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UFF ‐ UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ELETRODINÂMICA

Nome: Larissa Gomes Ferreira da Silva


Turma: Conceitos básicos de telecomunicações – TET 00335
Professor: Paulo Cezar

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 3
2. A RELAÇÃO ENTRE OS FENÔMENOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS ......................................................... 3
3. OS POLOS DE UM IMÃ .......................................................................................................................... 4
3.1 O imã ............................................................................................................................................ 4
3.2 Tipos de imã ........................................................................................................................................ 4
4. CAMPOS MAGNÉTICOS DE UM SOLENOIDE ......................................................................................... 5
5. FORÇAS ENTRE CORRENTES PARALELAS ............................................................................................... 7
6. MEDIDORES DE CORRENTE E TENSÃO .................................................................................................. 9
6.1. Medidor de corrente ..................................................................................................................... 9
6.2. Medidor de tensão ........................................................................................................................ 9
7. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA ........................................................................................................... 10
7.1. Aquecimento por indução eletromagnética ............................................................................... 11
8. GERADORES DE CORRENTE ALTERNADA ............................................................................................ 11
7. Bibliografia .............................................................................................................................................. 12

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1. INTRODUÇÃO

A eletrodinâmica surgiu através da evolução das teorias da antigamente denominada como


segunda quantização, isto é, quantização dos campos, no ramo da eletrodinâmica.

As teorias de campo são necessariamente relativísticas, já que admitindo‐se que haja


partículas mensageiras na troca de energia e momento mediados pelo campo, essas mesmas
partículas, a exemplo do fóton (que historicamente precedeu a descoberta das teorias de
quantização do campo) devem se deslocar a velocidades próximas ou igual à da luz no vácuo
(c = 299 792 458 m/s).

2. A RELAÇÃO ENTRE OS FENÔMENOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS

Essa descoberta se deu graças ao dinamarquês Han Christian Oersted que reconheceu que a
agulha imantada de uma bússola sofria deflexões quando estava próxima a um fio condutor
por onde passava uma corrente elétrica. Oersted reparou que a agulha da bússola apontava
normalmente para o norte geográfico quando o circuito estava desligado, porém, era
defletida quando a corrente elétrica fluía pelo fio.

Figura 1: representação da bússola do estudo de Oerted.


Após analisar esse fato, Oersted concluiu que a única explicação era que as cargas elétricas
em movimento eram capazes de criar campo magnético. Sendo assim, um fio que conduz
corrente elétrica atua como ímã.

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Concluindo que os dois fenômenos da física estão interligados, a eletricidade gera
magnetismo e o magnetismo gera eletricidade. Após isso, surgiu o eletromagnetismo, ciência
que é responsável pelo estudo dos fenômenos de natureza elétrica e magnética e são
responsáveis pela geração de energia elétrica.

3. OS POLOS DE UM IMÃ

3.1 O imã

Conhecido por possuir em seu material uma substância por ferromagnética, o imã provoca
um campo magnético a sua volta e é capaz de atrair materiais que possuem ferro, cobalto,
níquel em sua composição. Isso só existe por causa do magnetismo.
Encontrados na natureza ou produzidos, os imãs possuem características magnéticas graças
ao spin dos elétrons que se localizam dentro da matéria.
Os ímãs naturais são feitos de minerais com substâncias magnéticas, como por exemplo, a
magnetita. Já os artificiais, são constituídos de materiais sem propriedades magnéticas, mas
que podem adquirir características de um ímã natural.

3.2 Tipos de imã

Como já informado anteriormente, existem dois tipos de imãs.


Os naturais: São encontrados na natureza a partir do processo de imantação, onde uma pedra
vulcânica é responsável pela sua formação e são compostos de óxido de ferro.
Esses imãs são classificados em 3 categorias:

 Permanente: composto de material ferromagnético que tem capacidade de manter as


propriedades magnéticas mesmo após a interrupção do processo de imantação. O
magnetismo desse tipo de ímã pode ser perdido de forma temporária se houver
temperaturas elevadas ou descargas elétricas.

