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PROPÓSITO
Abordar os campos magnéticos estáticos, ou magnetostáticos, sua estrutura, seu
comportamento e suas fontes, a força de Lorentz, bem como o cálculo do campo magnético a
partir de correntes elétricas estáveis, a obtenção do valor da indutância de componentes
elétricos e a definição de mais uma das equações de Maxwell: a lei de Gauss da
Magnetostática.
PREPARAÇÃO
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Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora científica.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Os Campos magnéticos, com suas causas, estrutura e consequências, são um dos tópicos
mais pesquisados e estudados, tanto cientifica como tecnologicamente.
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Para compreender seus fundamentos e aplicações iniciais, precisamos conceituar o campo
magnético e a força de Lorentz. Também vamos analisar como obter e calcular o campo
magnético a partir das fontes de corrente elétrica. Vamos, ainda, conceituar e aplicar o fluxo de
campo magnético na obtenção da Indutância magnética e definir a segunda equação de
Maxwell, que é uma lei fundamental da Natureza, a Lei de Gauss da Magnetostática.
MAGNETOSTÁTICA
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MÓDULO 1
O CAMPO MAGNÉTICO
Campos magnéticos são mediadores da Interação magnética a distância. À diferença do
fenômeno elétrico, não existe o equivalente magnético da carga elétrica. Não há “cargas
magnéticas”, chamados teoricamente de Monopolos Magnéticos.
Durante várias décadas, Paul M. Dirac idealizou e propôs a existência dos Monopolos
Magnéticos que, teoricamente, resolveriam a compreensão do valor do Quantum fundamental
da carga elétrica. Mas, infelizmente, nunca foi encontrado um único Monopolo Magnético em
quatro dimensões do espaço-tempo, apesar de algumas evidências em três dimensões
espaço-temporais, mas estes aplicam-se em fenômenos físicos superficiais como a
supercondutividade e materiais com características topológicas, que não trataremos aqui nem
são abrangidos pela teoria eletrodinâmica clássica.
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QUATRO DIMENSÕES DO ESPAÇO-TEMPO
ATENÇÃO
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Imagem do conjunto das Linhas de campo magnético de um imã natural interagindo com
limalha de ferro.
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Se tomarmos um material magnético natural, um imã, e tentarmos separar supostos núcleos
magnéticos, chamados de polos magnéticos, quebrando o material cristalino, jamais
conseguiremos obter êxito, mesmo que chegássemos ao nível atômico.
Não existem, fisicamente, os Polos magnéticos Norte e Sul separados, sendo apenas uma
designação da convenção histórica de orientação das linhas de campo magnético.
Os polos magnéticos são apenas regiões do material onde as linhas de campo são mais
concentradas e o campo magnético mais intenso em magnitude.
ATENÇÃO
Essa antiga confusão, errônea na interpretação, está na aparente semelhança com a estrutura
de campo do dipolo elétrico, que no passado foi confundida com a de campo magnético, mas
são campos de natureza completamente diferentes.
Repare nas duas figuras a seguir. À esquerda, estão representadas linhas de campo elétrico de
um dipolo elétrico. À direita, linhas de campo magnético de um imã natural. Note que as linhas
mais afastadas, em ambos os casos, são semelhantes nas trajetórias curvas nas duas figuras.
Mas no dipolo elétrico (figura à esquerda) entre as cargas elétricas, as linhas seguem no
sentido da carga de atributo positiva para a carga de atributo negativa. Já na figura à direita,
entre as extremidades do imã — as regiões chamadas de polos — o campo magnético de
linhas fechadas segue em sentido oposto ao das linhas do dipolo da figura à esquerda.
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Linhas de campo elétrico de um dipolo elétrico. As linhas seguem no sentido da carga de
atributo positiva para a carga de atributo negativa.
01
Os campos magnetostáticos naturais dos imãs e materiais magnéticos.
02
Os campos magnetostáticos no entorno de linhas de Corrente Elétrica estacionárias, ou de
espiras de corrente elétrica, descritos pela Lei de Biot-Savart e a Lei de Ampère.
03
Os campos magnéticos dinâmicos induzidos por variações temporais de fluxos de campos
elétricos, via corrente de deslocamento de Maxwell da Lei de Ampère-Maxwell.
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Para os materiais magnéticos naturais, magnetizáveis ou campos magnéticos com fontes em
→
correntes elétricas, define-se classicamente o momento magnético, m .
“Grandeza vetorial que se pode associar a uma espira percorrida por uma corrente elétrica ou a
→ →
um magneto. O momento magnético associado a uma espira define-se pela equação m = I a ,
→
em que I é a intensidade de corrente que percorre a espira, e a é um vetor normal à área
subtendida pela espira, suposta plana, cujo módulo é a medida desta área (figura à esquerda).
→
| FB |
Para o magneto natural, o seu momento magnético mede-se pelo produto de →
, pelo vetor
|B |
→ →
comprimento L do mesmo magneto, em que FB é a força magnética que age sobre a
→
extremidade deste magneto e B é o campo magnético externo que gera essa força
→
→ | FB |
magnética, ou seja, m = → (figura à direita).
|B |
Fonte: Wikipedia
Momento Magnético
MATERIAIS MAGNÉTICOS
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Considerando as principais propriedades magnéticas dos materiais, podemos classificá-los
como:
PARAMAGNÉTICOS
Nos materiais paramagnéticos, os momentos magnéticos atômicos são permanentes, mas não
interagem fortemente uns com os outros e estão orientados aleatoriamente. Quando
submetidos a um campo magnético externo, são parcialmente orientados (alinhados) na
direção desse campo e assim aumentam a magnitude do campo externo, como na figura a
seguir. Em temperaturas usuais (ambientais) e na presença de campos magnéticos de baixa
intensidade, somente uma pequena porcentagem das moléculas resultará alinhada devido ao
seu movimento vibracional térmico. Esses materiais são atraídos por campos magnéticos.
Quando o campo externo é desligado, seu campo de magnetização desaparece. Exemplo:
oxigênio líquido, magnésio, lítio etc.
FERROMAGNÉTICOS
Nos materiais ferromagnéticos, os momentos magnéticos atômicos são permanentes e
interagem intensamente uns com os outros, o que permite um elevado grau de alinhamento na
presença de campo magnético externo, mesmo com campos de baixa intensidade. Ainda que
não se submeta o material a um campo magnético externo, pode-se ter momentos magnéticos
atômicos fortemente alinhados, são os imãs permanentes. Nota-se a existência de regiões
delimitadas com a mesma orientação dos momentos magnéticos, chamados de domínios
magnéticos, como na figura a seguir. O alinhamento dos domínios que formam seu campo de
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magnetização pode permanecer quando o campo externo é desligado. Em altas temperaturas,
críticas de cada material, as paredes dos domínios de magnetização (paredes de Block) são
quebradas e esses materiais se comportam com a propriedade paramagnética. Exemplos:
magnetitas, ferro, cobalto, níquel, ligas destes (com alumínio, cobre, manganês etc.), terras-
raras etc.
DIAMAGNÉTICOS
Nos materiais diamagnéticos, os momentos magnéticos atômicos se alinham de maneira
oposta ao campo magnético externo, diminuindo assim esse campo. Tal efeito ocorre em todos
os materiais, sendo pouquíssimo intenso, mas é encoberto quando os materiais possuem
também outras propriedades como a ferromagnética ou a paramagnética. São materiais que
repelem o campo magnético externo. Exemplo: cobre, água, prata, carbono etc.
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Autor: Splarka / Fonte: Wikipedia
ANTIFERROMAGNÉTICOS
Nos materiais antiferromagnéticos, o campo de magnetização se alinha antiparalelamente ao
campo externo aplicado. Há uma orientação alternada nos momentos magnéticos atômicos
vizinhos, como na figura a seguir. Só pode ser observado abaixo de uma temperatura crítica
que depende dos materiais. Exemplo: manganês, sulfeto ferroso, cromo, óxido de cromo etc.
FERRIMAGNÉTICOS
Nos materiais ferrimagnéticos, os momentos magnéticos dos íons vizinhos em uma rede
cristalina se alinham antiparalelamente, formando duas sub-redes com momentos opostos de
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magnitude e diferentes do campo externo aplicado, como na figura a seguir, fazendo com que
uma magnetização espontânea e oposta permaneça após o campo externo desligado.
Exemplo: ferritas.
Fonte: Wikipedia
HELIMAGNÉTICOS
Nos materiais helimagnéticos, os momentos magnéticos vizinhos em uma rede cristalina fazem
um ângulo constante diferente do paralelo e do antiparalelo. Ocorre a baixíssimas
temperaturas. Exemplo: bióxido de manganês.
FORÇA DE LORENTZ
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Vamos analisar a interação magnética, ou seja, a força magnética, para compreender essa
fundamental interação da natureza.
