e arrastá-la no fluxo de ar;

b) a velocidade do ar nos canais de fluxo dentro do meio filtrante aumentará devido aos espaços
ocupados pelas partículas retidas. Além disso, o meio filtrante pode se comprimir pelo aumento
da resistência ao fluxo do ar, causando aumento da velocidade nos canais de ar. O conseqüente
aumento da pressão de fluido sobre as partículas retidas pode arrastar parte delas;

c) os movimentos do meio filtrante durante a operação causam rearranjo do pó retido na estrutura


do meio filtrante. Isso induz um arraste imediato de pó. Os movimentos do meio filtrante podem
ser causados por diversas circunstâncias como:

— fluxo normal de ar através do filtro em combinação com operação de liga/desliga periódica


(por exemplo, diária) do sistema de ar condicionado;

— variação de fluxo de ar provocando compressão e descompressão do meio filtrante;

— vibração mecânica.

O arraste por estas causas (também conhecido por blow-off ou unloading) pode ser medido e quanti-
ficado (ver A.4 [3] e [4]). O efeito de arraste é igual para os filtros dos grupos F, M e G.

A.3 Ensaios
As curvas de eficiência por tamanho de partícula (filtros dos grupos F e M) fornecidas nesta Norma
refletem normalmente muito pouco os efeitos de desprendimento discutidos anteriormente. As curvas
de arrestância (filtros do grupo G) descritas nesta Norma os refletem parcialmente, caso ocorram.
Qualquer queda no valor da arrestância ou da perda de pressão durante um ensaio de filtro deve ser
considerada como uma indicação de que um desprendimento pode ter ocorrido.

As medições significativas de desprendimento por liberação de partículas ou arraste não são fáceis de
executar. Sistemas de amostragem com contador de partículas não são prontamente adaptáveis para
medir microrrupturas ou coincidência de partículas.

A.4 Bibliografia
[1] Phillips B. A., Davis, W. T. and Dever, M., Investigation of the Effect of a Topically Applied Tackifier
in Reducing Particle Bounce in a Melt-Blown Air Filter. (Filtration & Separation, 1996, page 933)

[2] Qian Y., Willeke K., Ulevicius V. and Grinshpun S. A., Particle Re-entrainment from Fibrous Filters.
(Aerosol Science and Technology, 27:3)

[3] Kuehn T.H., Yang C. H. and Kulp R. H., Effects of Fan Cycling on the Performance of Particulate Air
filters used for IAQ Control. (Indoor Air ’96, The 7th International Conference on Indoor Air Quality
and Climate, Vol. 4, page 211)

[4] Rivers R. D. and Murphy D. J., Determination of Air Filter Performance under Variable Air Volume
(VAV) Conditions. (ASHRAE 675-RP:1996)

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Anexo B
(informativo)

Comentários

B.1 Geral
Os procedimentos descritos nesta Norma foram desenvolvidos com base na EN 779. O aerossol de
desafio DEHS (ou equivalente) é disperso uniformemente sobre a seção do túnel a montante do filtro
que está sendo ensaiado. Amostras representativas a montante e a jusante são analisadas por um
contador de partículas discretas (CPD) para fornecer os dados de eficiência do filtro para os tamanhos
de partícula.

Os detalhes do projeto do túnel de ensaios não são prescritivos; entretanto, procedimentos de qualifi-
cação mais rigorosos em novos túneis trazem acurácia melhorada e dão confiabilidade aos resultados
do ensaio.

B.2 Classificação
O sistema de classificação da EN 779 compreende três grupos (filtros F, M e G). A classificação do
grupo é determinada pela eficiência média de filtragem em relação às partículas líquidas de DEHS
com 0,4 μm de diâmetro.

Os filtros onde foram encontrados valores de eficiência média para partículas de 0,4 μm menores que 40 %
foram alocados para o grupo G (filtros grossos) e a eficiência reportada como < 40 %. A classificação dos
filtros classe G (G1 a G4) é baseada na sua arrestância média em relação ao pó de carregamento.

Os filtros onde foram encontrados valores de eficiência média para partículas de 0,4 μm entre 40 % e
80 % foram alocados para o grupo M (filtros médios) e a classificação dos filtros (M5 e M6) é baseada
na sua eficiência média para partículas de 0,4 μm. Os filtros anteriormente conhecidos como sendo
de classes F5 e F6 tiveram seus nomes alterados para M5 e M6, mas mantêm a mesma maneira de
classificação que o antigo sistema.

Já os filtros onde foram encontrados valores de eficiência média para partículas de 0,4 μm iguais ou
maiores que 80 % foram alocados para o grupo F (filtros finos) e a classificação dos filtros (F7 a F9) é
baseada na sua eficiência média para partículas de 0,4 μm, conforme a maneira de classificação do
antigo sistema (EN 779) e a eficiência mínima medida durante o ensaio.

B.3 Ensaio

B.3.1 Aerossol de ensaio

Um aerossol de ensaio de DEHS (ou equivalente) foi o escolhido para os ensaios de eficiência pelas
seguintes razões:

— experiência obtida pelos usuários com o uso deste aerossol e das técnicas para obtê-lo tanto
na EN 779 quanto na Eurovent 4/9 (normas precursoras desta Norma); além disso, este tipo de
aerossol é totalmente adaptável aos equipamentos já existentes;

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ABNT NBR 16101:2012

— aerossóis líquidos são fáceis de serem geradores nas concentrações, faixa de tamanhos e graus
de consistência requeridos;

— os contadores de partículas são calibrados contra partículas esféricas de látex. A determinação


do tamanho de partículas líquidas usando contadores de partículas discretas (CPD) é mais acu-
rada que no caso de partículas sólidas de sal e pós de ensaio com formatos não esféricos.