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 Temporal: composto de materiais paramagnéticos, seu magnetismo é provisório. A
propriedade magnética dos ímãs temporais dura apenas enquanto eles estiverem apenas
sofrendo ação de outro campo magnético.

 Eletroímã: é um aparelho composto por um condutor pelo qual circula corrente elétrica
a qual faz gerar magnetismo diante da presença de ferro. As características do eletroímã
dependem da passagem de corrente pelo condutor, de modo que ao interromper a
passagem de corrente o campo magnético desaparecerá
3.3. Os polos magnéticos

Os polos magnéticos são as partes localizadas nas extremidades dos ímãs. Um ímã é formado
por dois polos magnéticos, chamados de polo norte e polo sul, ou dipolos magnéticos. Neles
as ações magnéticas são intensificadas.

A determinação dos polos magnéticos ocorre com a suspensão do ímã pelo centro de massa
até que ele se alinhe ao polo norte e sul geográfico recebendo nomenclatura equivalente.
Assim, o polo norte magnético apontará para o polo norte geográfico e o polo sul magnético
para o polo sul geográfico.

Atração e repulsão

Quando os polos magnéticos de dois imãs são aproximados é possível verificar duas
situações: repulsão, se os polos aproximados são iguais; ou atração, se são polos diferentes.
Isso ocorre porque quando os polos magnéticos de dois ímãs estão próximos, as forças
magnéticas de ambos reagem entre si de forma singular.

4. CAMPOS MAGNÉTICOS DE UM SOLENOIDE

Podemos comparar um solenoide com um imã natural, a solenoide é um enrolamento de fio


condutor que acompanha ou envolve a superfície de um cilindro. O condutor é enrolado de
forma helicoidal, que também permite que a solenoide possa ser chamada de bobina longa.

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Figura 2: representação de um solenoide com o sentido da corrente

No solenoide, cada volta completa do condutor é uma espira. Quando o condutor é


percorrido por uma corrente elétrica ele gera um campo magnético, uniforme no interior.
Com o comportamento parecido ao imã natural, o solenoide também possui extremidades
associadas aos polos norte e sul.

Figura 3: Comparação dos campos de um imã e um solenoide

Quando olharmos atentamente para a primeira figura que mostra o solenoide percebemos
que temos vários campos associados a cada "espira" que o compõe. Notamos também que
as espiras que estão na parte de cima do desenho apresentam campos magnéticos com
sentidos contrários aos das que estão na parte de baixo, devido ao sentido da corrente, que
é invertida.
Assim, os campos das espiras de cima anulam o efeito dos campos das espiras de baixo. E,
dessa forma, teremos um campo magnético resultante nulo na parte externa do solenoide.
Isso ocorre principalmente quando as espiras estão afastadas, mas mesmo no caso em que
elas estão mais próximas o campo magnético externo é muito pequeno, se comparado ao
campo magnético no interior do solenoide, quando este é muito grande (no chamado caso
ideal, o solenoide tem comprimento infinito).

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Já no interior do solenoide temos um campo magnético (na verdade um campo resultante)
praticamente uniforme (o vetor campo magnético é o mesmo em qualquer ponto) e podemos
obter sua intensidade pela seguinte relação:
B=μ.N.il

 N é o número de espiras
 l é o comprimento do solenoide.

Essa expressão pode ser considerada uma aproximação, já que não temos solenoides
infinitos, mas ela permite um bom cálculo para a intensidade do campo magnético. A direção
do vetor campo magnético no interior do solenoide é a mesma de seu eixo ‐ e o sentido do
campo magnético pode ser fornecido pela regra da mão direita, considerando‐se cada volta
como uma espira (como vimos nas figuras anteriores).
Quando um pedaço de ferro é introduzido no interior do solenoide, a intensidade do campo
magnético aumentará, tornando esse ímã mais potente. Essa é a ideia utilizada na construção
de um eletroímã.

