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Eletromagnetismo I
UNIDADE 4 – LEI DE LENZ E FARADAY
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12/05/2023, 23:18 Eletromagnetismo I
Introdução
Olá, caro aluno.
Compreender as relações eletromagnéticas,
além dos diversos tipos de magnetização dos
materiais e processos (a indução e como se
estabelece a força eletromotriz, por exemplo), é
fundamental para o desenvolvimento de uma
série de equipamentos importantes, como os
motores elétricos, e para entender mecanismos
como o fornecimento de energia elétrica. É nesse mesmo contexto que surgem ainda
outras duas proposições teóricas importantes, além das vistas até então: a Lei de
Lenz e a Lei de Faraday.
Em um primeiro momento, revisitaremos as principais premissas para correlacionar a
densidade de fluxo magnético com o campo magnético e também com o próprio fluxo
magnético, de modo a aprender a calculá-la. Logo adiante, veremos as principais
especificações da natureza dos materiais magnéticos, nas suas mais diversas formas,
e entenderemos as possíveis classificações sob essa perspectiva.
No terceiro tópico da unidade, iniciaremos um processo de estudo mais aprofundado
de parâmetros e processos fundamentais para o entendimento dos circuitos
magnéticos e materiais, o que inclui o próprio funcionamento de motores e geradores
elétricos. Assim, visualizaremos o que é o fluxo magnético concatenado para que, em
seguida, vejamos questões como indutância mútua e energia no contexto. Depois,
analisaremos mais detalhes da força eletromotriz.
Por fim, entenderemos como foram estabelecidas e em que contextos de análises
podemos utilizar as leis de Faraday e de Lenz, além das equações de Maxwell,
importantes bases do eletromagnetismo.
Aproveite o conteúdo desta última unidade da disciplina.
Bons estudos!
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relação:
É possível ainda medir essa densidade em Tesla (T), quando se utiliza, geralmente,
, em Henry por metro. O fluxo magnético (Ф) propriamente dito é medido em
Webers e é dado matematicamente pela seguinte relação, considerando a equivalência com as
leis de Biot-Savart e de Gauss:
Mais ainda, novamente considerando as possíveis analogias com o campo elétrico (E), é
possível retomarmos o fluxo elétrico (Ψ) também com relação à área, tomando o fluxo elétrico
(D) e a carga Q, sendo que esta é a fonte das linhas de fluxo (HAYT JR; BUCK, 2013). Assim,
tem-se:
Considerando, adicionalmente, que as linhas de fluxo magnético são “fechadas” por não
finalizarem em uma dada “carga magnética”, definimos a Lei de Gauss para o campo
magnético, de forma que:
Lembrando que temos a seguinte relação válida com a densidade de corrente (corrente
volumétrica):
Considere ainda, como exemplo, que se deseja entender a relação entre o campo magnético e
a densidade nos condutores de uma dada linha coaxial. Sendo as distâncias de referência a e
b, e tomando como base que o campo magnético propriamente dito é, na direção ϕ, dado pela
relação , tal que , chegamos à seguinte densidade: .
Adiante, veremos mais detalhes das propriedades do magnetismo diretamente aplicadas, de
modo que consigamos compreender como funcionam e a que condições podem estar sujeitos
materiais considerados magnéticos, lembrando que eles podem ser utilizados para as mais
diversas aplicações, incluindo o desenvolvimento de motores elétricos e geradores.
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Vamos Praticar!
Suponha que você tenha o condutor de uma dada linha de
transmissão, confeccionado de um material não magnético
e de características homogêneas, posicionado no sistema
no eixo z. Sendo o raio de 1 mm e a corrente igual a
, qual o campo magnético na direção ϕ, a 0,5 mm de
distância?
4.2 Materiais
magnéticos
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magnético externo (HAYT JR; BUCK, 2013). O momento magnético permanente (m0) para cada
átomo é nulo; assim, tem-se um material diamagnético, o que significa também que não há
torque e realinhamento dos campos de dipolo. Isso é aproximadamente válido, de forma geral,
para boa parte dos elementos. O bismuto, na forma metálica, é um exemplo prático do efeito
diamagnético, maior ainda quando comparamos com outros materiais, como é o caso de gases
“inertes” e semicondutores. Mais ainda, embora possa não ter ficado tão claro à primeira vista, o
efeito diamagnético é uma propriedade de todo tipo de material bruto, inerente a eles;
entretanto, em certas situações, esse efeito pode não sobressair ou até se anular por uma série
de fatores, a serem vistos adiante.
