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Na eletrostática foi estudado elétrons livres e sem movimentação definida, apenas uma agitação. Além disso, o estudo
foi feito baseado em corpos condutores em equilíbrio eletrostático. Ademais o campo elétrico interno era nulo e potencial igual
em todos os pontos desse condutor, ou seja, ddp nula.
“A eletrodinâmica é o estudo das correntes elétricas, suas causas e os efeitos que produzem no “caminho” por onde
passam os portadores de carga elétrica livres.”
“É o movimento ordenado, isto é, com direção e sentido preferenciais, portadores de carga elétrica”
Considere duas placas metálicas, A e B, eletrizadas. Elas possuem potenciais diferentes uma da outra em que vA > vB.
Agora ligamos um fio, também metálico, uma na outra. Nesse fio, os elétrons passarão da barra negativa para positiva, o que é
uma situação natural das cargas, atração entre sinais diferentes. Com isso, o potencial da barra A vai diminuindo e o da barra B
vai aumentando. Assim a ddp entre eles vai diminuindo. Quando os potenciais se igualarem e a ddp se anular, os elétrons que
passavam pelo fio, causando a corrente elétrica, se cessaram. Por isso a corrente elétrica é causada pela ddp.
Uma coisa curiosa, a corrente pode ser dada pelo conceito de campo elétrico.
Gerador elétrico
Como visto a corrente só ocorre por um período de tempo, visto que em algum instante a ddp se anula. Mas pense no
seguinte, se houvesse uma forma de durabilizar essa corrente a melhor forma seria enviando os elétrons novamente para a
barra negativa, certo? Logo, essa é a função do gerador elétrico. Ele mantém o curso de elétrons entre as placas que estão
ligadas entre o fio, como visto no exemplo anterior.
“A intensidade média de corrente elétrica através da seção considerada é o quociente do módulo da carga elétrica que
atravessa a seção transversal pelo intervalo de tempo em que isso ocorre.”
|𝑄|
𝑖𝑚= ∆𝑇
→ |𝑄|= n ± e (carga elementar)
A unidade de medida da intensidade da corrente elétrica é o Ampére! Essa unidade será explicada em
eletromagnetismo, por agora o que deve-se entender é que pela fórmula teremos como resposta uma medida de C/s = 1 A
(ampére)! Por se tratar de medidas muito pequenas, atente-se aos submúltiplos.
Circuito elétrico
É o caminho onde se pode estabelecer uma corrente elétrica, o circuito fora do gerador é chamado de circuito externo.
Gráfico i x t
A área do gráfico da corrente por tempo determina a carga elétrica. O gráfico pode fazer um trapézio, retângulo,
triângulo. Atente-se.
> Importante observar que nas correntes contínuas o sentido da corrente não muda. A corrente mais estudada será a contínua
constante. (amém)
Veja que interessante: independente do tamanho da seção transversal se altere a intensidade não se altera!
No entanto, caso haja uma bifurcação (divisão) na corrente, veja o que acontece:
Efeito Joule
Como foi visto na primeira parte de Corrente Elétrica e Resistores, ao ser ligado um fio a um gerador, temos corrente
elétrica por elétrons livres (generalizando). No entanto, teremos no caminho cátions do retículo cristalino, vamos ver o que é
um retículo cristalino:
Logo, diversos elétrons, seguindo para o mesmo sentido, vão colidir com os cátions desse retículo e, devido a força
6
elétrica atuando sob o elétron dentro do fio, possui ali uma velocidade de 10 m/s. Quando eles colidem, a velocidade cai pela
−4
10 m/s. Essa situação ocorre repetidamente pois os elétrons voltam à sua velocidade inicial pois a força continua atuando.
Agora, a parte mais importante é entender que ao colidir é causado ali uma movimentação, vibração. Com a perda da energia
potencial elétrica, com a queda da velocidade, e com a vibração das partículas, temos aí uma energia térmica associada.
Potência Elétrica
Para entender a potência, é abordada uma interpretação e em seguida seu cálculo. Imagine uma lâmpada, ligada a
duas placas paralelas com ddp U, constante e sendo percorrida por uma corrente elétrica de intensidade i. Durante um certo
intervalo de tempo ∆t, como foi visto em efeito Joule, a lâmpada irá receber certa quantidade de energia térmica E. A potência
recebida será dada por:
𝐸
P= ∆𝑇
> Logo, a potência por exemplo, 48 W, significa que a lâmpada opera com potência de 48 joules por segundo.
Agora, vamos ver uma expressão que relaciona potência, diferença de potencial (ddp) e intensidade da corrente.
Ocorre muito na física de relacionar as expressões de diferentes definições do mesmo assunto ou até diferentes, vamos lá:
> Como a energia térmica é o potencial elétrico inicial menos o final (já que estamos falando do que foi perdido) a energia
térmica é dada por:
E = 𝐸𝑝 𝐴 - 𝐸𝑝 𝐵
E = |𝑞| . U Pot = U . i
Entendendo como é interpretada: vamos supor que U é igual a 12 V, que equivale a 12 J/C, significa que cada carga de
Coulomb ao passar pela lâmpada terá 12 J de energia. Suponha também que i seja igual a 4 A, o que significa que 4 C passam
pela corrente a cada segundo. Então, se cada Coulomb de carga fornece 12 J por segundo e, passam pela lâmpada 4 C por
segundo ela recebe: 4 . 12J = 48 J/s = 48 W!
