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João Pessoa
2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 3
METODOLOGIA.................................................................................................................................. 5
RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................................7
CONCLUSÃO...................................................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO
A Primeira Lei de Ohm consiste na interação de corrente (i) e tensão (V) sob a
presença de uma constante que se denomina resistência elétrica (Ω). Por meio de
experimentos, constatou-se que a corrente através de um dispositivo é sempre diretamente
proporcional à diferença de potencial aplicada no dispositivo.¹ De acordo com estes
experimentos, visualiza-se, através da figura 1 abaixo que a corrente pela tensão possui
caráter linear e a resistência do condutor seria o coeficiente angular.
Figura 1: gráfico de tensão em função da intensidade da corrente elétrica;
Fonte:
O comportamento do gráfico acima pode ser descrito pela seguinte equação,
conhecida como lei de ohm:
𝑉 = 𝑅𝐼 (1) Equação: lei de ohm.
em que:
● V = tensão;
● R = constante de proporcionalidade (resistência elétrica do fio);
● I = corrente;
Sabe-se que a maioria dos metais obedece a esta lei e, por este motivo, tais materiais
são chamados de materiais ôhmicos. Observa-se que a resistência de um fio condutor é
proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional a sua área A, logo:
𝐿
𝑅 = ρ 𝐴
(2) Equação resistência.
em que:
● ρ = constante de proporcionalidade (resistividade do material);
● L = comprimento;
● A = área;
Vale salientar que outros materiais apresentam um comportamento substancialmente
diferente da Lei de Ohm, neles a dependência entre V e não é uma relação linear e, razão pela
qual, são denominados de materiais não-ôhmicos ou não-lineares.²
METODOLOGIA
O experimento realizado visou analisar a diferença de potencial e corrente de um
circuito para componentes ôhmicos e não ôhmicos. Inicialmente, com auxílio de um
multímetro, mediu-se a resistência de um resistor (componente ôhmico) de 560Ω e de uma
lâmpada incandescente (componente não ôhmico), conforme constam os dados nas tabelas 1 e
2 abaixo.
Figura 2: equipamentos utilizados para medidas de resistência;
Fonte:
Analogamente, a partir do circuito acima, foi possível montar experimentalmente o
circuito.
Após isso, substituiu-se o resistor pela lâmpada incandescente no circuito da figura 2
acima, medindo novamente 10 valores (𝑉, 𝑖), utilizando a escala de 200mA no amperímetro.
Os dados constam na tabela 2 abaixo.
Figura 4: circuito utilizado para avaliar relação entre tensão/corrente em um diodo de LED;
Fonte:
Com o auxílio do circuito representado na figura 4 acima, utilizou-se um resistor e um
LED em série com o intuito de limitar a passagem de corrente total, conforme tabela 3
representada abaixo.
Para medir a resistência em função do comprimento, utilizou-se 3 fios metálicos,
sendo 2 deles feitos de liga metálica com diâmetros de 0,4mm e 0,2mm e um terceiro fio
sendo de cobre, possuindo diâmetro de 0,2mm. Para realização desta etapa, fixou-se um fio
por vez, conectado em série com o resistor de 560Ω, usando um conector do tipo jacaré para
fixação, de forma semelhante a figura 4. Já para realizar a medida de resistência em função do
comprimento do fio, mediu-se separadamente a corrente e a tensão (em função do
comprimento), comparando com a lei de ohm para obtenção dos resultados, sendo conhecida
como medida de 4 pontas. Por fim, para cada fio, ajustou-se a tensão para passagem de
corrente superior a 10mA no circuito. Utilizando a menor escala disponível de medida de
tensão, mediu-se a diferença de potencial em função do comprimento do fio de 20 a 200mm.
Figura 5: circuito montado experimentalmente a partir do circuito da figura 4;
V (V) 3,00 1,97 3,50 4,17 4,79 6,57 7,61 9,24 9,80 10,01
i (mA) 5,31 3,56 6,32 7,25 6,65 11,89 13,81 16,80 17,87 16,32
V (V) 4,50 6,20 7,11 8,33 8,86 10,31 10,96 12,07 5,25 2,65
i (mA) 0,40 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 0,50 0,20
V (V) 2,57 2,61 2,65 2,70 2,72 2,81 2,85 2,89 2,93 3,00
i (mA) 0,65 1,27 1,97 3,33 3,94 6,91 8,57 10,85 11,90 15,96
Fio 1 14,30 13,40 16,70 15,90 16,00 21,40 25,20 10,30 7,90 6,50 10,63
V (mV) Fio 2 156,10 161,80 163,00 129,00 33,00 32,70 32,50 27,20 26,70 26,50 12,30
Fio 3 56,80 52,80 46,90 45,00 41,00 37,10 33,30 30,20 26,50 22,10 12,24
𝑅 = (578 ± 22) Ω
A partir da função proj.lin() foi possível formular a equação linear dos dados, o
mesmo sendo comprovado pela linha de tendência dada pelo gráfico abaixo.
a b
0,55 0,244
0,029 0,346
0,978 0,475
347,41 8
78,39 1,805
i (mA) σi R (k𝛀)
Tendo com isso o valor médio de: R 0,581 k𝛀 e sua incerteza calculada a partir do
desvio padrão de σ = 0, 018
Logo teremos:
𝑅 = (581 ± 18) Ω
Comparando os valores vemos que a resistência obtida a partir da linearização de
função teve consigo um valor com menor incerteza, logo mais preciso. entretanto o valor
medida da resistência foi 553 Ω o que evidencia que os valores obtidos a partir da tabela 7
foram mais precisos.
A partir dos dados da tabela é possível notarmos a não linearidade dos elementos,
observando uma linha de tendência semelhante a uma ln(x), assim os valores da tensão terão
de ser bem definidos a fim de não queimar o led. Outro ponto importante é que o led funciona
como diodo, logo existirá uma polaridade que terá de ser seguida, essa polaridade estando
reversa a resistência tenderá ao infinito impedindo a passagem de corrente.
𝛔R 0,3 2 0,7
Resistividade
(𝛀mm²/ m) 1,00E-01 1,77E-01 6,08E-02
𝛔 Resistividade 1,83E-03 1,23E-02 4,09E-03
Comparando os fios de diâmetro diferente, mas com a mesma matéria vimos que a
resistividade não bate, e como o fio 3 teve uma linearidade constante ele foi usado de base
para obtermos o material Latão, se levado em consideração o Fio 1 o material será Ferro. A
diferença como mencionada pode ter sido posta por erro de leitura.
Tabela de resistividade.
Fonte: z-dn.net
Quando comparado ao valor real da resistividade do cobre, com o calculado vimos que
o seu valor também não bate, enfatizando um possível erro de leitura.
CONCLUSÃO
Através do experimento “Lei de Ohm e Resistividade”, percebeu-se que a função do
resistor (R) é de apenas limitar a corrente no circuito, uma vez que os fios metálicos possuem
uma resistência muito baixa. A prática é de extrema importância por possuir como foco a
demonstração do funcionamento aplicado a Lei de Ohm, analisando materiais ôhmicos e não
ôhmicos, sendo possível determinar a resistividade em um fio metálico. Portanto, também foi
possível visualizar que ao montar um circuito com diferentes tipos de fio e resistor, percebe-se
a variação da resistividade de acordo com a distância, entretanto o experimento se mostrou
bastante complexo na realização da leitura correta, o que acarretou em resultados diferentes
do real.