5. FORÇAS ENTRE CORRENTES PARALELAS

Como informado anteriormente, o estudo do campo magnético iniciou‐se com a descoberta de


Oersted de que uma corrente elétrica aplica forças num imã. Em seguida, Ampère mostrou que
os ímãs aplicam forças nas correntes elétricas. O passo seguinte foi a comprovação de que duas
correntes elétricas também interagem.
Experimentalmente, observa‐se que dois fios paralelos se atraem quando atravessados por
correntes com o mesmo sentido, e se repelem quando as correntes têm sentidos contrários.

A regra geral para determinar a força exercida sobre um fio percorrido por corrente é:

 Determinar o campo produzido pelo segundo fio na posição do primeiro;

 Determinar a força exercida pelo campo sobre o primeiro fio.

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Na Figura a temos dois fios paralelos percorridos por corrente elétrica (ia e ib), onde Ba
é o campo produzido pela corrente ia. Este campo produz a força Fba.

Para determinar a força Fba precisamos conhecer o módulo e a orientação do campo Ba


na posição do fio b, onde o módulo de Ba é dado por:

Pela regra da mão direita sabemos que Ba é orientado para baixo. Sabendo isso
podemos calcular a força exercida sobre o fio b:

onde L é o vetor comprimento do fio, sendo L e B perpendiculares, obtemos:

A direção Fba é a direção do produto vetorial LxBa. Aplicando a regra da mão direita para
produtos vetoriais a L e Ba, vemos que Fba aponta na direção do fio a.

Calculando a força para o outro fio percebemos que Fab aponta na direção do fio b e Fba
aponta na direção do fio a, o que significa que os dois fios se atraem. No caso em que
correntes têm sentidos opostos, estas forças se repelem. Assim concluímos que correntes
paralelas se atraem e correntes antiparalelas se repelem.

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6. MEDIDORES DE CORRENTE E TENSÃO

6.1. Medidor de corrente

Um medidor de corrente, frequentemente chamado de amperímetro, é um dispositivo que


mede o fluxo de corrente elétrica em um circuito.

Os medidores de corrente podem ser digitais ou analógicos e frequentemente fazem parte de


um multímetro maior que pode medir tensão e resistência também.

Esses dispositivos – tanto atuais quanto multímetros – são geralmente retangulares e em forma
de caixa, com um mostrador digital ou analógico, vários mostradores ou interruptores e um fio
vermelho e um preto que se estende a partir dele.

Quando se refere à eletricidade, a corrente é a ação da carga elétrica ou dos elétrons fluindo
através dos fios que compõem um circuito. A taxa do movimento da corrente pode ser medida
usando um medidor. A corrente passa numa direção, normalmente de positivo para negativo, e
que necessita de fluir em um circuito, que é como um laço contínuo. Ele flui mais facilmente
através de alguns materiais, como fios de metal, do que outros. A madeira, por exemplo, não
conduz eletricidade.

A corrente elétrica é medida em amperes, abreviada como “amplificadores” ou simplesmente


“A”, por meio de um medidor de corrente.

6.2. Medidor de tensão

Um voltímetro, também conhecido como medidor de tensão, é um instrumento usado para


medir a diferença de potencial, ou tensão, entre dois pontos em um circuito elétrico ou
eletrônico.
Alguns voltímetros destinam‐se ao uso em circuitos de corrente contínua e outros são
projetadas para circuitos de corrente alternada.
Voltímetros especializados podem medir a tensão de radiofrequência.

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 Voltímetro analógico

Consiste em um galvanômetro sensível (medidor de corrente) em série com uma alta


resistência. A resistência interna de um voltímetro deve ser alta. Caso contrário, ele atrairá uma
corrente significativa e, portanto, perturbará a operação do circuito sob teste. A sensibilidade
do galvanômetro e o valor da resistência em série determinam a faixa de tensões que o
medidor pode exibir.
 Voltímetro digital

Mostra a voltagem diretamente como números. Alguns desses medidores podem determinar
valores de tensão para vários valores significativos. Os voltímetros laboratoriais práticos têm
intervalos máximos de 1000 a 3000 volts (V). A maioria dos voltímetros fabricados
comercialmente tem várias escalas, aumentando em potências de 10; por exemplo, 0‐1 V, 0‐10
V, 0‐100 V e 0‐1000 V.

7. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Indução eletromagnética é um fenômeno da Física que está relacionado ao surgimento de uma


corrente elétrica por meio de um condutor, imerso em um já existente campo magnético, quando
se dá a variação do fluxo que atravessa tal campo.

No ano de 1820, o físico Hans Christian Oersted observou que, ao passar uma corrente elétrica
em um condutor, ele mudava a direção da agulha de uma bússola. Essa foi a primeira constatação
do que mais tarde viria a ser conhecido como eletromagnetismo.
Após Oersted observar a primeira manifestação do eletromagnetismo, quando uma corrente
elétrica passou por um condutor e alterou a direção de uma bussola.
A partir de então, vários cientistas passaram a experimentar e realizar investigações profundas
da conexão existente entre os fenômenos em campos elétricos e os fenômenos magnéticos.

A ideia era, principalmente, descobrir se a recíproca também era verdadeira. Ou seja, se


fenômenos magnéticos poderiam gerar uma corrente elétrica. Dessa forma, no ano de 1831, o
físico londrino Michael Faraday descobriu, em suas experiências, o fenômeno e os efeitos da
indução eletromagnética.

Desse momento em diante, a Lei de Faraday e a Lei de Lenz (que faz referência ao físico russo
Heinrich Lenz) se tornaram os mandamentos fundamentais do eletromagnetismo, explicando e
determinando os efeitos da indução eletromagnética.

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7.1. Aquecimento por indução eletromagnética

É um fenômeno muito utilizado para o endurecimento ou o amolecimento de metais e


quaisquer outros materiais condutores de energia elétrica.
O aquecedor por indução é composto por uma bobina eletroímã, sendo que através da mesma
é passada uma corrente alternada de alta frequência, responsável pela geração de calor. A
indução da corrente leva os elétrons a se movimentarem com grande velocidade, aquecendo o
material a cerca de 1200 ºC.

8. GERADORES DE CORRENTE ALTERNADA

Os geradores são aplicados na geração de energia elétrica, possibilitando a produção de energia


em grande escala, como em usinas hidrelétricas. Nelas, a produção energética acontece por
meio da energia mecânica produzida pela rotação de um eixo quando da passagem da água
pelo canal.
As pás da turbina desse eixo são ligadas ao gerador de corrente alternada, levando à geração de
eletricidade. Nesse caso, a corrente elétrica produzida é alternada, de sentido variável.

 Transformadores

Após a produção de energia elétrica nas usinas, ocorre o transporte para os centros de
transmissão, que levarão a energia aos consumidores. Entretanto, para que esse transporte
aconteça sem muitas perdas, é preciso aumentar a tensão da corrente, evitando o desperdício
da energia gerada.

Ao chegar aos centros de transmissão, essa corrente precisa ter sua tensão reduzida. E esse
processo é realizado pelos transformadores, que nada mais são que dispositivos responsáveis
pela alteração da tensão de uma corrente alternada.

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7. BIBLIOGRAFIA

http://ofp.cosmoufes.org/uploads/1/3/7/0/13701821/sobre_a_eletrodin_mica_dos_corpos_em_movim
ento.pdf

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/experimento‐oersted.htm

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/eletrodinamica.htm

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/campo‐magnetico‐‐‐espira‐e‐solenoide‐direcao‐sentido‐
e‐vetor.htm

https://campos‐magneticos.webnode.page/a29‐3‐for%C3%A7a‐entre‐duas‐correntes‐paralelas/

https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/mod09/m_s05.html

http://www.geocities.ws/saladefisica6/eletromagnetismo/fiosparalelos.html

https://nelsonreyes.com.br/Eletrodin%C3%A2mica.pdf

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