B.3.2 Pó de carregamento
O pó de carregamento (pó de ensaio sintético) é idêntico ao da ANSI/ASHRAE 52.2 e tem a seguinte
composição:

— 72 % em peso do pó de ensaio fino ISO 12103-1 – A2 (pó do deserto do Arizona);

— 23 % em peso de negro de fumo (superfície de (27 ± 3) m2/g – ASTM D 3765 CTAB, adsorção de
(0,68 ± 0,07) cm3/g – ASTM D 2414 DBP, e poder de coloração de acordo com a ASTM D 3265-90
– matiz de (43 ± 4) unidades);

— 5 % em peso de línteres de algodão.

Os línters de algodão devem ser línteres do segundo corte, removidos das sementes de algodão e moídos
em moinho Wiley equipado com uma tela de 4 mm. Podem ser adquiridos já misturados na composição
pelo fabricante. O pó de carregamento não reflete fielmente aquele encontrado em condições reais, mas
tem sido usado há mais de 20 anos para “simular” o carregamento do filtro. Este pó ainda será utilizado
até que um pó mais representativo seja desenvolvido.

B.3.3 Distribuição das amostras de aerossol


Em consequência do uso de um aerossol de desafio líquido para as medidas de eficiência, é necessário
fazer o uso de medidas para a sua efetiva distribuição e consequente apresentação para o filtro. Deve
ser feito uso de dispositivos apropriados para a injeção ou mistura que assegurem um coeficiente
de variação < 10 % em toda a face do filtro.

Amostras de aerossóis para a concentração e análise de tamanho tanto a montante como a jusante
do filtro podem também ser totalmente representativas no ponto de amostragem e a compensação
pode ser capaz de ser feita para qualquer efeito da perda de partículas nas linhas de amostragem.

O problema em obter uma amostra representativa de uma posição de um único ponto de amostragem
requer um direcionamento; é provável que seja menos importante para os filtros de menor eficiência
(classe M5) do que para os filtros de classe superior (classe F9).

B.3.4 Características do contador de partículas


O contador de partículas discretas deve ser ajustável para prover informação nos tamanhos de partí-
culas entre 0,2 μm e 3,0 μm e para concentrações maiores que 100 partículas por cm3. Os canais de
medição devem incluir 0,4 μm e 3,0 μm. O mesmo instrumento deve ser usado para todas as amostra-
gens, a montante e a jusante do filtro.

B.3.5 Ensaio no material filtrante plano (mantas)


A vazão mínima de ar nesta norma é 0,24 m3/s o que significa que não é possível ensaiar material
filtrante plano usando 0,62 m/s de velocidade de face diretamente como uma manta plana. Para
ensaiar esse material a velocidades menores, o mesmo deve ser montado com superfície estendida.
Se o material está fixado em um sistema com moldura em forma de W, ele pode ser ensaiado como

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um filtro comum. Não existe correlação entre o formato de W e a manta plana, mas o método pode ser
usado para comparar e avaliar o material.

A Figura C.1 descreve uma típica construção com moldura em forma de W que pode ser usada para
avaliar o material filtrante. A forma de W tem um metro quadrado (1 m2) de área efetiva de filtragem,
e portanto, as mesmas características representando a vazão de ar (em m3/s) e a velocidade no meio
filtrante (em m/s). Assim, 0,4 m3/s nos dá uma velocidade no meio filtrante de 0,4 m/s.

O material filtrante a ser ensaiado deve ser colocado na moldura em forma de W e esticado e apertado
contra a moldura com a ajuda da Contramoldura de W.

B.4 Características de filtragem

B.4.1 Geral

Iniciativas para lidar com o potencial problema de arraste de partículas foram incluídas no Anexo A.

B.4.2 Perda de pressão

Todas as perdas de pressão medidas durante o ensaio devem ser corrigidas para a densidade do
ar de referência de 1,20 kg/m3, que corresponde às condições normalizadas: temperatura de 20 °C,
pressão barométrica de 101,325 kPa, umidade relativa do ar de 50 %.

Entretanto, enquanto a densidade estiver entre 1,16 kg/m3 e 1,24 kg/m3, nenhuma correção se
faz necessária.

B.4.3 Eficiência descarregada

A eficiência medida nesta Norma e a classificação dos filtros são baseadas em aerossol de ensaio
neutralizado para verificar se a eficiência do filtro é dependente do mecanismo de remoção eletrostática.
A eficiência inicial pode ser ensaiada com ambos os DEHS como aerossóis de desafio, neutralizados
e não neutralizados, gerados com um bico de Laskin. Um significante aumento na eficiência para
partículas menores quando ensaiado com aerossol neutralizado indica que o filtro é dependente do
mecanismo de remoção eletrostática. Um ensaio com metade da vazão de ar também apresenta um
significante aumento na eficiência para partículas menores se a eficiência do filtro for baseada na
carga eletrostática.

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ABNT NBR 16101:2012

Legenda

1 moldura em forma de W
2 material filtrante (1 m2)
3 contramoldura em forma de W

Figura B.1 – Exemplo de moldura em forma de W e detalhes para ensaiar o material filtrante

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Anexo C
(informativo)

Cálculo da perda de pressão

Todas as perdas de pressão medidas durante o ensaio devem ser corrigidas para a referência da
densidade do ar-padrão que corresponde a 1,20 kg/m3 (1,1987 kg/m3) e às seguintes condições:
temperatura de 20 °C, pressão barométrica de 101,325 kPa e umidade relativa de 50 %. Entretanto,
não é necessária correção para uma faixa de densidade do ar e entre 1,16 kg/m3 e 1,24 kg/m3.