Assim, considere agora um átomo no qual não ocorra aquele cancelamento dos campos
magnéticos, de forma que o átomo em si terá um pequeno momento magnético, mas a
orientação aleatória dos átomos em uma dada amostra maior produzirá um momento magnético
médio nulo (HAYT JR; BUCK, 2013). Desse modo, o magnetismo é estabelecido quando um
dado campo magnético externo é aplicado, de forma que, caso o resultado líquido seja uma
diminuição da densidade do fluxo magnético, o material ainda será do tipo diamagnético;
entretanto, se houver um aumento da densidade de fluxo, o material será paramagnético, como
é o caso do potássio, do tungstênio e de outros elementos, além de sais como o óxido de ítrio.
Sobram ainda os materiais ferromagnéticos, antiferromagnéticos, ferrimagnéticos e
superparamagnéticos. No caso dos ferromagnéticos, cada átomo possuirá um momento de
dipolo relativamente grande, que é gerado por momentos não compensados de spin de elétron,
além de forças interatômicas que levam ao alinhamento desses momentos paralelamente, em
regiões com vários átomos (domínios) (HAYT JR; BUCK, 2013). No caso dos ferromagnéticos
virgens, há domínios de momentos magnéticos fortes, os quais fazem com que o material como
um todo não possua momento magnético, mas, na presença de um dado campo magnético
externo, tenha um aumento do momento magnético interno. Além disso, outra propriedade
importante desses tipos de materiais é que, mesmo após o campo magnético externo ser
removido, há uma certa “memória magnética”, que faz com que o estado magnético do material
não seja o mesmo. Isso está diretamente relacionado à propriedade de histerese.
Você sabia?
A histerese pode ser definida, no contexto dos materiais
ferromagnéticos, basicamente como a tendência de eles
manterem certas características mesmo após a retirada do
estímulo. No caso específico desses materiais, são mantidas as
modificações no campo magnético mesmo com a retirada do
campo externo, o que deve ser amplamente considerado,
especialmente quando pensamos no desenvolvimento de
equipamentos e circuitos com esses itens.
Além disso, sabe-se que os únicos materiais ferromagnéticos a temperatura ambiente são o
ferro, o níquel e o cobalto, embora seja possível obter ligas com tais características, como o
alnico. Nos materiais antiferromagnéticos, as forças entre os átomos adjacentes fazem com que
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Vamos Praticar!
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Dado um certo campo elétrico, como mostra a equação matemática adiante, com E para o
campo elétrico e V para o potencial, temos:
O potencial escalar magnético (Vm) pode ser definido a partir do campo magnético (H),
de forma que temos a seguinte relação:
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Agora, vamos considerar a Lei de Ohm. Podemos definir a densidade da corrente elétrica
(J) em função do campo elétrico e da condutância (σ), tal que:
Por outro lado, caso desejássemos encontrar a corrente elétrica a partir da densidade de
corrente, poderíamos calculá-la como mostra a integral adiante:
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Considerando que V = RI, pela Lei de Ohm, temos a seguinte relação para o potencial Vm, que
também é chamado de força magnetomotriz:
Nessa relação,
Pela lei das tensões de Kirchhoff, o aumento de potencial pela fonte é exatamente o mesmo que
a queda de potencial na carga (HAYT JR; BUCK, 2013). Por outro lado, quando analisamos os
circuitos magnéticos, uma conclusão diferente deve ser feita, porque, nesse caso, temos a
corrente total envolvida:
Ainda temos:
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#PraCegoVer: o desenho ilustra um núcleo ferromagnético formado por duas bases circulares
com dois cilindros separados unindo-as. Esses cilindros estão enrolados com dois fios de cobre,
de espessuras diferentes.