Note que para a lâmpada, a potência significa energia recebida e para o gerador significa energia fornecida.
> Em caso de linguagem energia potencial elétrica pode acabar sendo escrito como energia elétrica (não se cause estranheza)
Quilowatt-hora (kWh)
O quilowatt-hora é uma unidade prática, usada para medir altas quantidades de energia como a consumida em
residências ou indústrias. Para calcular o consumo de energia em kWh deve-se seguir as seguintes observações: 1 kW =
1000W e o tempo é em horas. Vamos ver um exemplo prático!
Imagine um ferro de passar, de potência igual a 1000W, ligado durante 1 hora.
6
• Que se for calcular em segundos teremos que 1 h = 3600 s, então: 1kWh = 3,6 . 10 J
Para essas medidas de unidade a relação de expressões, é preciso, apenas, uma boa atenção. Não é difícil!
Valores nominais
São duas especificações postas em produtos elétricos como chuveiros, ferros de passar, etc.. Um deles é tensão
nominal, que indica a tensão da rede elétrica; o outro é a potência nominal, indica a voltagem necessária para comportar a
tensão da rede elétrica. Por exemplo: se uma lâmpada de 100W precisa de 110 V para funcionar, significa que se a voltagem
dela for menor, ela iluminará menos e, se for maior ela, iluminará mais, no entanto, com durabilidade menor.
Fusíveis
É um sistema condutor protetor de circuitos contra corrente excessivas. Quando a temperatura do fusível atinge o
ponto de fusão, ele cessa a corrente. Os disjuntores também possuem o mesmo objetivo mas com uma vantagem, após atingir o
ponto de excesso o disjuntor cessa a corrente e volta ao estado inicial, recobrando a corrente, seu processo. Já os fusíveis,
quando atingem o ponto máximo, precisam ser trocados.
Para entender vamos considerar uma corrente elétrica de, metal tungstênio, de intensidade i submetida a uma ddp U.
Suponha também que há um sistema de refrigeração que mantém a temperatura constante. Usando uma pilha comum (como
gerador) de modo a se ter U igual a 1,5 V e i igual a 0,1 A. Se pusermos duas pilhas comuns teremos U igual a 3,0 V e i igual 0,2.
Ou seja, se dobrarmos o valor da ddp, dobraremos o valor da corrente, concluindo-se, assim, que a ddp e a intensidade da
corrente são diretamente proporcionais:
𝑈
𝑖
= uma constante
Essa constante será chamada de resistência elétrica, que vamos simbolizar por R.
Em experimentos para entender essa proporcionalidade, vê-se diferentes metais e suas diferentes voltagens. Esses
condutores são chamados de condutores ôhmicos. Símbolos da resistência elétrica em esquemas de circuitos:
1,5
> Para tungstênio temos: R = 0,1
= 15 V/A = 15 Ω
> Para R ser uma constante devemos considerar sua temperatura constante (por isso no exemplo havia um sistema de
refrigeração);
3
kΩ (quiloohm) = 10 Ω
6
MΩ (megaohm) = 10 Ω
−3
E também ao submúltiplo: mΩ (miliohm) = 10 Ω
Condutor ideal
Na Mecânica, muito é falado sobre “fios ideias” para tratar por exemplo de blocos suspensos. A massa desses blocos é
tamanha comparada ao fio que muitas vezes (maioria) é possível desprezar a massa desse fio.
Será um condutor ideal aquele que possui uma resistência zero. No entanto, não existe nenhum condutor com
resistência zero, mas pode ser desprezível pelo seu valor pequeno, é o caso de fusíveis e disjuntores, fios de cobre usados em
instalações, interruptores.
Interruptores
Circuito aberto
Circuito fechado
Os interruptores possuem resistência elétrica tão baixa que podem ser desprezíveis.
Resistores
“São condutores fabricados com a finalidade exclusiva de converter energia elétrica em energia térmica, ou seja,
aproveitar o efeito joule”
O efeito Joule não é vantajoso em muitos casos pois proporciona grande perda de energia elétrica além de poder
danificar o condutor. Logo, os resistores foram feitos. Lâmpadas incandescentes são exemplos de um resistor, aquecedores
elétricos de ambiente, soldadores elétricos, fusíveis usados para proteção de circuitos e instalações.
O símbolo do resistor é o símbolo de sua resistência. O estudo dos resistores vai ser com base nos condutores
ôhmicos.
> Lembrando! Condutores ôhmicos são aqueles que obedecem à primeira lei de Ohm, ou seja, possuem sua voltagem
diretamente proporcional a intensidade da corrente. Os metais são exemplos de condutores ôhmicos.
2
2 𝑈
i=R.𝑖 Pot = 𝑅
“A resistência elétrica R de um condutor homogêneo de seção transversal uniforme é proporcional ao seu comprimento l,
𝑙.ρ
inversamente proporcional à área A de sua seção transversal e depende do material e da temperatura: R = 𝐴
, em que a
grandeza ρ é característica do material e da temperatura, sendo denominada resistividade elétrica do material.”
A segunda lei de Ohm é baseada na sequência de estudos de Ohm que procurou identificar quais grandezas
influenciavam a resistência elétrica. Diz-se, portanto, que a resistência de um condutor surge em função do comprimento
(l), área (A) da seção transversal e do material que é feito (ρ). Observando a equação dada no enunciado da lei, R é uma
característica do condutor e ρ é uma característica apenas do material.
A resistividade elétrica tem como unidade, no SI, o ohm-metro (Ωm)