DEMONSTRAÇÃO
01
Para o caso (1) de partículas carregadas e com velocidade não nula, em uma região de campo
→
magnético, a força magnética 𝐹𝐵 se define fenomenologicamente como:
Fonte: Autor
→
Loading → →
𝐹 [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
𝐵 = 𝑄 ( 𝑣 × 𝐵 )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
02
Para o caso (2), de uma linha de corrente elétrica, 𝐼, vamos generalizar a equação anterior de
uma única carga, para uma integral de elementos de cargas. Assim, a força magnética sobre
uma corrente elétrica será:
→ →
𝐹 𝐵 = ∫ →
𝑣 × 𝐵 𝑑𝑞
𝐼 = 𝑑𝑞
𝑑𝑡
𝑑𝑙
= 𝜆 𝑑𝑡 = 𝜆 | →
𝑣|
^ →
Como 𝑣 está orientada na direção e sentido da corrente elétrica 𝐼, podemos definir 𝑑𝑙 = 𝑑𝑙 𝑣^ .
Assim:
Fonte: Autor
→ → →
𝐹𝐵 = ∫ 𝐼 𝑑𝑙 × 𝐵
Que é a expressão da força magnética que age sobre uma linha de corrente elétrica como o
→ →
produto vetorial do elemento vetorial de corrente 𝐼 𝑑𝑙 com o campo magnético 𝐵 . .
Nos dois casos temos um produto vetorial, o plano formado pelas direções do vetor velocidade
de uma carga elétrica em movimento, e o campo magnético ao qual essa carga estiver
submetida será ortogonal à força magnética gerada. Da mesma maneira, o plano formado pelo
vetor Elemento de Corrente Elétrica e o vetor campo magnético, será ortogonal à força
magnética gerada.
A força de Lorentz sobre cargas elétricas em movimento uniforme será a soma das
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contribuições de força elétrica e de força magnética:
→ → →
𝐹 = 𝑄 𝐸 + 𝑄 (→
𝑣 × 𝐵)
→ → →
𝑑𝐹𝐵 = 𝐼 𝑑𝑙 × 𝐵
Em que:
→
– 𝑑𝑙 é o vetor elemento de comprimento de um fio retilíneo com direção paralela a 𝐼.
→
– 𝐵, é o campo magnético não variável.
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Adapatado do autor: powerhak / Fonte: Shutterstock
O entendimento e uso da regra da mão direita não é uma opção, vários fenômenos físicos
satisfazem regras de produto vetorial, como a força magnética e o campo magnético, que são
alguns deles.
O Polo Norte magnético se encontra próximo ao Sul geográfico e o Polo Sul magnético se
encontra
Loading próximo ao Polo Norte geográfico,
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rotação e magnético. As bússolas se orientam com o Norte apontando para o Sul magnético do
planeta, pois as linhas de campo geomagnéticas, segundo a convenção adotada de orientação
das linhas de campo magnéticas, seguem do Norte para o Sul magnético. Assim, as bússolas
apontam para o Sul magnético, próximo ao Norte geográfico. Por essa razão, reconhecemos
as bússolas apontando para o Norte geográfico próximo.
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Fonte: Nasa.gov
Figura 2 - O Vento Solar. Fonte: Foto com arte, NASA — Sonda espacial SOHO/NASA
Nesta figura temos uma foto com cores enriquecidas, obtida da sonda espacial SOHO da
NASA, especializada em acompanhar esses fenômenos. Na foto, nota-se uma gigantesca
emissão de massa coronal (CME) em direção à Terra. Repare a atuação do campo magnético
terrestre na defesa planetária. Se a massa coronal desta foto tivesse atingido a Terra sem
magnetosfera, talvez você não estivesse lendo este conteúdo agora.
Nas regiões Polares, nos Polos Magnéticos Terrestres, que são localizações onde as linhas de
Campo Geomagnéticos são mais próximas da superfície, as partículas cósmicas, e do Vento
Solar, conseguem se aproximar muito mais da superfície planetária, produzindo um fenômeno
muito interessante, mas indicativo da penetração dessas partículas na atmosfera, as Auroras
Boreais e Austrais.
São partículas carregadas, principalmente de elétrons, que não foram desviadas pelo campo
magnético terrestre, nem aprisionadas por este. Elas conseguem atravessar a magnetosfera
nos polos, espiralando em torno das linhas de campo e, assim, penetram a atmosfera,
interagindo com gases atmosféricos, principalmente o oxigênio e o nitrogênio, colidindo com
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eles e excitando-os a níveis de energia mais altos. Ao retornarem aos níveis de energia mais
baixos, essas moléculas gasosas emitem luz. As diferentes colorações são características da
diferença energética que esses gases absorveram e emitem. Colorações verdes e vermelhas
são características do oxigênio, e os azuis e o rosa são emitidos pelo nitrogênio, a depender de
seus estados de ionização.
MÃO NA MASSA
→
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A) 𝐹 = 0,00002 𝑁 ^𝑖
→
B) 𝐹 = 0,0002 𝑁 ^𝑖
→
C) 𝐹 = 0,002 𝑁 ^𝑗
→
D) 𝐹 = 0,02 𝑁 ^𝑗
→ ^
E) 𝐹 = 0,2 𝑁 𝑘
A) 10 ^𝑖 𝑁 / 𝑚
B) 10 ^𝑗 𝑁 / 𝑚
^
C) 40 𝑘 𝑁 /𝑚
D) 40 ^𝑖 𝑁 / 𝑚
E) 40 ^𝑗 𝑁 / 𝑚
A) 𝑊 = 0
B) 𝑊 = 𝑄
→
C) 𝑊 = 𝑄 𝑣
→
D) 𝑊 = 𝑄→
𝑣 𝐵
→ →
E) 𝑊 = 𝑄 →
𝑣𝐵 | 𝑙|
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4. CONSIDERE UMA PARTÍCULA DE MASSA M, CARREGADA COM
CARGA Q E VELOCIDADE →𝑣 , INICIALMENTE EM UM MOVIMENTO
RETILÍNEO UNIFORME. QUANDO A PARTÍCULA ADENTRA UMA REGIÃO
→
DE CAMPO MAGNÉTICO 𝐵 , DE MAGNITUDE CONSTANTE E
PERPENDICULAR A →𝑣 , SOBRE ELA PASSA A AGIR UMA FORÇA
MAGNÉTICA. SENDO, ENTÃO, ACELERADA, A PARTÍCULA PASSA A
DESCREVER UMA TRAJETÓRIA CIRCULAR. CALCULE O RAIO DESSA
TRAJETÓRIA CIRCULAR, CHAMADA DE RAIO DE CÍCLOTRON.
→
| 𝐵 |
A) 𝑅 = 𝑚
𝑞|→ 𝑣 |
→
B) 𝑅 = 𝑞 | →
𝑣|
𝑚 | 𝐵|
→|
C) 𝑅 = 𝑚 |→𝑣
𝑞 | 𝐵|
𝑚 𝑞
D) 𝑅 = →
|→
𝑣 | | 𝐵|
→ →
| | 𝑣|
E) 𝑅 = | 𝐵 𝑞 𝑚
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FONTE: AUTOR
→
A) 𝐼 = 𝑎→| 𝑔 |
𝐵𝑚
→
B) 𝐼 = 𝑚𝑎→| 𝑔 |
𝐵
→
𝑚𝐵
C) 𝐼 = →
| |𝑎
𝑔
𝑚|→𝑔|
D) 𝐼 = →
𝐵𝑎
E) 𝐼 = →𝑚𝑎→
𝐵 | 𝑔|
𝐵
A) 𝑣0 = 𝐸0
0
𝐸
B) 𝑣0 = 2𝐵00
2𝐸0
C) 𝑣0 = 𝐵0
𝐸
D) 𝑣0 = 𝐵00
E) 𝑣0 = 𝐸0 𝐵 0
GABARITO
→ ^
1. Uma partícula cósmica, carregada com 𝑞 = - 5 𝜇𝐶, e velocidade 𝑣 = (800 𝑘) 𝑘𝑚 / 𝑠,
adentra a magnetosfera terrestre em uma região onde o campo pode ser representado
→ ^
por 𝐵 = (50 𝑗) 𝜇𝑇, em um sistema de representação de coordenadas xyz, com vetores
^ ^ ^
unitários (𝑖, 𝑗, 𝑘). Calcule a força magnética que agirá sobre a partícula carregada no
exato instante que adentrar a região indicada no campo magnético.
3. Considere o Trabalho Mecânico de uma força magnética que atue sobre uma partícula
→ →
de carga 𝑄, com velocidade 𝑣 (𝑡), na presença de um campo magnético 𝐵 . Calcule esse
→
trabalho ao longo de um deslocamento 𝑙 .
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→
4. Considere uma partícula de massa m, carregada com carga q e velocidade 𝑣 ,
inicialmente em um movimento retilíneo uniforme. Quando a partícula adentra uma
→ →
região de campo magnético 𝐵 , de magnitude constante e perpendicular a 𝑣 , sobre ela
passa a agir uma força magnética. Sendo, então, acelerada, a partícula passa a
descrever uma trajetória circular. Calcule o raio dessa trajetória circular, chamada de
raio de Cíclotron.
