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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE ÓPTICA, ELETRICIDADE E MAGNETISMO
PROF. PEDRO LUIZ – TURMA 04
ALUNO: HÉLVIO RUBENS REIS DE ALBUQUERQUE
MATRÍCULA: 21115086

CIRCUITOS RC

CAMPINA GRANDE
2011
1. INTRODUÇÃO

1.1. Introdução teórica


Um capacitor é um dispositivo cuja propriedade fundamental é armazenar carga
elétrica através de um campo elétrico, e possui uma relação bem definida com a tensão , pois
a razão entra a carga e a tensão é sempre constante e denominada capacitância.
No SI, temos a capacitância em Farads (F).
Um circuito RC é um circuito formado por um Resistor um Capacitor e uma chave de
posição para carregar ou descarregar o capacitor. Nele aparecem correntes transitórias, que
só existem em curtos espaços de tempo.

Figura 1 - Circuito RC

Estando o capacitor inicialmente descarregado, ligamos a chave na posição de carga


e notamos que a força eletromotriz fará com que os elétrons saiam da placa superior e se
dirijam à placa inferior através do fio, de modo que após um certo tempo a placa superior
tenha cargas positivas em excesso, isto é, fica carregada positivamente com carga +q, e
conseqüentemente a placa inferior com –q. Isto causa um campo eletrostático entre as
placas.
A energia fornecida pela f.e.m. terá uma parte dissipada pelo resistor por efeito
Joule, e parte armazenada pelo capacitor na forma de campo elétrico.
À medida que a placa inferior carrega-se negativamente torna-se mais difícil
introduzir nela cargas negativas, portanto, a corrente diminui continuamente até que num
determinado instante, a diferença de potencial entre as placas do capacitor torna-se igual a
força eletromotriz e praticamente não haverá mais movimento de cargas. Podemos então
dizer que o capacitor está carregado.
Aplicando a 2º lei de Kirchhoff no circuito RC, e sabendo que nesse circuito a
corrente é a taxa de aumento da carga no capacitor, chegamos à seguinte equação:

dq(t ) q (t ) E
+ =
dt RC R

Essa equação é denominada equação diferencial de primeira ordem não


homogênea, e cuja solução é do tipo:

−t /RC
q(t )=q 0 (1−e )

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É mais fácil medir a corrente I do que a carga q, por isso geralmente a equação 2 é
descrita em termos da corrente:

dq(t ) E −t /RC
I(t )= = e
dt R

Onde t = RC é uma constante de tempo necessário para a carga atingir 0,63 da


carga final do Capacitor.
Uma vez carregado o capacitor, ele paulatinamente irá se descarregar quando
mudamos a chave seletora para a posição de descarga e desligamos a f.e.m. Isso ocorre pois
as cargas voltarão ao
equilíbrio com os elétrons caminhando da placa inferior para a placa superior
através do fio, fornecendo uma corrente no sentido anti-horário, até atingir a situação de
equilíbrio q = 0.
Aplicando novamente a 2º lei de Kirchhoff na malha fechada com a chave na
posição de descarga, e sabendo que a taxa de diminuição da carga no capacitor é igual a
corrente que circula através do circuito, temos:

dq(t ) q(t )
I (t )= = =0
dt RC

A equação anterior também é uma equação de primeira ordem, ordinária e


homogênea, e cuja solução é do tipo:

−t /RC −t/ RC
q(t )=Q0 e =CEe

A corrente I(t) será, portanto:

dq(t ) E
I(t )= =− e−t /RC
dt R

Onde o sinal negativo representa o novo sentido da corrente. Nesse caso a


constante
t = RC representa o tempo necessário para a carga diminuir 0,37 do valor inicial.
Experimentalmente, nós podemos medir a corrente que atravessa o circuito e a
d.d.p. no resistor e no capacitor, simplesmente introduzindo um amperímetro co circuito e
um voltímetro no resistor e no capacitor.

1.2. Objetivos do experimento


Determinar a constante de tempo de descarga de um circuito RC.

1.3. Procedimentos Experimentais


O material utilizado foi o seguinte:
 Fonte de Tensão Contínua
 Amperímetro

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 Relógio (Cronômetro)
 Fonte de Tensão Alternada (Gerador de Sinais)
 Capacitores e Resistores

Utilizando a fonte em 5V, um capacitor de 1mF e um resistor de 100k e


observando cuidadosamente as polaridades da fonte, do amperímetro e do
capacitor, montamos o circuito para carregar o capacitor, de acordo com a Figura 1.
Fechando o circuito, ligamos a chave S na posição a, e observamos no amperímetro o
comportamento da corrente.
No momento em que o ponteiro do miliamperímetro passava pela posição
da máxima corrente acionamos o cronômetro e a partir daí anotamos os valores da
corrente de 10 em 10 segundos, durante cerca de 150 segundos. Fizemos, por
segurança, esse procedimento duas vezes e anotamos a média da corrente como
mostra a Tabela-I.
Em seguida, desligamos a chave da posição a, invertemos as ligações do
amperímetro e então ligamos novamente a chave na posição b. Observamos no
amperímetro o comportamento da corrente de descarga, sempre anotando os
valores de 10 em 10 segundos repetindo, por segurança, esse procedimento duas
vezes e anotamos os valores médios da corrente, como mostra a Tabela-II.

