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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 13772
Segunda edição
11.08.2008

Válida a partir de
11.09.2008

Termorresistência — Calibração por


comparação com termorresistência de
referência
Resistence thermometer — Calibration by comparison with reference
resistance thermometer
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Palavras-chave: Termorresistência. Termômetro.


Descriptors: Resistance thermometer. Thermometer.

ICS 17.200.20

Número de referência
ABNT NBR 13772:2008
6 páginas

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ABNT NBR 13772:2008
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

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ABNT NBR 13772:2008

Sumário Página

Prefácio.......................................................................................................................................................................iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Termos e definições ......................................................................................................................................1
4 Requisitos ......................................................................................................................................................2
4.1 Meios térmicos...............................................................................................................................................2
4.2 Instrumento de medição ...............................................................................................................................3
4.3 Termorresistência de referência ..................................................................................................................3
4.3.1 Tipos de termorresistência de referência ...................................................................................................3
4.4 Cablagem e conexões ...................................................................................................................................3
4.5 Local................................................................................................................................................................3
5 Método de calibração ....................................................................................................................................4
5.1 Preparação das termorresistências.............................................................................................................4
5.2 Pontos de calibração.....................................................................................................................................4
5.3 Inicialização....................................................................................................................................................4
5.4 Aquisição de dados.......................................................................................................................................4
6 Resultados .....................................................................................................................................................4
6.1 Avaliação dos resultados .............................................................................................................................4
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6.2 Conversão dos valores de resistência para temperatura .........................................................................4


6.3 Interpolação dos valores ..............................................................................................................................5
6.4 Incerteza de medição ....................................................................................................................................5
Bibliografia ..................................................................................................................................................................6

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 13772 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04),
pela Comissão de Estudo de Sensores Termoelétricos (CE-04:005.11). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 05, de 24.04.2008 a 23.06.2008, com o número de Projeto ABNT NBR 13772.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 13772:1997), a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:


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Scope

This document specifies the calibration method for industrial platinum resistance thermometer
by comparison with a standard resistance thermometer, in order to check if the resistance thermometer
is in accordance with the tolerance levels defined in ABNT NBR 13773. This document covers the
industrial platinum resistance thermometer suitable for the temperature range from - 200 °C to + 850 °C.

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Termorresistência — Calibração por comparação com termorresistência de


referência

1 Escopo
Esta Norma especifica o método de calibração de termorresistência industrial de platina, por comparação com
termorresistência de referência, com a finalidade de constatar se a termorresistência atende aos níveis de
tolerância estabelecidos pela ABNT NBR 13773. Esta Norma abrange a termorresistência industrial de platina TIP
adequada para a faixa de - 200 °C a 850 °C.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).

Portaria INMETRO nº 029 de 1995, Vocabulário de termos fundamentais e gerais de metrologia


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ABNT NBR 12550, Termopar – Terminologia

ABNT NBR 13773, Termorresistência industrial de platina – Requisitos e métodos de ensaio.

3 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 12550 e
Portaria INMETRO 029/1995, e os seguintes.

3.1
termorresistência
dispositivo medidor de temperatura, que compreende um elemento sensor de resistência de platina,
um revestimento protetor ou não, fios de conexão revestidos de isolante elétrico e terminais para permitir conexão
ao instrumento de medição. Dispositivo de montagem ou cabeça de conexão pode ser incluído

3.2
elemento sensor de resistência de platina
dispositivo que altera a resistência elétrica em função da temperatura. Consiste numa resistência de platina
encapsulada

3.3
calibração
conjunto de operações que estabelece, sob condições específicas, a relação entre valores indicados
por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada
ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões

3.4
termorresistência de referência
termorresistência devidamente calibrada, rastreável e com erro e incerteza conhecidos

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3.5
uniformidade térmica
igualdade de temperatura em diferentes posições de um meio térmico, no mesmo instante de tempo

3.6
estabilidade térmica
constância de temperatura, em um determinado ponto, em instantes sucessivos de tempo