Fonte: Autor
A força magnética que atua sobre a linha de corrente superior e sustenta o sistema deverá ser
igual, em módulo, à força peso que atua sobre a massa, de forma a equilibrar as forças do
sistema físico, como sabemos da Mecânica de Newton. Assim,
→ → → →
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐼 𝑙 × 𝐵 𝑒 𝐹𝑔𝑟𝑎𝑣 = 𝑚 →
𝑔
→ → → →
|𝐹𝑚𝑎𝑔 | = 𝐼 𝑎 | 𝐵 | 𝑒 | 𝐹𝑔𝑟𝑎𝑣 | = 𝑚 | 𝑔 |
→
𝐼 𝑎 𝐵 = 𝑚 | →
𝑔|
→
𝐼 = 𝑚 →| 𝑔 |
𝐵𝑎
6. Considere que você tenha sido contratado para projetar um equipamento de detecção
da velocidade de partículas carregadas, com carga elétrica conhecida 𝑞 e velocidade
inicial 𝑣→
^
0 = 𝑣0 𝑖. Um filtro de velocidades de partículas. O seu detector deverá ser
alinhado com a direção inicial das partículas que adentrarão uma região de campos
elétrico e magnético, perpendiculares entre si, de tal forma que, para seguir a
→ ^ → ^
especificação do projeto contratado, 𝐸 = 𝐸0 𝑗 e 𝐵 = 𝐵 0 𝑘. Considere que você consiga
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alterar os valores de 𝐸0 e 𝐵 0 desses campos. Calcule o módulo da velocidade inicial das
partículas como função das magnitudes dos campos elétrico e magnético.
Fonte: Autor
→ → → →
𝐹 = 𝑞 𝐸 + 𝑞 (𝑣0 × 𝐵 )
→ ^ ⟹ →
𝐹 = 𝑞 𝐸0 ^𝑗 + 𝑞 𝑣0 ^𝑖 × 𝐵 0 𝑘 𝐹 = 𝑞 𝐸0 ^𝑗 + 𝑞 𝑣0 𝐵 0 (^𝑖 × 𝑘)
^
→ →
𝐹 = 𝑞 𝐸0 ^𝑗 + 𝑞 𝑣0 𝐵 0 -^𝑗 ⟹ 𝐹 = 𝑞 𝐸0 - 𝑣0 𝐵 0 ^𝑗
Repare que se a força de Lorentz for nula, a aceleração resultante será zero e a partícula
seguirá com a mesma velocidade inicial em movimento retilíneo uniforme. Essa condição, de
aceleração nula, responde ao problema. Assim, para obter a velocidade inicial das partículas,
basta ajustar as intensidades dos campos de maneira a preservar a velocidade inicial das
partículas. Portanto:
→
𝐹 = 𝑞 𝐸0 - 𝑣0 𝐵 0 ^𝑗 = 0 ⟺ 𝐸0 - 𝑣0 𝐵 0 = 0 ⟺ 𝑣0 = 𝐵0
𝐸
0
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Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Considere uma espira de corrente elétrica na presença de um campo magnético. Como a força
magnética atua sobre uma espira que conduz uma corrente elétrica? No que resulta esse
fenômeno?
RESOLUÇÃO
Para analisar o problema, vamos simplificar a geometria de uma espira que conduz uma
corrente elétrica e depois vamos generalizar o tratamento. Vamos considerar uma espira
retangular, de lados a e b, conduzindo uma corrente elétrica I. Vejamos na figura a seguir:
Fonte: EnsineMe.
Uma corrente elétrica percorre a espira no sentido anti-horário e o campo Magnético atua como
→ → →
representado na figura. Perceba que a força Magnética 𝐹 = 𝐼 𝑙 × 𝐵 atuará em cada
segmento da espira onde há corrente elétrica, produzindo forças perpendiculares ao campo. A
soma resultante de todas essas forças é zero. No entanto, a atuação do campo Magnético faz
a espira alinhar-se com a orientação do campo. Como as forças nos segmentos laterais, de
largura
Loading a, formam um binário de forças,
[MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js inclinado de um ângulo 𝜃 em relação à orientação do
campo, o efeito é o de um torque girando a espira de forma a alinhar-se ao campo magnético.
As forças magnéticas que agem verticalmente nesta espira também são perpendiculares à
direção do campo, formam outro binário de forças, mas estão, as duas, na mesma direção e,
assim, cancelam-se mutuamente.
→ →
𝜏 =→
𝑟 × 𝐹
→
Onde 𝑟 é chamado de vetor braço-de-ação do torque, ou braço de alavanca com módulo
→ → →
𝑏 𝑠𝑒𝑛𝜃, sobre um ponto P, e a força magnética é 𝐹 = 𝐼 𝑙 × 𝐵 . O módulo desta força
magnética é:
→ →
| 𝐹 | = 𝐼 𝑎 𝐵
O torque será orientado na direção do eixo de rotação da espira, que, neste caso, faz uma
linha imaginária onde estão representadas as forças verticais e seu módulo será:
→ →
| 𝜏 | = 𝐼 𝑎 𝐵 𝑏 𝑠𝑒𝑛𝜃
→ ^ →
𝜏 = 𝐼 𝐴 𝑛 × 𝐵
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Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Repare que reobtivemos aqui o momento magnético de uma espira de corrente elétrica, que
podemos generalizar para N espiras como:
→ ^
𝑚 𝑁 = 𝑁 𝐼 𝐴 𝑛
Assim, podemos definir o torque (vetor) do campo magnético sobre N espiras de qualquer
geometria como:
→ →
𝜏 𝐵 = →
𝑚𝑁 × 𝐵
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TORQUE DO CAMPO MAGNÉTICO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→
A) 𝐹 = 21,21 N
→
B) F = 30 N
→
C) F = 30 N k^
→
D) F = 21,21 N k^
→
E) F = 42,42 N k^
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2. CONSIDERE O ENROLAMENTO HELICOIDAL DE UM FIO CONDUTOR,
CHAMADO DE SOLENOIDE, COMPOSTO POR 50 ESPIRAS, AO LONGO
DE UM COMPRIMENTO 𝐿 = 10 𝑐𝑚 E COM DIÂMETRO 𝑑 = 2 𝑐𝑚. O
SOLENOIDE ESTÁ APOIADO LONGITUDINALMENTE NO PRIMEIRO
𝑜
QUADRANTE DO PLANO 𝑥𝑦 E FOI POSICIONADO COM ÂNGULO 𝜃 = 60 ,
ENTRE SEU EIXO E A DIREÇÃO DE UM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME
→ ^
𝐵 = 1, 5 𝑖 𝑇. SE O ENROLAMENTO CONDUZ UMA CORRENTE
ELÉTRICA 𝐼 = 2 𝐴, COM SENTIDO DAS COORDENADAS POSITIVAS,
CALCULE O VETOR TORQUE SOBRE O SOLENOIDE.
A) → ^
𝜏 = - 0,04081 𝑘 𝑁 .𝑚
→
B) 𝜏 = 0,04081 ^𝑖 𝑁 . 𝑚
C) →
𝜏 = - 0,04712 ^𝑗 𝑁 . 𝑚
→ ^
D) 𝜏 = 0,03141 𝑘 𝑁 .𝑚
→
E) 𝜏 = - 0,04081 𝑁 . 𝑚
GABARITO
1. Um fio de cobre, condutor de corrente elétrica, está alinhado com a direção 𝑥 e conduz
uma corrente 𝐼 = 50 𝐴 no sentido de 𝑥 positivo. Considere que, sobre um trecho de
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0, 50 𝑚 desse fio retilíneo, atue um campo magnético cuja intensidade é de 1, 2 𝑇,
orientado da esquerda para a direita no plano 𝑥𝑦, fazendo um ângulo de 45º com o
sentido positivo do eixo 𝑥. Calcule a força magnética que age sobre esse trecho do fio.
Fonte: Autor
→ → →
→F = I 𝑙 × B
l = 0 ,50 m ^ı
→
B = 1 ,2 Tcos45∘ ^ı + sen45∘ ^ȷ
→
F = 50 A ⋅ 0 ,50 m ⋅ 1 ,2 T ⋅ sen 45∘ (^ı × ^ȷ)
→
F = 21 ,21 N k^
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Autor: Nsit/ Fonte: Shutterstock
MÓDULO 2
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FONTES DE CAMPO MAGNÉTICO —
CORRENTES ELÉTRICAS
Correntes elétricas são fonte de campos magnéticos. Já havíamos elencado esse fenômeno
como uma das três fontes dos campos magnéticos.
As primeiras evidências científicas da relação entre campos magnéticos e correntes elétricas
datam de 1820, quando Hans Christian Oersted identificou a relação entre o magnetismo e a
movimentação de cargas elétricas em correntes elétricas. Oersted percebeu que as agulhas
das bússolas eram perturbadas quando próximas de linhas de correntes elétricas.
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Autor: molcay/ Fonte: Shutterstock
Um mês depois, Jean Baptiste Biot e Félix Savart mostraram qual era o comportamento da
força magnética sobre polos magnéticos de materiais magnéticos naturais, nas vizinhanças de
correntes elétricas de um fio condutor, analisando elementos de corrente elétrica como fontes
do campo que geravam a interação.
SILVA, Domiciano Correa Marques da. A Lei de Biot-Savart; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-lei-biotsavart.htm. Acesso em 21 de novembro de 2020.
Além destes, André Ampère, Michael Faraday e Joseph Henry fizeram importantes
contribuições aos princípios do magnetismo gerado por linhas de corrente elétrica.
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Autor: Fæ / Fonte: Wikipedia
Ampère nos apresentou, inclusive, o primeiro modelo da origem do magnetismo natural dos
imãs, que seria gerado a partir de pequenas circulações de correntes elétricas em espiras
minúsculas dentro dos materiais. Atualmente sabemos que essa origem é intrínseca dos
materiais, na escala quântica. Mas seu modelo nos mostrou uma possibilidade para explicar o
magnetismo dos materiais pela primeira vez.