Ou seja, isso é definido em função do enrolamento, considerando-se o fluxo magnético total (ϕ)
e a quantidade de espiras utilizadas nesse enrolamento (N). Dessa forma, a unidade de medida
no caso será, devido à do fluxo, estabelecida como Weber-espira (Wb-e).
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Vamos Praticar!
A curva de magnetização é um parâmetro visual e prático
importante quando analisamos circuitos magnéticos ou
materiais sujeitos à magnetização. Dessa forma, suponha
que, para um dado material, seja necessário obtê-la. Quais
parâmetros devem ser considerados nesse processo?
Como fazer isso?
Para entender relações importantes acerca da indutância e questões de energia nos circuitos
magnéticos, é necessário conhecer uma série de novos parâmetros. Eles serão definidos a
partir de circuitos simples e outros já mais completos, considerando todas as possíveis relações
de circuitos magnéticos práticos, utilizados para a aproximação do funcionamento de
equipamentos reais, como transformadores elétricos, por exemplo. Vamos lá?
Uma tensão é induzida e pode ser compreendida pela Lei de Faraday, que será vista com mais
detalhes adiante. Matematicamente, ela pode ser definida como função do fluxo magnético, que
é variável e estabelecido para todas as espiras de forma igual:
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De maneira geral, o fluxo total enlaçado será igual a para bobinas e para as demais
configurações (EDMINISTER; NAHVI-DEKHORDI, 2013). A indutância de um indutor é, em
função do fluxo concatenado, igual a:
Analogamente, aqui podemos ainda comparar com as expressões de circuitos elétricos, obtidas
para o cálculo tanto da resistência de um resistor elétrico quanto da capacitância de um
capacitor qualquer, lembrando que a indutância corresponde ao produto da permeabilidade no
vácuo (µ0) com um dado fator geométrico de dimensão do seu comprimento.
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Para isso, devemos considerar que se estabeleça densidade de fluxo magnético média no raio
médio r. Por outro lado, podemos ter um indutor formado ainda por dois condutores
filamentares, de comprimento aproximadamente infinito, separados, tal como apresenta o
exemplo a seguir:
Todas essas indutâncias estão expressas, em função do comprimento, em Henries por metro.
Sabe-se, ainda, com relação a esse último exemplo especificamente, que temos uma situação
aproximada bastante similar ao que pode ocorrer em linhas de transmissão, lado a lado. Isso
demonstra por que efeitos como a indutância – e também a capacitância, analogamente –
devem ser considerados na prática em casos como o projeto de um sistema de transmissão.
A indutância externa de um cabo coaxial pode ainda ser delineada na prática, similarmente ao
que fizemos para os cabos em paralelo, em função do comprimento. Então, sendo a o raio
interno e b o raio externo do arranjo, tem-se a seguinte relação: .
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#PraCegoVer: do lado esquerdo, há uma espira circular, nomeada como 1, definida pelo
contorno C1, percorrida pela corrente i1 no sentido horário, que tem o comprimento elementar
dl1 definido como um vetor tangente à espira. Do lado direito, aparece a espira 2, distante em R
da primeira, definida pelo contorno C2. O fluxo magnético 2 está estabelecido nessa espira,
saindo dela; sua área é S2 e seu elemento de área, dS2, aponta para fora e está com o vetor
B1 apontando também para fora, a um ângulo de dS2. A tensão induzida nessa espira está em
torno do contorno C2 e a induzida devido à espira 1 está apontando para dentro da espira 2,
partindo do vetor dl2 definido tangente, assim como na espira 1.
Nota-se, pela imagem, que a espira 1 (do lado esquerdo) conduz uma corrente elétrica de
intensidade i1, que é ligeiramente variável ao longo do tempo. Surge então um fluxo magnético,
expresso pela densidade B1, que atravessa inclusive a segunda espira, gerando o fluxo a
seguir:
A constante L21 é a indutância mútua, referente às duas espiras, que pode ser
diretamente obtida no exemplo como:
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A força eletromotriz no contexto, que será mais detalhada adiante, pode ser definida em
função da indutância mútua, para a espira 2, tal que:
Ou seja, existe reciprocidade entre as indutâncias mútuas. Consideremos ainda que a tensão
induzida 1 pode ser definida por:
Chegamos então à relação denominada como Fórmula de Neumann, que permite definir a
indutância mútua a partir dos caminhos, tendo como base a seguinte relação integral:
Ademais, similarmente, existem também outras relações práticas que podem ser desenvolvidas
para situações que se repetem com frequência, como a indutância mútua entre uma espira e um
fio fino, por exemplo. Para esses casos mais complexos, utilizaremos os princípios básicos e
discorreremos com a análise das condições de acoplamento.