Tabela-I (Carregamento)
t(s
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
)
I1 44 39 35 32 29 26 24 22 20 18 17 15 14 13 11
I2 43 39 35 31 29 26 24 22 20 18 17 15 14 13 11
I3 44 39 35 32 29 26 23 22 20 18 17 15 14 13 11
Im 43,7 39 35 31,7 29 26 23,7 22 20 18 17 15 14 13 11

Tabela-II (Descarregamento)
t(s
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
)
I1 43 39 36 33 29 27 24 22 20 18 17 15 14 13 12
I2 42 39 36 33 29 27 24 22 20 18 17 15 14 13 12
I3 43 38 36 33 29 27 24 22 20 18 17 15 14 13 12
Im 42,7 38,7 36 33 29 27 24 22 20 18 17 15 14 13 12

2. DESENVOLVIMENTO
Com os valores medidos das Tabelas I e II, construímos um gráfico de I em função
do tempo para a carga e outra para a descarga, em ANEXO.
Observamos que os gráficos parecem descrever uma função do tipo exponencial.
Para linearizá-la, plotamos o gráfico I x t em papel mono-log e calculamos o valor de RC para
o circuito, em anexo.

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Poderemos utilizar o mesmo circuito da experiência, para medirmos o valor da
diferença de potencial nos terminais do capacitor em função do tempo através da equação
abaixo:
V=V0(1-e-t/RC)

3. CONCLUSÃO

O relatório mostrou através dos dados obtidos, bem como as tabelas e


gráficos neles contidos, que; a montagem a montante é bem mais indicada quando a
resistência a ser medida é maior que a resistência interna do amperímetro. Embora
não conheçamos o valor da resistência interna do amperímetro sabemos que a
mesma é diferente de 0 (zero) e é pequena. Observando o desvio percentual de R 1 foi
alto(22,5%), visto que a sua resistência é pequena (560) e que o desvio percentual
de R2 foi baixo uma vez que a sua resistência é bem alta (10K),podemos levar em
consideração algumas fontes de erros tais como: a indicação de corrente no
amperímetro, onde admitimos uma variação de 0,1mA; o voltímetro mede além da
queda de tensão no amperímetro, a queda de tensão do voltímetro: (V=V(A) + V(R));
a leitura feita no voltímetro (erro de paralaxe); a resistência existente nos cabos
(apesar de serem pequenos); a mudança de escala que ocasionou alguma variação na
tensão; o desgaste dos resistores. Considerando todos estes parâmetros
considerados acima, podemos dizer que os paradigmas lançados a este foram
atingidos com pleno êxito, visto que os erros obtidos não fugiram da idealidade do
experimento.
A parte que relata a montagem à jusante mostrou através dos resultados
obtidos (gráficos, tabelas e cálculos) que a montagem à jusante daria resultados mais
satisfatórios para R1= 560 do que para R2=10 k. Ou seja, o desvio percentual em
relação a R1 deveria ser menor do que o desvio percentual em relação a R 2. Logo, a
montagem a jusante é indicada nos casos em que a resistência interna do voltímetro
seja muito maior que a resistência a medir. Mas podemos atribuir, ainda, erros
experimentais ocorridos na hora do experimento, tais como: a indicação de corrente
no amperímetro onde admitimos uma variação de 0,1mA; a leitura feita no voltímetro
(erro de paralaxe); a resistência existente nos cabos (apesar de serem pequenas); a
mudança de escala que ocasionou alguma variação na tensão; o desgaste dos
resistores e até a erros de leitura feita pelo leitor. Observando os resultados obtidos,
podemos dizer que todos os paradigmas lançados a este foram devidamente
alcançados com pleno êxito.
O diodo diretamente polarizado tem resistência baixa, mesmo o diodo
sendo um elemento resistivo não-linear, podemos concluir que a melhor montagem
mais apropriada para medir a resistência do diodo é a jusante, pois como sabemos,
teremos resultados mais satisfatórios quando a resistência a medir for pequena, e é o
que obtivemos nos dados coletados na experiência, pois a resistência é menor para
esse tipo de montagem.

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ANEXOS

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