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Potência Elétrica
Para entender o conceito de potência elétrica,
considere uma lâmpada ligada a um gerador,
submetendo-se a uma diferença de potencial U,
suposta constante, e sendo percorrida por uma
corrente elétrica de intensidade i.
Relações
A energia E recebida pela lâmpada no intervalo de
Como consequência, se no “caminho” da corrente tempo Δt é a diferença entre a energia potencial
elétrica ocorrer uma bifurcação, a soma das elétrica que a carga q tem em A (EpA) e a que ela
tem em B (EpB):
𝐸 = 𝐸𝑃𝐴 − 𝐸𝑃𝐵
ou
O QuiloWatt-Hora (kWh)
Suponha que um ferro elétrico de passar roupa, de
potência igual a 1 000 W, tenha ficado ligado
durante 1 h. Vamos calcular a energia elétrica E
consumida por ele.
Sendo Pot = 1000 W e Δt = 1 h = 3600 s, temos:
Assim
Então
Substituindo, temos:
Logo
Curto-circuito
Vamos associar em série duas dessas lâmpadas,
L1 e L2, e aplicar uma ddp de 110 V entre os
terminais da associação:
Medidas elétricas
Nos laboratórios e nas oficinas, porém, é muito
importante conhecer e saber usar alguns
instrumentos que medem essas grandezas.
Ponte de Wheatstone
A associação de quatro resistores representada
na figura a seguir é denominada ponte de
Wheatstone, e ela é útil na determinação
experimental da resistência de um resistor.
Recebe esse nome porque foi idealizada pelo
físico inglês Charles Wheatstone (1802-1875).
Nesta montagem, R1 e R4 são resistências
conhecidas, R3 é uma resistência variável, porém
conhecida, e R2 é uma resistência desconhecida,
Geradores de energia elétrica importante destacar que não se trata de uma
força, mas de uma diferença de potencial.
Geradores químicos
São os que convertem energia potencial química
em energia elétrica. Podemos citar como exemplo Equação do gerador
as pilhas e as baterias.
Vamos, agora, determinar a expressão que
fornece a tensão U entre os terminais do gerador
em função da intensidade i da corrente que o
percorre, expressão conhecida como equação do
gerador.
Para isso, observe a figura a seguir, em que temos
uma pilha ligada a uma lâmpada e a
correspondente representação esquemática.
Gerador em curto-circuito
Dizemos que um gerador está curto-circuitado
Embora a grandeza ε seja chamada quando seus terminais estão interligados por um
(impropriamente) de força eletromotriz, é
fio de resistência elétrica desprezível, como Potências elétricas no gerador: total, útil e
podemos ver na figura a seguir. desperdiçada
Antes de iniciar este novo assunto, é preciso
entender uma diferença bastante significativa.
Quando determinada quantidade de energia é
dissipada num resistor, sabe-se que ela foi
transformada em energia térmica. Acontece que
essa dissipação pode ser útil, como no caso de um
chuveiro, ou inútil e indesejável, como quando
ocorre em fios de ligação ou no interior de uma
pilha. Por isso preferimos chamar a energia
Nessa situação, a ddp entre os terminais do inutilmente dissipada de energia desperdiçada.
gerador é nula. Isso significa que toda a força
eletromotriz que ele produz fica aplicada em sua Vamos, agora, analisar a potência elétrica no
resistência interna. gerador. Para isso, veja a figura a seguir, em que
uma pilha alimenta uma lâmpada:
Fazendo U = 0 na equação do gerador, obtemos a
intensidade da corrente que o percorre quando
curto- -circuitado, chamada corrente de curto-
circuito (icc):
A resistência interna de um gerador em bom A potência elétrica que a pilha entrega à lâmpada
estado é muito pequena e, portanto, icc é muito é a potência elétrica útil (Potu) do gerador. Essa
grande. Por isso, uma pilha ou bateria curto- potência que a lâmpada está recebendo e que é
circuitada pode se aquecer tanto a ponto de dissipada nela pode ser expressa por:
ocorrerem vazamentos e sérios acidentes.