3.7
banho de líquido
equipamento eletromecânico com capacidade para criar e manter um meio térmico, formado por um líquido
agitado, a uma temperatura controlada. Quando opera a temperaturas abaixo de 0 °C, este equipamento
é denominado criostato

3.8
banho de leito fluidizado
equipamento eletromecânico com capacidade para criar e manter um meio térmico, formado por um leito de
material em pó, fluidizado por ar, a uma temperatura controlada

3.9
banho de sais
equipamento eletromecânico com capacidade para criar e manter um meio térmico a uma temperatura controlada,
com agitação mecânica, formado por uma mistura de sais fundidos

3.10
rastreabilidade
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propriedade de o resultado de uma medição ou valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais ou internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas

4 Requisitos

4.1 Meios térmicos

Para a realização da calibração, o meio térmico utilizado deve proporcionar, da melhor maneira possível,
a mesma temperatura na região onde estão inseridas a TIP em calibração e o elemento sensor da
termorresistência de referência.

A seleção do meio térmico para este tipo de calibração depende da faixa de temperatura e da incerteza requerida
na calibração. Os meios térmicos devem oferecer estabilidade e uniformidade térmica, acomodar um adequado
comprimento de imersão dos sensores e não gerar interferências elétricas e térmicas que afetem a operação dos
instrumentos de medição.

Existem vários tipos de meios térmicos, cada um atendendo a uma faixa de temperatura e oferecendo diferentes
valores de estabilidade e uniformidade térmica, tais como:

a) banho de líquido: utilizado na faixa de – 200 °C a 300 °C;

b) banho de leito fluidizado: utilizado na faixa de – 70 °C a 700 °C;

c) forno: utilizado na faixa de – 50 °C a 1 100 °C;

d) banho de sais: utilizado na faixa de 150 °C a 600 °C.

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O laboratório deve efetuar verificações periódicas no meio térmico, visando determinar:

a) uniformidade térmica (perfil radial e axial);

b) estabilidade térmica.

4.2 Instrumento de medição

A escolha do instrumento para medir resistência elétrica influencia na incerteza da calibração.

O instrumento de medição deve ser calibrado periodicamente no INMETRO, em laboratórios por ele acreditados
ou em laboratórios nacionais de metrologia de outros países, de modo a garantir a sua rastreabilidade.

4.3 Termorresistência de referência

Na escolha da termorresistência de referência a ser utilizada na calibração da TIP, deve-se considerar a faixa
de temperatura a ser coberta, o tipo de meio térmico utilizado e a incerteza desejada. Esta termorresistência deve
estar calibrada e deve possuir no mínimo um registro onde constem a data de sua calibração, o laboratório
responsável, o número do certificado de calibração e eventuais fatos importantes ocorridos.

A termorresistência de resistência de referência deve ser calibrada periodicamente no INMETRO, em laboratórios


por ele acreditados ou em laboratórios nacionais de metrologia de outros países, de modo a garantir
a sua rastreabilidade.
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4.3.1 Tipos de termorresistência de referência

São vários os tipos de termorresistência de referência, com diferentes características construtivas e faixas de
temperatura. A seguir são mencionadas algumas das mais comuns e suas faixas de utilização:

a) Pt 100 Ω a 0 °C: normalmente utilizada na faixa de – 200 °C a 850 °C;

b) Pt 25 Ω a 0 °C: normalmente utilizada na faixa de – 200 °C a 661 °C;

c) Pt 0,25 Ω a 0 °C: normalmente utilizada na faixa de 0 °C a 1 070 °C;

d) Pt 2,5 Ω a 0 °C; normalmente utilizada na faixa de 0 °C a 1 070 °C.

4.4 Cablagem e conexões

A interligação de cada termorresistência com o instrumento de medição deve ser feita por condutores elétricos
homogêneos de mesma seção transversal e comprimento. As ligações devem ser feitas de modo a minimizar
quedas de tensão, fugas de corrente, resistências de contato, geração de força termoelétrica espúria e captação
de ruídos que interfiram nos resultados das medições.