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Em função diretamente do campo magnético, podemos obter a seguinte relação, com base no
valor da densidade do fluxo magnético e do próprio campo:
Essas expressões são obtidas para analisarmos o armazenamento de energia pelo campo
magnético através das análises já conhecidas, de circuitos elétricos, juntamente com a teoria de
campo magnético. Note ainda que, por meio dessas expressões, é possível obter a própria
indutância.
Caso
Considere, novamente, o caso prático do cabo coaxial. Com as
expressões obtidas anteriormente, podemos dizer que a
indutância nesse caso será dada em função do comprimento,
como mostra a equação a seguir:
A seguir, veremos mais detalhes a respeito da força eletromotriz nesse contexto dos circuitos
magnéticos e como ela pode ser estabelecida e calculada. Entenderemos, inclusive, o papel
dessa força no funcionamento dos equipamentos a partir do estudo da Lei de Faraday.
Vamos Praticar!
Os condutores cilíndricos (de um dado sistema de
transmissão, por exemplo) podem estar a uma certa
distância do solo. Nesse caso, é possível analisar a
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Você o conhece?
Michael Faraday nasceu em 1791, na Inglaterra, e foi um
físico e químico que atuou diretamente em áreas como o
eletromagnetismo e a eletroquímica, com diversas
descobertas relacionadas à indução eletromagnética e ao
diamagnetismo. Ele também foi capaz de explicar
fenômenos como a eletrólise, além de oferecer outras
contribuições mais gerais e específicas às áreas de física e
química. Até hoje, Faraday é conhecido como um dos
maiores cientistas que já existiu. Para mais detalhes, clique
no ícone e conheça mais a respeito da vida desse
pesquisador.
Acesse (https://super.abril.com.br/historia/michael-
faraday/)
Para iniciarmos nossa análise, considere o seguinte experimento, que consiste em um esboço
do que foi realizado por Faraday em 1831 em seus estudos eletromagnéticos para a observação
da relação de deflexão da agulha:
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#PraCegoVer: a imagem mostra um núcleo ferromagnético toroidal, feito de ferro, com duas
bobinas conectadas dos lados esquerdo e direito, denominadas como primária e secundária,
respectivamente. Na bobina primária, há a ligação de uma fonte de tensão contínua, conectada
a uma chave simples, que está aberta na visualização. Na bobina direita, aparece uma bússola
conectada sob o fio.
A força eletromotriz (fem) nesse contexto pode ser definida, para dois pontos quaisquer no
espaço (M e N), pela tensão induzida. Então, temos:
Note que, embora seja uma “força”, essa relação é expressa em Volts (V). Mais ainda,
considerando que essa relação pode ser revelada em função da integral do contorno, na forma
de derivada, chegamos à equação a seguir, denominada como Lei de Faraday da indução
eletromagnética em função do fluxo total:
A partir dessa lei, é possível concluir que os campos elétricos e magnéticos estão
correlacionados de forma não estática. Por isso, é possível afirmar que um campo magnético
que varia no tempo produz, a partir da indução, um campo elétrico e uma dada força
eletromotriz, assim como uma corrente elétrica no meio condutor, conforme explica a Lei de
Ohm (NOTAROS, 2012).