A perda de pressão no filtro pode ser expressa como:

Δp = c (qv)n (C.1)

c = k × μ2 – n × ρn – 1 (C.2)

onde

Δp é a perda de pressão, expressa em pascals (Pa);

k é uma constante;

qv é a vazão de ar, expressa em metros cúbicos por segundo (m3/s);

μ é a viscosidade dinâmica do ar, expressa em pascals por segundo (Pa/s);

n é um expoente;

ρ é a densidade do ar, expressa em quilograma por metro cúbico (kg/m3).

As leituras do sistema de medição do fluxo do ar podem ser relacionadas à vazão volumétrica nas condi-
ções existentes a montante do filtro ensaiado. Com esses valores de vazão e perda de pressão medidos,
o expoente “n” da Equação C.1 pode ser determinado usando o método dos mínimos quadrados.

Conhecendo o valor do expoente “n”, as perdas de pressão medidas podem ser corrigidas para
as condições do ar-padrão usando a seguinte equação:

2−n n −1 (C.3)
⎛ μ1,20 ⎞ ⎛ ρ1,20 ⎞
Δp1,20 = Δp ⎜ ×⎜
⎝ μ ⎟⎠ ⎝ ρ ⎟⎠
Os valores sem índice referem-se a valores obtidos nas condições do ensaio e os valores com índice
referem-se às condições do ar-padrão e:

— ρ 1,20 kg/m3 = 1,198 7 kg/m3

— μ 1,20 = 18,097 × 106 Pa/s

O expoente “n” é usualmente determinado somente para o filtro limpo. Durante as fases de carregamento
de pó, o expoente “n” pode mudar. Visto que não é desejável medir curvas de perda de pressão após
cada fase de carregamento de pó, o valor inicial do expoente “n” pode ser usado durante todo o ensaio.

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A densidade do ar ρ (kg/m³) na temperatura t (°C), pressão barométrica p (Pa) e a umidade relativa ϕ (%)
podem ser obtidas pela Equação C.4.

p − 0, 378 pw (C.4)
ρ=
287, 06 (t + 273,15 )

Onde, pw (Pa) é a pressão parcial do vapor de água no ar e pode ser calculada pela equação seguinte:
ϕ
pw = pws (C.5)
100

PWS (Pa) é a pressão de saturação de vapor de água no ar à temperatura t (°C) obtida pela
Equação C.6.
⎡ 6 790, 498 5 ⎤
pws = exp ⎢59, 484 085 − − 5, 028 02 × In (t + 273,15)⎥ (C.6)
⎣ t + 273,15 ⎦

A viscosidade dinâmica μ (Pa/s) à temperatura t (°C) pode ser obtida pela Equação C.7.
1, 455 × 10 −6 (t + 273,15)0,5 (C.7)
μ=
1 + 110, 4 (t + 273,15)

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Anexo D
(informativo)

Exemplo de um relatório de ensaio completo


(Example of a completed test repo)

Este Anexo contém os títulos em Inglês para que possa ser feita a comparação com relatórios emitidos
por laboratórios fora do país.

D.1 Exemplo de relatório de ensaio (Example of test reports)


AIR FILTER TEST RESULTS

ABNT NBR 16101 – RESULTADO DE ENSAIO DE FILTRO DE AR


Testing organisation: Report nr.: 00720XX

Organização de ensaio: Superlab Inc Relatório nº: XXXX


GENERAL

GERAL
Test no.: Date of test: Supervisor:

Ensaio N°: 12345 Data do ensaio: 02 01 20XX Supervisor: T. Master


Test requested by: Device receiving date:

Ensaio requerido por: World Best Filtro Inc. Data de recebimento da amostra: 26-01-20 XX
Device delivered by:

Amostra enviada por: World Best Filtro Inc.


DEVICE TESTED AMOSTRA ENSAIADA
Model: Manufacturer: Construction:

Modelo: WBF Leader 100 Fabricante: World Best Filtro Construção: Filtro rígido plissado em
Fabricante: World Best Filtro Inc. “V”, com 4 “V
Inc.
Type of media: Net effective filtering area: Filter dimensions (width ˜ height ˜ depth):

Tipo do meio filtrante: Área de filtragem efetiva: Dimensões do filtro


Fibra de vidro/sintético 19 m 2 (base × altura × profundidade):
WBF Mix G & F 592 mm × 592 mm × 292 mm
TEST DATA DADOS DO ENSAIO
Test air flow rate: Test air temperature: Test air relative humidity: Test aerosol: Loading dust:

Vazão de ar Temperatura Umidade relativa Aerosol Pó de carregamento:


de ensaio: do ar no ensaio: do ar no ensaio: de ensaio: ASHRAE 52.2
0,944 m³/s 20 ºC a 24 ºC 26 % a 61 % DEHS

RESULTS RESULTADOS
Initial pressure drop: Initial arrestance: Initial efficiency Test dust capacity Untreated / discharged efficiency of media
(0,4 ȝm):
Perda de Arrestância Eficiência inicial: Carga de pó
pressão inicial: no ensaio: Eficiência do meio
inicial: (0,4 μm): 71 %
99 Pa filtrante como recebido/
98 % 254 g /369 g/
descarregado
461 g
Final test pressure drop: Average arrestance: Average efficiency (0,4 ȝm): Filter class (450 Pa):
(0,4 μm):
Perda de Arrestância Eficiência média Classe do filtro 70,8 %/70,6 % 
pressão final: média: (0,4 μm): (450 Pa):
250 Pa/350 Pa 99 %  93 %/95 %/96 % F9
/450 Pa

Remarks: Comentários:

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ABNT NBR 16101:2012

100 100
Eficiência (0,4 µm), %

4)
3) Curva 4
80 80
Arrestância em função da

Arrestancia, %
carga de pó na vazão de
60 60
ensaio.
40 40
Curva 3
20 20 Eficiência (0,4 µm) em
função da carga de pó na
0 0 vazão de ensaio
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650