Gerador ideal
À potência elétrica dissipada na resistência interna
O gerador ideal é um gerador hipotético em que a da pilha vamos dar o nome de potência elétrica
resistência interna é nula. Assim, a ddp U desperdiçada pelo gerador (Potd), que pode ser
disponível entre seus terminais sempre é igual à expressa em função da intensidade da corrente i
sua força eletromotriz ε: e da sua resistência interna r por:
Receptores elétricos
Como já vimos, um resistor ligado a um gerador
recebe energia elétrica e a converte integralmente
em energia térmica.
Agora vamos estudar os receptores elétricos: devemos destacar que não se trata de uma força,
dispositivos que recebem energia elétrica de um mas de uma diferença de potencial.
gerador e convertem uma parte dela em energia
não térmica.
O motor elétrico é um bom exemplo de receptor. Equação do receptor
Ele recebe energia elétrica do gerador ao qual Vamos, agora, determinar a equação do receptor,
está ligado e transforma uma parte dessa energia isto é, a expressão que relaciona a ddp
em energia mecânica. Inevitavelmente outra parte U aplicada entre seus terminais com a
é desperdiçada termicamente, por efeito Joule, intensidade i da corrente que o
nos enrolamentos e nos contatos. percorre.
Para isso, veja na figura a seguir uma
pilha alimentando um pequeno motor
elétrico de corrente contínua, como
esses que podemos encontrar em
diversos brinquedos. Observe,
também, a correspondente
representação esquemática:
Receptor ideal
Embora a grandeza e' seja chamada O receptor ideal é um receptor hipotético em que
(impropriamente) de força contraeletromotriz, a resistência interna é nula. Nesse caso, temos U
= ε'.
Sendo i a intensidade da corrente na associação,
podemos escrever, para os n geradores, as
Associação de Geradores seguintes equações:
Até o momento, vimos uma grande quantidade de
situações envolvendo resistores constituindo
associações em série, em paralelo ou mistas.
Vamos estudar, agora, a associação de
geradores, que também pode ser feita em série,
em paralelo ou de forma mista.
É muito comum, por exemplo, encontrarmos
lanternas, rádios, máquinas fotográficas e outros
aparelhos que funcionam com mais de uma pilha. Vamos pensar, agora, no gerador equivalente à
A interligação dessas pilhas nada mais é que uma associação, isto é, em um gerador único que, ao
associação de geradores. ser percorrido por uma corrente de mesma
intensidade i, apresente entre seus terminais a
mesma ddp U que existe entre os terminais da
Associação em série associação: εeq é a força eletromotriz e req é a
resistência interna desse gerador.
Se tivermos geradores associados de tal modo
que o polo positivo de cada gerador seja ligado ao
polo negativo do gerador seguinte, como
representado na figura, diremos que eles estão
associados em série.
Para o gerador equivalente, temos:
Capacitores
Capacitor é um componente eletrônico
constituído de duas peças condutoras
Para o gerador equivalente, podemos escrever: denominadas armaduras. Entre elas geralmente
existe um material dielétrico, isto é, um material
isolante, que pode ser, por exemplo, papel, óleo
ou o próprio ar. Sua função básica é armazenar
cargas elétricas e, consequentemente, energia
potencial eletrostática (ou elétrica).
Capacitância
Imagine que dois capacitores, 1 e 2, sejam ligados
sucessivamente a um mesmo gerador (pilha ou
bateria) e que as cargas armazenadas neles –
com os processos
de carga já encerrados – sejam Q1 = 5mC e Q2
=10mC, respectivamente.
Percebe-se que o capacitor 2 tem maior Os potenciais de suas armaduras A e B são VA e
capacidade de armazenar carga que o capacitor 1. VB, respectivamente, e o valor absoluto da
De fato, ambos foram submetidos à mesma diferença de potencial entre elas é U.
diferença de potencial, mas a carga armazenada A energia potencial eletrostática do capacitor
em 2 foi maior. (Ep) é a soma das energias potenciais calculadas
Essa capacidade de armazenar carga é medida em suas armaduras:
por uma grandeza denominada capacitância do
capacitor, que vamos simbolizar por C.
Sendo Q a carga do capacitor e U o módulo da ddp
entre suas armaduras, sua capacitância C é
definida pela seguinte expressão: