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Máquinas Elétricas
Introdução a Máquinas Elétricas e Circuitos Magnéticos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Introdução a Máquinas
Elétricas e Circuitos Magnéticos
• Introdução;
• Materiais Magnéticos;
• Desenvolvimento Histórico das Máquinas
Elétricas e Tipos de Máquinas Elétricas;
• Campo Magnético [B];
• Fluxo Magnético [Ø];
• Força Magneto Motriz [F];
• Relutância Magnética;
• Permeabilidade Eletromagnética;
• Circuito Magnético;
• Indutância.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Introduzir o aluno aos conceitos de circuitos magnéticos capacitando-o a compreender
detalhes referentes aos fenômenos elétricos e magnéticos que ocorrem em máquinas
elétricas e transformadores;
• Conhecer o desenvolvimento histórico e apresentar um breve panorama do estado da arte.
UNIDADE Introdução a Máquinas
Elétricas e Circuitos Magnéticos
Introdução
Os dispositivos eletromagnéticos encontram-se na vida cotidiana do homem e,
por esse fato, não se costuma atentar ao seu funcionamento, e não se costuma ques-
tionar sobre como funcionam. Mas usufrui-se dos benefícios dos circuitos eletromag-
néticos desde o tocar de uma campainha até a geração de energia por um gerador
na hidrelétrica. Tamanha a importância desses sistemas ao engenheiro eletricista
que, sem os conhecimentos em Transformadores e Máquinas Elétricas, não se pode
exercer o ofício de engenheiro eletricista, já que se gera energia elétrica justamente
para movimentar máquinas elétricas e, para isso, necessita-se de transformadores,
de forma a adequar a energia ao seu uso. Veja que, sem isso, sobra apenas a produ-
ção ôhmica de calor.
grad B = ∇B [1]
div B = ∇ ⋅ B [2]
grad B = ∇ × B [3]
Onde B é o Campo Magnético.
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E, para este estudo, considerar-se-á a classificação dos materiais quanto à sua
interação com os campos magnéticos.
Materiais Magnéticos
Existem várias classificações referentes aos materiais, que devem ser tratadas em
sede de estudos de física nuclear em relação aos materiais. Para este estudo, consi-
dera-se a classificação quanto à interação eletromagnética, e o estudo da estrutura
atômica do átomo deve ser considerado.
τ= ϕ × B [4]
Onde τ é o torque magnético, B é o campo magnético e ϕ é o momento magnético.
ϕ = IA [5]
Onde I é a corrente que percorre uma espira e A é a área desta espira.
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Materiais Diamagnéticos
Quando um material diamagnético é colocado na presença de um campo magné-
tico externo, estabelece-se em seu interior outro campo magnético em sentido opos-
to ao qual ele foi submetido e que desaparece quando o campo externo é removido.
É o mesmo que dizer que esse tipo de material é repelido pelo campo magnético.
Materiais Paramagnéticos
Os materiais paramagnéticos são aqueles que têm seus momentos angulares ali-
nhados ao serem colocados nas proximidades de um campo magnético. Esse alinha-
mento ocorre paralelamente ao campo magnético externo e faz com que o material
se comporte da mesma forma que o ímã normal. Sendo assim, eles são atraídos
pelos ímãs e passam a ter as mesmas características que eles. Entretanto, quando o
campo externo é retirado, o material perde suas propriedades magnéticas e volta “a
comportar-se normalmente”.
Materiais Ferromagnéticos
São classificados como ferromagnéticos os materiais que possuem memória mag-
nética, isto é, quando são submetidos a um campo magnético externo, eles têm seus
momentos angulares alinhados e passam a comportar-se da mesma forma que o
ímã. Além disso, essas características permanecem mesmo após o ímã ser removido.
Os materiais ferromagnéticos são utilizados em máquinas elétricas e transformado-
res. Alguns exemplos são o ferro, níquel, cobalto e algumas ligas.
Exemplos: ferro, aços especiais, cobalto, níquel, e algumas ligas (alloys) como
Alnico e Permalloy, entre outros.
Ferromagnéticos Permanentes
O Ferromagnetismo permanente ocorre em sólidos nos quais os campos magné-
ticos associados com átomos individuais se alinham espontaneamente, alguns de for-
ma paralela, ou na mesma direção (como no ferromagnetismo) e outros geralmente
antiparalelos, ou emparelhados em direções opostas. O comportamento magnético
dos cristais de materiais ferrimagnéticos pode ser atribuído ao alinhamento paralelo;
o efeito desses átomos no arranjo antiparalelo mantém a força magnética desses
materiais geralmente menor do que a de sólidos puramente ferromagnéticos como
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o ferro puro. O Ferrimagnetismo ocorre principalmente em óxidos magnéticos co-
nhecidos como Ferritas.