Então, a seguinte expressão para o campo induzido, referente à sua circulação, torna-se válida:
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Na forma diferencial, temos que a Lei de Faraday pode ser expressa como mostra a equação a
seguir, considerando formulações matemáticas como o Teorema de Stokes:
Por outro lado, o sinal negativo da relação , já mencionada anteriormente, indica que
a força eletromotriz induzida no contorno está em uma direção oposta à mudança no fluxo
magnético. É através desse fluxo que o condutor causou a fem em primeiro lugar, algo
observado experimentalmente e que levou à proposição de Heinrich Lenz (1804-1865), na Lei
de Lenz (NOTAROS, 2012). Assim, essa última lei estabelece, basicamente, que o sentido da
corrente elétrica induzida será definido considerando que o campo magnético gerado por ela é
oposto ao fluxo magnético variável, responsável por ela. Uma diminuição no fluxo magnético
faz, inclusive, com que a corrente elétrica induzida gere um campo magnético com o mesmo
sentido do fluxo magnético que é estabelecido pela fonte utilizada, por exemplo.
Para compreender com clareza a Lei de Lenz, analise a figura apresentada a seguir:
#PraCegoVer: no lado esquerdo, uma ilustração simples traduz o que foi feito na Lei de Lenz e,
do direito, o que ocorre nela. Assim, no lado esquerdo aparece o condutor cilíndrico com uma
bobina de N espiras, atravessado por pelo fluxo magnético total. No lado direito, a tensão
induzida nos terminais da bobina (positivo no terminal superior e negativo no inferior) e a
corrente saindo desta, sendo que o fluxo magnético é crescente e é estabelecido de baixo para
cima.
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Na prática, sabe-se que, embora matematicamente
consideremos que o fluxo magnético é o mesmo em todas as
espiras de uma dada bobina, seja ela simples ou não, isso
não é verdade. Então, tendo como base as relações
estudadas anteriormente, e baseando-se no cálculo do fluxo
concatenado, explique por que existe essa dispersão.
4.6 Equações de
Maxwell
Para encerrar esta unidade, veremos como as diversas relações eletromagnéticas podem ser
sintetizadas em algumas relações matematicamente simples. Assim, teremos mais um
embasamento teórico para a análise das mais diversas situações. Vamos lá?
Adicionalmente, e com base no campo magnético, temos, a partir da densidade de corrente (J)
e da densidade de fluxo elétrico (D):
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São essas quatro equações apresentadas no subtópico que sintetizam toda a teoria
eletromagnética. Podemos considerar ainda as seguintes relações como auxiliares ao
desenvolvimento das equações anteriores:
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Sabe-se, na prática, que as formas integrais das relações de Maxwell geralmente são mais
fáceis de serem reconhecidas quando são consideradas as generalizações das relações reais,
eletromagnéticas, vistas na prática, e a dedução delas. Além disso, perceba que, por
conveniência, você pode utilizar uma ou outra relação.
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Vamos Praticar!
Considerando as relações sintéticas vistas anteriormente,
propostas por Maxwell em conjunto com todas as leis
eletromagnéticas, podemos sintetizar também as principais
observações acerca de vários fenômenos e processos. Com
base nisso, cite exemplos da propagação de ondas – mais
especificamente, propriedades fundamentais.
Conclusão
Para compreender e consolidar diversos conhecimentos agregados
até aqui, é fundamental entender como se estabelecem importantes
relações eletromagnéticas, como o fluxo magnético concatenado
em certos tipos de materiais, e as relações da força eletromotriz.
Além disso, é primordial conhecer as propriedades das leis de
Faraday e de Lenz e das equações de Maxwell.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
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Referências
EDMINISTER, J. A.; NAHVI-DEKHORDI, M.
Eletromagnetismo. São Paulo: Bookman, 2013.
FLUXO MAGNÉTICO – Indução eletromagnética –
Eletromagnetismo – Aula 10 – Prof. Marcelo Boaro. [S. l.: s.
n.], 8 ago. 2014. 1 vídeo (25 min). Publicado pelo canal Professor Boaro. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=PlD0OTDrc8c
(https://www.youtube.com/watch?v=PlD0OTDrc8c). Acesso em: 8 jan. 2021.
HAYT JR, W. H.; BUCK, J. A. Eletromagnetismo. São Paulo: Bookman, 2013.
NOTAROS, B. Eletromagnetismo. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
SUPER INTERESSANTE. Michael Faraday. Super Interessante, São Paulo, 22 ago.
2017. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/michael-faraday/
(https://super.abril.com.br/historia/michael-faraday/). Acesso em: 8 jan. 2021.
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