Dust fed % Carga de pó, g

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
500 Curva 2
Perda de pressão em
Perda de pressão, Pa

função da carga de pó
400
na vazão de ensaio
300

200 Curva 1
2)
1)
Perda de pressão em
100 função da vazão.
(Amostra limpa)
0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3

Air flow rate,m3/s Vazão de ar, m³/s

NOTA Os resultados de desempenho são validos apenas para os itens ensaiados e não podem ser
quantitativamente aplicados para prever o desempenho do filtro em serviço. (The performance results are only valid for the tested item
cannot by themselves be quantitatively applied to predict filter performance in service)

Figura D.1 – Sumário de resultados de ensaio (Summary of test results)

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Tabela D.1 – Eficiência e incerteza após diferentes fases de carga de pó


(Efficiency and uncertainty after different dust loading phases)

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Tabela D.2 – Eficiência média em diferentes ensaios de perda de pressão final


(Average efficiency at different final test pressure drops)

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ABNT NBR 16101 – Eficiência média em diferentes ensaios de perda de pressão final (Efficiency after different dust loading phases)

Air filter Filtro de ar: WBF Leader 100


Test no Ensaio Nº.: 12345
Test aerosol Aerossol de Ensaio: DEHS
Air flow rate: Vazão de ar: 0,944 m³/s

100 5) - 7) Dust loading/pressure drop

90 4) Carga de pó/ Perda de pressão

80 3) 1) 0 g / 99 Pa
2) 30 g / 106 Pa
70 2) 3) 60 g / 119 Pa
4) 120 g / 148 Pa
60 1) 5) 255 g / 250 Pa
6) 370 g / 351 Pa
50 7) 465 g / 453 Pa
40
30
20
10
0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,6 0,8 1 2 3 4 5 6 8 10

Particle size, µm Tamanho da partícula, µm

Figura D.2 – Eficiência após diferentes etapas de carga de pó


(Efficiency after different dust loading phases)

ABNT NBR 16101 – Eficiência inicial e média em diferentes ensaios de perda de pressão final (Initial and average efficiency at different final est pressure drops)
Air filter:Filtro de ar: WBF Leader 100
Test no.: Ensaio Nº.: 12345
Test aerosol: Aerossol de Ensaio: DEHS
Air flow rate: Vazão de ar: 0,944 m³/s

Pressure drop
100 Perda de pressão
4)
90 3)
2) 1) Inicial
80
2)250Pa
70
60 1) 3)350Pa

50 4) 450 Pa
40
30
20
10
0
0,1 0,2 0,3 0,4 0,6 0,8 1 2 3 4 5 6 8 10

Particle size, µm Tamanho da partícula, µm

Figura D.3 – Eficiência inicial e média em diferentes ensaios de perda de pressão final
(Initial and average efficiency at different final test pressure drops)

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ABNT NBR 16101:2012

Tabela D.3 – Vazão de ar e perda de pressão após diferentes fases de carga de pó


(Air flow rate and pressure drop after different dust loading phases)

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ABNT NBR 16101:2012

Tabela D.4 – Perda de pressão e arrestância após diferentes fases de carga de pó


(Pressure drop and arrestance after different dust loading phases)

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ABNT NBR 16101:2012

Tabela D.5 – Eficiência e perda de pressão do material do filtro não tratado


(Efficiency and pressure drop of untreated filter material)

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Tabela D.6 – Eficiência e perda de pressão do material do filtro descarregado


(Efficiency and pressure drop of discharged filter material)

D.2 Exemplos de cálculos (Examples of calculations)


Os cálculos são baseados nos valores e símbolos apresentados na Tabela D.5. (The calculations are based
on the values and symbols presented in table D.5)

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Tabela D.7 – Capacidade de retenção de pó no ensaio e arrestância média


(Test dust capacity and average arrestance)

Loading point Ponto de carregamento


Symbol

Símbolo Pressure drop Perda de pressão


Pa
Δp1,20 99 106 119 148 250 351 453
Dust loading Carga de pó (em massa)
g
Mtot 0 30 60 120 355 370 465
Dust passing device Massa de pó que passou pela amostra
g
Σ(Δmff + md) - 0,2 0,5 0,6 1,0 1,5 1,7
Average arrestance Arrestância média
%
Am - 99,3 99,2 99,5 99,7 99,6 99,6
Test dust capacity Capacidade de retenção de pó no ensaio
g
TDC - 30 60 119 354 369 463

Arrestância média a 453 Pa (Average arrestance at 453 Pa)

Am453 = (465 – 1,7)/465 × 100 = 99,6 %

Capacidade de retenção de pó a 453 Pa (Test dust capacity at 453 Pa)

TDC453 = mtot − Σ (Δmff + md) (D.1)

TDC453 = 465 – [(0,2 + 0) + (0,3 + 0) + (0,1 + 0) + (0,4 + 0) + (0,5 + 0) + (0,2 + 0)] = 465 – 1,7 = 463,3 g

Interpolação da capacidade de retenção de pó para 450 Pa (Interpolation of test dust capacity to 450 Pa)

TDC450 = (450 – 351)/(453 – 351) × (463,3 – 368,5) + 368,5 = 92,0 + 368,5 = 460,5 g

Na arrestância média a 450 Pa (Average arrestance at 450 Pa), o valor calculado para o ponto de carregamento
mais perto de 450 Pa deve ser utilizado, neste caso 453 Pa. The value calculated for the loading point closest to
450 Pa may be used, in this case at 453 Pa

Am450 = 99,6 %

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ABNT NBR 16101:2012

Tabela D.8 – Cálculo da eficiência para tamanho da partícula de 0,4 μm


(Calculation of efficiency for 0,4 µm particle size)

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Eficiência E1 a 453 Pa (Efficiency E1 at 453 Pa)

A primeira eficiência simples E1 a 453 Pa é calculada da seguinte forma (The first single efficiency E1 at 453 Pa
is calculated in the following way:)

