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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE ÓPTICA, ELETRICIDADE E MAGNETISMO
PROF. PEDRO LUIZ – TURMA 04
ALUNO: HÉLVIO RUBENS REIS DE ALBUQUERQUE
MATRÍCULA: 21115086

LEIS DE KIRCHHOFF

CAMPINA GRANDE
2011
1. INTRODUÇÃO

1.1. Introdução teórica


Um circuito elétrico é formado por fontes de tensão (pilha, bateria, rede,
etc),componentes (resistores, diodos, indutores, capacitores, transformadores, etc),
conectados por fios.O ponto onde três ou mais elementos são conectados chama-se
“nó” de um circuito, isto é, nó é qualquer ponto de circuito onde ocorre divisão ou
união de correntes.O caminho único entre dois nós consecutivos, contendo um ou
mais elementos, é chamado “ramo”. Um conjunto de ramos interligados, formando
um caminho fechado, é chamado de "malha”.Na prática, muitas vezes se faz
necessário conhecer a tensão sobre um dos componentes do circuito ou a corrente
sobre o mesmo. Para isso é necessário a análise do circuito em questão. Neste tipo
de análise, duas regras conhecidas como Leis de Kirchhoff são de grande utilidade.
1º Lei de Kirchhoff (lei dos nós):Esta lei afirma que a soma algébrica das
correntesem cada nó é zero. Convenciona-se considerar negativas as correntes que
chegam ao nó, e positivas as que saem. Desta forma podemos afirmar que a soma
das correntes que chegam a um nó é igual a soma das correntes que dele saem.
Σ І=0
2º Lei de Kirchhoff (lei das malhas):Esta lei afirma que a soma algébrica de todas
as tensões existentes numa malha de um circuito é zero. Convenciona-se considerar
positivos os aumentos e negativas as quedas de tensões na malha.
Σ V=0

1.2. Objetivos do experimento


O objetivo desse experimento é verificarmos as Leis de Kirchhoff, a Lei dos Nós e a
lei das Malhas, e com isso aprimorarmos nosso conhecimento sobre o determinado assunto
visto na experiência.

1.3. Procedimentos Experimentais


O material utilizado foi o seguinte:
 Painel com plugs para conexão de  Multímetro;
circuito;  Miliamperímetro;
 Cabos de ligação;  Fonte;
 Resistores;

Determinamos inicialmente o valor de cada resistor através de seus códigos de cores,


e montamos o circuito da figura 1, observando a correta polaridade do amperímetro.
Medimos as tensões sobre cada resistor, e a corrente do circuito, conforme
apresentado na tabela I.

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Figura 1

Tabela I
Resistor VESPERADO VE (v) vMEDIDO VMED (V) %
R1=820  1,69 1,75 3,55
R2=1,8 k 3,72 3,72 0
R3=2,2 k 4,54 4,55 0,22

Substituímos no circuito da figura 1, a fonte “E” por uma pilha pequena


comum. Variando cuidadosamente a posição do potenciômetro, variamos a corrente
no circuito, obtendo várias medidas simultâneas de tesão fornecida pela bateria e
corrente sobre o circuito. Repetimos o processo para uma pilha grande, registrando
os dados obtidos tais como são apresentados na tabela II.

Tabela II
Tensão
Pilha Pequena 1,35 1,31 1,2 1,17 1,1 1,61 0,86 - - -
(V)
Tensão
1,4 1,3 1,2 1,13 1,01 1,00 0,9 - - -
Pilha Grande (V)
Corrente (mA) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Montamos então o circuito da figura 3, e medimos a tensão e a corrente


sobre cada resistor, bem como a tensão da fonte. Os dados são apresentados na
tabela III.

Figura 3

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Tabela III
Resistor VESPERADO VE (v) vMEDIDO VMED (V) V% IESPERADO IE (mA) IMEDIDO IMED (mA) I%
R1=2,2
7,19 7,10 1,25 3,28 3,21 2,13
K
R2=1,8
2,81 2,83 0,71 1,56 1,54 1,28
K
R3=820  1,41 1,32 6,38 1,72 1,61 6,40
R4=820  1,41 1,48 4,96 1,72 1,69 1,74

2. DESENVOLVIMENTO
Com base nas leis de Kirchhoff, calculamos o valor teórico para as tensões e
correntes sobre cada resistor, a partir da tensão medida na fonte, para o circuito da figura 1.
Calculamos então os desvios percentuais para as correntes e tensões medidas em relação às
calculadas.
Corrente Esperada IE (mA) 2,07
Corrente Medida IM (mA) 2,03
I% 1,93

Observando o circuito da figura 3, podemos notar a existência de três malhas: abef,


bcde, e acdf. Conhecendo então as malhas e partindo das leis de Kirchhoff, podemos calcular
também, para este circuito, as correntes e tensões teóricas sobre cada resistor. Comparando
os valores teóricos e medidos, determinamos os desvios percentuais para as correntes e
tesões do circuito. Todas os cálculos dos valores esperados se encontram nos ANEXOS.
A partir das medições feitas das pilhas grande e pequena, traçou-se um gráfico da
tensão em função da corrente, para cada uma delas, mostrado em anexo.

3. CONCLUSÃO

Através deste experimento pudemos confirmar a “Lei das Malhas” para o


circuito da figura 1, pois

E – VR1 –VR2 – VR3 = 0


 10 – 1,75 – 3,72 – 4,55= -0,02  0

Da mesma forma, para o circuito da figura 3

E – VR1 – VR2 = 0
 10 – 7,10 – 2,83= -0,07  0

Para este circuito podemos ainda, verificar a “Lei dos Nós”

IR2 + IR3 – IR1 = 0

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 1,54 +1,61 – 3,21 = -0,06  0

que em ambos os casos apresentaram excelentes resultados, que se não idênticos,


muito próximos do esperado.
A pequena discrepância observada na “Lei dos Nós”, para o circuito da figura
3, deve-se principalmente a resistência interna do multímetro e a pequenas variações
na tensão de saída da fonte, que pôde ser observada com o multímetro no início do
experimento.
Os pequenos desvios observados entre os valores teóricos e medidos nos
circuitos das figuras 1 e 3 devem-se mais uma vez à resistência interna do multímetro
e a variações na tensão de saída da fonte, bem como à pequenas diferenças entre os
valores nominais e reais dos resistores, previstas em sua faixa de tolerância.

ANEXOS

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