4.5 Local

Deve prover espaço físico adequado à execução da montagem e apresentar:

a) tensão elétrica com estabilidade dentro das especificações requeridas pelos instrumentos de medição;

b) temperatura ambiente e umidade relativa do ar com valores nominais e estabilidades dentro das
especificações requeridas pelos instrumentos de medição;

c) malha de aterramento para os instrumentos de medição e demais equipamentos;

d) condições ambientais salutares.

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5 Método de calibração

5.1 Preparação das termorresistências

A TIP e a termorresistência de referência devem ser imersas no meio térmico, a uma profundidade adequada
e onde haja uniformidade e estabilidade térmica. Para obtenção de um melhor equilíbrio térmico entre ambas,
sugere-se a utilização de um bloco de equalização.

5.2 Pontos de calibração

O número e os valores dos pontos de temperatura em que a TIP deve ser calibrada dependem do tipo e da faixa
a ser coberta. O usuário pode, entretanto, acertar com o laboratório responsável quantos e quais serão os pontos
de calibração.

5.3 Inicialização

Após a preparação das termorresistências, estas devem ter seus terminais interligados ao instrumento de medição,
observando 4.4 e conforme a Figura 1. A corrente a ser utilizada na calibração da termorresistência deve seguir as
recomendações do fabricante. Após cada ajuste de temperatura do meio térmico, deve-se aguardar a sua
estabilização.

5.4 Aquisição de dados

A medição da resistência elétrica das termorresistências deve ser efetuada conforme os seguintes passos:
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a) medir e anotar a resistência da termorresistência de referencia, da TIP e novamente da termorresistência de


referência em intervalos de tempo definidos;

b) comparar as duas leituras da termorresistência de referencia, a fim de concluir se realmente a temperatura


está estabilizada dentro do critério estabelecido. Caso contrário, aguardar a estabilização e repetir o descrito
em a) e b);

c) efetuar pelo menos três medições alternadas entre a termorresistência de referência e a TIP e calcular as
médias;

d) prosseguir fazendo as medições, sempre obedecendo ao mencionado nas alíneas anteriores, para todos os
pontos de calibração.

6 Resultados

6.1 Avaliação dos resultados

Deve ser verificada a coerência dos resultados obtidos após as medições. Havendo inconsistência, retornar
à Seção 5.

6.2 Conversão dos valores de resistência para temperatura

A conversão dos valores de resistência para temperatura da TIP e da resistência de referência deve ser efetuada
consultando-se as respectivas tabelas de referência de temperatura x resistência.

NOTA A conversão dos valores de resistência para temperatura da termorresistência de referência é feita utilizando-se
o seu certificado de calibração.

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6.3 Interpolação dos valores

A incerteza dos valores interpolados depende do número de pontos de calibração. Sempre que possível devem
ser evitadas extrapolações.

6.4 Incerteza de medição

A incerteza dos resultados na calibração por comparação depende, mas não se restringe a:

a) incerteza da termorresistência de referência;

b) incerteza do instrumento de medição da termorresistência de referência;

c) resolução do instrumento de medição da termorresistência de referência;

d) incerteza do instrumento de medição da TIP;

e) resolução do instrumento de medição da TIP;

f) desvio-padrão da média das leituras do instrumento de medição da termorresistência de referência;

g) desvio-padrão da média das leituras do instrumento de medição da TIP;

h) homogeneidade e estabilidade de temperatura do meio térmico;


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i) erros aleatórios introduzidos nas interligações e conexões elétricas.

Para uma avaliação completa da incerteza de medição na calibração, recomenda-se consultar os documentos
indicados na Bibliografia.

Para elaboração do certificado de calibração, recomenda-se consultar os documentos indicados na Bibliografia.

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Bibliografia

[1] Segunda Edição Brasileira do Guia para a Expressão da Incerteza de Medição (ISO-GUM)

[2] Versão Brasileira do Documento de Referência EA-4/02 (Referência Original do editor: EAL-R2).
Expressão da Incerteza de Medição na Calibração

[3] Versão Brasileira do Documento de Referência EA-4/02-S1. Suplemento 1 ao EA-4/02. Expressão da


Incerteza de Medição na Calibração (Exemplos)

[4] ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração
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