E1 = (1 − 16/[(1 754+1 793)/2]) × 100 = 99,10 %

Eficiência Ei a 453 Pa (Efficiency Ei at 453 Pa)

A média das seis eficiências simples Ei453 a 453 Pa é calculada da seguinte forma (The average of the six
single efficiencies Ei453 at 453 Pa is calculated in the following way)

Ei453 = (99,10 + 99,49 + 99,32 + 99,37 + 99,35 + 99,36)/6 = 99,33 %

Incerteza da eficiência Ei a 453 Pa (Uncertainty of efficiency Ei at 453 Pa)

Ui453 = 1,049 × 0,13 = 0,14 % − partículas

Eficiência média no ponto de carregamento de 465 g e 453 Pa (Average efficiency at the loading point 465 g
and 453 Pa)

Em453 = 1/465 [30 × (70,2 + 83,7)/2 + 30 × (83,7 + 89,4)/2 + 60 × (89,4 + 96,7)/2 + 135 ×
(96,7 + 99,4)/2 +115 × (99,4 + 99,2)/2 + 95 (99,2 + 99,3)/2] = 95,86 %

Interpolação da eficiência média para 450 Pa (Interpolation of the average efficiency to 450 Pa)

Em450 = (450 − 351)/(453 − 351) × (95,86 − 95,00) + 95,00 = 95,8 %

Incerteza da eficiência média a 453 Pa (Uncertainty of the average efficiency at 453 Pa)

Um453 = 1/465 [30 × (1,43 + 0,81)/2 + 30 × (0,81 + 0,82)/2 + 60 × (0,82 + 0,60)/2 + 135 ×
(0,60 + 0,18)/2 +115 × (0,18 + 0,30)/2 +95 × (0,30 + 0,14)/2] = 0,43 %

Incerteza da eficiência média a 450 Pa (Uncertainty of the average efficiency at 450 Pa)

Convém que o valor calculado para o ponto de carregamento mais perto de 450 Pa seja utilizado,
neste caso 453 Pa (The value calculated for the loading point closest to 450 Pa may be used, in this case at 453 Pa.).

Um450 = ± 0,43 %

D.3 Resultados finais a 450 Pa (Final results at 450 Pa)


Os resultados finais são os seguintes:

a) eficiência média (0,4 μm): Em = (95,8 ± 0,4) % (Average efficiency (0,4 µm): Em = (95,8 ± 0,4) %);

b) classe do filtro: F9 (Filter class F9);

c) arrestância média: Am > 99 % (99,6 %) (Average arrestance Am > 99 % (99,6 %));

d) capacidade de retenção de pó: TDC = 461 g (Test dust capacity TDC = 461 g).

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Anexo E
(normativo)

Conceitos e definições sobre filtros de ar

E.1 Geral
Este Anexo abrange definições e conceitos para o mercado usuário de filtros de ar. Esses concei-
tos e definições dizem respeito basicamente às características físicas, nomenclatura e comunicação
dos filtros que são distribuídos no mercado.

E.2 Identificação dos filtros


Os filtros têm uma nomenclatura específica, sendo classificados segundo sua eficiência (grossos,
médios e finos) e sua forma construtiva. Utilizando os dois critérios, os filtros podem ser classificados em:

— grossos: mantas, mantas emolduradas planas, mantas emolduradas plissadas, bolsa,


tela colmeia e tela sobreposta;

— médios: mantas, mantas emolduradas planas, mantas emolduradas plissadas, bolsa, cônico
e cilíndrico;

— finos: bolsa, plissado plano, plissado em “V”, cônico e cilíndrico.

NOTA Os exemplos acima são apenas indicativos, não restringindo outros formatos e tecnologias.

E.3 Dimensões dos filtros


São as dimensões reais externas dos filtros expressas em milímetros (mm). Essas dimensões são
as utilizadas para designar o tamanho do filtro, desprezando as chamadas “dimensões nominais”.

E.4 Dimensões padronizadas para filtros


São as dimensões externas dos filtros expressas em milímetros (mm). Foram adotadas como medidas
padrão: 292 mm × 592 mm; 492 mm × 592 mm; 492 mm × 492 mm; 592 mm × 592 mm, com tolerâncias
de ± 3 mm, conforme Tabela E.1.

Tabela E.1 – Dimensões de quadros de fixação e seus correspondentes nos filtros

Quadros de fixação Filtro (dimensões externas)


Dimensões em milímetros Dimensões em milímetros
Base (B) Altura (H) Base (B) Altura (H)
610 610 592 592
510 610 492 592

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Tabela E.1 (continuação)

Quadros de fixação Filtro (dimensões externas)


Dimensões em milímetros Dimensões em milímetros
Base (B) Altura (H) Base (B) Altura (H)
510 510 492 492
305 610 292 592
610 305 592 292
510 305 492 292
305 305 292 292

As tolerâncias são descritas a seguir:

— dimensão externa dos quadros de fixação: + 0 mm e − 2 mm;

— largura da aba de apoio (W): 25 mm;

— filtros: + 3 mm e − 5 mm;

— profundidades do encaixe (d): entre 20 mm e 25 mm;

— largura mínima do encaixe (L): 16 mm.

A Figura E.1 demonstra o que são a largura da aba de apoio (W), a profundidade (d) e a largura
do encaixe (L):

d
H

Figura E.1 – Representação da base (B) e altura (H) dos quadros de fixação,
da aba de apoio (W) e da largura (L) e profundidade (d) do encaixe

Os exemplos acima são apenas indicativos, não restringindo outros formatos e tecnologias.

O projeto do quadro de fixação deve considerar que existe a possibilidade de fugas de ar entre o conjunto;
em razão disso, deve privilegiar sua vedação durante toda a vida útil do filtro.