Vamos analisar, por ora, os campos magnéticos cujas fontes são correntes elétricas estáveis e
uniformes, ou seja, não variáveis.
Vamos elencar o que sabemos da fenomenologia dos campos magnéticos com fontes em
correntes elétricas:
CONHECIMENTO 1
Os campos magnéticos cujas fontes são correntes elétricas têm estrutura rotacional no entorno
das linhas de correntes. Ou seja, linhas de correntes elétricas uniformes são fontes de campos
magnetostáticos que circundam essas linhas de correntes, com direção e orientação de
acordo com a regra da mão direita.
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A figura a seguir exemplifica essa estrutura de campo magnético rotacional às linhas de
correntes. Repare que ao apontar o polegar da mão direita na direção e sentido positivo da
corrente elétrica, estaremos, com os demais dedos da mão direita, indicando a orientação
positiva do campo magnético no entorno da linha.
CONHECIMENTO 2
Correntes elétricas circulando em anéis condutores, ou espiras, produzem campos magnéticos
que se assemelham aos campos magnéticos naturais de imãs, com linhas circundando cada
trecho de elemento de corrente elétrica. No centro do anel de corrente, temos uma linha de
campo magnético aparentemente linear, ao longo do eixo do anel, mas que também se fechará
em um grande arco. Diferentemente do campo magnético no entorno de uma linha retilínea de
corrente elétrica (figura anterior) as linhas de campo da figura a seguir não são simétricas em
relação ao elemento de corrente, fonte do campo.
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Autor: Sergey Merkulov / Fonte: Shutterstock
CONHECIMENTO 3
Uma sucessão de anéis condutores de corrente elétrica, que chamamos de espiras, quando
estão justapostos, mas sem contato pois são isolados eletricamente (recobertos com material
isolante) e em formato helicoidal, formam um componente elétrico/eletrônico dos mais
importantes: os solenoides, muitas vezes chamados de bobinas longas.
Na figura seguinte, temos uma fotografia de um solenoide com corrente elétrica ligada,
orientando a limalha de ferro no seu interior. Repare que, externamente, o efeito sobre a
limalha é muito reduzido. Assim, quando aumentamos a densidade de espiras por comprimento
do solenoide, e o construímos muito longo, o resultado é de campo magnético quase zero em
distâncias maiores do que raio do solenoide, na região externa.
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Autor: Kim Christensen / Fonte: Shutterstock
DEMONSTRAÇÃO
A Lei de Biot-Savart é uma lei de campo fenomenológica que nos permite o cálculo do campo
magnético em um ponto 𝑃 qualquer do espaço a partir de sua fonte, que é um elemento de
corrente elétrica uniforme. Foi obtida da análise experimental da força magnética entre linhas
retilíneas de corrente elétrica.
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→ →
𝑑 𝐵 = 𝑘𝑚 𝐼 𝑑 𝑙 2 × 𝑟^
𝜇
𝑟 -7
𝑘𝑚 = 4𝜋0 = 10 N2
A
-7
𝜇0 = 4𝜋 𝑘𝑚 = 4𝜋 . 10 N2
→ 𝜇 → A
𝑑 𝐵 = 4𝜋0 𝐼 𝑑 𝑙 2 × 𝑟^
𝑟
ou
→ 𝜇0 𝐼 𝑑→𝑙 × 𝑟^
𝐵 = 4𝜋 ∫ 2
𝑟
LEI DE AMPÈRE
Na eletrostática, sabemos que o campo eletrostático é conservativo. Isto é, o trabalho, por
unidade de carga elétrica, efetuado pelo campo eletrostático sobre uma carga de prova, em
uma circulação ou trajetória fechada, será zero. A integral do campo eletrostático em uma
circulação fechada será zero. O campo eletrostático é divergente.
→ →
∮𝑐 𝐸 ⋅ 𝑑 𝑙 = 0
RESPOSTA
Como o campo magnetostático tem estrutura rotacional, a resposta não será necessariamente
zero. Os campos magnéticos seguem trajetórias fechadas no entono de suas fontes. Não
confunda com o fato de o trabalho das forças magnéticas ser zero, por serem forças
transversas à trajetória. Forças magnéticas não atuam na mesma direção do campo
magnético, pois são perpendiculares entre si.
Quando Ampère se fez essa pergunta, obteve o resultado de um dos fundamentos da teoria
eletromagnética.
Loading Ao calcular o campo
[MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js magnético no entorno de uma linha retilínea de corrente
elétrica, por meio da Lei de Biot-Savart, percebeu que a integral deste campo magnético, em
uma trajetória fechada, não é zero. Ou seja:
→ → → →
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 4 𝜋 𝑘𝑚 𝐼𝑐 𝑜𝑢 ∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 𝜇0 𝐼𝑐
Este é um dos resultados mais importantes da teoria eletrodinâmica clássica. É uma lei
fundamental da natureza. Foi chamada de Lei de Ampère e é válida para qualquer curva
fechada c, que chamaremos de curva de Ampère, desde que as correntes elétricas que são
fontes do campo magnético sejam constantes. Essa integral é matematicamente chamada de
uma integral de linha, que é uma integral ao longo de uma trajetória.
Se a integral de linha do campo magnético em uma circulação fechada, ao longo de uma curva
c qualquer, não é zero, o campo tem estrutura rotacional.
Se a solução desta integral de linha é proporcional à corrente elétrica total interna à curva 𝑐,
então esta corrente 𝐼𝑐 é a fonte do campo magnético.
Assim, na magnetostática, a Lei de Ampère é lei fundamental da natureza, que comporá uma
das equações de Maxwell, como veremos à frente.
No entanto, mesmo sendo uma lei fundamental da natureza, seu uso prático para a obtenção
do campo magnético nem sempre será simples. Então, para esse fim, a usaremos em
circunstâncias de alto grau de simetria e quando a fonte do campo, a corrente elétrica, for
constante. Nesses casos, seu uso aplicado é recomendável por sua simplicidade. Nos demais
casos, para o cálculo do campo magnético, recomenda-se o uso aplicado da Lei de Biot-
Savart.
SAIBA MAIS
MÃO NA MASSA
FONTE: AUTOR
→ 𝑘 𝐼
A) | 𝐵 | = 𝑚𝑦 sen𝜃1 - sen𝜃2
→ 𝑘 𝐼
B) | 𝐵 | = 𝑚𝑦 sen𝜃1 + sen𝜃2
→ 𝑘 𝐼
C) | 𝐵 | = 𝑚𝑦 cos𝜃1 + cos𝜃2
→
D) | 𝐵 | = 𝑘𝑚2 𝐼sen𝜃1 + sen𝜃2
𝑦
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→ 𝑘 𝐼
E) | 𝐵 | = 𝑚2 cos𝜃1 + cos𝜃2
𝑦
→ 𝜇 𝑖𝑅
2
^𝚤
A) 𝐵 𝑥 = 20 2 23/2
𝑥 +𝑅
→ 𝜇 𝑖 ^𝚤
B) 𝐵 𝑥 = 20 2 23/2
𝑥 +𝑅
→ 𝜇 𝑅
C) 𝐵 𝑥 = 20 2 21/2
𝑥 +𝑅
→ 𝜇 𝑖𝑅 ^
D) 𝐵 𝑥 = 20 2 2 𝑗
𝑥 +𝑅
→ 𝜇 2
E) 𝐵 𝑥 = 20 𝑖𝑅2 ^𝚤
𝑥
FONTE: AUTOR
→ 𝜇
A) | 𝐵 𝑃 | = 40 𝐼 𝑅1 - 𝑅2 ; direção radial; sentido para cima da tela.
→ 𝜇 𝑅 𝑅
B) | 𝐵 𝑃 | = 40 𝐼 𝑅2 - 𝑅1 ; direção radial; sentido para baixo da tela.
1 2
→ 𝜇
C) | 𝐵 𝑃 | = 40 𝐼 𝑅11 - 𝑅12 ; direção normal; sentido para dentro da tela.
→ 𝜇
D) | 𝐵 𝑃 | = 40 𝐼 𝑅1 - 𝑅1 ; direção normal; sentido para fora da tela.
1 2
→ 𝜇
E) | 𝐵 𝑃 | = 40 𝐼𝑅1 + 𝑅1 ; direção normal; sentido para fora da tela.
1 2
→ 2 𝑘 𝐼
A) 𝐵 = 𝑟𝑚
→ 2 𝑘 𝐼
B) 𝐵 = 2𝑚 𝑟^
𝑟
→ 2 𝑘 𝐼 ^
C) 𝐵 = 2𝑚 𝜃
𝑟
→ 2 𝑘 𝐼
D) 𝐵 = 𝑟𝑚 𝑟^
→ ^
E) 𝐵 = 2 𝑘𝑟𝑚 𝐼 𝜃
FONTE: AUTOR
→ 2𝑘𝑚 𝐼
2
𝐹
A) → = 𝑑 ; A força é atrativa.
𝑙
→ 2𝑘𝑚 𝐼
2
𝐹
B) → = 𝑑 ; A força é repulsiva.
𝑙
→ 2𝑘𝑚 𝐼
2
𝐹
C) → = 𝑑
; A força é atrativa.