O campo magnético pode ser definido pela medida da força que o campo exerce
sobre o movimento das partículas de carga, tal como um elétron. A representação
visual do Campo Magnético é feita através de Linhas de campo magnético, também
conhecidas por linhas de indução magnética ou linhas de fluxo magnético. Essas li-
nhas de campo magnético são linhas envoltórias imaginarias fechadas, que saem do
polo norte e entram no polo sul.
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NI Ae
H= [6]
l m
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A intensidade de campo magnético H, dessa forma, é a capacidade da corrente
criar um campo magnético, mas esse campo dependerá do material do núcleo, ou
seja, a facilidade com que esse campo interage com o material, denominada perme-
abilidade magnética mm.
Fase
Fase
Primária
Segundária
NP giros
NS giros
Corrente Fluxo
primária Magnético,Φ
IP
Corrente
IS segundária
Tensão
primária
VP
Corente
segundária
VS
Núcleo do
Transformador
B = mm · H [T] [7]
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O
= ∫ B ⋅ dA [Wb ] [8]
A
Ø = B · A [Wb] [10]
Você Sabia?
A denominada Lei de Gauss do Magnetismo afirma que o fluxo magnético líquido por
qualquer superfície fechada é sempre zero.
∫ ⋅ dA =
B 0
F = N · I [Ae] [11]
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Relutância Magnética
A relutância magnética é a medida da oposição que um meio oferece ao estabele-
cimento e concentração das linhas de campo magnético. A relutância de um circuito
magnético é o equivalente da resistência elétrica, sendo a sua unidade o ampère-
-espira (A.e) por weber (Wb).
1 Ae
ℜ= [12]
m ⋅ A Wb
1 A Wb
Ƥ [13]
l Ae
Permeabilidade Eletromagnética
A permeabilidade magnética (mm) mede a facilidade com que as linhas de campo
podem atravessar um dado material. Esta permeabilidade magnética tem como base
a permeabilidade magnética no vácuo mo = 4π . 10–7 H/m e desta forma, a razão en-
tre a permeabilidade magnética do material em relação á permeabilidade magnética
no vácuo apresentará uma permeabilidade magnética relativa mr que é uma maneira
conveniente de comparar a capacidade de magnetização dos materiais.
mm
mr = [14]
m0
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Circuito Magnético
Embora não pareçam a princípio, circuitos magnéticos e elétricos são bastante
similares. Vamos fazer uma relação entre a lei de Ohm e os circuitos magnéticos.
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Indutância
O campo magnético existente, criado e dentro do circuito magnético como verifica-
do, causa em sua vizinhança alterações importantes a se considerarem. Desses efeitos,
o efeito de indução é o mais proeminente. A lei de Faraday afirma que se houver um
fluxo passando através de uma espira de fio condutor, então uma tensão ε será induzi-
da, sendo diretamente proporcional à taxa de variação do fluxo em relação ao tempo.
A Lei de Lenz colabora acresentando o sinal negativo, pois ,ao criar-se uma corrente
pela adição da carga ao circuito formado pelas espiras e a carga, apareceria uma cor-
rente de sentido oposto à corrente geradora do campo magnético inicial.
dφ
ε ind = − [V ]
dt
Quanto mais espiras N, maior esse poder de gerar uma tensão ε. Dessa forma,
reescreve-se a fórmula considerando o número de espiras.
dφ
ε ind = − N [V ]
dt
Em todos os casos de indução eletromagnética, uma fem induzida fará com que
a corrente circule em um circuito fechado, num sentido tal que seu efeito magnético
se oponha à variação que a produziu, uma corrente induzida Iind.
Você Sabia?
O detector de metais é formado basicamente por uma bobina como parte de um circuito
em sua extremidade. Quando a bobina se aproxima de um objeto metálico, sua indutân-
cia é afetada e a corrente do circuito muda. Essa mudança aciona um circuito enviando
um sinal sonoro ao operador do detector de metais.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Física para cientistas e engenheiros – Eletricidade e magnetismo
JEWETT, J.; SERWAY, R. Física para cientistas e engenheiros – Eletricidade e
magnetismo. Vol. 3. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
Teoria eletromagnética – Parte Clássica
NETO, J. B. Teoria eletromagnética – Parte Clássica. São Paulo: Livraria da
Física, 2013.
Vídeos
Fluxo Magnético
https://youtu.be/2mq8q-jWH1Q
Leitura
Aula 1 – Circuitos Magnéticos
SALLES, M. Aula 1 – Circuitos Magnéticos. Escola politécnica USP.
https://bit.ly/3e9wBim
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Referências
COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. 3. ed. São Paulo: Makron, c1993.
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