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E.5 Orientação da comunicação das dimensões dos filtros


Sempre que forem comunicadas, as dimensões deverão ser descritas na ordem Base × Altura ×
Profundidade (B × H × P), conforme a Figura E.2 abaixo.

P
B

Figura E.2 – Definição de base (B), altura (H) e profundidade (P)

E.6 Identificação visual dos filtros


É necessário que, junto aos filtros, informações mínimas venham descritas através de uma etiqueta,
conforme E.6.1 e E.6.2.

E.6.1 Filtros grossos

Mantas (na embalagem): modelo e classe.

Emoldurados: modelo, dimensão e classe.

E.6.2 Outros tipos de filtros grossos, médios e finos

Modelo, dimensão, classe, perda de pressão inicial/final para velocidade de face de 2,62 m/s
(conforme ensaio desta Norma).

É recomendado que os fabricantes tenham a rastreabilidade dos seus produtos. Como exemplos
de dados a serem incluídos na rastreabilidade podem ser citados o número da nota fiscal, lote/série
de produção, nome do solicitante, dimensões, classe de filtragem e quantidades de cada item.

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E.7 Fichas técnicas/catálogos


Os seguintes dados correspondem ao mínimo que deve ser encontrado nas comunicações técnicas
(fichas técnicas e catálogos):

— modelo;

— classe;

— dimensões;

— vazão;

— perda de pressão inicial;

— perda de pressão final;

— descrição do produto (classificação do filtro, materiais de construção).

A informação de capacidade de acumulação de pó é opcional, porém, se informada, é necessário


mencionar que a acumulação foi realizada com o pó de carregamento utilizado no ensaio descrito
nesta Norma.

E.8 Validade dos ensaios


Os ensaios executados de acordo com esta Norma devem ser realizados quando do lançamento
do produto e repetidos quando houver alterações significativas do produto.

E.9 Posição dos filtros na instalação


Os filtros devem ser instalados e posicionados (horizontalmente ou verticalmente) segundo a orienta-
ção do fabricante.

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Anexo F
(informativo)

Classificação de eficiência energética para filtros de partículas


em suspensão no ar

F.1 Introdução
No contexto dos custos crescentes de energia e da imperativa necessidade ambiental de reduzir emis-
sões de CO2, o consumo de energia relacionado aos filtros de ar tornou-se um foco importante de
atenção. Atualmente os filtros de ar são classificados apenas por sua eficiência média na retenção de
partículas de acordo com esta Norma. O objetivo deste Anexo é definir um método auxiliar para clas-
sificação do filtro de ar com relação à sua eficiência energética de operação para fins de comparação.

O consumo de energia associado aos filtros de ar pode ser determinado em função da vazão de ar que
passa por ele, do rendimento médio do ventilador, do tempo de operação, e da perda de pressão média.

A perda de pressão média é determinada a partir de uma carga de pó padronizada (ver Seção 9.3)
a qual o filtro é submetido conforme definido nesta Norma.

Este Anexo tem por base o texto obtido na Eurovent 4/11, que trata do tema na Europa.

F.2 Consumo de energia relacionado aos filtros de ar


O consumo de energia de um ventilador em uma unidade de tratamento de ar pode ser avaliado como
uma função da vazão de ar fornecida pelo ventilador, o seu rendimento, o tempo de operação, e a
diferença entre a pressão total (pressão estática mais dinâmica) e a pressão estática do ar ambiente
(assumindo que o ventilador aspira o ar de um reservatório estático).

Tipicamente, a vazão de ar fornecida pelo ventilador e a diferença de pressão que o ventilador fornece
para o sistema estão relacionadas uma à outra pela sua curva característica.

O rendimento do ventilador é uma função da sua rotação e depende muito do tipo, forma construtiva
e aplicação, podendo ter grande variação dos valores. Para definir um sistema de classificação de
eficiência energética para filtros de ar, é considerada apenas a parte do consumo total de energia W,
expresso em quilowatt hora (kWh) que está relacionada à perda de pressão dos filtros (Δp). Isto pode
ser calculado usando a Equação (F.1):
q × Δp × t
W = V (F.1)
η × 1000

onde

qV é igual a 0,944 m3/s (mesma vazão do ensaio de eficiência dos filtros);

t é igual a 6 000 h;

η é igual a 0,50.

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F.3 Avaliação e classificação da eficiência energética


A avaliação é realizada em um filtro com dimensão de face padronizada de 592 mm × 592 mm,
conforme descrito a seguir:

1) utilizar pelo menos cinco pontos obtidos na curva da perda de pressão em função do
carregamento de pó (determinada em D.1) para calcular a perda de pressão média, conforme
o procedimento a seguir:

Usar o polinômio de quarta ordem i:

Δp = a * m4 + b * m3 + c * m2 + d * m + Δpi

Ajustar a curva aos parâmetros a, b, c e d para os dados de perda de pressão medidos em função
da carga de pó de carregamento, onde Δpi é a perda de pressão inicial do filtro na vazão de ar
qV = 0,944 m3/s, sem carga de pó de carregamento.

Calcular a perda de pressão média usando a Equação (F.2):


Mx
1 (F.2)

1 1 1 1
Δp = Δp ( m ) ⋅ d m = a ⋅ M x 4 + b ⋅ Mx3 + c ⋅ M x 2 + d ⋅ M x + Δpi
Mx 5 4 3 2
0

onde

Mx representa uma quantia fixa de pó que simula a carga retida no filtro após um ano de operação.
O valor de Mx depende do grupo do filtro em avaliação, isto é, se grosso (G), médio (M) ou fino (F).
Para os filtros do grupo G (filtros grossos), fica convencionado que Mx(g) = 350 g;
Para os filtros de grupo M (filtro médios), Mx(m) = 250 g; e
Para os filtros do grupo F (filtros finos), Mx(f) = 100 g.