𝑙
→ 2𝑘𝑚 𝐼
2
𝐹
D) → = 𝑑
; A força é repulsiva.
𝑙
→ 2
𝐹
E) → = 2𝑘𝑚𝑑 𝐼 ; A força é repulsiva.
𝑙
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AUTOR: DN BR / FONTE: SHUTTERSTOCK
→
A) 𝐵 = 𝜇0 𝑁 𝐼 𝑧^
→
B) 𝐵 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝑧^
→
C) 𝐵 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝑧^
→
D) 𝐵 = 𝜇0 𝑁2 𝐼 𝑧^
𝑙
→
E) 𝐵 = 2𝑘𝑙𝑚 𝐼 𝑧^
GABARITO
1. Seja uma linha de corrente elétrica, de comprimento infinito, conduzindo uma corrente
constante 𝐼. Utilize a Lei de Biot-Savart e calcule, para um ponto 𝑃 localizado
perpendicularmente à linha infinita e a uma distância 𝑦, qual é a contribuição ao módulo
do campo magnético devido a um trecho da linha de corrente elétrica delimitada pelos
ângulos 𝜃1 e 𝜃2 , como na figura.
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Fonte: Autor
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2. Considere que uma espira condutora, de raio 𝑅, conduza uma corrente elétrica 𝑖.
Calcule a o vetor campo magnético, devido à espira, em um ponto 𝑃, ao longo do seu
eixo axial, a uma distância 𝑥 do centro da espira.
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Veja, a seguir, a resolução da questão:
3. Dois circuitos semicirculares são condutores de corrente elétrica e possuem raios
𝑅2 > 𝑅1 , com a mesma origem radial. Estão conectados de modo que sua corrente
elétrica, 𝐼, circule em sentidos contrários em cada circuito, como na figura. Calcule o
campo magnético resultante no ponto 𝑃, centro radial dos circuitos. Considere como
sentido positivo da direção perpendicular ao plano da espira o sentido para fora da tela.
Responda qual é o módulo, a direção e o sentido do campo resultante.
Fonte: Autor
4. Seja uma linha de corrente elétrica, de comprimento infinito, conduzindo uma corrente
elétrica constante, 𝐼, como na figura. Utilize a Lei de Ampère e calcule, para um ponto 𝑃
localizado perpendicularmente à linha infinita, a uma distância 𝑟 em coordenada
cilíndricas, qual é o vetor campo magnético gerado por essa linha de corrente, em
função da distância radial cilíndrica, como representado na figura? Expresse seu
resultado em função da constante magnética 𝑘𝑚 .
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Autor: Dn Br / Fonte: Shutterstock
Este é um típico problema com simetria cilíndrica. A Lei de Ampère necessita do requisito do
alto grau de simetria para o cálculo do campo magnético. O campo magnético terá direção
polar cilíndrica, como vimos na estrutura do campo magnético de uma linha de corrente
elétrica. Vamos traçar uma vista da seção reta transversalmente à linha de corrente, para
^
visualizar a direção do campo magnético orientado na direção polar cilíndrica 𝜃. Pense em um
cilindro com três dimensões espaciais: radial, polar e axial,𝑟, 𝜃, 𝑧, como na imagem a
seguir:
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Adaptado do autor: UgaBuga / Fonte: Shutterstock
Com o uso da regra da mão direita, percebe-se que o campo atuará na direção polar cilíndrica.
Então, vamos representá-lo, aplicar a Lei de Ampère e obter o campo magnético.
Fonte: Autor
Lei de Ampère:
→ → ^
→ → 𝐵 = | 𝐵 | 𝜃
∮ 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 4 𝜋 𝑘 𝐼 ⟹ → ^
Loading 𝑐[MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
𝑚 𝑑𝑙 = 𝑑𝑙 𝜃
𝐼𝑐 = 𝐼
→
∮𝑐 𝐵 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼 → 2𝑘 𝐼
→ | 𝐵 | = 𝑟𝑚
| 𝐵 |𝐶 ∮𝑐 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼 ⟹ 𝑐
→ 2𝑘𝑚 𝐼 ^
→ 𝐵 = 𝑟 𝜃
𝐵 𝐶 2𝜋 𝑟 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼
5. Sejam dois fios condutores muito longos e paralelos. Ambos conduzem correntes
elétricas de mesma intensidade 𝐼, no mesmo sentido e separados fisicamente por uma
distância 𝑑. Calcule a densidade linear de força magnética que atua sobre cada fio e
responda também se essa força é atrativa ou repulsiva.
Fonte: Autor
Para calcular a densidade linear de força que atua sobre os fios muito longos, que tendem à
dimensão infinita relativamente à distância de afastamento dos fios, d, devemos, primeiro,
calcular o campo gerado por cada linha de corrente. Esses campos atuarão sobre a linha de
→ → →
corrente elétrica vizinha, por meio de força magnética. As forças magnéticas 𝐹 = 𝐼 𝑙 × 𝐵
serão atrativas, como na figura a seguir. A intensidade da força magnética que atua sobre cada
fio longo, dividido pelo comprimento do fio, será a densidade linear de força que procuramos.
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
Fonte: Autor
Vamos calcular os campos magnéticos sobre cada fio longo e depois a densidade linear de
força magnética. O cálculo do campo foi executado no exercício anterior, mas vamos repeti-lo,
por consistência e, em seguida, responder ao problema. Cada linha de corrente elétrica gera
um campo magnético:
Fonte: Autor
Lei de Ampère:
→ → ^
→ → 𝐵 = | 𝐵 | 𝜃
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 4 𝜋 𝑘𝑚 𝐼 ⟹ 𝑑→ ^
𝑙 = 𝑑𝑙 𝜃
𝐼𝑐 = 𝐼
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→
∮𝑐 𝐵 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼 → 2𝑘 𝐼
→ | 𝐵 | = 𝑟𝑚
| 𝐵 |𝐶 ∮𝑐 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼 ⟹ 𝑐
→ 2𝑘𝑚 𝐼 ^
→ 𝐵 = 𝑟 𝜃
𝐵 𝐶 2𝜋 𝑟 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼
Então, de acordo com o diagrama anterior de forças magnéticas sobre os dois fios, sabemos
sua direção e sentido. Precisamos do módulo dessas forças, lembrando que os elementos de
corrente elétrica são perpendiculares aos campos sobre cada linha de corrente:
→ → → → → → → → →
𝐹 = 𝐼 𝑙 × 𝐵 ⟹ 𝐹 = 𝐼 𝑙 × 𝐵 ⟹ | 𝐹 | = 𝐼 | 𝑙 | | 𝐵 |
→ → 2𝑘𝑚 𝐼2 →
𝐹 2𝑘 𝐼
2
𝐹 = 𝑙 𝑑 ⟹ → = 𝑚𝑑
𝑙
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
Vejamos a figura a seguir. Vamos escolher essa curva de Ampère retangular, com alto grau de
simetria para a aplicação da lei de Ampère, de forma que o campo no interior do solenoide
tenha módulo constante. Vamos ainda considerar, como já discutido antes, que o campo do
lado de fora do solenoide seja pouquíssimo intenso e, em situação ideal, vamos aproximá-lo a
zero nessa região. A corrente elétrica total interna à curva de Ampère será igual à corrente em
uma espira multiplicada pelo número de espiras internas à curva de Ampère. O número de
espiras internas à curva de Ampère é igual ao produto da densidade linear de espiras pela
largura da curva 𝑏: 𝐼𝑐 = 𝑁𝑙 𝑏 𝐼. Então, na região 3, o campo será considerado nulo, pela baixa
→ →
intensidade. Nas regiões 2 e 4, o produto escalar no integrando da lei de Ampère, 𝐵 · 𝑑 𝑙 , será
zero, pois esses vetores são perpendiculares. E a única região onde o campo será não nulo é a
região 1, na curva de Ampère da figura a seguir. Portanto,
Fonte: Autor
→ → → →
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 𝜇0 𝐼𝑐 ⟹ 𝐵 𝑏 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝑏 𝐼 ⟹ 𝐵 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼
→
𝐵 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝑧^
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
Cabos coaxiais são largamente usados em transmissões de dados e sinais de TV. Seu uso se
deve à capacidade em reduzir sensivelmente ruídos eletromagnéticos externos ao sinal
transmitido. Um cabo coaxial é constituído de uma malha condutora elétrica envolvendo um
filamento condutor elétrico interno. Vamos considerar que a corrente elétrica tenha o mesmo
valor em magnitude nos dois condutores, o que geralmente ocorre, com a diferença que os
sentidos das correntes são opostos em cada condutor. Então, consideremos um cabo coaxial,
ao longo da direção 𝑧 de um sistema coordenado cilíndrico, que conduz uma corrente elétrica 𝐼
uniforme, no sentido positivo de 𝑧, pelo condutor interno de raio 𝑅1 , e a mesma corrente 𝐼, no
condutor em forma de malha condutora com raio 𝑅2 , no sentido negativo de 𝑧. Ou seja,
𝑅2 > 𝑅1 . Os condutores são separados mecanicamente por um material isolante elétrico.
Vamos obter o campo magnético entre os dois condutores e o campo magnético do lado de
fora do cabo coaxial.
RESOLUÇÃO
Para o cálculo do campo magnético, vamos usar a lei de Ampère de forma aplicada.
