Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Máquinas Elétricas
Material Teórico
Transformadores
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Transformadores
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar os conceitos basilares em relação aos transformadores habilitando o aluno
a conhecer o funcionamento de um transformador;
• Compreender as relações de transformação, o rendimento do transformador e os ensaios
para perdas no transformador.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Transformadores
P = I.∆V (W)
Por outro lado, a passagem de uma corrente por um condutor, devido à sua
resistência, gera uma perda de energia, sendo essa energia perdida em forma de
calor. Dessa forma, essa perda de energia no sistema elétrico se verifica em função
da resistência do condutor.
2
(DV )
2
P = I ×R = (W )
R
Assim, verifica-se que uma corrente menor gera uma perda menor de potência
por calor. Os transformadores são utilizados em subestações de energia para trans-
missão de energia elétrica, efetuando a alteração do valor da corrente diminuindo
a bitola dos cabos na transmissão.
Para a correta utilização da energia elétrica, é necessário que a mesma seja tra-
tada, de forma que em qualidade se adapte à máquina elétrica ou ao uso ao qual
se destina. O transformador é um dispositivo constituído basicamente por duas
bobinas estreitamente acopladas. Um meio de alterar os valores de tensão e cor-
rente que entra por um de seus lados (Primário), em valores adequados no lado de
saída (Secundário). Dessa forma, os transformadores são dispositivos elétricos que
transformam tensão e corrente alternadas com a mesma frequência, entre dois ou
8
mais enrolamentos, através da indução eletromagnética, em valores de tensões e
correntes iguais maiores ou menores.
Relação de Potências
entre Primário e Secundário
Pela teoria da conservação de energias, a potência que entra no transformador
é a mesma que é utilizada na carga do secundário e na magnetização do núcleo. A
relação de potências do transformador ideal é:
PS = PP
VP .IP = VS.IS
Frase Frase
Primária Secundária
NP giros NS giros
Corrente Fluxo
Primária Magnético,
IP
Corrente
+ IS Secundária
Corrente
+
Primária
VP
Corrente
Secundária
VS
−
−
Núcleo do
Transformador
9
9
UNIDADE Transformadores
Dessa forma, pode-se relacionar o número de voltas da espira (N) com cada
parte infinitesimal do fluxo de campo magnético (∅) e, assim, perceber a existência
de uma ddp (E) entre os polos da espira.
dO
E = N× [V ]
dt
O transformador somente pode atuar em corrente alternada. Foi Nicola Tesla (1856-1943),
físico norte-americano nascido na Croácia, quem apresentou ao mundo a transmissão
em corrente alternada e as elevações e diminuições de tensão e corrente para viabili-
zar essa transmissão. O ponto de vista de Tesla contrastava com Thomas A. Edson, que
apoiava o uso da corrente contínua para transmissão. O uso de transformadores de alta
tensão possibilitou a transmissão em corrente alternada e a abordagem de Tesla preva-
leceu sendo utilizada até hoje.
Relação de Transformação
Sabe-se que o valor da diferencial do fluxo de campo magnético no tempo apre-
senta o valor da tensão nos terminais de uma espira. Assim, a razão entre esses
valores estará apresentando a relação de transformação do transformador.
dO
E1 = N1 × [V ]
dt
dO
E2 = N 2 × [V ]
dt
E N
RTp = 1 = 1
E2 N 2
10
Transformadores de Potencial Transformadores de Corrente
N1 U1 I 2 N1 I U
RTp = = = RTc = = 1= 2
N2 U 2 I1 N 2 I 2 U1
P1 = P2 + P2 + ... Pn
1 2 m
11
11
UNIDADE Transformadores
É certo que toda matéria possui certo valor de resistividade. Assim, deve-se
considerar a resistência ôhmica nos enrolamentos do primário e secundário. Essa
perda é denominada perda no cobre.
Ainda há as perdas por correntes parasitas, que são geradas pela circulação de
correntes causadas pelo fluxo magnético variável, induzindo no material ferromag-
nético uma corrente indesejada (chapas finas isoladas diminuem as perdas).
12
Rendimento
Como explanado, o transformador possui perdas, e essas perdas devem ser veri-
ficadas por meio dos ensaios e descontadas para formar a potência de saída. A essa
diferença denomina-se rendimento do transformador.
Potênciasaída
n% = ×100%
Potênciaentrada
Potênciasaída
n% = ×100%
( Potênciasaída + PerdasFe + PerdasCu )
Vo -VL
Rt =
VL
R1 X i1 X i′2 R 2′
Iˆϕ
+ Iˆ1 Iˆ2′ +
Vˆ1 Vˆ2′
Rc Xm
– –
Figura 6
13
13
UNIDADE Transformadores
Conexão Scott
No início da história da transmissão elétrica, era comum a utilização dos siste-
mas bifásicos e trifásicos. Logo, era constantemente necessária a interligação entre
esses sistemas. Isso levou Charles Scott (1864-1944), em 1894, a apresentar um
14
novo método para a transformação de fase: o transformador Scott ou “T”. Essa
conexão é formada por dois transformadores monofásicos. Um deles deve possuir
derivação central e recebe o nome de “principal”, “M” ou “Main”. Nessa derivação,
é conectado a outro transformador, chamado de transformador “T” ou “teaser”.
Conexão Le Blanc
Outra alternativa de acoplamento para transformação trifásica/bifásica é cone-
xão Le Blanc, desenvolvida no final do século XIX. Ela possui eficiência aproximada
à conexão Scott. Contudo, não teve a mesma repercussão que a outra ligação. Essa
conexão é formada por um transformador trifásico modificado com enrolamentos
secundários assimétricos, para se obter uma estrutura similar à ligação Scott.
15
15
UNIDADE Transformadores
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Identificando transformadores (INS066)
Entrevista com Mestre Newton C. Braga – Internet e Coisas #99.
http://bit.ly/35hlFt6
Vídeos
Transformadores, relação e tensão – Mundo da Elétrica
https://youtu.be/QFaVUuIabJ0
Instalações Elétricas – Aula 05 – Transformadores
UNIVESP. Curso de Engenharia Univesp – Universidade Virtual do Estado de São
Paulo Disciplina: Instalações Elétricas (FEG-002).
https://youtu.be/zo7z8Lp_tB0
Laboratório de Máquinas elétricas: Ensaio de transformador
Passo a passo para efetuar o ensaio em vazio do transformador (Laboratório de
Máquinas Elétricas) videoaula do CEFET-MG na disciplina prática de Laboratório de
Máquinas Elétricas.
https://youtu.be/D81DS4edmmk
16
Referências
COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. 3. ed. São Paulo: Makron, c1993.
17
17