Se a carga de pó necessária para o filtro alcançar a perda de pressão final conforme o ensaio descrito
nesta Norma (capacidade de retenção de pó), for inferior a Mx, o filtro é classificado como de classe
de eficiência energética G, e o ensaio de classificação pode ser interrompido.

Calcule o valor W através da Equação (F.1) e comparar com os limites de classe definidos na
Tabela F.1, visando relacionar a classe do filtros (G, M ou F) com sua eficiência energética.

Tabela F.1 – Limites de eficiência energética relacionados com as classes de filtragem


conforme esta Norma

Classe
G4 M5 M6 F7 F8 F9
do filtro

Emin − − − ≥ 35 % ≥ 55 % ≥ 70 %

Mx(g) = 350 g ASHRAE Mx(m) = 250 g ASHRAE Mx(f) = 100 g ASHRAE

A 0 - 600 kWh 0 − 650 kWh 0 − 800 kWh 0 – 1 200 kWh 0 – 1 600 kWh 0 – 2 000 kWh

> 600 kWh > 650 kWh − > 800 kWh − > 1 200 kWh – > 1 600 kWh – > 2 000 kWh –
B
− 700 kWh 780 kWh 950 kWh 1 450 kWh 1 950 kWh 2 500 kWh

> 700 kWh − > 780 kWh − > 950 kWh – > 1 450 kWh – > 1 950 kWh – > 2 500 kWh –
C
800 kWh 910 kWh 1 100 kWh 1 700 kWh 2 300 kWh 3 000 kWh

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Tabela F.1 (continuação)

Classe
G4 M5 M6 F7 F8 F9
do filtro

Emin − − − ≥ 35 % ≥ 55 % ≥ 70 %

Mx(g) = 350 g ASHRAE Mx(m) = 250 g ASHRAE Mx(f) = 100 g ASHRAE

> 800 kWh − > 810 kWh – > 1 100 kWh – > 1 700 kWh – > 2 300 kWh – > 3 000 kWh –
D
900 kWh 1 040 kWh 1 250 kWh 1 950 kWh 2 650 kWh 3 500 kWh

> 900 kWh – > 1 040 kWh – > 1 250 kWh – > 1 950 kWh – > 2 650 kWh – > 3 500 kWh –
E
1 000 kWh 1 170 kWh 1 400 kWh 2 200 kWh 3 000 kWh 4 000 kWh

> 1 000 kWh – > 1 170 kWh – > 1 400 kWh – > 2 200 kWh – > 3 000 kWh – > 4 000 kWh –
F
1 100 kWh 1 300 kWh 1 550 kWh 2 450 kWh 3 350 kWh 4 500 kWh

G > 1 100 kWh > 1 300 kWh > 1 550 kWh > 2 450 kWh > 3 350 kWh > 4 500 kWh

F.4 Etiqueta de eficiência energética


Recomenda-se que se faça o uso de uma etiqueta para a identificação da classe de eficiência energé-
tica obtida, apresentando como requisitos mínimos as informações sobre a classe de eficiência ener-
gética de acordo com a Tabela F.1, o consumo anual de energia W da Equação (F.1), a classificação
de eficiência do filtro de acordo com esta Norma e a vazão de ar (qV) em que o ensaio foi realizado.

Um exemplo de etiqueta é apresentado na Figura F.3.

F.5 Símbolos
a, b, c, d Parâmetros de um polinômio de quarta ordem para ajustar a curva de perda de pressão.

η Rendimento do conjunto motoventilador. Nos cálculos, o valor adotado para η é 0,50 (50 %).

Emin A eficiência mínima a 0,4 μm é a menor eficiência verificada no decorrer de qualquer uma
das etapas do procedimento de ensaio desta Norma (eficiência inicial do filtro e/ou da
amostra de meio filtrante, eficiência do meio filtrante carregado ou descarregado
eletrostaticamente).

Mx Quantidade de pó de carregamento em gramas (g), usado para calcular a perda de


pressão média. Mx representa um dos três valores: MG = 350 g para filtros do grupo G,
MM = 250 g para filtros do grupo M, ou MF = 100 g para filtros do grupo F.

Δpi perda de pressão inicial do filtro de ar, Pa.

Δp perda de pressão média do filtro de ar, Pa.

qV vazão de ar no filtro, m3/s.

t tempo de operação, em horas (h). Nos cálculos, o valor adotado para o tempo de operação
é de 6 000 h.

W consumo de energia para t, kWh.

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F.6 Exemplo
Como exemplo de apresentaçã de resultados, ver Tabela F.2 e Figura F.1. O método de cálculo é mos-
trado com base nos resultados dos ensaios descritos nesta Norma para um filtro rígido F9 (conforme
exemplo de relatório apresentado), ensaiado com vazão de ar de 0,944 m3/s.

Tabela F.2 – Exemplo de apresentação de resultados


AIR FILTER TEST RESULTS

ABNT NBR 16101 – RESULTADO DE ENSAIO DE FILTRO DE AR


Testing organisation : Report nr.: 00720XX

Organização de ensaio: Superlab Inc Relatório Nº: XXXX


GENERAL

GERAL
Test no.: Date of test: Supervisor:

Ensaio N°: 12345 Data do ensaio: 02 01 20XX Supervisor: T. Master


Test requested by: Device receiving date:

Ensaio requerido por: World Best Filtro Inc. Data de recebimento da amostra: 26-01-20 XX
Device delivered by:

Amostra enviada por: World Best Filtro Inc.