→ →
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 𝜇0 𝐼𝑐
Vamos fazer uma simplificação quanto à constante de permeabilidade magnética dos materiais
e considerar que, neste problema, as permeabilidades magnéticas sejam praticamente iguais a
𝜇. Assim, a lei de Ampère será redigida como:
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
→ →
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 𝜇 𝐼𝑐
Vejamos a representação dos campos magnéticos na figura a seguir. Repare que esses
^
campos magnéticos atuam na direção polar cilíndrica 𝜃, em sentidos opostos, pois as correntes
elétricas são opostas. Vamos calcular a resultante dos campos magnéticos.
Fonte: EnsineMe.
A aplicação da regra da Mão-Direita nos mostra o sentido de atuação dos campos magnéticos.
Na figura, as correntes elétricas foram representadas como diferentes para podermos calcular
cada contribuição ao campo magnético de fontes de correntes elétricas diferentes. Veremos
→
que o campo representado como 𝐵 2 na figura, que seria uma resultante dos campos, a
depender das fontes e suas orientações, mas será, neste problema, igual a zero. O campo
magnético nulo no exterior não gera interferências magnéticas na vizinhança. Além disso,
temos o efeito de blindagem eletrostática que também é verificado nesse tipo de cabo. No
problema em questão, somente haverá campo não-nulo, na região entre os condutores,
descrito pela curva de Ampère 𝐶1 . Externamente o campo será nulo.
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→ → ^
→ → 𝐵 = |
𝐵 |𝜃
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 4𝜋 𝑘𝑚 𝐼𝑐1 ⟹ 𝑑→ 𝑙 = 𝑑𝑙 𝜃 ^
1
𝐼 𝑐1 = 𝐼 1
→
∮𝑐 𝐵 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼1 → 2𝑘𝑚 𝐼1
1 | 𝐵 |𝑐 = 𝑟1
→
| 𝐵 |𝑐 ∮𝑐 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼1 ⟹ → 1
1 1 2𝑘 𝐼 ^
𝐵1 = 𝑟𝑚1 1 𝜃
→
𝐵 𝑐1 2𝜋 𝑟1 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼1
Ou seja, há campo magnético descrito pela curva de Ampère 𝐶1 com raio 𝑅1 < 𝑟1 < 𝑅2 .
Curva 𝐶2 : (região 𝑟2 ≥ 𝑅2 )
→ → ^
→ → 𝐵 = |
𝐵 |𝜃
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 4𝜋 𝑘𝑚 𝐼𝑐2 ⟹ 𝑑→ ^
𝑙 = 𝑑𝑙 𝜃
2
𝐼𝑐2 = (𝐼1 - 𝐼2 )
→
∮𝑐 𝐵 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼1 - 𝐼2 → 2𝑘𝑚 (𝐼1 - 𝐼2 )
2 | 𝐵 |𝑐 =
→ 𝑟2
𝐵 𝑐2 ∮𝑐 𝑑𝑙 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼1 - 𝐼2 ⟹ → 2 2𝑘 (𝐼 - 𝐼 )
2 𝐵2 =
𝑚 1 2 ^
→ 𝑟2 𝜃
𝐵 𝑐2 2𝜋 𝑟2 = 4𝜋𝑘𝑚 𝐼1 - 𝐼2
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CAMPO MAGNÉTICO DE CABOS COAXIAIS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
FONTE: AUTOR
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→
A) 𝐵 = 23,56 × 10-6 𝑇 ; direção radial; sentido para dentro da tela.
→
B) 𝐵 = 23, 56 × 10-6 𝑇 ; direção normal; sentido para dentro da tela.
→ -6
C) 𝐵 = 47, 12 × 10 𝑇; direção normal; sentido para fora da tela.
→
D) 𝐵 = 47, 12 × 10-6 𝑇 ; direção normal; sentido para dentro da tela.
→ -8
E) 𝐵 = 23, 56 × 10 𝑇; direção normal; sentido para fora da tela.
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
AUTOR: FOUAD A. SAAD / FONTE: SHUTTERSTOCK
→ 𝜇0 𝑁 𝐼 ^
A) 𝐵 = 2𝜋 𝑟 𝑟
→ 𝜇 𝑁 𝐼 ^
B) 𝐵 = 02𝜋 𝜃
→ 𝜇0 𝐼 ^
C) 𝐵 = 2𝜋 𝑟 𝜃
→ 𝜇0 𝑁 𝐼 ^
D) 𝐵 = 2𝜋 𝑟 𝜃
→ 𝜇0 𝑁 𝐼
E) 𝐵 = 2𝜋 𝑟
GABARITO
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Fonte: Autor
→
Vamos usar a lei de Biot-Savart. Os elementos de corrente 𝐼 𝑑𝑙 serão tangentes ao trajeto da
→
corrente elétrica. O vetor unitário 𝑟^ é definido a partir da fonte do campo, 𝐼 𝑑𝑙, até o ponto de
medida P. O uso da regra da mão direita, no produto vetorial, nos diz que o campo no ponto P
estará na direção normal ao plano da figura e no sentido para dentro da tela. Agora, vamos
calcular o módulo do campo:
→ → ^ → →
𝑑 𝐵 𝑃 = 𝑘𝑚 𝐼 𝑑 𝑙 2 × 𝑟 ⟹ 𝐵 (𝑃) = ∫ 𝑑 𝐵 (𝑃)
𝑟
→ → → →
𝑑 𝐵 (𝑃) = 𝑘𝑚 𝐼 𝑑 𝑙 2 × 𝑟^ ⟹ 𝑑 𝐵 𝑃 = 𝑘𝑚 𝐼 𝑑𝑙
2 ⟹ 𝐵 (𝑃) = ∫ 𝑘𝑚
𝐼 𝑑𝑙
2
𝑟 𝑟 𝑟
Como temos alto grau de simetria, vamos aplicar a Lei de Ampère em uma curva de Ampère, c,
em anel com simetria polar. O campo magnético terá módulo constante ao longo de c.
→ → ^
→ → 𝐵 = | 𝐵 | 𝜃
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 𝜇0 𝐼𝑐 ⟹ → ^
𝑑 𝑙 = 𝑑𝑙 𝜃
𝐼𝑐 = 𝑁 𝐼
→
∮𝑐 𝐵 𝑑𝑙 = 𝜇0 𝑁 𝐼 → 𝜇0 𝑁 𝐼
1 | 𝐵 | = 2𝜋 𝑟
→
| 𝐵 |𝑐 ∮𝑐 𝑑𝑙 = 𝜇0 𝑁 𝐼 ⟹ → 𝑐 𝜇 𝑁 𝐼
→ 𝐵 = 2𝜋 𝑟
0 ^
𝜃
𝐵 𝑐 2𝜋 𝑟 = 𝜇0 𝑁 𝐼
MÓDULO 3
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Calcular o fluxo de campo magnético, a indutância e a aplicação da Lei de Gauss da
magnetostática
A figura a seguir exemplifica diagramaticamente um elemento de área aberta 𝑑𝐴 com seu vetor
^
unitário normal 𝑛 e as linhas de campo magnético, tipicamente curvas, atravessando esse
elemento de área.
Fonte: Autor
Consideremos uma superfície com elementos infinitesimais de área dA e seus vetores normais
^
unitários 𝑛 a cada elemento de área. O elemento de fluxo de campo magnético 𝑑𝛷𝑚 e a
correspondente integral aberta desses elementos, 𝛷𝑚 , serão definidos como
→ ^ →
𝑑Φ𝑚 = 𝐵 . 𝑛 𝑑𝐴 = 𝐵 𝑑𝐴 cos𝜃
→ ^
Φ𝑚 = ∫ 𝑑Φ𝑚 = ∫ 𝐵 . 𝑛 𝑑𝐴
Loading
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Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
^
Em que o ângulo 𝜃 entre o vetor campo magnético e o vetor normal 𝑛 ao elemento de área dA
foi incorporado com o produto escalar. Repare que usamos a mesma construção de fluxo de
campo elétrico.
1𝑊𝑏 = 1 𝑇 . 𝑚2
Portanto, duas superfícies iguais em uma bobina contabilizarão duas vezes ao fluxo de campo,
pois a área será duplicada, e assim sucessivamente para qualquer número de superfícies.
Fonte: Autor
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SE ESTABELECERMOS UMA INTEGRAL DE
FLUXO FECHADA PARA O CAMPO
MAGNETOSTÁTICO, QUAL SERÁ A RESPOSTA
DESSA INTEGRAL, JÁ QUE NÃO TEMOS
CARGAS PUNTUAIS MAGNÉTICAS NA TEORIA
ELETRODINÂMICA CLÁSSICA?
RESPOSTA
Esta é a resposta exata: não há cargas magnéticas puntuais. Não há monopolos magnéticos. A
integral de Gauss total do campo magnetostático será zero. Esse resultado também nos mostra
matematicamente a razão da estrutura do campo magnetostático ser rotacional. A integral de
Gauss é zero e assim a divergência desse campo é zero, ou seja, o campo é rotacional.
Uma simples equação demonstra a beleza de todas as nossas discussões sobre a estrutura do
campo magnetostático: a Lei de Gauss do campo magnetostático.