DEVICE TESTED AMOSTRA ENSAIADA
Model: Manufacturer: Construction:

Modelo: WBF Leader 100 Fabricante: World Best Filtro Construção: Filtro rígido plissado em
Fabricante: World Best Filtro Inc. “V”, com 4 “V”
Inc.
Type of media: Net effective filtering area: Filter dimensions (width ˜ height ˜ depth):

Tipo do meio filtrante: Área de filtragem efetiva: Dimensões do filtro


Fibra de vidro/sintético 19 m 2 (base × altura × profundidade):
WBF Mix G & F 592 mm × 592 mm × 292 mm
TEST DATA DADOS DO ENSAIO
Test air flow rate: Test air temperature: Test air relative humidity: Test aerosol: Loading dust:

Vazão de ar Temperatura Umidade relativa Aerosol Pó de carregamento:


de ensaio: do ar no ensaio: do ar no ensaio: de ensaio: ASHRAE 52.2
0,944 m 3/s 20 °C a 24 °C 26 % a 61 % DEHS
RESULTS RESULTADOS
Initial pressure drop: Initial arrestance: Initial efficiency Test dust capacity Untreated / discharged efficiency of media
(0,4 μm):
Perda de Arrestância Eficiência inicial: Carga de pó
pressão inicial: no ensaio: Eficiência do meio
inicial: (0,4 μm): 71 %
99 Pa filtrante como recebido/
98 % 254 g/ 369 g/
descarregado
461 g
Final test pressure drop: Average arrestance: Average efficiency (0,4 μm): Filter class (450 Pa):
(0,4 μm):
Perda de Arrestância Eficiência Média Classe do filtro 70,8 %/70,6 % 
pressão final: média : (0,4 μm): (450 Pa): F9
250 Pa/350 Pa/ 99 %  93 %/ 95 %/ 96 %
450 Pa
Remarks: Comentários:

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ABNT NBR 16101:2012

100 100
Eficiência (0,4 µm), %

Curva 4
80 80 Arrestância em função

Arrestancia, %
da carga de pó na vazão
60 60 de ensio

40 40
Curva 3
20 20 Eficiência (0,4 µm) em
função da carga de pó na
0 0 vazão de ensaio
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650

Dust fed % Carga de pó, g

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 Curva 2
500 Perda de pressão em
função da carga de pó
Perda de pressão, Pa

400 na vazão de ensaio

300
Curva 1
200
Perda de pressão em
função da
100 vazão.(Amostra limpa)
0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3

Air flow rate,m3/s Vazão de ar, m³/s

NOTE The performance results are only valid for the tested item cannot by themselves be quantitatively applied to predict filter performance in service.
NOTA Os resultados de desempenho são validos apenas para os itens ensaiados e não podem ser
quantitativamente aplicados para prever o desempenho do filtro em serviço.

Figura F.1 – Exemplo de apresentação de resultados

Tabela F.3 – Dados do ensaio da perda de pressão em função da alimentação


de pó de carregamento

Perda de pressão Acumulação de pó


Pa g
99 0
106 30
119 60
148 120
250 255
351 370
453 465

Com base no ajuste da curva para os dados mostrados na Tabela F.3, os parâmetros para
a Equação (F.2) são calculados:

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ABNT NBR 16101:2012

Perda de pressão × acumulação de pó de carregamento

500

450

400

350
Perda de pressão [Pa]

300

250

200

150

100

50

0
0 100 200 300 400 500

Acumulação de pó ASHRAE [g]

Polinômio
resultante: y = 5,489528E-09x4 - 5,877818E - 06x3 + 2,858133E - 03x2
+ 1,503903E - 01x + 9,930635E + 01

Figura F.2 – Perda de pressão em função da carga de pó de carregamento

A Perda de pressão em função da carga de pó de carregamento conforme item D.1 desta norma, com
vazão de ar de 0,944 m3/s. A função plotada na parte superior do diagrama mostra os parâmetros a,
b, c e d da Equação (F.2) resultantes de um ajuste de curva de um polinômio de quarta ordem para os
dados obtidos no ensaio.

A perda de pressão inicial do filtro a 0,944 m3/s é Δpi = 99 Pa.

a = + 5,489 528 × 10−9 Pa.g−4

b = - 5,877 818 × 10−6 Pa.g−3

c = + 2,858 133 × 10−3 Pa.g−2

d = + 1,503 903 × 10−1 Pa.g−1

Com Mx = MF = 100 g, usando a Equação (F.2), a perda de pressão média neste exemplo é
Δp = 114,69 Pa. Assim, usando a Equação (F.1) o consumo de energia para t = 6 000 h, é:

W = 1 299,17 kWh.

Logo, neste exemplo, onde a eficiência média do filtro para partículas de 0,4 μm é de 96 %, a eficiência
mínima (Emin) é de 70,6 % (filtro classe F9 ensaiado a 0,944 m3/s) utilizando a Tabela F.3, conclui-se
que a classe de eficiência energética é “A”.

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ABNT NBR 16101:2012

A seguir é apresentado um modelo de etiqueta de identificação para o filtro ensaiado:

Energia (Elétrica) FILTRO DE AR

NOTA: A etiqueta de identificação da Fabricante ABCDEF

eficiência energética dos filtros de ar Modelo xyz


não é padronizada, ficando ao critério Dimensões

do fabricante ou certificador a definição Classe de filtragem (ABNT NBR 16101)


do seu formato. Entretanto as F9
informações mínimas descritas no item Vazão de ar: 3 400 m³/h (0,944 m³/s)
F.4 devem estar expressas. Eficiência inicial (Ei) @ 0,4 µm 71%
Eficiência mínima (E min) @ 0,4 µm 70%
Mais eficiente

A A
B
C
D
E
F
G
Menos eficiente
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (KWh/ano)
1.300
Observação: Os dados apresentados nesta etiqueta estão em acordo
com os procedimentos descritos na norma ABNT NBR 16101, podendo
não refletir as condições reais de campo.

Figura F.3 – Exemplo de etiqueta de eficiência energética para filtros de ar classificados


de acordo com esta Norma

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