→ ^
Φ𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∮ 𝐵 . 𝑛 𝑑𝐴 =0
𝑐
Significa que a totalidade das linhas de campo magnéticas, que chamamos de número líquido
total de linhas que atravessam uma superfície gaussiana fechada, será sempre zero. Como as
linhas de campo magnetostáticas são fechadas, rotacionais, todas as linhas que entram em
uma superfície fechada sairão desta e não contabilizarão no fluxo total.
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ATENÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
INDUTÂNCIA
Além disso, podemos calcular o fluxo aberto de campo magnético 𝛷𝑚 que atravessa ou incide
sobre uma superfície, que nominamos de uma integral de Gauss aberta.
Vamos definir que o fluxo de campo magnético possa ser obtido direta e linearmente da
corrente elétrica com uma constante de proporcionalidade que chamaremos de indutância.
Contudo, o fluxo pode alcançar a vizinhança ou atuar no próprio sistema que o gera. Assim,
temos duas classes de indutâncias: a indutância mútua 𝑀 e a autoindutância 𝐿.
Pense em dois circuitos elétricos. Cada qual com sua corrente elétrica, 𝐼1 𝑒 𝐼2 .
O fluxo de campo magnético que incidirá sobre o circuito Nº 1 será oriundo do campo
magnético gerado pelo próprio circuito Nº 1, que se somará à contribuição ao fluxo de campo
oriundo do circuito Nº 2.
Isto é, o campo magnético gerado pelo circuito Nº 2 contribuirá para o fluxo que atravessa o
circuito Nº 1, assim com o próprio campo do circuito Nº 1 contribuirá a esse fluxo. Da mesma
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
forma, ocorrerá no circuito Nº 2.
Fonte: Autor
ATENÇÃO
Em que 𝐿 é a autoindutância do circuito Nº 1, que dependerá de sua geometria, como veremos,
e 𝑀 é a indutância Mútua, que dependerá da geometria do circuito Nº 2 e das configurações
geométricas relativas dos dois circuitos, Nº 1 e Nº 2.
2
1 𝐻 = 1 𝑊𝑏 𝑇 . 𝑚 = 1 𝑉 . 𝑠
𝐴 = 1 𝐴 𝐴
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Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Podemos definir a unidade física da constante de permeabilidade em termos da unidade de
fluxo de campo magnético: 𝜇0 = 4𝜋 × 10-7 𝐻 / 𝑚.
MÃO NA MASSA
FONTE: ENSINEME.
A) Φ𝑚 = 0
B) Φ𝑚 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼
2
C) Φ𝑚 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼
D) Φ𝑚 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝐴
2
E) Φ𝑚 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝐴
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
2. CONSIDEREMOS NOVAMENTE O PROBLEMA DO SOLENOIDE IDEAL.
UM COMPONENTE ELETRÔNICO COM 𝑁 ESPIRAS JUSTAPOSTAS,
GRANDE COMPRIMENTO 𝑙, ALTA DENSIDADE DE ESPIRAS POR
COMPRIMENTO E ÁREA DE SEÇÃO RETA 𝐴. VAMOS CONSIDERAR QUE
ESSE SOLENOIDE CONDUZA UMA CORRENTE ELÉTRICA UNIFORME 𝐼
CONSTANTE E ESTEJA ISOLADO DE OUTROS CAMPOS MAGNÉTICOS.
CALCULE SUA AUTOINDUTÂNCIA 𝐿.
2
A) 𝐿 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐴
2
B) 𝐿 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝐴
C) 𝐿 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼
2
D) 𝐿 = 𝜇0 𝑁𝐴 𝑙
E) 𝐿 = 𝜇0 𝑁
2
3. SEJA UM SOLENOIDE DE 10 𝑐𝑚 DE COMPRIMENTO, 3 𝑐𝑚 DE ÁREA
E 150 ESPIRAS. CALCULE SUA AUTOINDUTÂNCIA 𝐿.
A) 𝐿 ≅ 0,848 𝐻
B) 𝐿 ≅ 0,0848 𝐻
C) 𝐿 ≅ 0,00848 𝐻
D) 𝐿 ≅ 0,000848 𝐻
E) 𝐿 ≅ 0,0000848 𝐻
A) 𝑀 = 2 𝑘𝑚 𝑐 (𝑏 - 𝑎)
B) 𝑀 = 2 𝑘𝑚 𝑐 ln𝑎𝑏
C) 𝑀 = 2 𝑘𝑚 𝐼 𝑐 ln𝑎𝑏
2𝑘𝑚 𝐼
D) 𝑀 = 𝑟
E) 𝑀 = 2 𝑘𝑚 𝑐𝑎𝑏
FONTE: AUTOR
2
(𝑁2 ) 2
A) 𝑀 = 𝜇0 𝑙2 𝜋 (𝑟2 )
𝑟
B) 𝑀 = 2 𝜇0 𝐼ln𝑟21
𝑁2 𝑁1 2
C) 𝑀 = 𝜇0 (
𝑙2 𝐼 𝜋 𝑟 1 )
𝑁2 𝑁1 2
D) 𝑀 = 𝜇0 𝑙2
𝜋 (𝑟1 )
2
(𝑁1 ) 2
E) 𝑀 = 𝜇0 𝑙1
𝜋 (𝑟1 )
FONTE: AUTOR
(𝑁1 )2 2 𝑁2 𝑁1 2
A) Φ𝑚1 = 𝜇0 𝑙1
𝜋 (𝑟1 ) 𝐼1 + 𝜇0 𝑙2
𝜋 (𝑟1 ) 𝐼2
2
(𝑁1 ) 2
B) Φ𝑚1 = 𝜇0 𝑙1
𝜋 (𝑟1 ) 𝐼1
2
C) Φ𝑚1 = 𝜇 𝑁2 𝑙 𝑁1 𝜋 (𝑟1 ) 𝐼2
0 2
(𝑁1 )2 2 (𝑁1 )2 2
D) Φ𝑚1 = 𝜇0 𝑙1
𝜋 (𝑟1 ) 𝐼1 + 𝜇0 𝑙1
𝜋 (𝑟1 ) 𝐼2
E) Φ𝑚1 = 𝜇0
𝑁2 𝑁1
( 2
𝑙2 𝜋 𝑟 1 ) 𝐼1 + 𝜇0
𝑁2 𝑁1
( 2
𝑙2 𝜋 𝑟 1 ) 𝐼2
GABARITO
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Fonte: EnsineMe.
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2. Consideremos novamente o problema do solenoide ideal. Um componente eletrônico
com 𝑁 espiras justapostas, grande comprimento 𝑙, alta densidade de espiras por
comprimento e área de seção reta 𝐴. Vamos considerar que esse solenoide conduza uma
corrente elétrica uniforme 𝐼 constante e esteja isolado de outros campos magnéticos.
Calcule sua autoindutância 𝐿.
Neste problema, devemos continuar a partir da questão anterior, quando expressamos o fluxo
de campo magnético a partir do campo magnético de um solenoide ideal nas mesmas
^ ^
configurações. Então, como 𝑛 . 𝑧 = 1,
→
𝐵 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝑧^
→ ^
Φ𝑚 = ∫ 𝐵 . 𝑛 𝑑𝐴
Entretanto, o fluxo de campo magnético do solenoide, isolado, pode ser definido em termos das
constantes de indutância e de correntes elétricas como:
Como o solenoide está isolado de outras fontes magnéticas, o segundo termo não se aplicará:
Φ𝑚1 = 𝐿 𝐼
2
Φ𝑚1 = 𝐿 𝐼 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐼 𝐴
Portanto,
2
𝐿 = 𝜇0 𝑁𝑙 𝐴
𝐿 ≅ 0,0000848 𝐻
4. Seja um fio condutor disposto verticalmente por onde percorre uma corrente elétrica 𝐼
uniforme, no sentido de baixo para cima. Calcule a indutância mútua, 𝑀, da espira
condutora retangular, lateral ao fio como na figura, considerando que tanto a superfície
da espira retangular como o fio condutor pertençam ao mesmo plano coordenado. As
dimensões da espira retangular são descritas na figura.
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Fonte: Autor
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5. Dois solenoides, um longo e outro curto, com comprimentos 𝑙2 > 𝑙1 e respectivos
raios 𝑟2 > 𝑟1 , são alinhados no mesmo eixo axial 𝑧, de maneira que o solenoide curto e
de menor raio, 𝑟1 , esteja inserido dentro do solenoide longo e de maior raio, 𝑟2 . O
solenoide interno, curto e de menor raio, possui 𝑁1 espiras, enquanto o solenoide
externo, longo e de maior raio, possui 𝑁2 espiras. Considere que os dois solenoides
tenham grande densidade linear de espiras. A figura a seguir é apenas ilustrativa. Se o
solenoide longo e externo conduz uma corrente elétrica uniforme 𝐼2 , calcule a indutância
mútua do solenoide curto, interno, de raio 𝑟1 .
Fonte: Autor
𝑁2 𝑁1
Φ𝑚1 = 𝜇0 𝑙2 𝐼2 𝐴1
Obs.: É muito comum expressar essa resposta em termos do número de enrolamentos por
2
comprimento linear, 𝑛 = 𝑁 / 𝑙. Nesse caso, a resposta seria 𝑀 = 𝜇0 𝑛2 𝑛1 𝑙1 𝜋 (𝑟1 ) .
6. Vamos abordar novamente o problema anterior, mas com outro olhar. Então, sejam
dois solenoides, um longo e outro curto, com comprimentos 𝑙2 > 𝑙1 e respectivos raios
𝑟2 > 𝑟1 , alinhados no mesmo eixo axial 𝑧, de maneira que o solenoide curto e de menor
raio, 𝑟1 , esteja inserido dentro do solenoide longo e de maior raio, 𝑟2 . O solenoide
interno, curto e de menor raio, possui 𝑁1 espiras, enquanto o solenoide externo, longo e
de maior raio, possui 𝑁2 espiras. Considere que os dois solenoides tenham grande
densidade linear de espiras. A figura a seguir é apenas ilustrativa. Se o solenoide longo
e externo conduz uma corrente elétrica uniforme 𝐼2 , e o solenoide curto e interno conduz
uma corrente elétrica 𝐼1 , calcule o fluxo de campo magnético total do solenoide curto e
interno, de raio 𝑟1 .
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Fonte: Autor
O fluxo de campo magnético é composto por duas contribuições, uma autoindutiva e outra de
indutância mútua.
Então, vamos obter a autoindutância do solenoide curto e expressar o fluxo total por esse
indutor interno.
Portanto,
Loading o fluxo total de campo magnético
[MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js sobre o solenoide curto será:
Φ𝑚1 = 𝐿 1 𝐼1 + 𝑀 𝐼2
E assim,
2
(𝑁 ) 2
Φ𝑚 1 = 𝜇0 𝑙1 𝜋 (𝑟1 ) 𝐼1 + 𝜇0
𝑁2 𝑁1
( 2
𝑙2 𝜋 𝑟 1 ) 𝐼2
1
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Um toroide de seção transversa retangular ideal contém N espiras justapostas e
perpendiculares a um anel completo. Se esse toroide for ligado a uma corrente elétrica
uniforme 𝐼, um campo magnético não uniforme se estabelecerá em seu interior. Considere que
as espiras tenham as dimensões de um retângulo, como na figura a seguir do corte em seção
transversa da peça. Ou seja, haverá campo magnético não uniforme em seu interior. A
fotografia a seguir ilustra esse componente na realidade. Calcule a autoindutância 𝐿 deste
toroide ideal de seção retangular, como descrito nas duas figuras seguintes. Use 𝜇0 para a
permeabilidade magnética.
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Autor: KPixMining / Fonte: Shutterstock
Fonte: Autor
RESOLUÇÃO
Então, vamos seguir a estratégia de solução já adotada: Calcular o campo magnético, o fluxo
de campo magnético e a Indutância. Como temos alto grau de simetria, vamos aplicar a lei de
Ampère em uma curva de Ampère em anel fechado com simetria polar, como fizemos antes:
→ → ^
→ → 𝐵 = | 𝐵 |𝜃
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 𝜇0 𝐼𝑐 ⟹ → ^
𝑑 𝑙 = 𝑑𝑙 𝜃
𝐼𝑐 = 𝑁 𝐼
→
∮𝑐 𝐵 𝑑𝑙 = 𝜇0 𝑁 𝐼 → 𝜇0 𝑁 𝐼
1 | 𝐵 |𝑐 2𝜋 𝑟
=
→
| 𝐵 |𝑐 ∮𝑐 𝑑𝑙 = 𝜇0 𝑁 𝐼 ⟹ → 𝜇 𝑁 𝐼
→ 𝐵 = 2𝜋 𝑟
0 ^
𝜃
𝐵 𝑐 2𝜋 𝑟 = 𝜇0 𝑁 𝐼
Como a área de incidência do fluxo de campo magnético, em cada espira do Toroide, será um
retângulo de lados 𝑏 - 𝑎 × ℎ, como ilustrado na ultima figura das três anteriores, a medida de
Loading [MathJax]/jax/output/CommonHTML/jax.js
integração de área desta região será 𝑑𝐴 = ℎ 𝑑𝑟:
→ ^ 𝑏→
^ ℎ 𝑑𝑟
Φ𝑚 = ∫ 𝐵 . 𝑛 𝑑𝐴 ⟹ Φ𝑚 = 𝑎∫ 𝐵 . 𝑛
𝑏 𝜇 𝑁 𝐼
Φ𝑚 = ∫𝑎 2𝜋 𝑟
0 ^.𝑛
𝜃 ^ ℎ 𝑑𝑟
𝑏 𝜇 𝑁 𝐼 𝜇0 𝑁 𝐼 𝑏 1
Φ𝑚 = 𝑎∫ 0
2𝜋 𝑟 ℎ 𝑑𝑟 ⟹ Φ𝑚 = 2𝜋 𝑎∫ 𝑟 ℎ 𝑑𝑟
Portanto,
𝜇0 𝑁 𝐼 𝑏 1 𝜇0 𝑁 𝐼 ℎ
𝛷𝑚 = 2𝜋
ℎ 𝑎∫ 𝑟 𝑑𝑟 ⟹ 𝛷𝑚 = 2𝜋
𝑙𝑛𝑎𝑏
Esse é o fluxo sobre uma espira do Toroide de seção retangular. O fluxo sobre N espiras do
mesmo Toroide de seção retangular será obtido multiplicando-se esse fluxo por N:
𝜇0 𝑁2 𝐼 ℎ 𝑏
𝛷 𝑚𝑁 = 2𝜋 𝑙𝑛𝑎
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𝜇0 𝑁2 ℎ
Φ𝑚𝑁 = 𝐿 𝐼 ⟹ 𝐿 = 2𝜋 𝑙𝑛(𝑎𝑏)
CÁLCULO DE AUTOINDUTÂNCIA DE UM
TOROIDE
VERIFICANDO O APRENDIZADO
2 2
A) 𝐿𝑙 = 𝜇0 𝑛 𝜋 𝑅
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2
B) 𝑙 = 𝜇 𝑛 𝜋 𝑅
𝐿
0
C) 𝐿𝑙 = 𝜇0 𝑛2 2𝜋 𝑅
2 2
D) 𝐿𝑙 = 𝜇0 𝑛 / 𝜋 𝑅
E) 𝐿𝑙 = 0
A) Φ𝑚 ≅ 43,3 𝑊𝑏
B) Φ𝑚 ≅ 4,33 𝑊𝑏
C) Φ𝑚 ≅ 0,433 𝑊𝑏
D) Φ𝑚 ≅ 0,0433 𝑊𝑏
E) Φ𝑚 ≅ 0,00433 𝑊𝑏
GABARITO
Vamos considerar que o solenoide esteja alinhado com a direção 𝑧 e está conduzindo uma
corrente elétrica 𝐼. Vamos, ainda, calcular o campo para uma curva de Ampère retangular,
como fizemos antes, com lado 𝑏. Como 𝐼𝑐 = 𝑛 𝑏 𝐼, temos:
→ → → →
∮𝑐 𝐵 ⋅ 𝑑 𝑙 = 𝜇0 𝐼𝑐 ⟹ 𝐵 𝑏 = 𝜇0 𝑛 𝑏 𝐼 ⟹ 𝐵 = 𝜇0 𝑛 𝐼
→
𝐵 = 𝜇0 𝑛 𝐼 𝑧^
𝐿
𝑙
= 𝜇0 𝑛2 𝜋 𝑅2
→ ^
Como o campo é uniforme, 𝐵 = 0, 5 𝑇 𝑖, o fluxo se simplifica..
→ ^ → ^ →
Φ𝑚 = ∫ 𝐵 . 𝑛 𝑑𝐴 = 𝐵 . 𝑛𝐴 = 𝐵 𝐴 cos𝜃
2 𝑜
Φ𝑚 = 0,5 𝑇 . (0,1 𝑚) . cos30
Φ𝑚 ≅ 0,00433 𝑊𝑏
CONCLUSÃO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os fenômenos magnéticos fazem parte do nosso dia a dia. Eletroímãs, geradores elétricos,
materiais magnéticos, mídias magnéticas, bobinas, indutores, campos magnéticos etc. Não há
como pensar em eletromagnetismo sem o estudo dos fenômenos magnéticos e da
magnetostática.
É fundamental que você perceba que todos os itens de estudo da eletrodinâmica clássica,
mesmo aqueles aparentemente mais teóricos, têm aplicação tecnológica e fazem parte da
nossa sociedade tecnológica contemporânea.
Neste tema, você estudou os campos magnéticos estáticos com fontes naturais e de corrente
elétrica uniforme, as leis que regem esses campos magnetostáticos, suas aplicações ao
cálculo de fluxos de campos magnéticos e um pouco sobre os indutores. Não deixe de
experimentar as indicações complementares na seção Explore +.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BARROS, L. M. Física teórica experimental III. 1 ed. Rio De Janeiro: SESES, 2017.
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HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: eletromagnetismo. 10. ed.
Rio De Janeiro: LTC, 2018.
TIPLER, P. A. Física para cientistas e engenheiros. 6 ed. Rio De Janeiro: LTC, 2011.
YOUNG, H. D.; Freedman, R. A. Física III — Sears & Zemansky. 14. ed. São Paulo: Addison
Wesley, 2015. 3 v.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Materiais Magnéticos e o Efeito Hall no livro Física III — Sears & Zemansky.
CONTEUDISTA
Gentil Oliveira Pires
CURRÍCULO LATTES
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